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Moreno M et al. Rev Cienc Saude. 2020;10(4):109-116
ARTIGO ORIGINAL
Análise de prevalência e mortalidade associada ao melanoma cutâneo em
pacientes atendidos em centro de referência no Oeste do estado de Santa
Catarina, Brasil, de 2002 a 2016
Analysis of prevalence and mortality associated with cutaneous melanoma in patients
treated at a referral center in the west of the state of Santa Catarina, Brazil, from 2002
to 2016
Marcelo Moreno1,* , Juliana Cristina Schmidt2 , Luiza Grosbelli2 , Maykel Dassi2 , Rafael
Victor Mierzwa2
1Curso de Medicina da Universidade Federal da Fronteira Sul. Chapecó, Santa Catarina, Brasil
2Curso de Medicina da Universidade Comunitária da Região de Chapecó. Chapecó, Santa Catarina, Brasil
Submetido em 9 de julho de 2020, aceito em 17 de outubro de 2020, publicado em 15 de dezembro de 2020
RESUMO
Objetivo: determinar a epidemiologia e as características clínicas do melanoma cutâneo (MC) na
região Oeste do estado de Santa Catarina, Brasil.
Métodos: este estudo transversal e descritivo avaliou o comportamento clínico e o perfil
epidemiológico do MC em pacientes de 78 municípios do Oeste do estado de Santa Catarina, Brasil,
no período de 2002 a 2016, tratados no Sistema Único de Saúde. Para a análise dos dados foi
utilizado o teste do Qui-quadrado. Para elaborar as curvas de sobrevida, foi considerado um
período de 10 anos (teste Log Rank).
Resultados: dados de 1.146 pacientes foram avaliados, e houve uma média de 20 casos/100.000
habitantes/ano. Encontravam-se nos estágios I e II 63,5% dos pacientes. A sobrevida global em 10
anos de acompanhamento foi de 89% (IC95% 87,7% - 91,5%). Pacientes do sexo feminino
apresentaram maior sobrevida (94,5%; IC95% 92,7% - 96,4% vs. 82,6%; IC95% 78,9% - 86,3%; p <
0,001) e variáveis de melhor prognóstico.
Conclusões: o Oeste do estado de Santa Catarina apresentou uma alta prevalência de MC. As
características clínicas e epidemiológicas encontradas concordam com as descritas nas populações
que residem em regiões geográficas equivalentes; mas diferem de outras regiões do Brasil. Essas
diferenças, associadas à organização do sistema público de saúde de referência e contra-
referência, podem explicar aos resultados de sobrevida encontrados.
*Autor de correspondência:
Universidade Federal da Fronteira Sul. Sala 210 | Bloco dos Professores
Rodovia SC 484, Km 02, Fronteira Sul. Chapecó, SC, Brasil | CEP: 89815-899
Tel: (49) 9 99870042
E-mail: marcelo.moreno@uffs.edu.br (Moreno M)
Este estudo foi realizado na Universidade Comunitária da Região de Chapecó
https://doi.org/10.21876/rcshci.v10i4.1018
Como citar este artigo: Moreno M, Schmidt JC, Grosbelli L, Dassi M, Mierzwa RV. Análise de prevalência e mortalidade associada ao
melanoma cutâneo em pacientes atendidos em centro de referência no Oeste do estado de Santa Catarina, Brasil, de 2002 a 2016. Rev
Cienc Saude. 2020;10(4):109-116. https://doi.org/10.21876/rcshci.v10i4.1018
2236-3785/© 2020 Revista Ciências em Saúde. Este é um artigo de acesso aberto distribuído sob uma licença CC BY-NC-SA
(https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/deed.pt_BR)
PALAVRAS-CHAVE
Brasil
Epidemiologia
Melanoma
Mortalidade
Prevalência
Sistema Único de
Saúde
Moreno M et al. Rev Cienc Saude. 2020;10(4):109-116 110
ABSTRACT
Objective: To determine the epidemiology and clinical characteristics of cutaneous melanoma
(CM) in the western region of the state of Santa Catarina, Brazil.
Methods: This cross-sectional and descriptive study evaluated the clinical behavior and
epidemiological profile of CM in patients from 78 municipalities in the west of the state of Santa
Catarina, Brazil, from 2002 to 2016, treated in the Unified Health System. The chi-square test
was used for group analysis. For survival curve analysis, a period of 10 years was considered (Log
Rank test).
