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Narrativas Biográficas: da busca à construção de um método

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Abstract

Esse livro traz a reflexão de um grupo de pessoas que se dispôs a sair da zona de conforto das metodologias descritas nos manuais acadêmicos. Claro está que para chegar a essa afirmação esses manuais foram estudados e discutidos à exaustão, para ao final se concluir que os métodos ali descritos ainda não eram suficientes para explicar ou apreender aquilo que desejávamos apresentar. Mesmo sem ter a resposta final para nossas dúvidas continuamos indo a campo ouvir, interagir, se emocionar com as histórias, estivessem nossos atletas onde estivessem. A cada nova viagem, a cada novo contato, a cada nova descoberta a certeza da necessidade da busca pela subjetividade, pelo imaginário, pela memória - imprecisa, incompleta, falaciosa, demasiadamente humana - se impunha a cada um de nós. Vivemos em muitos momentos a certeza da dúvida que habita cada um que recorda e a dúvida pela certeza de um fato compartilhado socialmente e que a cada nova narrativa é recriado com elementos que nos fazem duvidar, ou não, de versões anteriormente elaboradas.
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... A periodização proposta por Rubio (2010Rubio ( , 2016 Diferentemente de um nó, um laço carrega em si um tanto de personalidade. Se for pedido a um grupo de pessoas que façam uma série de laços, sem lhes dar mais instruções, o retorno virá em inúmeros formatos diferentes. ...
... Todavia, nesse caso, é possível fazer essa analogia, tendo em vista a visibilidade das duas competições.Outra aproximação possível é com relação aos momentos históricos. O momento crítico vivenciado no futebol coincide com a fase de conflito dos Jogos Olímpicos, descrita porRubio (2010Rubio ( , 2016. Não por acaso,Rider (2013) afirma que a discussão sobre a troca de nacionalidades de atletas ganhou força no Movimento Olímpico após a Segunda Guerra Mundial, quando alguns atletas talentosos viviam em situação de exílio. ...
Thesis
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Every athlete who participates in the Olympic Games is associated with a National Olympic Committee. Despite some connections, the criteria that define a competitor's sports nationality are not necessarily the same as state nationality. In Brazil, the primacy is the adoption of the jus soli criterion, in which all born in the national territory are considered native Brazilians. However, the legislation allows in several cases the granting of Brazilian nationality by jus sanguinis, taking into account ancestry. There is also the possibility of naturalization. Since 1920, when it sent a delegation for the first time to compete in the Summer Olympic Games, until the Rio Olympics in 2016, Brazil had 52 athletes born in other territories representing the country in the disputes. This work pursues to present the trajectory of these athletes and understand the construction of their identification and identity. For this purpose, the Biographical Narratives method, developed by the researcher Katia Rubio and adopted in research by the Olympic Studies Group of the University of São Paulo (GEOUSP), is used, by which the texts are constructed based on the interviewees' statements about their lives. To understand the concepts of identity, we rely on theorists like Stuart Hall and Zygmunt Bauman. There is a go over of how the subject of sports nationality exchanges and international migrants in sport are addressed in other countries, based on international literature. From the speeches of the athletes and the theoretical discussions carried out, it was possible to verify that the sport's trajectory, in many cases, is closely linked to the identity construction of the subjects - and that such development is individual, being the result of a series of aspects. When describing such trajectories, it is also possible to note that the migration of athletes is not an isolated phenomenon and that it is related to other social elements. Several migrants played a crucial role in the introduction, promotion and development of sports and entities within the country, and the Olympic participation of some of them reflects this relevance. Historical elements, such as the two world wars and the Cold War, were decisive in some migratory processes. There are cases in which athletes with more than one nationality opt for the Brazilian one for familial factors and others in which such choice represented a split with the ancestors. Despite the increase in the number of athletes who changed nationality in recent years, it is possible to see that the motivators for such a procedure go beyond economic and financial elements. In a world where borders have become increasingly fluid for highly qualified people, the migration of athletes is a natural consequence, as is the case with other professionals linked to the sport, such as coaches and sports agents. The greater focus on athletes is due to the character of national representatives that they assume when participating in a competition such as the Olympic Games
... Compreender a história desses atletas, suas ligações com o Brasil, o legado que eles deixaram e a construção de suas identidades é algo fundamental para que possamos ter uma visão mais ampla sobre o esporte nacional e a potencialidade do fenômeno esportivo na construção de identidades. Ao Para compreender a trajetória dos atletas olímpicos brasileiros, os membros do GEO/USP trabalham principalmente com narrativas biográficas, metodologia desenvolvida pela professora Katia Rubio (RUBIO, 2014a, 2014b, 2015, 2016. Sempre que possível, buscamos ouvir as narrativas dos atletas sobre suas histórias de vida, que revelam detalhes além da trajetória atlética. ...
