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Educação e a Apropriação e Reconstrução do Conhecimento Cientíco 4 Capítulo 14 141
Data de aceite: 01/11/2020
ARTICULAÇÃO ENTRE SAÚDE E EDUCAÇÃO:
A EXPERIÊNCIA BRASILEIRA SOB A ÓTICA DO
PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA
CAPÍTULO 14
doi
Data de submissão: 04/09/2020
Paulo Sergio Cardoso da Silva
Universidade Federal de Santa Catarina
Florianópolis/Santa Catarina
http://lattes.cnpq.br/5272022731516902
Marcelo Braz Vieira
Universitat de Barcelona
Barcelona (Espanha)
http://lattes.cnpq.br/6726869062553229
RESUMO: Durante séculos a saúde foi
associada a ausência de doença, reetindo num
modelo biomédico, mas, desde a década de
1970, discussões acerca do conceito ampliado
de saúde passaram a vigorar. Esta perspectiva
considera a promoção, prevenção e tratamento
de agravos a saúde, mas também os níveis de
qualidade de vida tanto do indivíduo como da
sua família, meio ambiente e comunidade. Sob
esta ótica, o sistema de saúde brasileiro cria
mecanismos de levar a integralidade nas suas
ações, a citar os Núcleos Ampliados de Saúde da
Família e Atenção Básica, composto por equipes
multiprossionais; e o Programa Saúde na
Escola, que visa impactar a saúde da comunidade
escolar com desdobramentos positivos em vários
âmbitos. Neste sentido, quer-se aqui tornar
clara a relação tênue entre as macroáreas da
saúde e educação, descrevendo programas
governamentais sob a ótica do prossional de
Educação Física, apresentando possibilidades
para aplicação em contextos além do brasileiro.
Palavras - chave: PROGRAMA SAÚDE NA
ESCOLA. Educação. Promoção de Saúde.
Educação Física. Brasil.
ARTICULATION BETWEEN HEALTH AND
EDUCATION: BRAZILIAN EXPERIENCE
FROM THE PERSPECTIVE OF PHYSICAL
EDUCATION PROFESSIONALS
ABSTRACT: For centuries health has been
associated with absence of disease, reecting
on a biomedical model, but since the 1970s,
discussions about the expanded concept of health
have been in force. This perspective considers
the promotion, prevention and treatment of health
problems, but also the quality of life levels of the
individual, their family, the environment and the
community. From this perspective, the Brazilian
health system creates mechanisms that lead to
integrality in its actions, to mention the Extended
Family Health and Primary Care Centers,
composed of multiprofessional teams; and the
Health at School Program, which aims to impact
the health of the school community with positive
developments in various areas. In this sense, we
want to clarify the tenuous relationship between the
macro areas of health and education, describing
government programs from the perspective of
the Physical Education professional, presenting
possibilities for application in contexts beyond the
Brazilian.
KEYWORDS: Health Program at School.
Education. Education. Health Promotion. Physical
Education. Brazil.
Educação e a Apropriação e Reconstrução do Conhecimento Cientíco 4 Capítulo 14 142
1 | INTRODUÇÃO
A saúde tem sido associada historicamente ao surgimento de doenças, sua
prevenção e cura. Isso reete a hegemonia do modelo biomédico que tem permeado
durante longo tempo o desenvolvimento das práticas de saúde no Brasil e no mundo. No
entanto, nos últimos anos esse quadro vem sendo modicado para uma visão mais ampla
e holística da saúde.
A integração das áreas de saúde e educação desde uma perspectiva de formação
permanente de educadores e prossionais da saúde, e a consequente troca de saberes
que emerge nesse contexto, permitem ressignicar sua interrelação que historicamente
“têm vivenciado aproximações e distanciamentos, e produzido experiências que reetem
encontros e desencontros, no cumprimento das suas missões e do seu papel social”
(Ministério da Educação, 2009, p.9).
Neste sentido, o objetivo deste estudo é:
• Tornar clara a relação tênue entre as macroáreas da saúde e da educação;
• Descrever um programa governamental intersetorial brasileiro sob a ótica do
prossional de Educação Física, para o enfrentamento de fatores de risco como
a obesidade;
• Apresentar o modelo do Programa Saúde na Escola como uma forma possível
de ser aplicada em contextos além do brasileiro.
