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Abstract

Objective: to describe scientific evidence regarding the use of prone positioning in the care provided to patients with acute respiratory failure caused by COVID-19. Method: this is a scoping review. PRISMA Extension for Scoping Reviews was used to support the writing of this study. The search was conducted in seven databases and resulted in 2,441 studies, 12 of which compose the sample. Descriptive statistics, such as relative and absolute frequencies, was used to analyze data. Results: prone positioning was mainly adopted in Intensive Care Units, lasted from a minimum of 12 up to 16 hours, and its prescription was based on specific criteria, such as PaO2/FiO2 ratio, oxygen saturation, and respiratory rate. The most prevalent complications were: accidental extubation, pressure ulcer, and facial edema. Decreased hypoxemia and mortality rates were the main outcomes reported. Conclusion: positive outcomes outweighed complications. Various cycles of prone positioning are needed, which may cause potential work overload for the health staff. Therefore, an appropriate number of trained workers is necessary, in addition to specific institutional protocols to ensure patient safety in this context.
Como citar este artigo
Araújo MS, Santos MMP, Silva CJA, Menezes RMP, Feijão AR, Medeiros SM. Prone positioning as an emerging tool in the
care provided to patients infected with COVID-19: a scoping review. Rev. Latino-Am. Enfermagem. 2021;29:e3397.
[Access ___ __ ____]; Available in: ___________________ . DOI: http://dx.doi.org/10.1590/1518-8345.4732.3397.
ano
diamês URL
Rev. Latino-Am. Enfermagem
2021;29:e3397
DOI: 10.1590/1518-8345.4732.3397
www.eerp.usp.br/rlae
* Este artigo refere-se à chamada temática “COVID-19 no
Contexto da Saúde Global”.
1 Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN,
Brasil.
Posição prona como ferramenta emergente na assistência ao paciente
acometido por COVID-19: scoping review*
Marília Souto de Araújo1
https://orcid.org/0000-0002-6975-8683
Marina Marisa Palhano dos Santos1
https://orcid.org/0000-0003-3536-3728
Carlos Jordão de Assis Silva1
https://orcid.org/0000-0002-9575-9030
Rejane Maria Paiva de Menezes1
https://orcid.org/0000-0002-0600-0621
Alexsandra Rodrigues Feijão1
https://orcid.org/0000-0002-8686-9502
Soraya Maria de Medeiros1
https://orcid.org/0000-0003-2833-9762
Objetivo: descrever as evidências cientícas acerca da
utilização da posição prona na assistência ao paciente com
insuciência respiratória aguda provocada por COVID-19.
Método: trata-se de uma scoping review. O instrumento
PRISMA Extension for Scoping Reviews foi utilizado para a
redação do estudo. As buscas foram realizadas em sete bases
de dados, resultando em 2.441 estudos dos quais 12 compõem
a amostra. Uma análise descritiva dos dados foi realizada
empregando frequências relativas e absolutas. Resultados:
a utilização da posição prona ocorreu principalmente em
Unidades de Terapia Intensiva, com duração mínima de 12
a 16 horas, e teve como fundamentos de indicação critérios
especícos, tais como a relação PaO2/FiO2, a saturação de
oxigênio e a frequência respiratória. As complicações mais
prevalentes da sua utilização foram: extubação acidental,
lesão por pressão e edema facial. Identicou-se a redução
da hipoxemia e da mortalidade como principais desfechos
evidenciados na amostra. Conclusão: os desfechos positivos
sobressaíram-se face às complicações. São necessários vários
ciclos de pronação do paciente, fator causador de possível
sobrecarga de trabalho da equipe de saúde. Portanto, são
importantes um adequado dimensionamento dos prossionais,
uma equipe treinada e protocolos institucionais especícos a
m de se garantir a segurança do paciente nesse contexto.
Descritores: Infecções por Coronavírus; Infecções Respiratórias;
Síndrome do Desconforto Respiratório do Adulto; Decúbito
Ventral; Enfermagem; Cuidados Críticos.
Artigo de Revisão
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2
Rev. Latino-Am. Enfermagem 2021;29:e3397.
Introdução
Na cidade de Wuhan, na China, durante o mês de
dezembro de 2019, observou-se um surto de pneumonia
de causa desconhecida. Em janeiro de 2020, os
cientistas chineses isolaram o vírus causador, um novo
Coronavírus (SARS-CoV-2). Em fevereiro deste mesmo
ano, a Organização Mundial de Saúde (OMS) denominou
a referida patologia de COVID-19(1).
A doença espalhou-se rapidamente, tornando-se
preocupante pelos altos números de contaminados e
de mortos pelo mundo. Até o dia 7 de agosto de 2020,
foram conrmados, no mundo, 19.266.406 casos de
COVID-19 e 718.530 mortes
(2)
. No Brasil, até o dia
07/08/2020, já haviam se conrmado 2.967.064 casos
e 99.702 óbitos(2).
A COVID-19 caracteriza-se por possuir um amplo
espectro clínico, englobando infecção assintomática,
doença leve do trato respiratório superior e pneumonia
viral grave com insuficiência respiratória, falência
de múltiplos órgãos e até morte
(3)
. Os sintomas mais
comuns no início da COVID-19 são febre, tosse e fadiga,
enquanto outros sintomas incluem dispneia, dor de
cabeça, hemoptise, anosmia, disgeusia e diarreia. Em sua
forma grave, as características clínicas reveladas apontam
para o desenvolvimento da Síndrome do Desconforto
Respiratório Agudo (SDRA), de lesão cardíaca aguda e
de fenômenos trombóticos
(4)
. Um estudo
(5)
demonstrou
que os sintomas comuns no início da doença foram febre
(98%) e tosse (76%); a dispneia foi observada em 55%
dos pacientes. Como complicações inerentes à forma
grave da doença, 29% dos pacientes desenvolveram a
SDRA, demandando cuidados críticos.
Segundo dados do Chinese Center for Disease
Control and Prevention, que incluíram 44.500 pessoas
com infecção pelo SARS-CoV-2 conrmada, a forma grave
da doença esteve presente em 14% dos casos, enquanto
a condição crítica, com falência respiratória e consequente
necessidade de ventilação mecânica, em 5%(6).
Atualmente, a intubação precoce de pacientes com
COVID-19 é recomendada principalmente naqueles com
hipoxemia grave, caracterizada por uma relação PaO2/
FiO
2
<200 mmHg, atendendo aos critérios de Berlim
de SDRA
(7)
. Em pacientes que apresentam hipoxemia
refratária ao suporte ventilatório ou que exibem falência
pulmonar, a literatura aponta que se deve considerar
a utilização de ventilação em Posição Prona (PP). Esta
consiste no fornecimento de suporte ventilatório com
o paciente deitado em decúbito ventral, sendo uma
terapêutica adicional para o tratamento da hipoxemia
grave causada pela SDRA(8).
Com a publicação do estudo Prone Positioning in
Severe Acute Respiratory Distress Syndrome Patients
(PROSEVA)
(9)
, obtiveram-se evidências cientícas da
efetividade da utilização da PP no tratamento da SDRA.
Os resultados do ensaio clínico randomizado, com 466
participantes, apontaram que a utilização precoce
(entre 12 e 24 horas após o diagnóstico de SDRA) e
por tempo prolongado de PP reduziu signicativamente
a mortalidade no grupo intervenção. A mortalidade em
28 dias foi de 16% no grupo prona e de 32,8% no grupo
controle (p < 0,001); ao passo que, em 90 dias, foi
de 23,6% no grupo intervenção e de 41,0% no grupo
controle (p < 0,001)(9).
