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Arrecadação de ICMS do Estado do Rio de Janeiro: A elasticidade dos setores econômicos e seu uso na melhora da situação fiscal e financeira do Estado

Authors:
Arrecadação de ICMS do Estado do Rio de Janeiro:
A elasticidade dos setores econômicos e seu uso na melhora
da situação fiscal e financeira do Estado
Alessandra Oliveira Ribeiro (UCAM) alessandra.o.r@gmail.com
Francine Santana Lacerda Bezerra (UCAM) francinerj@hotmail.com
Marcelo Jusan Fernandes (UCAM) marcelojusan@gmail.com
Sandra Barbosa Silva de Almeida (UCAM) sandryynha@gmail.com
Daiane Rodrigues dos Santos (UCAM) daianesantoseco@gmail.com
Resumo
O trabalho busca analisar a evolução da arrecadação do Imposto de Circulação de
Mercadorias e Serviços (ICMS) do Estado do Rio de Janeiro no período de 1997 a 2019.
Nesta análise, discutem-se os fatores determinantes da arrecadação de ICMS, com intuito de
contribuir com um incremento da arrecadação desse imposto e auxiliar na melhora da situação
fiscal e financeira do Estado. A partir de modelo econométrico, são estimadas as elasticidades
dos setores primário, secundário, terciário, energia, petróleo e outros em relação à arrecadação
total de ICMS do Estado. A sensibilidade da receita tributária é de significativa relevância
para a condução da política fiscal do Estado, sendo a elasticidade geralmente utilizada como
medida de sensibilidade. A análise buscou identificar o setor da economia fluminense que
deveria ter seus investimentos priorizados a fim de otimizar a arrecadação total dos impostos
no estado. Os resultados indicam que todos os setores, com exceção do setor primário,
apresentaram elasticidades positivas, o que significa dizer que o aumento da arrecadação de
ICMS do setor tende a elevar a arrecadação total. Porém, a arrecadação do setor terciário
apresentou elasticidade superior aos demais setores ao longo do período em análise, o que
reflete a relevância desse setor na economia regional e serve como balizador para que o
governo do estado do Rio de Janeiro priorize o setor terciário de modo a otimizar os
investimentos e maximizar a arrecadação total de ICMS do estado.
Palavras-Chaves: Elasticidade; Elasticidade da Receita Tributária; ICMS.
1. Introdução
Soares, Gomes e Toledo Filho (2011) definem o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e
Serviços (ICMS) como uma das principais fontes de recursos, para compor o planejamento
orçamentário dos estados e municípios, provenientes da produção e movimentação das
riquezas econômicas.
De acordo com Marques Junior e Oliveira (2014), a sensibilidade da receita tributária a
mudanças nas variáveis macroeconômicas é de suma importância para a condução da política
fiscal, uma vez que a receita tributária é a principal fonte de recursos para os Estados e
Municípios.
Como citado por Sobral (2017), o Estado do Rio de Janeiro vem passando nos últimos anos,
por uma progressiva deterioração de suas contas. Arrestos judiciais, desgoverno por parte dos
gestores, contribuíram para a grave situação que passa o Estado. A problemática crise
financeira do governo estadual não é simplesmente o ajuste as contas públicas, mas sim como
fazer isso dentro de um processo de recuperação econômica sustentado.
Em regime de recuperação fiscal desde 2017, aprovado pelo Ministério da Economia em
01/04/2017 por meio da Resolução nº 16, o Estado do Rio de Janeiro tem desenvolvido
medidas para a volta do crescimento econômico do Estado. Conforme o relatório de
monitoramento do Plano de Recuperação Fiscal (2019), o Governo Estadual está revisando os
incentivos fiscais concedidos, alcançando uma redução de 50% do esperado, modernizando
todo o sistema de cobrança e fiscalização fazendária e alterações de alíquotas de ICMS.
Dados da Federação de Indústrias do Estado (FIRJAN) apontam que a indústria da capital
fluminense apresentou recuo no volume de produção em junho (41,0 pontos), mantendo o
resultado negativo observado em março (Indicador abaixo de 50 pontos indica queda e acima
de 50 pontos indica aumento). Paralelamente, o nível de estoques cresceu (55,0 pontos), mas
ficou acima do planejado (54,2 pontos). Os resultados da região foram inferiores ao observado
no estado. Dessa forma, a Utilização da Capacidade instalada da indústria do Rio de Janeiro
seguiu em junho (55,0%) abaixo da média histórica do indicador (63,8%).
O objetivo do trabalho é medir as elasticidades dos setores da economia na arrecadação total
do ICMS do Estado do Rio de Janeiro. A hipótese a ser testada no trabalho é com base na
elasticidade, qual o setor em que o governo deveria ter seus investimentos priorizados a fim
