Conference PaperPDF Available

O conceito de memória sob uma nova perspectiva e os possíveis debates e repercussões na Comissão Nacional sobre a Desaparição das Pessoas da Argentina

Authors:

Abstract

Resumo A memória tem sido alvo de estudos recentes que estão inovando ao trazer à tona uma nova concepção sobre o que ela seria e qual o seu papel na formação tanto do indivíduo, quanto do coletivo. Grosso modo, será ela que irá determinar como o indivíduo e o coletivo irão se relacionar com o passado, mediante suas concepções do presente e expectativas sobre o futuro. Consequentemente, teremos grupos com alguma forma de poder que buscarão se utilizar da memória visando forjar o passado, moldar o presente e legitimar ações futuras. Esse é o caso, por exemplo, das discussões surgidas na Argentina (Comisión Nacional sobre la Desaparición de Personas, 1983-84) durante, e após, o que chamamos, genericamente, de suas Comissões da Verdade. Este artigo visa debater como certas narrativas buscavam se tornar predominantes, visando alterar a memória coletiva e minimizar, ou mesmo extinguir, suas culpas pelos erros e desastres econômicos, sociais e políticos (inclusive a tortura) dos atores responsáveis direta ou indiretamente por eles terem ocorrido. Palavras-chave: Memória; Disputa; Comissão da Verdade.
A preview of the PDF is not available
Article
This article considers two recent lines of research concerned with the construction of imagined or simulated events that can provide insight into the relationship between memory and decision making. One line of research concerns episodic future thinking, which involves simulating episodes that might occur in one's personal future, and the other concerns episodic counterfactual thinking, which involves simulating episodes that could have happened in one's personal past. We first review neuroimaging studies that have examined the neural underpinnings of episodic future thinking and episodic counterfactual thinking. We argue that these studies have revealed that the two forms of episodic simulation engage a common core network including medial parietal, prefrontal, and temporal regions that also supports episodic memory. We also note that neuroimaging studies have documented neural differences between episodic future thinking and episodic counterfactual thinking, including differences in hippocampal responses. We next consider behavioral studies that have delineated both similarities and differences between the two kinds of episodic simulation. The evidence indicates that episodic future and counterfactual thinking are characterized by similarly reduced levels of specific detail compared with episodic memory, but that the effects of repeatedly imagining a possible experience have sharply contrasting effects on the perceived plausibility of those events during episodic future thinking versus episodic counterfactual thinking. Finally, we conclude by discussing the functional consequences of future and counterfactual simulations for decisions.
Sobre conceptos, memorias e identidades: Guerra, genocidio y/o terrorismo de Estado en Argentina
  • Daniel Feierstein
FEIERSTEIN, Daniel. Sobre conceptos, memorias e identidades: Guerra, genocidio y/o terrorismo de Estado en Argentina. Politica y Sociedad, v. 48, n. 3, p. 571-589, 2011.
Terrorismo de Estado y genocidio en América Latina
  • Daniel Feierstein
FEIERSTEIN, Daniel. Terrorismo de Estado y genocidio en América Latina. Buenos Aires: Prometeo, 2009.
Ao contrário, utilizando a memória pela forma exemplar, temos o caso de Paul Teitgen, um funcionário público francês em Argel que pediu demissão de seu cargo após notar as semelhanças com as marcas de tortura impingidas aos argelinos com os maus tratos que sofria nos porões da Gestápo em Nancy
  • Um Exemplo É Do Torturado Que Vira Torturador
Um exemplo é do torturado que vira torturador. Em sua concepção ele passou por um caso de injustiça muito maior que outros e ele pode argumentar que quando ele tortura o faz por não se tratar da mesma coisa (a incapacidade de comparação faz com que o ato se torne permissível). Ao contrário, utilizando a memória pela forma exemplar, temos o caso de Paul Teitgen, um funcionário público francês em Argel que pediu demissão de seu cargo após notar as semelhanças com as marcas de tortura impingidas aos argelinos com os maus tratos que sofria nos porões da Gestápo em Nancy.
Memorias e interpretaciones de la última dictadura militar en Argentina: actualizaciones del pasado y construcción de orden social
  • Laura Perez
  • Acebedo
PEREZ, Laura Acebedo. Memorias e interpretaciones de la última dictadura militar en Argentina: actualizaciones del pasado y construcción de orden social. Revista Cambios y Permanencias, n.3, 2012.
I Congresso Internacional de Filosofia da História
  • Oscar Terán
  • Palestra
TERÁN, Oscar. Palestra. I Congresso Internacional de Filosofia da História, Buenos Aires, 25 out, 2000. Disponível: http://www.oei.org.ar/edumedia/pdfs/T09_Docu1_Pens ansarlamemoria_Teran.pdf. Acesso 14 jan 2016.
Los Abusos de la memoria
  • Tzvetan Todorov
TODOROV, Tzvetan. Los Abusos de la memoria. Barcelona: Paidos, 2000