Objetiva-se, por este estudo, considerando-se que a
SDRA é a complicação mais grave da COVID-19, cursando
com substancial mortalidade, descrever as evidências
cientícas acerca da utilização da PP na assistência ao
paciente com insuciência respiratória aguda provocada
por COVID-19.
Método
Este estudo trata-se de uma scoping review,
caracterizada por objetivar o mapeamento dos principais
conceitos de uma área de conhecimento, nesse caso, a
Enfermagem, assim como examinar a extensão, o alcance
e a natureza, além de sumarizar e de divulgar os dados
da investigação e de identicar as lacunas de pesquisas
existentes(10).
Seguiram-se, como referencial, as recomendações
do Joanna Briggs Institute Reviewer’s Manual
(11)
.
Adicionalmente, o instrumento intitulado PRISMA
Extension for Scoping Reviews (PRISMA-ScR) foi utilizado
para a redação do estudo. Este instrumento é dividido em
sete domínios e 22 itens, que dispõem de recomendações
acerca do título, do resumo, da introdução, do método, do
resultado, da discussão, da conclusão e do nanciamento
do estudo.
O estudo teve como cenário as bases de dados
PubMed/MEDLINE, PMC, Science Direct, Web of Science,
SCOPUS, Scientic Electronic Library Online (SciELO)
e o Google Scholar, tendo sido realizado no período
compreendido entre abril e maio de 2020.
Foram considerados estudos cientícos e demais
produções relevantes disponíveis na literatura cinzenta
referentes à utilização da PP na assistência ao paciente
com insuciência respiratória aguda provocada por
COVID-19.
Foram incluídos estudos disponíveis de forma
gratuita, completos e que responderam à questão de
pesquisa proposta. Avaliaram-se estudos primários,
revisões sistemáticas, metanálises, guidelines, diretrizes,
relatórios descritivos e comunicações oficiais de
instituições governamentais e estudos que tinham como
público-alvo adultos, sem restrição de idiomas.
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3
Araújo MS, Santos MMP, Silva CJA, Menezes RMP, Feijão AR, Medeiros SM.
Foram excluídos estudos que não responderam à
questão de pesquisa e que não tinham como objeto de
pesquisa a PP relacionada à insuciência respiratória
provocada pela COVID-19. Utilizou-se o recorte temporal
de estudos realizados a partir de dezembro de 2019. Tal
escolha justica-se levando-se em consideração o período
de surgimento e de identicação da patologia.
O processo de busca deu-se em três momentos
distintos. A princípio, a m de se identicarem eventuais
títulos e estudos análogos ao proposto, realizou-se
uma busca prévia na Literatura Latino-americana e do
Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Open Science
Framework, e Cumulative Index to Nursing and Allied
Health Literature (CINAHL), entretanto, em ambas as
bases, não foram encontrados estudos que respondessem
à questão de pesquisa. Após a identicação da necessidade
de produção e o ineditismo quanto à temática, deu-se
seguimento para o segundo momento, a coleta de dados.
O levantamento dos dados ocorreu nos meses de
março a abril de 2020, de forma dupla, independente e
cegada, realizada por dois pesquisadores mestres, sendo
determinado somente horário de início, sendo o término
denido com o esgotamento do cruzamento iniciado.
Por m, em um terceiro momento, realizou-se a busca
da literatura cinzenta a m de se identicar manuais,
consensos e diretrizes que pudessem responder à questão
de pesquisa. Para a formulação da questão de pesquisa,
utilizou-se a estratégia PCC, conforme descrito a seguir.
P (Population) - Pacientes acometidos por COVID-19;
C (Concept) - Posição prona;
C (Context) - Assistência hospitalar.
Assim, deniu-se a seguinte questão: “Quais as
evidências disponíveis acerca da utilização da posição
prona na assistência ao paciente com insuficiência
respiratória aguda provocada por COVID-19?”.
Para a realização da busca, utilizaram-se os
descritores indexados no Medical Subject Headings
(MeSH): 1. COVID-19; 2. new coronavirus; 3. 2019 nCOV;
4. SARS-CoV-2; 5. Severe acute respiratory syndrome
coronavirus 2; 6. Prone position. Utilizaram-se, pois,
termos que viabilizassem a construção de uma estratégia
de busca abrangente para a referida temática, a saber:
(“COVID-19” ORnew coronavirusOR “2019 nCoV” OR
“SARS-CoV-2” ORsevere acute respiratory syndrome
coronavirus 2”) ANDprone position”.
Após a determinação dos descritores e a criação
da estratégia acima, procedeu-se à realização das
buscas em cada base de dados/repositório. O acesso
ocorreu por meio do Portal de Periódicos CAPES, com
o uso da plataforma CAFe (Comunidade Acadêmica
Federada), serviço que facilita a disponibilização e o
acesso a benefícios digitais por meio do login utilizado
para a respectiva universidade cadastrada. Durante
esta etapa, ainda se prosseguiu à busca externa, na
literatura cinzenta, como preconizado pelo Reviewer’s
Manual(11).
Após a denição da amostra, um protocolo adaptado
do Cochrane Data collection form foi utilizado para
a extração de dados. O instrumento contemplou os
seguintes aspectos: país; ano de publicação; objetivo
do estudo; tipo de estudo; critérios de elegibilidade; local
de realização da intervenção; população; métodos para
a implementação da intervenção; medidas utilizadas
para avaliar a intervenção; desfechos e complicações da
aplicação da intervenção.
Dos artigos selecionados, foram extraídas as
seguintes informações para responder à questão de
pesquisa: 1) local em que a intervenção prona foi
adotada; 2) critérios para a adoção da PP; 3) duração da
PP; 4) desfecho principal e secundário e 5) complicações.
Ressalta-se que os estudos foram classicados
quanto aos níveis de evidência, com base na classicação
do Instituto Joanna Briggs
(11)
: Nível 1 – Desenhos de
pesquisas experimentais: 1.a) Revisão sistemática
de ensaios randomizados controlados; 1.b) Revisão
sistemática de ensaios randomizados, controlados e outros
desenhos de estudo; 1.c) Ensaio controlado randomizado;
1.d – Pseudoensaios controlados, randomizados;
Nível 2 – Desenhos quase-experimentos: 2.a) Revisão
sistemática de estudos quase-experimentais; 2.b) Revisão
sistemática de quase-experimento e outros desenhos de
estudo de menor evidência; 2.c) Estudos prospectivamente
controlados de quase-experimentos; 2.d) Pré-teste e
pós-teste ou estudos de grupos controlados históricos
retrospectivos; Nível 3 – Observacional – desenhos
analíticos: 3.a) Revisão sistemática de estudos de
coortes comparáveis; 3.b) Revisão sistemática de coortes
comparáveis e outros desenhos de estudo de menor
evidência; 3.c) Estudo de coorte com grupo controle;
3.d) Estudo de caso-controle; 3.e) Estudos observacionais
sem um grupo controle; Nível 4 – Observacional –
estudos descritivos: 4.a) Revisão sistemática de estudos
descritivos; 4.b) Estudo transversal; 4.c) Séries
de casos; 4.d) Estudo de caso; Nível 5 – Opinião de
especialistas – Pesquisas de bancada em laboratório:
5.a) Revisão sistemática de opinião de especialistas;
5.b) Consenso de especialistas; 5.c) Pesquisa de bancada
de laboratório/opinião de um especialista.
