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Risso, Luciene. C. Diversidade cultural dos povos originários do Brasil e proposta do uso de narrativas (lendas e mitos) para o ensino interdisciplinar, cap.9, p.244-263. In: MORAES, Nelson Russo de; et al (Orgs.). Povos originários e comunidades tradicionais, vol 4: trabalhos de pesquisa e de extensão universitária [recurso eletrônico]. Porto Alegre, RS: Editora Fi, 2020.

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Este trabalho tem como objetivo apresentar uma leitura etnográfica dos procedimentos e posicionamentos institucionais divergentes relativos à sobreposição territorial parcial do Território Quilombola de São Roque e dos Parques Nacionais de Aparados da Serra e da Serra Geral. A partir de uma caracterização histórica da territorialidade da Comunidade São Roque – que tem sua origem vinculada à economia escravagista desenvolvida entre os Campos de Cima da Serra e a planície costeira, na região limítrofe entre os estados de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul – e dos impactos decorrentes da implementação dos parques nacionais na vida dos quilombolas, pretende-se descrever as instâncias de negociação, bem como as principais linhas de argumentação e discordância inerentes à atuação dos agentes institucionais envolvidos.
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p>Este artigo realiza uma análise longitudinal da rede de produção científica em Gestão Social (GS) no País entre 2005 e 2015, período em que tal conceito/abordagem se institucionalizou – nacionalmente – como uma comunidade acadêmica. O trabalho evidencia o crescimento do volume da produção científica, identifica os autores prolíficos e apresenta os índices de colaboração, a classificação dos autores pela frequência de publicação e as medidas de centralidade (grau, intermediação e autovetor) obtidas com a modelagem de redes sociais a partir de dados coletados de eventos acadêmicos e periódicos científicos. Trata-se, portanto, de um mapeamento que contribui tanto para caracterizar a GS a partir de sua rede de pesquisadores como para compreender a formação desse campo do saber no Brasil.</p
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As formas de estudar o lugar da religião nas sociedades têm mudado muito ao longo tempo. Estas mudanças estão normalmente associadas a algum fenômeno social, económico ou político que convoca os cientistas sociais para alterar o rumo das suas investigações: do fim da religião ao seu regresso ou à sua compreensão nas diferentes modernidades, até ao nosso momento atual. Na primeira década e meia do século XXI começam a surgir indícios de que estamos a viver uma nova fase. As migrações internacionais e, por consequência, o transnacionalismo cultural sugerem a construção de um quadro social gradualmente mais diverso e com impactos em muitos aspectos da vida cultural das sociedades modernas. Neste artigo, sugerimos o reconhecimento de novas grades analíticas – como a diversidade cultural – no estudo do religioso, mas também a construção de um índice de diversidade capaz de ser correlacionável com outras dimensões de religiosidade. Consideramos que este é um dos poucos métodos disponíveis para compreender as atuais mutações ou deslocações do religioso nas sociedades contemporâneas.
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This article arguments that “coloniality” is the darkest side of Western modernity, a matrix of power that emerged between the Renaissance and the Enlightenment during the colonization of the Americas. This process is culminating in the capitalist neoliberalism of the present times. Firstly, we establish the thesis that the coloniality, a concept introduced by the sociologist Anibal Quijano, is the “hidden agenda” of modernity. After that, the origin of this “monster with four heads and two legs” is explained, and the development and the historical transformation of this “colonial matrix of power” is analyzed. As as conclusion, we offer a preview of the book The dark side of western modernity: global futures, decolonial options, which catch glimpses of certain “global futures”, while explores some possible “decolonizing options”.
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Embora jamais tenham tido uma missão atuando em sua área, os Xikrin do Bacajá têm realizado cultos protestantes desde 1998. Essa situação, de uma prática missionária que não conta com a participação direta de pessoas estrangeiras ao grupo, as quais se limitam à formação de jovens pastores, oferece uma oportunidade privilegiada para refletir sobre seu estabelecimento e a adesão de um grupo indígena a ela. Realizando uma etnografia dos cultos, o artigo aborda sua temporalidade, espacialidade e os papéis sociais neles envolvidos, e conclui com uma reflexão sobre o modo e as razões pelas quais o grupo adere aos cultos e, talvez em menor grau, ao ethos “crente”. Para isso, retoma as noções xikrin sobre a morte, estabelecendo um paralelo entre a vida após a morte do modo como os Xikrin a concebe e sua leitura do que é prometido pelo protestantismo. Abstract Although they have never had a mission actuating in their area, the Xikrin from Bacajá have performed protestant cults since 1998. This missionary practice that does not have direct participation of people foreign to the group, which limits itself to the formation of young ministers. This is a situation which offers a privileged opportunity for a reflection on the establishment of a missionary practice and the adherence of an indigenous group. Offering an ethnography of the cults, the article focuses on their space and time organization and the social roles involved, concluding with a reflection on the ways and reasons for which the group adheres to the cults and, maybe to a lesser degree, to the “crente” ethos. In order to do that, it considers Xikrin notions of death, establishing a parallel between life after death according to Xikrin conceptions and their understanding of that which is promised by Protestantism.
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Este estudo transversal visa a descrever a distribuição de excesso de peso e obesidade e sua associação com variáveis demográficas e socioeconômicas entre 794 adultos indígenas, de 19 a 59 anos, da etnia Xukuru do Ororubá, povo indígena cujas terras estão localizadas no Município de Pesqueira, agreste de Pernambuco, Brasil. A análise da associação entre as variáveis de desfecho, excesso de peso (IMC > 24,99kg/m2) e obesidade (> 29,99kg/m2) e as variáveis explicativas foi realizada utilizando-se regressão logística multinível. Entre as mulheres, 52,2% estavam com excesso de peso e 21% obesas. Para os homens, as prevalências foram de 44,1% e 7,5%, respectivamente. As variáveis sexo feminino e idade (> 30 anos) estiveram associadas à ocorrência de ambos os agravos. Status socioeconômico e interação sexo masculino e renda per capita elevada apresentaram associação com obesidade. Assim como observado em outras populações indígenas, os achados sugerem que os Xukuru estão atravessando um acelerado processo de transição nutricional.
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In this article we propose an itinerary for thinking about social networks as environments and the search for placing its incidences in reception studies on internet. We start from the understanding that the role developed by social networks in the organization of contemporaneous relations brings consequences for the configuration and uses of media, highlighting the internet. This demands a reconfiguration of the perspective on reception processes. In this text we discuss conceptual concepts concerning the repositioning of interaction in reception studies within the context of connected society. We draw attention to five dimensions that demand attention in this repositioning: ease of access to the production field, media convergence, interactivity, hypertextuality and heterogeneity of internet characteristics.
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No presente artigo buscou‐se realizar um retrospecto histórico visando assinalar as peculiaridades da cultura oral, da cultura escrita e da atual cibercultura observando como ocorre, em cada cultura, a interação humana (o espaço e o tempo dessa interação). Ao discorrer sobre as características de cada uma, constatou‐se que as diferentes tecnologias ligadas à determinada cultura influenciaram e influenciam nas interações possíveis.