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PsicoTecnologia

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Mas a tecnologia não se usa só para contatar, compartilhar ou comentar, também se pode empregar para aproximar a terapia ao domicilio de cada um, sem necessidade de deslocar-se, é o que se denomina psicoterapia on-line ou virtual. Esta é uma opção que cada vez está tendo mais seguidores, sobretudo no público mais jovem, devido a que lhes permite compatibilizar seu dia a dia com receber terapia psicológica, sem necessidade de sair de casa. Apesar da reticência de alguns profissionais da saúde e das limitações quanto à observação do comportamento não verbal do paciente por parte do especialista, não há dúvidas sobre as vantagens. Segundo minha experiência acumulada nesses últimos anos, o paciente se sente muito menos coibido na hora de falar e dividir, é verdade que o comportamento não verbal pode ser reduzido, mas a incorporação da webcam com as videochamadas supre, em parte, essa dificuldade, sendo os resultados os mesmos que os que se podem atingir em uma consulta cara a cara. Mas se até agora vimos como os meios tecnológicos têm diferente incidência entre seus usuários, ainda resta um campo por comentar, e é quando se usa essa tecnologia para o desenho e implementação de software específico para o tratamento de alguma psicopatologia, que acompanhe e ajude no treinamento de determinadas habilidades e capacidades. Existem múltiplas aplicações tecnológicas desenhadas para o campo da psicologia, desde aquelas que tratam de aproximar a terapia à casa, através da psicoterapia on-line, até o software criado para ajudar no tratamento dos pacientes ou no treinamento de algumas habilidades cognitivas como a memória. Uma das maiores incidências cognitivas sobre a vida é quando se vê afetada a memória de trabalho, pois isto provoca grandes problemas na hora
Como citar este trabalho
De la serna, J.M. (2017). PsicoTecnologia. No J.M. De la serna, CiberPsicologia. Hackensack:
Babelcube Inc., 58-68.
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CAPÍTULO 6.
PSICOTECNOLOGIA
Juan Moisés de la Serna
Mas a tecnologia não se usa só para contatar, compartilhar ou comentar,
também se pode empregar para aproximar a terapia ao domicilio de cada um,
sem necessidade de deslocar-se, é o que se denomina psicoterapia on-line ou
virtual.
Esta é uma opção que cada vez está tendo mais seguidores, sobretudo no
público mais jovem, devido a que lhes permite compatibilizar seu dia a dia com
receber terapia psicológica, sem necessidade de sair de casa.
Apesar da reticência de alguns profissionais da saúde e das limitações
quanto à observação do comportamento não verbal do paciente por parte do
especialista, não há dúvidas sobre as vantagens.
Segundo minha experiência acumulada nesses últimos anos, o paciente
se sente muito menos coibido na hora de falar e dividir, é verdade que o
comportamento não verbal pode ser reduzido, mas a incorporação da webcam
com as videochamadas supre, em parte, essa dificuldade, sendo os resultados
os mesmos que os que se podem atingir em uma consulta cara a cara.
Mas se até agora vimos como os meios tecnológicos têm diferente
incidência entre seus usuários, ainda resta um campo por comentar, e é
quando se usa essa tecnologia para o desenho e implementação de software
específico para o tratamento de alguma psicopatologia, que acompanhe e
ajude no treinamento de determinadas habilidades e capacidades.
Existem múltiplas aplicações tecnológicas desenhadas para o campo da
psicologia, desde aquelas que tratam de aproximar a terapia à casa, através
da psicoterapia on-line, até o software criado para ajudar no tratamento dos
pacientes ou no treinamento de algumas habilidades cognitivas como a
memória.
Uma das maiores incidências cognitivas sobre a vida é quando se
afetada a memória de trabalho, pois isto provoca grandes problemas na hora
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de desenvolver-se, prejudicando em sua autonomia. A memória de trabalho é
aquela que permite trabalhar no aqui e agora, recordando o que se tem que
fazer para atingir um objetivo ou tarefa.