Foi realizada uma análise descritiva dos dados
empregando frequências relativas e absolutas, bem
como a caracterização e apresentação dos resultados
em quadros, grácos e tabelas. Por não envolver seres
humanos, este estudo não foi submetido à aprovação do
Comitê de Ética em Pesquisa. Por não ser de natureza
experimental, apresenta risco mínimo. Ressalta-se que
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Rev. Latino-Am. Enfermagem 2021;29:e3397.
os preceitos da Lei n.º 9.610/98 foram integralmente
cumpridos com vistas a se preservar e respeitar as ideias,
os conceitos e as denições dos autores dos estudos
primários selecionados.
Resultados
Dos 2.441 estudos avaliados, 12 foram eleitos
para compor a amostra nal deste estudo, conforme
apresentado na Figura 1.
A amostra é caracterizada por artigos da área de
conhecimento da Medicina (92%), predominantemente
realizados nos Estados Unidos da América (33%) e
publicados em 2020 (100%). Em relação ao método
adotado, estudos de revisão (42%) e consensos de
especialistas (42%) são os predominantes.
A Figura 2 apresenta a caracterização dos estudos
pertencentes à amostra nal, considerando o país onde
o estudo foi realizado, tipo de estudo, objetivo, principais
conclusões e o nível de evidência, segundo o Joanna
Briggs Institute.
Conforme os dados, 83% dos artigos utilizaram a
PP em pacientes acometidos por insuciência respiratória
aguda grave em decorrência da COVID-19 em Unidades
de Terapia Intensiva (UTI); os demais estudos trouxeram
possibilidades de adoção da prática em pacientes
clinicamente estáveis que ocupam leitos clínicos de
internamento.
A relação PAO
2
/FiO
2
, a saturação de oxigênio e a
frequência respiratória foram os critérios adotados pela
maioria dos estudos (92%) para auxiliar na tomada de
decisão referente ao uso da PP. Parâmetros da gasometria
(FiO
2
, pH, pCO
2
, pO
2
e HCO
3
) também foram empregados
(17%).
Houve dissenso em relação ao tempo de duração da
PP, todavia, conforme apresentado na Figura 3, a maioria
dos estudos (58,3%) sugere um período de 12 a 16 horas.
Dos estudos que compõem a amostra, 67%
revelaram complicações na utilização da PP. Dessas
complicações, as de maior incidência foram: extubação
acidental (78%), lesão por pressão (50%) e edema facial
(50%) (Figura 4).
Figura 1 - Fluxograma de busca da scoping review
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Araújo MS, Santos MMP, Silva CJA, Menezes RMP, Feijão AR, Medeiros SM.
ID*País Método Objetivo Principais conclusões NE
A1(12) EUA Estudo de caso Examinar o efeito da pronação em um
paciente positivo para SARS-CoV-2.
A PP torna-se uma parte vital do plano de
gerenciamento e deve ser utilizada de forma
precoce a m de reduzir mortalidade.
4d
A2(13) China Consenso especialistas
Construir diretrizes para atuar com
pacientes com infecções por 2019-
nCoV.
Se o paciente positivo para COVID-19
desenvolver SDRA, será necessário adotar
ventilação mecânica invasiva combinada à PP.
5b
A3(14) Canadá Consenso especialistas
Servir como base para otimizar os
cuidados de suporte para pacientes com
COVID-19.
A aplicação da PP é fortemente recomendada
para pacientes adultos com COVID-19, mas
requer recursos humanos e conhecimentos
sucientes para ser realizada.
5b
A4(15) Arábia
saudita Revisão narrativa Descrever o manejo para pacientes com
SDRA por COVID.
Utilizar a PP em pacientes com SDRA grave
foi associado à oxigenação aprimorada,
sustentada após o retorno à posição supina.
s/e
A5(16) Itália Coorte prospectiva Relatar a experiência de um hospital
com pacientes com COVID-19.
Sugere-se aplicar PP como tratamento precoce
na COVID-19. 3c
A6(17) Brasil Consenso de
especialistas
PP no tratamento da insuciência
respiratória aguda na COVID-19.
Embora a PP seja um recurso que melhora a
oxigenação, sugere-se cautela na indicação
deste posicionamento durante a pandemia da
COVID-19.
5b
A7(18) Reino
Unido Consenso especialistas
Elaborar um uxograma para identicar
os benefícios da pronação em pacientes
com COVID-19.
Dado o potencial da PP para melhorar a
oxigenação em pacientes com COVID-19,
defende-se o seu uso em todos os pacientes
adequados e conscientes na enfermaria.
5b
A8(19) EUA Revisão de literatura Descrever o papel da PP em pacientes
com COVID-19.
A posição prona pode contribuir para a redução
da mortalidade se realizada nas horas iniciais
da manifestação da doença.
s/e
A9(20) Espanha Consenso especialistas
Compartilhar informações acerca do
tratamento de pacientes afetados pela
COVID-19.
Foi observada, com a pronação, melhora
da relação ventilação/perfusão e melhor
prognóstico. Porém, existem complicações que
devem ser prevenidas.
5b
A10(21) EUA Revisão de literatura
Descrever o manejo clínico de
complicações respiratórias por
COVID-19.
A PP melhora a relação ventilação/perfusão,
contribuindo para a diminuição das taxas de
mortalidade para o novo Coronavírus.
s/e
A11 (22) EUA Revisão de literatura
Divulgar o protocolo sobre manejo
clínico de pacientes com sepse
provocada pelo SARS-CoV-2.
Recomenda-se o uso de um POP para pronar
o paciente em todas as instituições. Deve-
se estar atento para as contraindicações
absolutas.
s/e
A12(23) Costa
Rica Scoping Review
Estabelecer um guia de cuidados
de Enfermagem para pacientes com
COVID-19 pronados.
A posição prona é uma alternativa eciente no
tratamento de pessoas com SDRA relacionada
à COVID-19, portanto, a gestão prossional é
essencial para uma assistência de Enfermagem
de qualidade a m de diminuir complicações e
eventos adversos.
s/e
*ID = Identicação; NE = Nível de evidência; s/e = Sem evidência.
Figura 2 - Caracterização dos artigos que compõem a amostra do estudo
Figura 3 - Duração da PP em pacientes com insuciência aguda grave por COVID-19
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Rev. Latino-Am. Enfermagem 2021;29:e3397.
Além das complicações supracitadas, ressaltam-se
outros resultados encontrados em menor frequência,
como: refluxo esofágico; risco aumentado para
pneumotórax e angústia respiratória; risco aumentado
para hemoptise; tendência à hipersalivação e hematomas
em região peribucal.
A Figura 5 apresenta os principais desfechos,
primários e secundários, identificados nos estudos
que compõem a amostra. A redução da hipoxemia, a
redução da mortalidade e a melhoria da perfusão vascular
pulmonar foram os principais resultados da utilização da
PP nos estudos.
Os estudos indicam que a PP, utilizada de forma
precoce, principalmente em pacientes sob ventilação
mecânica, é uma estratégia ecaz para a reversão
de hipoxemia grave, resultando em diminuição da
mortalidade. Entretanto, as indicações devem ser
avaliadas com precisão e as complicações, consideradas.
Figura 4 - Complicações da utilização da PP em pacientes com insuciência respiratória aguda grave por COVID-19
Figura 5 - Principais desfechos da utilização da PP em pacientes com insuciência respiratória aguda grave por COVID-19
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Araújo MS, Santos MMP, Silva CJA, Menezes RMP, Feijão AR, Medeiros SM.
Discussão
A amostra utilizada compõe-se, majoritariamente,
de estudos desenvolvidos nos Estados Unidos da América
(A1, A8, A10, A11), do tipo revisão (A4, A8, A10, A11,
A12) e consenso de especialistas (A2, A3, A6, A7, A9).
