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Abstract and Figures

A variability of soil elements has been studied by environmental modeling techniques using geostatistics. This can be an essential tool for the development of projects related to interpolation methods and statistical methodologies to validate the correlation between soil characteristics. In this perspective, this work aims to model the natural chemical characteristics of the larger elements P, K, Mg, Ca and Na of the soils of Feira de Santana-BA. To this end, it carried out a collection of solution samples in the study area and they were carried out as chemical analyzes in the laboratory. Subsequently, the outliers were removed and performed with a descriptive statistic of the attributes, also available or Pearson's linear correlation coefficient between the elements. Calculate the pixel size, define the Krigagem interpolator by calculating the residuals and select the standards for classifying properties. The experimental semivariograms were adjusted and followed produced in the Ordinary Krigagem, and 2.5D maps were also generated.It was observed that in most cases, the units of high distribution of larger elements are to the west, in contrast, the areas of lowto the east of the municipality.
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Revista Ibero-Afro-Americana de Geografia Física e Ambiente
Iberian-African-American Journal of Physical Geography and Environment
Physis Terrae, Vol. 2, nº 1, 2020, 63-86. ISSN: 2184-626X
https://doi.org/10.21814/physisterrae.2573
Modelagem geoestatística de elementos maiores dos
solos de Feira de Santana-Ba, Brasil
Geostatistical modeling of larger elements of soils of Feira de
Santana-Ba, Brazil
Jonathas Jesus dos Santos, Programa de Pós-Graduação em Geografia Física, Universidade de São
Paulo- USP, Brasil, jonathas@usp.br
https://orcid.org/0000-0003-4558-7602
Washington de Jesus Sant'Anna da Franca Rocha, Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em
Estudos Interdisciplinares e Transdisciplinares em Ecologia e Evolução (IN-TREE), Programa de Pós-
Graduação Modelagem em Ciências da Terra e do Ambiente, Universidade Estadual de Feira de
Santana, Brasil, wrocha@uefs.br
https://orcid.org/0000-0002-2175-2792
Gustavo Macedo de Mello Baptista, Instituto de Geociências, Universidade de Brasília, Brasil,
gmbaptista@unb.br
https://orcid.org/0000-0002-1973-2725
Deorgia Tayane Mendes de Souza, Programa de Pós-Graduação Modelagem em Ciências da Terra e
do Ambiente, Universidade Estadual de Feira de Santana, Brasil, deorgiasouza.geo@gmail.com
https://orcid.org/0000-0001-6791-3611
Ardemirio de Barros Silva, Programa de Pós-Graduação Modelagem em Ciências da Terra e do
Ambiente, Universidade Estadual de Feira de Santana, Brasil, abarros@uefs.br
https://orcid.org/0000-0002-0892-0851
Sarah Moura Batista dos Santos, Departamento de Geografia, Universidade do Minho, Portugal,
saamoura@gmail.com
https://orcid.org/0000-0001-5437-9202
Resumo: A variabilidade dos elementos do solo vem sendo estudada por técnicas de modelagem
ambiental por meio da geoestatística. Essa pode ser uma ferramenta essencial para o desenvolvimento
de projetos relacionados a métodos de interpolação e metodologias estatísticas para validar a
correlação entre as características referentes aos solos. Nessa perspectiva, esse trabalho tem como
objetivo modelar as características químicas naturais dos elementos maiores P, K, Mg, Ca, e Na dos
solos de Feira de Santana-BA. Para tal, realizou-se a coleta das amostras de solos na área de estudo
e foram realizadas as análises químicas em laboratório. Posteriormente foram removidos os outliers e
efetuou-se a estatística descritiva dos atributos, avaliando também o coeficiente de correlação linear
de Pearson entre os elementos. Calculou-se o tamanho do pixel, definiu-se o interpolador Krigagem
por meio do cálculo dos resíduos e selecionou-se os critérios para classificação das propriedades. Os
semivariogramas experimentais foram ajustados e em seguida produziu-se a Krigagem Ordinária,
sendo também gerados mapas 2,5D. Observou-se que na maioria das vezes, as unidades de alta
distribuição de elementos maiores estão ao oeste, em contrapartida, as áreas de baixa ao leste do
município.
Palavras-chave: Química de solo; Variabilidade espacial; Distribuição de elementos.
Abstract: A variability of soil elements has been studied by environmental modeling techniques using
geostatistics. This can be an essential tool for the development of projects related to interpolation
methods and statistical methodologies to validate the correlation between soil characteristics. In this
perspective, this work aims to model the natural chemical characteristics of the larger elements P, K,
Mg, Ca and Na of the soils of Feira de Santana-BA. To this end, it carried out a collection of solution
samples in the study area and they were carried out as chemical analyzes in the laboratory.
Santos et al. / Physis Terrae, Vol. 2, nº 1, 2020, 63-86
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Subsequently, the outliers were removed and performed with a descriptive statistic of the attributes, also
available or Pearson's linear correlation coefficient between the elements. Calculate the pixel size,
define the Krigagem interpolator by calculating the residuals and select the standards for classifying
properties. The experimental semivariograms were adjusted and followed produced in the Ordinary
Krigagem, and 2.5D maps were also generated. It was observed that in most cases, the units of high
distribution of larger elements are to the west, in contrast, the areas of low to the east of the municipality.
Keywords: Soil chemistry; Spatial variability; Distribution of elements.
Introdução
O conhecimento sobre a variabilidade dos atributos dos solos tornou-se uma questão
estratégica, tanto do ponto de vista agrícola (com o objetivo de aumentar a eficiência
e produtividade), quanto do ponto de vista ambiental (para avaliar os efeitos da
antropização e da degradação do solo). Nessa perspectiva, a geoestatística tem
desempenhado um papel fundamental na avaliação da variabilidade espacial de
elementos nos solos (Ortiz, 2008; Silva, Lima, 2009; Manzione, Zimback, 2011; Zonta
et al., 2014; Martins, Fernandes, 2017; Santos et al., 2019).