Conference Paper
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A cobertura midiática é uma ferramenta importante para os pesquisadores que trabalham com o Olimpismo. Uma das possibilidades oferecidas pelos jornais é dar acesso aos pesquisadores às vozes de atletas que já faleceram. Além das entrevistas, outras matérias jornalísticas ajudam na confirmação de competições disputadas e de resultados importantes obtidos, tornando assim, os jornais, um documento histórico. Esta pesquisa apresenta como os jornais foram utilizados como ferramenta para a compreensão do conceito de identidade brasileira e na contextualização das trajetórias de atletas que nasceram em outros países mas representaram o Brasil em Jogos Olímpicos. Como resultados, observa-se que os periódicos trazem informações importantes, todavia sua compreensão é melhorada caso o pesquisador tenha o cuidado de contextualizar a informação baseado em outros documentos e produções históricas. Palavras-chave: Jogos Olímpicos, identidade, imigração, jornalismo esportivo INTRODUÇÃO Desde 1920, quando enviou a primeira delegação para uma edição olímpica, o Brasil foi representado por 52 atletas que nasceram em outros países. Grande parte deles obteve a nacionalidade por fatores hereditários, por serem filhos ou netos de brasileiros. Outros, porém, passaram por um processo de naturalização. Compreender a história desses atletas, suas ligações com o Brasil, o legado que eles deixaram e a construção de suas identidades é algo fundamental para que possamos ter uma visão mais ampla sobre o esporte nacional e a potencialidade do fenômeno esportivo na construção de identidades. Ao longo de duas décadas, o Grupo de Estudos Olímpicos da Universidade de São Paulo (GEO/USP) se debruça sobre a compreensão do olimpismo brasileiro, principalmente por meio da trajetória dos atletas que representaram o país. Este trabalho tem como objetivo apresentar algumas dessas trajetórias e dialogar com o modo como as narrativas sobre os atletas foram construídas por veículos de comunicação.
... Para que seja possível analisar a relevância desses atletas e como ocorreu o processo de construção identitária deles como brasileiros, optou-se pelo uso da metodologia das narrativas biográficas, desenvolvida por Rubio (2014Rubio ( , 2015Rubio ( , 2016Rubio ( , 2017. Esse método se aproxima da história oral (Bosi, 1993(Bosi, , 1994Ferraroti, 1983;Khoury, 2001;Meihy, 1994;Poirier;Clapier-Valladon;Raybaut, 1999;Sá, 2007), mas trabalha essencialmente com a memória (Halbwachs, 2006;Ricoeur, 2010). ...
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Desde a primeira participação em Jogos Olímpicos de Verão, o Brasil foi representado por 52 atletas que nasceram em outros países, mas se tornaram brasileiros por fatores hereditários ou por naturalização. A migração desses indivíduos está relacionada não apenas ao esporte, mas a um movimento social que dialoga com diversos outros componentes sociais. Este trabalho tem como objetivo apresentar parte das trajetórias desses sujeitos, destacando a relevância que eles tiveram para o esporte olímpico brasileiro e discutir a relevância do esporte no processo de construção de identidade dos atletas. Como metodologia, optou-se por trabalhar com Narrativas Biográfi cas, um trabalho derivado da história oral, mas que permite aos sujeitos destacar os principais pontos de suas vidas. Como resultados, nota-se que a migração de esportistas é um fenômeno global, intensifi cado nos últimos anos, mas que não ocorre de maneira isolada das migrações de outros indivíduos.Palavras-chave: Identidade étnica. Migração. Atletas olímpicos brasileiros. Transnacionalismo.