Results: Data from 1,146 patients were evaluated, and there was an average of 20 cases/100,000
inhabitants/year. Most patients (63.5%) were in stages I and II. The overall survival at 10 years of
follow-up was 89% (95%CI 87.7% - 91.5%). Female patients had higher survival rates (94.5%; 95%CI
92.7% - 96.4% vs. 82.6%; 95%CI 78.9% - 86.3%; p < 0.001) and variables with a better prognosis.
Conclusions: the west of the state of Santa Catarina had a high prevalence of CM. The clinical
and epidemiological characteristics agree with those described in populations residing in
equivalent geographical regions, but they differ from other Brazil regions. These differences,
associated with the reference and counter-reference organization of the public health system,
may explain the survival results.
INTRODUÇÃO
Entre as neoplasias de pele, o melanoma cutâneo
(MC) é a menos comum, representando em torno de 5%
dos casos. Entretanto, é responsável pela maior
mortalidade, devido a capacidade de metastatização1.
Apesar disso, quando detectado nos estágios iniciais,
apresenta uma taxa alta de cura2,3.
O MC ocorre predominantemente em caucasianos e
sua incidência é particularmente alta na Oceania, norte
da Europa, América do Norte, e baixa entre as
populações naturais da África, Ásia, América Latina e Sul
da Europa3,4. Na Austrália, uma análise global
demonstrou uma incidência de MC variando entre 40 a
62 casos/100.000 habitantes. Particularmente, a região
de Queensland é considerada a detentora da maior taxa
de incidência de MC no mundo, com 71 casos por 100.000
habitantes5. Na Nova Zelândia, são descritas incidências
próximas a 40 casos por 100.000 habitantes, sendo
reconhecida também como uma das maiores do mundo6.
Uma explicação seria que o MC é fortemente relacionado
com a latitude da região, sendo mais incidente em áreas
do globo com maior exposição à radiação solar (radiação
ultravioleta, RUV) durante o período do verão4-6.
Estudos relacionados com a incidência de MC no
Brasil ainda são escassos, pois a notificação compulsória
de casos de câncer não é uma realidade nacional,
ocorrendo em apenas 30% do país, o que resulta na maior
frequência de estudos de prevalência7-9. Segundo as
estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), a
taxa estimada de incidência anual de MC no Brasil para
2020 é de 4.200 casos novos em homens e 4.250 casos
novos em mulheres. As maiores taxas estimadas são para
a região Sul, sendo que o estado de Santa Catarina
apresentaria o maior número de casos: 14,8 casos
novos/100.000 habitantes no sexo feminino e 12,2 casos
novos/100.000 habitantes para o sexo masculino8.
O presente estudo, portanto, objetivou analisar
dados epidemiológicos, de prevalência e sobrevida, e
características clínicas de pacientes com MC
diagnosticados e tratados na região Oeste de Santa
Catarina.
MÉTODOS
Foi realizado um estudo observacional, descritivo e
com delineamento transversal dos dados de pacientes
com diagnóstico de MC atendidos na unidade de
assistência de alta complexidade em oncologia do
Hospital Regional de Chapecó, Santa Catarina. Essa
unidade de atendimento terciário faz parte do sistema
de referência e contra-referência do Sistema Único de
Saúde (SUS) e recebe para tratamento os pacientes com
diagnóstico de neoplasias malignas residentes em 78
municípios catarinenses que compõem a Região Oeste
deste estado. Foram incluídos os pacientes atendidos
durante o período de janeiro de 2002 até dezembro de
2016, sendo coletados dados clínico-epidemiológicos e
informações específicas sobre as lesões. Os dados
referentes aos anos de 2002 a 2009, publicados em
estudo prévio9 foram atualizados e somados às
informações dos pacientes atendidos no período de 2010
a 2016. Informações incompletas foram revisadas e
acessadas através de contato telefônico ou visita
domiciliar de pacientes, familiares ou médicos
assistentes. Foi considerado, para cada variável
estudada, o número de pacientes em que a informação
estava presente nos registros do prontuário. Foram
excluídos da pesquisa pacientes diagnosticados com
melanoma ocular, melanoma de mucosa e melanoma
visceral. Para o cálculo da prevalência da doença em
cada município foi utilizada a população documentada
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
no ano de 2009 (ano médio entre 2002 e 2016).
