DataPDF Available
RESUMO EXECUTIVO
A reavaliação da presença militar romana na Galiza e no Norte de
Portugal através de ferramentas digitais: diversidade arqueológica e
problemas históricos*
radicionalmente, o estudo da presença militar romana na
Galiza (Espanha) e no Norte de Portugal tem sido baseado
na documentação fragmentária oferecida por autores
gregos e latinos ou na epigrafia, com a arqueologia
ocupando um lugar muito secundário nestas narrativas históricas.
Em particular, os dados disponíveis para o período compreendido
entre o século II a.C. e o século I d.C., quando estes territórios foram
conquistados e integrados no mundo romano, são muito escassos.
Este trabalho não apresenta uma série de sítios identificados
através do uso de uma metodologia arqueológica que faz uso
intensivo de várias técnicas de deteção remota, mas também os
analisa em conjunto, a fim de fornecer informações para impulsionar
uma mudança de paradigma neste campo de estudo. Estes sítios,
quase todos de natureza temporária, apresentam uma grande
dispersão territorial e uma enorme variedade morfotipológica e
locacional. Além de refletirem a versatilidade do exército romano em
adaptar-se ao ambiente natural e humano, estas evidências
arqueológicas mostram uma grande diversidade operacional e
logística que pode possivelmente estar relacionada com a natureza
diacrónica da presença militar na região..
* Este documento é uma síntese geral em português do artigo "The reassessment of the Roman military presence in Galicia and
Northern Portugal through digital tools: archaeological diversity and historical problems", Mediterranean Archaeology and
Archaeometry 19 (3) (DOI: https://doi.org/10.5281/zenodo.3457524 / http://maajournal.com/Issues2019c.php) cujo único objectivo é
facilitar o acesso ao conteúdo dessa obra a audiências que não falem inglês. A fim de acelerar a sua leitura, as notas de rodapé e as
referências bibliográficas, presentes no trabalho original como indicado nas regras de publicação científica, também foram eliminadas.
Uma lista bibliográfica completa pode ser encontrada no final deste documento e nos metadados do arquivo digital. O artigo original de
MAA deverá ser SEMPRE citado. Do mesmo modo, em caso de incoerência entre versões, essa versão terá precedência sobre o
presente documento.
T
José Manuel Costa-García
Universidade de Santiago de
Compostela
josemanuel.costa@usc.es.
João Fonte
Instituto de Ciencias del Patrimonio
(Incipit), Consejo Superior de
Investigaciones Científicas (CSIC);
Department of Archaeology,
University of Exeter
joao.fonte@incipit.csic.es;
Manuel Gago
Universidade de Santiago de
Compostela. Departamento de CC.
da Comunicación.
manuel.gago.marino@usc.es
romanarmy.eu
Coletivo de investigação sobre a
presença militar romana no noroeste
da Península Ibérica.
José Manuel Costa-García, João Fonte, Manuel Gago (Mediterranean Archaeology and Archaeometry 20 (2019) RESUMO EXECUTIVO
1. Bases de partida
A conquista romana dos actuais territórios da Galiza e do
Norte de Portugal não foi o resultado de uma acção unitária e
limitada no tempo, sendo que se enquadra num amplo
processo histórico que começa em 218 a.C., com o
desembarque de Públio Cornélio Cipião em Ampúrias e
termina teoricamente em 19 a.C. no final das guerras
Cantábricas.
1.1. Fontes Greco-latinas
As tropas romanas começaram a entrar nas regiões mais
setentrionais como resultado das suas campanhas na Celtiberia
e Lusitânia nas décadas centrais do século II a.C. Em 139 a.C.
os Galaicos ou Callaeci são mencionados num contexto de
guerra durante as campanhas de Q. Servilius Caepio contra
Viriato, mas não se sabe ao certo se os exércitos romanos
atravessaram o rio Douro, o que aconteceu seguramente entre
138-137 a.C., durante a famosa acção punitiva comandada por
D. Iunius Brutus. Mais tarde, outros comandantes romanos
empreenderam expedições no Ocidente a fim de obter fama e
riqueza para sustentar suas carreiras políticas em Roma.
Contudo, as fontes só mencionam dois nomes próprios: o de
Publius Crassus em 97-96 a.C. e o de C. Iulius Caesar em 61
a.C.
A partir deste último momento, desaparece qualquer alusão
direta aos Galaicos em relação à expansão da república tardia
na Hispânia. Durante a guerra civil entre César e Pompeu,
contingentes de todo o noroeste teriam sido recrutados como
tropas auxiliares, mas as crónicas das campanhas realizadas
por Augusto entre 26 e 19 a.C. apenas mencionam Astures e
Cantabri. Só uma passagem de Orosio alentou durante
décadas a ideia de um possível cenário galaico.
Posteriormente, o noroeste peninsular foi integrado na
província Hispania Citerior, sendo dividido em três
conuentus: Lucensis, Bracaraugustanus e Asturum.
1.2. Dados arqueológicos
O estudo da presença militar romana no território galaico tem
girado tradicionalmente em torno de sítios militares como A
Cidadela (Sobrado dos Monxes, A Coruña) e Aquis
Querquernis (Bande, Ourense), fortes permanentes
estabelecidas no final do século I d.C., muito depois da
A reavaliação da presença militar romana na Galiza e no Norte de Portugal através de ferramentas digitais: diversidade arqueológica e
problemas históricos*
3
conquista. Também se supôs uma possível origem militar para
as três capitais conventuais do Noroeste (Bracara, Lucus e
Asturica). Esta teoria foi confirmada em Astorga, enquanto em
Braga e Lugo por enquanto só há sinais que apontam para
ambientes militarizados. Para além destas áreas, a investigação
arqueológica sobre o exército romano não tem tido uma longa
história na região. A ausência de informação arqueológica e
textual relacionada com o exército romano levou a que a zona
galaica fosse habitualmente considerada um espaço marginal
no contexto da conquista.
1.3. Os "outros"
Importa ainda salientar a clara desconexão entre a arqueologia
militar romana e a arqueologia da Idade do Ferro, pelo que o
papel desempenhado pelas comunidades indígenas neste
processo histórico nem sempre foi devidamente considerado.
Ao longo dos séculos II-I a.C. o Noroeste é uma paisagem em
transformação e com um contacto crescente com o mundo
mediterrâneo. No Norte de Portugal e no Sul da Galiza
cristalizam os oppida, grandes assentamentos fortificados que
foram planificados para acolher grandes contingentes de
população, sendo a materialização mais evidente das
crescentes desigualdades sociais e da centralização do poder
entre as sociedades indígenas. Assim, desenvolveu-se aqui uma
"zona tribal" resultante do contacto colonial com Roma, mas
não sabemos exactamente o que aconteceu antes, durante e
depois da chegada de Roma em grandes partes do território
galaico, o que limita a nossa capacidade de compreender como
essas zonas foram integradas na estrutura imperial romana.
Alguns autores tendem a reforçar a ideia de uma sociedade
indígena "pacifista", não propensa a conflitos. No entanto,
outros investigadores destacaram antes a diversidade e a
complexidade das estruturas sociais existentes na Idade do
Ferro do Noroeste Ibérico, abrindo a porta a um horizonte
onde as relações com Roma se teriam caracterizado pela sua
diversidade: resiliência, resistência e rebelião.
