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CURADORIA DIGITAL DE CONTEÚDO EAD PARA O ENSINO SUPERIOR: PROPOSTA E DESAFIOS GT 02 -(Arquitetura, Curadoria Digital e Segurança da Informação)

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Abstract

RESUMO: Observar a evolução da produção de conteúdo EaD e interligá-la ao desenvolvimento do conceito de curadoria digital se faz necessário, pois, embora se apresentem em períodos distintos na história, cruzam-se no momento em que a EaD se expande e que há um excesso de possibilidades de publicações de conteúdo on-line, passando o professor, nesse sentido, a vislumbrar/atuar também como curador. O objetivo deste trabalho, que se apresenta no momento como uma proposta de tese, é desenvolver um modelo de referência de qualidade de curadoria digital de conteúdo para contextos de aprendizagem no ensino superior − modalidade a distância. Os procedimentos metodológicos deste estudo envolvem a pesquisa bibliográfica e a pesquisa-ação com abordagem qualitativa, utilizando técnicas de pesquisa como questionários e entrevistas estruturadas. Levantar requisitos e entender premissas básicas que permeiam a criação/seleção de conteúdo com base em objetivos, competências e objetos de aprendizagem é fundamental a fim de disseminar discussões e análises necessárias para a construção do modelo de referência de qualidade aqui proposto. Os resultados deste estudo buscam, por meio do modelo de referência de qualidade: instrumentalizar curadores sobre as possibilidades de organização e, principalmente, de armazenamento de informação e conhecimento de maneira eficaz e propositiva; direcionar adequadamente a produção e a transposição de conhecimento para o formato digital; e apresentar métodos que garantam a efetiva atualização do conteúdo. Palavras-chave: Curadoria Digital. Educação a Distância. Ensino Superior. Modelo de Referência. INTRODUÇÃO Inscrito no campo da Ciência da Informação (2019) "que investiga os problemas, temas e casos relacionados com o fenômeno info-comunicacional perceptível e cognoscível" este trabalho aproxima o conceito de curadoria digital da prática de produção de conteúdo EaD, buscando melhores maneiras de construí-lo e aplica-lo através de um modelo de referência de qualidade. Neste sentido, ao perpassar pela Ciência da Informação as contribuições sobre o
UFBA, Salvador, de 26 a 28 de setembro de 2019
CURADORIA DIGITAL DE CONTEÚDO EAD PARA O ENSINO SUPERIOR:
PROPOSTA E DESAFIOS
GT 02 – (Arquitetura, Curadoria Digital e Segurança da Informação).
Daiana Garibaldi da Rocha
1
Luis Manuel Borges Gouveia
2
RESUMO: Observar a evolução da produção de conteúdo EaD e interligá-la ao desenvolvimento do conceito de
curadoria digital se faz necessário, pois, embora se apresentem em períodos distintos na história, cruzam-se no
momento em que a EaD se expande e que há um excesso de possibilidades de publicações de conteúdo on-line,
passando o professor, nesse sentido, a vislumbrar/atuar também como curador. O objetivo deste trabalho, que se
apresenta no momento como uma proposta de tese, é desenvolver um modelo de referência de qualidade de
curadoria digital de conteúdo para contextos de aprendizagem no ensino superior modalidade a distância. Os
procedimentos metodológicos deste estudo envolvem a pesquisa bibliográfica e a pesquisa-ação com abordagem
qualitativa, utilizando técnicas de pesquisa como questionários e entrevistas estruturadas. Levantar requisitos e
entender premissas básicas que permeiam a criação/seleção de conteúdo com base em objetivos, competências e
objetos de aprendizagem é fundamental a fim de disseminar discussões e análises necessárias para a construção
do modelo de referência de qualidade aqui proposto. Os resultados deste estudo buscam, por meio do modelo de
referência de qualidade: instrumentalizar curadores sobre as possibilidades de organização e, principalmente, de
armazenamento de informação e conhecimento de maneira eficaz e propositiva; direcionar adequadamente a
produção e a transposição de conhecimento para o formato digital; e apresentar métodos que garantam a efetiva
atualização do conteúdo.
Palavras-chave: Curadoria Digital. Educação a Distância. Ensino Superior. Modelo de Referência.
