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Abstract

Resumo O ano de 2020 já está marcado como sendo o ano da pandemia COVID-19. Essa pandemia vem modificando as estruturas socioeconômicas no mundo, e as instituições educacionais no Brasil praticamente tiveram que interromper suas atividades presenciais devido às regras de distanciamento social. Conforme método de ensino, a aprendizagem mediada por tecnologia ganhou ênfase e abriu espaço para interações humanas diferenciadas. Essas metodologias de ensino já existiam, mas ainda alcançavam uma escala pequena. Este trabalho apresenta e discute as perspectivas brasileiras sobre os desafios e oportunidades para o uso das tecnologias educacionais para o ensino superior público. Os principais resultados apontam que a
Research, Society and Development, v. 9, n. 8, e267985485, 2020
(CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i8.5485
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Uso de tecnologias no ensino superior público brasileiro em tempos de pandemia
COVID-19
Use of technologies in Brazilian public higher education in times of pandemic COVID-19
Uso de tecnologías en la educación superior pública brasileña en tiempos de pandemia
COVID-19
Recebido: 10/06/2020 | Revisado: 22/06/2020 | Aceito: 23/06/2020 | Publicado: 04/07/2020
Leonardo de Andrade Carneiro
ORCID: https://orcid.org/0000-0003-2388-7516
Universidade Federal do Tocantins, Brasil
E-mail: leodpalmas@hotmail.com
Waldecy Rodrigues
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-5584-6586
Universidade Federal do Tocantins, Brasil
E-mail: waldecy@terra.com.br
George França
ORCID: https://orcid.org/0000-0003-2760-3373
Universidade Federal do Tocantins, Brasil
E-mail: george.f@uft.edu.br
David Nadler Prata
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-1414-4000
Universidade Federal do Tocantins, Brasil
E-mail: ddnprata@gmail.com
Resumo
O ano de 2020 já está marcado como sendo o ano da pandemia COVID-19. Essa pandemia vem
modificando as estruturas socioeconômicas no mundo, e as instituições educacionais no Brasil
praticamente tiveram que interromper suas atividades presenciais devido às regras de
distanciamento social. Conforme método de ensino, a aprendizagem mediada por tecnologia
ganhou ênfase e abriu espaço para interações humanas diferenciadas. Essas metodologias de
ensino já existiam, mas ainda alcançavam uma escala pequena. Este trabalho apresenta e discute
as perspectivas brasileiras sobre os desafios e oportunidades para o uso das tecnologias
educacionais para o ensino superior público. Os principais resultados apontam que a
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implementação de políticas de inclusão digital, visando diminuir as desigualdades regionais de
acesso à internet é condição necessária para que qualquer estratégia de ensino remoto tenha
possibilidade de êxito.
Palavras-chave: Aprendizagem mediada por tecnologia; COVID-19; Plataformas on-line;
Ensino.
Abstract
The year 2020 is already marked as the year of the pandemic COVID-19. This pandemic has
been changing the socioeconomic structures of the world, and educational institutions in Brazil
practically had to interrupt their face-to-face activities due to the rules of social distancing.
According to the teaching method, technology-mediated learning has gained emphasis and
makes room for differentiated human interactions. These teaching methodologies already
existed, but they still reached a small scale. This article presents and discusses the Brazilian
perspectives on the challenges and opportunities for the use of educational technologies for
public higher education. The main results indicate that the implementation of digital inclusion
policies, aiming to reduce regional inequalities of internet access, is a necessary condition for
any remote teaching strategy to be successful.
Keywords: Technology-mediated learning; COVID-19; Online platforms; Teaching.
Resumen
El año 2020 ya está marcado como el año del pandemic COVID-19. Esta pandemia ha estado
cambiando las estructuras socioeconómicas del mundo, y las instituciones educativas en Brasil
prácticamente tuvieron que interrumpir sus actividades presenciales debido a las reglas del
distanciamiento social. Según el método de enseñanza, el aprendizaje mediado por la tecnología
ha ganado énfasis y da lugar a interacciones humanas diferenciadas. Estas metodologías de
enseñanza ya existían, pero todavía alcanzaban una pequeña escala. Este artículo presenta y
analiza las perspectivas brasileñas sobre los desafíos y oportunidades para el uso de las
tecnologías educativas para la educación superior pública. Los principales resultados indican
que la aplicación de políticas de inclusión digital, con el objetivo de reducir las desigualdades
regionales de acceso a Internet, es una condición necesaria para que cualquier estrategia de
enseñanza remota tenga éxito.
Palabras clave: Aprendizaje mediado por la tecnología; COVID-19; Plataformas en línea;
Enseñanza.
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1 Introdução
O Ministério da Saúde (MS) publicou o Boletim Epidemiológico nº 15 e o Ministério
da Educação (MEC) a Portaria nº 343. Ambos solicitaram o distanciamento social e paralisação
de encontros presenciais devido à pandemia do COVID-19. O MEC também se manifestou
dizendo que a presencialidade nas instituições de ensino e a aproximação entre as pessoas
ficaram extremamente sensíveis e foram redimensionadas a partir destas novas orientações
relacionadas às questões sanitárias que afetam diretamente a sobrevivência das populações
atingidas. Atendendo a todas essas recomendações, as atividades acadêmicas foram suspensas,
mas a interrupção das aulas presenciais revelou uma realidade desafiadora: a dificuldade de
acesso a recursos tecnológicos por parte dos discentes e a falta de equipamentos para docentes.
As tecnologias são muito íntimas da sociedade contemporânea, mas não são acessíveis a todos.
Neste contexto, o objetivo deste trabalho é discutir o uso do ensino mediado por
tecnologias, em especial como resposta educacional à Pandemia COVID-19, problematizando
o uso das plataformas on-line e recursos educacionais para a continuidade do ensino em período
de isolamento social. Ademais, pretende-se verificar o cenário do ensino superior público
brasileiro diante deste contexto, buscando compreender como o cenário de inclusão digital que
estas instituições de ensino estão envolvidas pode ser relacionado com as possibilidades de
êxito ou não do uso de ensino mediado por tecnologias.
Wilder-Smith e Freedman (2020, p. 2) afirmam que o “distanciamento social e a
quarentena foram projetados para reduzir, restringir a circulação e as interações entre pessoas”.
Esse distanciamento lança as bases para fortalecer a aprendizagem mediada por tecnologias. As
aplicações inovadoras possibilitarão novos paradigmas para produção de saberes através da
utilização de ferramentas digitais e de interações sociais não presenciais.
Uma vez que os espaços educacionais presenciais estão fechados, há uma demanda em
aberto em relação à aprendizagem. Esse tema ocupa espaço nas discussões educacionais na
atualidade, e a saída óbvia é a internet e os equipamentos a ela conectados. Mas o debate não
se limita aos meios, mas avança para as questões do currículo e a necessidade de mudança de
comportamento dos professores, das instituições e dos alunos. Nesse sentido, Almeida e
Valente (2012), observam que a adaptação das tecnologias aos planos pedagógicos se constitui,
mas que mídias, envolvem informações, relações culturais, linguagens, tempos e espaços. Essas
abordagens geralmente apresentam tecnologias de comunicação como ferramentas que inovam
práticas educativas, pois permitem maior flexibilidade nos métodos de aprendizagem (Andrade
Carneiro, Prata, Moreira, & Barbosa, 2019).
