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Multitemporal Evaluation of Mororó River Watershed Soil Coverage in Jaru, Rondônia

Authors:

Abstract and Figures

In the Amazon, with the encouragement of colonization programs there was extensive and diverse damage to environmental resources, especially the municipalities of the state of Rondônia, where BR-364 provided greater socio- -environmental influence. The objective of the present work was to characterize the Mororó river basin in the city of Jaru - RO in terms of land use and occupation from 1975 to 2018. The Mororó river watershed underwent several alteration processes vegetation cover since the 1970s early colonization of the region. These changes led to a loss of 66.94% forest, causing several problems of loss of water quantity and quality, siltation of the rivers among others. The multitemporal analysis of land cover verified the great rate of deforestation in the basin region since colonization (1975) until recently (2018) and thus reducing the environmental quality of the natural resources of this location.
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Avaliação Multitemporal da Cobertura do Solo da Bacia Hidrográca do Rio Mororó em
Jaru, Rondônia
Multitemporal Evaluation of River Mororó Watershed Soil Coverage in Jaru, Rondônia
Paulo Cézar de Santana1;
Caio Henrique Patrício Pagani2 & Adriano Reis Prazeres Mascarenhas3
1Instituto Técnico de Ensino Prossionalizante 11 ELO, Avenida Guajajaras 380, 65.055-285, São Luís, MA, Brasil
2Universidade Federal de Rondônia, Departamento Acadêmico de Engenharia Ambiental, Rua Rio Amazonas 351, 76.900-726, Ji-Paraná, RO, Brasil
3Universidade Federal de Rondônia, Departamento Acadêmico de Engenharia Florestal,
Avenida Norte Sul 7.300, 76.890-000, Rolim de Moura, RO, Brasil
E-mails: paulosantana.agrimensor@gmail.com, caiopagani@gmail.com, adriano.mascarenhas@unir.br
DOI: http://doi.org/10.11137/2020_2_289_297; Recebido: 14/01/2020 Aceito: 22/04/2020
Resumo
Na Amazônia, com o incentivo de programas de colonização ocorreram danos aos recursos ambientais de forma
extensa e diversa, com destaque aos municípios do estado de Rondônia, onde a BR-364 proporcionou maior inuência
socioambiental. Objetivou-se com o presente trabalho caracterizar a bacia hidrográca do rio Mororó na cidade de Jaru -
RO quanto ao uso e ocupação do solo entre os anos de 1975 e 2018. A bacia hidrográca do rio Mororó, passou por vários
processos de alteração da sua cobertura vegetal desde a década de 1970 início da colonização da região. Essas alterações
promoveram a perda de oresta de 66,94%, acarretando vários problemas de perda da quantidade e qualidade da água,
assoreamento dos rios entre outros. A análise multitemporal de cobertura do solo vericou-se o grande índice de desma-
tamento na região da bacia desde a colonização (1975) até recentemente (2018) e assim reduzindo a qualidade ambiental
dos recursos naturais desse local.
Palavras-chave: Geotecnologias; Desmatamento; Amazônia
Abstract
In the Amazon, with the encouragement of colonization programs there was extensive and diverse damage to
environmental resources, especially the municipalities of the state of Rondônia, where BR-364 provided greater socio-
-environmental inuence. The objective of the present work was to characterize the Mororó river basin in the city of Jaru
- RO in terms of land use and occupation from 1975 to 2018. The Mororó river watershed underwent several alteration
processes vegetation cover since the 1970s early colonization of the region. These changes led to a loss of 66.94% forest,
causing several problems of loss of water quantity and quality, siltation of the rivers among others. The multitemporal
analysis of land cover veried the great rate of deforestation in the basin region since colonization (1975) until recently
(2018) and thus reducing the environmental quality of the natural resources of this location.
Keywords: Geotechnologies; Deforestation; Amazon
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1 Introdução
Com 5.217.423 km² a Amazônia Legal
corresponde a cerca de 61% do território brasileiro,
abrangendo os estados: Acre, Amapá, Amazonas,
Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins e parcialmente
os estados de Mato Grosso e Maranhão (Brasil,
1966).