INTRODUÇÃO
Inscrito no campo da Ciência da Informação (2019) “que investiga os problemas, temas
e casos relacionados com o fenômeno info-comunicacional perceptível e cognoscível” este
trabalho aproxima o conceito de curadoria digital da prática de produção de conteúdo EaD,
buscando melhores maneiras de construí-lo e aplica-lo através de um modelo de referência de
qualidade. Neste sentido, ao perpassar pela Ciência da Informação as contribuições sobre o
1
Doutoranda do programa de pós-graduação em Ciência da Informação da Universidade Fernando Pessoa (Porto
– Portugal), linha de pesquisa: Sistemas, Tecnologias e Gestão da Informação. Pedagoga pela ULBRA (2009),
Especialista em Gestão Educacional pela PUC-RS (2011) e Mestre em Educação pela ULBRA (2014) – E-mail:
daiana1502@terra.com.br.
2
Professor Doutor Catedrático da Universidade Fernando Pessoa (Porto – Portugal). Possui graduação em
Licenciatura em Matemáticas Aplicadas/Informática pela Universidade Portucalense Infante D. Henrique (1989),
mestrado em Engenharia Electrotecnica e de Computadores pela Faculdade de Engenharia da Universidade do
Porto (1994) e doutorado em Ciência da Computação pela Universidade de Lancaster (2002). – E-mail:
lmbg@ufp.edu.pt
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fluxo, organização e comportamento informacional são fundamentais para o entendimento e
aprofundamento da pesquisa aqui apresentada que trata-se de uma proposta de tese em
andamento.
De acordo com o Censo EaD.br (2017/2018), que apresenta um relatório analítico da
aprendizagem a distância no Brasil, as matrículas tiveram crescimento de 17,6%, o que é
considerado o maior salto desde 2008. Esse crescimento dos últimos anos indica a força das
tecnologias da informação e da comunicação no meio educacional, principalmente na EaD.
Diante desse cenário, a curadoria digital de conteúdo EaD ganha espaço e passa a ser
imprescindível para o impulsionamento do crescimento dessa modalidade de ensino. Nesse
sentido, estar apto para ser um curador de conteúdo para EaD tornou-se uma realidade da
profissão docente e um requisito dentro das instituições de ensino superior (IES), bem como
um negócio rentável para empresas de soluções educacionais.
Entretanto, percebe-se como um dos desafios que, ao realizarem o processo de curadoria
de conteúdo EaD, as IES ou empresas de soluções educacionais não abordam nem mapeiam
com totalidade o perfil do aluno e do curso para o qual o conteúdo será destinado.
Quando essas fragilidades são identificadas, o processo de curadoria institucional ou
empresarial indica adicionar conteúdo extra ao conteúdo original proposto. No entanto, na
maioria das vezes devido à exigência de tempo de publicação, os conteúdos adicionados acabam
sendo desconectados dos objetivos de aprendizagem originais.
Acredita-se que, se existir uma proposta de curadoria digital alinhada as características
de produção de conteúdo EaD e esta propor um modelo de referência de qualidade estruturado
com premissas e requisitos, será um balizador de trabalho importante para curadores de
conteúdo EaD.
1 REVISÃO DE LITERATURA
A revisão de literatura aqui apresentada busca mostrar brevemente a definição de EaD,
a importante evolução da produção de conteúdo para essa modalidade a aproximação com a
área da Ciência da Informação e, por fim, a relação desse processo com a curadoria digital.
O objeto deste estudo é a curadoria digital de conteúdo EaD. Quanto ao conceito de
curadoria, respeita-se toda a sua etimologia histórica, principalmente a baseada no campo das
artes. Contudo, para esta pesquisa entende-se que o conceito de curadoria digital aproxima-se
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da realidade de produção de conteúdo EaD e reflete uma aproximação histórica da evolução da
própria modalidade de educação a distância.
Neste sentido, apoia-se no conceito de Abbot (2008), que define curadoria digital como
o conjunto de atividades que fazem parte do gerenciamento de dados, do planejamento a
criação, passando pela digitalização (para materiais analógicos) ou criação (para os já gerados
em meio eletrônico), garantindo a disponibilidade da informação/conteúdo, assim como sua
constante atualização.