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No caso do ensino superior público brasileiro, segundo o Ministério da Educação, 83%
das universidades federais suspenderam seus calendários acadêmicos e ao menos
1
13 decidiram
usar a modalidade remota, [...]. Elas afirmam não ter condições de ofertar atividades com a
mesma qualidade do ensino presencial e garantir que todos os alunos tenham acesso aos
conteúdos (Folha de São Paulo, 2020), afetando assim milhares de alunos nas diversas regiões
brasileiras.
As ferramentas tecnológicas educacionais como a interneteram populares antes
mesmo do distanciamento social ser adotado pelas instituições de ensino. Elas vinham
atendendo a sociedade mundial e instituições como metodologia de ensino e aprendizagem.
Essas inovações tecnológicas vinham suprindo lacunas, sociais e educacionais, juntando a
tecnologia e a educação e proporcionando mecanismos de evolução a fim de atender as
demandas sociais educativas.
Apesar desse método de educação a distância já vim abrindo espaço ao longo dos
últimos anos e garantindo educação de qualidade, a grande parte do ensino e da aprendizagem
ainda era presencial, o que significa que há uma grande massa de discentes e docentes com falta
de treinamento, confusos e incertos sobre a viabilidade e resultados positivos nesse horizonte
obrigatório da educação à distância. Para resolver esses problemas, precisamos identificar
tecnologias simples e amplamente disponíveis que possam ser empregadas universalmente e,
desse modo, traduzir conhecimentos compartilhados em benefícios para todos (Dara & Farmer,
2009).
As tecnologias permitem a difusão do conhecimento e o compartilhamento de
informações e quem quer que esteja conectado à web pode acessar milhões de informações
apenas com um clique. As inovações tecnológicas e a internet transformaram a forma de
difundir novos conhecimentos (Andrade Carneiro, Garcia & Barbosa, 2020). Kenski (2007),
quando trata da perspectiva educacional, diz que as tecnologias podem ser utilizadas como
auxiliar no processo educativo, pois, estão presentes em momentos do processo pedagógico,
inseridas no planejamento, elaboração e certificação. Portanto, estratégias com uso de
tecnologia que modificaram a maneira de organizar o ensino.
No que tange aos processos a serem desenvolvidos, modelos híbridos e metodologias
ativas têm sido sugeridos (Bacich & Moran, 2018), pois além de motivadores promovem a
interação entre os sujeitos seja on-line ou presencial, tornando-os mais independentes e efetivos
no desenvolvimento e consolidação de suas habilidades e competências. Mas também, com a
1
Atualizado dia 21 de maio de 2020. portal.mec.gov.br/coronavirus/
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alarmante situação mundial, a utilização de metodologias ativas (Marin, Lima, Paviotti,
Matsuyama, Silva, Gonzalez & Ilias, 2010) torna-se mais uma possível ferramenta no
desenvolvimento do conhecimento. Diversas instituições que ainda estavam resistentes ao
ensino híbrido e/ou metodologias ativas terão a oportunidade de avaliar e testar uma diversidade
de ferramentas e métodos e realizarem a educação a partir de experiências positivas.
Assim, o uso dessas inteligências digitais tende a potencializar novas formas de
conhecimento, novas reflexões e metodologias de ensino, partilhas de ideias e inovação nas
formas tradicionais de ensino, portanto elas são um paradigma mais democrático (Dall’igna,
Spanhol, & De Souza, 2016), porque os alunos e professores têm o acesso a novas linguagens
e a outras formas de perceber os conteúdos educacionais.
Para Almeida, Borges & França (2012), é necessário que o sujeito saiba utilizar as
tecnologias digitais uma vez que fazem parte da nossa cultura e estão presentes no nosso
cotidiano. Argumenta que, da mesma forma que adquirimos a tecnologia da escrita, é preciso,
também, adquirir as tecnologias digitais, tendo em vista que elas possibilitarão a criação de
novas formas de expressão e comunicação como, por exemplo: a criação e uso de imagens,
sons, animação e a combinação dessas modalidades.
O desenvolvimento de sistemas educacionais que otimizem planos para a continuidade
da educação permite que os discentes assumam a autonomia de sua aprendizagem (Dominic &
Hina, 2016). A sociedade usa cada vez mais tecnologias de informação para desenvolver
saberes, criar e modificar o conteúdo a qualquer momento e com qualquer dispositivo,
unificando o mundo real e o mundo digital, facilitando o processo de aprender de modo on-line
(Campanella & Impedovo, 2015; Kasinathan, Abdul Rahman & Che Abdul Rani, 2015).
O ensino mediado por tecnologia pode aprimorar e desenvolver novos saberes uma vez
que plataformas digitais de aprendizagem promovem a interatividade entre os indivíduos,
permitindo que cada participante exponha ideias, compartilhe conhecimentos, habilidades e
atitudes. Desta forma, essa modalidade é baseada na interação, permitindo que alunos acessem
informações e sejam capazes de comunicar-se por meio do uso de dispositivos que acessem
redes virtuais (Santaella, 2013). O ensino nesta modalidade torna-se uma alternativa para a
aprendizagem em qualquer local e pode-se combinar teoria e prática como fatores essenciais
para estudos mais autônomos e dinâmicos.
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2 Materiais e Métodos
A metodologia demostra o caminho a ser percorrido pelo pesquisador, visando
responder questionamentos preestabelecidos. Neste sentido, para atingir os objetivos proposto
nesta pesquisa, utilizou-se os seguintes procedimentos, quantos aos objetivos, a pesquisa
bibliográfica. Que Segundo Silva (2015, p. 83) “é o levantamento de trabalhos publicados, em
forma de livros, revistas, periódicos e internet. Objetivando colocar o pesquisador em contato
com o assunto, com a finalidade de colaborar na análise de sua pesquisa”.
E análise descritiva dos dados, que são um conjunto de informações organizadas em
tabelas e gráficos que visa descrever propensão de fatos ou acontecimentos. Esses dados são o
resultado de características de pessoas, entidades ou objetos que constituem a realidade. Sendo
que este método, é destinado a organização e descrição de informações através de indicadores
(Silvestre, 2007).
Para realizar a análise da intensificação do uso de tecnologias educacionais para o ensino
a distância no ensino superior em época da Covid-19, optou-se pelos seguintes passos
metodológicos: 1) levantamento da experiência internacional para a realização de uma
abordagem crítica, principalmente considerando o cenário educacional e de inclusão digital no
Brasil; 2) Levantamento e análise de dados referentes a inclusão digital e o processo de adesão
das universidades federais brasileiras no ensino de graduação e pós-graduação de tecnologias
de ensino à distância. A proposta do uso destes instrumentos metodológicos é proporcionar
uma reflexão mais aguçada das perspectivas brasileiras para o uso de tecnologias de ensino à
distância, considerando que no ambiente criado pela pandemia do Covid-19, estes desafios se
tornaram mais claros, emergentes e urgentes.
As informações e os dados foram extraídos no site do Centro Regional de Estudos para
o Desenvolvimento da Sociedade da Informação CETIC, que coordena pesquisa e publica
sobre a disponibilidade e uso da internet no Brasil. No site do MEC que possui uma página
especifica que acompanhar em tempo real as informações das universidades brasileira relação
à pandemia do COVID-19. E no site do Moodle foi possível pesquisar quais as universidades
do Brasil, possui esta plataforma de ensino, totalizando 98%, ou seja, 64 universidades
brasileiras. Destaca-se a pesquisa do CETIC que caracteriza informações do uso de TIC por
indivíduos e residências no Brasil, analisa ainda as desigualdades digitais, visando assim, o
desenvolvimento da sociedade.