de otimizar a arrecadação total. O período de análise compreende os anos de 1997 a 2019.
Optou-se por esse período, por compreender momentos de grandes investimentos públicos e
privados, decorrentes dos eventos internacionais, Copa do Mundo Fifa 2014 e Olimpíadas de
2016, bem como, a crise financeira em que passa o Rio de Janeiro.
O artigo está assim dividido: na segunda seção, discutem-se os conceitos e a metodologia para
se obter as elasticidades da receita tributária; na terceira, analisa-se a evolução da arrecadação
do ICMS do Estado do Rio de Janeiro ao longo do período por setor analisado; na quarta
expõe-se os resultados das estimações das elasticidades dos diversos setores na arrecadação
total de ICMS; na quinta e última, tecem-se as considerações finais.
2. Conceitos e a metodologia utilizada para obter as elasticidades da receita tributária
2.1 Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestação de
serviços (ICMS)
A tributação é um fenômeno intersistêmico que, segundo Benegas e Alves (2014), envolve a
política, a economia e o direito.
“No caso da política, a tributação pode ser vista como uma relação entre
poder e não poder tributar, ou seja, exigir prestações pecuniárias
compulsórias de particulares; no caso da economia, pode ser entendida como
um elemento relativo à programação dos agentes econômicos sobre o que
terão ou não nas situações de produção, acumulação e circulação de bens em
uma dada sociedade; o direito, por sua vez, considera a tributação como um
conjunto de expectativas institucionalizadas que preveem como os agentes
devem se comportar nas relações entre o poder de tributar e as limitações a
este poder, determinando as sanções pelo descumprimento dessas normas
condicionais. (Benegas e Alves, p.62, 2014).
O imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestação de serviços
(ICMS) tem como fato gerador as operações relativas à circulação de mercadorias e à
prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicações, ainda
que as operações e as prestações se iniciem no exterior, de acordo com o capítulo 1, Art. 1º da
Lei Estadual 2.657, de 26 de dezembro de 1996 (Secretaria de Fazenda do Estado do Rio
de Janeiro, 1996). O ICMS é o principal imposto de competência dos estados (Adaptado de:
BACEN, 2019).
De acordo com Lukic (2017), o Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICM), agora
ICMS, nasceu na reforma tributária promovida pela Emenda Constitucional (EC) em 1965,
em substituição ao Imposto sobre Vendas e Consignações (IVC) e na tentativa de
implementar um sistema moderno de tributação sobre o valor adicionado no Brasil.
No Brasil, o principal tributo indireto com incidência sobre o consumo é o Imposto sobre
operações relativas à circulação de mercadorias e serviços de transporte interestadual e
intermunicipal e de comunicações (ICMS) (Politi e Mattos (2012)).
Gráfico 1 - Receita Realizada Acumulada (em milhões de R$)
Posição 10/2019 Total R$41.198.164.029,57
Fonte: Sistema Integrado de Gestão Orçamentária, Financeira e Contábil do Rio de Janeiro (SIAFE-Rio), em
12/10/2019
O gráfico 1 mostra a distribuição da receita realizada acumulada dos diferentes impostos e
taxas do Estado do RJ, com posição de outubro de 2019. Como pode ser visto, o ICMS
responde por 67,97% de toda a receita do Governo do Estado do Rio de Janeiro.
O ICMS, de acordo com Amaral (2004), se utiliza do método do crédito fiscal, que funciona
da seguinte forma: ao total das vendas feitas no estágio t aplica-se a alíquota do imposto, e se
reduz desse resultado total do imposto equivalente ao total das compras também executadas
no estágio t (que funciona como um crédito). Conforme explicado por Varsano (1997), a
Constituição de 1988 introduziu importantes alterações neste tributo que é a principal fonte de
receita dos estados brasileiros. Primeiro, aproximou-o do conceito teórico de imposto sobre o
valor adicionado (IVA), ao estabelecer que todos os insumos produtivos gerarão crédito do
imposto pago anteriormente pelo adquirente. Segundo, assemelhou o ICMS que era um
IVA tipo produto bruto a um IVA tipo consumo, ao permitir que os contribuintes se
creditem do imposto pago sobre bens que incorporarem a seus ativos permanentes.
2.2 Elasticidade
De acordo com Baye (2010), a elasticidade mede o efeito de mudanças em uma variável sobre
outra variável. Ela é uma ferramenta básica para determinar a magnitude dessa mudança, ou
seja, qual o percentual de variação na variável 2, dada a variação na variável 1.
O autor ainda explica que o sinal da elasticidade determina a relação entre essas variáveis. Se