2 | FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Saúde pública brasileira e a Atenção Primária à Saúde
O Sistema Único de Saúde (SUS) está amparado na Constituição Federal brasileira,
de 1988, e nas Leis orgânicas da Saúde, todas fruto de vários movimentos pregressos
internacionais, como a Conferência Internacional de Atenção Primária de 1976, realizada
em Alma-Ata e com o objetivo de trazer a saúde sob a perspectiva ampliada; e também
nacionais, como a Reforma Sanitária brasileira ocorrida na década de 70, que buscou
fomentar mudanças e transformações no sistema de saúde para melhoria das condições
de vida da população, e a 8ª Conferência Nacional de Saúde em 1986, que teve como
tópicos de discussão o entendimento da saúde como direito, a reformulação do sistema
nacional vigente, além do nanciamento do setor (BRASIL, 1990a; 1990b; 1988; OMS,
1978).
Conforme seus princípios, o SUS traz a saúde como um direito universal (BRASIL,
1990a; 1988). Além disso, está organizado em três níveis de complexidade, a Atenção
Básica ou Primária à Saúde, normalmente relacionadas a atendimentos realizados nos
Postos/Centros/Unidades de Saúde, que utilizam uma tecnologia leve para atender a
Educação e a Apropriação e Reconstrução do Conhecimento Cientíco 4 Capítulo 14 143
maioria das demandas em saúde; a média complexidade, que se refere às ações e serviços
de saúde em ambiente ambulatorial ou hospitalar, com maior aporte tecnológico e apoio
para diagnóstico e tratamento, podendo ser representado pelas policlínicas e centros de
atenção psicossocial, de reabilitação, de odontologia, de doenças infecciosas, dentre
outros; e por m, a alta complexidade, que se refere a um conjunto de procedimentos que
demandam de alta tecnologia e alto custo, oferecendo serviços qualicados e normalmente
representados pelos hospitais (BRASIL, 2011; BRASIL, 2010a).
As ações realizadas na Atenção Primária à Saúde focam na corresponsabilização
dos atores envolvidos, empoderando as comunidades a serem responsáveis por si
mesmas e pelo próximo (BRASIL, 2017a). Tendo em vista que apresenta resolutividade
para cerca de 80% das demandas em saúde da população, a principal estratégia de saúde
brasileira se encontra neste nível de complexidade, a Estratégia Saúde da Família (Assis,
do Nascimento, Franco, y Jorge, 2010; Stareld, 2002). Formalizada como prioritária desde
2006, a ESF assegura uma estreita relação com as comunidades, tendo forte vinculação no
território, e tendo suas equipes compostas, por, no mínimo, médico da família, enfermeiro,
técnico de enfermagem e agentes comunitários de saúde (BRASIL, 2017a).
Apesar da alta capacidade resolutiva destas equipes, e visando atender ao importante
princípio do SUS, denominado “integralidade”, e conceituado como o “conjunto articulado e
contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para
cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema” (BRASIL, 1990a), o Ministério
da Saúde cria em 2008 os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) (BRASIL, 2008),
hoje denominados de Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica. O NASF-
AB é um serviço multidisciplinar com o objetivo de apoiar, ampliar, aperfeiçoar a atenção e
a gestão da saúde na Atenção Primária e Estratégia Saúde da Família. As equipes podem
ser compostas por mais de 20 categorias prossionais distintas, incluindo o prossional de
Educação Física (BRASIL, 2017a).
As ações dos prossionais da Atenção Primária à Saúde, incluindo àqueles
pertencentes a equipe NASF-AB, preveem os atendimentos individuais, domiciliares,
compartilhados, atividades de grupo, a ações de educação em saúde (BRASIL, 2017a;
SILVA, 2016). O Apoio Matricial, se caracteriza como uma das principais ferramentas
neste contexto. É com ele que os prossionais do NASF-AB buscarão assegurar, de
modo dinâmico e interativo, a retaguarda especializada nas equipes de referência (no
caso as equipes de Saúde da Família). Neste sentido, as dimensões de suporte podem
ser assistencial ou técnico-pedagógica. A primeira produz ações diretas com os usuários,
podendo ser de maneira compartilhada; e a segunda volta-se para apoio educativo com e
para a equipe (BRASIL, 2010b).