Acredita-se que a predominância dos Estados Unidos
da América resulte de seu status como atual epicentro
da pandemia, com 4.932.510 casos até 07/08/2020
(2)
.
Adicionalmente, o país está em primeiro lugar no ranking
do número de trabalhos cientícos publicados dos anos
de 2013-2018, o que o coloca como um polo cientíco
mundial(24).
Sobre o nível de evidência destes estudos, tem-se
que, em relação aos métodos adotados, os artigos de
revisão fornecem evidências robustas sobre determinado
tema e, ainda, são pesquisas originais as quais não
requerem aprovação em Comitês de Ética de Pesquisa
(CEP), o que oportuniza uma maior celeridade no processo
de construção e publicação dos estudos(25). Por sua vez,
na ausência de estudos experimentais ou até mesmo
revisões, podem-se utilizar consensos de especialistas
reconhecidos, ou com conrmada experiência, para
comprovar a prática e proporcionar uma prática baseada
em evidências(26).
A utilização da PP em pacientes internados em UTI
justica-se pela gravidade desses pacientes (A1, A2, A3,
A4, A5, A6, A8, A9, A10, A11, A12), que apresentam
baixa relação PaO
2
/FiO
2
, sinalizando angústia respiratória
e repercutindo negativamente em órgãos nobres, como
cérebro, coração e rins. A SDRA de etiologia viral destaca-
se por sua alta mortalidade, em torno de 50% dos
casos, e caracteriza-se por edema pulmonar de origem
cardiogênica, causando hipoxemia e necessidade de
suporte ventilatório invasivo(27).
Relacionado à duração do posicionamento do
paciente em posição prona, observa-se uma variação
nas recomendações mundiais, contudo, a maior parcela
dos estudos
apontou para um período mínimo de 12 a
16 horas contínuas (A2, A3, A4, A8, A9, A10, A11). A
American Association of Critical-Care Nurses
(28)
, assim
como a Associação de Medicina Intensiva Brasileira
(29)
,
recomenda uma duração de 16 horas de posicionamento
prono para pacientes com SDRA em ventilação mecânica,
corroborando os achados desta revisão.
No tocante às complicações, embora tenha
encontrado que a PP diminui a pressão exercida sobre
as proeminências ósseas comumente lesionadas na
posição supina ou decúbito lateral(30), esse posicionamento
exerce pressão sobre as regiões frontal e orbicular,
mento, úmero, tórax, pelve e joelhos – ocasionando
diversos eventos adversos relacionados(31). Além disso,
tal força provoca uma distribuição heterogênea do uxo
sanguíneo e linfático da face, bem como isquemia tecidual
e consequente necrose, o que resulta nos desfechos
indesejáveis “lesão por pressão” e “edema facial”,
identicados em um total de cinco artigos da amostra
(A2, A8, A9, A11, A12).
A pressão direta nas órbitas, juntamente às alterações
vasculares, provoca impacto muscular extraocular,
podendo culminar em edema conjuntival, hemorragia
e, ainda, lesão na córnea - uma das complicações em
destaque na amostra (A9, A11, A12). Um ensaio clínico
identicou que, após dez minutos em PP, pacientes
apresentaram pressão intraocular elevada, bem como
maior risco para ulceração corneal. Tais danos podem
causar comprometimento de função e gerar necessidade
de acompanhamento oftalmológico vitalício, apesar de
evidências demonstrarem que a abrasão da córnea e
as lesões esclerais provocadas pela PP são geralmente
autolimitadas(32).
Além disso, a PP pode promover tração sobre o
úmero, seja em sua exão ou extensão, levando ao
aumento da pressão venosa intraneural, a edema local e
a prejuízos na transmissão axoplasmática dos elementos
que compõem o plexo braquial(33).
Um estudo de caso sobre paciente submetido à PP
para procedimento cirúrgico identicou que, após cinco
horas pronado, ele desenvolveu plexopatia braquial.
Pesquisas sugerem medidas, como o uso de coxins, para
reduzir a pressão sobre os músculos peitorais e impedir
que sejam empurrados para a fossa axilar, pressionando o
plexo, bem como palpação do tendão do músculo peitoral
maior para monitorar sua tensão(34-35).
Seis artigos trouxeram, dentre as complicações
encontradas, a ocorrência da extubação acidental (A2,
A6, A7, A9, A11, A12). A ocorrência desta complicação
é facilitada devido à conguração espacial da posição
em relação às vias aéreas, que leva a uma dilatação das
mesmas devido à ação gravitacional sobre as estruturas
anatômicas locais. Desta forma, pacientes pronados
podem apresentar maior risco de deslocamento e de
torção do tubo orotraqueal (TOT), levando, assim, à
extubação(36).
Um outro estudo de caso, cujo objetivo era reportar
as experiências vividas em uma UTI COVID-19, identicou,
similarmente, a extubação acidental como uma das
complicações para o posicionamento prono utilizado
frente aos quadros de SDRA
(37)
. Assim, estudos
(38-39)
recomendaram avaliação constante da posição do TOT e
atuação ágil e vigilante frente a este problema, uma vez
que sua ocorrência pode agravar um cenário já crítico,
importando em maiores riscos para o paciente(38).
Igualmente, a PP estabelece desaos hemodinâmicos
peculiares. Um estudo observacional prospectivo
observou que a compressão do abdome durante a PP
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Rev. Latino-Am. Enfermagem 2021;29:e3397.
pode restringir o uxo sanguíneo da veia cava inferior,
ocasionando um ingurgitamento venoso e consequente
redução do débito cardíaco(40). No contexto do paciente
com insuciência respiratória aguda grave por COVID-19,
esse pode ser o desfecho desejado para que se obtenham
a redução do trabalho miocárdico e a prevenção de fatores
cardíacos associados à falência respiratória. Entretanto,
a combinação de hipotensão arterial, de pressão intra-
abdominal aumentada e de hipovolemia no paciente
pronado pode acarretar má perfusão para múltiplos
sistemas e, desse modo, gerar um quadro de instabilidade
hemodinâmica - complicação encontrada em três artigos
da amostra (A8, A11, A12)(41).
No que se refere ao mecanismo siopatológico
da COVID-19, encontram-se, além da síndrome do
desconforto respiratório agudo, complicações renais
agudas e falência de múltiplos órgãos
(37,42)
. Desta maneira,
para muitos desses pacientes, faz-se necessário um
suporte extenso, que engloba variados procedimentos
que requerem acesso venoso. No entanto, como
citado anteriormente, a pronação, empregada nessa
circunstância para o manejo da SDRA, pode complicar a
obtenção desse acesso, conforme mostraram os artigos
A8, A9 e A11.
Esse achado é corroborado por um relato de caso
que se utilizou de acesso venoso poplíteo para viabilizar
a terapia renal substitutiva em paciente crítico com
COVID-19, que se encontrava em PP, justicado pela
diculdade encontrada para estabelecer um outro sítio
de punção para a via intravenosa(43).
Assim, a literatura apontou que a PP pode auxiliar
na melhora da troca gasosa em aproximadamente dois
terços dos pacientes com SDRA, por funcionar como uma
manobra de recrutamento com efeitos em longo prazo,
que leva à melhora da oxigenação. Esta manobra explora
a gravidade e o reposicionamento do coração no tórax
para recrutar os alvéolos pulmonares e melhorar a relação
ventilação/perfusão e a oxigenação arterial(44).
Quando o paciente é pronado, possibilita-se uma
redistribuição da ventilação alveolar e da perfusão. Com
a diminuição dos efeitos de compressão que favorecem
a atelectasia, a pressão pleural é diminuída, bem como
as pressões transpulmonares, e, assim, o recrutamento
alveolar pode ser alcançado em regiões atelectásicas(44).