a elasticidade é positiva, um aumento na variável 1 leva a aumento variável 2. Se a
elasticidade é negativa, um aumento na variável 1 levará a uma diminuição na variável 2.
O conceito de elasticidade é bastante utilizado por economistas e por formuladores de
políticas públicas. Neste artigo, busca-se identificar o setor que tendo sua receita de ICMS
aumentada gera maior percentual de aumento na receita total de ICMS do Estado do RJ.
Conhecendo o setor que corresponde pela maior fatia de arrecadação, permite que sejam
desenvolvidas, políticas que contribuam para que a arrecadação nesse setor continue
crescente.
2.3 Setores da Economia
Esse artigo irá analisar as receitas de ICMS do Estado do RJ por segmento de atividade. As
informações estão divididas em 5 (cinco) segmentos: setor primário, setor secundário, setor
terciário, setor de energia, setor de petróleo, e demais fontes. Os setores de energia e petróleo
estão sendo analisados de forma independente devido às suas relevâncias no total arrecadado.
A soma dos segmentos corresponde ao total do ICMS arrecadado pelo Estado.
A economia moderna é formada por um conjunto complexo de atividades econômicas, que
formam uma imensa teia de relações na produção de todos os bens e serviços destinados as
necessidades que existem na sociedade (Pereira, Lopes e Pontini (2011)). De acordo com
Rossetti (1990) e (Pereira, Lopes e Pontini (2011)), devido à grande complexidade do sistema
se torna inviável contabilizar individualmente cada operação realizada. Para se realizar essas
operações contabilmente é necessário separar a economia em setores de atividade que se
juntam devido as suas semelhanças e às atividades as quais se destinam. Assim, de modo
clássico, as economias são subdivididas em três grandes setores de produção, sendo eles o
setor primário, o setor secundário e o setor terciário (agricultura, indústria e comércio).
O setor primário (Pena, 2019) refere-se à extração de recursos da natureza e sua
transformação em matérias-primas para a indústria. As atividades englobadas pelo Setor
Primário são a agricultura, a pecuária e o extrativismo vegetal, animal e mineral.
Nos países desenvolvidos e em alguns emergentes, o setor primário é sobreposto pelo
secundário e, principalmente, pelo terciário. nos países e regiões menos desenvolvidas, as
atividades ligadas à agropecuária e ao extrativismo são consideradas ainda as principais fontes
de manutenção econômica. Apesar de fundamental, a produção de matérias-primas não gera
muita riqueza para os países com economias baseadas neste setor, pois estes produtos
possuem baixo valor agregado.
O setor secundário é o responsável pela transformação dos recursos provenientes do setor
primário, como as indústrias e a construção. Através desse processo são gerados os produtos
industrializados com a finalidade de atender à necessidade humana, como roupas, eletrônicos,
casas, carros e até mesmo máquinas e ferramentas industriais.
Fazem parte deste setor, entre outras, as indústrias automobilísticas, alimentícias, de
tecnologia e informática, e a construção civil.
De acordo com Pereira, Lopes e Pontini (2011), o setor secundário refere-se às indústrias de
transformação e de construção. Gomes e Barbieri (2014) definem este setor como um setor
que gera riqueza considerável e base para o desenvolvimento dos países com atuação forte
nesse setor. Porém, é também o responsável por grande parte da poluição e degradação do
planeta.
O setor terciário é também conhecido como o setor de serviços. O crescimento dos serviços é
uma característica básica do desenvolvimento das economias capitalistas centrais na segunda
metade do século XX, de acordo com Pereira (2012). De acordo com Kon (2004) apud
Pereira (2012), o termo terciário foi introduzido por Fischer em 1935 e a divisão das
atividades em três setores (primário, secundário e terciário) foi sugerida por Colin Clark em
1940, o qual adotou o termo “residual” para o setor terciário, ou seja, somente após a
mensuração dos outros setores, seria encontrado, por resíduo, o valor do setor terciário.
2.4 Descrição dos dados e metodologia utilizada
Foram analisados os dados mensais de arrecadação de ICMS no estado do Rio de Janeiro, do
período de janeiro de 1997 a abril de 2019. Os dados foram extraídos do site do Banco
Central do Brasil e as séries mensais utilizadas neste estudo, encontram-se descritas,
conforme tabela1 abaixo:
Tabela 1 - Séries mensais - Arrecadação ICMS - Rio de Janeiro
Série nº.
Variável
Descrição
4344
Itotal
Receita dos estados e municípios (Fluxos) - Arrecadação de ICMS - Rio de Janeiro total
7641
1
Arrecadação de ICMS (Fluxos) - Setor primário - Rio de Janeiro
7652