A análise estatística foi realizada utilizando o
programa SPSS (IBM SPSS Statistics for Windows, Version
21.0. Armonk, NY: IBM Corp.). Os dados foram
apresentados como média e desvio-padrão (dp) ou
frequências absoluta e relativa. Para a análise dos dados
foi utilizado o teste Qui-quadrado e para comparar as
curvas de sobrevida (Kaplan-Meier), foi utilizado o teste
Log Rank (Mantel-Cox), considerando um período de
seguimento clínico de 10 anos. A análise dos dados foi
realizada levando-se em conta um intervalo de confiança
de 95% e significância estatística se p < 0,05.
KEYWORDS
Brazil
Epidemiology
Melanoma
Mortality
Prevalence
Unified Health System
O estudo foi avaliado e aprovado pelo Comitê de
Ética em Pesquisa da Unochapecó, sob o parecer
3.590.094.
RESULTADOS
Foram incluídos 1.146 pacientes com diagnóstico de
MC, atendidos durante o período proposto. O número de
casos novos de MC por ano na região Oeste de Santa
Catarina variou de 50 em 2002 a 104 em 2013, resultando
em uma prevalência de 7,4 e 14,0 por 100.000
habitantes, respectivamente. Todos os pacientes eram
naturais das cidades da região Oeste do estado. A
maioria era procedente de Chapecó (34,1%) seguida por
São Miguel do Oeste (4,4%). A cidade com a maior
prevalência de MC durante esse período foi São João do
Oeste, com uma média anual de 27,7 casos por 100.000
habitantes/ano, seguido de Cunha Porã com 21,0 casos
por 100.000 habitantes/ano. O município que
apresentou maior média de casos/ano foi Chapecó
(Tabela 1). A quase totalidade dos pacientes era da cor
branca (98%), predominando os fototipos I e II. A idade
dos pacientes variou de 14 a 95 anos, sendo que a média
foi de 52 anos para ambos os sexos (dp = 14,6 anos no
sexo masculino e dp = 15,2 anos no sexo feminino). Maior
prevalência de MC foi encontrada entre indivíduos com
idade igual ou inferior a 65 anos (78,4%), sendo que a
maioria dos casos ocorreu na faixa etária entre 20 e 29
anos (24,3%). Não houve diferenças entre as
características clínicas de ambos sexos, exceto as
variáveis: “história pessoal de outras neoplasias
malignas em sítio diferente da pele”, e “história familiar
de câncer de pele não melanoma”; onde pacientes do
sexo feminino apresentaram maior prevalência. As
características clínicas analisadas encontram-se
sumarizadas na Tabela 2.
Foi observada uma taxa global de sobrevida em 10
anos de 89% (IC95% 87,7% - 91,5%) (Figura 1). Quando
realizada a comparação entre os sexos dos pacientes, as
mulheres tiveram sobrevida maior que os homens
(94,5%; IC95% 92,7% - 96,4% vs. 82,6%; IC95% 78,9% -
86,3%, respectivamente; p < 0,001) (Figura 2).
Das lesões cutâneas, em que as informações sobre
as características histológicas estavam disponíveis (n =
1.100), 15,5% eram MC in situ, 78,5% MC invasivos e 3%
melanomas metastáticos para pele. Das lesões invasivas,
houve um predomínio daquelas com menos de 1 mm de
profundidade de invasão (espessura). Comparando as
variáveis que caracterizam a lesão primária do MC com
o sexo dos pacientes, foi possível verificar que as
relacionadas com melhor prognóstico foram mais
frequentes no sexo feminino: localização da lesão
primária em membros, melanoma tipo extensivo
superficial, menor espessura da lesão primária (índice de
Breslow e nível de Clark), ausência de ulceração e
ausência de figuras de mitose na lesão primária, fase de
crescimento radial, ausência de metástases no linfonodo
sentinela e estágios precoces da doença no momento do
diagnóstico (p < 0,01). Outras características como
presença de regressão e invasão vascular apresentaram
frequência semelhante entre homens e mulheres
(Tabela 3).
Tabela 1 – Cidades com a maior prevalência de melanoma cutâneo por 100.000 habitantes da região Oeste
de Santa Catarina - 2002 a 2016.
Cidade
No de
habitantes
#
Casos de
melanoma (n)
Média
(casos/ano)
Média anual
casos/100.000 hab.)