A geração, gestão e transformação da informação é acompanhada e chancelada pela
Ciência da Informação que segundo Saracevic (2009) é a ciência e a prática que lida com a
coleta, o armazenamento, a recuperação e o uso efetivo de informação. A relação entre o
conceito de ciência da informação, curadoria digital e EaD, se aproximam cada vez mais através
das tecnologias e se complementam, uma vez que buscam através de práticas diversificadas
estratificar a informação/conteúdo de maneira didática e apropriada para a aprendizagem.
Respeitando a geração da informação dentro do espaço e tempo em que é construída o
campo de estudo da Ciência da Informação possibilita a realização da relação dos conceitos de
curadoria digital e EaD proporcionando novas reflexões que permeiam a gestão do
conhecimento, os desafios da atualização constante da informação e as principais práticas de
apresentação da informação/conteúdo para gerar novos conhecimentos.
O crescimento da EaD impulsionado pelas novas tecnologias da informação e
comunicação tem mobilizado mudanças significativas dentro das IES, tanto estruturais quanto
financeiras. As possibilidades de crescimento das instituições aumentaram significativamente.
Entretanto, dificuldades para operar nessa modalidade tornam-se constantes, e são desses
desafios que as motivações para esta pesquisa surgem.
Desenvolver ou realizar a curadoria de conteúdo para EaD tornou-se um grande desafio
dentro das IES, pois não se faz necessário apenas a reprodução de conteúdos utilizados na
modalidade presencial. Estudos como os de Moore e Kearsley (2013), Filatro (2015) e Behar
(2019) reforçam que a intencionalidade pedagógica deve prevalecer na oferta de conteúdos EaD
e apontam a importância da transformação do conteúdo considerando os recursos tecnológicos
disponíveis para a sua oferta, os quais precisam ser utilizados para dar relevância e significado
para a aprendizagem on-line.
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Além dos desafios tecnológicos, há a necessidade de aperfeiçoamento da seleção,
criação, customização e de preservação do conteúdo científico, o que é destacado por autores
como Gray (2007), Mayer-Schonberger e Cukier (2014), os quais reforçam a relevância das
tecnologias da informação e comunicação na forma em que se faz ciência.
Moore e Kearsley (2013, p. 2) conceituam educação a distância da seguinte forma:
“Educação a distância é o aprendizado planejado que ocorre normalmente em um lugar
diferente do ensino, o que requer comunicação por meio de tecnologias e uma organização
institucional especial”. De maneira global, a EaD no sentido em que os autores acima
conceituam, proporciona a aprendizagem a partir de diferentes estímulos. Neste artigo,
falaremos de um deles, o conteúdo, especificamente da sua criação e características relevantes
de curadoria para que se torne um dos principais pontos para uma aprendizagem prazerosa e
significativa.
1.1 Produção de Conteúdo EaD e Curadoria
No que se refere à análise temporal realizada em um período de 10 anos, em 3
repositórios científicos – b-on, RCAAP e Capes –, sendo os dois primeiros repositórios
europeus e o último brasileiro, foram localizados mais de 500 trabalhos com a palavra-chave
produção de conteúdo EaD, destes 234 o resumo foi lido e 11 foram selecionados para leitura
aprofundada. Da mesma forma, com a palavra-chave curadoria, foram encontrados mais de 200
trabalhos, destes 63 leu-se o resumo e 9 foram selecionados para leitura aprofundada.
Destaca-se que, entre 2004 e 2005, as pesquisas apresentam apenas discussões sobre
redes colaborativas e sobre a forma didática como o conteúdo era organizado nos ambientes
virtuais de aprendizagem. A partir de 2008, começam a surgir trabalhos que passam a tratar
efetivamente da produção de conteúdo EaD. Já em 2009, surgem pesquisas sobre os critérios
de desenvolvimento de material didático. Entre 2011 e 2012, o enfoque dos trabalhos foi a
produção digital voltada para a produção de videoaulas. Nesse período, também começam a
surgir discussões sobre conteúdo interativo e sobre a fragmentação da atuação docente. Em
2013 e 2014, ainda se mantêm as discussões sobre a mudança de papel na atuação docente e
surgem alguns trabalhos sobre produção de conteúdo para emissoras de TV. Por fim, em 2016,
foram publicados trabalhos significativos sobre o papel, as funções e o perfil do design
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instrucional e, em 2017, passou-se a abordar o surgimento do mobile learning, suas premissas
e desafios na produção de conteúdo.