José Manuel Costa-García, João Fonte, Manuel Gago (Mediterranean Archaeology and Archaeometry 20 (2019) RESUMO EXECUTIVO
2. Um método para identificar a pegada do exército romano na paisagem
Nos últimos anos, com a ajuda de novas ferramentas e
recursos digitais, foi possível acrescentar novas evidências que
permitem reformular as narrativas históricas tradicionais. O
colectivo Romanarmy.eu desenvolveu uma metodologia de
investigação especificamente orientada para a identificação e
análise de sítios militares romanas no noroeste peninsular. É
uma abordagem modular que permite a incorporação de novas
técnicas e recursos. Uma parte importante desta metodologia
está relacionada com o uso de técnicas de deteção remota e de
conjuntos de dados geográficos disponíveis em acesso livre:
coleções de fotografias aéreas e dados LiDAR (Light Detection
and Ranging) aéreo, especialmente úteis para áreas com
cobertura florestal densa, onde são também frequentes
pequenas propriedades com culturas diversificadas, prados,
colinas e montanhas de média altitude.
Após a sua deteção e análise digital através de diversas análises
SIG (Sistemas de Informação Geográfica), todos os sítios e
estruturas arqueológicas foram devidamente validadas em
campo. Em alguns casos, foram também realizadas
intervenções específicas em determinados sítios. Isto permite-
nos oferecer uma primeira análise global da presença militar
romana no território da actual Comunidade Autónoma da
Galiza e Norte de Portugal (distritos localizados a norte do rio
Douro).
A reavaliação da presença militar romana na Galiza e no Norte de Portugal através de ferramentas digitais: diversidade arqueológica e
problemas históricos*
5
2. Establecendo padrões a partir da evidência arqueológica
Figura 1. Distribuição dos sítios militares romanos no noroeste da península. A amarelo e numerados, os locais estudados neste
traballo. A vermelho, outros sítios (quadrado=acampamento; círculo=castellum; quadrado com cruz=forte/fortaleza). Para uma
correta identificação dos sítios, recomenda-se a consulta do artigo original.
Até à data, foram documentados um total de 22 sítios
localizados na área de estudo selecionada, alguns deles
inéditos. Trata-se de um grupo diversificado com uma
distribuição desigual pelo território, pelo que o nosso primeiro
objectivo passou por compreender a lógica que orientou o
estabelecimento destas fortificações, compreender a natureza
de cada sítio e o seu grau de interacção com a paisagem em que
se estabeleceram.
Em primeiro lugar, em quase todos os sítios abordados neste
trabalho percebe-se uma ocupação temporária ou
José Manuel Costa-García, João Fonte, Manuel Gago (Mediterranean Archaeology and Archaeometry 20 (2019) RESUMO EXECUTIVO
estacional. Em segundo lugar, a sua forma resulta da
aplicação de um modelo teórico regular a uma situação
geográfica específica, pelo que as suas irregularidades revelam
um esforço de adaptação ao meio. Podem ser definidos
como castra aestiua ou acampamentos, pelo que seguem os
princípios fundamentais que orientam este tipo de
fortificações: garantir espaço suficiente para que as tropas
possam acampar sem comprometer a defesa do perímetro
defensivo. Assim, existe uma relação directa entre a
"extensão" do sítio e a sua efectiva "ocupação".
É por isso que agrupamos os recintos tendo em conta este
último aspeto, pois os princípios e as necessidades operativas,
logísticas e táticas que implicam a deslocação de uma legião
(ca. 5000 homens e 700 animais de carga) através de um
território, não são comparáveis aos de uma coorte de infantaria
(ca. 480 soldados e 60 animais). Do mesmo modo, o impacto
que uma e outra teriam no mesmo território também não pode
ser equiparado.
Assim, definimos quatro conjuntos diferenciados de
acampamentos:
1) Recintos de pequenas dimensões (1,5-2,5 ha): a sua
presença revela a existência de pequenas unidades de entre
várias centenas a pouco mais de mil homens (2-3 coortes,
100-1500 homens) que operariam no território.
2) Acampamentos de tamanho médio (4-7 ha):
albergariam vários milhares de homens (ca. 2000-4000). Tal
como no caso do grupo anterior, mostram a enorme
versatilidade operacional do exército romano ao implantar
vexillationes (destacamentos) com grande autonomia táctica.
3) Grandes acampamentos (10-15 ha de extensão):
acolheriam pelo menos uma unidade numericamente
equivalente a uma legião (cerca de 6000 homens). Grande
independência operacional, à maneira de uma brigada
contemporânea.
4) Recintos que excedem com creces estas dimensões
(ca. 20 ha), podendo ter servido verdadeiros corpos de
exército (ca. 10000-14000 hombres).
Cinco sítios não podem ser classificados como acampamentos.
Três deles podem ser definidas como castella, pequenas
fortificações temporárias ou estacionais (<1 ha) que, em geral,
se enquadram num contexto de controlo estático do território,
não de mobilidade através dele. Os dois restantes são sítios
que, devido à sua especificidade, serão tratados
individualmente.
A reavaliação da presença militar romana na Galiza e no Norte de Portugal através de ferramentas digitais: diversidade arqueológica e
problemas históricos*
7
Figura 2. Plantas dos recintos estudados neste trabalho. Para uma correta identificação dos sítios, recomenda-se
a consulta do artigo original.
José Manuel Costa-García, João Fonte, Manuel Gago (Mediterranean Archaeology and Archaeometry 20 (2019) RESUMO EXECUTIVO
3.1. Grupo 1: Acampamentos temporais de pequenas dimensiões
Figura 3. Recintos do grupo 1: O Penedo dos lobos (A), Cova do Mexadoiro (B), O Coto do Rañadoiro (C), Alto da Pedrada (D).
Vista zenital a partir do MDT-LiDAR de elaboração própria. Visualização SAGA GIS Resampling filter.
Este conjunto é conformado pelos sítios de O Penedo dos
Lobos (Manzaneda, Ourense), Cova do Mexadoiro (Trazo,
A Coruña), Coto do Rañadoiro (Carballedo, Lugo) e Alto
da Pedrada (Arcos de Valdevez, Viana do Castelo), sendo
estes três últimos de recente descoberta. São recintos com
plantas ligeiramente irregulares em forma de naipe que
aproveitam os recursos locais para a sua construção:
parapeitos de terra ou cercas de pedra são as soluções
habituais. A presença de fossos exteriores ainda não foi
documentada. Onde foi possível documentar entradas, elas são
geralmente em clavícula, com exceção da porta frontal de O
Penedo dos Lobos, que forma um corredor ou "chicane".
Todos estes recintos estão localizados em contextos
montanhosos que ocupam altitudes ligeiramente inclinadas, a
partir das quais existe um grande domínio visual do meio
imediato, relacionado com o controlo da mobilidade através de
paisagens montanhosas ou de terrenos elevados. Estes sítios
A reavaliação da presença militar romana na Galiza e no Norte de Portugal através de ferramentas digitais: diversidade arqueológica e
problemas históricos*
9
desfrutam de uma posição defensiva invejável como resultado
de um uso inteligente do espaço, mas não foi apreciado
nenhum encastelamento. Da mesma forma, a relação destes
recintos com o povoamento da Idade do Ferro parece ser, a
priori, meramente anedótica.
3.2. Grupo 2: Acampamentos temporais de dimensões médias
Figura 4. Recinto de Santa Baia. Vista oblíqua a partir do MDT-LiDAR de elaboração própria. Visualização SAGA GIS Resampling filter.