A avaliação da variabilidade pode ser uma ferramenta essencial para o
desenvolvimento de projetos relacionados a métodos de interpolação e metodologias
estatísticas para validar a correlação entre as características referentes aos solos
(Ronquim, 2010). O emprego de técnicas de modelagem possibilita a criação de
cenários, pelas simulações sobre um conjunto de equações que irão representar um
processo (Martin et al., 2007). Para a modelagem de atributos do solo deve-se analisar
as propriedades químicas, integrá-las e espacializá-las num Sistema de Informação
Geográfica (SIG) (Bönisch, 2001; Ortiz, 2008).
As técnicas quantitativas de predição espacial por meio de modelagem em
levantamentos de solos são comumente provenientes da geoestatística e de métodos
estatísticos modernos por meio de estimativas espaciais para caracterização da
variabilidade (Mcbratney et al., 2000; Bönisch et al., 2004). Um dos métodos
geoestatísticos para esses estudos é a Krigagem que incorpora em seus
ponderadores a dependência espacial entre as amostras. Esta dependência espacial
é expressa por meio dos parâmetros do modelo de semivariograma ajustado
(Almeida, 2013).
A geoestatística tem-se mostrado de grande utilidade, na ciência do solo, para
caracterizar e mapear a variabilidade espacial de suas propriedades. Com ela pode-
se fazer um levantamento completo do estado físico e químico da área, e caracterizar
sua variabilidade espacial por meio de variogramas (Manzione, Zimback, 2011). Logo,
este trabalho tem como objetivo modelar as características químicas naturais dos
elementos maiores Fósforo (P), Potássio (K), Magnésio (Mg), Cálcio (Ca), e Sódio
(Na) dos solos de Feira de Santana-BA em um pixel de 332 metros.
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Mudanças ambientais e riscos
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1. Área de estudo
A pesquisa foi realizada no município brasileiro de Feira de Santana, localizado no
estado da Bahia, região nordeste do Brasil (Figura 1). Trata-se de um município
comercial que está localizado no Agreste, área de transição biológica entre a Mata
Atlântica e a Caatinga, com presença de fauna e flora dos dois ambientes (Dias &
Lobão, 2016). Está em uma área chamada “Polígono das Secas”, com clima variando
de seco a subúmido e prolongados períodos de estiagem (CPRM, 2005).
O município desempenha importante papel regional, servindo de ligação entre as
regiões fisiográficas do litoral úmido e do interior semiárido, e entre as grandes regiões
geográficas Nordeste e Sudeste do Brasil (Santo et al., 2013).
Figura 1: A - Localização do Estado da Bahia no Brasil. B - Localização do município de Feira de
Santana no estado da Bahia. C Limites territoriais do município de Feira de Santana.
De acordo com o IBGE (2018), predominam seis classes de solos (Figura 2). A leste,
destaca-se os Argissolos Vermelhos-Amarelos e Argissolos Amarelos juntamente
com uma faixa de Planossolos. Ao norte pequenas faixas de Latossolos. A oeste
Planossolos, Neossolos Litólicos e Chernossolos.
O uso e ocupação da terra (Figura 3) é caracterizado em grande parte da área
territorial pela agricultura e pecuária, o município também possui, lagos, açudes ou
represas principalmente na porção leste. Na porção oeste observa-se a presença da
vegetação caatinga, da floresta estacional e secundária. A vegetação natural do
município é a caatinga arbórea e arbustiva, que se encontra bastante fragmentada
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nas partes mais baixas do relevo e bem preservada nas áreas de serras. O núcleo
urbano está localizado na porção central do município (Dias, Lobão, 2016).
Figura 2: Pontos amostrais dos solos de Feira de Santana-BA.
Geomorfologicamente o município está localizado em uma área de Pediplano
Sertanejo, na unidade geomorfológica dos Tabuleiros Interioranos, que são
características de superfícies descontínuas modeladas e tabulares. Geologicamente,
o município tem duas formações: o embasamento cristalino pré-cambriano, composto
basicamente por granitos-gnaisses; e outra sedimentar de idade Pliocênica composta
por conglomerados, areias e argila (Santos, Andrade, 2008). Nesse sentido,
predomina a oeste do município o Gnaisse Granulítico e a leste rochas como Arenito,
Arenito conglomegrado, Monzogranito, Quartzo, Sienogranito, Anfibolito e Migmatito.
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Figura 3: Classes do Mapbiomas do uso e cobertura da terra de Feira de Santana no ano de 2018.
2. Materiais e Métodos
2.1. Coleta de amostras e configuração de dados
Para a coleta de amostras foi utilizado o trado holandês em aço inox com perfuração
de 25 cm. Coletou-se amostras em várias partes do município e preferindo-se os
lugares com menores intervenções humanas. A marcação dos pontos de coleta foi
realizada com o GPS de modelo convencional de precisão de 4 metros. Foram
coletados 74 pontos, com amostragem simples de uma amostra por ponto.
distância média entre os pontos foi de 1500 metros. O padrão de distribuição de
amostras escolhido foi de coletas nas quatro grandes regiões e nas principais classes
de solos do município, incluindo coletas nos Latossolos Amarelos e Argissolos
Vermelho-Amarelo (Figura 2). Posteriormente os pontos foram plotados no SIG.
Para o mapa de uso e cobertura da terra (Figura 3), utilizou-se os dados do Projeto
de Mapeamento Anual da Cobertura e Uso do Solo do Brasil - MapBiomas. Trata-se
de um projeto que têm desenvolvido uma série de metodologias para o monitoramento
da dinâmica do uso e da cobertura da terra do Brasil, por meio das técnicas de
sensoriamento remoto, com o uso plataforma de processamento digital em nuvem
Google Earth Engine (Costa et al 2018).