Estes mecanismos de ação da PP esclarecem os desfechos
observados nos estudos que compõem a amostra.
Tem-se que o acometimento pulmonar provocado
pela infecção do SARS-CoV-2 acontece de modo uniforme,
gerando aumento do volume pulmonar em consequência
do edema - resultado do processo inamatório. Sob
um raciocínio basilar gravitacional, pesquisadores
(45)
analisaram, por meio de recursos tomográcos, que,
em posição supina, o dorso pulmonar sofre mais impactos
provocados pelo aumento do volume pulmonar, o que
gera colapso entre regiões dependentes.
Em um estudo de caso(46) realizado com paciente
com infecção por SARS-CoV-2, comparou-se a tomograa
realizada em uma paciente quando estava na posição
supina versus em posicionamento prono. O exame
supino mostrou um aumento signicativo na extensão
e acentuação das opacidades, com consolidação
pulmonar e atelectasia do lobo inferior direito. Já
a tomografia realizada após posicionamento prono
evidenciou recuperação parcial do parênquima pulmonar
e redução das consolidações pulmonares previamente
apresentadas(46).
A pronação, nesse processo, constitui uma estratégia
que tende a reduzir o impacto gerado pelo aumento do
peso pulmonar - decorrente do edema - sob regiões
importantes, permitindo uma melhora da oxigenação(47),
conforme discutido nos estudos A1, A3, A4, A5, A6, A7,
A9, A10, A11 e A12. Além disso, estudos(48-49) apontaram
o aumento do volume corrente como responsável pela
maior oxigenação em PP, o que corrobora o estudo A8.
A melhoria da oxigenação é o efeito mais esperado e
discutido em estudos ao utilizar-se a PP. Tal efeito dá-se,
além do que já foi posto, pela redução de diversos fatores
que contribuem para o colabamento alveolar, tais como a
redistribuição da ventilação alveolar, do reordenamento
da perfusão e da redução da compressão pulmonar
dorsal
(47,50)
. Ressalta-se a melhora da perfusão pulmonar
como desfecho encontrado nos estudos A1, A4, A5 e A10.
Estudo de caso(12) de um paciente com insuciência
respiratória aguda grave por COVID-19 mostrou que, após
12 horas de pronação, o mesmo evoluiu de uma saturação
inicial de 85% em O2 ambiente para 95% em repouso e
90% em deambulação. Ensaios clínicos apontaram que a
oxigenação é melhor no grupo prono, quando comparado
ao grupo de pacientes tratados em posição supina, com
aumento da relação PaO2/FiO2(9,51).
Em contraponto, estudo(52) que analisou a oxigenação
de dez pacientes críticos intubados e ventilados
mecanicamente, positivos para SARS-CoV-2, obteve,
como resultado, uma relação PaO2/FiO2 maior na posição
supina quando comparada ao teste longo do paciente em
pronação (p=0,034).
Outro aspecto importante é a inuência que a
posição da caixa torácica tem na pressão transpulmonar.
Na PP, a caixa torácica apresenta um formato retangular,
o que resulta em diminuição de colabamento alveolar,
conforme estudo A8.
Além disso, sabe-se ainda que o músculo cardíaco
exerce um peso importante sobre os pulmões em
condições siológicas normais. Em um paciente com
insuciência respiratória por COVID-19, esse efeito
pode ser mais importante devido ao aumento da câmara
www.eerp.usp.br/rlae
9
Araújo MS, Santos MMP, Silva CJA, Menezes RMP, Feijão AR, Medeiros SM.
cardíaca direita, secundária à hipertensão pulmonar e
vasoconstrição hipóxica, que resulta em um aumento da
resistência vascular pulmonar (A2, A7 e A8).
Igualmente, dois estudos evidenciaram que a PP
promove a mobilização de secreções, o que pode melhorar
a oxigenação do paciente (A1 e A2). Isto porque a PP
possibilita melhor drenagem de secreções das vias aéreas,
o que promove, ainda, a redução do risco de infecção
respiratória associada à ventilação mecânica.
Estudo(53) trouxe que a PP apresenta grande impacto
sobre a siologia cardiopulmonar, sendo uma manobra
útil e acessível para a maioria das UTIs.
A ventilação na PP melhora a mecânica pulmonar
e as trocas gasosas e atualmente é recomendada por
diretrizes
(54-55)
. Desse modo, a PP deve ser considerada nos
estágios iniciais da insuciência respiratória, tendo-se em
vista que as evidências sugerem que a aplicação precoce
da ventilação prolongada na PP diminui a mortalidade em
pacientes com SDRA grave por COVID-19 (A1, A6, A7,
A9, A10 e A11).
Tem-se, pois, que a PP é capaz de melhorar a
oxigenação e a complacência do sistema pulmonar de
pacientes com síndrome respiratória aguda grave por
COVID-19
(56)
. Pode ser capaz, também, de reduzir as
taxas de mortalidade no subgrupo SDRA grave, além
de apresentar baixa ocorrência de complicações quando
comparada aos desfechos positivos(57).
Este estudo apresenta limitações que perpassam a
ausência de pesquisas com alto nível de evidência, como
ensaios clínicos randomizados, como amostra do estudo.
Contudo, justica-se em decorrência da lacuna cientíca
existente, advinda do fato de tratar-se de uma doença
de surgimento recente, havendo pouco tempo para a
realização de estudos que requerem maior período de
seguimento.
A contribuição social desta pesquisa funda-se na
oferta de uma análise dos estudos mais recentes acerca
da utilização da PP em pacientes com insuciência
respiratória por COVID-19, doença de repercussão global
cujos impactos nos âmbitos da saúde e da economia
provocaram profundas mudanças na sociedade. Os
resultados encontrados fornecem subsídios para o
aprimoramento dos processos de trabalho em saúde
e Enfermagem, para uma consequente melhoria da
assistência prestada à população.
Quanto à relevância cientíca, este estudo contribui
na tentativa de atender à necessidade de aprofundamento
nesse objeto de estudo, visando a contribuir para o
preenchimento da lacuna existente na literatura acerca
dessa temática. Tem-se, ainda, que revisões de escopo
são úteis para examinar evidências emergentes em
temáticas em que ainda não se dispõe de evidências
robustas, como ocorre com o novo Coronavírus.
Conclusão
O estudo objetivou descrever as evidências cientícas
acerca da utilização da PP na assistência ao paciente com
insuciência respiratória aguda provocada por COVID-19.
A amostra foi composta por 12 estudos, que evidenciaram
a utilização da PP, principalmente em (UTI), com duração
de 12 a 16 horas.
Como critérios utilizados pela equipe de saúde
para aplicar à PP, identicaram-se a relação PAO2/FIO2,
a saturação de oxigênio e a frequência respiratória.
Complicações da utilização da PP também foram
identicadas: extubação acidental, lesão por pressão e
edema facial foram as mais prevalentes.
Entretanto, os desfechos positivos sobressaíram-
se às complicações e, dessa forma, a utilização resta
recomendada para pacientes com insuciência respiratória
por SARS-CoV-2, considerando-se a evidente redução da
hipoxemia e a redução da mortalidade.
Isto posto, a melhoria sustentada da oxigenação
requer vários ciclos de pronação, fator causador de
possível sobrecarga de trabalho da equipe de saúde. Com
efeito, para a realização da pronação, o estudo sugere
dimensionamento adequado, equipe treinada e protocolos
institucionais especícos capazes de garantir a segurança
do paciente nesse contexto.
