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Serviços ecossistêmicos culturais prestados pelo entorno da Estação
Ecológica do Seridó (Serra Negra do Norte-RN/NE, Brasil)
(a) Irami Rodrigues Monteiro Júnior; (b) Paulo Jerônimo Lucena de Oliveira
(a,b) Departamento de Geografia/UFRN, iramirrodrigues@outlook.com; paulojeronimo.geo@gmail.com
EIXO: Unidades de conservação: usos, riscos, gestão e adaptação às mudanças climáticas
Resumo/
O bioma Caatinga possui importantes ecossistemas que prestam uma gama de serviços ecossistêmicos
(SE) para as comunidades locais. Neste contexto, destaca-se a Estação Ecológica do Seridó (ESEC) no
estado do Rio Grande do Norte, onde, devido ao crescimento das comunidades do entorno, o ecossistema
local de caatinga tem sido intensamente degradado, com graves ameaçados à biodiversidade. A presente
proposta teve como objetivo identificar os serviços ecossistêmicos culturais prestado pelo o entorno da
ESEC-Seridó, através da metodologia da Common International Classification of Ecosystem Services –
CICES.A CICES segue uma estrutura hierárquica como forma de permitir que seus usuários selecionem
o nível mais adequado para sua aplicação, classificando os serviços em: 1) Provisão; 2) Regulação e
Manutenção; e 3) Cultural. Para este estudo serão considerados apenas os serviços culturais, estes incluem
as saídas imateriais do ecossistema que têm significado simbólico, cultural ou intelectual (POTSCHIN,
HAINES-YOUNG, 2011). Para apresentação dos resultados da classificação dos serviços, elaborou-se
uma tabela síntese dos SE culturais identificados. A metodologia utilizada foi eficaz para identificar e
elencar os serviços ecossistêmicos culturais presentes no entorno da ESEC, sendo notória a importância
deste SE no contexto das comunidades locais e para discutir medidas de conservação para este bioma.
Palavras-chave: Caatinga; Unidade de Conservação; Seridó; Serviços Ecossistêmicos.
1. Introdução
As Unidades de Conservação (UCs) são territórios de suma importância considerados
essenciais do ponto de vista de conservação da Biodiversidade em escala local e regional,
pois assegura a proteção de serviços ambientais, tais como: recursos hídricos, manejo de
recursos naturais, desenvolvimento de pesquisas cientificas, manutenção de equilíbrios
climáticos ecológicos, apresentando como uma forma de barrar o processo de degradação
existente no Bioma Caatinga (MARTA-PEDROSO et al. 2014).
Quanto a variação fisionômica, este bioma apresenta-se muito diverso, principalmente
no que se refere à densidade e a estrutura dos indivíduos. Por exemplo, as espécies vegetais
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localizadas nos vales são mais desenvolvidas, se comparar a estrutura das que estão sobre
lajedos e solos rasos, em consequência da disponibilidade hídrica, que é fundamental nos
aspectos da vegetação (AMORIM, 2005). Estas variações influenciam na diversidade e oferta
dos serviços prestados por este ecossistema as comunidades.
Uma das abordagens emergentes que retratam a relação entre bem-estar humano e
bem estar natural pode ser notada na identificação dos serviços ecossistêmicos, que por sua
vez, são os recursos naturais produzidos pelos ecossistemas a partir da atuação combinada
de fatores abióticos e bióticos, que são utilizados de maneira direta ou indireta pela sociedade
na manutenção da sua qualidade de vida (COSTANZA et al. 1997).
Para Costanza et al. (1997), SE pode ser conceituado como um grupo de bens e
serviços gerados pelos ecossistemas que são importantes para o bem-estar humano. De
acordo com De Groot et al. (2002), os SE caracterizam pela capacidade dos processos
naturais e seus componentes de fornecer produtos e serviços que satisfaçam as
necessidades humanas, direta ou indiretamente. No entanto, para Harrington et al. (2010), os
SE são os benefícios que os homens reconhecem como obtidos a partir dos ecossistemas,
que suportam, direta ou indiretamente, sua sobrevivência e qualidade de vida. Como visto,
cada autor formulou um conceito para o que deveria ser os serviços ecossistêmicos, mas
todos têm algo em comum que é bem-estar humana a partir dos ecossistemas e da interação
socioambiental.
Dentro de uma visão conservacionista, estes recursos podem ser utilizados para
elucidar as populações humanas acerca da importância dos ecossistemas, uma vez que a
qualidade ambiental de uma determinada área natural consequentemente influência direta ou
indiretamente no bem-estar humano e assim nas formas de uso sustentável dos SE
(TURNER; DAILLY, 2008). A Caatinga destaca-se como um ecossistema prestador de
importantes serviços para a população, porém, o uso destes ocorre de forma degradante.