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2.2. Análise química de solos com verificação de outliers e estatística descritiva dos
atributos
Parte das amostras coletadas foram levadas para o laboratório de química de solo da
Embrapa de Cruz das Almas-BA e a outra parte para o laboratório de química da
Embrapa em Petrolina-PB. Foram realizadas análises químicas, sendo determinados
a concentração total dos elementos maiores: P, K, Mg, Ca e Na. O método utilizado
para a determinação do P, K, e Na foi com o extrator Mehlich 1 com determinação por
absorção atômica. para a extração do Mg e Ca utilizou-se o KCl 1M também por
absorção atômica (Embrapa, 2011).
Com os resultados da química de solo, observou-se a existência de outliers. Esses
são valores extremos que se diferenciam dos outros por fugir da normalidade. Eles
podem surgir por qualquer motivo, incluindo aqueles através de medições não
laboratoriais e processos relacionados ao procedimento (Parrinello et al., 2016). Os
outliers foram removidos utilizando o método de Chauvenet, que leva em
consideração a média e o desvio padrão das amostras para a determinação dos
valores aberrantes (Maples et al., 2018).
Em seguida, realizou-se um estudo exploratório nos resultados das análises, sendo
determinadas as medidas de localização (mínimo, máximo, média, mediana e média
geométrica), medidas de dispersão ou variabilidade (desvio padrão, coeficiente de
variação, variação interquartil), e as medidas de assimetria e curtose. Tais análises
permitiram a avaliação da normalidade dos atributos analisados de acordo com
Carneiro et al. (2016).
As medidas de localização são informação sobre as correspondentes características
populacionais ou parâmetros da população (Martins, 2015). É uma maneira de resumir
ainda mais os dados apresentando um ou mais valores que sejam representativos
para toda série (Morettin, Bussad, 2010). Como o exemplo das medidas de tendência
central representada pela média, mediana e moda. Onde a média é a soma das
observações divididas pelo número dela, a mediana a posição central da série e a
mediana o valor que mais se repete (Morettin, Bussad, 2010).
As medidas de dispersão ou variabilidade são cálculos que podem resumir a
informação contida na amostra, dando a designação da variabilidade ou dispersão da
distribuição dos dados, ou seja, da maior ou menor dispersão dos dados relativamente
a alguma medida de localização (Martins, 2015), a exemplo da variação interquartil é
uma medida de variabilidade, com base na divisão de um conjunto de dados em
quartis. Estes quartis dividem um rank ordena conjunto de dados em quatro partes
iguais. O intervalo interquartil é igual a Q3 menos Q1 (Nanthakumar, Vijayalakshmi,
2016).
Também o Coeficiente de Variação (CV) que seria uma medida de dispersão criada
para estimar a precisão de experimentos e representa o desvio-padrão expresso como
porcentagem da média, quanto menor o CV maior homogeneidade entre os dados
(Mohallem et al., 2008). O CV obtido pela razão entre desvio-padrão e a média dos
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dados, é uma importante ferramenta para análise da dispersão dos dados por ser uma
medida relativa ao valor médio da série (Junior et al., 2010).
Já as medidas de assimetria e curtose é uma forma alternativa para verificar
suposição de normalidade dos dados, refere-se à aplicação de testes baseados nos
dois coeficientes (Santos, Ferreira, 2003).
2.3. Cálculo do tamanho da célula e definição do interpolador
O tamanho da grade ou pixel é uma etapa fundamental para a definição da resolução
espacial em um mapa quando se leva em consideração o número de pontos
amostrados (Silva, 2018). A equação para a cálculo da resolução espacial nesse caso,
pode ser definida como:
Equação 1:
𝜌"="0,0791"𝑥"
*
𝐴
𝑁
Onde o
𝜌
seria o tamanho da célula (pixel), “0,0791” a regra geral do mapa
recomendado para estudos de densidade de inspeção, “A” seria o tamanho da área
em metros que está sendo estudada e o “N” o número das amostras que foram
coletadas (Hengl, 2006). Nesse sentido, determinou-se o tamanho do pixel da área de
estudo, levando em consideração o número de amostras coletadas e o tamanho da
área.
De acordo com área de trabalho de
1.303.001.315"𝑚!
e com 74 amostras coletadas
foi definido pela Equação 1 um tamanho do pixel para a modelagem de elementos
maiores de Feira de Santana de 332 metros.
Para a definição do interpolador, foi levando em consideração o cálculo dos resíduos.
Essa é uma etapa importante que o interpolador com uma menor quantidade de
resíduos melhor representaria uma realidade espacial. Nessa perspectiva, avaliou-se
o valor dos resíduos nos resultados das análises com os interpoladores Mínima
Curvatura, o Inverso do Quadrado da Distância e a Krigagem ordinária. Para o cálculo
dos resíduos utilizou-se o programa Surfer 9 e o Excel.
2.4. Ajuste dos semivariogramas experimentais para a modelação da área de estudo
Os semivariogramas experimentais das propriedades químicas do solo foram
ajustados sendo determinadas as estruturas de correlação da continuidade espacial.
Para o ajuste dos semivariogramas definiu-se os modelos, estabeleceu-se uma
direção e a tolerância para cada atributo, sendo também observados o efeito pepita,
contribuição e o alcance. Calculou-se os semivariogramas experimentais no programa
geostatístico Surfer 9 por meio da Equação 2 (Journel, 1989):
Santos et al. / Physis Terrae, Vol. 2, nº 1, 2020, 63-86
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Equação 2:
𝛾
(
)
=" 1
2𝑁(ℎ)
6
[𝑍(𝑥"#
$%&'
"() )𝑍(𝑥"# +ℎ)]²
Onde γ(h) é o semivariograma estimado entre pares de pontos, N(h) é o número de
pares de valores medidos Z(xi) e Z(xi + h) medidos em locais afastados entre si da
distância h, (Mello et al., 2003; Mello et al., 2005). Os parâmetros dos
semivariogramas experimentais estão descritos na tabela IV. Optou-se por definir a
direção omnidirecional para todas as variáveis em estudo, ou seja, não houve
nenhuma direção preferencial de continuidade espacial.