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Recebido: 14.07.2020
Aceito: 10.08.2020
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Autor correspondente:
Marília Souto de Araújo
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https://orcid.org/0000-0002-6975-8683
Editora Associada:
Andrea Bernardes
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... 1 Em março de 2020, devido à alta taxa de transmissão e mortalidade, foi decretada a pandemia da COVID-19, uma doença causada pelo vírus SARS-CoV-2. 2 A doença espalhouse rapidamente e tornou-se preocupante devido ao grande número de indivíduos que foram contaminados e morreram em todo o mundo. 3 No Brasil, o primeiro caso foi registrado em fevereiro de 2020 e até junho de 2023 já foram registrados mais de 37 milhões de casos e mais de 700 mil mortes, segundo as secretarias estaduais de saúde. 4 C a r a c t e r i z a d a c o m o u m a d o e n ç a infectocontagiosa, a COVID-19 afeta o sistema respiratório, tendo como principais sintomas a dispneia, febre, fadiga muscular, dor, náuseas, vômitos, diarréia, além dos casos assintomáticos. ...
... Esta compreende na entrega de suporte ventilatório com o paciente deitado em pronação. 3 A COVID-19 passou de uma epidemia para uma pandemia em um curto período de tempo, sendo ainda incidente em nosso país com 18.037,70 casos a cada 100 mil habitantes. 4 Nesse sentido, houve pouco tempo para comprovação das técnicas que trazem maiores benefícios aos pacientes em estágios mais graves. ...
... 9 Esta consiste no fornecimento de suporte ventilatório com o paciente deitado em decúbito ventral. 3 Os mesmos reforçam que ocorre a maior expansão em áreas não colapsadas, a aeração e o recrutamento pulmonar se torna mais homogêneo, favorece a redução da pressão cardíaca e a diminuição da pressão abdominal, melhora da relação ventilação-perfusão, além de reduzir o risco de lesões pulmonares induzidas pela VMI. 9,10 Em uma das pesquisas, os autores objetivaram examinar as repercussões da pronação na relação de oxigenação (PaO2/FiO2) em pacientes com insuficiência respiratória hipoxêmica grave por pneumonia por SARS-CoV-2, que utilizaram a ventilação mecânica invasiva. ...
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Introdução: no final de 2019, a cidade de Wuhan, na província de Hubei, China, iniciou-se um surto gripal na população, progredindo para uma insuficiência respiratória aguda, esse vírus passou a ser denominado como SARS-CoV-2. Em março de 2020, devido a alta taxa de transmissão e mortalidade, foi decretada a pandemia ocasionada pelo COVID-19. Objetivo: esse estudo tem por objetivo analisar as evidências científicas sobre o uso da posição prona (PP) em pacientes em ventilação mecânica invasiva com COVID-19. Materiais e Métodos: a revisão de literatura do tipo narrativa, utiliza materiais encontrados em banco de dados como Pubmed, SciELO e BIREME, no período de Agosto e Outubro de 2023. Resultados: a busca bibliográfica resultou em 92 artigos, subdivididos nas seguintes bases: Pubmed (46), Scielo (29) e BVS (17), nos idiomas espanhol, inglês e português. Conclusão: a pronação é uma técnica coadjuvante no manejo do paciente que encontra-se em ventilação mecânica invasiva secundária à COVID -19, sendo na maioria dos casos importante na melhora da PaO2/FIO2, mas não é um fator determinante na redução da mortalidade, pois trata-se de uma doença multissistêmica.
... Ao considerar a participação do enfermeiro em todos os momentos que envolvem a manobra, é necessário que esse profissional possua conhecimento em relação às implicações e às complicações de se manter o paciente na posição prona, com vistas à tomada de decisão, que visam melhorar os desfechos clínicos 17 . Nesse contexto, os participantes relataram, majoritariamente, as lesões por pressão e edemas como os principais incidentes decorrentes deste tipo de posicionamento; embora outras complicações sejam descritas na literatura, tais como deslocamento de dispositivos médicos, grave instabilidade hemodinâmica, dessaturação prolongada, lesões na córnea e de plexo braquial 10,18 . ...
... Entretanto, cabe destacar que as lesões por pressão são um dos principais eventos adversos da posição de prona, pois está diretamente associada ao tempo prolongado do paciente nesse posicionamento [18][19] , corroborando os relatos dos depoentes. A implementação de protocolo de pronação com a inclusão de ações para proteção da pele, de métodos para fixação de cateteres e sondas e de adequado alinhamento corporal, são medidas protetivas de complicações e eventos adversos 19 . ...
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Objetivo: compreender a percepção de estudantes de enfermagem quanto à finalidade, às complicações e aos cuidados da equipe de saúde acerca da posição de prona em pacientes com covid-19. Método: descritivo-exploratório e qualitativo, realizado com 13 estudantes de um centro universitário privado paranaense. Os dados coletados entre setembro e outubro de 2022, a partir de questionário semiestruturado, foram submetidos à análise temática de conteúdo. Resultados: dos depoimentos, surgiu a categoria temática: compreensão de estudantes de enfermagem quanto à finalidade, aos cuidados e às complicações da posição de prona em pacientes com covid-19. Segundo os depoentes, a pronação melhora a oxigenação/expansão pulmonar. Os cuidados concentraram-se na sincronia da equipe de saúde, na verificação dos sinais vitais, oxigenação, conexão dos dispositivos médicos e no uso de adesivos protetores de pele. As lesões por pressão foram as principais complicações relatadas. Conclusão: os estudantes compreendem a finalidade da posição de prona e reconhecem cuidados rotineiros e suas principais complicações.
... The prone position has been used as adjuvant therapy to improve ventilation in patients with COVID-19 and respiratory distress syndrome (22)(23)(24) was related to the condition of oropharyngeal dysphagia (p=0.003) (p=0.013). ...
... (p=0.013). In this study, the patients who needed pronation were 8.91 times more likely to have dysphagia than patients who did not.The prone position risks are reported with this measure such as accidental extubation, facial edema, lesions in the oral cavity, pressure ulcers, difficulty in oral hygiene, and hypersalivation with risk of aspiration of microorganisms (6,24) . It is noteworthy that this condition is associated with orotracheal intubation and the severity of the respiratory condition, which are already risk factors for swallowing disorders. ...