Caso se lesione a memória de trabalho, a pessoa pode se encontrar
totalmente "perdida", pois inicia uma atividade, como a de ir comprar pão, e na
metade do caminho "um branco" sobre aonde ia e por quê. Igualmente,
quando se mantém um diálogo com outra pessoa, se requer esse tipo de
memória, para seguir "o fio" da conversa. Caso seja danificada esta
capacidade, logo a pessoa se "perderá" e não saberá de quê está falando, ou
terá que repetir os mesmos argumentos uma e outra vez, já que não se lembra
de tê-los dito antes.
A afetação da memória de trabalho se produz tanto pelo envelhecimento
normal da pessoa quanto por algumas psicopatologias, como é o caso do Mal
de Alzheimer, mas também se podem ver casos em jovens acometidos com
T.D.A.H. (Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade), onde alguns
autores defendem que melhorando a memória de trabalho, as crianças com
T.D.A.H. melhoram significativamente sua capacidade de concentração e de
atenção sustentada, podendo manter níveis similares ao resto de seus
companheiros.
Como vemos, é importante conhecer em que consiste a memória de
trabalho, mas, sobretudo, saber se ela pode ser treinada satisfatoriamente
quando se observou que começa a falhar.
Isso é precisamente o que tratou de se averiguar com um estudo realizado
conjuntamente pela Universidade do Oregon, a Universidade Tecnológica de
Luisiana, a Universidade da Califórnia e o Instituto Tecnológico Rose-Hulman
(EUA) cujos resultados foram publicados na revista científica Journal of
Behavioral and Brain Science.
No estudo participaram trinta jovens com idades entre 18 a 31 anos, aos
quais se designaram um dos três experimentos seguintes: Avaliação inicial;
Experimento de Treinamento; Avaliação da Transferência. Todos estes
experimentos se realizaram colocando o sujeito em frente à tela do computador
enquanto se pedia que ele realizasse uma tarefa que implicava a memória de
trabalho.
Na fase de treinamento unicamente participaram a metade dos sujeitos
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aos que se lhes treinou durante duas horas por dia durante doze semanas. No
final das mesmas todos os participantes, com e sem treinamento, passaram
pela avaliação da transferência para comprovar se havia diferenças entre eles.
Os resultados informam que não se produziram diferenças entre os dois
grupos no primeiro experimento, enquanto que na fase de avaliação da
transferência mostraram importantes melhoras no grupo que recebeu
treinamento específico sobre a memória de trabalho.
Além das medidas de conduta anteriormente comentadas, a pesquisa
mediu a atividade elétrica do cérebro mostrando como os participantes
treinados tinham uma maior atividade nas áreas pré-frontais do cérebro,
precisamente onde se observou que está envolvida a memória de trabalho.
Mesmo o estudo tendo sido realizado com poucos participantes, parece
apontar positivamente sobre os benefícios esperáveis ao melhorar
significativamente a memória de trabalho em apenas vinte e quatro horas de
treinamento.
Baseado no anterior, resta ainda por adaptar os materiais experimentais
empregados, para sua utilização nas diferentes populações às que se queira
aplicar, para poder assim garantir sua eficácia tanto em jovens quanto em mais
velhos. Pois se supõe um grande avanço, o saber que com um "pequeno"
treinamento se pode recuperar uma capacidade cognitiva tão importante e
fundamental no dia a dia como é a memória de trabalho.
Este seria um exemplo de como o desenho científico de software de
treinamento de determinadas habilidades cognitivas que oferece garantias
sobre os resultados esperáveis.
Desde alguns anos, está se generalizando a ideia errônea de que o
Alzheimer pode se prevenir apenas praticando uns vinte minutos por dia com
programas de Brain-training. Entre os defensores desta opinião estão, claro,
os designers e criadores destes programas de treinamento.
Não faltam, atualmente, Apps e softwares para tablets que se vendem
como a panaceia da saúde mental. Defendendo que, assim como alguém vai
à academia para se manter em forma com exercícios regulares e periódicos,
igualmente, exercitar-se durante quinze ou vinte minutos por dia com um de
seus programas, se mantêm a mente em forma.
