O presente artigo faz uma breve revisão narrativa do papel dos indicadores na gestão da qualidade e da segurança em instituições de saúde, apresentando as categorias de indicadores propostas por Donabedian. Ressaltam-se as diferenças que distinguem indicadores de qualidade e segurança daqueles usados em pesquisas ou auditorias: apesar de terem os mesmos requisitos de validade, repetibilidade,
... [Show full abstract] confiabilidade e adequação das medidas que estes, há um aprendizado obtido durante a mensuração da qualidade e segurança dos processos assistenciais e a hipótese a ser testada pode mudar no decorrer do projeto, para permitir que a intervenção de fato funcione em dado contexto. Entre as possíveis seleções de indicadores, existem aqueles já estabelecidos por agências reguladoras, agências governamentais ou agências de acreditação, que permitem a comparação entre organizações ou o estabelecimento de indicadores próprios. Por fim, é revisado o uso da avaliação de satisfação com a assistência pelos usuários para construir indicadores de avaliação da qualidade e segurança, e suas limitações. Como conclusão, pode-se dizer que avaliação do desempenho do cuidado hospitalar por meio de indicadores não é a única ferramenta para gestão da qualidade, mas é indispensável para a melhoria da qualidade assistencial. Quanto às medidas obtidas mediante experiência do paciente com o cuidado prestado, estas não são uniformemente aceitas na avaliação da qualidade assistencial, mas há algumas evidências publicadas que demonstram correlação positiva entre resultados avaliados pelo paciente e aqueles medidos por outros indicadores. Considerando que o cuidado centrado no paciente é uma dimensão da qualidade assistencial, não se pode dispensar sua participação na avaliação da qualidade. Palavras-chave: Indicadores de qualidade em assistência à saúde. Satisfação do paciente. Melhoria da qualidade.
