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ATENÇÃO FARMACÊUTICA EM PACIENTES COM DOENÇA DE ALZHEIMER

Authors:
  • Faculdade Sao Lepoldo MANDIC de Araras
  • Goias State University
Expansão do Conhecimento e Inovação Tecnológica no Campo das Ciências Farmacêuticas Capítulo 7 69
Data de aceite: 01/09/2020
ATENÇÃO FARMACÊUTICA EM PACIENTES COM
DOENÇA DE ALZHEIMER
CAPÍTULO 7
doi
Data da submissão: 16/08/2020
Gustavo Alves Andrade dos Santos
Universidade de São Paulo. USP. Faculdade de
Medicina de Ribeirão Preto.
Centro Universitário do SENAC.
http://lattes.cnpq.br/4835322024843507
Deyse Gabriele de Souza Gomes
Centro Universitário do SENAC.
Casa de Saúde Santa Marcelina
http://lattes.cnpq.br/6030463676102691
Flaviana Helena de Moraes dos Santos
Centro Universitário do SENAC.
http://lattes.cnpq.br/0354252678364726
Luana Guimarães da Silva
Faculdade Mauá de Brasília– Distrito Federal
http://lattes.cnpq.br/3029834683554415
Paulo Celso Pardi
Faculdade Anhanguera de Guarulhos
Guarulhos – São Paulo
http://lattes.cnpq.br/3312867103739083
RESUMO: O aumento da expectativa de vida
da população trouxe o surgimento de doenças
relacionadas à idade, tornando-se um problema
para a saúde pública. Presencia-se atualmente
um crescimento importante das demências, com
ênfase para a mais prevalente, a demência do
tipo Doença de Alzheimer; caracterizada pelo
comprometimento das funções cognitivas,
afetando o estado mental como a linguagem,
memória, atenção, habilidades e também o
comportamento e as atividades diárias. O
tratamento inclui intervenções farmacológicas e
não farmacológicas, tendo início com fármacos
inibidores da colinesterase, nas fases iniciais e
intermediárias da doença e fármacos com ações
baseadas no antagonismo não competitivo
de receptores glutamatérgicos, quando a
doença se encontra nas fases intermediárias a
avançadas. Este trabalho objetiva apresentar
um modelo de acompanhamento farmacêutico
voltado a pacientes com Doença de Alzheimer.
A metodologia utilizada baseou-se inicialmente
nas pesquisas de publicações voltadas a
conceitos, dados epidemiológicos, diagnósticos
e tratamentos da doença. Em seguida
pesquisamos modelos de atenção farmacêutica
adotados em alguns países e no Brasil. Através
do levantamento realizado, foi elaborada cha
de atenção farmacêutica para pacientes com
Doença de Alzheimer. Concluímos que o papel
do farmacêutico junto ao paciente e familiares
é de suma importância para a otimização da
farmacoterapia e qualidade de vida dos pacientes.
PALAVRAS – CHAVE: Atenção Farmacêutica,
Paciente, Doença de Alzheimer
PHARMACEUTICAL ATTENTION IN
PATIENTS WITH ALZHEIMER’S DISEASE
ABSTRACT: The increased life expectancy of
the population has brought the appearance of
age-related diseases, turning it into a problem for
the public health. Currently has been noticed the
growth of dementia, with emphasis on the most
prevalent, dementia of the Alzheimer type disease;
characterized by mental deterioration, affecting
Expansão do Conhecimento e Inovação Tecnológica no Campo das Ciências Farmacêuticas Capítulo 7 70
the mental state such as language, memory, attention, skills, and also the behavior and daily
activities. Treatment includes pharmacological and non-pharmacological interventions, starting
with inhibitors of cholinesterase, in the early and intermediate stages of the disease and drugs
with actions based on non-competitive antagonism of glutamate receptors, when the disease
is in the intermediate stages to advanced. This work presents a pharmacist monitoring model
aimed at patients with Alzheimer’s disease. The methodology used was based initially on the
publications of research focused on concepts, epidemiological data, diagnosis and treatment
of disease. Then were researched pharmaceutical care models adopted in some countries
and Brazil. Through the survey conducted, pharmaceutical care sheet has been made for
patients with Alzheimer’s disease. We concluded that the pharmacist’s role with the patient
and family is very important for the optimization of pharmacotherapy and for the quality of the
patients’ life.
KEYWORD: Pharmaceutical Care , Patient , Alzheimer’s Disease
1 | INTRODUÇÃO
O presente estudo apresenta o contexto da Doença de Alzheimer (DA) como uma
patologia de extrema preocupação para as autoridades sanitárias do Brasil e do mundo,
sendo os idosos os indivíduos mais afetados, e é exatamente nesta fase da vida em que a
doença se manifesta com maior intensidade.
Com o aumento da expectativa de vida gerada pelo avanço tecnológico da saúde,
ocorreram reduções das taxas de mortalidade por doenças infectocontagiosas e crônicas,
proporcionando para a população maior tempo de sobrevida, porém viver mais implica na
redução siológica das funções orgânicas, ocorrendo com maior probabilidade o surgimento
das doenças crônicas e incapacitantes podendo comprometer a autonomia das pessoas e
desencadeando várias das doenças típicas dos idosos, sendo uma delas as demências (
BURLA et al, 2012).