Aqui agrupam-se quatro recintos dispersos pela área de
estudo, embora muitos outros possam ser documentados no
noroeste: Cabianca (Láncara, Lugo), Campos (Vila Nova de
Cerveira, Viana do Castelo), A Cortiña dos Mouros (Cervantes,
Lugo / Balboa, León) e Santa Baia (A Laracha, A Coruña).
Tanto quanto pode ser visto pelo seu estado de conservação,
todos eles teriam parapeitos de terra e, em alguns casos,
documenta-se um fosso externo. Em A Cortiña dos Mouros é
possível documentar a existência de três entradas em clavícula,
às quais talvez se possa acrescentar mais uma em Cabianca.
Quanto às plantas, encontramos variações dos modelos
clássicos quadrangulares e rectangulares com cantos
arredondados.
Cada um dos sítios incluídos neste grupo mostra um padrão de
assentamento diferenciado:
José Manuel Costa-García, João Fonte, Manuel Gago (Mediterranean Archaeology and Archaeometry 20 (2019) RESUMO EXECUTIVO
A Cortiña dos Mouros segue o modelo de acampamento
militar romano localizado em diversos cordais montanhosos
do noroeste peninsular, adaptando-se a elevações de declive
suave, que permitem um acampamento confortável,
dominando estrategicamente a mobilidade nestes territórios.
Santa Baia exemplifica o movimento e controlo do terreno
elevado (Montes do Xalo) que separa os vales pré-costeiros. O
acampamento aproveita as vantagens defensivas de uma
colina localizada num interflúvio onde também existe um
castro possivelmente da Primeira Idade do Ferro.
Cabianca forma parte do conjunto de A Chá de Santa
Marta, planalto a oeste da Serra de Ancares. A partir da sua
posição é controlado tanto o trânsito através do planalto
como os contrafortes da serra. Embora diversos castros
estejam documentadas nas suas proximidades, apenas um
(Mourillón) pode ser observado a partir do acampamento,
aspecto que é bastante chamativo.
Campos relaciona-se com a travessia do rio Minho,
localizado numa colina suavemente inclinada a sul do seu
curso.
A reavaliação da presença militar romana na Galiza e no Norte de Portugal através de ferramentas digitais: diversidade arqueológica e
problemas históricos*
11
3.3. Grupo 3: Acampamentos temporais de grandes dimensões
Figura 5. O complexo de A Chá de Santa Marta. Visibilidade desde os acampamentos.
Com excepção de O Cornado (Negreira, A Coruña), todos os
acampamentos desta categoria estão situados na parte oriental
da Galiza e podem estar relacionados com outros sítios
situados no sopé ocidental das montanhas cantábricas, nos
territórios das Astúrias e de León. Encontramo-nos perante
recintos retangulares, sempre dentro de um grau razoável de
irregularidade, que têm fundamentalmente defesas terreiras,
embora a pedra seja usada para reforçar os seus parapeitos.
Apesar dos seus diferentes padrões de assentamento, parece
haver interesse em aproveitar ao máximo a topografia local:
Monte da Chá e Monte da Medorra (Láncara/Sarria,
Lugo) completam o conjunto de A Chá de Santa Marta e
assentam-se nas extremidades do planalto, a ponto de
ficarem fisicamente encaixados neles. A partir destes sítios
José Manuel Costa-García, João Fonte, Manuel Gago (Mediterranean Archaeology and Archaeometry 20 (2019) RESUMO EXECUTIVO
controlam-se as zonas elevadas a Norte, Este e Sul, as
planícies a Norte (Monte da Chá) e Sul (Monte da Medorra)
do planalto, e mais de uma dezena de castros situados nas
suas proximidades.
A Penaparda (A Fonsagrada, Lugo / Santalla d’Ozcos,
Astúrias) domina um cume suavemente inclinado de onde se
obtém um notável controlo visual das cadeias montanhosas
próximas, mas a sua disposição geral parece indicar que o
recinto estaria orientado para Sul. Não é possível encontrar
castros na sua envolvente imediata, pois estes localizam-se
em terrenos de menor altitude, ocupando preferencialmente
elevações e esporões com um melhor controlo visual dos
vales.
O Monte de Ventín (Pol, Lugo) situa-se numa colina
formada pelo interflúvio Azúmara-Pol, de modo que quase ¾
do seu perímetro defensivo está rodeado por um curso de
água. A partir desta posição, a paisagem circundante é
confortavelmente controlada. A escassos quilómetros
localiza-se o conhecido Castro de Viladonga.
O Cornado acomoda-se numa suave elevação a partir da
qual se tem um notável controlo visual do entorno: a Oeste
para as planícies e colinas de suave relevo e para o Sul e Este,
seguindo o curso dos rios Donas e Barcala, um pouco mais
abrupto. A poucos quilómetros a Noroeste está localizada a
área de Brandomil, que conta com uma importante ocupação
de época romana.
A reavaliação da presença militar romana na Galiza e no Norte de Portugal através de ferramentas digitais: diversidade arqueológica e
problemas históricos*
13
3.4. Acampamentos temporais de extensão indefinida
Figura 6. Dois padrões de assentamento diferentes. O Monte dos Trollos (A) e Cabeza do Pau (B). Vista oblíqua a partir do MDT-LiDAR
de elaboração própria. Visualização SAGA GIS Resampling filter.
Não é possível reconstruir a extensão de dois recintos situados
entre os grupos 2 e 3: em O Monte dos Trollos (O Páramo,
Lugo) as defesas - parapeito e fosso - desapareceram no seu
sector sul, ou o acampamento tinha um plano rectangular
irregular com um anexo nesta zona, ou adotou uma forma
alongada que se adaptava à encosta sul do planalto. Isto
permite-nos estimar uma extensão entre 7 e 9,5 ha. O Monte
dos Trollos ocupa uma elevação sobre o rio Minho,
controlando um vau natural sobre o mesmo. Embora estejam
documentados alguns castros nas proximidades, estes não
parecem ter sido objeto de atenção primária por parte das
tropas estacionadas neste acampamento.
Cabeza de Pau (Petín, Ourense) mostra preocupação com o
domínio visual e o bloqueio físico do trânsito pelo cordal
montanhoso que separa os vales dos rios Sil e Xurés. Neste
terreno difícil, duas elevações foram integradas nas
extremidades do acampamento, utilizando o escasso espaço
mais aplanado entre elas como área de acampamento. O setor
Sul do recinto não possui defesas artificiais devido à inclinação
íngreme do terreno. Por conseguinte, é difícil estimar a sua
extensão total, que se pressupõe estar compreendida entre 7 e
10 ha.
José Manuel Costa-García, João Fonte, Manuel Gago (Mediterranean Archaeology and Archaeometry 20 (2019) RESUMO EXECUTIVO
3.5. Grupo 4: Acampamentos temporais de dimensões superiores
Figura 7. Os recintos de Lomba do Mouto (A) e Chaira da Maza (B). Vista zenital a partir do MDT-LiDAR de elaboração própria.
Visualização SAGA GIS Resampling filter.
No final de 2017 documentamos na Serra do Laboreiro dois
grandes recintos graças ao uso combinado de dados LiDAR e
fotografia aérea histórica. Separados por apenas 8 km em linha
recta, ambas se localizam em altitudes superiores a 1100
metros, emulando o padrão de povoamento e distribuição já
documentado em outras zonas de alta montanha do norte e
noroeste da península.