Saúde, educação e o profissional de Educação Física
Historicamente, a atuação do prossional de Educação Física sempre esteve atrelada
Educação e a Apropriação e Reconstrução do Conhecimento Cientíco 4 Capítulo 14 144
a uma relação com as grandes áreas dos esportes e educação (Farias y do Nascimento,
2016). Foi a partir da Resolução 218, de 1997, que passa a ser reconhecido pelo Ministério
da Saúde brasileiro como uma categoria prossional da saúde, de nível superior (BRASIL,
1997). Desde então, sua representatividade só vem crescendo. Um estudo que investigou
a distribuição dos prossionais de Educação Física na área da saúde, apontou para
um aumento de 78%, do ano de 2013 a 2017, segundo dados do Cadastro Nacional de
Estabelecimentos de Saúde (Silva, 2018).
Iniciativas do governo brasileiro, como o Núcleo Ampliado de Saúde da Família
e Atenção Básica (NASF-AB), que considera o prossional de Educação Física como
categoria prossional a integrar equipes multiprossionais no intuito de apoiar ações de
prevenção e promoção de saúde na Atenção Primária à Saúde, foram fundamentais para
este crescimento (BRASIL, 2017a).
É destacável também, iniciativas como a Política Nacional de Promoção de Saúde
(PNPS), que prevê a realização intersetorial das práticas corporais e atividade física como
instrumento de promoção de saúde da população; o Programa Academia da Saúde (PAS),
que possibilita a constituição de polos para a realização de inúmeras ações voltadas
para a prevenção e promoção de saúde; e o Programa Saúde na Escola (PSE), criado
em 2007, e que permite a realização de inúmeras ações de promoção de saúde dentro
do ambiente escolar, e cuja a execução é majoritariamente dos prossionais de saúde
inseridos na Atenção Primária á Saúde (BRASIL, 2017b; BRASIL, 2014; BRASIL, 2013).
A inserção formal do prossional de Educação Física nestas ações programáticas, aponta
para a potencialidade deste prossional na articulação de práticas de cuidado de caráter
multiprossional, inspiradas no princípio da integralidade, tanto para o campo da saúde
como da educação física (Fraga, Carvalho, y Gomes, 2012).
Por agir vinculado a um território e considerando os princípios do SUS, o foco de
atuação do prossional da Atenção Primária à Saúde perpassa todas as faixas etárias,
condições sociodemográcas e situações de saúde, sendo uma ponte entre outros níveis
de complexidades da Rede de Atenção à Saúde (BRASIL, 2011). Atua além das Unidades
Básicas de Saúde, ocupando espaços da comunidade, como praças, parques, igrejas,
centros comunitários, academias da saúde, escolas, creches, entre outros (BRASIL, 2017a).
A atuação do NASF-AB, como anteriormente dita, pressupõe vinculação com as equipes
de Atenção Básica ou equipes de Estratégia Saúde da Família, e visa oportunizar maior
integralidade e resolutividade aos atendimentos em saúde, que podem ser individuais,
compartilhados com outros prossionais de saúde, em forma de grupos temáticos e por
meio de processos educativos de saúde nos diferentes espaços (BRASIL, 2017a; Silva,
2016)
Há de se convir, contudo, que a aproximação da escola se mostra como mecanismo
de promoção de saúde bastante oportuno, haja vista que se relaciona com a estimulação,
manutenção e promoção de hábitos saudáveis, e cuja a repercussão apresenta potencial
Educação e a Apropriação e Reconstrução do Conhecimento Cientíco 4 Capítulo 14 145
de se perpetuar por toda a vida do indivíduo (Buss, 2001). Outro ponto importante é que,
o prossional de Educação Física é, talvez a categoria que melhor transita pela saúde e
educação com facilidade, pelas características da sua formação e campos de atuação
(Farias y do Nascimento, 2016). Estudos apontam para a potencialidade desta categoria
prossional como ponte entre a educação física escolar e a saúde. O ensino e aprendizagem
da vida ativa para a saúde permite com que as pessoas saibam escolher a melhor maneira
de desenvolver as atividades do seu cotidiano, frente a representações culturais, sociais,
econômicas, ambientais e biológicas (Mussi, Freitas, Amorim, y Petroski, 2016).