Caracterizamos como demência o conjunto de sinais e sintomas demonstrados
através da diculdade na linguagem e na memória, alteração de comportamento e
diculdades nas atividades cotidianas (DIAS et al, 2013).
Sendo classicada como uma das demências, a DA compromete as funções
cognitivas e intelectuais, afetando a linguagem, personalidade, memória, capacidades visuo
espaciais e cognição. Acomete geralmente idosos na faixa etária dos 65 anos, que obtendo
um diagnóstico e tratamento precoce poderão ter uma boa qualidade de vida, retardando
o avanço dos sintomas e consequentemente minimizando os possíveis transtornos para a
família (SILVA, 2014).
A DA foi descoberta em 1901, pelo médico alemão Alois Alzheimer, que na época
trabalhava como psiquiatra em um sanatório, quando recebeu uma paciente, com 51 anos de
idade, que relatava através de seu marido crises de ciúmes, distúrbios de comportamentos,
delírios, afetação da memória, entre outros problemas aparentes já há 11 meses. Internada
Expansão do Conhecimento e Inovação Tecnológica no Campo das Ciências Farmacêuticas Capítulo 7 71
e sob os cuidados do doutor, a paciente evoluiu manifestando perda da memória recente,
alterações intensivas do comportamento, incapacidade de realizar os cuidados básicos,
desorientação no tempo e no espaço, sentimento de perseguição e desamparo (VONO,
2009).
Segundo a Organização Mundial da Saúde, 35,6 milhões de pessoas sofrem
com demência, ou seja, possuem uma síndrome neurodegenerativa caracterizada pela
deterioração de habilidades intelectuais que interfere na atividade ocupacional ou social.
Para 2030 estão estimados um total de cerca de 65,7 milhões de novos casos que serão
triplicados em 2050 para 115,4 milhões, sendo a DA responsável por 70% dos casos.
Somente oito países desenvolveram programas públicos de tratamento, o que deveria ser
prioridade de saúde pública (OMS, 2012).
No Brasil a população idosa vem crescendo cada ano, porém não proporcionalmente
à qualidade de vida, podendo ser vista a partir das alterações siológicas decorrentes do
envelhecimento e a incapacidade do Estado em proporcionar maiores cuidados aos idosos
(MEIRELES, 2010).
2 | OBJETIVO
Realizar um levantamento bibliográco sobre a “Atenção Farmacêutica” na demência
do tipo Doença de Alzheimer.
3 | JUSTIFICATIVA
Na prestação da assistência farmacêutica inúmeras vezes nos deparamos com
o cuidador ou até mesmo com o portador da Doença de Alzheimer, em sua fase inicial,
necessitando de um maior esclarecimento; como origem, evolução, tratamento, efeitos
adversos, que na maioria dos casos a orientação irá proporcionar a adesão ao tratamento.
No tratamento da DA o farmacêutico deve apresentar amplo conhecimento da
farmacologia e da patologia, possibilitando atuação mais efetiva junto aos pacientes,
para que se obtenha a prestação de atenção farmacêutica em níveis mensuráveis e com
resultados satisfatórios.
4 | METODOLOGIA
Foram realizadas buscas, em bases de dados, por trabalhos referentes a Atenção
Farmacêutica em pacientes com doença de Alzheimer, no período compreendido entre
Julho e Novembro de 2014. Para a pesquisa, foram utilizados termos em inglês, espanhol
e português. Os descritores utilizados foram: Doença de Alzheimer, Atenção Farmacêutica,
Medicamentos. Buscas manuais foram feitas nas referências bibliográcas dos artigos
encontrados.
Expansão do Conhecimento e Inovação Tecnológica no Campo das Ciências Farmacêuticas Capítulo 7 72
A combinação dos descritores citados acima identicou artigos referentes ao tema, e
tais referências foram obtidas em base de dados do Google Acadêmico, SCIELO, LILACS
e PubMed.
Esse estudo se baseou em literaturas publicadas entre os anos de 2004 a 2014,
onde foram encontrados 254 artigos, dos quais 218 foram descartados.
5 | FISIOPATOLOGIA
No sistema nervoso central (SNC) há vários neurotransmissores, sendo um deles
a acetilcolina (Ach), que é secretada a partir de neurônios denominados de colinérgicos.
A DA, considerada como uma doença neurodegenerativa, tem como característica as
alterações neuroquímicas primárias no sistema colinérgico ocorrendo uma disfunção
colinérgica e alteração na quantidade de receptores muscarínicos em diversas regiões
cerebrais (VENTURA, 2010)
Na fase inicial da doença nota-se como característica anatomopatológica a presença
de acúmulo da proteína B-amiloide, formando placas senis e emaranhados neurobrilares
compostos de lamentos helicoidais e outras proteínas, sendo bandas brosas de inclusões
intracitoplasmáticas de microtúbulos. Esses emaranhados permanecem retorcidos,
dicultando o funcionamento das células nervosas e consequentemente perda sináptica e
morte neuronal. Com a progressão da doença, ocorre perda dos prolongamentos neuronais
e atroa cerebral, com diminuição do volume e peso cerebral, comprometimento dos
circuitos hipocampais, do prosencéfalo basal e consequentemente a cognição, englobando
o núcleo basal de Meynert e os núcleos septais, que estão interligados a rede límbica da
memória(CAVALCANTE & EVANGELHARDT, 2012).