As investigações encontradas também evidenciam que a educação a distância é voltada,
no mundo inteiro, para a aprendizagem de adultos, embora já existam bons cases na educação
básica. Ressalta-se que a maioria dos estudos baseia-se na maneira como os adultos aprendem,
com foco na andragogia, no aperfeiçoamento profissional e na educação continuada. Nesse
sentido, a produção de conteúdo EaD também é abordada sob essa ótica.
Não há como tratar de produção de conteúdo sem abordar formação docente. Em relação
a esse aspecto, quando se trata de produção de conteúdo EaD, parece que o desafio fica ainda
maior, pois se trata de uma modalidade de ensino particularmente nova na educação e que
requer habilidades e competências um pouco diferentes das tradicionais. Isso ocorre porque
todo o desenvolvimento de conteúdo até então conhecido era produzido para a publicação de
materiais em versão impressa. Com a chegada da EaD, passa-se a pensar no formato digital, em
que as expertises para a produção são diferentes das então praticadas. O mesmo movimento
passa a ocorrer com a curadoria que começa a discutir e aprofundar o conceito de curadoria
digital.
A partir disso, começam a surgir modelos diferentes de produção de conteúdo −
síncronos ou assíncronos −, assim como critérios para o desenvolvimento e a avaliação da
qualidade desse material. No entanto, é interessante alertar para a etapa de criação do conteúdo
por parte do professor. Nos trabalhos analisados nesta pesquisa, percebe-se que os formatos ou
orientação dados aos professores não são muito claros.
Pensar em produção de conteúdo para a EaD é fundamental, pois se trata de uma peça-
chave para a eficácia dessa modalidade, afinal seu formato e seus recursos são aspectos
primordiais para a efetiva aprendizagem. Nesse âmbito, com a vasta disponibilidade de recursos
acessíveis por meio das tecnologias da informação e da comunicação, parece que se torna ainda
mais fácil a composição de materiais didáticos. Porém, a questão da autoria continua sendo um
grande desafio para quem produz conteúdo para EaD. Neste sentido a curadoria digital de
conteúdo contribui apresentando indicadores que caracterizam a autoria.
O desafio está posto, dado que, devido ao grande crescimento da EaD, ministrar uma
disciplina nessa modalidade não significa trabalhar com um conteúdo autoral próprio. Mais
especificamente, no mercado brasileiro, existe uma tendência de comprar conteúdo autoral para
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dar conta da oferta de turmas e da procura da EaD, o que acaba causando discussões internas
nas instituições de ensino superior.
[...] a relação entre o professor e um material didático, material esse que não
é de autoria desse professor, mas que foi designado para sua atuação na
disciplina. O docente se vê utilizando um material que nem sempre se adequa
ao conteúdo que ele entende como relevante ou necessário e acaba inserindo
materiais complementares. (BORGES, JESUS e FONSECA, 2012, p. 148)
Em outras palavras, nem sempre o material produzido acompanha a necessidade de
mercado, e a produção de conteúdo EaD entra nesse quadrante, justamente pela própria
definição que permeia o processo.
A elaboração de um material didático se inicia quando se tem a necessidade
de delinear um determinado conhecimento (conteúdo) a ser disponibilizado
através de um determinado meio (tipo de objeto e/ou ambiente) para, em
seguida, ser utilizado junto ao aluno de alguma forma específica (didática) e,
assim, suprir sua demanda pela informação. (NOGUEIRA, 2012, p. 101)
A necessidade aqui está voltada para atender à demanda de alunos da EaD, de modo que
o corpo docente precisa estar apto para isso, seja como autor do material didático, seja como
docente nos ambientes virtuais de aprendizagem, seja como curador.
Etimologicamente,
Curador vem do latim “tutor”, “aquele que tem uma administração a seu
cuidado”. De acordo com o dicionário, a curadoria é um cargo, poder, função
ou administração. As palavras curador e curadoria assumem diferentes
significados conforme as especificidades das áreas. Curador
vem do latim
“tutor”, “aquele que tem uma administração a seu cuidado. (AMARAL, 2012,
p. 42)
Observar a evolução da produção de conteúdo EaD e interligá-la ao desenvolvimento
do conceito de curadoria digital se faz necessário, pois, embora se apresentem em períodos
distintos no histórico aqui apresentado, cruzam-se no momento em que a EaD se expande e que
um excesso de possibilidades de publicações de conteúdo on-line, passando o professor,
nesse sentido, a vislumbrar/atuar também como curador. Para Ramos (2012) o curador é visto
como um mediador, e essa atividade pode ser considerada fundamental na cultura
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contemporânea, uma vez que o mediador não está necessariamente envolvido em produzir
novas formas, mas busca arranjá-las em novos formatos.