2.5. Espacialização dos resultados por meio da Krigagem Ordinária e critérios para a
classificação dos elementos maiores
A espacialização individual de cada uma das propriedades químicas avaliadas em
laboratório foi realizada com o procedimento de interpolação geoestatística de
Krigagem Ordinária (KO). Esse método observa a estimativa de uma variável em local
não amostrado (n*) é obtida a partir da combinação linear dos n dados amostrados
(ni) disponíveis na vizinhança do ponto analisado, de acordo com a expressão geral
(Bagnara et al., 2012):
Equação 3:
𝑣*=
6
𝜆"
+
"() ".𝑣"
Onde
𝜆"
(i = 1,2,..,n) são os pesos atribuídos a cada valor amostral, o
𝑣""
são os dados
experimentais e n o número de elementos amostrais (Bagnara et al., 2012).
Os critérios utilizados para a classificação dos elementos maiores em unidades de
modelos espaciais de baixa, média, média alta e alta foram os de Souza et al. (2015).
Nesse sentido, observou-se os padrões utilizados para a classificação (Tabela I).
Tabela I: Padrões das propriedades dos elementos maiores
Média
Média-Alta
Alta
P (mg/dm³)
7 a 13
14 a 20
>20
K (cmolC /dm³ )
0,08 a 15
0,15 a 0,23
>0,23
Ca (cmolC /dm³ )
2,0 a 4,0
-
>4,0
Mg (cmolC /dm³ )
0,5 a 1,0
-
>1,0
Na (cmolC /dm³ )
6 a 15
-
>15
Fonte: Souza et al. (2015)
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3. Resultados e Discussão
O interpolador que apresentou na generalidade menores resíduos foi a Krigagem, em
comparação com Inverso do Quadrado da Distância (IQD) e a Mínima Curvatura (MIC)
(Tabela II). Entretanto, no caso do Mg o interpolador que apresentou o menor valor de
resíduos foi o MIC com 0.49 e para o Na foi o IQD com um valor de 0.48, valor
aproximado da Krigagem com 0.49. Para o P o melhor interpolador foi a Krigagem
com um valor de -0.25 de resíduos, para o K também a Krigagem com 0.26, e no caso
do Ca também a Krigagem com um valor de 0.44.
Tabela II: Cálculo dos resíduos entre os interpoladores
P
K
Ca
Mg
Na
IQD¹
-0.42995
-0.62544
0.483928
0.910218
0.483632
MIC²
-0.44336
-1.09715
0.665236
0.492241
0.549366
KRIG³
-0.25276
0.267033
0.449994
0.937942
0.493713
¹Inverso do Quadrado da Distância; ²Mínima Curvatura; ³Krigagem;
A estatística descritiva da química de solo (Tabela III) demonstra em primeiro lugar as
medidas de localização, logo depois as de dispersão e as medidas de assimetria e
curtose. O menor valor mínimo é o do Na com 0.03 e o maior o do P com 414. A maior
média também foi do P com 55.4 e a menor do Na com 0.17, bem como os valores de
mediana 28.94 e 0.17, respectivamente.
Tabela III: Estatística descritiva de elementos maiores dos solos de Feira de Santana-BA.
Ca
(cmolC
/dm³ )
K
(cmolC
/dm³ )
Mg
(cmolC
/dm³ )
Na
(cmolC
/dm³ )
P
(mg/dm
³)
Medidas de
localização
Mínimo
0.38
0.05
0.18
0.03
0.71
Máximo
10.64
1.4
6.69
1.1
414
Média
3.79
0.31
1.81
0.27
55.4
Mediana
3.22
0.24
1.5
0.17
28.94
Média
Geométrica
3.02
0.24
1.41
0.19
19.39
Medidas de
dispersão
SD¹
2.37
0.25
1.26
0.24
77.42
IQR²
2.96
0.19
1.71
0.2
65
CV³
0.62
0.81
0.69
0.91
1.39
Medidas de
Assimetria e
Curtose
Cs4
0.77
1.92
1.30
1.78
2.49
Ck5
2.99
6.93
5.11
5.84
9.99
¹Desvio Padrão; ²Variação Interquartil; ³Coeficiente de Variação³; Coeficiente de Assimetria4
Coeficiente de Curtose5. Fonte: elaborada pelo autor
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Nesse sentido, o P possui uma maior distribuição de valores e o Na uma menor
distribuição em relação aos outros elementos. Esse fato também é verificado na
mediana, onde o P possui valor de 28.94 e o Na 0.17, na média geométrica com
valores de 19.39 e 0.19, respectivamente. O maior Desvio Padrão (SD) também é do
P com valor de 77.42 e os menores do Na 0.24 e do K 0.25.
O Intervalo Interquartil (IQR) revela que o maior valor foi do P com 65 e o menor o Na
com 0.2.O menor Coeficiente de Variação (CV) foi a do Ca, com um valor de 0.62,
o maior CV foi a do P com 1.39. Nesse sentido, é observável que o P possui maior
variabilidade no espaço analisado sendo o mais heterogêneo. Em contrapartida o Ca
tem uma menor variabilidade apresentando uma maior homogeneidade entre os
dados avaliados. Esse fato se deve a amostragem.
Os maiores valores do coeficiente de assimetria (Cs) também foi do P com valor de
2.49 e o menor o do Ca com 0.77. Os maiores valores de curtose (Ck) foi a do P com
9.99 e a do K com 6.93, já os menores valores foram as do Ca e Mg com 2.99 e 5.11,
respetivamente. Observa-se que os valores teóricos de Ck próximo de 3 indica a
normalidade dos dados (Carvalho et al., 2002). Todos os semivariogramas
experimentais foram ajustados como o modelo linear com um alcance de 21000. O
maior efeito pepita foi o do P e o menor o do Na, a maior contribuição o do Mg e a
menor do Na.