De fato, baseiam esta teoria em alguns estudos que validam a eficácia de
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fazer algo frente a não fazer nada. Assim se desenvolveram uma infinidade de
programas informáticos para a memória, a atenção, a perfeição ou qualquer
outra capacidade cognitiva que se possa treinar. Em alguns casos se trata de
levar para o computador as sessões de treinamento neuropsicológicas
tradicionais. Os programas mais atuais se vendem adaptados ao nível de
desempenho de cada pessoa. Mas, os programas de treinamento mental são
úteis para a luta contra o Alzheimer?
Nos colégios profissionais de psicologia e nos centros de pesquisa dos
Estados Unidos, se questionou a eficácia e efetividade desses programas.
Indicando que a falta de rigor científico em seu desenho e o fato de não ter um
profissional que os supervisione, impedem comprovar a efetividade nos
pacientes. Além disso, avisam dos perigos de abandonar outras práticas
saudáveis, centrando-se exclusivamente nos supostos benefícios desses
programas, como aconteceria se alguém tenta fazer dieta através da ingestão
de comprimidos, sem fazer nada para controlar a quantidade e qualidade do
que come, ou sem fazer sequer um pouco de exercício diário.
Sabendo que no caso das doenças neurodegenerativas como o Alzheimer,
onde existe uma base biológica de deterioração a nível neuronal, não se
comprovou a eficácia desses programas, dando falsas esperanças tanto a
pacientes quanto a familiares sobre um produto que não está desenhado
inicialmente para combater o Mal de Alzheimer.
É por isso que há que conhecer até que ponto se trata de um "jogo mental",
que serve para entreter e manter algumas habilidades cognitivas, mas com
uma eficácia bastante limitada. Sair para passear, ler livros ou manter uma boa
conversa com algum familiar ou amigo tem uma maior incidência sobre o
cérebro que os jogos de treinamento mental.
Dessa forma que se colocar em seu local correto estes novos
desenvolvimentos, sabendo que quando se apresenta a doença devem de se
seguir exclusivamente as indicações do especialista e não tratar de buscar
"atalhos" ou de empregar ferramentas não suficientemente validadas.
A seguir, se apresenta a entrevista realizada com a Daniela Galindo
Bermúdez, Presidente da Falando com Julis: a solução para a comunicação e
a aprendizagem de pessoas com deficiência.
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- O que é Falando com Julis e qual é seu objetivo?
Falando com Julis é uma instituição sem fins lucrativos que cria a solução
comunicativa e de aprendizagem para pessoas com deficiência.
A base do desenvolvimento de qualquer pessoa está na comunicação, se
não se pode expressar as necessidades, sentimentos ou pensamentos não se
será entendido ante o mundo exterior, limitando-nos o acesso a espaços
educativos, trabalhistas e sociais.
Falando com Julis é essa solução para que qualquer pessoa possa
comunicar seus desejos a outra pessoa sem problemas de entendimento.
Tudo através de imagens, vozes, palavras e vídeos da Língua de Sinais.
Comunicar-se não é unicamente falar, é também ler e escrever; muitos de
nossos usuários têm dificuldades na fala, na leitura e/ou na escrita, mas graças
a Falando com Julis encontraram essa ferramenta que lhes reforça essas
necessidades partindo de suas habilidades.
- Como surgiu Falando com Julis e a quem é dirigida?
Falando com Julis nasce de um objetivo pessoal. Minha irmã Julis tem uma
deficiência para falar. Ela escuta perfeitamente, mas não fala. Desde muito
pequena aprendeu a comunicar-se através da Língua de Sinais, mas: O que
acontece se ela quiser dizer algo a sua avó? Ou, se ela quisesse comprar algo?
NINGUÉM A ENTENDERIA PORQUE NINGUÉM APRENDERIA LÍNGUA DE
SINAIS POR ELA.
Meu pai, um pouco inquieto ante esta dificuldade, decidiu fazer uma
ferramenta que a permitisse comunicar-se com qualquer pessoa e que também
qualquer pessoa pudesse comunicar-se com ela e esse é o resultado de
Falando com Julis.
Hoje em dia nossa solução está sendo utilizada por pessoas com
Síndrome de Down, Autismo, Paralisia Cerebral, Déficit Cognitivo, Surdos,
Surdo-Cegos e pessoas que, por doença ou acidente, perderam a capacidade
para falar.