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Purpose Oropharyngeal dysphagia (OD) is one of the possible outcomes in patients hospitalized with COVID-19 and also in the population hospitalized for the treatment of cardiovascular disease. Thus, knowing the predictive risk factors for OD may help with referral and early intervention. This study aimed to verify the association of different factors with OD in hospitalized individuals with cardiovascular disease and COVID-19. Methods Cross-sectional clinical study approved by the Research Ethics Committee (4,521,771). Clinical evaluation of swallowing was carried out in 72 adult patients with cardiovascular disease and COVID-19 hospitalized from April to September 2020. Individuals under 18 years of age and without previous cardiovascular disease were excluded. The presence of general clinical and/or neurological complications, pronation, stay in the intensive care unit (ICU), orotracheal intubation (OTI), tracheostomy tube, oxygen support and age were considered as predictive risk factors for oropharyngeal dysphagia. Fisher's exact test, Mann Whitney test and logistic regression model were used for analysis. Results General clinical complications (p=0.001), pronation (p=0.003), ICU stay (p=0.043), in addition to the need for oxygen supplementation (p=0.023) and age (p= 0 .037) were statistically significant factors associated. The pronation (0.013) and age (0.038) were independently associated with dysphagia. OTI (p=0.208), tracheostomy (p=0.707) and the presence of previous cerebrovascular accidents (p=0.493) were not statistically significant. Conclusion In this study, age and prone position were factors independently associated with oropharyngeal dysphagia, complications such as the need for oxygen supplementation, in addition to the need for ICU admission, were also associated factors in the population. Keywords: Cardiovascular Diseases; Swallowing Disorders; Intratracheal Intubation; Coronavirus Infections; Aging
... A recomendação de manter o paciente na posição prona geralmente varia de 12 a 16 horas contínuas, conforme sugerido pela Associação Americana de Enfermagem de Cuidados Críticos e a Associação Brasileira de Medicina Intensiva.Para Ashra, et al., (2022) eAraújo et al., (2021), os parâmetros para avaliação e seleção dos pacientes a participarem, foram a relação PaO2/FiO2 antes e após posição prona, e outros parâmetros fisiológicos que incluem SpO2 e PaO2, além de alguns pacientes apresentarem algumas comorbidades como Diabetes, Hipertensão, Obesidade e outras doenças respiratórias.Ashra, et al, (2022) em seu estudo, avaliaram a eficácia do posicionamento prono em pacientes com SDRA em dois grupos, pacientes que utilizaram Ventilação Mecânica Invasiva(VMI) e em pacientes acordados com uso de Ventilação Não Invasiva (VNI). Esse posicionamento em pacientes sob VNI, chama-se também de posicionamento autoprono, onde o paciente colabora com a manobra a ser realizada. ...
... However, our study found that PUs in these areas were less frequent than anticipated. This observation contrasts with some studies on COVID-19 patients [14,[42][43][44][45][46][47], which reported higher incidences of anterior PUs due to prolonged prone positioning and the use of medical devices like oxygen masks and ventilation equipment. The discrepancy may be due to effective implementation of preventive measures such as enhanced padding and repositioning protocols, or it may reflect variations in study populations and ICU practices. ...
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Objective: This study describes the epidemiological changes in pressure ulcers (PUs) in a Portuguese intensive care unit (ICU) from January 2017 to June 2023, characterizes critically ill patients with PUs, identifies specific risk factors, and assesses the effectiveness of implemented preventive measures. Materials and Methods: A retrospective observational cohort study was conducted, analyzing records of ICU patients with PUs during the specified period. Data were extracted from the institution’s Global Risk Management application and the ICU’s electronic PU registry. The study included patients with ICU stays longer than 24 h and excluded those with ineligible clinical records or incomplete characterization data. Results: Among 3816 evaluated patients, 257 developed a total of 345 PUs, averaging 1.4 PUs per patient. The average PU prevalence rate was 6.81%, with the highest prevalence in 2020 (11.0%) and the lowest in 2022 (3.48%). The average incidence rate was 3.76%, peaking at 5.71% in 2020 and declining to 2.54% in 2023. The sacrum and heels were the most commonly affected areas, with Category 2 PUs being the most frequent. Key intrinsic risk factors included systemic diseases and sensory deficits, with pressure identified as a significant extrinsic factor. Preventive measures focused on risk assessment and pressure control. Conclusions: The study reveals a PU prevalence of 6.81% and an average incidence of 3.76%, underscoring the need for enhanced preventive strategies, especially in anatomical areas like the sacrum and heels. It emphasizes the importance of personalized assessments, continuous education for nursing staff, and a multidisciplinary approach to improve patient outcomes and care quality in the ICU.
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Objetivo: desenvolver e validar o conteúdo de um folheto para orientar profissionais de saúde nas medidas preventivas relacionadas à lesão por pressão em pacientes com síndrome respiratória aguda grave em posição prona. Métodos: a construção do folheto baseou-se na revisão integrativa da literatura em quatro bases de dados. Após revisão da literatura, o folheto foi elaborado e dividido em três tópicos principais. A avaliação de conteúdo foi realizada por 52 profissionais de saúde, utilizando a técnica Delphi, com o teste estatístico Índice de Validade de Conteúdo e a confiabilidade medida pelo coeficiente Alfa de Cronbach. Resultados: o coeficiente Alfa de Cronbach variou de 0,90 a 0,93, enquanto o Índice de Validade de Conteúdo variou de 0,981 a 1,00. Conclusão: após revisão integrativa da literatura, foi desenvolvido um folheto para orientar profissionais de saúde na prevenção de lesões por pressão em pacientes com síndrome respiratória aguda grave em posição prona. O conteúdo foi validado por enfermeiros, fisioterapeutas e médicos que prestavam assistência aos pacientes em decúbito ventral, todos com experiência na área, havendo consenso sobre o conteúdo na segunda avaliação.
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Background Many patients critically ill with COVID-19 develop acute respiratory distress syndrome (ARDS) necessitating mechanical ventilation and proning. Although proning is lifesaving, it has been linked to the occurrence of facial pressure injuries (PIs). Objectives To evaluate the incidence and use of prevention strategies and identify predictors of facial PIs in patients who received ventilator and proning treatments in COVID-designated intensive care units at 2 large quaternary medical centers in the Midwest. Method This was a retrospective cohort study using data extracted from an electronic health record between October 2020 and February 2022. Demographics, clinical and care variables, and PI outcomes were analyzed to identify predictors of PI using logistic and Cox regression. Results The cohort (N = 150) included patients from 2 units, unit a (n = 97) and unit b (n = 53) with a mean age of 60 years, with 68% identifying as male. Patients were vented for an average of 18 (SD, 16.2) days and proned for an average of 3 (SD, 2.5) days. Many (71%) died. Over half (56%) developed facial PI with a proning-exposure–adjusted incidence rate of 18.5%. Patients with PI were significantly different in several factors. Logistic regression showed predictors of PIs were duration of mechanical ventilation (in days; P = .02) and head turned ( P = .01). Cox regression also identified head turn as predictive ( P < .01), with Black/African American race as protective ( P = .03) Discussion Critically ill patients with COVID-19 receiving ventilator and proning therapy developed facial PIs despite the use of recommended prevention practices. Further research on effective PI prevention strategies is needed.
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Objetivo: Desenvolver e validar um material para informar aos profissionais da saúde sobre a técnica de posicionamento dos pacientes em decúbito ventral. Métodos: O processo de construção do material educativo procedeu às seguintes fases: diagnóstico situacional; levantamento do conteúdo; montagem manual e validação. Participaram da validação 42 juízes (enfermeiros, médicos e fisioterapeutas) utilizando a técnica Delphi. Foi utilizado o teste estatístico Índice de Validade de Conteúdo e o alfa de Cronbach. Resultados: Na primeira avaliação, os juízes avaliaram o conteúdo do manual entre inadequado e totalmente adequado, após as correções das sugestões dos avaliadores, o manual foi reenviado aos juízes para uma segunda avaliação do conteúdo, sendo considerado adequado e totalmente adequado. Relacionado ao alfa de Cronbach, variou entre 0,89 e 0,91 caracterizando que as questões do instrumento utilizado para validar o manual apresentou excelente confiabilidade interna, e relacionado aos valores do Índice de Validade de Conteúdo variou entre 0,66 a 0,83 na primeira avaliação, sendo que na segunda avaliação variou entre 0,79 a 0,91, tais achados caracterizam que o manual apresenta excelente conteúdo. Conclusão: o manual foi desenvolvido e avaliado por enfermeiros e fisioterapeutas com experiência na área, obtendo o consenso entre os avaliadores na segunda avaliação. O impacto social desta pesquisa é muito significativo, pois o conteúdo do manual orienta os profissionais de saúde sobre técnicas eficazes de posicionamento em decúbito ventral. Isso tem como consequência a prevenção de complicações antes, durante e após o posicionamento do paciente em decúbito prono, além de ajudar os pacientes a melhorarem da insuficiência respiratória aguda, reduzir o tempo de internação e até mesmo diminuir a mortalidade. Além disso, pode promover práticas baseadas em evidências e aumentar a confiança dos profissionais na prestação de cuidados com o mínimo risco possível, sem danos ou eventos adversos.