Foram levantados dados sobre inclusão digital no Brasil acesso a internet, tipos de
conexão (banda fixa ou móvel), posse de equipamentos de tecnologia da informação (celulares,
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computadores, tablets). Depois estes dados foram dispostos na forma regional e também por
estrato de renda. A análise dos dados buscou relacionar de forma descritiva como o acesso a
internet está disposto em território brasileiro, considerando aspectos regionais e de distribuição
de renda.
O MEC disponibilizou um portal para o monitoramento das instituições de ensino com
informações sobre suspensão, funcionamento e ações que estão sendo desenvolvidas nas
universidades e institutos federais, que tem como finalidade acompanhar e saber como o
governo pode agir em conjunto com os gestores dessas instituições. Por fim, os dados foram
sistematizados de maneira a melhor compreender o fenômeno e os resultados foram
relacionados com as reflexões realizadas junto à pesquisa bibliográfica, os quais buscaram
atender os objetivos desta pesquisa.
3 Resultados e Discussões
3.1 Experiência internacional do uso de tecnologias educacionais diante da pandemia
COVID-19
A Organização Mundial de Saúde recomendou o fechamento das instituições de ensino
visando conter o avanço do novo coronavírus e como parte de um pacote de medidas de
isolamento e distanciamento social. Neste sentido, os pesquisadores Reimers e Schleicher
(2020), desenvolveram um trabalho para orientar e desenvolver estratégias de educação tendo
em vista o fechamento de instituições de ensino. Para estes autores as escolas de todo o mundo
estão mudando os modelos de educação para formas alternativas de entrega, incluindo
plataformas virtuais, a fim de atender aos requisitos de distanciamento físico necessários à
pandemia do COVID-19. Os educadores estão navegando em território desconhecido, e os
alunos podem estar enfrentando as consequências do tempo perdido de aprendizado.
O trabalho desenvolvido por Reimers e Schleicher (2020) teve a participação da Global
Education Innovation Initiative na Harvard Graduate School of Education e a Directorate of
Education and Skills da OCDE, que tem por finalidade colaborar com medidas educacionais
para desenvolver e implementar respostas efetivas de educação no período de distanciamento
social provocado pela pandemia do COVID-19. O trabalho sugere que gestores de instituições
educacionais aprimorem seus planos para a continuidade da educação por meio de modalidades
alternativas durante o período de isolamento social. Neste sentido, a educação mediada por
tecnologia torna-se um modelo essencial, porque trabalha com a disponibilização de conteúdos
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na internet e com a possibilidade de interação de forma síncrona e assíncrona com os
professores e estudantes de um mesmo grupo.
O Relatório da Iniciativa de Inovação da Educação Global (2020) visa apoiar os líderes
educacionais em vários níveis de governança educacional, públicas e privadas, na formulação
de respostas educacionais adaptativas à crise que trouxe rupturas significativas às oportunidades
educacionais em todo o mundo. Sua eficácia depende de uma liderança oportuna e eficaz por
parte dos atores políticos e de uma resposta receptiva e disciplinada por parte das sociedades
que estão enfrentando medidas contínuas de distanciamento social.
Para Reimers e Schleicher (2020) a pandemia e as respostas para contê-la terão impacto
na vida social, econômica e política. As limitações impostas à mobilidade têm prejudicado as
ofertas e demandas socioeconômicas. A educação está sendo afetada em todos os níveis e tende
a permanecer deste modo por pelo menos vários meses, considerando que alunos e professores
não conseguem se reunir de fato nas instituições de ensino. E essas limitações definirão as
oportunidades do desenvolvimento das competências dos discentes durante o período de
distanciamento social.
Assim, no Relatório da Iniciativa de Inovação da Educação Global (2020) são
apresentadas algumas medidas relevantes para a intensificação do uso de estratégias de ensino
mediadas por tecnologias, a saber: apoiar os discentes que não possuem habilidades para estudo
independente; garantir o bem-estar dos alunos e professores; fornecer suporte profissional aos
professores; assegurar a continuidade e integridade do aprendizado e da avaliação do
aprendizado; apoiar os que não possuem habilidades para o estudo independente; disponibilizar
infraestrutura tecnológica, introdução de tecnologias e soluções inovadoras e aumentar a
autonomia dos estudantes para gerenciar seu próprio aprendizado.
O planejamento e as estratégias envolvem o que deve ser aprendido e os meios de ensino
para os diversos cursos. Se alguns alunos não possuem dispositivos e conectividade, buscar
formas de fornecê-los; explorar parcerias com o setor privado e a comunidade para garantir os
recursos necessários para fornecer esses dispositivos e conectividade; definir claramente os
papéis e expectativas dos professores para orientar e apoiar a aprendizagem dos discentes para
a aprendizagem autodirigida.
Também é recomendável criar um site para comunicação professores/alunos sobre
objetivos curriculares, estratégias e sugestões de atividades e recursos adicionais; assegurar
apoio adequado aos estudantes mais vulneráveis durante a implementação do plano de educação
alternativa; melhorar a comunicação e colaboração entre os alunos para promover a
aprendizagem mútua e colaborativa; criar um mecanismo de formação continuada emergencial
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para que professores possam apoiar os alunos na nova modalidade de ensino e criar modalidades
que fomentem a colaboração entre professores e comunidades acadêmicas e que aumentem a
autonomia dos professores.
Neste cenário, o papel dos docentes é fundamental para o sucesso da aprendizagem,
mais ainda do que o ambiente físico das universidades ou a infraestrutura tecnológica. Quando
o poder estruturante de tempo e de lugar que as escolas proporcionam se dissolve e a
aprendizagem on-line se torna o modo dominante, o papel dos professores não diminui. Por
meio da instrução direta ou da orientação dada na aprendizagem autodirigida, em modo
ncrono ou assíncrono, o professor continua sendo essencial na orientação da aprendizagem
dos alunos e ele cria condições para que haja colaboração e aprendizagem para os professores
oferecendo acesso aos recursos e plataformas on-line.
As principais plataformas on-line e recursos educacionais existentes são Google, Google
Classroom, Google Suite, Google Hangout, Google Meet, Facebook, Onenote from Microsoft,
Microsoft, SEQTA, Perfect Education, Google Drive/Microsoft Teams, Moodle, Zoom,
Seesaw, ManageBac, ManageBac, Ed Dojo EdModo, Mediawijs, Youtube, Whatsapp,
Ebscohost, Progrentis, PhET, Screencastify, RAZ Kids e IXL. Percebe-se um conjunto de
recursos pedagógicos que pode contribuir com o desenvolvimento de habilidades, competências
e saberes dos discentes e docentes.
O Moodle é um dos recursos destacado na pesquisa de Reimers e Schleicher (2020).
Mais de 153 mil sites em mais de 160 países dentre ele o Brasil em que 98% das universidades
federais brasileiras, possuem essa plataforma de aprendizagem, pois proporciona acesso
instantâneo e claro a conteúdo em diversos modelos de aprendizado, sendo capaz de armazenar
e facilitar a colaboração dos discentes e docentes de forma on-line.