São João do Oeste 6.268 26 1,7 27,7
Cunha Porã 11.078 35 2,3 21
Chapecó* 220.367 349 23,2 20,3
Iporã do Oeste 8.404 24 1,6 19
Nova Itaberaba 4.219 12 0,8 19
Mondaí 9.516 29 1,9 13,4
#Cálculo realizado com base nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2009, ano médio do período estudado).
*Cidade mais populosa da região Oeste de Santa Catarina.
DISCUSSÃO
O presente estudo realizou uma análise de dados de
prevalência e sobrevida global, além das principais
características clínicas de pacientes com MC
diagnosticados e tratados na região Oeste do estado de
Santa Catarina. A cidade de Chapecó possui um serviço
público de referência para tratamento de pacientes com
câncer na região Oeste de Santa Catarina (unidade de
assistência de alta complexidade em oncologia), que faz
parte do fluxo de referência e contra-referência do SUS.
Com isso, praticamente todos pacientes da região com
diagnóstico de MC são referidos para esse serviço que
compõe o nível terciário do SUS. Apesar dos dados
coletados serem provenientes de um serviço público de
saúde, e não de um registro populacional, permitiu
fornecer informações importantes que auxiliam na
caracterização do MC nessa região do país. Em um estudo
preliminar com dados de 2002 a 2009, a média de casos
foi de 9/100.000 habitantes a cada ano9. Já no período
subsequente (2010 a 2016), a média foi de 20/100.000
habitantes por ano; sendo a maior prevalência
encontrada no município de São João do Oeste
(27/100.000 habitantes). Essas taxas superam as
Moreno M et al. Rev Cienc Saude. 2020;10(4):109-116 111
Tabela 2 – Características clínicas dos pacientes com melanoma cutâneo atendidos na região Oeste de
Santa Catarina - 2002 a 2016.
Características clínicas (n)* Sexo masculino
n (% válido)
Sexo feminino
n (% válido) p-valor**
Sexo (1.146)
472 (41,2)
674 (58,8)
-
Idade (n = 1.146)
< 65 anos
374 (32,6)
524 (45,7)
0,546
>65 anos
98 (8,6)
150 (13,1)
Fototipo (1.010)
I/II
369 (36,5)
552 (54,7)
0,395
>III
30 (3)
41 (4,1)
S/I
10 (1)
8 (0,8)
Cor dos olhos (1.008)
azul/verde
227 (22,5)
343 (34)
0,298
castanho/preto
155 (15,4)
234 (23,2)
S/I
25 (2,5)
24 (2,4)
Cor dos cabelos (1.008)
loiro/ruivo
194 (19,2)
321 (31,8)
0,101
castanho/preto
188 (18,7)
256 (25,4)
S/I
25 (2,5)
24 (2,4)
Presença de efélides da infância (1.005)
Sim
113 (11,2)
206 (31,7)
0,055
Não
266 (26,6)
345 (35,2)
S/I
28 (2,8)
38 (3,8)
Síndrome do nevo atípico (1.005)
Sim
48 (4,8)
80 (8)
0,524
Não
332 (33)
489 (48,7)
S/I
26 (2,6)
30 (3)
História de exposição solar crônica† (1.002)
Sim
304 (30,3)
417 (41,6)
0,045
Não
101 (10)
180 (17,9)
S/I
4 (0,4)
1 (0,1)
História pessoal de MC (1.019)
Sim
26 (2,6)
52 (5,1)
0,054
Não
364 (35,7)
534 (52,4)
S/I
24 (2,4)
19 (1,9)
História pessoal de câncer de pele não
melanoma (982)
Sim
36 (3,7)
44 (4,5)
0,216
Não
354 (35,1)
512 (52,1)
S/I
24 (2,4)
21 (2,1)
História pessoal de outra neoplasia maligna
(973)
Sim
11 (1,1)
30 (3,1)
0,034
Não
363 (37,3)
523 (53,8)
S/I
25 (2,6)
21 (2,2)
História familiar de MC (1.008)
Sim
56 (5,6)
91 (9)
0,135
Não
328 (32,5)
489 (48,5)
S/I
24 (2,4)
20 (2)
História familiar de câncer de pele não
melanoma (970)
Sim
43 (4,4)
99 (14,5)
<0,0001
Não
329 (33,9)
453 (46,7)
S/I
25 (2,6)
21 (2,2)
* válidos; ** Teste Qui-quadrado; † Ocupação profissional com exposição a luz solar por mais de 20 anos; S/I, sem informação;
MC, melanoma cutâneo.