Ao progresso da doença ocorre uma diminuição da atividade da enzima fosfolipase
A2, ocasionando redução no catabolismo da fosfatidilcolina e consequentemente da colina
para a síntese de acetilcolina, aumentando a deciência colinérgica e demarcando o grau
de comprometimento cognitivo e severidade da DA(SERENKI & VITAL ,2008).
6 | FATORES DE RISCO
Mundialmente a DA está relacionada ao envelhecimento, em vista disso, alguns
autores têm postulado a doença como um processo de envelhecimento precoce, rápido
e exagerado, porém fatores genéticos, ambientais e até mesmo o estilo de vida e alguns
fatores de risco também parecem estar relacionados (MAYEUX 7 STERN, 2012).
Estudos demonstram que o aumento de idade contribui muito na prevalência
da DA, onde o envelhecimento cerebral está interligado a morte neuronal em evolução
progressiva, diminuindo a capacidade cognitiva. Outro fator apontado e desencadeante,
mas com estudos ainda não bem elucidados, é a prevalência mais em mulheres, visto que
Expansão do Conhecimento e Inovação Tecnológica no Campo das Ciências Farmacêuticas Capítulo 7 73
vivem em média 5 anos a mais que os homens. Outros fatores apontados são: históricos
de diabetes, hipertensão, obesidade, tabagismo, dislipidemia, traumatismo craniano e
fatores genéticos, onde o gene que está relacionado a esta desordem é a Apoliproteína E4
(apoE4), elevando o risco de desenvolvimento da DA caso o paciente herde o alelo de seus
pais(CARRETA & SCHERER, 2012).
Devido à disfunção cromossômica na Síndrome de Down, proteínas beta-amiloide
são geradas em excesso ocasionando o acúmulo e consequentemente as placas senis no
cérebro, desencadeando a DA nos portadores dessa síndrome. Por outro lado, agindo como
uma forma de “protetor” nas células nervosas, os estudos, ou seja, o grau de escolaridade
diminui as chances de desenvolver a DA, quanto maior o intelecto, menor a chance (ARRÓ
& BLANCO, 2012).
7 | EPIDEMIOLOGIA
Vários estudos surgiram após o progressivo envelhecimento da população mundial.
Segundo relatório realizado em 2009, a previsão era de que em 2010 cerca de 35,6 milhões
de pessoas no mundo sofreriam de DA, e este número dobraria a cada 20 anos, podendo
chegar a 65,7 milhões em 2030 e 115,4 milhões em 2050. Os países com maior prevalência
da doença são, a China, Índia, União Europeia, Estados Unidos, Japão, Rússia e Indonésia.
Em estudos Europeus, Norte Americanos e Africanos a DA representa de 60 a 70% dos
casos de demência (SANCHEZ et al, 2010)
No Brasil, os dados epidemiológicos relacionados à DA e o crescimento populacional
são semelhantes aos de países desenvolvidos. De acordo com dados do IBGE em 1999 a
expectativa de vida dos brasileiros era de 70 anos, aumentando para 3,1 anos alcançando
a idade de 73,1 em 2009. Estudos realizados com 1.656 indivíduos com idade maior igual
a 65 anos, quanticaram uma prevalência de 7,10 % de casos de demência. E novos
casos de 7,7 pessoa para cada 1000 por ano. A DA representa cerca de 50-60% dos casos
de demência, apresentando maior incidência nas pessoas com idade superior a 65 anos
(GONÇALVES & CARMO, 2012).
8 | DIAGNÓSTICO
O diagnóstico da DA torna-se complexo, à medida em que não há um marcador
biológico da doença, ou seja, um exame especíco através do qual o clínico possa
solicitar e obter o resultado e o diagnóstico seguro. Desta forma, a metodologia mais
utilizada é realizada por critérios de exclusão. Algumas patologias psiquiátricas que podem
comprometer o desenvolvimento cognitivo devem ser excluídas antes de ser diagnosticada
a DA. Alguns exemplos incluem a depressão, o dellirium e outros transtornos mentais
associados com demência, além de situações onde o paciente esteja apresentando
reações adversas, ou tenha utilizado de forma abusiva algum medicamento, ou uso de
Expansão do Conhecimento e Inovação Tecnológica no Campo das Ciências Farmacêuticas Capítulo 7 74
entorpecentes e álcool ( NITRINI, 2005).
No Brasil os critérios utilizados para o diagnóstico estão de acordo com a National
Institute of neurological and communicative disorders and stroke, e da Alzheimer´s disease
and related disorders association (NINCDS-ARDA), sendo diagnosticada em três fases:
DA pré-clínica, comprometimento cognitivo leve (CCL) e demência, onde são classicadas
conforme suas características apresentadas, ou denominada como DA provável, quando
se é detectada pelo exame clínico e conrmada com teste cognitivo; apresentando declínio
cognitivo em duas ou mais funções; obtendo décit de memória evoluído e descartando
outros possíveis quadros demenciais. Já para a denominação de DA possível, o paciente
a princípio apresenta desenvolvimento incomum da doença e poderão estar presentes
outras comorbidades desencadeando a demência. Na DA denida, apresentam os mesmos
critérios para DA provável e conrmada por biopsia ou necropsia ( DUTRA, 2010).