... From each individual's response some questions were developed, from this narrative related to the theory of the subject, and an analysis was developed. One of the major concerns during the interviews was to allow athletes to talk about the subject naturally, avoiding any influencing of their thinking -something that Rubio (2016) names as contaminating the interview. We are also in agreement with the one preached by Medina (2000), for whom questionnaires are similar to straitjackets, which inhibit social interactions. ...
Chapter
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When participating in an Olympic Games edition, the athlete assumes the status of a representative of the nation. Symbolic elements, such as the flag, anthem and the colours of the country, help to reinforce the image of national representatives. After all, to participate in an Olympic Games, the athlete must be attached to a national committee. However, it should be emphasised that there are social and intimate aspects which must be considered when analysing the trajectory of athletes who were born in other territories and represented Brazil in the Olympic Games. In the Rio de Janeiro Olympics 2016, Brazil had 23 athletes in this situation. Under Brazilian law, direct descendants of Brazilians born in foreign territory may apply for nationality. This prerogative was used by 15 of the 23 athletes who were born in other countries and competed for Brazil in Rio de Janeiro Olympic Games. The objective of this work is to present the trajectory and discuss the identity formation in five of these athletes.
... Na EEFE essa produção marca sua presença em pesquisas como Memórias Olímpicas por Atletas Olímpicos Brasileiros, cujo objetivo foi registrar a trajetória do esporte olímpico brasileiro a partir da narrativa dos atletas que protagonizaram essa realização. Ao longo dos 17 anos da pesquisa o que se observou foi não apenas a construção de um método detalhado [10][11][26][27][28][29] como também a imersão em um universo rico em informações de caráter subjetivo 30 que levaram diferentes pesquisadores ao encontro de referências que permitiram um conhecimento maior e mais detalhado daquilo que foi e é o esporte no Brasil [31][32][33][34][35][36][37][38][39][40][41][42] . Se no princípio a motivação metodológica foi o estudo do imaginário para compreensão da dinâmica do esporte contemporâneo 30, 43-44 , a aproximação com os protagonistas do espetáculo esportivo levou a uma alteração de rota e ao encontro com a história oral [43][44][45] . ...
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A Educação Física enquanto área científica é considerada recente em comparação à outras áreas do conhecimento mais tradicionais. Por conta disso e também pela amplitude dos fenômenos que tangem o movimento humano, este campo de estudos realiza intensa interface com outras ciências desde o seu surgimento. Há acentuada e vigorosa discussão ainda sobre se de fato, a Educação Física de um modo geral pode se configurar como ciência, como área de intervenção ou como ambos.Este artigo enfatiza como no seu fazer, as humanidades buscam ampliar conceitos - ao invés de estabilizá-los. Inicialmente discute-se acerca de elementos importantes que caracterizam a área, um escopo de metodologias e análises próprias. Em seguida, apresentam-se os desafios enfrentados pelas pesquisas socioculturais nos estudos da Educação Física e do Esporte e o que é desenvolvido no Centro de Estudos Sociocultural do Movimento Humano. Pretende-se evidenciar o potencial de construção de conhecimento da Educação Física, na valorização da interdisciplinaridade e no reconhecimento da pluralidade teórica da área na construção de sua identidade científica.
... A lógica de clubes esportivos aristocráticos ou de características coloniais como celeiros de atletas olímpicos se manteve, por muito tempo, até que o esporte se tornou objetivo de políticas públicas. Ainda assim, as cidades com maior organização esportiva permaneceram como destino de atletas habilidosos de todo a país, provocando um fluxo migratório que se pretende explorar nesse artigo, cujo objetivo é identificar a origem e o destino dos atletas migrantes na década de 1990, momento em que se deu o processo de profissionalização dos atletas brasileiros.Materiais e MétodoO método utilizado para esse estudo foram as narrativas biográficas de atletas olímpicos brasileiros14,15,16 de onde foram extraídos os dados demográficos referentes à trajetória dos atletas que chegaram aos Jogos Olímpicos. Como a questão não foi abordada objetivamente na entrevista, os dados relacionados à origem, ao deslocamento inicial vivido e a chegada ao nível olímpico foram retirados da narrativa capturada pelo Grupo de Estudos Olímpicos da EEFE-USP. ...