Para reduzir as ações danosas do homem aos ambientes naturais, muitas estratégias
têm sido implementadas, como a criação de Unidades de Conservação da Natureza (UC’s).
Uma dessas UC’s de Preservação integral da Caatinga é a Estação Ecológica do Seridó
(ESEC Seridó), localizada no município de Serra Negra do Norte – RN. Esta possui várias
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comunidades localizadas em seu entorno e que têm uma relação muito acentuada com os
recursos dessa área (SILVA, 2009).
A presente proposta teve como objetivo identificar os serviços ecossistêmicos culturais
prestados pelo entorno da Estação Ecológica do Seridó (ESEC), no intuito de conhecer a
diversidade de bens ofertados por este ecossistema para sociedade local.
2. Materiais e métodos
2.1. Área de estudo
A Estação Ecológica do Seridó (ESEC Seridó) está localizada entre as coordenadas
geográficas 6°35' S e 37°15' W, com área de 1.166,38 ha, criada pelo decreto lei n° 87.222
em 31/05/1982 (CAMACHO; BAPTISTA, 2005), constitui uma área de preservação dos
recursos da Caatinga do Semiárido nordestino (Figura 01), situada em uma propriedade
agrícola de uso extensivo dos recursos naturais.
O clima da região Seridó, pela classificação de Köppen, é considerado seco e muito
quente. A temperatura média anual é de 30,7ºC, com máxima média de 31ºC ocorrendo em
outubro e a mínima média de 29,3ºem fevereiro (COSTA et al., 2009). As chuvas concentram-
se entre janeiro e abril. A pluviosidade anual varia entre 350 e 800 mm, com média histórica
em torno de 600 mm (AMORIM et al., 2005). A área estudada é classificada como caatinga
arbórea-arbustiva, hiperxerófila com características próprias, sendo por isso denominada de
caatinga do Seridó (VARELLA-FREIRE, 2002; SANTANA, 2009; SOUTO, 2006). O relevo é
acidentado com predominância de afloramentos do cristalino, chamados comumente de
“serras” ou “serrotes” (VARELA-FREIRE, 2002).
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Figura 1: Mapa de localização da área do estudo.
Fonte: Elaborado pelo os autores.
2.2. Procedimentos metodológicos
Para o desenvolvimento da presente proposta foi necessário primeiramente o
levantamento bibliográfico sobre a temática dos Serviços Ecossistêmicos e da ESEC Seridó
em livros, teses, dissertações, monografias e periódicos, assim como nas bibliotecas da
UFRN/Campus de Caicó, a biblioteca pública municipal, a biblioteca da instituição de ensino
privada (Centro de Ensino Atual -CEA) e estadual (Escola Estadual Prof. Leomar Batista de
Araújo – LBA) de Serra Negra do Norte. Posteriormente foi realizado a análise e revisão deste
material para estruturação de um checklist prévio acerca dos serviços culturais prestados pela
ESEC.
Após esta etapa, para validar os dados coletados durante o levantamento, foi realizado
um levantamento in situ utilizando 01 aparelho GNSS para reconhecimento da área, além de
entrevistas informais semiestruturadas com moradores durante o trajeto do entorno da ESEC.
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Para identificar os principais Serviços Ecossistêmicos foi aplicada a técnica de lista de
checagem (SÁNCHEZ, 2013).
O suporte teórico-metodológico para classificação dos serviços foi à Common
International Classification of Ecosystem Services – CICES (HAINES-YOUNG; POTSCHIN,
2013), que classifica os serviços em: 1) Provisão; 2) Regulação e Manutenção; e 3) Cultural.
A CICES segue uma estrutura hierárquica como forma de permitir que seus usuários
selecionem o nível mais adequado para sua aplicação. No mais alto nível (chamado ‘seções’)
existem três grandes categorias (provisão, regulação/manutenção e culturais), aninhadas
numa série de “divisões”, “grupos” e “classes”.
Para este estudo serão considerados apenas os serviços culturais, estes incluem as
saídas imateriais do ecossistema que têm significado simbólico, cultural ou intelectual
(POTSCHIN, HAINES-YOUNG, 2011). Para apresentação dos resultados da classificação
dos serviços, elaborou-se uma tabela síntese dos SE culturais identificados.
3. Resultados
Dentro da avaliação dos Serviços Ecossistêmicos (SE), os culturais são muitas vezes
difíceis para se medir e têm sido muitas vezes negligenciado nas avaliações como mostra
estudos de Chan et al. (2012), onde muitas vez os Serviços Ecossistêmicos Culturais (SEC)
são até mesmo excluídos da identificação SE, talvez pela complexidade que os mesmo tem
em ser identificados. Ao entender os SEC, logo, sua identificação pode ser usada para
robustecer as políticas de conservação da biodiversidade e criar um plano de gestão
sustentável de áreas naturais pela ligação que as comunidades e/ou grupos tem com o lugar.