Lomba do Mouro (Melgaço, Viana do Castelo / Verea,
Ourense) localiza-se nas proximidades do Alto da Portela do
Pau. Uma importante necrópole megalítica já tinha sido
catalogada no local, mas o recinto que agora apresentamos não
tinha ainda sido reconhecido. Este apresenta um perímetro
interior conformado por um parapeito em terra e grandes lajes
de pedra e que emula uma forma quadrangular com cantos
arredondados. Fora e concentricamente, uma segunda linha
replica este esquema, embora esteja apenas parcialmente
A reavaliação da presença militar romana na Galiza e no Norte de Portugal através de ferramentas digitais: diversidade arqueológica e
problemas históricos*
15
conservada. Dada a complexidade do terreno e a dimensão do
recinto (mais de 20 ha), estas linhas defensivas alteram
frequentemente o seu traçado regular e integram mesmo
alguns dos monumentos megalíticos no perímetro defensivo.
Embora o recinto possa parecer anómalo no seu conjunto, é
possível identificar o pensamento estratégico romano na
maioria das soluções adoptadas, e a existência de uma segunda
linha de defesa poderia revelar uma necessidade - real ou
simbólica - por parte dos ocupantes de reforçar a sua posição
fortificada.
Chaira da Maza (Lobeira, Ourense) encontra-se em pior
estado de conservação, embora exista ainda um talude que
desenha uma planta trapezoidal com linhas retilíneas e cantos
arredondados. Desenvolve-se a partir de uma elevação de cima
aplanada e procura acomodar-se à morfologia da cordilheira,
encaixando-se praticamente nela.
Figura 8. Padrão de assentamento dos recintos de Lomba do Mouro (A) e Chaira da Maza (B). Vista oblíqua do mapa de
pendentes extraído a partir do MDT-LiDAR de elaboração própria.
José Manuel Costa-García, João Fonte, Manuel Gago (Mediterranean Archaeology and Archaeometry 20 (2019) RESUMO EXECUTIVO
Grupo 5: Castella ou fortificações estacionais de pequeno tamanho
Figura 9. Localização de O Castrillón. Vista oblíqua a partir do MDT-LiDAR de elaboração própria. Visualização SAGA GIS Resampling
filter.
Apesar de não serem particularmente numerosas, estas
pequenas fortificações foram abundantemente documentadas
no norte da península. Localizam-se em terreno elevado e
apresentam muitas vezes formas ovais ou poligonais. Esta
proeminência aumenta a sua posição defensiva e permite
alargar o controlo visual da envolvente. Aqui encontraríamos
pequenas guarnições com missões muito específicas,
intimamente ligadas à paisagem circundante, e possivelmente
fazendo parte de um destacamento militar maior, cujos
vestígios ainda não identificámos. Alguns exemplos deste tipo
de sítios são A Recacha (Navia de Suarna, Lugo), nas
montanhas orientais; Outeiro de Arnás (Verín, Ourense),
que controla uma boa parte do vale do Tâmega; e O
Castrillón (Touro, A Coruña), cujo desenvolvimento em
planta e potencial relação com o vizinho castro de San
Sebastián torna-o num interessante caso de estudo.
A reavaliação da presença militar romana na Galiza e no Norte de Portugal através de ferramentas digitais: diversidade arqueológica e
problemas históricos*
17
Outros sitios fortificados
Figura 10. O Castelo (A) e El Picu Viyao (B) dois sítios com morfología e padrão de assentamentos similares. Vista oblíqua a partir
do MDT-LiDAR de elaboração própria. Visualização RVT Slopeshade (ZRC SAZU).
Alto da Cerca (Valpaços, Vila Real) trata-se de um recinto
poligonal anteriormente classificado como castro, mas que
poderia ser reinterpretado como um recinto militar romano à
luz dos paralelos na zona asturiana. O Castelo (A Estrada,
Pontevedra), por seu lado, oferece um modelo fortificado que a
priori se enquadra no padrão dos castros da Idade do Ferro.
No entanto, foram aqui documentados dois longos braços que
projetam para Norte, cortando a encosta e desenhando um "V"
invertido. Este tipo de solução defensiva relacionou-se noutros
casos com a presença do exército romano, tanto em
acampamentos como em castros possivelmente reocupados.
José Manuel Costa-García, João Fonte, Manuel Gago (Mediterranean Archaeology and Archaeometry 20 (2019) RESUMO EXECUTIVO
4. Compreendendo a lógica do destacamento militar romano
Figura 11. Heat map da presença militar romana de acordo com o número de sítios num intervalo de 16 km.
4.1. Problemas e limitações
Os sítios estudados neste trabalho distribuem-se de forma
desigual pelo território da Galiza e Norte de Portugal. Isto
pode dever-se a várias razões. Por um lado, é muito possível
que algumas concentrações estejam relacionadas com
destacamentos militares específicos. No entanto, a imagem
atual também pode ser distorcida por eventos mais recentes. O
diferente uso da terra e a pressão sobre o território
(agricultura, reflorestação, emparcelamento) tem um impacto
direto na conservação dos sítios. Assim, em certas áreas, este
tipo de sítios preservam-se melhor do que em outras.
Finalmente, os ritmos de investigação no Noroeste não foram
uniformes nem utilizaram as mesmas técnicas. A incorporação
gradual de novas tecnologias tem levado a um crescimento
A reavaliação da presença militar romana na Galiza e no Norte de Portugal através de ferramentas digitais: diversidade arqueológica e
problemas históricos*
19
exponencial do número de descobertas, de modo que o
panorama apresentado neste trabalho pode mudar em poucos
anos.
Outro problema atual é a datação precisa dos sítios.
Embora os elementos morfotipológicos ou a localização nos
permitam apontar a sua natureza militar romana, é difícil
datar o seu exacto momento de construção, ocupação e
abandono. Em primeiro lugar, uma boa parte destes sítios foi
descoberta muito recentemente, pelo que ainda não foram
desenvolvidas intervenções arqueológicas mais detalhadas. Em
segundo lugar, a datação deste tipo de recintos é geralmente
baseada na recuperação de elementos materiais,
maioritariamente metálicos, e no estudo estratigráfico das
estruturas preservadas, principalmente as defesas perimetrais.
Precisamente, o território em questão não tem as condições
ideais para tal: a elevada acidez dos solos dificulta a
recuperação de matéria orgânica e de objectos metálicos, o
que, juntamente com uma ausência quase total de cerâmica
antiga; a utilização de fertilizantes, juntamente com a
mecanização do trabalho agrícola e florestal, pode ter afectado
tanto a conservação dos resíduos materiais como a alteração
física e química da composição dos solos, tornando difícil, por
exemplo, a obtenção de datações radocarbónicas.
1.1. Mais do que pontos num mapa
Embora não fechemos a porta a outras possibilidades
interpretativas, colocamos a hipótese de estarmos diante de
recintos relacionados de alguma forma com um episódio ou
cenário secundário do conflito cantábrico-astur (29-19 a.C.).
Durante este conflito, o objetivo passaria por assegurar o
domínio romano sobre as zonas montanhosas que ainda se
encontram em grande parte dentro dos limites da Astúria
histórica, o que explicaria a ausência de alusões aos Galaicos
nas fontes textuais alusivas a este conflito.