Em relação ao estado de Rondônia, sua área
compreende 4,55 % da Amazônia legal e tem como
atividade econômica principal, desde sua criação
em janeiro de 1982 (Brasil, 1981), a pecuária.
Esse aspecto é preponderante para o entendimento
das alterações socioambientais na região, pois
desde a colonização do estado, ocorreu intenso
desmatamento que ocasionou perda de 66% de sua
cobertura orestal (INPE, 2018a).
Essas ações foram fomentadas com os
projetos de colonização: “Pólos Agropecuários e
Minerais da Amazônia - POLOAMAZÔNIA” e
“Programa de Desenvolvimento Integrado para o
Noroeste do Brasil - POLONOROESTE”, que tinham
por objetivo aproveitar o potencial agropecuário,
orestal e mineral desta porção territorial. Além
disso, geralmente não contemplavam o ordenamento
racional de uso e ocupação do solo e incentivavam
a construção de estradas, como a Rodovia
Federal Marechal Cândido Rondon (BR-364), e,
consequentemente, a proliferação de cidades na
Amazônia, impulsionando ainda mais alteração da
paisagem (Nascimento, 2010).
Os impactos ocasionados com a colonização
de Rondônia estão relacionados a destruição de
orestas e áreas protegidas, contaminação do lençol
freático, epidemias e doenças provocadas por excesso
de umidade e esgotos que correm a céu aberto.
Sendo que, dentre os municípios de Rondônia, em
Jaru encontram-se a maioria desses problemas, pois
o local de instalação da cidade é coberto por micro
bacias que abastecem os rios Mororó e Jaru, um dos
principais auentes do rio Machado, que é o rio mais
extenso do Estado (Stachiw, 2017).
Devido a extensão e diversidade dos danos
nas bacias hidrográca de Rondônia a caracterização
do ambiente é dicultada, pois o custo nanceiro é
elevado e inviabiliza a implementação de ações de
recuperação. Diante disso, o uso das geotecnologias
torna-se alternativa viável, tendo em vista que
possibilitam entender as condições gerais da dinâmica
da paisagem com a elaboração de prognósticos e
interpretações por meio da coleta, processamento,
análise e oferta de informações georreferenciadas
(Peruzzo et al., 2019).
Sendo assim, objetivou-se com o presente
trabalho caracterizar a bacia hidrográca do rio
Mororó na cidade de Jaru - RO quanto ao uso e
ocupação do solo entre os anos de 1975 e 2018.
2 Material e métodos
2.1 Caracterização da região de estudo
O objeto de estudo foi bacia do rio Mororó
localizada na bacia do rio Jaru, município de
Jaru-RO, situado no quadrante das coordenadas
geográcas entre as latitudes 10°25’37”S e
10°23’47”S, longitudes 62°31’51”O e 62°27’22”O,
na porção ao sudoeste de Rondônia a 300 km da
capital Porto Velho (Figura 1).
Figura 1 Mapa de localização da bacia hidrográca do rio Mororó em Jaru, Rondônia, Brasil.
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O clima da região de estudo enquadra-se no
tipo Am (tropical úmido ou subúmido), conforme o
método de classicação de Köppen-Geiger (Alvares
et al., 2013), com temperatura média anual de 24 °C
a 26 °C e pluviosidade média anual entre 2000mm
a 2100mm (Rondônia, 1999), sendo que a estação
seca ocorre entre os meses de maio a setembro.