Segundo Badia, Martín & Gómez (2019) o Moodle é um dos sistemas de gestão de
aprendizado mais usados para o aperfeiçoamento de cursos acadêmicos on-line no Brasil, e
várias pesquisas atuais evidenciam a influência dessa plataforma.
Desta maneira, percebe-se um conjunto de ferramentas capaz de auxiliar o
compartilhamento de ideias e a construção de novos saberes por meio da utilização de
ferramentas de aprendizagem. Mediante o exposto, pode-se inferir que o Moodle possui várias
ferramentas que proporcionam aos gestores/professores planejar e desenvolver cursos como
apoio às aulas presenciais.
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3.2 Desafios para o ensino superior público brasileiro diante da pandemia Covid-19
No caso brasileiro, um ponto relevante verificado foi a pouca adesão das universidades
federais às aulas à distância nos tempos de pandemia da Covid-19, pois seria a princípio uma
solução possível. Ademais, quase sua totalidade das Universidades Federais têm experiência
em educação à distância e acesso a Plataforma Moodle, bem como a outros recursos
tecnológicos. Conforme observado nas Figuras 1 e 2, 83% das universidades do Brasil
suspenderam suas atividades acadêmicas e somente 17%, estão funcionando, de forma remota
os cursos de graduação. Já os cursos de pós-graduação este indicador é de 58%.
Figura 1. Situação das aulas dos cursos de Graduação nas Universidades Federais do Brasil
MEC Coronavírus - Monitoramento das instituições de Ensino, 2020.
Fonte: Ministério da educação. Monitoramento das instituições de Ensino (2020).
Conforme observado na Figura 1, 83% das universidades do Brasil suspenderam suas
atividades acadêmicas e somente 17%, estão funcionando, de forma remota os cursos de
graduação. Portanto, que fatores podem estar contribuindo para a continuidade do ensino?
Neste sentido, quais seriam os motivos das universidades estarem ofertando cursos
remotamente para os cursos de pós-graduação e para os de graduação não? Portanto, questões,
que precisam fundamentar-se com propostas efetivas que possam trazer soluções inovadoras
para a continuidade do ensino no Brasil, com modelos efetivos, incluindo plataformas virtuais,
acesso à internet, para responder de modo oportuno o distanciamento social, de modo a atender
toda a comunidade acadêmica.
17%
83%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
TIC/Remotas/Parcial Suspensas
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Figura 2. Situação das aulas de Pós-graduação nas Universidades Federais do Brasil MEC
Coronavirus - Monitoramento das instituições de Ensino, 2020.
Fonte: Ministério da educação. Monitoramento das instituições de Ensino (2020).
A pós-graduação em está funcionando de maneira remota em diversas universidades,
como pode ser observado na Figura 2, contudo, a Universidade Federal de São Paulo encontra-
se com suas atividades dos cursos de pós-graduações normais (ensino presencial).
Uma pergunta natural é identificar os porquês desta baixa adesão, pois por detrás desta
questão podem existir respostas que levem melhor percepção dos determinantes sociais e
pedagógicos que envolvem à complexa realidade. Especialmente, neste contexto que
vivenciamos, (isolamento e distanciamento social) existe a urgência de repensarmos em
políticas públicas eficientes que possam garantir acesso aos ambientes de aprendizagem por
parte dos alunos, qualificação para docentes, projetos pedagógicos focados, pois, essa situação
de distanciamento social está estimulando um novo repensar para a sociedade, visto que, o
mundo experimenta transformações em todos os aspectos socioeconômicos.
Um dos principais desafios no Brasil, para a implementação do ensino em período de
isolamento e distanciamento social, pode estar relacionado ao acesso à internet, segundo Núcleo
da Informação e Coordenação do Ponto BR - NIC.br (2018) cerca de 126,9 milhões de pessoas
estão conectados à rede, indicando que a Internet tornou-se um recurso de socialização e
ferramenta necessário para o cotidiano representando 67% dos domicílios do Brasil (Figura 3).
58%
41%
1%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
TIC/Remotas/Parcial Suspensas Funcionando
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Figura 3. Número de domicilio com Acesso à Internet no Brasil e por região geográfica - 2018*
Fonte: CGI.br/NIC.br, Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da
Informação (Cetic.br), Pesquisa sobre o Uso das Tecnologias de Informação e Comunicação nos
domicílios brasileiros - TIC Domicílios 2018. *Descrição: O indicador refere-se ao percentual dos
domicílios brasileiros que contam com acesso a diferentes equipamentos tecnológicos.
Quando feitas comparações internacionais, o Brasil não apresenta necessariamente um
baixo acesso à Internet, pois tem um indicador acima da média dos países em desenvolvimento,
51%, em que pese um pouco distante da média dos países desenvolvidos, 81% (CGI.br/NIC.br,
2018). Porém, a internet com maior velocidade em regra obtida a partir de redes de banda larga
fixa, são mais presentes nas regiões mais desenvolvidas do país (Sul e Sudeste) e nas classes
mais ricas (A e B) (Figura 4).
Figura 4. Domicílios com acesso à Internet no Brasil, por tipo de conexão, por região
geográfica, por classe social - 2018*.
Fonte: CGI.br/NIC.br, Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação
(Cetic.br), Pesquisa sobre o Uso das Tecnologias de Informação e Comunicação nos domicílios brasileiros - TIC
Domicílios 2018. *Descrição: O indicador refere-se ao percentual dos domicílios brasileiros que contam com
acesso a diferentes equipamentos tecnológicos.
67%
Brasil
Acesso à Internet
63 51
87 81
63
35 44 57 66 69 57
26 34
813 26
47 46
27 25 22 32
Urbana
Rural
A
B
C
DE
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
ÁREA CLASSE SOCIAL REGIÃO
Banda larga fixa Conexão móvel via modem ou chip 3G ou 4G
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Existe ainda uma maior desigualdade regional quando se trata de acesso dos domicílios
a internet com banda larga fixa. Existem estados, como o Distrito Federal que este acesso chega
a 72% dos domicílios, enquanto no Maranhão este indicador chega a apenas 16% dos
domicílios. Por outro lado, observa-se que a maioria das residências possuem somente o celular
como meio para acessar a internet, sendo que essa desigualdade está mais presente nas regiões
brasileiras mais pobres (Figuras 5 e 6).
Figura 5. Densidade no acesso de domicílios a internet de banda larga - por unidades da
federação 2020.
Fonte: Anatel (2020).
De acordo com os dados apresentados, percebe-se a desigualdade de acesso à internet
banda larga nos domicílios, nas diversas regiões brasileiras. O Norte e Nordeste são as regiões
onde a população possuem o menor acesso. O Maranhão é o Estado com o menor índice de
acesso por domicílio, conforme Figura 5. Assim, pode-se observar a diversidade e as
caraterísticas distintas da população brasileira nas suas mais diversas regiões. Esses são
aspectos que podem contribuir para aumentar as desigualdades socioeconômicas em nosso País.
72,43
69,92
69,17
59,93
55,74
52,55
50,44
43,29
42,46
42,46
39,54
38,26
36,99
35,58
33,49
32,68
31,80
31,07
28,41
22,47
22,09
21,97
20,99
20,99
17,67
16,53
16,23
DF
SC
SP
PR
RJ
RS
MG
MS
ES
GO
AP
MT
RN
SE
AM
PB
CE
RO
AC
TO
BA
RR
PE
PI
PA
AL
MA
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Figura 6. Porcentagem e tipos de equipamentos de TIC por domicílio e regiões geográficas,
2018*.