Arrecadação de ICMS (Fluxos) - Setor secundário - Rio de Janeiro
7663

Arrecadação de ICMS (Fluxos) - Setor terciário - Rio de Janeiro
7674

Arrecadação de ICMS (Fluxos) - Energia - Rio de Janeiro
7685

Arrecadação de ICMS (Fluxos) - Petróleo - Rio de Janeiro
7696

Arrecadação de ICMS (Fluxos) - Outras fontes - Rio de Janeiro
Fonte: Elaboração própria com base nos dados disponíveis no Banco Central do Brasil
Foi utilizado o método de regressão linear para obter a elasticidade da receita tributária das
séries em estudo. Conforme Gujarati (2011), a análise de regressão se refere ao estudo da
dependência de uma variável, a variável dependente, em relação a uma ou mais variáveis
explanatórias, com o objetivo de estimar e/ou prever o valor médio, da população, da primeira
com base nos valores conhecidos ou fixados das segundas.
Com isso, buscou-se verificar como a arrecadação total de ICMS no estado do Rio de Janeiro
se relaciona com a arrecadação desse imposto nos setores primário, secundário, terciário,
energia, petróleo e outros, isto é, a variação percentual da arrecadação do ICMS total em
resposta a uma variação de 1% na arrecadação de ICMS dos setores em estudo. Para testar a
sensibilidade da receita tributária, utilizou-se o seguinte modelo estático, conforme equação 1:
         