Os SE culturais prestados pela Caatinga no entorno da ESEC são poucos estudados
(Quadro 01), pois estes são analisados sobre outras perspectivas e/ou não utilizam o termo
“Serviços Ecossistêmicos” nos títulos das pesquisas dificultando o processo de identificação.
Silva (2009) trabalhou na ESEC as percepções e usos de recursos faunísticos por
comunidades do entorno, caracterizando-se como um serviço de provisão, quando os
moradores se apropriam desses animais como fonte de proteínas ou usar como medicamento
naturais.
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Na perspectiva dos serviços de regulação/manutenção, Santana (2005) desenvolve
uma pesquisa sobre a produção de serapilheira e ciclagem de nutrientes, visto que a
serapilheira atenua os impactos da água da chuva e auxilia na infiltração no solo, e também
é responsável por regular a temperatura não permitindo que os raios solares incidam
diretamente na superfície.
QUADRO 01: Serviços ecossistêmicos culturais do entorno da Estação Ecológica do Seridó,
Serra Negra do Norte/RN.
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Fonte: Elaborado pelos os autores (2019).
No entanto, os serviços culturais prestados por plantas e animais ainda são pouco
estudados, se comparados aos SE de provisão e regulação/manutenção que apresentam
bens mais tangíveis e elevado reconhecimento socioeconômico em relações aos culturais.
Considerando as classes propostas por Haines-Young e Potschin (2010), os serviços culturais
estão ligados a bens intangíveis, informacionais, educativos, saberes tradicionais e outros.
SEÇÃO
DIVISÃO
GRUPO
CLASSE
TIPO DE
CLASSE
EXEMPLOS
CULTURAL
INTERAÇÕES
ESPIRITUAIS E
SIMBÓLICAS
Espiritual ou
emblemática
Simbólico
Pelo uso,
plantas
Plantas para
rezadeiras
(vassourinha, pião
roxo)
Sagrado ou
religioso
Crenças populares
(benzedeiras)
Outros
Existência
Por
plantas,
animais,
paisagem
Contemplação da
paisagem
bem-estar
Legado
Disposição de
preservar para as
gerações futuras
INTERAÇÕES
FÍSICAS E
INTELECTUAIS
COM O
ECOSSISTEMA
Interações
físicas e
vivenciais
Recreativo
Usos
Uso educacionais
(pesquisas
científicas e
experimento
científico)
Interações
Intelectuais e
representativas
Estético
Por uso,
registros,
plantas,
animais
Paisagem cênica
Herança
cultural
Registros
históricos e
fotográficos
Entretenimento
Experiência do
mundo natural
(conservação e
preservação da
Caatinga)
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Os resultados apontados no quadro acima foram identificados os serviços
relacionados às interações espirituais e simbólicas, onde foi destacado o uso de plantas, e
animais terrestres em diferentes contextos ambientais, em detrimento do sagrado e religioso
como as crenças populares que passam de gerações a gerações. Já nas interações físicas e
intelectuais com o ecossistema foram identificados serviços na classe científica, educacional,
de herança cultural e também a preservação da fauna e flora para as gerações futuras.
No que tange sobre os SE culturais que o entorno da ESEC presta para a sociedade
como uso recreativo, estão concentradas nas interações intelectuais e de representação,
destacando a produção científica, educacional e herança cultural, onde esses documentos
estão disponíveis em forma de sites, blogs, artigos, teses, dissertações e monografias acerca
da área de estudo.
A preservação do ecossistema Caatinga através da Unidade de Conservação (UC)
deixa um legado para as próximas gerações, onde terão oportunidade conhecer esse bioma
tão multável e como também plantas e animais que são endêmicos, como por exemplo a
aroeira do sertão (Myracrodruon urundeuva Allemão/Anacardinaceae) e o gato azul (Puma
yagouaroundi Geoffroy/Carnivora, Felidae). Os moradores das comunidades do entorno
quando questionados o qual significado da ESEC todos expressaram ter orgulho de morar no
entorno de uma reserva ecológica, e todos tinham uma ciência da importância dessa UC para
manter as tradições simbólicas através das plantas e animais.