Os exames complementares iniciais recomendados são: o hemograma completo,
função da tireoide, níveis séricos de vitamina B12, glicemia, uréia, creatinina, albumina, ácido
fólico, cálcio, sorologia para HIV e enzimas hepáticas. Exames como eletroencefalograma
(EEG), tomograa computadorizada (TC) ou preferentemente, ressonância magnética
(RM), são obrigatórios para excluir as patologias relacionadas com a doença vascular
cerebral, hematomas subdurais, neoplasias, hidrocefalia de pressão normal, demência
vascular e doença de Creutzfeld-Jacob. O exame do líquido cefalorraquidiano (LCR), pode
ser empregado desde que a demência surja antes dos 65 anos de idade e suspeite–se
de doenças inamatórias, infecciosas ou priônicas no sistema nervoso central. O uso de
biomarcadores relacionados com alterações moleculares na DA, praticamente só ocorre
em protocolos de pesquisa (CARAMELLI et al, 2011).
De acordo com o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Doença de Alzheimer
de 2013 do Ministério da Saúde (Brasil), há a necessidade de realizar exames físicos e
neurológicos, avaliação do estado mental, identicando os décits de memória, linguagem
e visual-espacial. São incluídos no processo de investigação diagnóstica, história completa
do paciente e familiar ou cuidador, avaliação clínica como o teste de Mini Exame do Estado
Mental - MEEM). Não há evidências até o momento que recomende a SPECT (tomograa
computadorizada por emissão simples de fótons), testes genéticos, genotipagem da
ApoE para DA, punção lombar (exceto na presença de câncer metastático), suspeita
de infecção do sistema nervoso central (SNC), e sorologia sérica para sílis reativa e
hidrocefalia. PET (tomograa por emissão de pósitrons), marcadores genéticos para DA,
marcadores biológicos no líquor ou outros para DA, mutações da proteína tau em pacientes
com demência frontotemporal, mutações gênicas da DA em pacientes com demência
frontotemporal(SAÚDE, 2013).
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9 | ATENÇÃO FARMACÊUTICA AO PACIENTE COM DA
O termo Atenção Farmacêutica (AF) é denido pela Organização Mundial da Saúde
como “um modelo de prática farmacêutica, desenvolvida no contexto de Assistência
Farmacêutica, que compreende atitudes, valores éticos, comportamentos, habilidades,
compromissos e co - responsabilidades na prevenção de doenças, promoção e recuperação
da saúde, de forma integra à equipe de saúde. É a interação direta do farmacêutico com
o usuário, visando uma farmacoterapia racional e a obtenção de resultados denidos e
mensuráveis, voltados para a melhoria da qualidade de vida” ( OPAS, 2002).
Nos países desenvolvidos a AF tem aumentado gradativamente nos últimos tempos,
tendo como foco a garantia de uma farmacoterapia racional, efetiva e segura, proporcionando
educação em saúde, atendimento farmacêutico, acompanhamento farmacoterapêutico e
também avaliação dos resultados e dos problemas relacionados aos medicamentos (PRM),
minimizando os erros e as interações medicamentosas ( MENESES & SÁ ).
Em relação a DA, o tratamento inicia-se com o uso de um inibidor de colinesterase,
e com a progressão da doença outros fármacos coadjuvantes são introduzidos ao esquema
de tratamento, como por exemplo, um antagonista não competitivo do receptor de
glutamato do tipo NMDA, ou seja, a memantina que é introduzida já quando a doença está
na fase moderada a grave. Os antidepressivos serotoninérgicos também são associados
ao tratamento, com a função de minimizarem os sintomas comportamentais. Juntamente
com as orientações quanto a forma de administração e possíveis efeitos adversos dos
fármacos, é importante conscientizar o cuidador que o objetivo do tratamento não é a cura
total da doença e sim o retardamento temporário de sua progressão (FORLENZA, 2005).
Na cha de acompanhamento farmacoterapêutico representada na tabela 1, o
farmacêutico como responsável pelas orientações relacionadas aos medicamentos, deverá
conduzir o paciente para uma melhor qualidade de vida, através da adesão ao tratamento,
detectando, prevenindo, solucionando as reações adversas (RAMS) e interações
medicamentosas, alcançando bons resultados farmacológico (PINHEIRO, 2013).
Expansão do Conhecimento e Inovação Tecnológica no Campo das Ciências Farmacêuticas Capítulo 7 76
Medicamentos Principais RAMS Interações medicamentosas
Donepezil
da secreção
gástrica, diarreia,
náusea e
vômito, insônia,
hipertensão
arterial, equimose,
anorexia, cefaleia.
Cetoconazol, Itraconazol,
Eritromicina, Fluoxetina,
Rifampicina, Fenitoína,
Carbamazepina, álcool, Ginkgo
Biloba.
Galantamina
Náusea, vômito,
diarreia, anorexia,
dor abdominal,
dispepsia,
tontura, cefaleia,
depressão, fadiga,
insônia.
Succinilcolina, Agentes
Colinérgicos, Inibidores
da Acetilcolinesterase,
Amiodarona, Beta-
Bloqueadores, Verapamil,
AINEs.
