PosterPDF Available

Abstract and Figures

Neste trabalho apresenta-se, de forma esquemática, uma proposta de modelo de eLearning inclusivo e acessível centrado no utilizador (estudante e professor), que permite dar uma visão geral de alguns desafios que se colocam às instituições que pretendem ter esta abordagem. Tendo como prossuposto que todos os utilizadores são diferentes, i.e. apresentam habilidades e necessidades diferentes, consideramos serem os fatores basilares do eLearning as plataformas que veiculam o processo de ensino-aprendizagem, os conteúdos e a comunicação/interação, e que estão relacionados com o que entendemos serem as variáveis: modelo pedagógico, normas e equipa envolvida em todo o processo de conceção e implementação. São estas variáveis que condicionam ou determinam uma abordagem acessível e inclusiva ao eLearning.
Content may be subject to copyright.
eLearning inclusivo e acessível
proposta (esquemática) de um modelo
Manuela Francisco | Rita Cadima | Cláudio Esperança | Vitor Rodrigues | Carina Rodrigues
manuela.francisco@ipleiria.pt | rita.cadima@ipleiria.pt | claudio.esperanca@gmail.com | vitor.rodrigues@ipleiria.pt | carina.rodrigues@ipleiria.pt
Instituto Politécnico de Leiria | Unidade de Ensino a Distância
Lee, Kumar & Barker (2010) e Musamba, Oboko
& Nyongesa (2013) defendem um modelo
centrado no agente de utilizador onde o interface
da plataforma e os conteúdos são apresentados
conforme as definições aplicadas no perfil do
utilizador. Esta abordagem poderá ser
particularmente interessante quando o modelo
adotado é o de autoformação. Uma outra
abordagem assenta nas premissas de um
modelo de aprendizagem pluralista defendido
por autores como Berner (2012) e Giselbrecht
(2009). Esta abordagem, centrada no estudante
e na comunidade, aposta na diversidade tendo
presente os varios aspetos culturais e os
diferentes estilos de aprendizagem. O paradigma
do modelo pluralista aplicado ao eLearning
assenta na diversidade dos conteúdos, das
estratégias pedagógicas, das tecnologias e dos
estudantes. Esta abordagem poderá ser
particularmente interessante quando aplicado um
modelo pedagógico colaborativo. Um outro
desafio, relacionado com a tecnologia, é garantir
que todas as funcionalidades das plataformas
utilizadas sejam acessíveis a todos. Este
processo é extremamente complexo uma vez
que existem incompatibilidades tecnológicas
entre plataformas, conteúdos, navegadores e
tecnologias ou produtos de apoio. Além da
incompatibilidade tecnológica questiona-se
também a diversidade de funcionalidades que
poderão ter interesse para uma matéria científica
e adaptar significa alterar ou retirar algumas
funcionalidades essenciais por exemplo
simuladores, ambientes 3D imersivos e realidade
aumentada. No que respeita aos conteúdos,
constata-se que as diretrizes de acessibilidade
WCAG (ISO/IEC 40500:2012) apesar de serem
fundamentais não são de fácil compreensão nem
intuitivas para quem produz conteúdos.
Francisco, Neves & Esperança (2009) alertam
para a importância de conteúdos multiformato,
como tal, a comunidade deverá ter acesso a
orientações de como tornar acessível, modelos
de documentos acessíveis, ferramentas de autor
e ferramentas colaborativas, previamente
validadas, que sejam acessíveis para quem
produz e para quem “consome”. Como tal, um
dos desafios é reunir um conjunto de
ferramentas e respetivos modelos que
preencham os requisitos de acessibilidade e
sejam compatíveis com as diferentes
tecnologias. No entanto, quando falamos de
conteúdos não nos podemos restringir aos
recursos elaborados pelos professores. A
interação entre os estudantes e a comunicação
fundamentalmente assíncrona são
características de um modelo colaborativo ou
corporativo. Isto significa que a comunicação
sendo expressa num fórum permite a utilização
de texto, imagens estáticas e vídeos. O mesmo
acontece nos trabalhos em grupo ou individuais,
que são partilhados com a turma. Ou seja,
estamos perante conteúdos espontâneos que
não são preparados previamente, pelo que é
difícil garantir a sua acessibilidade. Neste caso o
desafio é formar e sensibilizar a comunidade
académica. Devem ser ainda ponderados alguns
fatores culturais. Apesar de vivemos num mundo
cada vez mais visual o nível de literacia visual é
muito baixo, elevando o grau de dificuldade na
conversão da imagem para texto. Também a
comunidade ouvinte e a comunidade Surda,
estão enraizadas nas características da sua
Língua materna, pelo que produzir conteúdos
académicos adequando uma escrita simples e
de fácil leitura (facilitando o trabalho do intérprete
de Língua Gestual) leva frequentemente ao
questionamento da sua qualidade científica.