A curadoria, dessa forma e segundo Lopes, Sommer e Schmidt (2014), torna-se uma
possibilidade pedagógica. Reafirma-se, assim, o quanto a passagem da produção de conteúdo
EaD para a curadoria de conteúdo EaD pode ser significativa no campo da ciência da
informação, que passa a contribuir com suas premissas e critérios para a regulamentação dessa
prática.
2 O PROBLEMA DA PESQUISA E SUA METODOLOGIA
O problema deste estudo envolve a curadoria digital de conteúdos EaD, pois se
constata que nem sempre os conteúdos utilizados em contexto EaD são eficazes, uma vez que
são adaptados de outras modalidades de ensino não existindo um modelo de referência para a
sua criação e curadoria”. Pesquisas como a de Netto, Guidotti e Santos (2017) mostram que o
papel do conteúdo na EaD precisa representar resultados de situações autênticas de
aprendizagem e que é fundamental diversificar recursos e formas de apresentar o conteúdo,
mensurando a qualidade, e não a quantidade.
O conteúdo quando produzido por equipes internas de instituições de ensino superior
acaba utilizando modelos metodológicos mais engessados, muitas vezes adaptados da
modalidade presencial, além de na maioria das vezes, não contarem com equipes
multidisciplinares para apoiar na construção tecnológica destes conteúdos.
Já o conteúdo produzido por empresas de soluções educacionais, contam com equipes
multidisciplinares e investimento tecnológico pesado, que resulta em um conteúdo
atrativamente alinhado a metodologia EaD, contudo enfrenta dificuldades de adaptação quando
chegam nas instituições de ensino superior que acabam não realizando um processo de
curadoria que relaciona os objetivos de aprendizagem do conteúdo produzido para a realidade
acadêmica dos cursos nos quais serão inseridos.
Para se chegar em algumas alternativas de como resolver o problema, será necessário
entender e mapear os diferentes caminhos realizados durante a produção e a curadoria digital
do conteúdo EaD, além de ouvir diversificados profissionais que fazem parte deste processo,
tanto em instituições de ensino, como em empresas de soluções educacionais.
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É fundamental o levantamento, entendimento e cruzamentos das teorias educacionais e
da ciência da informação através do uso do conceito de curadoria digital para identificar quais
são as falhas nos atuais processos, as limitações e dificuldades, assim como o que tem
apresentado resultados significativos.
O ponto de partida para a investigação do problema desta pesquisa baseia-se no objetivo
geral, que consiste em: desenvolver um modelo de referência de qualidade de curadoria de
conteúdo com base nas premissas da curadoria digital para contextos de aprendizagem no
ensino superior − modalidade EaD.
Como apoio para a resolução do objetivo geral, conta-se com os objetivos específicos
em que pretende-se:
a) identificar como instituições de ensino superior e empresas de soluções
educacionais estão realizando a curadoria dos seus conteúdos EaD e verificando a
sua qualidade.
b) propor uma metodologia com base nas premissas da curadoria digital que envolva a
concepção de objetos, competências e objetivos de aprendizagem.
c) analisar as percepções dos professores que participaram da “Formação Online para
Curadores” dividida em duas partes: instrumentalização teórica e aplicação do
modelo de referência na sua prática profissional.
Esses objetivos buscam posicionar a forma de lidar com o problema de pesquisa e
endereçam para a possível proposta de resolução, sobretudo diante da importância que as ações
podem oferecer, segundo Bassani e Wilbert (2017, p. 90), “[...] a partir de uma estratégia
pedagógica que envolve a autoria sob a perspectiva da curadoria digital” ante a fragilidade de
critérios de avaliação que um conteúdo que preza pela qualidade possa ter.