A tradição cultural vem sendo preservada ao longo dos anos passando para gerações
futuras, crendice popular e tradição religiosa ainda se mantém presentes no seio das
comunidades. A exemplo das benzedeiras, senhoras idosas que se apropriam de galhos ou
ramalhes de vassourinha (Scoparia dulcis L./Plantaginaceae) para no ato da reza, para benzer
os enfermos e para proteger de mau olhado plantam o pião – roxo (Jatropha gossypifolia
L./Euphorbiaceae). Quando questionados o porquê de utilizar sempre essas mesmas
espécies as rezadeiras sempre respondiam que simplesmente haviam aprendido com suas
mães ou suas avós.
Além disso, o uso de plantas da Caatinga que são utilizadas para fins farmacológicos,
para tratamento de patologias, apesar de caracterizar-se como um serviço de provisão, aonde
as pessoas se apropriam destas para tratar as enfermidades também e um SE cultural, não
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uso em si, mas na forma como aprenderam. A forma de como o conhecimento e passado
classifica-se na categoria de serviço cultural, posto que esses conhecimentos são de domínio
popular passado entre membros da mesma descendência e transmitido oralmente
corroborando com Costanza et al. (1997), onde um serviço de ecossistema deriva de duas ou
mais funções do ecossistema, ou uma função do ecossistema permite a produção de dois ou
mais serviços de ecossistema.
A apropriação dos serviços ecossistêmicos culturais são uma relação de identidade
com determinada paisagem que tem um valor simbólico, espiritual, lazer, educacional,
científico e de completação da paisagem, uso e bem-estar. Porém, outra visão de SEC pode
ser amostrada nessa pesquisa é, a ligação que as comunidades do entorno têm com a
perspectiva do lugar e a interação com os SE. Esse conceito-chave da geografia, que por
questão de método de análise do mesmo – a fenomenologia – acaba sendo pouco estudar
por geógrafos físicos que trabalha SE.
No entanto, o lugar nessa discussão para a identificação dos SEC foi uma ponto chave,
pois dentre as comunidades do entorno da ESEC-Seridó os serviços mudaram de acordo com
local de cada comunidade. Serviços que determinada comunidade usava, outra já manipulava
de forma diferente, pois adaptaram os serviços ecossistêmicos culturais de acordo com os
costumes estabelecidos de cada lugar.
Um exemplo bastante prático e observado em campo foi a questão das rezadeiras e
os tipos de rezas. De acordo com a distância das comunidade da sede do município o número
de rezadeiras e tipos de rezas/orações aumentava. Em tempos longínquos era comum tratar
as pessoas primeiro com as benzedeiras e curandeiras – através de plantas consideradas
sagradas - uma questão de fé, de tradição, mas também de falta de recursos para locomover
os enfermos até unidades de saúde. Era comum tratar com rezas, ervas e banhos doenças
como icterícia em recém-nascido, braço quebrado e até picada de cobra peçonhenta. Esse
tipo de cultura está se extinguindo nas localidades próximas aos centros urbanos.
4. considerações finais
Através da revisão bibliográfica dos acervos locais, pesquisa semiestruturada com as
comunidades, as visitas in loco verificaram-se que os serviços ecossistêmicos são bastante
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presentes no entorno da ESEC, onde o uso dos animais e plantas ainda são constantes para
subsistência e comercialização das mesmas caracterizando um SE cultural.
As pesquisas dão um norte no tocante a verdadeira situação do bioma Caatinga na
área da ESEC, que está sendo modificado para dar lugar a criação de bovinos, caprinos e
para a agricultura. E as comunidades do entorno reconhecer que há falhas na proteção, pois
os mesmos afirmam existirem caça ilegal na região de pessoas que vem de outras áreas e do
próprio entorno, mas que os moradores entendem o significado daquela unidade.
A identificação dos Serviços Ecossistêmicos, permite através do conhecimento dos
bens materiais e imateriais ofertados pelos ecossistemas, subsídios para elaboração de
ferramentas para da conservação da biodiversidade e dos ecossistemas. Visto isso, é
importante compreender os serviços usados pela sociedade, e de como o contexto geográfico
influência nos diferentes tipos de usos e nas limitações e potencialidades dos SE, uma vez
que essa ligação entre os SE e as UCs, juntamente com as populações que vivem no entorno
podem ajudar nas medidas de conservação.
Os SE culturais foram bastantes expressivos no entorno da Estação Ecológica do
Seridó, o que mostra que esses serviços são usados como agente regulador da
biodiversidade e que as populações do entorno para manter suas tradições religiosos e
espirituais através da fauna e flora, além da importância da produção científica sobre esses
SEs e como ele pode ajudar na regulação e manutenção de UCs de uma região tão castigada
pelos os problemas ambientais de negligência pelo corte excessivo de madeira ilegal, e
consequentemente a fauna ameaçada por essas ações cada vez mais corriqueiras na
Caatinga.
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