Moreno M et al. Rev Cienc Saude. 2020;10(4):109-116 112
Tabela 3 – Características clínicas e anatomopatológicas dos melanomas cutâneos dos pacientes atendidos
na região Oeste de Santa Catarina - 2002 a 2016.
Características clínicas (n)*
Sexo masculino
n (%)
Sexo feminino
n (%) p-valor**
Local da lesão primária (1.146)
Cabeça/pescoço
85 (7,4)
119 (10,4)
< 0,001
Tronco
245 (21,4)
230 (20,1)
Membros
110 (9,6)
296 (25,8)
S/I
32 (2,8)
29 (2,5)
Tipo histológico (1.137)
MES
276 (24,3)
480 (42,2)
< 0,001
MN
101 (8,9)
86 (7,6)
MLM
17 (1,5)
14 (1,2)
MLA
19 (1,7)
37 (3,3)
outros
55 (4,8)
52 (4,6)
Espessura da lesão primária (mm) (1.066)
in situ
57 (5,3)
109 (10,2)
< 0,300
< 1 mm
162 (15,2)
329 (30,9)
1,01 - 2 mm
111 (10,4)
131 (12,3)
2,01 - 4 mm
64 (6,0)
45 (4,2)
> 4 mm
33 (3,1)
25 (2,3)
Nível de Clark (1.028)
I
57 (5,5)
102 (9,9)
< 0,001
II
44 (4,3)
102 (9,9)
III
114 (11,1)
198 (19,3)
IV
162 (15,8)
198 (19,3)
V
33 (3,2)
18 (1,8)
Presença de ulceração (1.025)
Sim
159 (15,5)
159 (15,5)
< 0,001
Não
246 (24)
461 (45)
Presença de regressão da lesão melanocítica
(362)
Sim
33 (9,1)
38 (10,5)
0,664
Não
127 (35,1)
164 (45,3)
Índice mitótico (mm2) (1.002)
sem mitoses
104 (10,4)
224 (22,4)
< 0,001
1 mit/mm2
90 (9)
143 (14,3)
> 1mit/mm2
200 (20)
241 (24,1)
Fase de crescimento (1.046)
Radial
339 (32,4)
468 (44,7)
0,006
Vertical
77 (7,4)
162 (15,5)
Invasão vascular (1.003)
Sim
38 (3,8)
43 (4,3)
0,176
Não
361 (36)
561 (55,9)
Anatomopatológico do LNS (498)
Negativo
163 (32,7)
242 (48,6)
0,010
Positivo
51 (10,2)
42 (8,4)
Estágio da doença (1.107)
0
58 (5,2)
102 (9,2)
< 0,0001
I
161 (14,5)
329 (29,7)
II
96 (8,7)
117 (10,6)
III
82 (7,4)
62 (5,6)
IV
54 (4,9)
46 (4,2)
* válidos; ** Teste Qui-quadrado; S/I - sem informação; MES, melanoma extensivo superficial; MN, melanoma nodular; MLM,
melanoma lentigo maligno; MLA, melanoma lentiginoso acral; LNS, linfonodo sentinela.
Moreno M et al. Rev Cienc Saude. 2020;10(4):109-116 113
Figura 1 – Curva de sobrevida (Kaplan-Meier) de pacientes
com melanoma cutâneo diagnosticados e tratados na região
Oeste de Santa Catarina (2002 a 2012).
Figura 2 – Curva de sobrevida (Kaplan-Meier) comparando
pacientes do sexo feminino e masculino com diagnóstico de
melanoma cutâneo na região Oeste de Santa Catarina (2002
a 2012).
estimadas pelo INCA8 e seguem a tendência de aumento
anual observada em estimativas de outros países1,5,6,10,11.
Apesar de serem bem estabelecidos os fatores de risco
para o desenvolvimento do MC, não há uma definição do
motivo pelo qual os casos vêm aumentando nos últimos
anos, o que não ocorre com os outros tipos de neoplasias
malignas, que, pelo contrário, apresentam declínio no
número de casos novos3,12,13. Nas regiões com aumento
anual dos casos de MC, observa-se um predomínio de
pessoas com fototipos baixos (I e II) e que residem em
baixas latitudes. Esta associação da localização
geográfica com o tipo de pele e o desenvolvimento de
MC já é relatada desde da década de 50, e poderia
explicar os altos índices de MC na Oceania e em alguns
locais do continente Europeu14-16. O estado de Santa
Catarina se encontra geograficamente na mesma faixa
de latitude que regiões da Oceania (Queensland – 26º a
29º S), possuindo assim, exposição à RUV semelhante à
Austrália e Nova Zelândia17. Esse fator, associado a uma
população com descendência de imigrantes europeus18,
poderiam explicar as taxas de prevalência maiores que a
média nacional em localidades do estado de Santa
Catarina e Rio Grande do Sul9,19,20.