Rivastigmina
Náusea, vômito,
da secreção
gástrica,
da atividade
colinérgica,
convulsões,
exacerbação da
obstrução urinária.
Inibidores da
Acetilcolinesterase,
Bloqueadores do Canal
de Sódio, Alimento, Beta-
Bloqueadores, Digoxina,
Corticosteróides sistêmicos.
Memantina
Dor de cabeça,
prisão de ventre,
tontura, dispneia,
hipertensão
arterial,
incontinência
urinária, libido
aumentado,
sonolência.
Amantadina, Quetamina,
Dextrometorfano,
Ranitidina, Cimetidina,
Quinidina, Hidroclorotiazida,
Barbitúricos, Anticoagulantes
orais, Anticonvulsivantes,
Neurolépticos.
Tacrina
Hepatotoxicidade,
vômito, diarreia,
náusea, aumento
dos níveis séricos
de transaminases,
hipertensão,
neutropenia.
Cetoconazol,
Ciprooxacino, Noroxacino,
Ooxacino, Rofecoxibe,
Beta- Bloqueadores,
Cimetidina, Inibidores da
Acetilcolinesterase.
Ginkgo Biloba Cefaleia, tremores
e surtos maníacos,
hipertensão.
Ácido Acetilsalicílico,
Clopidogrel, Varfarina,
Ibuprofeno, Naproxeno,
Fenitoína, Risperidona,
Fluoxetina.
Selegilina
Náusea, tontura,
hipotensão arterial,
xerostomia,
confusão mental,
sonolência.
Paroxetina, Sertralina,
Anfetaminas, Antidepressivos
Tricíclicos, Tramadol,
Venlafaxina, Mirtazapina.
Expansão do Conhecimento e Inovação Tecnológica no Campo das Ciências Farmacêuticas Capítulo 7 77
Vitamina E
Ibuprofeno
Náuseas,
atulência, diarreia,
fraqueza muscular,
fadiga, cefaleia.
Edema, rash
cutâneo, prurido,
retenção hídrica,
azia, epigastralgia,
constipação,
diarreia.
Hidróxido de Alumínio,
Anticoagulantes derivados de
Cumarina ou Varfarina.
Ciclosporina, Digoxina, Lítio,
Metotrexato, Inibidores da
ECA, Fenitoína, Fluoxetina,
Losartana, Glimepirida,
Varfarina, Montelucaste.
Tabela 1 - cha farmacoterapêutica para pacientes com DA ( PHARMD et al, 2013; FUCHS &
WANNMACHER, 2010; NICOLETTI et al, 2007)
Fonte: Autores do artigo
Estando ciente de que o farmacêutico é o último prossional com quem o paciente
terá contato antes do início da terapia, e que muitas vezes inúmeras dúvidas em relação a
posologia, indicação, efeitos colaterais, entre outras dúvidas, por algum motivo não foram
sanadas junto ao prescritor, informações claras e precisas serão de extrema importância
para a garantia de prevenção de eventos adversos, prevenindo, detectando e solucionando-
os da melhor forma possível, possibilitando uma melhor qualidade de vida ao paciente e
adesão ao tratamento. Na cha de orientações farmacêuticas ao paciente representada
pela tabela 2, estão descritas algumas recomendações relacionadas ao tratamento, que
proporcionará ao paciente mais segurança, conforto e adesão ( BOTASSO et al, 2007).
Medicamento Orientações Prestadas
Donepezil A administração deve ser realizada com
ou sem alimento, antes de deitar.
Galantamina
Orientar a administração junto ao
alimento, pois desta forma diminuem-se
as náuseas. Se a terapia for interrompida
por 3 dias ou mais, reiniciar com a
dose mais baixa. Para pacientes que
apresentaram intolerância a Donepezila e
Rivastigmina, iniciar o tratamento com a
Galantamina após 7 dias de pausa.
Expansão do Conhecimento e Inovação Tecnológica no Campo das Ciências Farmacêuticas Capítulo 7 78
Rivastigmina
As RAM costumam desaparecer entre
1 a 3 semanas. Devido ao retardo na
absorção, deverá ser administrado
longe das refeições. Não é indicada a
utilização de medicamentos com ação
colinérgica. A administração transdérmica
é de dose única diária, devendo ser
removida antes da colocação do próximo
adesivo, deverá ser aplicado nas costas,
no peito ou na parte superior dos braços,
caso ocorra vermelhidão, inchaço, coceira
ou irritação local, remover o adesivo e
comunicar o prescritor.
Memantina
Pode ser administrado perto ou longe das
refeições, de preferência todos os dias no
mesmo horário. Caso realize alterações
na dieta, deverá ser avisado ao prescritor
devido a possíveis alterações de pH
urinário, inuenciando no clearance.
Ginkgo Biloba
Deve ser administrado antes das
refeições. Evitar o consumo excessivo de
alimentos que contenham tiramina devido
a possibilidade de hipertensão.
Ibuprofeno Administrar com alimento, a m de
diminuir a agreção do trato-gastintestinal.
Selegilina
Vitamina E
Evitar o uso concomitante com alimentos
ricos em tiramina, exemplo: vinhos,
queijos envelhecidos ou maturados,
carnes secas ou curadas, devido ao
aumento súbito da pressão arterial.