     
O modelo econométrico considerou a receita dos estados e municípios (Fluxos) -
Arrecadação de ICMS - Rio de Janeiro (Itot) como variável dependente e as variáveis a 
como explicativas. O termo de erro (Et) representa todas as variáveis omitidas no modelo,
mas que coletivamente afetam a variável dependente Itot. De acordo com Gujarati (2011), em
um modelo de regressão múltipla, não é fácil determinar a relação funcional adequada e o
termo do erro estocástico assume papel fundamental na análise de regressão.
Previamente as análises realizadas, o modelo foi submetido ao teste de heterocedasticidadeda
para verificar variância dos erros. Conforme tabela 2 foi detectada a presença de
homocedasticidade, o que demonstra a consistência do modelo e eficiência dos parâmetros
analisados.
Quando consideramos a suposição de homoscedasticidade, variância constante dos erros,
segundo o Teorema de Gauss-Markov, o estimador da matriz de covariância de B possui
variância mínima, ou seja, apresenta as melhores estimativas entre todos os possíveis
estimadores do parâmetro desconhecido, é eficiente e não viesado (Souza, 2015).
Tabela 2: Teste de Heterocedasticidade (ARCH)
F-statistic
0.171710
Prob. F(1,265)
0.6789
Obs*R-square
0.172894
Prob. Chi-Square (1)
0.6776
Fonte: Elaboração própria com base nos dados disponíveis no Banco Central do Brasil
De acordo com Gujarati (2011), dadas as premissas do modelo clássico de regressão linear,
para atender o teorema de Gauss-Markov, precisamos considerar a propriedade de melhor
estimador linear não viesado, ou não tendencioso. Um estimador é considerado o melhor
estimador não viesado, se atender as seguintes condições:
1. É linear nos parâmetros;
2. É não viesado, ou não tendencioso;
3. Tem variância mínima na classe de todos os estimadores lineares não viesados, sendo
que um estimador não viesado com a menor variância é conhecido como estimador
eficiente.
3. A evolução da arrecadação do ICMS no Estado do Rio de Janeiro
Conforme metodologia adotada, foram analisados os dados mensais de arrecadação de ICMS
dos diversos setores no estado do Rio de Janeiro, do período de janeiro de 1997 a abril de
2019.
Gráfico 2 Evolução histórica da arrecadação de ICMS no RJ
Fonte: Elaboração própria com base nos dados disponíveis no Banco Central do Brasil
No gráfico 2, apresenta-se a evolução da arrecadação total de ICMS no estado do Rio de
Janeiro. Nota-se que uma aceleração na tendência de crescimento a partir de 2009 e uma
redução no ritmo de elevação de arrecadação a partir de 2013.
Gráfico 3 Evolução histórica da arrecadação de ICMS no RJ
Fonte: Elaboração própria com base nos dados disponíveis no Banco Central do Brasil
No gráfico 3, apresenta-se a evolução segregada pelos setores econômicos fluminense. Assim
como na arrecadação total de ICMS, observa-se uma grande elevação da taxa de crescimento
da arrecadação do setor terciário a partir de 2009 e uma estagnação a partir de 2013. Destaca-
se também a relevante evolução na arrecadação do setor de energia e a estagnação do setor
primário no período analisado.
4. Resultados
Considerando a metodologia já anteriormente descrita, a regressão múltipla utilizada buscou
estimar os parâmetros de cada setor, indicando assim a elasticidade dos setores na arrecadação
total de ICMS do estado do Rio de Janeiro.
Em função do modelo econométrico considerar todas as variáveis que impactam na variável
dependente, as estatísticas da regressão apresentaram um elevado R-Quadrado conforme
demonstrado na tabela 3 abaixo:
Tabela 3 - Estatística de Regressão
Fonte: Elaboração própria com base nos dados disponíveis no Banco Central do Brasil
De acordo com a Tabela 4 abaixo, além de um R-Quadrado elevado, a regressão também
apresentou alta significância.
Tabela 4 ANOVA
Fonte: Elaboração própria com base nos dados disponíveis no Banco Central do Brasil
Além dos resultados estatísticos apresentados, foram estimados os parâmetros de cada setor
conforme tabela abaixo:
Tabela 5 Estimação de Parâmetros de Cada Setor
Coeficientes
Erro padrão
Stat t
valor-P
Intersecção
0
#N/D
#N/D
#N/D