Tabela IV: Parâmetros dos modelos de semivariogramas experimentais
Direção
Modelo
Efeito pepita
Contribuição
Alcance
Ca (cmolC /dm³)
Omnidirecional
Linear
0,12
0,22
21000
K (cmolC/dm³)
“’
“’
0,06
0,10
“’
Mg (cmolC /dm³)
“’
“’
1,22
2,20
“’
Na (cmolC /dm³)
“’
“’
0,05
0,09
“’
P (mg/dm³)
“’
“’
41,22
0,90
“’
Os semivariogramas experimentais podem ser observados na Figura 4. É verificável
que o menor efeito pepita foi do K com um valor de 0,6 e o maior a do Mg com 1,22.
O alcance em todos os casos se aproximam de 21000.
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Mudanças ambientais e riscos
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Figura 4: Semivariogramas experimentais dos elementos maiores dos solos de Feira de Santana-BA
O mapa da distribuição espacial do P nos solos de Feira de Santana (Figura 5), revela
uma baixa distribuição do elemento químico nos solos da porção leste e média em
partes da porção oeste do município. As áreas de alta distribuição estão localizadas
Santos et al. / Physis Terrae, Vol. 2, nº 1, 2020, 63-86
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sobretudo na porção oeste, sudeste e norte do município. Tal fato fica evidenciado no
modelo 2,5D (Figura 6).
O P é um elemento necessário a qualquer forma de vida, ocorre em todos os
ecossistemas. Entretanto, a quantidade de P biodisponível presente no solo é muito
variável e está dependente do equilíbrio que se estabelece entre o P sorvido na fase
sólida e o P em solução na fase líquida do solo (Monteiro, Torrent, 2010). Nesse
contexto, em solos jovens, os fosfatos de cálcio são os principais fornecedores de P
aos organismos vivos. Por outro lado, em solos altamente intemperizados, a
biociclagem dos fosfatos orgânicos assume grande importância na manutenção da
biodisponibilidade (Santos et al., 2008).
Nesse sentido, constata-se com a observação do mapa de uso e cobertura da terra
(Figura 3) que a agricultura e pastagem são as classes predominantes na porção
oeste, sul e norte da cidade. Logo, um alto valor de P nos solos da porção oeste do
município pode ser essencial para o fornecimento de nutrientes para a vegetação e
consequentemente para o sistema agropecuário da cidade. Em contrapartida, as
unidades de baixa distribuição de P estão localizadas principalmente em áreas de
expansão da mancha urbana do município, que estão localizadas na porção leste.
Figura 5: Modelo de distribuição espacial da concentração de P em mg/dm³
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Mudanças ambientais e riscos
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Figura 6: Modelo 2,5D da distribuição espacial do P em Feira de Santana-BA
A distribuição espacial do K (Figura 7), revela que a maior quantidade do elemento
químico está distribuída na porção norte, oeste e sudoeste do município. As áreas
com valores mais baixos de distribuição estão concentradas sobretudo na porção leste
e em algumas áreas do sudeste. Já as áreas de média e média-alta distribuição estão
localizadas principalmente a leste do município e algumas áreas do sudoeste. Tal fato,
também pode ser verificado no mapa 2,5D de distribuição do K (Figura 8).
O K é o segundo nutriente mineral requerido em maior quantidade pelas espécies
vegetais, depois do nitrogênio (Rosolem et al., 2006). É possível que a disponibilidade
desse elemento químico esteja mais intimamente relacionada com a composição
mineralógica do solo (Melo et al., 2004). Diante disso, o uso e cobertura da terra
(Figura 3) nas unidades de média a alta distribuição, em sua maior parte, também está
caracterizada pela agricultura e pastagem, assim como as unidades de baixa
distribuição espacial, porém em uma menor quantidade.
Nesse sentido, um alto valor de K também poderia beneficiar o sistema agropecuário
dessa região, visto que se trata de um nutriente mineral que pode beneficiar a
vegetação. As áreas de maiores benefícios estão ao oeste, sobretudo ao norte,
noroeste e sudoeste do município de Feira de Santana.
Santos et al. / Physis Terrae, Vol. 2, nº 1, 2020, 63-86
76
Figura 7: Modelo de distribuição espacial do K em cmolC/dm³
Figura 8: Modelo 2,5D do K em Feira de Santana-Ba
O Ca está distribuído nos solos de Feira de Santana em um padrão de baixa
concentração na porção leste em contraposição a porção oeste (Figura 9), fato
Modelagem geoestatística de elementos maiores dos solos de Feira de Santana-Ba, Brasil
Mudanças ambientais e riscos
77
também verificado no modelo 2,5D (Figura 10). As áreas com concentração baixa
estendem-se sobretudo na porção leste do município, as de média estão localizados
principalmente na porção oeste com concentrações também no sudeste e norte, já as
áreas de alta concentração estão ao oeste do município, sobretudo na porção
sudoeste.
O Ca é nutriente essencial para o crescimento das plantas, a sua falta no solo aliada
a outros fatores como o aumento da acidez e excesso de alumínio tem como
consequência um franco crescimento do sistema radicular das espécies vegetais, o
que pode acarretar em uma baixa captação de nutrientes (Maria et al., 1993). Dessa
forma, identifica-se que o uso e ocupação da terra (Figura 3) nas unidades de alta
distribuição espacial do Ca na maioria das vezes é caracterizada também pela
pastagem e agricultura. As unidades de média distribuição pela agricultura, pastagem
e áreas de expansão urbana, caso identificado na porção sudeste do município.
as unidades de baixa distribuição estão concentradas em áreas de pastagem,
agricultura e expansão da mancha urbana. Nesse sentido, o Ca também poderia
beneficiar o sistema agropecuário do município, já que se trata de um nutriente para
vegetação. As áreas de maiores benefícios estariam na porção oeste do município,
sobretudo na porção sudoeste.
