ArticlePDF Available

Uso de Álcool entre Homens Sexualmente Disfuncionais: Prevalência e Implicações

Authors:
  • Independent Researcher
RESUMO
RODRIGUES Jr., O. M. & COSTA, M. Uso de álcool entre homens sexual-
mente disfuncionais: prevalência e implicações. R. B. S. H.1(1): 1990.
O uso de álcool revela ansiedade e pode provocar dificuldades
orgânicas (neuropatias periféricas), e ambos podem conduzir a dis-
funções sexuais. Para reconhecer a interação possível entre o uso do
álcool e as disfunções sexuais masculinas estudamos 300 pacientes
homens, com queixas sexuais, que procuraram uma clínica privada
para diagnóstico e tratamento no período de janeiro a setembro de
1987. O diagnóstico foi obtido após avaliação multidisciplinar, pela qual
obteve-se 86% dos pacientes com queixas de disfunção erétil, dos quais
60,08% de origem psicológica, 30,23% de origem orgânica e 9,69% com
componentes mistos (orgânicos e psicológicos). Proporcionalmente,
existem menos homens com disfunção erétil organogênica (61,54%)
que fazem uso de álcool do que psicogênica (85,16%). Homens porta-
dores de disfunção erétil psicogênica que fazem uso diário ou social de
álcool afirmam, com maior freqüência, que a interferência produzida
pelo álcool no desempenho sexual é positiva. O uso de álcool pelo seu
efeito antiansiolítico deve ser a razão pela qual os homens com dis-
função erétil de origem psicológica utilizam-no.
Unitermos: disfunções sexuais masculinas, disfunção erétil, álcool.
Uso de Álcool entre Homens Sexualmente
Disfuncionais: Prevalência e Implicações2
Oswaldo Martins Rodrigues Júnior1
Moacir Costa2
1. Psicólogo; professor assistente de Teorias e Técnicas Psicoterápicas II e Psicologia
Geral e supervisor do curso de Orientação Sexual de Adolescentes das Faculdades
São Marcos; psicoterapeuta sexual do Instituto H. Ellis.
2. Psiquiatra; psicoterapeuta sexual do Instituto H. Ellis.
Trabalho desenvolvido no Instituto H. Ellis, Centro Multidisciplinar para o Diagnóstico
e Tratamento em Sexualidade.
Recebido em 19/1/90 Aprovado em 30/1/90
Revista Brasileira de Sexualidade Humana
DOI: https://doi.org/10.35919/rbsh.v1i1.926
resolver a inadequação sexual do casal, e menos ainda as dificul-
dades sexuais de suas parceiras, fato também apontado por Kaplan
(2). As disfunções destas mulheres somente seriam resolvidas se fos-
sem resultado direto das disfunções destes homens.
As disfunções sexuais femininas decorrem especialmente de
relacionamentos conjugais frustradores, não guardando obrigatoria-
mente relação com as disfunções sexuais de seus companheiros.
Para haver a adequação sexual do casal, necessitamos conside-
rar as possíveis disfunções sexuais existentes nas mulheres de ho-
mens que procuram solucionar suas disfunções sexuais, sejam estas
de origem psicológica ou mesmo orgânica. Torna-se importante,
além de darmos atenção às disfunções sexuais isoladamente, nos pre-
ocuparmos com a adequação sexual do casal que nos procura com
dificuldades sexuais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. COSTA, M. Sexualidade na Adolescência, Dilemas e Crescimento.
Porto Alegre, L & PM Editores, 5ª edição, 1987.
2. KAPLAN, H. S. A Nova Terapia do Sexo. Rio de Janeiro, Editora
Nova Fronteira, 5ª edição, 1977.
3. ________. O Desejo Sexual. Rio de Janeiro, Editora Nova Fronteira,
1983.
4. MALDONADO, M. T. Psicologia da atração sexual. In: Cavalcanti,
R. C. & Vitiello, N. Sexologia I - Textos do I Encontro Nacional de
Sexologia. Rio de Janeiro, Femina Livro, 1984.