Neste sentido o Programa Saúde na Escola vem como um instrumento potencializador
das ações da Atenção Primária à Saúde no âmbito dos escolares, de forma a melhor cercar
os fenômenos transversais que atentam a saúde deste público, a citar, por exemplo, a
obesidade e o sedentarismo (BRASIL, 2017b). No que se refere o prossional de Educação
Física, suas atribuições podem estar relacionadas ao componente “Promoção das práticas
corporais/atividade física”, mas também no desenvolvimento de outros componentes do
programa, sob a ótica da educação em saúde em uma perspectiva mais ampla (Oliveira,
Martins y Bracht 2015), como “Alimentação saudável e prevenção da obesidade infantil”
e todos os outros (BRASIL, 2017b). Desta forma, considerando a expertise necessária as
ações mencionadas, o prossional de Educação Física passa a ser compreendido com um
ator de fundamental importância neste contexto (Brito, Silva, y França, 2012).
A seleção de quais ações serão realizadas pelo PSE levam em consideração as
características do território da escola, a citar os aspectos epidemiológicos, sanitários,
sociodemográcos, culturais e alguma situação particular da própria instituição (BRASIL,
2017b; BRASIL, 2011). Entre as principais ações especícas dos prossionais de Educação
Física neste contexto, estão as ações voltadas para o combate a obesidade e a promoção
das práticas corporais, da atividade física e do lazer nas escolas (BRASIL, 2017b). A
atividade física regular é um importante instrumento de combate e tratamento de doenças
crônicas não transmissíveis, a citar a obesidade e o sedentarismo (WHO, 2018). No Brasil,
a prevalência de excesso de peso em adolescentes de 11 a 19 anos, no ano de 2015, foi
de 22,2% (Conde, Mazzeti, Silva, Santos, y Santos, 2018). Um importante estudo mundial,
com crianças e adolescente de 6 a 19 anos, mostrou que a prevalência de obesidade,
de 1975 para 2016, foi de 0,7% para 5,6% em meninas e 0,9% para 7,6% em meninas,
valores muito altos, considerando a idade (Abarca-Gómez et al., 2017). No mundo, 23%
dos adultos e 81% dos adolescentes, de 11 a 17 anos, não atendem as recomendações de
atividade física para a saúde da Organização Mundial da Saúde (WHO, 2018).
É válido mencionar que ainda que o prossional de Educação Física seja o principal
responsável pela intervenção com atividade física, seus conteúdos e vivências são mais
amplos, sendo transdisciplinares e multiprossionais, podendo ser analisados sob a ótica
das ciências naturais, sociais, das humanidades ou mesmo das ciências aplicadas (Mussi
et al., 2016).
Educação e a Apropriação e Reconstrução do Conhecimento Cientíco 4 Capítulo 14 146
3 | DEFINIÇÃO DO CONTEXTO DE APLICAÇÃO
O Programa Saúde na Escola
Criado em 2007, o Programa Saúde na Escola tem por objetivo aproximar as
macroáreas da saúde e educação. Entre seus objetivos estão (BRASIL, 2017b):
I - promover a saúde e a cultura da paz, reforçando a prevenção de agravos
à saúde, bem como fortalecer a relação entre as redes públicas de saúde e
de educação;
II - articular as ações do Sistema Único de Saúde - SUS às ações das redes de
educação básica pública, de forma a ampliar o alcance e o impacto de suas
ações relativas aos estudantes e a suas famílias, otimizando a utilização dos
espaços, equipamentos e recursos disponíveis;
III - contribuir para a constituição de condições para a formação integral de
educandos;
IV - contribuir para a construção de sistema de atenção social, com foco na
promoção da cidadania e nos direitos humanos;
V - fortalecer o enfrentamento das vulnerabilidades, no campo da saúde, que
possam comprometer o pleno desenvolvimento escolar;
VI - promover a comunicação entre escolas e unidades de saúde, assegurando
a troca de informações sobre as condições de saúde dos estudantes; e
VII - fortalecer a participação comunitária nas políticas de educação básica e
saúde, nos três níveis de governo.