Ingerir antes ou após as refeições, não
ultrapassar a dose diária recomendada
pelo prescritor. O uso adjuvante de
vitamina C auxilia na melhor absorção.
Tabela 2 – cha de orientações farmacêuticas ao paciente com DA ( PHARMAd et al, 2009;
FUCHS & WANNMACHER, 2010; ACHE, 2011)
Fonte: Autores do artigo
Para uma AF efetiva, quando apresentadas dúvidas ou questionamentos em
relação ao uso dos medicamentos, é necessária uma abordagem do farmacêutico, para
identicar se há doenças crônicas existentes e quais os medicamentos utilizados. Deverá
listar possíveis reações adversas a medicamentos (RAM) apresentados no decorrer da
entrevista, identicar possíveis automedicações e se é de conhecimento do prescritor todos
os medicamentos utilizados pelo paciente. O farmacêutico deverá conscientizar o paciente,
familiar ou cuidador sobre o uso racional de medicamentos (URM), apontar as melhores
Expansão do Conhecimento e Inovação Tecnológica no Campo das Ciências Farmacêuticas Capítulo 7 79
opções farmacoterapêuticas, buscando reduzir RAM, e melhorar a adesão ao tratamento,
visando uma farmacoterapia racional e segura ( SABINO, et al, 2008).
O uxograma 1 descreve as fases da abordagem e orientação farmacêutica ao
paciente.
Fluxograma 1 – fases da abordagem
O farmacêutico deverá conduzir a entrevista com o paciente, familiar ou cuidador,
procurando manter um acompanhamento mais próximo possível, proporcionando um
diálogo tranquilo, ouvindo suas queixas e solucionando suas dúvidas, com atenção especial
ao cuidador ou familiar, tendo em vista que o mesmo poderá relatar de forma mais exata
e precisa suas dúvidas, reações adversas ocorrida no decorrer do tratamento, com isso o
farmacêutico poderá reforçar a orientação do prescritor sobre a progressão da doença, e
evolução do tratamento, quanto ao melhor seguimento farmacoterapêutico e redução da
incidência de RAM ( PEREIRA & FREITAS, 2008).
Intervenções não farmacológicas também proporcionam ao paciente e ao familiar,
impacto na qualidade de vida. O prossional Farmacêutico, ciente das necessidades
especiais do portador da DA, poderá intervir orientando sobre a elaboração de uma
rotina organizada do dia a dia do paciente, sugerir adaptações no ambiente conforme
as necessidades existentes, orientar o familiar a estimular o comportamento adequado,
indicar atividades ocupacionais, ou que proporcionarão bem estar, como por exemplo a
musicoterapia que proporciona, na maioria dos casos, melhora da agitação ( LOPES et al,
2011).
Expansão do Conhecimento e Inovação Tecnológica no Campo das Ciências Farmacêuticas Capítulo 7 80
10 | DISCUSSÃO
Estudos têm demonstrado que a prestação da atenção farmacêutica traz benefícios
à saúde do paciente e ao processo de promoção da saúde, pois após esclarecimentos e
orientações há uma melhor adesão ao tratamento farmacológico, segundo Zanghelini et
al.(2013), um grupo de pacientes com asma grave não controlada, apresentou melhora
signicativa da asma, e resolução dos PRM após acompanhamento farmacoterapêutico,
orientações verbais individualizada, informações sobre o uso racional de medicamentos, e
intervenções farmacêuticas33.
Para Partara et al. (2010), intervenções farmacêuticas com medidas educativas,
orientações para um melhor seguimento farmacoterapêutico, e promoção da saúde,
benecia a saúde do paciente, melhorando sua qualidade de vida, e adesão ao tratamento,
estas medidas poderão ser estendidas ao acompanhante familiar, cuidador, médico
prescritor e prossionais da saúde ( PARTARA et al, 2013).
A pratica de atenção farmacêutica realizada com aconselhamento, acompanhamento
farmacoterapêutico, materias educativos e informação adequada sobre a patologia em
questão, apresentou uma redução signicativa nos níveis glicêmicos e perl lipídico, em
pacientes com diabetes tipo 2 na Jordânia, estes pacientes também apresentaram mudanças
no estilo de vida, com dietas balanceadas, prática de exercícios físicos, monitorização da
glicose, e adesão ao tratamento ( WISHAH et al, 2014)
Há poucos estudos sobre o impacto da AF no Brasil, este fato pode ser explicado pela
recente denição da prática prossional que ocorreu em 2002, universidades brasileiras
mantêm uma grade curricular muito técnica, além de não proporcionar ao estudante
uma reexão humanística e assistencial voltada ao paciente. Os cursos oferecidos de
pós-graduação apresentam pouca abordagem ao tema AF e farmácia clínica, porém
nos últimos anos apresentaram uma evolução. Outra questão é a confusão que se faz
entre a AF e assistência farmacêutica, apresentados erroneamente em alguns estudos
estes termos. AF foi regulamentada apenas em 2009, onde foi denida a infraestrutura,
os procedimentos e registros mínimos para a realização de atenção farmacêutica. Apesar
destas limitações, estudos têm demonstrado melhora nos quadros clínicos avaliados, onde
o acompanhamento farmacoterapêutico por mais de seis meses se mostrou mais efetivo
reduzindo incidência de RAM, PRM e melhorando a qualidade de vida dos pacientes (
AMBIEL & MASTROIANNI, 2013)
11 | CONCLUSÃO
Através das pesquisas realizadas neste trabalho, concluímos que o prossional
Farmacêutico pode contribuir e desempenhar papel relevante junto aos pacientes
portadores da DA, através de suas atribuições e competências prossionais, promovendo
Expansão do Conhecimento e Inovação Tecnológica no Campo das Ciências Farmacêuticas Capítulo 7 81
saúde e uso racional de medicamentos.