2.2 Coleta, compilação e processamento de dados
As bases cartográcas utilizadas para realizar
o estudo consiste em: base cartográca geológica
do estado de Rondônia na escala de 1:1.000.000
contendo os limites das bacias e sub-bacias
hidrográcas, (CPRM, 2018); base cartográca
do estado de Rondônia na escala de 1:1.000.000
contendo os limites estatuais, limites municipais e as
rodovias (IBGE, 2016); Modelo Digital de Elevação
- MDE do satélite Advanced Land Observing
Satellite - ALOS com o sensor Phased Array type
L-band Synthetic Aperture Radar - PALSAR, com
resolução espacial de 12,5 metros, data da passagem
em 19 de fevereiro de 2011, órbita: 83 e ponto: 6970;
imagens do satélite Land Remote Sensing Satellite
- Landsat, conforme indicado na Tabela 1 (INPE
1975, 1980, 1985, 1990, 1995, 2000, 2005, 2010,
2015, 2018b)
Satélite Sensor Data do Imageamento Rota/Cena Resolução Espacial
Landsat-2 MSS 24/07/1975 231/67 80 metros
Landsat-3 MSS 18/06/1980 231/67 80 metros
Landsat-5 TM 22/07/1985 231/67 30 metros
Landsat-5 TM 18/06/1990 231/67 30 metros
Landsat-5 TM 31/05/1995 231/67 30 metros
Landsat-5 TM 15/07/2000 231/67 30 metros
Landsat-5 TM 11/06/2005 231/67 30 metros
Landsat-5 TM 25/06/2010 231/67 30 metros
Landsat-8 OLI/TIRS 23/06/2015 231/67 15 metros
Landsat-8 OLI/TIRS 27/07/2018 231/67 15 metros
Tabela 1 Características das imagens utilizadas para análise multitemporal da bacia hidrográca do rio Mororó em Jaru, Rondônia, Brasil.
Os procedimentos de tratamento de
informações e elaboração dos mapas foram
realizados no software SIG ArcGIS Desktop versão
10.6.1 do ano de 2018, com licença estudantil sobre
o número de registro EVA346750770 (ESRI, 2018).
A delimitação da bacia hidrográca do rio
Mororó foi realizada a partir da metodologia de
Pagani & Mascarenhas (2018), no qual realizou-se
o processamento do MDE em quatro etapas, sendo
elas: preenchimento de falhas do MDE; direção de
uxo, uxo acumulado e delimitação de bacia. Este
procedimento foi realizado no ArcMap, por meio da
seleção das ferramentas disponíveis no ArcToolbox
- Hydrology, conforme a Figura 2.
Figura 2 Rotina de algoritmos aplicados para delimitação de bacias hidrográcas a partir do MDE do rio Mororó em Jaru, Rondônia, Brasil.
O primeiro procedimento foi a composição
colorida das imagens por meio do software ArcGIS
10.6.1 com o uso da ferramenta Composite Bands
disponível no ArcToolbox do ArcMap. A composição
dessas imagens seguiu as seguintes conformações
coloridas RGB (5-4-6) para imagem Landsat-2,
RGB (5-7-4) para imagem Landsat-3, RGB (5-4-3)
para imagem Landsat-5, e RGB (4-3-2) para imagem
Landsat-8, este modelo de composição mostra os
limites entre solo, água e oresta por suas tonalidades
de magenta, verde e azul, respectivamente (Pagani,
2017) conforme a Figura 3.
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Figura 3 Esquema da composição de bandas espectrais e delimitação das feições solo, água e oresta com base na tonalidade da
imagem.
O segundo procedimento foi a realização
da reprojeção das imagens que se encontravam no
Datum World Geodedic System 1984 (WGS 84)
projeção Universal Transversa de Mercator (UTM)
da zona 20 Sul para o Datum Sistema de Referência
Geocêntrico para as Américas 2000 (SIRGAS
2000) projeção Geographic Coordinate Systems
(GCS) por intermédio da ferramenta Project Raster
disponível no ArcToolbox do ArcMap (Pagani &
Maniesi, 2018).
Na sequência realizou-se a identicação
de duas classes cobertura do solo de acordo com
a classicação do IBGE (2013), são elas: classe
Área Antropizada (áreas onde a cobertura vegetal
foi retirada em sua totalidade, áreas cobertas por
gramíneas nativas ou plantadas, áreas urbanizadas,
áreas em processo de urbanização incipiente) e
classe Floresta (fragmentos orestais, matas ciliares
e formação arbustiva) (Pagani & Mascarenhas,
2018).
Ainda nesta sequência, calculou-se os índices
percentuais das classes por meio da ferramenta
Calculate Geometry disponível no Attribute Table
do ArcMap, obtendo-se dados percentuais das
classes de uso do solo.
3 Resultados e Discussão
A bacia hidrográca do rio Mororó possui
área de 30,7963 km² (3.079,6345 ha) e perímetro de
53,4113 km² (53.411,3594 m²), com um total de 56
nascentes e 57 cursos de água.