Seu contexto de aplicação é o município, entendendo que a saúde deve ser
pensada sob a perspectiva ampliada. Do ponto de vista prático, secretarias municipais
de saúde e de educação articulam ações à comunidade escolar, no intuito de prevenirem
e promoverem hábitos saudáveis que terão profunda interferência em suas vidas. Estas
ações são organizadas e executadas pelo setor da saúde, sobretudo pelos prossionais
inseridos na Atenção Primária à Saúde, oportunamente tendo suporte dos prossionais das
escolas envolvidas (BRASIL, 2017b).
Participação
A participação no PSE está condicionada a adesão do município junto ao Ministério
da Saúde e da Educação. Para credenciar o município, a adesão é realizada por escola, de
forma que são indicadas as escolas básicas da rede pública. Os registros das informações
sobre as atividades realizadas pelo PSE são efetuados no Sistema de Informação da
Educação e a Apropriação e Reconstrução do Conhecimento Cientíco 4 Capítulo 14 147
Atenção Primária à Saúde. Neste sentido, e considerando que o amparo se dá por meio de
um programa governamental intersetorial, é válido pontuar que mais de 90% dos municípios
brasileiros aderiram ao referido programa (Programa Saúde na Escola) no ciclo bianual
2017/2018 (BRASIL, 2017c).
Referente aos participantes das ações pontuais, conforme estabelecido em nas
diretrizes do PSE, são envolvidos o público escolar, a citar os estudantes da educação
básica, gestores e prossionais de educação e saúde, comunidade escolar e, de forma
mais amplicada, estudantes de educação prossional, tecnológica e de Jovens e Adultos
(Ministério da Educação, 2019; BRASIL, 2017b), com a maioria dos estudos encontrados
voltados para crianças e adolescentes (Batista et al., 2017; Machado et al., 2015; Machado
et al., 2016; Oliveira,et al., 2015). O Programa Saúde na Escola, possui periodicidade
bianual (24 meses), requerendo envio da comprovação das ações realizadas ao Ministério
da Saúde por meio do E-SUS Atenção Básica, sistema ocial do governo federal. Com
o encerramento do ciclo, e após análise do Ministério da Saúde e interesse da gestão
municipal, o município tem a oportunidade de contratualizar novo ciclo. Em termos gerais,
são analisados o cumprimento de metas pré-estabelecidas e a cobertura das ações em
escolas pactuadas com o PSE (BRASIL, 2017b). Para além da avaliação ocial, faz-
se necessária a constante avaliação, monitoramento e, se necessária, modicação das
estratégias adotadas no planejamento e execução das ações no ambiente escolar, no
intuito de melhor atender as reais demandas locais (Batista et al., 2017).
Resultados e Avaliações
Ao analisar programas e projetos direcionados à saúde em escolas brasileiras, um
estudo apontou que as ações mais comuns foram àquelas voltadas para o incentivo da
prática de atividades físicas e da alimentação saudável. Neste sentido, os programas que
promoveram atividade física na escola foram bem-sucedidos na redução do sedentarismo
(Brito et al., 2012). Loch (2011) faz uma importante consideração quanto à Educação
Física na escola, sinalizando que as intervenções voltadas para a promoção de uma vida
ativa e hábitos saudáveis não devem se limitar aos professores de Educação Física, mas
deve envolver demais atores. Outro ponto importante é o de que as ações não devem
se preocupar apenas com aumento nas práticas de atividades física, mas explorar as
múltiplas possibilidades do movimento humano, sob o olhar da educação emancipada, em
que considera a construção histórica e o campo de intervenção social (Knuth y Loch, 2014).