A caracterização fenotípica para as variáveis
fototipo cutâneo, cor dos olhos, dos cabelos e a presença
de efélides na infância, apresentou frequência
semelhante em ambos os sexos. O predomínio do MC
quanto ao sexo não é concorde na literatura. Maior
prevalência do MC em pacientes do sexo feminino ocorre
em países como a Alemanha e Itália8,21,22, mas difere dos
Estados Unidos10 e países da Oceania5,6 onde há o
predomínio em pacientes do sexo masculino. Esses, por
sua vez, seguem o mesmo padrão da Inglaterra23, país
que originalmente contribuiu com a imigração dessas
localidades. Também, considerando todo o território
brasileiro, é observada maior frequência da doença em
pacientes do sexo masculino24. Essa particularidade, de
existir mais casos de MC em mulheres na região Oeste de
Santa Catarina, pode ter relação com a colonização
populacional que ocorreu principalmente por imigrantes
da região da serra gaúcha, na grande maioria composta
por descendentes de imigrantes alemães e italianos18.
Os fatores de risco para desenvolvimento de MC na
região Oeste de Santa Catarina já foram previamente
reportados e concordam com a literatura25. Os demais
fatores de risco (idade maior que 65 anos, fototipo
cutâneo, síndrome do nevo displásico, exposição crônica
a luz solar, história de queimadura da pele pela luz do
sol na infância e adolescência, entre outros, tiveram
distribuição semelhante entre os sexos. Considerando a
idade, tanto em homens quanto em mulheres a doença
foi mais frequente em pacientes com menos de 65 anos,
sendo que foi mais diagnosticada na faixa etária entre
20 e 29 anos, o que contrapõe a maioria dos trabalhos,
onde o MC é mais frequente em pacientes
idosos1,2,10,13,21.
Recentemente foi descrita a correlação entre o
sexo e a idade do paciente com a taxa de exposição à
luz ultravioleta. Mulheres mais jovens teriam risco maior
independente para desenvolver a doença, enquanto
mulheres idosas teriam menos MC por se protegerem
mais da exposição solar do que os homens16. Uma
variável frequentemente correlacionada com o sexo do
paciente é o local da lesão primária. Os homens
desenvolvem MC mais frequentemente em tronco,
enquanto as mulheres apresentam lesões
predominantemente em membros20,21,24. Essa
característica clínica pode contribuir para o fato de
pacientes do sexo feminino possuírem melhor sobrevida,
uma vez que os MC localizados em membros evoluem
com menos mortes do que em outros sítios
anatômicos14,26. Os achados do presente estudo
concordam com essa afirmação.
Apesar do aumento da incidência de MC nos últimos
anos, é observado uma melhora nos índices de
sobrevida. A maioria dos trabalhos reportam maior
frequência de lesões primárias em estágios iniciais, e
com isso, taxas de sobrevida global em torno de 90% (em
períodos de seguimento de 5 e 10 anos)5,6,11,21, o que foi
observado no presente estudo. Lesões com espessura
menor que 1 mm aumentaram a cada ano, resultando em
um maior número de casos em estágios I e II. No entanto,
em outras regiões do Brasil ainda há o predomínio de
diagnósticos de MC com estágios mais avançados24,26.
Moreno M et al. Rev Cienc Saude. 2020;10(4):109-116 114
Assim como em outros trabalhos, que
correlacionaram MC tipo extensivo superficial com
populações de fototipos baixos2,4,11,12,24, no Oeste de
Santa Catarina os MC classificados como extensivos
superficiais foram os mais frequentes em ambos os
sexos, seguidos pelo melanoma nodular, melanoma tipo
lentigo maligno e melanoma acral. Essa distribuição não
é a mesma em outras regiões do Brasil, onde há
predomínio dos MC nodular e acral24,27.