A notável concentração de grandes recintos na zona oriental de
Lugo e sua possível relação com a evidência documentada nas
zonas ocidentais das Astúrias e El Bierzo, uma macrozona
onde o número total de recintos militares romanos ascende a
quase vinte. A Norte, a hipótese de que A Penaparda e os
acampamentos localizados nas montanhas de Penouta-
Ouroso formem um todo que revela o uso estratégico pelo
exército romano de uma cordilheira é muito sugestiva, da
mesma forma que ocorreria em áreas como La Carisa ou La
Mesa. Note-se que o vizinho recinto de El Pico el Outeiro foi
José Manuel Costa-García, João Fonte, Manuel Gago (Mediterranean Archaeology and Archaeometry 20 (2019) RESUMO EXECUTIVO
datado no cambio de era. A menos de 30 km a oeste de A
Penaparda, encontramos também O Monte de Ventín, um
acampamento de grandes dimensões. Resta resolver a questão
da travessia do curso superior do rio Eo, localizado entre os
dois sítios.
Outro foco importante da atividade militar parece ter sido A
Chá de Santa Marta, um espaço de interesse recorrente por
parte do exército romano. O planalto está situado entre o vale
médio do rio Minho e o sopé ocidental da cordilheira de Os
Ancares, atuando como um ponto desde o qual é possível
mover-se confortavelmente em todas as direções. É muito
possível que tenha atuado como um nó logístico. A Oeste, a
apenas 16 km encontra-se o Monte dos Trollos e a cerca de 30
km a Este está documentado um interessante conjunto de
recintos com dimensões semelhantes às dos acampamentos de
Láncara-Sarria. Não podemos esquecer os recintos de A
Granda das Xarras e A Recacha, diferentes um do outro, mas
que mostram um interesse particular do exército romano nesta
área.
Falta falar dos indícios recentemente documentados nas
montanhas orientais de Ourense. O Penedo dos Lobos e
Cabeza do Pau são recintos que se ajustam aos padrões de
mobilidade do exército romano neste tipo de terreno. O
primeiro destes recintos pode ser enquadrado na década de 20
de a.C. graças às moedas romanas aqui encontradas, além de
que a morfologia da sua porta praetoria nos permite
relacioná-lo com El Llaurienzo, que forma parte de uma linha
de penetração do exército romano nas Astúrias.
Infelizmente, esta hipótese não fornece um quadro
interpretativo sólido para os assentamentos militares
documentados noutras zonas da Galiza e do Norte de Portugal.
Os sítios documentados na Serra do Laboreiro apresentam
um padrão de assentamento semelhante ao observado nos
maciços orientais, mas as suas enormes dimensões afastam-
nos dos outros sítios analisados neste trabalho. Nesta região,
qualquer sinal da presença militar romana relaciona-se
imediatamente com os episódios de guerra relatados pelas
fontes escritas para o período republicano. Nesse momento,
grandes exércitos foram mobilizados por procônsules e
propretores, sendo referidas ações em áreas remotas e/ou
montanhosas. A extensão e morfologia dos recintos não colide
com um hipotético horizonte tardo-republicano, mas ainda nos
faltam dados que nos permitam datar com precisão estes sítios.
No que respeita aos restantes sítios, não é possível, por
enquanto, associar a sua presença a episódios históricos
específicos ou conhecer o significado das operações militares.
A reavaliação da presença militar romana na Galiza e no Norte de Portugal através de ferramentas digitais: diversidade arqueológica e
problemas históricos*
21
O abanico de possibilidades é amplo, desde missões
exploratórias e prospectivas até operações de combate,
controlo do território ou ocupação e organização após a
conquista. Destacam-se os recintos de médio e grande
tamanho, possivelmente refletindo o desenvolvimento de
operações militares complexas. Curiosamente, todos eles estão
localizados em áreas ocidentais a partir das quais é possível
chegar rapidamente à costa atlântica.
Da mesma forma, se nos concentrarmos na análise do número
de tropas destacadas pelo território e não no número de sítios
identificados até à data, obteremos uma distribuição um pouco
mais uniforme da presença militar que minimize o relato de
uma zona marginal durante o processo de conquista.
Figura 12. Heat map da presença militar romana de acordo com o número estimado de tropas por recinto num intervalo de 16 km.
José Manuel Costa-García, João Fonte, Manuel Gago (Mediterranean Archaeology and Archaeometry 20 (2019) RESUMO EXECUTIVO
Traços ainda incertos
O exército romano não se moveu por um espaço vazio e
desabitado. As comunidades indígenas desempenharam um
papel ativo no processo de interação com o mundo romano e a
natureza desse contacto esteve diretamente condicionada pelo
tipo de organização sociopolítica de cada uma delas, bem como
pelos diferentes interesses de Roma. As relações estabelecidas
entre os diferentes agentes locais e o Estado romano podem ir
da negociação à oposição activa e à violência física.
Assim, na zona oriental da Cantábria, a investigação
arqueológica conseguiu documentar uma série de cenários
caracterizados pelo exercício de uma violência física notável
por parte do exército romano contra a população indígena.
Este registo arqueológico faz justiça aos episódios dramáticos
descritos pelos autores greco-latinos para a zona histórica da
Cantábria no período augustano.
À medida que avançamos para oeste, o registo arqueológico
que temos torna-se cada vez mais incompleto, impedindo-nos
de definir com claridade a forma como se articulou a conquista
destes territórios. Nas Astúrias, as fontes indicam que os
romanos desenvolveram uma estratégia militar semelhante, de
modo que, na Meseta Norte e no sopé Cantábrico, teriam sido
levadas a cabo acções em grande escala contra um inimigo que
parece ter demonstrado uma grande capacidade de
organização e mobilização de efetivos, bem como uma notável
autonomia política. Nas zonas montanhosas, a arqueologia
revela que o objectivo teria sido a divisão do exército em fortes
colunas que avançariam ao mesmo tempo seguindo diferentes
cordais montanhosos para controlar todo o território e
eliminar qualquer foco de resistência. A presença militar
romana documentada na parte oriental da nossa área de
estudo parece responder a uma dinâmica semelhante. Apesar
de tudo, não se detectaram até hoje nesta macrozona -Astúrias,
León, Lugo Oriental e Ourense- indícios de violência física
semelhantes aos registados na zona oriental cantábrica. Será
que isto responde a um problema do tipo de investigação
realizada até agora ou reflecte uma realidade histórica?
A evidência ainda dispersa que temos para o centro e oeste
da Galiza ou para o Norte de Portugal não nos permite
um enquadramento histórico adequado sobre a presença
militar romana recentemente documentada. É ainda
necessário aprofundar a análise desta questão através do
desenvolvimento de casos de estudos regionais.
A reavaliação da presença militar romana na Galiza e no Norte de Portugal através de ferramentas digitais: diversidade arqueológica e
problemas históricos*
23
Conclusões
Tal como aconteceu noutros territórios do norte peninsular, a
Arqueologia tem sido determinante no avanço do conhecimento
sobre a presença militar romana na Galiza e no Norte de
Portugal. Impulsionado pela incorporação gradual de novas
ferramentas, recursos e metodologias típicas da era digital, foi
possível mapear uma série e variedade de evidências que
ressoam fortemente num território anteriormente
silencioso.