Quando avaliado os componentes do Programa Saúde na Escola executados
pelas equipes de Estratégia Saúde da Família entre escolares adolescentes da cidade
de Sobral-CE, um estudo identicou as seguintes ações: avaliação antropométrica e do
estado nutricional; medição da pressão arterial; vericação da carteira de vacinação;
vericação de sinais de agravos de saúde negligenciados (hanseníase, tuberculose e
malária); triagem de acuidade visual (teste de Snellen); avaliação do estado de saúde
Educação e a Apropriação e Reconstrução do Conhecimento Cientíco 4 Capítulo 14 148
bucal; avaliação psicossocial; atividades educativas sobre promoção de alimentação e
modos de vida saudáveis; oferecimento de práticas corporais; abordagem de temáticas
de saúde sexual e reprodutiva; atividades voltadas para a redução dos riscos e danos
causados pelo uso de álcool, tabaco, crack e outras drogas; atividades de temáticas da
diversidade sexual, bullyng, discriminação e preconceito da família e da comunidade; e
atividades de sensibilização, responsabilização e intervenção do cuidado consigo e com o
meio ambiente (Machado et al., 2016).
De acordo com dados do Programa Nacional de Melhoria e da Qualidade da
Atenção Básica, o Brasil apresentou, no ano de 2012, expressivos resultados quanto a
realização de atividades na escola por meio do PSE. A região Norte foi a que executou mais
ações (80,5%), seguida da Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste (Machado et al., 2015).
É valido destacar as ações diagnósticas previstas no PSE. Por meio dos componentes
previstos pelo programa, a aproximação das equipes de saúde com a comunidade escolar
permite identicar as demandas daquele contexto. Um estudo que avaliou 21 escolas
públicas de Itapevi-SP no ano de 2014, mostrou, por meio de ações do PSE, que 30,6%
dos escolares apresentaram excesso de peso e 68,4% dos cardápios do período vespertino
apresentavam alimentos ultra processados, dentro da escola (Batista, Mondini, y Jaime,
2017). Ainda por meio do PSE, o Brasil em 2012 teve a avaliação antropométrica realizada
em maior escala na região Nordeste (57,9%), seguida da região Centro-Oeste (52,7%) e
região Norte (50,2%); e a promoção das práticas corporais e atividade física foram mais
prevalentes na região Norte (34,6%), seguido da região Centro-Oeste e Nordeste, com
34,0% e 33,9% respectivamente (Machado et al., 2015)
Entre as diculdades detectadas no PSE, um estudo apontou para o distanciamento
das propostas de promoção de saúde aos escolares adolescentes da cidade de Fortaleza-
CE (Brasil, Silva, Silva, Rodrigues, y Queiroz, 2017). Outro estudo identicou a existência
de espaços onde sua aplicação teve discurso voltado para a responsabilização dos
sujeitos, em contraposição ao que o conceito ampliado de saúde busca alcançar, cuja a
ideia é a corresponsabilização de todos envolvidos em respeito aos determinantes sociais
em saúde (Cavalcanti, Lucena, y Lucena, 2015). Ao avaliar o PSE em uma cidade do
Nordeste brasileiro um estudo apontou para a desarticulação entre os setores educação e
saúde, repercutindo negativamente no planejamento e execução das ações do PSE (Brasil
et al., 2017). De acordo com Carvalho (2015), a intersetorialidade é aspecto chave para a
promoção de saúde. Estudos sugerem para a consolidação do PSE a construção realizada
de forma participativa, com gestores municipais, equipe técnica e executores do programa,
no intuito de favorecer melhor articulação e engajamento dos atores, oportunizando uma
forma mais efetiva da sua execução, sempre avaliando as ações adotadas (Batista et al.,
2017; Fontenele, Sousa, Rasche, Souza, y Medeiros, 2017).
Contudo, é perceptível que o PSE vem em constante movimento de ampliação,
alcançando a quase totalidade dos municípios brasileiros e mostrando-se como investimento
Educação e a Apropriação e Reconstrução do Conhecimento Cientíco 4 Capítulo 14 149
de ganhos públicos no campo da saúde e seguridade infanto-juvenil (Vieira, Saporetti, y
Belisário, 2016). Reforça-se que a eciência e permanência das ações de promoção de
saúde na escola requerem o comprometimento de todos os envolvidos, devendo ser a
comunidade escolar empoderada nas atitudes do cotidiano (Couto et al., 2016).