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MIGRATORY PROCESSES AMONG BRAZILIAN ATHLETES: WAYS TO BECOME OLYMPIC IN THE 1990´s. Abstract - Regional differences and inequalities mark Brazilian history. These are some of the reasons that led to migratory movements, initially shifting populations from rural to cities and by the end of the twentieth century from different cities to other regions and even other countries. The lack of resources and professional opportunities is also experienced by athletes who leave their cities and towns in search of teams and clubs where they can experience development that lead them to be outstanding athletes in their modalities in order to be Olympic. The logic of aristocratic sports clubs or colonial characteristics such as barns of Olympic athletes remains, throughout the 20th century, until the sport becomes the goal of public policies. Nevertheless, cities with greater sports organization remained the destination of skilled athletes from all over the country, provoking a migratory flow that is intended to be explored in this article, whose objective is to identify the origin and destination of the athletes of collective modalities to migrate in the decade of 1990, when the process of professionalization of Brazilian athletes took place.
... Na EEFE essa produção marca sua presença em pesquisas como Memórias Olímpicas por Atletas Olímpicos Brasileiros, cujo objetivo foi registrar a trajetória do esporte olímpico brasileiro a partir da narrativa dos atletas que protagonizaram essa realização. Ao longo dos 17 anos da pesquisa o que se observou foi não apenas a construção de um método detalhado [10][11][26][27][28][29] como também a imersão em um universo rico em informações de caráter subjetivo 30 que levaram diferentes pesquisadores ao encontro de referências que permitiram um conhecimento maior e mais detalhado daquilo que foi e é o esporte no Brasil [31][32][33][34][35][36][37][38][39][40][41][42] . Se no princípio a motivação metodológica foi o estudo do imaginário para compreensão da dinâmica do esporte contemporâneo 30, 43-44 , a aproximação com os protagonistas do espetáculo esportivo levou a uma alteração de rota e ao encontro com a história oral [43][44][45] . ...
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Todo atleta que participa dos Jogos Olímpicos é vinculado a um Comitê Olímpico Nacional. Apesar de algumas conexões, os critérios que definem a nacionalidade esportiva de um competidor não são, necessariamente, os mesmos da nacionalidade estatal. No Brasil, a primazia é pela adoção do critério jus soli, no qual são considerados brasileiros natos todos os nascidos no território nacional. Todavia, a legislação permite em vários casos a concessão de nacionalidade brasileira pelo jus sanguinis, levando em conta a ancestralidade. Há, ainda, a possibilidade de naturalizações. Desde 1920, quando enviou uma delegação pela primeira vez para os Jogos Olímpicos de Verão, até os Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, o Brasil teve 52 atletas nascidos em outros territórios representando o país nas disputas. Este trabalho tem como objetivo apresentar a trajetória destes esportistas e compreender a construção da identificação e da identidade destes atletas. Para tanto, utiliza-se como método as Narrativas Biográficas, desenvolvido pela pesquisadora Katia Rubio e adotado em pesquisas do Grupo de Estudos Olímpicos da Universidade de São Paulo (GEO-USP), pelo qual os textos são construídos com base nas falas dos entrevistados sobre suas vidas. Para a compreensão dos conceitos de identidade, nos apoiamos em teóricos como Stuart Hall e Zygmunt Bauman. Há uma releitura de como o assunto das trocas de nacionalidade esportiva e dos migrantes internacionais no esporte são abordados em outros países, com base em literatura internacional. A partir das falas dos atletas e das discussões teóricas realizadas, foi possível constatar que a trajetória esportiva, em muitos casos, está intimamente ligada à construção identitária dos sujeitos - e que tal construção é individual, sendo fruto