Figura 9: Modelo de distribuição espacial do Ca em cmolC/dm³
Santos et al. / Physis Terrae, Vol. 2, nº 1, 2020, 63-86
78
Figura 10: Modelo 2,5D do Ca em Feira de Santana-BA
O Mg possui diferentes padrões de distribuição no município (Figura 11), fato também
verificado no modelo 2,5D (Figura 12). Apresenta uma distribuição sobretudo média
na porção leste e em uma pequena parte norte do município. as áreas de alta
concentração estão localizadas praticamente em todas as quatro grandes regiões
com menos intensidade na porção leste.
Nessa perspectiva, o Mg é um dos macronutrientes essenciais para as espécies
vegetais (Benites et al., 2009). O material de origem do solo e a sua taxa de
intemperismo são certamente os condicionadores do estado do magnésio nos solos,
mas existem outros fatores que colaboram o balanço do Mg, como as entradas através
de precipitação e fertilização e as saídas através da exportação das culturas, podas,
lixiviação e erosão (Portela, Pires, 1995).
Logo, observando o mapa de uso e cobertura da terra (Figura 3), verifica-se que a
classe de pastagem e agricultura, também, ocupam a maior parte das unidades de
média e alta distribuição espacial do Mg. Em contrapartida, a área de baixa
distribuição está em uma área de expansão urbana a leste do município. Logo, um
alto valor de Mg também pode ser fundamental para a agropecuária. As áreas de
maiores benefícios estão ao leste e norte do município.
Modelagem geoestatística de elementos maiores dos solos de Feira de Santana-Ba, Brasil
Mudanças ambientais e riscos
79
Figura 11: Modelo de distribuição espacial do Mg em cmolC/dm³
Figura 12: Modelo 2,5D do Mg em Feira de Santana-BA
O Sódio (Na) possui sobretudo uma baixa distribuição nos solos de Feira de Santana
em todas as quatro regiões (Figuras 13 e 14). As áreas de média distribuição estão
localizadas a noroeste do município e em uma pequena parte do leste e sudoeste. Em
Santos et al. / Physis Terrae, Vol. 2, nº 1, 2020, 63-86
80
contrapartida, as áreas de alta concentração de sódio não foram registradas dentro
dos parâmetros da Embrapa para alta concentração.
Figura 13: Modelo de distribuição do Na em cmolC/dm³
Figura 14: Modelo 2,5D do Na em Feira de Santana
Modelagem geoestatística de elementos maiores dos solos de Feira de Santana-Ba, Brasil
Mudanças ambientais e riscos
81
O excesso de Na pode causar o processo de salinização dos solos e limitar o
rendimento das culturas (Lima et al., 2008). Entretanto, sabe-se que o Na, têm
presença em solos e águas e são amplamente absorvidos e utilizados pelas plantas,
mas não são considerados como nutrientes para as plantas porque não atendem à
definição estrita de "essencialidade" (Subbarao et al., 2003).
Neste caso, é verificado que nas unidades de baixa distribuição espacial do Na+ está
concentrado nas classes de agricultura e pastagem, assim como os de média
distribuição (Figura 3). A baixa distribuição de Na+ pode beneficiar o sistema
agropecuário do município, tendo em vista que a alta concentração deste elemento é
prejudicial para a vegetação.
Conclusões
A modelagem geoestatística dos elementos maiores dos solos de Feira de Santana-
Ba, em um pixel de 332 metros, revelou que a região possui diferentes padrões
espaciais de distribuição dos elementos maiores analisados. Entretanto, em todos os
casos, observou-se que na maioria das vezes, as unidades de grande concentração
de elementos maiores estão ao oeste do município, tratando-se de uma área com
maior predominância da agricultura e pastagem.
Por outro lado, a porção leste que é caracterizada pela expansão da mancha urbana
e pela agricultura e pastagem, apresentou em grande parte dos resultados uma baixa
distribuição espacial de elementos maiores. Tal fato pode evidenciar interferências
antrópicas no uso e cobertura do solo. Também uma área de transição, visto que o
município se encontra no agreste, que é uma área transicional entre a Mata Atlântica
e a Caatinga.
As altas ocorrências de elementos maiores nos solos do oeste do município podem
ser fundamentais para as práticas agrícolas na região. Entretanto, para uma melhor
resolução espacial e uma maior representatividade da variabilidade dos elementos
maiores nos solos seria necessário um maior número de amostras, tendo em vista o
tamanho do município que possui uma grande área territorial e o número de amostras
coletadas neste estudo.
Agradecimentos
Ao Programa de Pós-Graduação Modelagem em ciências da Terra e do Ambiente
(PPGM), da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). Ao Instituto Nacional
em Ciência e Tecnologia em Estudos Interdisciplinares e Transdisciplinares em
Ecologia e Evolução (INCT IN-TREE). Ao Projeto de Mapeamento Anual da Cobertura
e Uso do Solo no Brasil (MapBiomas). A Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoal de Nível Superior (CAPES), número do processo 1700972.
Financiamento
Santos et al. / Physis Terrae, Vol. 2, nº 1, 2020, 63-86
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Este trabalho recebeu apoio financeiro da Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoal de Nível Superior (CAPES), número do processo 1700972.