-0,026894151
0,003164
-8,49907
1,46569E-15

0,303568038
0,014582
20,81752
1,82517E-57

0,487921891
0,022853
21,3503
2,80719E-59

0,137104723
0,013872
9,883869
8,74628E-20

0,152651717
0,013319
11,46129
6,41357E-25

0,050750037
0,004744
10,69785
2,12795E-22
Fonte: Elaboração própria com base nos dados disponíveis no Banco Central do Brasil
Estatística de regressão
R múltiplo 0,999990777
R-Quadrado 0,999981554
R-quadrado ajustado 0,996164408
Erro padrão 0,061488249
Observações 268
ANOVA
gl SQ MQ F F de significação
Regressão 6 53699,59 8949,93 2367202,85 0
Resíduo 262 0,99 0,00
Total 268 53700,58
Os resultados observados revelam que todas as variáveis são relevantes para o modelo
econométrico proposto. Considerando os coeficientes estimados a equação 1 assume o
seguinte formato:
       
    
     
(2)
De acordo com os coeficientes estimados, o setor terciário, representado pela variável , é o
que apresenta a maior elasticidade dos setores analisados. O coeficiente elasticidade de 0,48
deste setor significa que o aumento de 1% na arrecadação do setor terciário gera um aumento
de 0,48 % da receita de ICMS total. uma queda de 1% na variável 3 é acompanhada de uma
redução de 0,48% da receita total de ICMS.
Todos os demais setores, com exceção do setor primário, apresentaram elasticidades
positivas, o que significa dizer que o aumento da arrecadação de ICMS do setor tende a elevar
a arrecadação total.
Os resultados indicam que todos os setores, com exceção do setor primário, contribuem
positivamente com a arrecadação total de ICMS do estado fluminense. Porém, a arrecadação
do setor terciário apresentou elasticidade superior aos demais setores, ao longo do período em
análise, o que reflete a relevância desse setor na economia regional, sendo, portanto, o setor
sugerido a ser priorizado para investimentos, a fim de otimizar da arrecadação fiscal do
estado.
5. Considerações Finais
Este trabalho procurou analisar a evolução da arrecadação do Imposto de Circulação de
Mercadorias e Serviços (ICMS) do Estado do Rio de Janeiro no período de 1997 a 2019 e
identificar qual o setor da economia fluminense deveria ser priorizado para otimizar a
arrecadação total desse imposto no estado, com base na estimação da elasticidade da receita
tributária.
Optou-se por compreender momentos de grandes investimentos públicos e privados,
decorrentes dos eventos internacionais, Copa do Mundo Fifa 2014 e Olimpíadas de 2016, bem
como, a crise fiscal e financeira que passa o Rio de Janeiro.
Diante dos recentes escândalos de corrupção envolvendo a Petrobras, muitos artigos
jornalísticos noticiaram os impactos negativos no Rio de Janeiro em função da alta relevância
do setor de petróleo para a economia fluminense, sendo considerado por muitos o mais
importante para o estado. Porém, apesar da retração econômica verificada até hoje, pelos
resultados apresentados, o setor mais relevante para o estado do Rio de Janeiro é o setor
terciário, seguido do setor secundário.
Zuccolotto, Ribeiro e Abrantes (2009) observaram que uma alternativa para solucionar o
problema de déficits na arrecadação é expandir seu potencial, a fim de que não fiquem tão
dependentes de outras esferas do Governo.
De acordo com Marques Jr. e Oliveira (2014), a sensibilidade da receita tributária visa
auxiliar a tomada de decisão na condução da política fiscal e planejamento das contas
públicas, o que corrobora com a análise realizada neste estudo.
O presente trabalho indica que todos os setores analisados, com exceção do setor primário,
apresentaram elasticidades positivas, o que significa dizer que o aumento da arrecadação de
ICMS desses setores tende a elevar a sua arrecadação total.
Porém, a arrecadação do setor terciário apresentou elasticidade superior aos demais setores ao
longo do período em análise, o que reflete a relevância desse setor na economia regional e
serve como balizador para que o governo do estado do Rio de Janeiro priorize esse setor de
modo a otimizar os investimentos e maximizar a arrecadação total de ICMS.