83
R.B.S.H. l(l):1990
SUMMARY
RODRIGUES Jr., O. M. & COSTA, M. Alcohol and male sexual
dysfunction: prevalence and significance. R. B. S. H. 1(1): 1990.
The uso of alcohol reveals anxiety which can produce diminished
penile tumescence and even peripheral neurologic damage with long
uso and both can cause sexual dysfunctions in the male. Three hundred
male patients refered to a private clinic for the diagnosis and treatment
of such dysfunctions, from January to September of 1987, were studied
and the diagnosis was obtained from the multidisciplinary approach
which led to 86% patients complaining from erectile dysfunction who
were 60.08% psychogenic, 30.23% organic and 9.69% with both com-
pounds for the erectile dysfunction. There were less psychogenic erec-
tile dysfunctioning men who did not drink alcohol than those with
organic causes for the dysfunction. The dayly or social drinker of alco-
hol that suffered from psychogenic impotence refered a positive effect
of alcohol in their sexual performance more than the ones with organic
impotence. Maybe the uso of alcohol is for the tranquilizing effect, so the
men with psychogenic impotence look for it to reduce anxiety.
Uniterms: male sexual dysfunctions, impotence, alcohol.
INTRODUÇÃO
Na literatura especializada em sexualidade humana e disfunções
sexuais, o álcool é citado como uma das causas de disfunções sexuais
masculinas (1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8), sendo que a incidência de disfunções
sexuais em alcoolista, segundo Fahner, é de 75% (3).
Usando um placebo em pesquisa com álcool, Wilson e Lawson
(14) mensuraram continuamente a tumescência peniana em homens
que, sob a crença de estarem usando álcool, mostraram significati-
vamente maior tumescência peniana do que aqueles que acreditavam
ter tomado somente água tônica, independentemente do conteúdo
alcoólico do que bebiam.
Briddell et alii (2) e Lang et alii (8) mostraram que o efeito es-
perado do álcool é mais evidente quando o estímulo sexual é mais
desviante ou o homem tem alto nível de culpa sexual.
Wilson e Lawson (14) sugeriram que a crença de ter estado be-
bendo álcool serve para a auto-absolvição da responsabilidade para
atos desaprováveis pessoais ou sociais.
Wilson, Niaura a Adler (15) demonstraram que o efeito do ál-
cool sobre o mecanismo de ereção ocorre via farmacológica, supri-
85
R.B.S.H. l(l):1990
mindo a resposta sexual biológica, provocando diminuição da tu-
mescência peniana, apesar de subjetivamente haver referência de
aumento significativo da sensação de excitação.
O presente estudo pretende determinar a incidência do uso de
bebidas alcoólicas entre homens com disfunções sexuais que procu-
raram tratamento especializado, tecendo considerações sobre esse
uso em conjunto com disfunções sexuais e os efeitos referidos no
desempenho sexual masculino e a etiologia daquela disfunção.
MÉTODOS
Foram estudados 300 pacientes homens, com queixas de dis-
funções sexuais que, em seguida, procuraram uma clinica privada
para o diagnóstico e o tratamento multidisciplinar daquelas queixas,
no período de Janeiro a setembro de 1987. Foi feita uma análise re-
trospectiva dos dados obtidos destes pacientes.
A avaliação diagnóstica constituiu-se de entrevista preliminar
para a anamnese do problema sexual, entrevista psicológica, utili-
zação de testes psicológicos (Inventário H. Ellis de Sexualidade
Masculina forma II, Teste de Apercepção Temática, Inventário Mul-
tifásico de Personalidade de Minnesota, Inventário Beck de Depres-
são, Escala de Satisfação Sexual, Escala de Assertívidade) (12, 13),
exame arterial peniano e geral (10), estudo hemodinâmico do corpo
cavernoso com cloridrato de papaverina e cavernosometria (11),
exame urológico, exame de níveis glicêmicos e hormonais (testoste-
rona, FSH, LH e prolactina) e teste de turgescência peniana noturna
(com fitas de rompimento progressivo do tipo EBM-IHE). Após os
exames, os resultados foram discutidos em grupo pelos profissionais
envolvidos, médicos a psicólogos, para serem pesadas as condições
mais significativas na etiologia da disfunção sexual, com vistas à in-
dicação terapêutica.