Fonte: CGI.br/NIC.br, Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da
Informação (Cetic.br), Pesquisa sobre o Uso das Tecnologias de Informação e Comunicação nos
domicílios brasileiros - TIC Domicílios 2018. *Descrição: O indicador refere-se ao percentual dos
domicílios brasileiros que contam com acesso à Internet, excluindo o acesso realizado unicamente por
telefone celular.
A Figura 6, apresenta a porcentagem e equipamentos de Tecnologias de Informação e
Comunicação - TIC por domicílio nas regiões geográficas brasileiras, segundo o CGI.br/NIC.br
(2018). Essas informações apontam para a necessidade de ações de inclusão digital por meio
de aquisição de equipamentos de TIC, os quais seriam essenciais para o desenvolvimento das
atividades estabelecidas no ensino remoto. Como ainda pode-se observar, a maioria das
residências possuem somente o celular como único meio para acessar a internet, sendo está uma
característica recorrente em todo o Brasil.
4 Considerações Finais
A educação remota se demonstrou essencial nesta época de pandemia da Covid-19, há
uma grande expectativa que se torne cada vez mais relevante, seja por uma questão de adaptação
a um “novo normal” pós-pandemia, bem como para atender as novas oportunidades
educacionais que surgem com a evolução tecnológica. No caso brasileiro, a baixa adesão das
Universidades Federais a esta emergência provocou algumas indagações relevantes para
perceber como o Brasil está inserido neste contexto e pode aprimorar sua ação institucional.
90% 88% 95% 96% 95%
10% 11%
25% 18% 18%
19% 17%
33% 34% 25%
10% 11% 17% 15% 12%
Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste
Telefone celular Computador de mesa Computador portátil Tablet
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Em síntese, o Brasil apesar de ter um indicador de acesso a internet, 61%, acima dos
países em desenvolvimento, 51%, porém a distribuição é bastante desigual no território
nacional. Também, ressalta-se que existem diferenças significativas na distribuição da forma
de conexão disponível entre as regiões brasileiras e os diferentes estratos de renda da população.
A maior parte da população das classes sociais C, D, E tem acesso à internet de menor
velocidade do que os da classe A e B. Também, existe mais acesso de internet de maior
velocidade nas regiões Sul e Sudeste do país.
Isto associado ao fato de que a maior parte da população de baixa rendao tem
computador ou tablet em casa, explica em grande parte a não oferta regular de ensino à distância
pelas universidades federais, principalmente nos cursos de graduações, pois, não conta com a
infraestrutura tecnológica mínima. Certamente, que fatores relacionados a não disseminação da
cultura do ensino à distância e também o não preparo dos docentes para tal finalidade são fatores
relevantes, não mensurados neste trabalho, mas que de fato as desigualdades de renda e
regionais são intervenientes neste cenário de baixa adesão e eficácia do uso de tecnologias de
educação à distância diante da pandemia da Covid-19, os dados e argumentos utilizados
corroboram com a hipótese.
Assim, o cenário atual nos apresenta, a necessidade de implementação de políticas
públicas no sentido de democratizar o acesso à internet de qualidade, procurado atender de
maneira ampla todos os domicílios e localidade que não estão incluídas na era tecnológica.
Portanto, este período de isolamento e distanciamento social, é oportuno para formulação e
efetivação de políticas de inclusão digital, de forma igualitária na sociedade brasileira.
Considerado este aspecto de desigualdade que é um ponto essencial para que qualquer
estratégia brasileira neste campo tenha a mínima probabilidade de êxito, é de interesse verificar
no que aponta as melhores práticas internacionais. Em específico, o Relatório da Iniciativa de
Inovação da Educação Global (2020) aponta para a necessidade de ter uma forte estrutura de
apoio aos discentes e também melhor qualificar os professores. Isto considerando,
fundamentalmente, a saúde e bem-estar destas comunidades.
O momento proporcionado pela pandemia da Covid-19 trouxe grandes desafios no
mundo todo em seus sistemas educacionais à distância, pois se tornaram imprescindíveis, ao
menos temporariamente. O desafio adaptativo é grandioso, sendo fundamentais que as
instituições consigam fornecer infraestrutura para o aprendizado on-line, investimentos que
oferecem benefícios que vão muito além da situação atual. Os sistemas de EaD foram instados
a avançar muito e em um breve espaço de tempo para promover o aprimoramento de
habilidades, atitudes, valores, resiliência e autoeficácia dos estudantes. Neste contexto, é
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fundamental gerar novas perspectivas pedagógicas que propiciem aos discentes, tempo para se
envolver em aprendizagens compreensíveis e estruturadas, devendo se basear em atividades
mediadas por tecnologia e baseadas em problemas, e ao mesmo tempo garantir novas formas
de sociabilização e interatividade.
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Porcentagem de contribuição de cada autor no manuscrito
Leonardo de Andrade Carneiro – 00%
Waldecy Rodrigues – 00%
George França – 00%
David Nadler Prata – 00%
... Por exemplo, no início da pandemia, algumas IES implantaram rapidamente o ERE, outras tiveram que interromper as aulas ampliando a distância entre professores e alunos. A decisão de interrupção foi motivada tanto pela demanda de adaptação dos professores e das equipes técnicas das IES (Camacho et al., 2020;Carneiro, Rodrigues, França, & Prata, 2020;Gusso et al., 2020;Rondini et al., 2020), quanto pela dificuldade de acesso à internet por parte dos alunos (Ferreira & Mourão, 2023). Na época, 82,7% dos domicílios do Brasil tinham acesso à internet, mas predominantemente via celular (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística [IBGE], 2021). ...
... Diante do referencial teórico apresentado, foram definidas duas hipóteses de pesquisa, a saber: Hipótese 1 -Durante o ERE, houve diferença nas experiências acadêmicas (domínio tecnológico e autodisciplina), nas atitudes em relação à EaD e na percepção do desenvolvimento profissional dos estudantes de graduação que já tinham ou não experiência com a modalidade EaD Carneiro et al., 2020;Mourão & Fernandes, 2020;Pompêo et al., 2015;Santos & Monteiro, 2020;Wang et al., 2021); e Hipótese 2 -O domínio tecnológico e a autodisciplina e as atitudes favoráveis à EaD estão positivamente associadas à percepção de desenvolvimento profissional dos estudantes de graduação em ERE durante a pandemia da Covid-19 (Fernandes et al., 2019;Gusso et al., 2020;Mourão & Monteiro, 2018;Wang et al., 2021). ...
... A distância transacional presente no ERE fica confirmada pelo fato de quase a metade dos estudantes relatarem dificuldade de compreensão dos conteúdos no formato remoto. Também foi relatado o desafio de adaptação às estratégias de ensino adotadas pelos professores, o que corrobora a literatura, que indica a necessidade de preparação dos docentes para o uso de metodologias ativas e interativas no ensino remoto (Carneiro et al., 2020). ...