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Introduction: The SARS-CoV-2 disease outbreak has now become a pandemic. Critical patients with COVID-19 require basic and advanced respiratory support. Therefore, the objective was to describe the ventilatory support strategies in SARS-CoV-2 during intensive therapy. Materials and methods: A systematic review of observational studies of the available scientific literature was performed in accordance with the recommendations of the Cochrane collaboration and the criteria of the PRISMA Declaration. Results: Fifteen observational studies were included that gave a study population of 4,081 patients. Mechanical ventilation is the main respiratory support treatment for critically ill patients, which should be administered as soon as normal oxygenation cannot be maintained, and despite the fact that there is no current consensus on the parameters of mechanical ventilation, the evidence collected suggests the use of Fio2 on average 50%, PEEP of 14 cmH2O, lung compliance of 29-37 ml per cm of water, driving pressure between 12-14 cm of water and a plateau pressure of 22-25 cm of water. Conclusions: IL-6 is shown as a possible marker of respiratory failure and a worse prognosis as well as obesity. In addition, the use of prone position, neuromuscular blockade, pulmonary vasodilators, ECMO, and mechanical ventilation based on the clinical conditions and needs of the patient with COVID-19 are strategies that could benefit patients entering intensive therapy for SARS-CoV- 2.
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In December 2019, a striking appearance of new cases of viral pneumonia in Wuhan led to the detection of a novel coronavirus (SARS-CoV2). By analyzing patients with severe manifestations, it became apparent that 20 to 35% of patients who died had preexisting cardiovascular disease. This finding warrants the important need to discuss the influence of SARS-CoV2 infection on the cardiovascular system and hemodynamics in the context of clinical management, particularly during mechanical ventilation. The SARS-CoV2 enters human cells through the spike protein binding to angiotensin-converting enzyme 2 (ACE2), which is important to cardiovascular modulation and endothelial signaling. As ACE2 is highly expressed in lung tissue, patients have been progressing to acute respiratory injury at an alarming frequency during the Coronavirus Disease (COVID-19) pandemic. Moreover, COVID-19 leads to high D-dimer levels and prothrombin time, which indicates a substantial coagulation disorder. It seems that an overwhelming inflammatory and thrombogenic condition is responsible for a mismatching of ventilation and perfusion, with a somewhat near-normal static lung compliance, which describes two types of pulmonary conditions. As such, positive pressure during invasive mechanical ventilation (IMV) must be applied with caution. The authors of this review appeal to the necessity of paying closer attention to assess microhemodynamic repercussion, by monitoring central venous oxygen saturation during strategies of IMV. It is well known that a severe respiratory infection and a scattered inflammatory process can cause non-ischemic myocardial injury, including progression to myocarditis. Early strategies that guide clinical decisions can be lifesaving and prevent extended myocardial damage. Moreover, cardiopulmonary failure refractory to standard treatment may necessitate the use of extreme therapeutic strategies, such as extracorporeal membrane oxygenation.
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Severe acute respiratory syndrome coronavirus 2 (SARS-CoV-2) causing coronavirus disease 2019 (COVID-19) has resulted in significant morbidity and mortality worldwide. It has placed societal and financial burden on the globe. Its rapid progressions from mild URI symptoms to severe acute respiratory distress syndrome (ARDS) in a matter of days is the underlying reason as to why the world is struggling to keep up with ventilator production. In this case report, we went about proning a corona virus positive patient for 6–8hrs as a potential early intervention to prevent progression to ARDS. Our patient was initially in acute hypoxemic respiratory failure and placed on nasal cannula. He was started on hydroxychloroquine and azithromycin with no improvement of symptoms. However within the span of few hours of proning he experienced significant symptomatic relief with improvement of oxygenation. His oxygen saturation improved drastically and eventually was taken off of nasal cannula and discharged within span of one day of proning.
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This patient is a 67-year-old male who initially presented to our facility with acute respiratory failure secondary to COVID-19. Soon after arrival at our facility, the patient decompensated, developing severe ARDS requiring intubation and prone positioning to maintain adequate oxygenation. Over the next few days, the patient developed acute kidney injury with oliguria and severe volume overload. The vascular surgery service was consulted to obtain central venous access for emergent CRRT. Upon our exam, the patient was sedated and paralyzed in a rotating prone-positioning bed. He could not be positioned supine without immediately becoming hypoxic and decompensating. A 50-cm Permcath was inserted via left popliteal vein. This case report outlines a possible challenging scenario that may encounter vascular interventionist when dealing with COVID-19 patients with respiratory compromise in prone position.
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The ongoing novel coronavirus disease (COVID-19) pandemic is threatening the global human population, including in countries with resource-limited health facilities. Severe bilateral pneumonia is the main feature of severe COVID-19, and adequate ventilatory support is crucial for patient survival. Although our knowledge of the disease is still rapidly increasing, this review summarizes current guidance on the best provision of ventilatory support, with a focus on resource-limited settings. Key messages include that supplemental oxygen is a first essential step for the treatment of severe COVID-19 patients with hypoxemia and should be a primary focus in resource-limited settings where capacity for invasive ventilation is limited. Oxygen delivery can be increased by using a non-rebreathing mask and prone positioning. The presence of only hypoxemia should in general not trigger intubation because hypoxemia is often remarkably well tolerated. Patients with fatigue and at risk for exhaustion, because of respiratory distress, will require invasive ventilation. In these patients, lung protective ventilation is essential. Severe pneumonia in COVID-19 differs in some important aspects from other causes of severe pneumonia or acute respiratory distress syndrome, and limiting the positive end-expiratory pressure level on the ventilator may be important. This ventilation strategy might reduce the currently very high case fatality rate of more than 50% in invasively ventilated COVID-19 patients.
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目的: 新型冠状病毒肺炎在武汉暴发流行以来,已在全国范围内蔓延。对截至2020年2月11日中国内地报告所有病例的流行病学特征进行描述和分析。 方法: 选取截至2020年2月11日中国内地传染病报告信息系统中上报所有新型冠状病毒肺炎病例。分析包括:①患者特征;②病死率;③年龄分布和性别比例;④疾病传播的时空特点;⑤所有病例、湖北省以外病例和医务人员病例的流行病学曲线。 结果: 中国内地共报告72 314例病例,其中确诊病例44 672例(61.8%),疑似病例16 186例(22.4%),临床诊断病例10 567例(14.6%),无症状感染者889例(1.2%)。在确诊病例中,大多数年龄在30~79岁(86.6%),湖北省(74.7%),轻/中症病例为主(80.9%)。确诊病例中,死亡1 023例,粗病死率为2.3%。个案调查结果提示,疫情在2019年12月从湖北向外传播,截至2020年2月11日,全国31个省的1 386个县区受到了影响。流行曲线显示在1月23-26日达到峰值,并且观察到发病数下降趋势。截至2月11日,共有1 716名医务工作者感染,其中5人死亡,粗病死率为0.3%。 结论: 新型冠状病毒肺炎传播流行迅速,从首次报告病例日后30 d蔓延至31个省(区/市),疫情在1月24-26日达到首个流行峰,2月1日出现单日发病异常高值,而后逐渐下降。随着人们返回工作岗位,需积极应对可能出现的疫情反弹。.