A entrevista psicológica realizada é estruturada a focalizada na
sexualidade (13): o desenvolvimento sexual infanto-adolescente, a
iniciação sexual, a vida sexual adulta, o desenvolvimento da dis-
função queixada e dados relativos a possíveis causas destas dis-
funções. Nesta entrevista obtivemos os dados relativos ao uso do ál-
cool: idade de início do uso do álcool, quantidade de álcool usada,
tipo de uso (se diário ou social, evitando o questionamento direto,
mas esmiuçando as formas do uso de bebidas alcoólicas, se nas re-
feições, se em casa a sós, se apenas em festas e com qual freqüên-
cia) e se o paciente percebeu, quando sob o uso do álcool, inter-
ferências (positivas ou negaivas) na função sexual - desejo, excitação
86 R.B.S.H. l(l):1990
e orgasmo, segundo o modelo trifásico de Kaplan (6). Consideramos
o não uso de bebidas alcoólicas, quando o paciente referia que não
bebia em nenhuma circunstância; o uso social, para aqueles que ape-
nas fazem uso de bebidas alcoólicas em festas, reuniões ou em fins
de semana; o uso diário, para aqueles que bebem mais de quatro dias
por semana, em refeições ou ao término do trabalho, assim como em
fins de semana, festas e reuniões sociais.
Os dados relativos ao uso do álcool foram analisados compa-
rando-os com o diagnóstico orgânico ou psicológico obtido na ava-
liação multidisciplinar. O diagnóstico psicológico implica que não
existem quaisquer causas orgânicas imputáveis para a disfunção, e o
diagnóstico orgânico implica que o comportamento sexual não é afe-
tado por questões psicológicas (intrapsíquicas, conjugais, compor-
tamentais etc.). Quando há causas orgânicas e psicológicas conjuntas
consideramos um diagnóstico misto, indicando neste trabalho quan-
do ocorrer.
A cistometria de água foi utilizada em pacientes que, devido a
suas queixas, podiam apresentar comprometimentos neurológicos.
Apesar de não ser um método que defina o caráter neurogênico es-
pecífico da disfunção eretiva, este apresenta possíveis comprometi-
mentos da inervação pélvica.
Os pacientes tinham idade média de 45 anos e 9 meses (16 a
77 anos), sendo 69,39% casados, 55,94% com escolaridade superior
completa, 71,43% católicos não praticantes. Eram homens que tinham
uma parceira fixa (48,99%) ou mais de uma parceira (39,19%), sendo
que 24 (8,11%) não tinham nenhuma parceira e 11 (3,72%) não as ti-
nham fixas. O início da disfunção sexual deu-se aos 42 anos, em
média (entre 13 e 75 anos), com uma duração média de 5 anos (va-
riando de 6 meses a 39 anos).
RESULTADOS
A idade média de início do uso do álcool foi de 27 anos e 8
meses (variando de 5 a 49 anos, com mediana aos 20 anos).
As disfunções sexuais queixadas correspondiam a 98% de dis-
funções eréteis (sendo que 36 pacientes, 12,24%, não concluíram a
avaliação diagnóstica proposta) e 2% de ejaculação prematura. O
diagnóstico multidisciplinar obtido é o constante da Tabela 1.
As bebidas citadas foram cerveja (36,97%), uísque (29,48%),
aperitivos - batidas e outras bebidas por mistura - (13,04%) e vinho
(8,71%), com variação de 1 a 6 doses (em média 2,5 doses) a cada
vez que bebiam. O uso de bebidas alcoólicas nas disfunções eréteis
87
R.B.S.H. l(l):1990
diagnosticadas (86% do total de pacientes) encontra-se distribuído na
Tabela 2, onde podemos apreciar o cruzamento com o diagnóstico e
uso (diário, social, sem uso).