A presença de ulceração na lesão primária de MC,
bem como presença de figuras de mitose, fase de
crescimento vertical e metástase em linfonodo sentinela
constituem fatores clínicos e histológicos associados à
pior sobrevida24,26. Comparando a população feminina e
masculina deste estudo foi possível observar que as
mulheres apresentaram menos fatores de pior
prognóstico para o MC em relação aos homens, o que
pode ter contribuído para a maior taxa de sobrevida
neste sexo. A ocorrência de fatores prognósticos
associados a uma melhor sobrevida com o sexo feminino
é encontrada em outras áreas geográficas do Sul do
Brasil, mas difere das demais regiões brasileiras24,26,27.
Além disso, o fato de as mulheres apresentarem a
doença em estágios mais precoces do que os homens
pode ser relacionado ao fato de que, culturalmente,
pacientes do sexo feminino buscam auxílio médico mais
frequentemente, o que pode facilitar a identificação de
lesões cutâneas inicias, mesmo que o motivo da consulta
não seja dermatológico27. Todas essas considerações
possivelmente justificam as diferenças de sobrevida
encontradas entre os pacientes femininos e masculinos
deste estudo.
Além do que foi exposto, cabe ressaltar que o
estado de Santa Catarina possui uma iniciativa que pode
contribuir para a maior frequência de diagnósticos
precoces de MC. No ano de 2005, a Secretaria Estadual
de Saúde implantou o programa de Telemedicina para
auxiliar no diagnóstico e conduta de doenças em
paciente atendidos nas diversas cidades que compõem o
interior do estado28. Esse sistema, inserido dentro da
dinâmica de referência e contra-referência do SUS,
utiliza Telemedicina para a realização de exame
dermatoscópico em pacientes de todas as regiões. Com
isso, a lesão cutânea suspeita é examinada por médicos
de família ou por enfermeiros, sendo realizada a captura
fotográfica da lesão de forma macro e dermatoscópica.
Após, os arquivos são enviados a dermatologistas que
trabalham no serviço de referência por Telemedicina na
capital do estado e, então, um diagnóstico descritivo é
emitido sugerindo a realização ou não de biópsia. Desde
que esse sistema foi implantado, houve um aumento
considerável do número de diagnósticos precoces de
neoplasias cutâneas28.
Estudos epidemiológicos que analisam banco de
dados de serviços médicos possuem a limitação de não
representar a totalidade da população de uma
determinada área geográfica. No Brasil, não há
obrigatoriedade de notificação de neoplasias malignas
diagnosticadas em pacientes tratados nos serviços de
saúde, sejam públicos ou privados. Com isso, é
inviabilizada a realização de estudos epidemiológicos
populacionais. Além disso, outra limitação do presente
estudo foi a falta de dados completos na maioria das
variáveis analisadas, o que pode ter influenciado em
alguns resultados, principalmente quando o valor de p
obtido foi próximo ao limite da significância estatística
definida.
CONCLUSÃO
O Oeste do estado de Santa Catarina apresenta alta
prevalência de MC, o mesmo ocorrendo com outras
regiões do Sul do país, mas diferindo do restante do
Brasil. Essa realidade mostrou-se relacionada com a
associação da localização geográfica e as características
fenotípicas da população. Além disso, as características
dos MC diagnosticados, relacionadas a um melhor
prognóstico da doença, são semelhantes às encontradas
nos locais de onde se originaram as populações que
colonizaram essa região. Somando-se a isso, a
organização dos serviços de saúde do estado de Santa
Catarina também pode justificar os diagnósticos
precoces e, consequentemente, a melhor taxa de
sobrevida encontrada neste estudo.
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Conflitos de interesse: Os autores informam não haver conflitos de interesse relacionados a este artigo.
Contribuição individual dos autores:
Concepção e desenho do estudo: MM, JCS
Análise e interpretação dos dados: MM, JCS, RVM
Coleta de dados: MM, JCS, LG, MD, RVM
Redação do manuscrito: MM, JCS, LG, MD, RVM
Revisão crítica do texto: MM, JCS
Aprovação final do manuscrito*: MM, JCS, LG, MD, RVM
Análise estatística: MM, EVM
Responsabilidade geral pelo estudo: MM, JCS
*Todos os autores leram e aprovaram a versão final do manuscrito submetido para publicação da Rev Cienc Saude.
Informações sobre financiamento: não se aplica.
Moreno M et al. Rev Cienc Saude. 2020;10(4):109-116 116