Essas características podem ser explicadas
a partir das feições do relevo da cidade, que se
caracteriza por apresentar unidades denudacionais,
associadas a um intenso processo erosivo e
agrupamentos de morros e colinas que contribuem
para concentração do escoamento de água para a
regiões de recarga da bacia do Rio Jaru (CPRM,
2017).
Além disso, ocorrem planícies aluviais e
depressões, desenvolvidas ao longo das drenagens e
de suas planícies de inundação na rede de drenagem
regional, as quais contribuem para formação de
pequenos pântanos ao longo do rio Mororó (CPRM,
2017).
A seguir, na Figura 4, observa-se que a
redução mais acentuada da vegetação ocorreu entre
1975 e 1985, que compreende os primeiros anos de
colonização do município de Jaru. Na sequência, a
partir de 1990, redução da vegetação foi contínua
culminando em 66,94% de área antropizada em
2018. No entanto, entre 1990 e 2018 a redução da
cobertura orestal foi mais distribuída com taxa de
desmatamento na ordem de 2,7 % ano-1, enquanto
que entre 1975 e 1985 a taxa foi de 8,5 % ano-1.
Figura 4 Classes de uso e ocupação do solo entre os anos de
1975 a 2018 da bacia hidrográca do rio Mororó em Jaru,
Rondônia, Brasil.
Esses resultados têm correlação com a
construção da infraestrutura no entorno da cidade de
Jaru, como pode ser observado nas Figuras 5 e 6, nas
quais nota-se que o processo de desmatamento foi
concentrado às margens da BR-364.
Destaca-se também que a partir de 1985 a
supressão de áreas de preservação permanente,
principalmente matas ciliares, foi mais intensa. Isso
associado às características do relevo da região de
Jaru mencionadas anteriormente, potencializaram
erosões de grande intensidade e deslocamento de
partículas de solo ocasionado o assoreamento dos
corpos de água.
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Figura 5 Uso e ocupação do solo nos anos 1975 e 1980 da bacia hidrográca do rio Mororó em Jaru, Rondônia, Brasil.
Figura 6 Uso e ocupação do solo nos anos 1985 e 1990 da bacia hidrográca do rio Mororó em Jaru, Rondônia, Brasil.
Os estudos de Neto & Nogueira (2017),
auxiliam na compreensão desses aspectos, pois os
autores mencionam que a pavimentação das rodovias
BR-319, BR-317 e BR-364 propiciou alterações
substanciais no espaço geográco, tendo Rondônia
como o principal eixo rodoviário da Amazônia
ocidental e alterou profundamente os deslocamentos
populacionais.
Além disso, como grande parte da bacia
do rio Mororó abrange propriedades rurais, os
desmatamentos para formação de pastagens também
foram signicativos. De acordo com Trubiliano &
São Paulo (2016), foram destinados para os projetos
de colonização uma faixa de 100 quilômetros de
terras de cada lado da BR-364, já que a rodovia
facilitava a entrada dos migrantes em terras
rondonienses e nesse espaço, foram distribuídos
lotes de 50 até 100 hectares.
A distribuição dessas áreas foi coordenada
por meio de projetos de assentamentos fundiários
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realizados pelo Instituto Nacional de Colonização
e Reforma Agrária - INCRA (Nascimento, 2010),
a partir da década de 1970, para implementação da
agropecuária, com foco pecuária de corte e de leite.
Outro ponto a se destacar, nas Figuras 7 e 8 é o
padrão característico de desmatamento em Rondônia
conhecido como “espinha de peixe” (Moura et
al., 2017), que geralmente está associado áreas de
projeto de assentamento rural do INCRA; pequenos
e médios estabelecimentos rurais; atividades
econômicas: agricultura familiar e pequena pecuária
e estágio intermediário de ocupação do solo (Saito
et al., 2011).
Figura 7 Uso e ocupação do solo nos anos 1995 e 2000 da bacia hidrográca do rio Mororó em Jaru, Rondônia, Brasil.
Figura 8 Uso e ocupação do solo nos anos 2005 e 2010 da bacia hidrográca do rio Mororó em Jaru, Rondônia, Brasil.