88 R.B.S.H. l(l):1990
A referência de interferência positiva no desempenho sexual
de homens com disfunção eretiva psicogênica que fazem uso diário
de bebidas alcoólicas, após sua ingestão, é mais expressiva do que
aqueles com causação orgânica ou aqueles com componentes mistos.
sem uso
totais
A interferência negativa é menos expressiva nos pacientes cujas
disfunções se devem a causas psicológicas apenas. Uma porcentagem
significativa não refere interferências no desempenho sexual, inde-
pendendo da causa para a disfunção erétil (Tabelas 3, 4 e 5).
89
R.B.S.H. l(l):1990
O uso social de bebidas alcoólicas produz mais referências de
interferências positivas, quando de seu uso, entre os pacientes psi-
cogênicos e mais referências negativas entre os que têm causas
orgânicas e psicológicas conjuntas. A não interferência no desempe-
nho sexual é mais referida entre os portadores de disfunção erétil de
causação orgânica (Tabelas 3, 4 e 5).
A Tabela 6 apresenta a prevalência de alterações na cistome-
tria de água em pacientes com disfunção erétil comparada com o uso
diário ou social e o diagnóstico psicológico ou orgânico. Há maior
incidência de alterações cistométricas (possíveis comprometimentos
neurológicos) entre os pacientes com causas orgânicas para suas dis-
funções (20% dos que fazem uso diário de álcool e 33% dos que dele
se utilizam socialmente).
90 R.B.S.H. l(l):1990
Um paciente com queixa de ejaculação prematura bebe diaria-
mente, um não bebe em absoluto e quatro bebem socialmente. Os
pacientes com ejaculação prematura referiram experiências de retar-
damento do reflexo ejaculatório quando do uso do álcool, mesmo
que esporádico (um paciente referiu explicitamente procurar no ál-
cool esta condição).
CONCLUSÕES
O uso de bebidas alcoólicas sempre provocou discussões e
justificativas para o seu uso. Alguns o consideram indispensável para
a realização do ato sexual, um afrodisíaco sempre necessário para es-
timular o interesse pelo sexo. Muitas pessoas consideram o álcool um
afrodisíaco em decorrência do encorajamento a maior facilidade de
aproximação que, aparentemente, seu uso proporciona. Outros
acreditam que, mesmo em pequenas doses, o álcool pode tomar o
indivíduo apático e desinteressado por sexo. Essas contradições
mostram que o uso de bebidas alcoólicas e sua interferência na se-
xualidade é bastante discutida e confusa na esfera leiga.
Sabemos que o uso de bebidas alcoólicas facilita, na maio-
ria das pessoas, o contato por redução da censura, decorrente da
inibição da consciência crítica e do relaxamento muscular que pro-
voca (4).
O uso do álcool na adolescência é associado com o encoraja-
mento para as primeiras relações sexuais com a facilitação do conta-
to social. A sensação de conforto e descontração pode levar pessoas
mais inseguras a usá-lo em situações onde o nível de ansiedade é
muito elevado, e a vida sexual é quase invariavelmente uma das si-
tuações onde são liberadas maiores quotas de ansiedade. Desta for-
ma, o homem que tem dificuldades e disfunções sexuais de origem
psicológica apresenta maior grau de ansiedade geral, o que podemos
associar ao maior consumo social de bebidas alcoólicas. Aquele ho-
mem que deve sua dificuldade sexual a causas orgânicas não neces-
sita de maior controle de ansiedade através do álcool socialmente
ingerido. Aparentemente, podemos deduzir que aqueles homens que
não apresentam problemas orgânicos e que teriam as causas da sua
disfunção na esfera psicológica têm uma estrutura de personalidade
mais compatível com o consumo do álcool. Este fato também pode
ser corroborado pelo maior índice de incidência de abstinência do
uso de álcool por aqueles homens de etiologia orgânica para as dis-
funções sexuais, quando comparados àqueles de etiologia psi-
cológica.