CONCLUSÃO
Procurando relacionar estes desafios com
estratégias de ação, em particular no ensino
superior, agruparam-se os fatores que estão na
base que qualquer abordagem ao eLearning:
plataformas LMS, conteúdos disponibilizados
pelos docentes ou criados pelos estudantes e a
interação entre os utilizadores e os conteúdos
assim como a comunicação e interação entre os
vários elementos da comunidade virtual de
aprendizagem. Contudo, para que o eLearning
seja acessível, é importante questionar o modelo
pedagógico a adotar e os requisitos de
acessibilidade de cada abordagem, que normas
seguir para que seja garantido o acesso às
funcionalidades da(s) plataforma(s) e dos
conteúdos, que formatos disponibilizar e que tipo
de apoio técnico é necessário.
REFERÊNCIAS
Berner, A. R. (2012). The Case for Educational
Pluralism. (I. o. Life, Ed.). First Things.
Francisco, M.; Neves, J. & Esperança, C.
(2009). Estratégias para um ensino online mais
inclusivo: sons e imagens para todos? In
Educação, Formação & Tecnologias; Vol.2 (2).
Giselbrecht, M. (2009). Pluralistic approaches
A long overdue paradigm shift in education.
Scottish Languages Review, 20.
Lee, S., Kumar, V., & Barker, T. (2010). Design
of an adaptive learner directed model for e-
learning. In Steel, Keppell, Gerbic & Housego
(Ed.), Curriculum, technology & transformation
for an unknown future. Proceedings ascilite.
Musumba, G. W., Oboko, R. O., & Nyongesa,
H. O. (2013). Agent-Based Adaptive E-Learning
Model for Any Learning Management System.
International Journal of Machine Learning and
Application, Vol. 2(1).
RESUMO
Neste trabalho apresenta-se, de forma
esquemática, uma proposta de modelo de
eLearning inclusivo e acessível centrado no
utilizador (estudante e professor), que permite
dar uma visão geral de alguns desafios que se
colocam às instituições que pretendem ter esta
abordagem. Tendo como prossuposto que todos
os utilizadores são diferentes, i.e. apresentam
habilidades e necessidades diferentes,
consideramos serem os fatores basilares do
eLearning as plataformas que veiculam o
processo de ensino-aprendizagem, os conteúdos
e a comunicação/interação, e que estão
relacionados com o que entendemos serem as
variáveis: modelo pedagógico, normas e equipa
envolvida em todo o processo de conceção e
implementação. São estas variáveis que
condicionam ou determinam uma abordagem
acessível e inclusiva ao eLearning.
PALAVRAS-CHAVE: eLearning, acessibilidade,
inclusão, plataformas, conteúdos, normas,
modelos pedagógicos.
DESAFIOS
Considerando que o eLearning envolve
plataformas, conteúdos, pedagogia e pessoas, a
acessibilidade tem de ser abordada duma forma
holística envolvendo todos os componentes
intrínsecos ao eLearning. Em termos
pedagógicos, um dos grandes desafios que se
coloca é a definição de um modelo de eLearning
acessível que consiga conciliar a diversidade de
ferramentas, de conteúdos e de atividades
pedagógicas existentes num ambiente virtual
com a diversidade funcional das pessoas
pertencentes à comunidade de aprendizagem.
Fig.1 Fatores (à direita) e variáveis (à esquerda) que devem ser consideradas num modelo de eLearning inclusivo e acessível .
26 novembro
Thesis
Full-text available
Whereas the educational content and virtual environments often use pictures, which assume different functions, it is necessary to describe these elements so that they can be perceived by those who do not have visual access to them. Despite the Web Content Accessibility Guidelines (WCAG) explain technical issues relating to alternative text and give suggestions of how to describe; most images are not described or present useless alternate text. Thus, there are 2 problems: what to describe and which is for those who do not have visual contact with the image the most effective description. Faced with this problem, this study presents a matrix - a set of parameters to describe a digital image in the eLearning context. To validate these parameters were chosen 2 images, one of the "People" category and another of "Architecture" category. It was requested to 2 groups of "descriptors" to describe these images; 32 described the images based on the parameters (the matrix) and 34 subjects described the images freely. With the descriptions obtained based on the matrix, devised a parameterized description based on the frequency of words and for which we have developed some “memory”, “preference” and “match” tests, seeking to verify their effectiveness. To verify this effectiveness in a comparative way we draw the same tests with one of the free descriptions. These tests would have to be performed by 2 groups: one group that does not use the visual function and a group that uses the visual function. A questionnaire was elaborated to identify subjects that would be included in these 2 groups created on Moodle platform. 23 subjects who do not use the visual function (with congenital blindness and acquired blindness) were involved and performed the tests of auditory memory and preferably; and 97 subjects who use the visual function (without visual impairment, with moderate and severe visual impairment) were enrolled in the other group, half held the same tests that the group that does not use the visual function and the other half held the matching tests and visual memory. With the obtained results we can conclude that the description according to the parameters presented is more effective than "free" description and goes to meet the preference of individuals that do not use the visual function or do not have visual contact with the image.
ResearchGate has not been able to resolve any references for this publication.