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ECONOMIA DE SERVIÇOS. Teoria e evolução no Brasil Anita Kon SUMÁRIO Apresentação Introdução CAPÍTULO 1. ANTECEDENTES HISTÓRICOS: ECONOMIA POLÍTICA DOS SERVIÇOS 1.1 Considerações iniciais 1.2 As atividades terciárias como geradoras de valor: a visão tradicional 1.3 Os debates teóricos sobre a crescente proeminência dos serviços. CAPÍTULO 2. CONCEITUAÇÕES E CLASSIFICAÇÕES DAS ATIVIDADES DE SERVIÇOS 2.1 Considerações iniciais 2.2 Óticas de abordagem 2.3 Definições e classificações propostas 2.4 Novas tecnologias e reformulações nos conceitos e classificações CAPÍTULO 3. CARACTERÍSTICAS E FUNÇÕES DOS SERVIÇOS 3.1 Introdução 3.2 Características e propriedades econômicas dos serviços 3.3 Repercussões da inovação tecnológica nas características dos serviços 3.4 Diferenças entre as características do serviços públicos e privados CAPÍTULO 4. REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA 4.1 Introdução 4.2 Inovação tecnológica, evolução dos serviços e reestruturação produtiva 4.3 Evolução dos serviços nas economias diferenciadas 4.4 As atribuições dos serviços ante a mudança de paradigma produtivo 4.5 A abordagem neo-schumpeteriana 4.6 Reestruturação produtiva no Brasil CAPÍTULO 5. TERCEIRIZAÇÃO E TERCIARIZAÇÃO 5.1 Considerações iniciais 5.2 Terceirização como estratégia de crescimento 5.3 O papel das franquias no desenvolvimento do setor Terciário CAPÍTULO 6. A INFORMALIDADE NAS ATIVIDADES DE SERVIÇOS 6.1 Introdução 6.2 Definindo o mercado informal de trabalho nas atividades terciárias brasileiras 6.3 Considerações sobre a natureza do trabalho por conta própria e do serviço doméstico remunerado 6.4 A informalidade nas atividades de serviços do Brasil CAPÍTULO 7. INTERNACIONALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS 7.1 Considerações iniciais 7.2 O desenvolvimento da internacionalização de serviços 7.3 Classificação e mensuração de transações internacionais do setor de serviços 7.4 A crescente participação dos serviços no comércio mundial CAPÍTULO 8. DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E O PAPEL DOS SERVIÇOS 8.1 Introdução 8.2 Abordagens teóricas tradicionais. 8.3 A contribuição dos serviços nas teorias do Pós-industrialismo 8.4Atividades de serviços como induzidas ou indutoras do desenvolvimento econômico 8.5 O papel dos serviços no processo de desenvolvimento regional 8.6 Desenvolvimento econômico, capital social e serviços CONSIDERAÇÕES FINAIS ANEXO Tipologia das ocupações Agregação das categorias ocupacionais BIBLIOGRAFIA
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O conhecimento da geração e da distribuição da receita pública contribui para a transparência das contas públicas, para o planejamento dos orçamentos públicos e para o fornecimento de informações de melhor qualidade aos diversos usuários da contabilidade pública. A concepção e a importância da aplicação da receita pública dimensionam a capacidade governamental em fixar sua despesa e, no momento de sua arrecadação, torna-se instrumento condicionante de execução orçamentária da despesa. O Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) é uma das principais fontes de recursos, para compor o planejamento orçamentário dos estados e municípios, provenientes da produção e movimentação das riquezas econômicas. O presente estudo objetiva investigar a relação entre a arrecadação de ICMS oriunda do movimento econômico dos municípios da Região Metropolitana de Curitiba (RMC) e as transferências governamentais da cota-parte do ICMS repassada pelo governo estadual aos municípios. Os resultados indicam que, apesar dos dilemas a respeito da distribuição do imposto, comprova-se a importância que o tributo tem na política fiscal e nos orçamentos públicos, especialmente naqueles municípios de menor porte, em que sua existência depende em boa parte dessa fonte de recurso.
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The main purpose of this note is to estimate the tax burden of 12 commodities in Brazil. We collect data of tax rate changes on value added tax (VAT) and tax inclusive prices. Based on this data, econometric methodology is applied based on Carbonnier (2007) to the Brazilian market. Unbalanced panel data includes information about 7 commodities from basic basket food in 16 cities and about 5 other commodities in 11 cities from July 1994 to June 2008. Estimated results suggest that tax burden on consumer relies on between 7% and 75% to these commodities and the firms hold a share of the tax burden on VAT. These findings suggest that sales tax rate changes affect commodities prices in different magnitudes (in this case they are under-shifted).