Os sinais indiretos de neuropatia da região genital, indicados
pelas alterações na cistometria da água, ocorrem com maior freqüên-
cia nos pacientes que apresentam causas orgânicas, em especial sob
uso social do álcool, apesar dos pacientes de causação psicológica
que fazem uso social do álcool em maior proporção, estes apresen-
tam maior incidência de comprometimentos indicados pela alteração
do exame cistométrico.
Homens portadores de ejaculação prematura afirmam que
quando bebem um ou dois aperitivos tendem a demorar mais para
ejacular. Também sabemos que o uso constante e prolongado do ál-
cool inevitavelmente diminui a percepção erótica, levando à im-
potência devido à degeneração dos nervos pélvicos (neuropatia pe-
91
R.B.S.H. l(l):1990
riférica genital). Estes efeitos, quando o uso é constante e abusivo,
são variáveis, dependendo do tipo de usuário.
Observa-se que cada indivíduo tem uma maneira peculiar de
reagir à ingestão acumulativa de álcool. Mas sabemos que, a partir da
dose euforizante, muito rapidamente o álcool passa a provocar um
estado de relaxamento, interferindo na captação dos estímulos eróti-
cos, bloqueando-os. Além disso, a vasodilatação causada pelo álcool
não ajudará no aumento da excitação sexual, do ponto de vista da
fisiologia (9, 15), apesar de que os pacientes psicogênicos citam-no
como fonte de melhoria do desempenho sexual.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. BRIDDEL, D. W. & WILSON, G. T. Effects of alcohol and
expectancy set on male sexual arousal. Journal of Abnormal
Psychology 85: 225-34, 1976.
2. BRIDDEL, D. W. et alii. Effects of alcohol and cognitive set on sex-
ual arousal to deviant stimuli. Journal of Abnormal Psychology 87:
418-30, 1978.
3. FAHRNER, E. M. Sexual dysfunction in male alcohol addicts:
prevalence and treatment. Archives of Sexual Behavior 16(3):
247-57, 1978.
4. FARKAS, G. & ROSEN, R. C. The effects of ethanol on male sexu-
al arousal. Journal of Studies on Alcohol 37: 265-72, 1976.
5. KAPLAN, H. S. A Nova Terapia do Sexo. Rio de Janeiro, Editora
Nova Fronteira, 1978.
6. ________. O Desejo Sexual. Rio de Janeiro, Editora Nova Fron-
teira, 1983.
7. KEANE, T. M. & LISMAN, S. A. Alcohol and social anxiety in males
behavior cognitive and physiological effects. Journal of Abnormal
Psychology 89: 213-23, 1980.
8. LANG, A. R. et alii. Expectance, alcohol, and sex guilt as determi-
nans of interest in and reaction to sexual stimuli. Journal of
Abnormal Psychology 89:644-53, 1980.
9. LEMERE, F. & SMITH, J. W. Alcohol-induced sexual impotence.
American Journal of Psychiatry 130: 212-3, 1973.
10. PUECH-LEÃO, P.; ALBERS, M. T. V.; PUECH-LEAO, L. E. Post-
exercise penile blood pressure in the diagnosis of vasculogenic
impotence. Vascular Surgery 17(4): 216-9, 1983.
11.REIS, J. M. S. M.; PUECH-LEAO, P. ; GLINA, S.; COSTA, M.; REI-
CHELT, A. C.; RODRIGUES Jr., O. M. Estudo hemodinâmico do
corpo cavernoso. Jornal Brasileiro de Urologia 13(l): 11-4, 1987.
12.RODRIGUES Jr., O. M. & COSTA, M. A disfunção erétil e a uti-
lização do Inventário Beck de Depressão. Jornal Brasileiro de
Psiquiatria 36(5): 293-8, 1987.
92 R.B.S.H. l(l):1990
13.RODRIGUES Jr., O. M. A abordagem psicológica do paciente
sexualmente disfuncional. Arquivos Brasileiros de Psicologia, no
prelo.