de uma série de aspectos. Ao descrever tais trajetórias, é possível notar que a migração de esportistas não é um fenômeno isolado e que está vinculada a outros elementos sociais. Diversos migrantes tiveram um papel importante na introdução, fomento e desenvolvimento de modalidades e entidades esportivas dentro do país, e a participação olímpica de alguns deles reflete tal relevância. Elementos históricos, como as duas grandes guerras mundiais e a Guerra Fria, foram determinantes em alguns processos migratórios. Há casos em que atletas com mais de uma nacionalidade optam pela brasileira por fatores ancestrais e outros nos quais tal escolha representou uma cisão com os antepassados. Apesar do aumento do número de atletas que trocaram de nacionalidade nos últimos anos, é possível constatar que os motivadores para tal procedimento vão além de elementos econômicos e financeiros. Em um mundo onde as fronteiras se tornaram cada vez mais fluídas para pessoas altamente qualificadas, a migração de atletas é uma consequência natural, assim como ocorre com outros profissionais ligados ao esporte, tais como treinadores e agentes esportivos. O foco maior nos atletas deve-se ao caráter de representantes nacionais que eles assumem ao participar de uma competição como os Jogos Olímpicos
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Este estudo pretende observar no ambiente de prática do surfe, entendido como uma manifestação da cultura corporal de movimento, nas configurações desde o lazer ao esporte de rendimento, a possibilidade e potência do desenvolvimento de elementos da educação não formal. Para tal objetivo foi utilizado a aplicação do conceito metodológico das Narrativa Biográficas em participantes do Projeto Social Surf e SUP para Todos, fundado em 2009, na cidade de Caraguatatuba – litoral norte do estado de São Paulo, onde foram obtidos o registro da narrativa do Prof. Luciano Santana – idealizador do projeto. A narrativa analisada por este estudo ainda é composta pelo relato de um aluno, que por ventura esteve presente no momento do registro e participou da composição dos dados ao legitimar a narrativa de seu professor. Os elementos analisados das narrativas biográficas deste professor e seu aluno, nos sugerem que a prática do surfe contém potenciais além da dimensão esportiva, relacionada ao alto rendimento, pois, também pode ser abordado como instrumento pedagógico e espaço de interação social, permitindo aos seus praticantes momentos que podem congregar prazer, aprendizado, e a excelência do corpo em movimento em suas diversas configurações de prática; lazer, saúde e qualidade de vida, competitiva, e profissional. Referências 1 Rubio K, Veloso RC, Leão L. Between solar and lunar hero: A cartographic study of Brazilian Olympic athletes in the social imaginary. Imago A J Soc Imaginary. 2018;(11): 147–62. 2 Rubio K. A dinâmica do esporte olímpico do século XIX ao XXI. Rev Bras Educ Física e Esporte. 2011; 25:83–90. 3 Rubio K. From Amateurism to professionalism: sport’s transformations by the Brazilian Olympic Athletes’ lenses. Humanit Soc Sci. 2013; 1(3):85. 4 Han B-C. Sociedade do cansaço. Petrópolis, RJ: Vozes; 2015. 5 Veloso RC. A condição do gregário no ciclismo de estrada. Aspectos de uma prática competitiva singular no esporte contemporâneo. In: Rubio K, editor. Preservação da memória: A responsabilidade social dos Jogos Olímpicos. São Paulo: Laços Editora; 2014. 6 Rubio K. Memória e imaginário de atletas medalhistas olímpicos brasileiros [tese – livre-docência]. São Paulo: Universidade de São Paulo, Escola de Educação Física e Esporte; 2004. 7 Kampiom D. Stoked!: a history of surf culture. Santa Monica, CA: Gibbs Smith; 2003. 8 Kampiom D, Brown B. Uma história da cultura do surfe. Los Angeles: Evergreen; 2000. 9 Booth D. History, culture, surfing: Exploring historiographical relationships. J Sport Hist. 2013; 40(1): 3-20. 10 International Surfing Association (ISA) [Internet]. [citado 26 Aug 2019]. Disponível em https://www.isasurf.org/. 11 World Surfing League (WSF) [Internet]. [citado 26 Aug 2019]. Disponível em https://www.worldsurfleague.com/. 