Os procedimentos metodológicos deste estudo envolvem a pesquisa bibliográfica e a
pesquisa-ação com abordagem qualitativa utilizando técnicas de pesquisa como questionários
e entrevistas estruturadas. Para Severino (2007) “[...] a ciência, como modalidade de
conhecimento, só se processa como resultado de articulação do lógico com o real, do teórico
com empírico” (p. 126).
m termos gerais, a pretensão de adotar este caminho investigativo abrange os seguintes passos:
Levantamento do estado da arte para verificar as contribuições existentes sobre
o assunto, em âmbito nacional e internacional, na forma de artigos publicados
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em periódicos, dissertações e teses defendidas nos programas de pós-graduação
na área da educação e de ciência da informação, com enfoque na curadoria de
conteúdo EaD e em seus padrões/critérios de qualidade.
Levantamento de bibliografia, no Brasil e no exterior, sobre referências de
qualidade de curadoria de conteúdo EaD para ambientes virtuais de
aprendizagem e sobre a avaliação de sua relevância e aplicabilidade à pesquisa.
A partir do “corpo” como categoria principal, realização de um questionário com
uma amostra de docentes (aproximadamente 300 profissionais) e aplicação de
entrevista estruturada com gestores educacionais (sendo 3 de instituições de
ensino e 1 de uma empresa de soluções educacionais) a fim de levantar dados
que contribuam para a identificação de pontos-chave que possam caracterizar os
critérios/requisitos para a estruturação do modelo de referência de qualidade. Em
termos gerais, a ideia seria utilizar ambientes virtuais de aprendizagem Moodle
ou Blackboard − como possíveis corpus de pesquisa.
Organização de sessões para aplicar o modelo de referência com possíveis
futuros curadores de conteúdo em três universidades e em uma empresa de
solução educacional a serem determinadas, buscando, nesta abordagem, realizar
a validação do instrumento criado e testar sua funcionalidade/aplicabilidade.
A pesquisa-ação, segundo Severino (2007, p. 120), “[...] é aquela que, além de
compreender, visa intervir na situação, com vistas a modificá-la”. As etapas alistadas
representam o percurso de entendimento por meio da pesquisa bibliográfica e do levantamento
de dados e, a partir disso, das análises e da construção do modelo e sua testagem, a busca pela
mudança que visa a uma melhoria nos processos que avaliam a qualidade do conteúdo EaD.
3 ESBOÇO DO MODELO E PROPOSTA DE RESULTADOS
A versão mais atual de 2017 do instrumento de avaliação de cursos EaD do Ministério
da Educação é dividida em 3 dimensões. Dimensão 1 Organização Didático-Pedagógica;
Dimensão 2 Corpo Docente e Tutorial; Dimensão 3 Infraestrutura. A dimensão que trata
sobre conteúdo e material didático, encontra-se no indicador 1.5 e no indicador 1.18 e
apresentam as seguintes especificações, conforme Quadro 1 e Quadro 2:
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Quadro 1 – Conteúdos curriculares
Fonte: INEP
Quadro 2 – Material didático
Fonte: INEP
O modelo de referência de qualidade proposto como resultado desta proposta, busca
auxiliar instituições de ensino superior e empresas de soluções educacionais a se certificarem
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que estão adequadamente preparadas para atingir o conceito 5 do instrumento acima
mencionado.
Este modelo de referência deverá conter de maneira global critérios que avaliem o
conteúdo apresentado através dos materiais didáticos, independente das especificações dos
projetos pedagógicos dos cursos (PPCs), isto quer dizer que as especificações que geralmente
diferenciam um PPC do outro são as questões de características regionais e estas acabam não
impactando nos critérios globais que serão apresentados no modelo de referência que auxiliará
os curadores.
Os curadores que utilizarem este modelo de referência poderão de maneira mais
assertiva criar ou validar conteúdos em diferentes formatos de materiais didáticos, que possam
representar a qualificação e efetividade dele no processo de ensino e aprendizagem.
Para utilização do modelo de referência os curadores precisarão passar por uma
capacitação online que terá o objetivo de sensibilizá-los sobre as novas tecnologias da
informação e comunicação, suas diferentes metodologias, e por fim, como utilizar e aplicar o
modelo de referência em suas respectivas instituições e empresas.
A preocupação da tese está em investigar critérios imprescindíveis que representam a
eficácia de conteúdos para a EaD, o que contribuirá para assegurar um menor índice de evasão
nos cursos do ensino superior a distância que sinalizam como um indicador a má qualidade do
conteúdo ou como ele é apresentado. A identificação destes critérios subsidiará a criação do
modelo de referência de qualidade apresentado na Figura 1.