14.WILSON, G. T. & LAWSON, D. M. Expectancies, alcohol and sex-
ual arousal in male social drinkeer. Journal of Abnormal
Psychology 85: 578-94, 1976.
15.WILSON, G. T.; NIAURA, R. S.; ADLER, J. L. Alcohol, selective
attention and sexual arousal in men. Journal of Studies on Alcohol
46(2): 107-15,1985.
93
R.B.S.H. l(l):1990
ResearchGate has not been able to resolve any citations for this publication.
Article
Full-text available
The measurement of penile systolic blood pressure has been largely used in the diagnosis of vasculogenic impotence. However, it fails in detecting mild genital vascular insufficiency. A penile-brachial index was determined, in this study, in 25 impotent men, at rest and after exercise in a bicycle ergometer. Patients with angiographically demonstrated pelvic arterial lesions showed a drop in PBI after exercise, statistically differing from those without signs of vascular disease. Post-exercise penile blood pressure is, thus, a sensitive test in the screening of vasculogenic impotence.
Article
Full-text available
Randomly assigned 40 undergraduate males, all social drinkers, to 1 of 2 expectation conditions in which they were led to believe that the beverage they were administered contained either vodka and tonic or tonic only. For half of the Ss in each expectation condition, the beverage contained vodka; the others drank only tonic. After their drinks, measures of penile tumescence were taken from Ss using a penile strain gauge during 2 erotic films, 1 depicting a heterosexual interaction, the other a male homosexual interaction. Although analyses of variance failed to reveal any effect of alcohol per se, there were significant effects of expectation on penile tumescence during both the heterosexual and homosexual films. Ss who believed that they had consumed an alcoholic beverage manifested significantly greater sexual arousal than those believing they had consumed a nonalcoholic beverage, regardless of the contents of their drinks. Although no consistent effects were observed on additional measures of sexual arousal, including the TAT, the Word Association Test, and forehead skin temperature, there was a significant positive correlation between self-report measures of sexual arousal and penile tumescence. (19 ref) (PsycINFO Database Record (c) 2012 APA, all rights reserved)
Article
Full-text available
To test the tension reduction hypothesis (TRH) of alcohol consumption, 2 studies were conducted to determine the effects of alcohol on heterosexual social anxiety. In Study 1 a clinical population of 32 socially anxious males drank 0 or .5 ml/kg of pure ethanol and then interacted with a female confederate. Expectancies about alcohol consumption and its effects were manipulated by using both a placebo beverage and instructional sets about the positive or negative effects of alcohol. Physiological, cognitive/self-report, and behavioral measures (e.g., Fear Thermometer and the Multiple Affect Adjective Check List) indicated that alcohol produced a marked impairment in the shy Ss while not appreciably affecting physiological responses. Study 2 employed 36 undergraduate males and 3 dosages of alcohol (0, .33, and .75 ml/kg). Once again alcohol impaired both behavioral performance and self-report ratings. In addition, the high-dosage alcohol group experienced greater sustained cardiac acceleration as a function of the social interaction than did the other 2 groups, suggesting the possibility of an alcohol–stress relationship. Data disconfirm the utility of a global TRH in explaining the psychological and physiological effects of alcohol ingestion. (31 ref)
Article
48 undergraduate male social drinkers were randomly assigned to 1 of 2 expectancy set conditions in which they were led to believe that the beverage they were administered contained alcohol or no alcohol. For half of the Ss in each expectancy condition, the beverage was an alcoholic malt liquor; the others drank a nonalcoholic malt beverage. After their drinks, changes in penile tumescence (PT) in response to normal and deviant tape recordings and to self-generated fantasy were measured physiologically by a mercury-in-rubber strain gauge. The cognitive set (expectancy) significantly increased PT in response to the various erotic recordings. Alcohol did not significantly influence levels of sexual arousal. Ss who believed they had consumed an alcoholic beverage evidenced significantly more arousal to the forcible rape recording and to the sadistic stimuli than Ss who believed that they had consumed a nonalcoholic beverage, regardless of the actual contents of the beverage. The cognitive set, as well as the alcohol, significantly influenced heart rate, skin temperature, and subjective reports of sexual arousal. Self-report measures of sexual arousal were positively correlated with PT. Mosher Forced-Choice Guilt Inventory scores were not significantly correlated with PT, although the Sex Guilt subscore was negatively correlated with the subjective measure of sexual arousal for the heterosexual intercourse and forcible rape tapes. (35 ref) (PsycINFO Database Record (c) 2006 APA, all rights reserved).