12 Smith MK. What is non-formal education? [Internet]. 1996 [citado 26 Aug 2019]. Disponível em http://infed.org/mobi/what-is-non-formal-education/. 13 Marandino M. Faz sentido ainda propor a separação entre os termos educação formal, não formal e informal? Ciência e Educação (Bauru). 2017; 23(4): 811–816. 14 Gohn MG. Educação não-formal e cultura política: Impactos sobre o associativismo do terceiro setor. São Paulo: Cortez; 1999. 15 Amato J, Souza V, Falcão TBC. A Olimpização do Surf. In: Rubio K. Editors. Do pós ao neo Olimpismo: Esporte e movimento no século XXI. São Paulo: Képos; 2019. 16 Warshaw M. A História do surfe. San Francisco: Hartcourt, Inc; 2010. 17 Confederação Brasileira de Esportes [Internet]. [citado 26 Aug 2019]. Disponível em http://www.cbe.esp.br/modalidades.php. 18 Fortes R. O surfe brasileiro e as mídias sonora e audiovisual nos anos 1980: Comunicação e Esporte. Logus: Comunicação e Esporte. 2010;17(2): 90-105. 19 Benjamin W. Obras escolhidas. Vol. I. São Paulo: Brasiliense; 2012. 20 Ricoeur P. L’Identité Naarative. Rev Sprit. 1988; 295–304. 21 Rubio K. A experiência da pesquisa “Memórias olímpicas por atletas olímpicos brasileiros”. Acervo. 2014; 27(2): 93–105. 22 Rubio K. Memória, esquecimento e meta-história: entre Mnemosine e Letho. In: Rubio K, editor. Narrativas biográficas: da busca à construção de um método. São Paulo: Laços; 2016. 23 Veloso RC, Rubio K. Objetos biográficos: tempos vivos para narrativas. In: Rubio K, editor. Narrativas biográficas: da busca à construção de um método. São Paulo: Laços; 2016. p. 229–242. 24 Rubio K. A história de vida como método e instrumento para a apreensão do imaginário esportivo contemporâneo. Motus Corporis. 2003;11(1):30–48. 25 Rubio K. Biographical narratives of Olympic Athletes: An access road to identity and Brazilian sports imagery. Am Int J Soc Sci. 2015;4(1): 85–90. 26 Rubio K, Carvalho AL. Areté, fair play e o movimento olímpico contemporâneo. Rev Port Ciências do Desporto. 2005;3(5): 350–357. 27 Rubio K. Marcos de uma caminhada: Imaginário, método, intuição e mapas de pesquisa com narrativas biográficas. In: Leão L, editor. Processos do Imaginário. São Paulo: Laços Editora; 2016. p. 51–75. 28 Ferreira Junior NS De. Contexto e elementos constitutivos do método. In: Rubio K, editor. Narrativas biográficas: da busca à construção do método. São Paulo: Képos; 2016. p. 105–19. 29 Meihy JCSB. Manual de história oral. São Paulo: Loyola; 2005. 30 Meihy JCSB, Holanda F. História oral: Como fazer, como pensar. São Paulo: Editora Contexto; 2007. 31 Leffa VJ. Aspectos da leitura. Porto Alegre: Sagra - DC Luzzatto; 1996. 32 Halbwachs M. A memória coletiva. São Paulo: Centauro; 2006. 33 Stone L. Prosopografia. Rev Sociol Política. 2011;19(39): 115–37. 34 Bosi E. O Tempo Vivo da Memória. São Paulo: Ateliê Editorial; 2003. 35 Rubio K. Narrativas biográficas: da busca à construção de um método. Rubio K, editor. São Paulo: Laços; 2016. p. 39-56.
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The educational nature of sport was in the foundation of the Olympic Movement since its inception. Understood as a pedagogical tool, sport was seen by Pierre de Coubertin as a possibility of celebration among people, a way to promote peace and development. In this sense, the Olympic Games are considered the public face of this pedagogical effort, and the understanding of Olympic education promotes values and knowledge on the sports universe and all its symbolic acquis. This argument triggers Olympic education programs by countries and cities involved in sport competitions based on the Olympic model. The aim of this study was to present the Olympic Education program developed by the São Paulo Secretary of Education for teachers working in the public school network of São Paulo. This course conducted over the years 2012 and 2013 relied on the participation of 250 teachers, mostly involved with Student Olympics, competition involving public schools of São Paulo.
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Tradução de Josemar Machado de Oliveira.