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Outro fator associado a intensa supressão
vegetal, é o fato da Amazônia Legal ter cerca
de 62,2% da ocupação das áreas desorestadas
localizam-se na região denominada “arco do
desmatamento”, onde se encontram diferentes tipos
de área antropizada nas quais a cobertura vegetal
foi retirada totalmente, áreas cobertas por gramíneas
nativas ou plantadas, áreas urbanizadas, áreas em
processo de urbanização incipiente, conforme pode
ser visto na Figura 9 no ano de 2018.
Logo, na região da bacia hidrográca do rio
Mororó o mesmo modelo de desenvolvimento de
antropização pode ser notado, vericando-se dessa
forma, um acelerado progresso da fronteira agrícola
sobre as orestas e a conversão destas em áreas de
agropecuária.
Confrontando os dados do Cadastro Ambiental
Rural - CAR (Brasil, 2018), vericou-se que 49,97%
( 1539,04 ha) da área total da bacia do rio Mororó
está declarada, sendo que existem apenas 3,30%
(101,55 ha) de área de Reserva Legal - RL e 5,35%
(164,77 ha) de Área de Preservação Permanente -
APP, que juntas somam 8,65% (266,32 ha) de áreas
a serem mantidas com orestas de acordo com o
Código Florestal Brasileiro - CFB (Brasil, 2012), no
entanto só 6,88% (211,99 ha) correspondem a áreas
com orestas totalmente preservadas.
Figura 9 Uso e ocupação do solo nos anos 2015 e 2018 da bacia hidrográca do rio Mororó em Jaru, Rondônia, Brasil.
Por outro lado, vale ressaltar que a bacia do
rio Mororó também apresenta uma área urbanizada
onde se localiza a porção urbana da cidade de Jaru,
essa área é de 23,89 % (735,86 ha), da área total da
bacia com 2,20% (67,90 ha) de APP delimitada de
acordo com o CFB, mas com esse estudo foi possível
diagnosticar que somente 1,50% (46,33 ha) estão
realmente com oresta preservada.
Deste modo, a supressão desordenada da
oresta nativa é preocupante, pois essa cobertura
orestal é responsável pelo uxo gênico do
ecossistema da região (Pagani, 2017), regulando
temperatura e umidade, recarga dos aquíferos
livres e connados também contribuindo para
a probabilidade de inundações, erosão do solo,
assoreamento dos cursos de água e redução da
quantidade e da qualidade de água da região.
4 Conclusão
O uso das geotecnologias apresentou-se como
eciente ferramenta para realizar a delimitação da
bacia do rio Mororó e análise multitemporal de
cobertura do solo.
Com a análise multitemporal de cobertura do
solo vericou-se o grande índice de desmatamento
na região da bacia desde a colonização (1975) até
recentemente (2018) e assim reduzindo a qualidade
ambiental dos recursos naturais desse local.
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A floresta tropical Amazônica tem sido substituída por outros tipos de cobertura e usos da terra como pastos, diferentes tipos de culturas agrícolas, garimpo, exploração madeireira e assentamentos de reforma agrária. Vários estudos tê, sido realizados para monitoramento da floresta e para a análise da dinâmica da paisagem, os quais são fundamentais para o entendimento do processo de ocupação da Amazônia. Assim, este trabalho tem como objetivo analisar a sensibilidade de algumas métricas da paisagem em relação à variação do tamanho das células associadas aos padrões de desmatamento e, também, aos diferentes tipos de ocupação humana. Os tamanhos testados de células foram de 25 km, 40 km, 50 km, 60 km e 70 km. Neste estudo, dados de desmatamento do Monitoramento da Floresta Amazônica por Satélite (PRODES) foram utilizados e nove métricas, que medem parâmetros da estrutura da paisagem foram avaliadas. Os resultados demonstraram que as métricas MPFD, AWMPFD, MSI e AWMSI são independentes da variação do tamanho das células e as métricas ED, MPAR, MPS e PSSD conseguem discriminar os tipos de padrões de desmatamento analisados. Os resultados obtidos neste trabalho podem subsidiar a escolha adequada do tamanho da grade celular em estudos de análise da paisagem que relacionam padrões de desmatamento com os diferentes processos e estágios de ocupação nas regiões de fronteira agropecuária da Amazônia Legal.