A formação online para curadores, destinada para um público diversificado de
professores universitários de diferentes áreas do conhecimento, pretende sensibilizar os
docentes sobre o seu novo papel como curador, assim como verificar quais profissionais
apresentam características para atuar nesta função. Uma vez aprovado na primeira etapa da
formação o então curador poderá passar para a segunda etapa que trata-se de um treinamento
de como realizar a aplicação do modelo de referência de qualidade. Ou seja, compreender a
aplicabilidade dos indicadores, e a partir disso, avaliar através dos critérios, métricas e técnicas
o conteúdo apresentado.
Figura 1 – Esboço da estrutura do modelo de referência de qualidade
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Fonte: criado pela autora
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O ponto de partida e os maiores desafios desta pesquisa surgiram da observação do
cotidiano e da atuação profissional em ambientes acadêmicos e empresarias, nos quais se
percebe a dificuldade de adequação, seleção e avaliação de conteúdos para a modalidade a
distância. Isso pode decorrer por diferentes variáveis que perpassam pela adaptação inadequada
de conteúdo da modalidade presencial para a EaD, falta de critérios de estruturação desse
conteúdo, até a pouca ou nenhuma padronização/identificação de critérios mínimos de
qualidade que reflitam a eficácia desse conteúdo.
Partindo do campo da ciência da informação, que usufrui das tecnologias da informação
e comunicação como requisitos de desenvolvimento nas diferentes áreas do conhecimento, esta
pesquisa, além de consolidar um problema atual da modalidade de ensino que mais cresce no
país e que passa a ter relevância internacional, reflete também a urgência da qualificação dos
instrumentos de avaliação que permeiam esta modalidade educacional.
Destaca-se a necessidade de aplicar e reconhecer a curadoria digital como uma nova
oportunidade de atuação docente e de gerenciar e manter qualificados os conteúdos atrelados
aos perfis dos alunos, atendendo aos objetivos de aprendizagem e garantindo a sua atualização
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por meio de ambientes virtuais de aprendizagem que possam contribuir nesta análise e no
acompanhamento por meio de relatórios.
Objetivos, objetos e competências de aprendizagem são requisitos básicos a serem
mapeados pela curadoria para selecionar/disponibilizar conteúdos mais assertivos aos alunos.
O modelo de referência aqui proposto, busca facilitar a identificação desses requisitos a partir
de métricas que possam envolver a gestão da qualidade.
Sendo assim, três pontos devem ser destacados quanto ao apoio da curadoria e das
tecnologias da informação neste estudo. São eles: a possibilidade de organização e,
principalmente, de armazenamento de informação e conhecimento de maneira eficaz e
propositiva; a instrumentalização adequada sobre como produzir e transpor conhecimento para
o formato digital; a garantia da eficácia e da atualização constante do conteúdo.
Conduzir todo este complexo processo, não envolve apenas ter condições de ter uma
equipe multidisciplinar, mas de mobilizar o corpo docente a compreender o importante papel
da curadoria na produção de conteúdo EAD e de seguir critérios básicos e regulamentários que
garantirão a eficácia destes conteúdos.
Diante desse contexto, surge a necessidade de uma relação entre o papel da curadoria
digital e os critérios de avaliação dessa curadoria. Atualmente, há poucos trabalhos científicos
da área de ciência da informação imbricados com a educação e que relacionem a curadoria
digital com a seleção/criação de conteúdo para EaD, e menos ainda que posicionem o papel do
professor como curador. Além disso, a falta de critérios estabelecidos pelo Ministério da
Educação (MEC) nos formulários de avaliação para fins de autorização e credenciamento de
cursos de graduação EaD, tratando-se de conteúdo, reforçam os desafios aqui apresentados e
justificam a relevância e emergência desta pesquisa.
Conforme pontua Securato (2017), “[...] a internet e toda a tecnologia da informação
apoiada sobre ela é o alicerce da terceira revolução industrial” (p. 148). A curadoria de conteúdo
EaD certamente faz parte dessa revolução, pois, além de oportunizar novas atuações
profissionais para a docência, traz consigo o que de melhor a curadoria pode oferecer e que
contribui muito para o meio acadêmico digital, que é a seleção do essencial, do técnico
científico, porém aplicável à realidade do aluno.
UFBA, Salvador, de 26 a 28 de setembro de 2019
REFERÊNCIAS
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