O objetivo deste evento foi promover um intercâmbio de conhecimentos entre duas iniciativas de oleiras do vale do rio Peruaçu, localizado no Norte de Minas Gerais. A primeira iniciativa, Oleiras do Candeal, é de comunidade tradicional bastante conhecida na região pela produção de sua cerâmica. O artesanato produzido por esta comunidade carrega técnicas de manejo da natureza passados por gerações. Em todo o processo, de produção dos utensílios e sua pintura, com os adornos, são usados recursos naturais encontrados neste território. No passado, produziam-se principalmente os vasos, que eram usados para manter a água, devido ao período de estiagem da região, que pode superar mais de 6 meses. A segunda comunidade está localizada no portal de entrada do Parque Nacional do Peruaçu, é na comunidade Fabiao I. Ali temos uma iniciativa social. Um grupo de mulheres buscam por novas estratégias de valorização de sua cultura e oportunidades de negócio, desenvolvendo artesanatos para conseguir uma melhor qualidade de vida para seus filhos. Portanto, o intercambio aqui proposto, com trocas culturais de conhecimento tradicional em um modelo de oficinas experimentais beneficiará ambas as comunidades. No final foi realizada uma atividade peculiar, uma visita aos sítios arqueológicos dentro da área de preservação. Lá, a comunidade do Candeal teve contato com os sítios de arte rupestres pré-históricas produzidos pelos povos indígenas que ocuparam este território no passado. Um material em comum ao que as artesãs atualmente usam em suas pinturas são encontrados neste sítios, este é toá. Será que essas comunidades encontraram outras semelhanças com os monumentos arqueológicos?
Desenvolvido entre os dias 20 a 22 de Novembro de 2019 o I Intercambio Cultural de Conhecimentos e Vivências do Vale Peruaçu foi realizado através de uma iniciativa colaborativa do Instituto Pequi do Cerrado com o suporte institucional do EXARC.net, uma instituição Europeia que atua nos campos da arqueologia experimental e museus a céu aberto. Com o apoio apoio e reconhecimento do ICMBio sob a atual gestão das Unidades de Conservação: PARNA Cavernas do Peruaçu e APA Cavernas do Peruaçu, auxiliando com toda estrutura necessária.