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Artigo recebido em/ Received on: 01/04/2020
Artigo aceite para publicação em/ Accepted for publication on: 13/05/2020
Article
Full-text available
The growth of the world population has led to the expansion of agricultural areas to produce food that meets world demand, making it necessary to increase productivity and maintain environmental sustainability in these areas. Seeking sustainable food production, the agricultural use of soil must be assessed in view of optimal use or land as natural resource, as well as minimize the effects of global warming related to land use and land cover (LULC). We hypothesize that different LULC affects Amazonian soil attributes. In this study, the effect of different LULC in the southern Brazilian Amazon, namely, native forest, pasture, and rice and soybean crops, on the spatial variability of soil fertility and texture was assessed, seeking to obtain information that will guide farmers in the near future to better exploit their areas and contribute to a more sustainable agriculture. Descriptive statistical analysis was performed for the pH, H + Al, Al, Ca, Mg, P, K, Cu, Fe, Mn, Zn, V, m, organic matter, clay, silt, and sand values from soil samples under different LULC. To verify the data normality, the Shapiro–Wilk test at 5% significance was performed. Outlier analysis using boxplot graphics, principal component analysis (PCA), and cluster analysis was performed. Data were submitted to geostatistical analysis to verify the spatial dependence degree of the variables through semivariograms for interpolated kriging maps. Except for silt, all variables were well represented in the factor map. PCA revealed that the data variability can be explained mainly by pH, V, Ca, K, and Zn values, which are inversely proportional to m, P, and sand. Through geostatistical analysis, spatial dependence ranging from moderate to strong was observed, generating reliability in the prediction of most attributes in pasture, rice, and soybean areas. Yet, a spatial dependence ranging from moderate to strong was found, generating reliability in the prediction of most attributes in pasture, rice, and soybean areas. Our findings reveal a lower fertility and higher acidity in forest areas, whereas crop areas presented the opposite result.
Article
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Municipal Solid Waste Management with the material disposal in landfills is a widely adopted practice in Brazil. The environmental performance quantification in MSWM supports the proposition of optimized practices. The Life Cycle Assessment was applied to evaluate 1 ton of material in the Municipal Solid Waste Management of Feira de Santana, state of Bahia, Brazil. The system boundary of the Municipal Solid Waste Management in this study included the material managed in collection, transportation, treatment, disposal and leachate handling stages. The material disposal in sanitary landfill was evaluated in the base scenario of Municipal Solid Waste Management and the resource recovery options for material (recycling and composting) and energy (sanitary landfill and anaerobic digestion with biogas collection) in the proposed scenarios of Municipal Solid Waste Management. The foreground inventory used representative data for the evaluated scenarios, while the background inventory used the ecoinvent™ database in the Simapro® software with the Cumulative Energy Demand and Intergovernmental Panel on Climate Change 2013 with 100 years global warming potential methods. Cumulative Energy Demand was 215 MJ·t⁻¹ and Greenhouse Gas emissions were 449 kg CO2eq·t⁻¹ in the base scenario. The largest contribution in the base scenario was the collection and transportation stage in Cumulative Energy Demand and the sanitary landfill in Greenhouse Gas. The proposed scenarios with resource recovery showed a potential to reduce the Cumulative Energy Demand and Greenhouse Gas emissions in Municipal Solid Waste Management, along with supporting the transition to a circular economy. Keywords: life cycle assessment; zero waste; resource recovery; reverse logistics
Article
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The increase of bibliometric surveys in the measurement of scientific activity has favored the development of important indicators. In this perspective, we intend to analyze the publications in scientific journals on spectroradiometry and soils, geostatistics and soil on a 10-year time scale. Therefore, the SCOPUS platform was used for the analysis, configuring the search data, selecting only the articles, the search limit per year and the knowledge field limit. Subsequently, the general information of all journals including country of publication, authors' names, co-authors, citations, among others, were exported and semantic networks were established in the VOSviewer® program, selecting the period from 2007 to 2017. There was an increase in the number of publications of the two themes surveyed over time, the country that most published on spectroradiometry and soils is the USA, and on geostatistics and soil fertility in China and Brazil.
Article
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A variabilidade espacial de atributos do solo pode sofrer influências de diversos fatores, relativos à formação do solo: (material de origem, topografia, vegetação, clima e tempo), práticas de manejo (tipo de preparo do solo, rotação de culturas e adubação) e erosão. Nesse sentido, são necessárias técnicas apropriadas para acessar informações relativas a quais variáveis exercem maior influência sobre determinados aspectos do solo, a fim de aperfeiçoar o manejo e as práticas de correção de acidez e adubação, em propriedades agrícolas. O objetivo deste trabalho foi demonstrar a aplicação de técnicas geoestatísticas multivariadas na investigação do comportamento de um conjunto de variáveis químicas do solo. O trabalho foi realizado em uma área experimental de 70 hectares, no município de em Araguari-MG, onde foram analisadas as variáveis Fósforo (P), Potássio (K) e Matéria Orgânica (MO), sob o escopo do modelo linear de corregionalização. Nesse método, são ajustados p(p+1) variogramas diretos e cruzados, para as variáveis, posteriormente decompostas em componentes principais. Os resultados demonstraram uma maior influência espacial da variável P, em micro e média escala, e uma influência dividida entre as varáveis P e K, em longa escala. Devido ao manejo a que vem sendo submetida, a área apresenta uma fraca influência da MO, no comportamento conjunto dessas três variáveis do solo, e uma maior dependência espacial ligada às variáveis P e K, durante as adubações para plantio de soja e milho. Os resultados indicam ainda um limite mínimo de 320,18 metros para criação de zonas de manejo desses elementos, em sistemas de adubação à taxa variável.
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O conhecimento da variabilidade espacial dos atributos químicos do solo permite um manejo mais eficiente da fertilidade. Objetivou-se caracterizar a variabilidade espacial dos atributos químicos e realizar o manejo da fertilidade de um Latossolo Vermelho distrófico no cerrado piauiense por meio das ferramentas da geoestatística. Para a realização do estudo foram retiradas 100 amostras de solo na camada de 0,00-0,20 m, em grid de 100 x 30 m. Foram avaliados o pH, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, alumínio trocável, acidez potencial, capacidade de troca de cátions total, capacidade de trocas de cátions efetiva, soma de bases, saturação por alumínio e saturação por bases. Todas as variáveis apresentaram dependência espacial, indicando que o número de amostra foi suficiente para mapear a área em estudo, utilizando-se técnicas da geoestatística. O uso da geoestatística e a elaboração dos mapas de isolinhas por krigagem permitem a visualização das zonas de manejo da fertilidade do solo onde ocorrem os maiores e menores níveis dos atributos químicos avaliados. Além da elaboração dos mapas diagnóstico da fertilidade e da recomendação de fertilizantes e corretivos. A geoestatística pode ser usada como ferramenta para estimar os indicadores da fertilidade do solo, possibilitando orientar o manejo da fertilidade para áreas específicas.