As Intervenções realizadas na farmacoterapia visam a adesão ao tratamento e
melhora na qualidade de vida do paciente com DA, disponibilizando orientações quanto
a forma e horário adequados para administrar as doses. Além disso, esclarecem dúvidas
surgidas no decorrer da doença, o que proporciona ao paciente adequada compreensão e
utilização do medicamento, para um tratamento seguro e ecaz com redução signicativa
das RAM.
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Article
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Introduction: dementia and Alzheimer's disease constitute an important health problem with human, social and economic repercussion in countries with high life expectancies. Objectives: to determine the prevalence of the dementia syndrome and Alzheimer's disease in the elderly. Methods: a cross-sectional and descriptive study was conducted in the elderly population belonging to "Pedro Fonseca" polyclinic in Lisa municipality from January 3rd to December 30th, 2011. The universe of study was 1 739 old people, from whom 312 aged 65 years or more, cared for by the physician's office no. 6 of this polyclinic, were selected. Those old people with history of schizophrenia, mental retardation, other psychiatric diseases and under electroconvulsing therapy were excluded. Alzheimer's disease was diagnosed on the basis of the American Psychiatric Society criteria. All the aged people who made up this sample or their caregivers gave their consent to take part in this study. Results: dementia syndrome was present in 34 out of 312 participants for a prevalence rate of 10.8 %. Prevalence increased with the age. The highest prevalence rate was observed in probable Alzheimer-type dementia found in 22 (64.7 %) patients. Conclusions: the prevalence of dementia syndrome and Alzheimer's disease was significant in the older people, which demonstrated that these diseases pose an important health problem in the study area.
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Atenção Farmacêutica, prática recente da atividade farmacêutica, prioriza a orientação e o acompanhamento farmacoterapêutico e a relação direta entre o farmacêutico e o usuário de medicamentos. Na maioria dos países desenvolvidos a Atenção Farmacêutica já é realidade e tem demonstrado ser eficaz na redução de agravamentos dos portadores de patologias crônicas e de custos para o sistema de saúde. No Brasil, esta atividade ainda é incipiente e alguns fatores dificultam sua implantação, entre outros, a dificuldade de acesso ao medicamento por parte dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), Unidades Básicas de Saúde sem farmacêutico e a ausência de documentação científica que possibilite demonstrar aos gestores do sistema público e privado que a implementação da Atenção Farmacêutica representa investimento e não custo. Por outro lado, sendo nova atividade do profissional farmacêutico, torna-se primordial que as instituições de ensino farmacêutico promovam adaptações curriculares, de modo a fornecer o conhecimento formal necessário ao desempenho desta atividade. Esta revisão discute a Atenção Farmacêutica nos países em que esta se encontra mais evoluída e teve como base a busca de artigos publicados nos periódicos indexados no MedLine/Pubmed (www.ncbi.nlm.nih.gov/PubMed) até 31/12/2007. Com a revisão bibliográfica foi possível comparar com outros países as dificuldades encontradas no Brasil, para a implantação e implementação da Atenção Farmacêutica e as perspectivas para a sedimentação dessa prática no futuro.
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As heterogeneidades educacional e cultural da população brasileira condicionam características peculiares ao diagnóstico da doença de Alzheimer (DA) no Brasil. Este consenso teve o objetivo de recomendar condutas baseadas em evidências para este diagnóstico. Foram avaliados sistematicamente artigos sobre o diagnóstico de DA no Brasil disponíveis no PUBMED ou LILACS. Para a avaliação cognitiva global recomendou-se o Mini-Exame do Estado Mental; avaliação da memória: recordação tardia do CERAD ou de objetos apresentados como figuras; atenção: teste de trilhas ou extensão de dígitos; linguagem: testes de nomeação de Boston, do ADAS-Cog ou do NEUROPSI; funções executivas: fluência verbal ou desenho do relógio; conceituação e abstração: semelhanças do CAMDEX ou do NEUROPSI; habilidades construtivas: desenhos do CERAD. Para avaliação funcional recomendou-se o IQCODE , o questionário de Pfeffer ou a escala Bayer de atividades da vida diária. Recomendou-se a utilização combinada de instrumentos de avaliação cognitiva e de escalas de avaliação funcional.