- Precisa-se de alguma capacidade mínima para poder utilizar Falando
com Julis?
Falando com Julis não exige nenhuma capacidade mínima para ser
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utilizado. Dependendo de cada caso se adapta a solução para que a possa
usar. Por exemplo:
a. Pessoas que por dificuldades motoras não tenham possibilidade de
utilizar um computador. Cada pessoa é diferente de forma que temos que
analisar a melhor forma para que se aproxime do equipamento. Existem ajudas
externas tipo hardware que facilitam o uso do computador como Mouses
Gigantes, Licórnios, Botões, entre outros. Se isto não servisse, trabalhamos
com ajuda de mais alguém onde o usuário pessoal indica (não importa a forma)
a imagem que quer selecionar e a pessoa ajudante a escolhe por ele.
b. Pessoas com dificuldade para a sincronização do uso do mouse: hoje
em dia existem vários computadores “touch” que eliminam o uso do mouse. Se
não existir a possibilidade de obter um, existe a opção de ter uma ajuda externa
para que colabore na escolha do vocabulário a comunicar. Dentro de nossa
experiência, pessoas que encontramos sem manejo de mouse, com atividades
de interesse em relação a sua comunicação e seus gostos, conseguimos que,
em um mês, estejam trabalhando com o equipamento completamente sós.
Para Falando com Julis a deficiência não é uma limitação, só é uma forma
diferente de fazer as coisas. Sempre mil formas de fazer o proposto,
precisamos de um pouco mais de dedicação e compromisso para atingir as
metas propostas.
- O que agrega Falando com Julis frente a outros softwares orientados à
reabilitação neurolinguística?
Falando com Julis permite a compreensão (decodificação) da linguagem
de forma mais clara e próxima à pessoa, por meio da relação que existe da
imagem, da palavra e da voz; ao ter a possibilidade de observar, recordar e
relacionar estes três pilares por meio do uso de Falando com Julis.
A nível da expressão, a pessoa tem a possibilidade de encontrar, com
maior facilidade, as imagens-palavras que necessita para comunicar-se. Todos
nós pensamos o que queremos comunicar por meio de imagens que, ao
pronunciar-se, se transformam em palavras. Falando com Julis, para aqueles
que apresentam dificuldades em sua comunicação oral, se transforma no
método fácil, prático e efetivo que permite exteriorizar a imagem mental na
imagem do software permitindo também compreender melhor o que seu
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interlocutor deseja expressar.
No caso da aprendizagem da leitura e da escrita, além da vantagem de
contar com imagens, palavras, vozes e sinais (para os usuários destas); a
visualização dos marcos de cores que acompanham os diferentes grupos de
palavras, dão à pessoa uma melhor compreensão da estrutura gramatical,
permitindo-o escrever sendo consciente do uso adequado dos elementos
gramaticais e da intenção do texto (se é uma pergunta, uma afirmação, uma
interjeição, entre outras) e ler levando em conta a organização das palavras e,
por conseguinte, da compreensão da mensagem.
- Em que sistemas operacionais funciona, Windows, Mac, Linux? Em que
harwares funciona, PC, Tablet, Smartphone?
Falando com Julis funciona em Sistemas Operacionais Windows e pode
ser instalado em computadores.
- Quais são os objetivos atingidos por Falando com Julis?
Falando com Julis chegou a mais de quatro mil e duzentas pessoas na
América Latina que hoje se beneficiam de uma comunicação diferente e
eficiente. São pessoas que estão sendo incluídas em suas famílias, em suas
instituições educativas, trabalhistas e sociais.
Por outro lado, Falando com Julis teve grandes reconhecimentos nacionais
e internacionais:
Em 2013, obtivemos o segundo lugar em um prêmio organizado pela Cisco
Systems a nível Internacional. O prêmio “Connecting the Unconnected” nos
deu o Primeiro Lugar como melhor História e o Segundo Lugar a nível Geral.
Também em 2013, obtivemos uma Menção de Honra do Ministério da
Cultura da Colômbia no Laboratório C3+d.