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Há muito a história anda de mãos dadas com a cultura e a psicologia social. Se tempos atrás essa proximidade e con-fusão pareciam causar mal estar nos puristas defensores das fronteiras do conhecimento e do pensamento, na atualidade essa convivência não apenas é bem-vinda como também desejada uma vez que a produção do conhecimento é cada vez mais pródiga em apresentar referências inéditas nascidas da proximidade entre diferentes teorias. O diálogo, mais do que desejado, se mostra necessário. Alguns temas encontram-se hoje nessa zona fronteiriça entre diferentes campos do saber. A memória é um deles. Gesto essencialmente humano por somar afetividade, cognição, historicidade e cultura, tendo como figura central a pessoa que narra o que recorda, na memória estão contidas as marcas do tempo e dos grupos sociais aos quais pertencemos. Tema caro à psicologia, psicofisiologia, neurociências e à biologia, passou a ser do interesse da antropologia, da sociologia e da história, quando o entendimento da memória saltou do campo da aprendizagem e da educação e alcançou o campo social com a memória coletiva. Le Goff (2013) aponta que a memória coletiva além de uma conquista é também um instrumento e um objeto de poder. “São as sociedades cuja memória social é, sobretudo oral, ou que estão em vias de constituir uma memória coletiva escrita, aquelas que melhor permitem compreender esta luta pela dominação da recordação e da tradição, essa manifestação da memória” (p. 435). Essa postura implica em dar voz, ou ainda deixar expressar pela oralidade, tantos quantos forem os narradores de um determinado grupo social. O esporte, assim como outros fenômenos humanos, apresenta as marcas de um fato que se configura como social e se perpetua no atleta, olímpico ou não, como o narrador de eventos que colaboram para a formação de um imaginário esportivo. Isso porque na condição de protagonista do espetáculo ele tanto é o herói de seu tempo como o anônimo em um futuro chamado pós-carreira. Foram esses os temas tratados no IV Seminário de Estudos Olímpicos e que aqui estão registrados. O livro foi dividido em duas partes. Na primeira delas, denominada Preservação e Legado, encontram-se os textos nos quais são discutidas as questões relacionadas ao Movimento Olímpico e ao Esporte a partir de diferentes referenciais teóricos e metodológicos. No capítulo de Pedro Paulo A. Funari encontramos uma visão histórica sobre os Jogos Olímpicos e uma análise do que se entende por legado dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Bárbara Schausteck de Almeida e Wanderley Marchi Júnior fazem uma leitura sociológica sobre o desenvolvimento do Movimento Olímpico, a partir do entendimento das rupturas e cenários de crise ao longo de mais de um século de Jogos Olímpicos, a face pública do Olimpismo. Entendendo o esporte como parte do processo de educação Maria Alice Zimmermann traz um relato sobre as Olimpíadas Estudantis da rede municipal de Educação do Município de São Paulo e os valores transformadores tanto dos estudantes participantes quanto dos professores, formadores dessa geração de estudantes-atletas. O legado da geração X é a contribuição que Raoni Perrucci T. Machado traz para esse debate ao analisar as práticas chamadas de “radicais” no passado e que passaram a receber diferentes denominações no presente e que indicam a necessidade do Movimento Olímpico de se abrir para aquilo que a sociedade aponta como tendência esportiva. À frente de um dos principais Centros de Memória do Esporte brasileiro, Silvana Vilodre Goellner discute a importância da preservação e construção de acervos na preservação da memória do esporte e compartilha a experiência desse trabalho inovador e necessário. O capítulo de Victor Andrade de Melo apresenta os desafios metodológicos para os estudos do esporte a partir do referencial da história e da memória e aponta para as inúmeras possibilidades de trabalhos futuros. A segunda parte do livro, denominada Memórias, narrativas e histórias de vida, conta com a contribuição de diferentes autores que ao se ancoram nas narrativas de atletas para fazerem suas discussões sobre a memória do esporte. Katia Rubio apresenta sua contribuição sobre narrativas biográficas a partir da perspectiva dos atletas olímpicos brasileiros de diferentes gerações. O universo das narrativas de jogadores olímpicos de futebol é o tema de Luciana F. Angelo que se ateve a esse aspecto na formação da identidade desses atletas. Ana Souza, Rui Corredeira e Ana Luísa Pereira fazem uma discussão sobre o esporte paralímpico a partir da história de vida do principal atleta paralímpico português. O encontro com João Havelange