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Medidas de distanciamento social implantadas na pandemia da Covid-19 resultaram na suspensão de atividades presenciais, tendo o Ministério da Educação autorizado a implementação do Ensino Remoto Emergencial – ERE. Este estudo teve como objetivo avaliar se a autodisciplina, o domínio tecnológico e as atitudes em relação à Educação a Distância, alterados pelas experiências acadêmicas durante o ERE, influenciaram a percepção de desenvolvimento profissional dos universitários durante a pandemia. A amostra foi de 971 participantes, cobrindo 23 cursos de graduação e 17 instituições. Foram aplicadas as Escalas de Atitudes sobre Treinamento a Distância, de Percepção do Desenvolvimento Profissional, e de Experiências Associadas ao ERE, todas com evidências de validade. Foram realizados testes t e regressão múltipla padrão. Os resultados apontam que quem desenvolve atitudes mais favoráveis à Educação a Distância, autodisciplina e domínio tecnológico durante o ERE, tende a perceber maior desenvolvimento profissional nesse período.
... Dessa forma, frente ao período de pandemia da Covid-19, diversas instituições de ensino no Brasil tiveram que modificar as modalidades de ensino e aprendizagem, ao qual o ensino remoto emergencial foi incorporado à realidade à época e se demostrou essencial e aliada na superação das dificuldades impostas pelo isolamento físico (Carneiro et al., 2020). ...
... Apesar de regulamentado o ensino remoto pelo Ministério da Educação (MEC), as instituições de ensino, os alunos e os professores não estavam preparados para essa nova modalidade e tiveram que se adaptar ao uso das tecnologias digitais e ambientes virtuais. Por esse motivo, diversos foram os desafios na continuidade dos estudos, com as desigualdades sociais, regionais, econômicas, raciais, dificuldade da obtenção dos recursos tecnológicos, acesso à internet entre outros desafios enfrentados durante o ensino remoto (Costa e Nascimento, 2020;Carneiro et al., 2020). ...
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Objetivo: Analisar a realidade do ensino remoto por graduandos de uma instituição superior de ensino no estado do Piauí durante a pandemia da Covid-19. Métodos: Trata-se de uma pesquisa transversal com abordagem quantitativa com acadêmicos de cursos regulares de uma instituição de ensino superior do estado do Piauí, no período de agosto de 2021 a julho de 2022, com uma amostra de N=1.764 participantes. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa e os dados foram coletados online por meio de questionário semiestruturado mais a Escala de Ansiedade de Beck (BAI). Em seguida, os dados foram organizados no Statistical Package Program for Social Sciences (SPSS) versão (20.0). Resultados: No total, foram entrevistados 1.764 acadêmicos, sendo 1.218 do sexo feminino e 546 do sexo masculino. (53,6%) se declararam pardos; (57%) moram com outras pessoas e (85%) moram em áreas urbanas; (83,89%) das mulheres e (91,40%) dos homens relataram não ter dificuldade no uso de aparelhos eletrônicos; no ensino a distância (48%) estudavam com celular, (33%) com notebook, (13%) com computador (PC) e (6%) com tablet. Quanto aos problemas com a internet (86,2%) disseram não ter dificuldades e (13,8%) relataram que tiveram alguma dificuldade. Entre as mulheres (46,11%) e entre os homens (40,59%) pensaram em desistir do curso. Conclusão: Foi possível identificar dificuldades durante o ensino a distância, no uso de recursos tecnológicos e acesso à internet; diminuição da produtividade nas atividades acadêmicas; alterações no sono e alimentação; alterações de humor, bem como interferência na aquisição de novos conhecimentos.
... Em situações normais, essa proposta de uso de ambientes virtuais de aprendizagem fora do local e do horário escolar, pressupõe a disposição de equipamentos com tecnologia, habilidades para seu uso, além de espaços com ambiente de aprendizagem adequado. Nesse cenário, docentes têm se preocupado com a falta de treinamento, a incerteza sobre a viabilidade e eficácia do ensino digital (Carneiro et al., 2020), a alta carga de trabalho, as necessidades de suporte técnico, apreensões com sua imagem de instrutor online (Krishnamurthy, 2020) e com a segurança dos dados digitais (Schwarz et al., 2020). ...
Article
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O presente estudo caracteriza o Work-Family Balance (WFB) dos docentes do ensino superior em contabilidade, em meio ao cenário de pandemia da COVID-19. A coleta de dados ocorreu por meio de questionário contendo as escalas de Conflito e de Interface Positiva Trabalho-Família (Aguiar, 2016), avaliadas em escala adaptada de Likert (0 a 10) pelos docentes de contabilidade do Brasil. Foram obtidas 199 respostas válidas e via estatística descritiva e testes de diferenças de média foi possível constatar que os docentes apontaram a interface positiva família-trabalho como fator de maior relevância no WFB, evidenciando que a família proporcionou atributos positivos para sua atuação profissional. Destacaram-se como preditores do WFB dos docentes os aspectos pessoais (gênero e idade) e familiares (estado civil, existência de filhos menores de 12 anos, responsabilidades domésticas e investimentos realizados). Quanto às variáveis ocupacionais, apenas o tempo de experiência profissional mostrou-se associado ao WFB, suscitando assim reflexões sobre os distintos papéis docentes e as transformações impostas pela pandemia.
... A pandemia de COVID-19 se tornou um elemento catalisador, pois revelou a necessidade de aulas à distância, acesso remoto aos equipamentos e ambientes de realidade virtual para o desenvolvimento das aulas práticas. Diversos estudos e pesquisas foram feitos durante e pós-pandemia levantando reflexões acerca do ensino remoto, as condições necessárias por parte de entidades, docentes e alunos, bem como opiniões de estudantes a respeito da adoção destas modalidades de ensino (CARNEIRO et al., 2020) (GAMAGE et al., 2020 (MARTIN et al., 2021) (FLORES et al., 2022). Visando esclarecer as questões pertinentes ao desenvolvimento das aulas nesse período, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) elaborou um roteiro para orientar as instituições de ensino quanto a respostas educativas à pandemia da COVID-19 (REIMERS;SCHLEICHER, 2020). ...
Conference Paper
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Resumo: Este artigo apresenta um caso MVP de sistema de compartilhamento cibernético para aulas remotas no SENAI-SP. É composto por um gerenciador de sistema e foi implantado em três níveis para compartilhamento cibernético de laboratórios mediante agendamento pelos usuários. A arquitetura de microsserviços é usada para permitir escalonamento, gerenciamento e modularização. O primeiro nível foi desenvolvido para ser utilizado como aula de demonstração do equipamento ou dispositivo que é monitorado por câmeras e espelhando o software dedicado da máquina. No segundo nível é possível ler variáveis e os alunos precisam ler um guia para realizar a atividade proposta. Um terceiro nível está em fase de desenvolvimento e está sendo projetado para permitir a leitura e escrita de variáveis no dispositivo e alteração de programas e parâmetros de controladores programáveis. Palavras-chave: cibercomapartilhamento, aula remota, microsserviços, laboratório remoto
... Ressalta-se que a pandemia do Covid-19 intensificou a disseminação de recursos tecnológicos empregados na educação, sobretudo no ensino superior (Carneiro et al., 2020;Martins, 2022) o que pode contribuir para aspectos concernentes à transições tecnológicas (Didriksson, 2023 ...