No entanto, este trabalho não foi motivado pelo ímpeto de
acrescentar novos sítios aos antigos catálogos, mas sim pela
abertura de portas a uma transformação radical das
narrativas históricas tradicionais no que diz respeito à
conquista e integração destes territórios na órbita
romana. Em suma, abre pequenas janelas que nos permitem
documentar episódios anteriormente desconhecidos do
passado e que agora levantam novas questões para a
investigação.
José Manuel Costa-García, João Fonte, Manuel Gago (Mediterranean Archaeology and Archaeometry 20 (2019) RESUMO EXECUTIVO
Bibliografia
Amela Valverde, C. (2006) Triunfos en Hispania a finales de la República (36-27 a. C.). Iberia, Vol. 9,
pp. 49-61.
Arias Vilas, F., Bastos Bernárdez, D., Durán Fuentes, M. C., and Varela Arias, E. (2013) Museo do Castro
de Viladonga. Castro de Rei-Lugo. Santiago de Compostela, Xunta de Galicia, Consellería de
Cultura, Educación e Ordenación Universitaria.
Balboa Salgado, A. (1996) Gallaecia nas fontes clásicas. Santiago de Compostela, Universidade de
Santiago de Compostela.
Baptista, A. M. (1997) Arte Megalítica no Planalto de Castro Laboreiro (Melgaço, Portugal e Ourense,
Galiza). Brigantium, Vol. 10, pp. 191-216.
Bellón Ruiz, J. P., Rueda Galán, C., Lechuga Chica, M. Á., and Moreno, M. I. (2016) An archaeological
analysis of a battlefield of the Second Punic War: The camps of the battle of Baecula. Journal of
Roman Archaeology, Vol. 29, pp. 73-104.
Bernardini, F., Vinci, G., Horvat, J., De Min, A., Forte, E., Furlani, S., Lenaz, D., Pipan, M., Zhao, W.,
Sgambati, A., Potleca, M., Micheli, R., Fragiacomo, A., and Tuniz, C. (2015) Early Roman military
fortifications and the origin of Trieste, Italy. Proceedings of the National Academy of Sciences.
Berrocal-Rangel, L., Paniego Díaz, P., Ruano, L., and Manglano Valcárcel, G. R. (2017) Aplicaciones
LiDAR a la topografía arqueológica: El Castro de Irueña (Fuenteguinaldo, Salamanca).
Cuadernos de prehistoria y arqueología, Vol. 43, pp. 195-215.
Blanco-Rotea, R., Costa-García, J. M., Fonte, J., Gago, M., and Gonçalves, J. A. (2016) A Modern Age
redoubt in a possible Roman camp. The relationship between two defensive models in Campos
(Vila Nova de Cerveira, Minho Valley, Portugal). Journal of Archaeological Science: Reports, Vol.
10, pp. 293-308.
Bolado del Castillo, R., Fernández Vega, P. Á., and Callejo Gómez, J. (2010) El recinto fortificado de El
Pedrón (Cervatos, Cantabria), los campamentos de La Poza (Campoo de Enmedio, Cantabria) y
el castro de Las Rabas (Cervatos, Cantabria): un nuevo escenario de las Guerras Cántabras.
Kobie. Serie Paleoantropología, Vol. 29, pp. 85-108.
Caamaño Gesto, J. M. and Fernández Rodríguez, C. (2002) Novedades sobre el campamento romano
de Cidadela (Sobrado dos Monxes, A Coruña). In Arqueología Militar Romana en Hispania, Á.
Morillo Cerdán (Ed.), Madrid, CSIC - Ed. Polifemo, pp. 213-226.
Camino Mayor, J. and Martín Hernández, E. (2015) La Carisa and the Conquest of Asturia
Transmontana (Hispania) by Publius Carisius. In Proceedings of the 22nd International
Congress of Roman Frontier Studies, Ruse, Bulgaria, September 2012, L. Vagalinski and N.
Sharankov (Eds.), Sofia, National Archaeological Institute.
Camino Mayor, J., Peralta Labrador, E., and Torres Martínez, J. F. (Eds.). (2015) Las Guerras Astur-
Cántabras. Gijón: KRK Ediciones.
Camino Mayor, J., Viniegra Pacheco, Y., Estrada García, R., Ramos Oliver, F., and Jiménez Moyano, F.
(2007) El campamento y la vía de la Carisa. Reflexiones arqueológicas y militares. In Astures y
romanos: nuevas perspectivas, J. Fernández-Tresguerres (Ed.), Oviedo, Real Instituto de
Estudios Asturianos, pp. 61-94.
Carrero-Pazos, M., Vilas Estévez, B., Romaní Fariña, E. and Rodríguez Casal, A. (2015) La necrópolis
del Monte de Santa Mariña revisitada: aportaciones del Lidar aéreo para la cartografía megalítica
de Galicia, Gallaecia, No. 33, pp. 39-57.
Celis Sánchez, J., Valderas, A., and Muñoz Villarejo, F. A. (2015) Localización de un nuevo conjunto de
campamentos romanos (Castra Aestiva) en la Vía XVII. In V Jornadas de Jóvenes Investigadores
del valle del Duero.
Centeno, R. M. S., Morais, R., and Bartolomé Abraira, R. (2016) Problemáticas e perspectivas sobre a
presença militar romana no Noroeste Hispânico no tempo de Augusto: o Castro de Alvarelhos.
A reavaliação da presença militar romana na Galiza e no Norte de Portugal através de ferramentas digitais: diversidade arqueológica e
problemas históricos*
25
In Celebração do bimilenário de Augusto. Ad Nationes. Ethnous Kallaikon, R. Morais and M.
Navarro Caballero (Eds.), Braga, Câmara Municipal de Braga, pp. 75-82.
Cepeda Ocampo, J. J. (2006) Los campamentos romanos de La Poza (Cantabria). In Arqueología
militar romana en Hispania II: Producción y abastecimiento en el ámbito militar, Á. Morillo
Cerdán (Ed.), León, Servicio de Publicaciones de la Universidad de León, pp. 683-690.
Cerrillo-Cuenca, E. and Bueno-Ramírez, P. (2019) Counting with the invisible record? The role of
LiDAR in the interpretation of megalithic landscapes in southwestern Iberia (Extremadura,
Alentejo and Beira Baixa), Archaeological Prospection, pp. 1-14.
Conrad, O., Bechtel, B., Bock, M., Dietrich, H., Fischer, E., Gerlitz, L., Wehberg, J., Wichmann, V., and
Böhner, J. (2015) System for Automated Geoscientific Analyses (SAGA) v. 2.1.4. Geoscientific
Model Development, Vol. 8, pp. 1991-2007.
Cordero Ruiz, T., Cerrillo Cuenca, E., and Pereira, C. (2017) Detección de un nuevo campamento
romano en las inmediaciones de Mérida mediante tecnología LiDAR. Saguntum, Vol. 49, pp.
197-201.
Costa-García, J. M. (2013) Arqueología de los asentamientos militares romanos en la Hispania
altoimperial (27 a. C. ca. 280 d. C.). Santiago de Compostela, USC - Tesis Doctoral Inédita.
Costa-García, J. M. (2016) Presencia militar romana en La Chana (Castrocalbón, León). Nailos, Vol. 3,
pp. 47-85.