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The semivariogram is the central part of the geoestatistic studies, describing qualitative and quantitatively the spatial variation, and can be considered the key point in the determination geostatistic predictor-kriging, indicating the importance of the adjustment and selection of the models of the semi variance function. This research evaluated four adjustment methods applied to two semi variance function models, departing from the cross validation and predictive techniques and from Akaike information criterion (AIC). Data for adjustment of the models were collected in 130 plots of 525 m 2 each, measured in a Eucalyptus grandis stand. Two models of the semi variance function were adjusted, using four adjustment methods. Model selection and adjustment method were done using the AIC, through the crossed and predictive validation techniques. According to the appraised selection techniques, the exponential model and Maximum Likelihood method presented better performance. The cross and predictive validation techniques indicated the same model and the same adjustment method as presenting the best performance. This result is interesting, because sometimes a new data base is not available for the predictive validation. It is suggested therefore, that conjugating AIC and cross validation criterion for selecting semi variance function models is recommended.
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A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO, 2009) alertou para a necessidade de ampliar a produção mundial de alimentos em 70% até 2050 por conta do crescimento da população. No ano em questão, haverá 2,3 bilhões de pessoas a mais do que hoje para se alimentar. A FAO estima que mais de 120 milhões de hectares de terra serão necessários para suprir as necessidades, mas acredita que boa parte da produção de alimentos deverá ser por meio do aumento da produtividade das áreas já cultivadas, principalmente das regiões tropicais. Solos cultivados são limitantes para a produção de alimentos, pois os cultivos seguidos tendem a diminuir a fertilidade. Nos trópicos, onde a pressão populacional é maior, a expansão agrícola dependerá essencialmente do cultivo de solos ?velhos? (solos que ficaram muito tempo expostos à ação das chuvas e do sol e consequentemente são mais pobres em nutrientes), ácidos, de baixa fertilidade nutricional ou com problemas de deficit hídrico. Ante as peculiaridades da agricultura nas regiões tropicais, onde se insere o Brasil, torna-se necessário o conhecimento detalhado das características e propriedades químicas e físicas dos solos, objetivando seu manejo adequado, o uso mais apropriado de insumos e produções mais rentáveis. A avaliação da fertilidade química dos solos é de utilidade para a definição das quantidades e tipos de fertilizantes, corretivos e manejo geral que devem ser aplicados ao solo visando à manutenção ou à recuperação de sua produtividade. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi apresentar os principais conceitos da fertilidade dos solos e relacioná-los às formas de manejo mais adequadas para as regiões tropicais. Este trabalho compreende conceitos de fertilidade do solo e representa um texto básico para compreensão da relação entre produtividade agropecuária e aplicações de geotecnologias, tal como o uso de sensoriamento remoto e técnicas de geoprocessamento.
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Background: Extreme values that arise for any reason, including those through nonlaboratory measurement procedure-related processes (inadequate mixing, evaporation, mislabeling), lead to outliers and inflate errors in recalibration studies. We present an approach termed iterative outlier removal (IOR) for identifying such outliers. Methods: We previously identified substantial laboratory drift in uric acid measurements in the Atherosclerosis Risk in Communities (ARIC) Study over time. Serum uric acid was originally measured in 1990-92 on a Coulter DACOS instrument using an uricase-based measurement procedure. To recalibrate previous measured concentrations to a newer enzymatic colorimetric measurement procedure, uric acid was remeasured in 200 participants from stored plasma in 2011-2013 on a Beckman Olympus 480 autoanalyzer. To conduct IOR, we excluded data points >3 SDs from the mean difference. We continued this process using the resulting data until no outliers remained. Results: IOR detected more outliers and yielded greater precision in simulation. The original mean difference (SD) in uric acid was 1.25 (0.62) mg/dL. After 4 iterations, 9 outliers were excluded, and the mean difference (SD) was 1.23 (0.45) mg/dL. Conducting only one round of outlier removal (standard approach) would have excluded 4 outliers [mean difference (SD) = 1.22 (0.51) mg/dL]. Applying the recalibration (derived from Deming regression) from each approach to the original measurements, the prevalence of hyperuricemia (>7 mg/dL) was 28.5% before IOR and 8.5% after IOR. Conclusions: IOR is a useful method for removal of extreme outliers irrelevant to recalibrating laboratory measurements, and identifies more extraneous outliers than the standard approach.
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The use of mine gypsum in reclamation of soils with high levels of exchangeable sodium is viable by its effectiveness, and although this product show others advantages as low price and easy applicability in field. The product is finding in great amount at the Araripe Highland, located across (between) the division of the Ceará and Pernambuco states. The aim of the research work is to evaluate the shoot dry biomass and Ca+2, Mg+2, K+, P and Na+ accumulation on cowpea plants grown in two saline sodic soils recently amended with gypsum. The experiment was carried out in a completely randomized factorial design with three replications, applying 6 levels of gypsum in two soils. The statistical calculations were achieved using the Program SAEG 9.0 and the standard deviations and the averages were compared by the Tukey test at probability P < 0.05. The effects of gypsum levels and the relationships between the variables were analyzed by the Pearson correlation test. Application of gypsum in different levels reduced sodium uptake and increased shoot dry biomass of cowpea plants grown in the Neossolo Flúvico Eutrófico Saline Sodic soil with medium texture. Higher levels of gypsum promoted reduction in phosphorus accumulation on cowpea plants grown in the Neossolo Fluvico Eutrófico saline sodic soil with medium texture.