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Os crescentes avanços tecnológicos que caracterizam a sociedade contemporânea têm ocasionado múltiplas transformações em distintos contextos, inclusive no âmbito educacional. Nesse ínterim, a Inteligência Artificial (IA) figura como uma temática emergente e dotada de complexidade, cuja aplicação tende a oportunizar contributos ao processo de ensino-aprendizagem, sobretudo em nível superior. Ante a este cenário, a pesquisa realizada teve como objetivo analisar o panorama do ensino superior frente aos desafios concernentes a utilização e ao desenvolvimento da IA. Para tanto, empregou-se uma pesquisa qualitativa e exploratória por meio de um estudo bibliográfico. Os resultados obtidos demonstraram que a IA apresenta um conjunto de riscos e de benefícios e que as Instituições de Ensino Superior (IES) brasileiras precisam desenvolver competências inerentes ao uso e a difusão de sistemas educacionais advindos da referida tecnologia. Outro aspecto pertinente corresponde a consolidação e legitimação de preceitos éticos concernentes a utilização da IA como mecanismo propulsor de um processo de ensino-aprendizagem mais flexível, autônomo e personalizado.
... A sociedade está socialmente imersa em tecnologia com a troca massiva de informações pelas mídias digitais e aplicativos, os quais são amplamente utilizados, porém o ensino remoto durante a pandemia promoveu a incorporação de outras ferramentas. Carneiro et al. (2020) (2020), o uso adequado das TIC pode oferecer sucesso no processo de ensino e aprendizagem, pois facilita e auxilia os docentes em suas práticas pedagógicas. Portanto, as TIC são reconhecidas como recursos inovadores que permitem delinear estratégias nas práticas pedagógicas, capazes de produzir uma revolução educativa e no Ensino de Ciências da Natureza, em particular. ...
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A situação de pandemia da COVID-19 desencadeou a implantação do ensino emergencial remoto nas instituições de ensino, fazendo-as se adequarem a uma nova realidade. Diante das dificuldades, as escolas buscaram oferecer uma educação por meio virtual utilizando as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC). Diante desta realidade, o presente trabalho propõe realizar uma reflexão acerca da ascensão e impacto das TIC, como ferramentas na aprendizagem do Ensino da Biologia durante a pandemia da COVID-19. Para almejar o objetivo proposto neste estudo, o método aplicado foi a Revisão Integrativa com um levantamento bibliográfico de trabalhos publicados entre o período de março de 2020 a fevereiro de 2022 utilizando as bibliotecas digitais Scientific Electronic Library Online (SciELO), Capes Periódicos e Google Acadêmico. Os resultados indicaram que as TIC são grandes aliadas às metodologias tradicionais e no contexto de ensino remoto, tornou-se ferramenta fundamental no Ensino de Biologia. Os profissionais buscaram utilizar plataformas e aplicativos utilizados pelos alunos, como as redes sociais e incorporaram outras ferramentas, que quando utilizadas de forma adequada promovem interações e adesões às aulas. Contudo, é necessário que os profissionais sejam capacitados e disponham de recursos mínimos para implementar essas tecnologias efetivas. No Ensino de Biologia, as TIC permitem a compreensão de conceitos, a demonstração de processos biológicos, entre outros. O desafio está na integração dessas tecnologias no processo de ensino-aprendizagem, mesmo diante dos problemas enfrentados, como por exemplo, a falta de capacitação dos professores, suporte das escolas e instrumentos mínimos como computador e internet. Palavras-chave: Ciências da Natureza. Ensino-Aprendizagem. Ensino Remoto. Abstract The COVID-19 pandemic situation triggered the implementation of emergency remote teaching in educational institutions, making them adapt to a new reality. Faced with difficulties, schools sought to offer education through virtual means using Information and Communication Technologies (ICTs). Faced with this reality, the present work proposes to reflect on the rise and impact of ICTs, as tools in learning Biology Teaching during the COVID-19 pandemic. In order to achieve the objective proposed in this study, the method applied was the Integrative Review with a bibliographical survey of works published between the period of March 2020 to February 2022 using the digital libraries Scientific Electronic Library Online (Scielo), Capes Periodical and Google Scholar. The results indicated that ICTs are great allies to traditional methodologies and in the context of remote teaching, it has become a fundamental tool in Biology Teaching. Professionals sought to use platforms and applications used by students, such as social networks, and incorporated other tools that, when used properly, promoted interactions and adherence to classes. However, professionals need to be trained and have minimal resources to implement these effective technologies. In Biology Teaching, ICTs allow the understanding of concepts, the demonstration of biological processes, among others. The challenge lies in the integration of these technologies in the teaching-learning process, even before the problems faced, such as, for example, the lack of teacher training, support from schools and minimal instruments such as computers and the internet. Keywords: Nature Sciences. Teaching-Learning. Remote Teaching.
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O anseio por uma educação integrada ao mundo digital tem crescido bastante nos últimos anos, e a pandemia de covid-19 forçou o sistema educacional brasileiro a transitar para o ensino mediado pelas tecnologias da informação e comunicação. Este estudo reporta os dados de uma pesquisa com docentes de duas instituições públicas de ensino, referente ao uso de tecnologias digitais da informação e comunicação no contexto escolar antes, durante e pós-pandemia de covid-19, com o objetivo de identificar os legados deixados pela vivência da prática docente neste período caótico da humanidade. A pesquisa indicou que, aproximadamente, 61% dos docentes fizeram uso de recursos tecnológicos para mediar o processo de ensino e aprendizagem. No cenário pós-pandemia, 34% utilizam às vezes e apenas 5% afirmaram parar de utilizar. Ao retornarem às aulas presenciais, os docentes notaram mudanças singelas nas infraestruturas das instituições.
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O uso das tecnologias de informação e comunicação está presente em nosso cotidiano e cada vez mais inserido nas instituições de ensino como suporte metodológico. O objetivo deste artigo é averiguar como as mídias sociais estão sendo utilizadas no processo de ensino e aprendizagem em uma universidade no interior do Amazonas. A metodologia utilizada apresentou caráter exploratório, descritivo e com abordagem qualitativa e quantitativa. Para tanto, foram aplicados questionários para 11 professores e 57 alunos do Curso de Licenciatura em Química do CEST-UEA. Os resultados revelaram que as mídias mais utilizadas por professores e alunos são o WhatsApp e o YouTube. O WhatsApp foi descrito como popular devido ao seu fácil acesso, permitindo uma comunicação rápida e o compartilhamento de materiais de estudo. Os participantes mencionaram que utilizam o YouTube para acessar vídeos com conteúdos de Química. Como pontos negativos do uso das mídias, citou-se a distração durante a navegação por conteúdos de baixa relevância acadêmica, apontada tanto por professores quanto por alunos. Sobre o futuro, professores e alunos têm um olhar otimista quanto ao uso das mídias sociais no ensino, considerando a tecnologia uma estratégia que, quando bem utilizada, pode ser muito útil para contribuir com o ensino de Química.
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The COVID-19 pandemic has brought the challenge of online teaching to graduate courses, without prior preparation for students and teachers. In this context, the aim of the study was to identify sociodemographic predictors of difficulty in carrying out online academic activities by graduate students, by region of Brazil, during the COVID-19 pandemic. An online sociodemographic questionnaire, carried out by the researchers, was answered by 5282 Brazilian graduate students, recruited via institutional e-mail. The chi-square test and multivariate binomial logistic regression were used to analyze the data. There was a significant difference between the regions in terms of difficulty in carrying out online activities, with a predominance in the southeast. The main significant predictors were: age between 40–59 years (Midwest, Southeast), other genders (Southeast); having children (North, Southeast); having no income (North, Northeast, Southeast and South); being black/brown (Midwest, Southeast). Thus, sociodemographic characteristics influenced online graduate education differently according to region, suggesting the need for actions to promote equity in education. It is possible that having children, age and identifying with other genders made it difficult to access and follow online activities.