Costa-García, J. M. (2017a) The potential of the Geographic Information Techniques for the analysis of
the morphology and settlement patterns of the Roman military sites of early imperial era in
Iberia. In Archaeology and Geomatics. Harvesting the benefits of 10 years of training in the
Iberian Peninsula (2006-2015), V. Mayoral Herrera, C. Parcero-Oubiña and P. Fábrega-Álvarez
(Eds.), Leiden, Sidestone Press, pp. 209-226.
Costa-García, J. M. (2017b) Rediscovering the Roman Conquest of the North-western Iberian
Peninsula. In Conflict Archaeology. Materialities of Collective Violence from Prehistory to Late
Antiquity, M. Fernández-Götz and N. Roymans (Eds.), Oxford, Routledge, pp. 141-151.
Costa-García, J. M. (2018) Roman Camp and Fort Design in Hispania: An Approach to the Distribution,
Morphology and Settlement Pattern of Roman Military Sites during the Early Empire. In Limes
XXIII. Proceedings of the 23rd International Limes Congress in Ingolstadt 2015, C. S. Sommer
and S. Matešić (Eds.), Mainz, Nünnerich-Asmus, pp. 986-993.
Costa-García, J. M. and Fonte, J. (2017) Scope and limitations of airborne LiDAR technology for the
detection and analysis of Roman military sites in Northwest Iberia. In Archaeology and
Geomatics. Harvesting the benefits of 10 years of training in the Iberian Peninsula (2006-2015),
V. Mayoral Herrera, C. Parcero-Oubiña and P. Fábrega-Álvarez (Eds.), Leiden, Sidestone Press,
pp. 57-73.
Costa-García, J. M., Fonte, J., Gago Mariño, M., Menéndez Blanco, A., and Álvarez Martínez, V. (2017)
Hallazgos arqueológicos recientes para el estudio de la presencia militar romana en el oriente
gallego. Gallaecia, Vol. 35, pp. 39-70.
Costa-García, J. M., Menéndez Blanco, A., González Álvarez, D., Gago Mariño, M., Fonte, J., Blanco-
Rotea, R., and Álvarez Martínez, V. (2018) The Presence of the Roman Army in North-Western
Hispania: New Archaeological Data from Ancient Asturias and Galicia. In Limes XXIII.
Proceedings of the 23rd International Limes Congress in Ingolstadt 2015, C. S. Sommer and S.
Matešić (Eds.), Mainz, Nünnerich-Asmus, pp. 903-910.
Costa García, J. M., Blanco-Rotea, R., and Fonte, J. (2017). Proyecto de prospección arqueológica
mediante técnicas de teledetección de los yacimientos de Outeiro de Arnás y Alto do Circo (Verín,
Ourense). Informe Valorativo. Santiago de Compostela: DXPC - Cód. SXPA ED 102A 2017/157-
0.
Costa García, J. M., Blanco-Rotea, R., Gago Mariño, M., and Fonte, J. (2015) Novedades sobre la
presencia del ejército romano en el occidente galaico. In Las Guerras Astur-Cántabras, J. Camino
José Manuel Costa-García, João Fonte, Manuel Gago (Mediterranean Archaeology and Archaeometry 20 (2019) RESUMO EXECUTIVO
Mayor, E. Peralta Labrador and J. F. Torres Martínez (Eds.), Gijón, KRK Ediciones, pp. 285-
289.
Currás, B. X., Sastre, I., and Orejas, A. (2016) Del castro a la civitas: dominación y resistencia en el
Noroeste hispano. In Celebração do bimilenário de Augusto. Ad Nationes. Ethnous Kallaikon, R.
Morais and M. Navarro Caballero (Eds.), Braga, Câmara Municipal de Braga, pp. 125-135.
Davies, J. L. and Jones, R. H. (2006) Roman Camps in Wales and the Marches. Cardiff, University of
Wales Press.
Dietler, M. (2009) Colonial Encounters in Iberia and the Western Mediterranean: An Exploratory
Framework. In Colonial encounters in Ancient Iberia: Phoenician, Greek, and Indigenous
relations, D. M. and C. López-Ruiz (Eds.), Chicago, The University of Chicago Press, pp. 3-48.
Eguileta Franco, J. M. (1999) A Baixa Limia Galega na Prehistoria Reciente. Ourense, Deputación
Provincial de Ourense.
Ferguson, B. and Whitehead, N. (1992) The Violent Edge of Empire. In War in the tribal zone.
Expanding states and indigenous warfare, B. Ferguson and N. Whitehead (Eds.), Santa Fe,
School of American Research Advanced Seminar Series, pp. 1-30.
Fernández-Götz, M., Torres-Martínez, J. F., and Martínez Velasco, A. (2017) The Battle at Monte
Bernorio and the Augustan Conquest of Cantabrian Spain. In Conflict Archaeology. Materialities
of Collective Violence from Prehistory to Late Antiquity, M. Fernández-Götz and N. Roymans
(Eds.), Oxford, Routledge, pp. 127-140.
Fernández Ibáñez, C. (2006) Post Vestigium Exercitus. Militaria romana en la región septentrional de
la Península Ibérica durante la época Altoimperial. In Arqueología militar romana en Hispania
II: producción y abastecimiento en el ámbito militar, Á. Morillo Cerdán (Ed.), León, Universidad
de León, pp. 257-308.
Fernández Vega, P. Á. and Bolado del Castillo, R. (2011) El recinto campamental romano de Santa
Marina (Valdeolea, Cantabria): Un posible escenario de las guerras cántabras. Resultados
preliminares de la campaña de 2009. Munibe Antropologia - Arkeologia, Vol. 62, pp. 303-339.
Ferrer Sierra, S. (1996) El posible origen campamental de Lucus Augusti a la luz de las monedas de la
Caetra y su problemática. In El amanecer de una ciudad, A. Rodríguez Colmenero (Ed.), A
Coruña, Fundación Pedro Barrié de la Maza, pp. 425-448.
Fonte, J. (2015) Paisagens em mudança na transição entre a Idade do Ferro e a época Romana no Alto
Tâmega e Cávado. Santiago de Compostela, USC - Tese de Doutoramento Inédita.
http://hdl.handle.net/10347/13786
Fonte, J. and Costa-García, J. M. (2016) Alto da Cerca (Valpaços, Portugal): um assentamento militar
romano na Serra da Padrela e sua relação com o distrito mineiro de Tresminas. Estudos do
Quaternário, Vol. 15, pp. 39-58.
Fonte, J. and Costa García, J. M. (2018). Proxecto de prospección arqueolóxica mediante técnicas de
teledetección do campamento romano de O Penedo dos Lobos (Manzaneda, Ourense). Santiago
de Compostela: DXPC - Cód. SXPA ED 102A 2018/339-0.
Freitas, A. M. (2001) Carta Arqueológica do Concelho de Valpaços. Valpaços.
Gago Mariño, M. and Fernández Malde, A. (2015) Un posible recinto campamental romano en O
Cornado (Negreira, Galicia). Nailos, Vol. 2, pp. 229-251.
García Merino, C. (1996) Un nuevo campamento romano en la cuenca del Duero: El recinto
campamental de Uxama (Soria). Archivo Español de Arqueología, Vol. 69, pp. 269-273.
García Quintela, M. V. (2007) La organización social y política de los galaico-lusitanos. In Los pueblos
de la Galicia céltica, F. J. González García (Ed.), Madrid, Akal, pp. 323-376.
González-García, A. C., Criado Boado, F., and Vilas Estévez, B. (2017) Megalithic Skyscapes in Galicia.