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A água doce, um bem vital para vida dos seres vivos e um dos principais recursos para o desenvolvimento das nações, encontra-se escasso ou em estado de grande degradação em muitas regiões do mundo, inclusive no Brasil. O principal desafio é a gestão sustentável do suprimento e da demanda de água para que as atuais gerações supram as suas necessidades sem comprometer a possibilidade de que as futuras gerações também o façam. A gestão do suprimento implica implementar políticas de identificação e desenvolvimento de novas fontes de água e da demanda e a introdução de instrumentos que promovam a sua conservação e uso eficiente. No Brasil, a regulamentação desse assunto iniciou-se na década de 1930, fundamentando-se num modelo centralizado e sob forte influência do setor elétrico. Com a Constituição Federal de 1988, começou a ser criado um novo sistema de gestão, integrado, democrático e descentralizado, tendo a bacia hidrográfica como unidade de referência e gerenciamento. Este sistema combina a aplicação de diferentes mecanismos de regulação, contemplando instrumentos de comando e controle, econômicos e de educação ambiental. O planejamento é compartilhado entre o poder público, organizações da sociedade civil e usuários, integrando decisões sobre desenvolvimento, uso de água, saneamento e meio ambiente, envolvendo uma diversidade de agentes com objetivos contraditórios, fazendo com que os interesses de uns funcionem como reguladores dos interesses de outros. Neste trabalho analisa-se a implementação desse sistema no Brasil e no Estado de São Paulo, com vistas a discutir as suas características fundamentais, delinear as diferenças entre os dois modelos, destacar os principais problemas existentes e como esses problemas estão sendo tratados.
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Because of the central role of platelets in cardiovascular atherothrombosis, there is a well-established therapeutic role for antiplatelet therapy that includes aspirin (a cyclooxygenase 1 [COX1] inhibitor), clopidogrel (an antagonist of the ADP P2Y(12) receptor), and the GPIIb-GPIIIa (αIIbβ3) antagonists. However, there remains a significant incidence of arterial thrombosis in patients treated with currently available antiplatelet therapy. Novel P2Y(12) antagonists such as the recently US Food and Drug Administration (FDA)-approved prasugrel, along with ticagrelor, cangrelor, and elinogrel, have advantages over clopidogrel, including more rapid, less variable, and more complete inhibition of platelet function. Currently ongoing phase 3 studies will determine whether these new P2Y(12) antagonists will result in better and/or more rapid antithrombotic effects than clopidogrel, without an unacceptable increase in hemorrhagic or other side effects, as has been recently reported in some clinical settings for prasugrel and ticagrelor. Antagonists of the thrombin receptor protease-activated receptor 1 (PAR1) are also undergoing phase 3 trials, and many other novel antiplatelet agents are under investigation as antithrombotic agents.
Tributação ao álcool combustível no Brasil
  • Rafael Amaral
  • Gãneme
AMARAL, Rafael Gãneme. Tributação ao álcool combustível no Brasil. Rio de Janeiro: PUC, 2004. P. 05 -42. Dissertação de Graduação, Pontifica Universidade Católica do Rio de Janeiro, Departamento de Economia.
Economia de Empresas e Estratégias de Negócios
  • Michael R Baye
BAYE, Michael. R. Economia de Empresas e Estratégias de Negócios. Porto Alegre: Mc Graw Hill, 2010. P. 74 -109.
Uma análise sobre efeito final do ICMS e o
  • Mauricio E Benegas
  • Lúcio Alves
  • Flavio
BENEGAS, Mauricio e ALVES, Lúcio Flavio. Uma análise sobre efeito final do ICMS e o IRPF na distribuição de renda do Estado do Ceará. Planejamento de Políticas Públicas. Ipea, Ceará, v. 43, p. 61 -89, jul/dez.2014.