Em 2014, fomos nomeados como finalistas do Mundial de
Empreendimento: MassChallenge, que se organiza em Boston, Estados
Unidos; e que reúnem as cento e vinte e oito empresas do mundo com maior
potencial de crescimento, impacto e inovação.
- Quais são os objetivos a alcançar no futuro por Falando com Julis?
Nossos objetivos:
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*Chegar a todas as pessoas que necessitem de Falando com Julis para
encontrar essa solução comunicativa e de aprendizagem.
*Criar um impacto social onde as pessoas não olhem a deficiência como
algo limitante, e sim como uma forma diferente de fazer as coisas que levam a
resultados onde se tenha as mesmas oportunidades educativas, trabalhistas e
sociais.
*Mudar a percepção de deficiência por meio de resultados visíveis e
viáveis para uma real inclusão social.
Isto é unicamente possível graças ao apoio de pessoas e empresas que
decidam apoiar a Falando com Julis em seu caminho por entregar a solução
completa a todas as pessoas.
Mas as aplicações específicas não ficam somente aí, e sim que,
atualmente, de forma experimental, está se estudando como incorporá-las à
vida da pessoa seja onde se encontre.
Tal é o caso dos dispositivos móveis ou da robótica, como se comenta a
seguir.
Um dos maiores esforços na atualidade se faz a respeito do tratamento do
Alzheimer buscando desacelerar o processo degenerativo até detê-lo.
O reverter os efeitos do Alzheimer é o esperável e desejável pelos
pesquisadores e familiares do paciente, mas quando se trata de estruturas
danificadas, como no caso dos neurônios, é muito difícil de conseguir sua
recuperação, apesar disso ser o que, definitivamente busca o tratamento do
Alzheimer.
Daí que estão sendo desenvolvidos fármacos e explorando diferentes tipos
de tratamentos, como o genético, em busca de uma "solução" que palie o
avanço dessa doença.
Enquanto isso, se desenvolveram uma série de técnicas neuropsicológicas
para compensar as deficiências que vão progressivamente provocando o Mal
de Alzheimer.
Nos últimos anos e graças ao avanço e expansão da tecnologia se criaram
programas ou apps destinados a automatizar algumas das tarefas que se
realizam com o neuropsicólogo na neurorreabilitação.
Igualmente, e desde outros ramos, como a engenharia, trataram de dar
seus avanços na melhora da qualidade de vida do paciente, como é através
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da robótica, que se tornam verdadeiros assistentes automatizados que
incorporam programas com os quais estimular os pacientes com o Mal de
Alzheimer. Mas, os robôs são bons para o tratamento do Alzheimer?
Isto é o que trata de se averiguar no Toronto Rehabilitation Institute, na
Universidade de Toronto (Canadá) e na Universidade de Massachusetts Lowell
(EUA), cujos resultados foram apresentados no 5th Workshop de S.L.P.A.T.
(Speech and Language Processing for Assistive Technologies) e publicado nas
memórias desse congresso.
No estudo participaram dez adultos de 55 anos, dos quais seis eram
mulheres, todos diagnosticados com o Mal de Alzheimer. Os participantes
receberam um robô teleassistido, com uma tela de plasma embutida onde
apareciam diferentes mensagens orientadas ao tratamento do Alzheimer,
estas eram pequenas tarefas que deviam realizar os pacientes, habituais na
neurorreabilitação. As instruções além de serem lidas na tela, eram lidas pelo
computador mediante um programa T.T.S. (Text-To-Speech).
Realizou-se uma avaliação prévia e posterior à implantação do assistente
robotizado para comprovar seus efeitos em um dos fatores afetados pelo
Alzheimer como é a linguagem, na prática a respeito do reconhecimento de
voz. Observou-se um incremento significativo do reconhecimento de voz de
frases curtas e longas, extraídas depois de uma entrevista tanto com o
paciente quanto com seu cuidador.
Mesmo os resultados sendo claros sobre os benefícios do uso de robôs
adequadamente programados, ainda resta a necessidade de reduzir o custo
desses robôs para que possam estar disponíveis para qualquer familiar para
poder assim estender o tratamento do Alzheimer a todos aqueles que o
necessitem.
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