Os resultados do PSE demonstram benefícios complexos como a articulação
intersetorial necessária entre as secretarias de saúde e de educação, que pode trazer
melhor eciência em outras políticas municipais, para além do PSE. Ainda neste sentido,
a aproximação de prossionais da saúde dentro do contexto escolar desmistica a ideia
de que os serviços de saúde estão necessariamente relacionados a doença, trazendo uma
imagem positiva de forma a contribuir incrementos nos níveis de qualidade de vida, não
só em aspectos da saúde física, mas também aspectos psicológicos e cognitivos (CDC,
2017; Merege Filho et al., 2014; Northey, Cherbuin, Pumpa, Smee, y Rattray, 2018; Silva,
Silva, Silva, Souza, y Tomasi, 2010). Entre os resultados mais pragmáticos, está a melhoria
do estado geral de saúde dos escolares, familiares e comunidade escolar, aspecto que
traz desdobramentos positivos como, inclusive, menores gastos em saúde e melhores
resultados na educação (CDC, 2017; CEBR y ISCA, 2015; Lee et al., 2017; WHO, 2018).
4 | CONSIDERAÇÕES FINAIS
A articulação entre a saúde e a educação pode se constituir de diferentes formas e
pode trazer inúmeros benefícios, tanto à sociedade, como a gestão governamental. Além
de responder a problemas de saúde loco-regionais, estas ações possibilitam a melhoria
dos processos de trabalho por meio do renamento da articulação intersetorial, e ainda
uma abrupta economia de custos em saúde e melhoria dos resultados escolares.
No Brasil, uma das formas impulsionadoras desta relação setorial, é o Programa
Saúde na Escola, uma importante iniciativa federal que vêm trazendo resultados bastante
expressivos. Mais do que apresentar o PSE, este trabalho busca sensibilizar para a
importância da articulação entre as áreas da saúde e da educação, sobretudo na perspectiva
do prossional de Educação Física, que já na sua formação sedimenta conhecimento de
ambas as áreas. Este cenário ca mais claro quando entendemos que o enfrentamento a
epidemias mundiais como a obesidade e o sedentarismo se faz cada vez mais necessário
(Abarca-Gómez et al., 2017; CDC, 2017; WHO, 2018).
Mediante os argumentos apresentados, encoraja-se que outras realidades, para
além da brasileira, empreendam esforços em projetos e ações articuladas entre saúde
e educação, no intuito de oportunizarem benefícios a sociedade em geral. Estratégia
semelhante foi encontrada nos Estados Unidos da América, em que visava aproximar as
áreas da saúde e da educação (CDC, 2017). Um relatório do Centre for Economics and
Business Research com o International Sports and Culture Association mostrou que, na
Espanha, cerca de 83% das crianças de 15 anos não atingem os níveis recomendados de
Educação e a Apropriação e Reconstrução do Conhecimento Cientíco 4 Capítulo 14 150
atividade física. Além disso, 13,4% de todas as mortes são causadas pela inatividade física,
aspectos que resultam em custos anuais totais superiores a 6,6 bilhões de euros (CEBR
y ISCA, 2015). O prognóstico apresentado faz da Espanha um país bastante permeável a
ações articuladas entre saúde e educação.
É válida a compreensão, contudo, de que os problemas de saúde no contexto escolar
são complexos e profundos, trazendo um importante papel a escola, em meio às questões
sociais que estão envolvidas na saúde e na aprendizagem. Isto faz com que a articulação
entre estes dois setores se faça essencial na sociedade, motivo pelo qual o PSE parece ser
uma estratégia interessante para auxiliar a população na adoção e manutenção de hábitos
de vida saudáveis (Christmann y Pavão, 2015).
A efetivação de políticas públicas voltadas para a promoção de saúde e qualidade de
vida da comunidade escolar, no entanto, exige a coordenação e planejamento intersetoriais,
com denição de orçamento adequado e uma narrativa voltada para o conceito ampliado
de saúde e para uma educação integral, selecionados a partir do diagnóstico de cada
contexto (Casemiro, Fonseca, y Secco, 2014).
Concluindo, mais estudos são necessários para comprovar a melhor forma de
implementação de políticas integradas de saúde e educação dentro do contexto escolar.
REFERÊNCIAS
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