Article
Este é um estudo sobre a depressão mensurada através do Inventário Beck de Depressão (BDI), em 42 pacientes portadores de disfunção erétil, durante a fase diagnóstica. Foi feita uma comparação dos resultados do BDI, e as características do tipo de dificuldade sexual referida e o diagnóstico final elaborado por equipe multidisciplinar
Article
Sixteen young men drunk three doses of alcohol and their sexual arousal was measured by the changes in penile diameter. The lowest alcohol dose (BAC of 0.025%) was associated with maximum penile diameter increase; marked suppression of response was found at BACs of 0.05% and above.
Article
Assigned 48 undergraduate males to 8 experimental groups. The 6 Ss within each group received 1 of 4 dose levels (.08, .4, .8, or 1.2 g/kg body weight) of beverage alcohol and 1 of 2 different sets of expectancy instructions regarding sexual arousal. Changes in penile tumescence, in response to an erotic film, were measured physiologically by a mercury-in-rubber strain gauge. Muscle tension levels were also monitored during the film viewing. The following adjunctive measures of sexual arousal were also employed: (a) sexual imagery, (b) the subjective report of arousal, and (c) the estimation of the extent of penile erection. Alcohol significantly reduced the levels of penile tumescence (negative linear relation). The expectancy instructions regarding alcohol's effect did not significantly influence the penile response. Sexual imagery was negatively correlated with penile tumescence, whereas the subjective reports of sexual arousal and the estimations of penile erection were positively correlated with the physiological measure of sexual arousal. Muscle tension levels were not significantly influenced by alcohol or the expectancy set; neither was muscle tension correlated with penile tumescence. (20 ref) (PsycINFO Database Record (c) 2012 APA, all rights reserved)
Article
Study 1 examined the prevalence of sexual dysfunction in 101 male alcohol addicts. Inpatients at a clinic for alcoholism were investigated by questionnaire about their sexual functioning and by hormonal data. Three-quarters had erectile dysfunction, loss of libido, and premature or delayed ejaculation. A follow-up study was done 9 months after the end of treatment. No significant differences in the prevalence of sexual dysfunction were found between the two points of measurement. All patients had normal levels of plasma testosterone at the beginning and end of inpatient treatment. These findings suggest psychological causes for the sexual problems and a need for therapeutic intervention. Study 2 reports on a group of addicts with sexual dysfunction who were treated by a behavioral treatment format. Follow-up results indicate that the treatment group showed significantly less sexual dysfunction than an untreated control group.
Article
Thirty-two men social drinkers were randomly assigned to the cells of a balanced placebo design to investigate the effects of expected and actual alcohol consumption on sexual responsiveness. Using a dichotic listening task, erotic and nonerotic information was presented in the nonattended channel while subjects performed simple (low-attention demand) and complex (high-attention demand) numerical tasks presented in the attended channel. Penile tumescence was recorded continuously in response to all audiotaped information. The high-attention demand task significantly interfered with sexual arousal compared with the low-attention demand task, primarily because of the significant suppressant effect of alcohol on arousal during the complex task. The lack of differences in tumescence under the two cognitive tasks when subjects were sober is inconsistent with the cognitive interference model of sexual arousal. Alcohol expectations increased arousal during the low-attention demand task, whereas actual alcohol consumption decreased arousal only during the high-attention demand task. Both effects are attributed to the different effects of these separate variables on attentional processes. The clinical implications are discussed.