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Köppen's climate classification remains the most widely used system by geographical and climatological societies across the world, with well recognized simple rules and climate symbol letters. In Brazil, climatology has been studied for more than 140 years, and among the many proposed methods Köppen's system remains as the most utilized. Considering Köppen's climate classification importance for Brazil (geography, biology, ecology, meteorology, hydrology, agronomy, forestry and environmental sciences), we developed a geographical information system to identify Köppen's climate types based on monthly temperature and rainfall data from 2,950 weather stations. Temperature maps were spatially described using multivariate equations that took into account the geographical coordinates and altitude; and the map resolution (100 m) was similar to the digital elevation model derived from Shuttle Radar Topography Mission. Patterns of rainfall were interpolated using kriging, with the same resolution of temperature maps. The final climate map obtained for Brazil (851,487,700 ha) has a high spatial resolution (1 ha) which allows to observe the climatic variations at the landscape level. The results are presented as maps, graphs, diagrams and tables, allowing users to interpret the occurrence of climate types in Brazil. The zones and climate types are referenced to the most important mountains, plateaus and depressions, geographical landmarks, rivers and watersheds and major cities across the country making the information accessible to all levels of users. The climate map not only showed that the A, B and C zones represent approximately 81%, 5% and 14% of the country but also allowed the identification of Köppen's climates types never reported before in Brazil.
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O objetivo desse trabalho foi avaliar a influência dos modelos de colonização (“espinha de peixe” e topográfico) nos diferentes estágios sucessionais: Inicial (SS1), Intermediário (SS2) e Avançado (SS3) na Amazônia Legal Brasileira, através de atributos fitossociológicos apoiados por imagens de satélite, e entender as variáveis que afetam os padrões de sucessão florestal e as diferenças existentes entre as variáveis biométricas dentro dos diferentes assentamentos localizados na porção Noroeste do Estado de Rondônia. Para isso foram amostrados 56 transectos de 10 x 250 m em áreas de estágio sucessional avançado, 64 transectos de 10 x 10 m em áreas de estágio sucessional intermediário, e 79 transectos de 2 x 2 m em áreas de estágio sucessional inicial. No modelo de colonização denominado “espinha de peixe”, foram identificadas 23 famílias e 43 espécies - no estágio sucessional inicial; no estágio SS2 foram identificadas 20 famílias e 41espécies; já no estágio sucessional avançado, foram catalogadas 37 famílias com 42 espécies. No modelo de colonização cuja forma é conhecida como topográfico, foram catalogadas no estágio inicial - 32 famílias e 60 espécies; no estágio intermediário - 29 famílias e 54 espécies; e no estágio avançado - 43 famílias e 57 espécies. As famílias mais importantes neste processo de sucessão foram as Fabaceae, Caesalpiniaceae, Lauraceae e Bignoniaceae em ambos os modelos.Palavras-chave: colonização da Amazônia, fitossociologia, sucessão florestal. PHYTOSOCIOLOGICAL ANALYSIS OPEN RAINFOREST COLONIZATION IN DIFFERENT MODELS OF THE AMAZON ABSTRACTThe aim of this study was to evaluate the influence of colonization models (fishbone and topographic) in different successional stages: Initial (SS1), Intermediate (SS2) and Advanced ( SS3) in the Brazilian Amazon, through phytosociological attributes supported by satellite images, and understand the variables that affect the patterns of forest succession and the differences between biometric variables within the different settlements located in the northwestern portion of the state of Rondônia. For that were sampled 56 transects of 10 x 250m in areas of advanced successional stage , 64 transects of 10 x 10 m in areas of intermediate successional stage, and 79 of 2 x 2 m transects in areas of early initial successional stage. In the colonization model called fishbone, were identified 23 families and 43 species - in initial successional stage; in intermediate successional stage were identified 20 families and 41 species already; in advanced successional stage - were cataloged 37 families with 42 species. In the colonization model whose shape is known as topographic, were cataloged on stage SS1, 32 families and 60 species- stage SS2, 29 families and 54 species and stage SS3, 43 families and 57 species. The most important families in the process of succession were the Fabaceae, Caesalpiniaceae, Lauraceae and Bignoniaceae in both models.Keywords: colonization of the Amazon, phytosociology, forest cuccession. DOI: http://dx.doi.org/10.5935/2318-7670.v05n02a07
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Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012. Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa
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