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The current article provides a comprehensive overview of the current strategies and the future directions of the pharmacological treatment of Alzheimer's disease. The benefits and shortcomings of cholinergic replacement therapy is discussed in the light of its neurobiological, pharmacological and clinical data, illustrated by the most relevant randomised controlled trials and recent meta-analytical studies. The role of memantine in moderate to severe dementia, and the perspectives of combination therapy are further discussed both at clinical and neuro-pharmacological levels. In addition, the role of
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resumo A população idosa é a que mais cresce em todo o mundo. Com os avanços da medicina e novas noções de qualidade de vida, a expectativa de vida foi aumentando. Por essa razão, a medicina viu-se diante de um novo desafio: o aumento de enfermidades neurovegetativas, que na maioria dos casos, estão ligadas ao processo de envelhecimento. Dentre as doenças do envelhecimento, a doença de Alzheimer é de alta prevalência e tornou-se um problema de saúde pública. Atualmente cerca de 35 milhões de pessoas no mundo são portadoras de algum tipo de demência, sendo essa uma patologia que envolve perda de memória e acarreta distúrbios cognitivos importantes. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi verificar a literatura existente no que se refere à prevenção das demências ou ao atraso da instalação de um quadro demencial. Estudos recentes mostram relações entre dieta, depressão, risco cardiovascular, engajamento social, atividades intelectuais, atividade física e a probabilidade de desenvolvimento de Alzheimer da população. A necessidade de estudos adicionais é importante para o esclarecimento da relação desses fatores com a prevenção ou o atraso das demências, em especial da doença de Alzheimer. palavras-chave Demências. Doença de Alzheimer. Memória. Prevenção. abstract The elderly population is the fastest growing worldwide. With medical advances and new concepts of quality of life, life expectancy has been increasing. And on that basis, the medicine confronted a new challenge: the rise of neurodegenerative diseases, which in most cases, are linked to the aging process. Among the diseases of aging, Alzheimer's disease is highly prevalent and has become a public health problem. Currently, about 35 million people worldwide are suffering from some form of dementia. This pathology involves loss of memory and leads to important cognitive disorders. Therefore, the objective of this study was to verify the existing literature regarding the prevention of dementias or the delaying of the installation of a dementia. Recent studies show links between diet, depression, cardiovascular risk, social engagement, intellectual activities, physical activity and the likelihood of developing Alzheimer's population. The need for additional studies is important for clarifying the relationship of these factors to the prevention or delay of dementias, especially Alzheimer's Disease. keywords Dementias. Alzheimer's Disease. Memory. Prevention.
Article
Introdução. Nos dias atuais, o indivíduo chega aos 80 e 90 anos em boas condições de saúde, não podendo evitar, contudo, que seu organismo sofra as alterações fisiológicas ao envelhecimento. Além disso, tais alterações são potencializadas quando associadas a processos patológicos. Objetivo. O presente estudo objetivou realizar uma revisão sobre as alterações neurológicas do envelhecimento, especificamente no que se refere ao sistema mantenedor do equilíbrio humano. Método. A busca na literatura envolveu as bases de dados SciELO, LILACS e MEDLine, por meio dos artigos científicos que apresentaram os unitermos “envelhecimento”, “distúrbios neurológicos”, “instabilidade” e/ou “equilíbrio”. Resultados e Conclusões. Por meio dos artigos analisados, foi possível constar que diversos fatores - alguns de etiologia multifatorial - afetam o equilíbrio estático e dinâmico humano. O conhecimento de tais alterações é essencial para promoção de intervenção terapêutica nos diversos níveis de assistência.
Article
Aims The primary aim of this study was to evaluate the impact of pharmaceutical care interventions on glycemic control and other health-related clinical outcomes in patients with type 2 diabetes patients in Jordan. Methods A randomized controlled clinical trial was conducted on 106 patients with uncontrolled type 2 diabetes seeking care in the diabetes clinics at Jordan University Hospital. Patients were randomly allocated into control and intervention group. The intervention group patients received pharmaceutical care interventions developed by the clinical pharmacist in collaboration with the physician while the control group patients received usual care without clinical pharmacist's input. Fasting blood glucose and HbA1c were measured at the baseline, at three months, and six months intervals for both intervention and control groups. Results After the six months follow-up, mean of HbA1c and FBS of the patients in the intervention group decreased significantly compared to the control group patients (P < 0.05). Also, the results indicated that mean scores of patients’ knowledge about medications, knowledge about diabetes and adherence to medications and diabetes self-care activities of the patients in the intervention group increased significantly compared to the control group (P < 0.05). Conclusions This study demonstrated an improvement in HbA1c, FBS, and lipid profile, in addition to self-reported medication adherence, diabetes knowledge, and diabetes self-care activities in patients with type 2 diabetes who received pharmaceutical care interventions. The results suggest the benefits of integrating clinical pharmacist services in multidisciplinary healthcare team and diabetes management in Jordan.
Resultados da Atenção Farmacêutica no Brasil: Uma Revisão
  • Iss Ambiel
  • P C Mastroianni
Ambiel ISS, Mastroianni PC. Resultados da Atenção Farmacêutica no Brasil: Uma Revisão. Revista Ciências Farmacêuticas Básicas e Aplicada, 2013, 34(4)469-474.
  • M R Botasso
  • F E Miranda
  • Sam Fonseca
Botasso MR, Miranda FE, Fonseca SAM. Reação Adversa Medicamentosa em Idosos. RBCEH, 2011, 8(2): 285-297.
Panorama prospectivo das demências no Brasil: Um Enfoque Demográfico Portugal
  • C Burla
  • Camarano
  • Aa
  • S Kanso
Burla C, Camarano. AA, Kanso S, et al. Panorama prospectivo das demências no Brasil: Um Enfoque Demográfico Portugal. Ciência & Saúde, 2012, 18 (10): 2949-2956.