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O período de estágio clínico é permeado de vivências e desafios que podem impactar na saúde mental dos estagiários. O presente estudo teve o objetivo de investigar a presença de depressão, ansiedade e estresse em estagiários de terapia ocupacional durante a pandemia. Pesquisa descritiva e exploratória. Amostra composta por estagiários de Terapia Ocupacional de instituições de ensino superior brasileiras. Para coleta de dados, utilizou-se um Formulário sociodemográfico e acadêmico e a Depression, Anxiety and Stress Scale (DASS – 21). Dados analisados por cálculos de estatísticas descritivas e conforme protocolo do instrumento. Identificou-se alta prevalência de estagiários com sintomas ansiedade, seguida de depressão e estresse, incluindo casos em níveis patológicos. Observou-se a ocorrência de mais de um transtorno em concomitância. Verifica-se a necessidade de ações interdisciplinares e intersetoriais voltadas ao cuidado, apoio, acolhimento e promoção da saúde mental dos estagiários.
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Este trabalho apresenta um estudo acerca da aprendizagem colaborativa e suas interfaces no ensino mediado pelas tecnologias. Esta pesquisa trata-se de uma revisão que reuniu artigos e autores que tratam de conceitos sobre tecnologias digitais e a internet, instrumentos que estão inovando o modo de transmitir e coletar novos conhecimentos. Desta forma, apresenta a evolução dos processos educativos, sendo do modelo tradicional para a aprendizagem colaborativa, Aprendizagem colaborativa, comunidades virtuais de aprendizagem e redes sociais educativas, aprendizagem ubíqua. Como resultado, evidencia-se que esses métodos envolvem a interação social, que motiva os participantes a compreender os processos de colaboração e comunicação através da troca de conhecimentos utilizando diversos recursos tecnológicos.
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Metodologias ativas valorizam a participação efetiva dos alunos na construção do conhecimento e no desenvolvimento de competências, possibilitando que aprendam em seu próprio ritmo, tempo e estilo, por meio de diferentes formas de experimentação e compartilhamento, dentro e fora da sala de aula, com mediação de docentes inspiradores e incorporação de todas as possibilidades do mundo digital. Este livro apresenta práticas pedagógicas, na educação básica e superior, que valorizam o protagonismo dos estudantes e que estão relacionadas com as teorias que lhes servem como suporte. Lilian Bacich e José Moran reúnem nesta obra capítulos de autores brasileiros que analisam por que e para que usar metodologias ativas na educação de forma inovadora.
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is study presents collaborative learning and the main digital tools used in technology-mediated teaching. This work aims to demonstrate that collaborative learning can strengthen and develop skills as a requirement for the development and sharing of knowledge as a strategic learning tool resulting from the interactions of the participants. For this, a bibliographical review, participatory research, qualitative-quantitative research was carried out. By demonstrating that technology-based collaborative learning develops a transdisciplinary view, enabling the identification of new methodologies that can be implemented in the qualification of the Tocantins Military Police.
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Moodle has become popular worldwide in all levels of education. Although several studies have focused on analyzing the use of the Moodle platform as a whole, few contributions have examined the use of each activity included in Moodle, and its potential impact in learning. The survey collected data from 132 teachers in 43 secondary schools in Catalonia (Spain), considering teachers’ individual information, teachers’ frequency of use of Moodle activities, and teachers’ perception of how the use of Moodle impacts learning. Findings from all teachers suggest that assignment, quiz, forum, lesson, and external tool are the activities used most by teachers, and providing new educational scenarios is the main perceived learning impact. Moreover, only teachers as users of a narrow range of activities perceived the teaching and learning impact of Moodle as significantly higher: database (creation and sharing information tool), forum (communication tool), glossary (collaboration tool), and quiz and survey (assessment tools).
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The knowledge of how to use digital technology is easily available. It is time for more educators to change, adapt and utilize modern technologies to engage their students in the creative adventure of education, so the students are intrigued and enthusiastic participants rather than reluctant, passive, unprepared-for-the-world learners [4]. This paper will describe an ongoing attempt to encourage student interaction game through the use of quick response (QR) code. Asia Pacific University (APU) is looking forward to become the first university in Malaysia to exploit the full and future capability using QR code technology in the campus environment. APU decided to implement QR codes in their education and campus environment as their aim is to develop interesting and effective teaching and learning environment where the students will involve in activities rather than just sitting and listening to the lecture in the classroom. Besides that APU is trying to implement edutainment in its education as one of the ways to improve teaching methods by implementing varies way of teaching environments. Digital natives students they prefer to view visuals, videos, games etc. In other word they prefer something which is interactive and hands-on that able to make learning more effective. Based on the feedback given by the students for QR IT Seeks Competition, We believe that this method able to make learning process become more fun, interesting and effective.
Conference Paper
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The free choice of instruments in a constructivist perspective, attributing to learner full control over content, the use of instruments for the use of distance learning courses offer great flexibility to the system, that a container of educational material becomes a tool for sharing and knowledge management, with destinations including outside of a purely educational. Today we tend increasingly to socio-media and teaching methods are no longer bound to the context, but to collaborate, create, modify content at any time and with any device, facilitated the process of breaking down the walls of knowledge and push forward to the informal. In this area we were considered two innovative approaches based on collaborative filtering and its improvement through tagging systems that put student at the center of his training in order to find the resources that best meet their needs, tending to be customized.
Article
Public health measures were decisive in controlling the SARS epidemic in 2003. Isolation is the separation of ill persons from non-infected persons. Quarantine is movement restriction, often with fever surveillance, of contacts when it is not evident whether they have been infected but are not yet symptomatic or have not been infected. Community containment includes measures that range from increasing social distancing to community-wide quarantine. Whether these measures will be sufficient to control 2019-nCoV depends on addressing some unanswered questions.
Article
EaD NA FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO DE SERVIDORES PÚBLICOS E DA SEGURANÇA PÚBLICA – REFLEXÕES
Conference Paper
this manuscript emphasizes on incorporating the hands on learning practices using information communication technology (ICT) tools and collaborative learning using social media technologies, in university educational courses such as Statistics & Empirical Methods. From the students' perspective, digital knowledge acquiring experience motivates learning capabilities and develops required scholastic skills. Introduction to software for analytical problem solving, and establishing communication channel using available online collaborative technologies can aid in enriching university teaching and learning experience. The results of use of ICT in university courses have shown substantial difference among the two participating groups; each comprised of twenty five students from the Statistics & Empirical Methods course. The experimental group performed significantly better than the controlled group, after going through series of tests and evaluations. The findings suggest that hands on learning experience blended with collaborative learning are essentially constructive for university courses and prepare university students for applied workplaces.
Article
Disasters come in all shapes and forms, and in varying magnitudes and intensities. Nevertheless, they offer many of the same lessons for critical care practitioners and responders. Among these, the most important is that well thought out risk assessment and focused planning are vital. Such assessment and planning require proper training for providers to recognize and treat injury from disaster, while maintaining safety for themselves and others. This article discusses risk assessment and planning in the context of disasters. The article also elaborates on the progress toward the creation of portable, credible, sustainable, and sophisticated critical care outside the walls of an intensive care unit. Finally, the article summarizes yields from military-civilian collaboration in disaster planning and response.