levou Sergio Settani Giglio a refletir sobre a extensão desse atleta que se tornou um dos dirigentes esportivos de maior influência no século XX. A constatação de um erro sobre a identidade de Paulinho Almeida, um jogador de futebol olímpico de 1952, levou Isaias Sodré da Nóbrega, Júlia Frias Amato e Roberta Cardoso a refazerem a trajetória de um astro do Flamengo apagado dos memorias do esporte olímpico. A transição de carreira é o tema central dos estudos de Neilton de Sousa Ferreira Júnior que aqui discute a transformação da identidade de Agra e Paula ao encerrarem a carreira de atletas a partir da narrativa de suas histórias de vida. Rafael Campos Veloso traz para discussão o papel do ciclista gregário, atleta responsável por imprimir um ritmo acentuado às provas de ciclismo de estrada, sabedor de que seu papel implica em não disputar espaço no pódio. A diversidade dos temas aponta para a multiplicidade dos diálogos que o tema memória e narrativas propicia. Espero que a leitura desses trabalhos desperte o mesmo interesse e paixão que cada estudo ou história de vida provoca em nós pesquisadores. Boa leitura
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1796 verbetes biográficos. Esse é o conteúdo do livro “Atletas Olímpicos Brasileiros”, de autoria da Profa. Dra. Katia Rubio (EEFE-USP). Foram necessários 15 anos de trabalho acadêmico para que a docente e sua equipe do Grupo de Estudos Olímpicos do Centro de Estudos Socioculturais do Movimento Humano coletassem depoimentos e documentações sobre todos os atletas brasileiros que já participaram dos Jogos Olímpicos. A obra, editada pela SESI-SP Editora, será lançada dia 25/8/2015, às 9h, em evento no SESI Vila Leopoldina (Rua Carlos Weber, 835). Constam no livro todos os atletas brasileiros de modalidades individuais e coletivas que participaram de alguma edição dos Jogos Olímpicos desde 1920, quando o país foi representado pela primeira vez no evento, até Londres (2012). Isso inclui não apenas atletas medalhistas, mas também aqueles que não conquistaram o pódio ou quem, por algum motivo, foi desligado da competição antes dela começar, fosse por lesão ou questões de outras ordens. 1.389 histórias foram escritas a partir de entrevistas realizadas pessoalmente, totalizando 1750 horas de narrativas. As informações dos atletas já falecidos foram obtidas por meio de depoimentos de terceiros, acervos de clubes, jornais de época e outras informações geradas pelos meios de comunicação. Das entrevistas foram levantados dados como local e data de nascimento, onde e quando iniciaram a prática esportiva, os responsáveis diretos pelo início da carreira esportiva, que clubes defenderam, com quantos anos participaram pela primeira vez da seleção nacional, como foram as experiências como atleta olímpico e a transição de carreira entre outros temas de ordem mais subjetiva e pessoal. O embrião da pesquisa com atletas olímpicos se deu, nos anos 90, foi quando a pesquisadora realizou seu doutorado e estudou as razões que levam uma criança ou um jovem a dedicar sua vida à busca incessante e exaustiva por um resultado fora da média. Essa pesquisa resultou no livro “O Atleta e o Mito do Herói” (Casa do Psicólogo, 2001) obra em que são apresentadas a trajetória de esportistas em diferentes momentos da carreira, mas que apresentavam como um traço comum a presença e o feito de algum atleta olímpico como o desencadeador para a prática esportiva na infância. A partir dessa constatação, a docente Katia Rubio lançou mais seis livros tendo os atletas olímpicos brasileiros como o foco central. A soma de todas as pesquisas realizadas até o presente resultam na edição do livro “Atletas Olímpicos Brasileiros”, trabalho inédito tanto para os padrões brasileiros como para os internacionais.
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Remetendo-se especialmente à antropologia de Leroi-Gourhan, à fenomenologia do corpo de Merleau-Ponty, à concepção de lugar (lieu) de Platão, Aristóteles e Heidegger, assim como à concepção de meio (milieu) de Watsuji, este artigo propõe uma ontologia dos fatos geográficos. Os geogramas exprimem e sustentam a existência humana, eles são simultaneamente a marca técnica e a matriz simbólica dessa existência que acontece no ecúmeno.
Article
A reflexion on the research on the psychology of social memory is proposed, both from the point of view of general orientation and from that of individual tactics of investigation. The theoretical bases are Gestalt theory and the Bergsonian philosophy of time. The memorative processes are related to 'fields of significance' in the life of the subject who remembers. The influence of social groups on the formation of memories is discussed.