Culture and Cosmos, Vol. 21, No. 1, pp. 87-103.
González-García, F. J. (2011) From cultural contact to conquest: Rome and the creation of a tribal zone
in the North-western Iberian Peninsula. Greece and Rome, Vol. 58, No. 2, pp. 184-194.
González-García, F. J. (2017) Exploring Alternative Pathways to Social Complexity in the European
Iron Age: The Northwestern Iberian Peninsula as a Case Study. Cambridge Archaeological
Journey, Vol. 27, No. 2, pp. 295-311.
A reavaliação da presença militar romana na Galiza e no Norte de Portugal através de ferramentas digitais: diversidade arqueológica e
problemas históricos*
27
González-García, F. J., Parcero-Oubiña, C., and Ayán-Vila, X. (2011) Iron Age Societies against the
State: An Account of the Emergence of the Iron Age in North-Western Iberia. In Atlantic Europe
in the First Millennium BC. Crossing the Divide T. Moore and X. L. Armada (Eds.), Oxford,
Oxford University Press, pp. 285-301.
González Álvarez, D. (2011) Vías romanas de montaña entre Asturias y León: La integración de la
«Asturia transmontana» en la red viaria de Hispania. Zephyrus: Revista de prehistoria y
arqueología, Vol. 67, pp. 171-192.
González Álvarez, D., Álvarez Martínez, V., Jiménez Chaparro, J. I., Menéndez Blanco, A., and Colloto
Montero, J. (2011) ¿Un nuevo establecimiento militar romano en la Asturia Transmontana?. El
Picu Viyao (Piloña, Asturias). Férvedes: Revista de investigación, Vol. 7, pp. 225-234.
González Álvarez, D., Costa-García, J. M., Menéndez Blanco, A., Fonte, J., Álvarez Martínez, V., Blanco-
Rotea, R., & Gago Mariño, M. (2019). La presencia militar romana en el noroeste ibérico hacia
el cambio de era: estado actual y retos de futuro, B. Vallori Márquez, J. P. Bellón Ruíz & C. Rueda
Galán (Eds.), Accampamenti, guarnigioni e assedi durante la Seconda Guerra Punica e la
conquista romana (secoli III-I aC): prospettive archeologiche. Roma: Edizioni Quasar di
Severino Tognon, pp. 127-138.
González Fernández, M. L. (1997) La fortificación campamental de Asturica Augusta. Astorga,
Ayuntamiento de Astorga.
González García, F. J. (2006) El noroeste de la península ibérica en la edad del hierro: ¿una sociedad
pacífica? Cuadernos de Estudios Gallegos, Vol. 119, pp. 131-155.
González García, F. J. (2007) La guerra en la Gallaecia antigua: del guerrero tribal al soldado imperial.
Sémata. Ciencias Sociais e Humanidades, Vol. 19, pp. 21-64.
González García, F. J. (2009) Between Warriors and champions: warfare and social change in the later
Prehistory of the North-Western Iberian Peninsula. Oxford Journal of Archaeology, Vol. 28, pp.
59-76.
González Ruibal, A. (2004) Facing two seas: Mediterranean and Atlantic contacts in the north-west of
Iberia in the first millennium BC. Oxford Journal of Archeology, Vol. 23, No. 3, pp. 287-317.
González Ruibal, A. (2007) Galaicos. Poder y comunidad en el Noroeste de la Península Ibérica (1200
a. C.- 50 d. C.). Brigantium, Vol. 18-19, pp. 17-692.
González Ruibal, A. (2012) The politics of identity: ethnicity and the economy of power in Iron Age
Northern Iberia. In Landscape, ethnicity and identity in the archaic Mediterranean area, G.
Cifani and S. Stoddart (Eds.), Oxford, Oxbow books, pp. 245-266.
Groh, S. and Seldmayer, H. (2015) Expeditiones Barbaricae. Forschungen zu den Römischen
Feldlagern von Engelharstetten, Kollnbrunn und Ruhhof, Niederösterreich. Krems,
Landessammlungen Niederösterreich / Donau-Universität Krems.
Hanson, W., Jones, R., & Jones, R. (2019). The Roman Military Presence at Dalswinton, Dumfriesshire:
A Reassessment of the Evidence from Aerial, Geophysical and LiDAR Survey. Britannia, 1-36.
Jones, R. H. (2011) Roman Camps in Scotland. Edinburgh, Society of Antiquaries of Scotland.
Jones, R. H. (2012) Roman Camps in Britain. Stroud, Amberley Publishing.
Jorge, V. O., Baptista, A. M., Silva, E., and Jorge, S. O. (1997) As mámoas do Alto da Portela do Pau.
Porto, Sociedade Portuguesa de Antrapologia e Etnologia.
Keaveney, A. (2007) The Army in the Roman Revolution. London, Routledge.
Labory, N. (2005) Le “brachium”, un mot utilisé en architecture militaire. Latomus: revue d'études
latines, Vol. 64, No. 1, pp. 29-32.
Le Roux, P. (1982) L’Armée Romaine et l’organisation des provinces ibériques.D’Auguste a l’invasion
de 409. Paris, Centre Pierre Paris.
Lemos, F. S. (1993) Povoamento romano de Trás-os-Montes Oriental. Braga, Universidade do Minho -
Tese de Doutoramento Inédita.
José Manuel Costa-García, João Fonte, Manuel Gago (Mediterranean Archaeology and Archaeometry 20 (2019) RESUMO EXECUTIVO
Loewinsohn, E. (1965) Una calzada y dos campamentos romanos del conuentus asturum. Archivo
Español de Arqueología, Vol. 38, pp. 26-43.
Lorrio, A. J. (2009). Las guerras celtibéricas. In M. Almagro Gorbea (Ed.), Historia Militar de España.
Tomo I. Prehistoria y Antigüedad (pp. 205-223). Madrid: Laberinto.
Marín Suárez, C. (2012) De nómadas a castreños: el primer milenio antes de la era en el sector centro-
occidenal de la cordillera cantábrica. Madrid, Universidad Complutense de Madrid.
Marín Suárez, C. and González Álvarez, D. (2011) La romanización del occidente cantábrico: de la
violencia física a la violencia simbólica. Férvedes: Revista de investigación, Vol. 7, pp. 197-206.
Martín Hernández, E. (2015) El Mouro. Castrametación en la vía de la Mesa (Belmonte de
Miranda/Grao, Asturias). In Las Guerras-Ástur-Cántabras, J. Camino Mayor, E. Peralta
Labrador and J. F. Torres Martínez (Eds.), Gijón, KRK Ediciones, pp. 239-247.
Martín Hernández, E. and Camino Mayor, J. (2018) Investigaciones arqueológicas en el cordal de La
Carisa. Los campamentos de L.l.agüezos y La Cuaña Carraceo. In Excavaciones Arqueológicas
en Asturias 2013-2016, P. León Gasalla (Ed.), Oviedo, Consejería de Educación y Cultura,
Principado de Asturias - Ediciones Trabe, pp. 293-306.
Martins, M. (2011) Braga romana. Braga, Universidade do Minho.
Martins, M. and Fontes, L. (2010) Bracara Augusta. Balanço de 30 anos de investigação arqueológica
na capital da Galécia Romana. In Simulacra Romae II. Rome, les capitales de province (capita
prouinciarum) et la création d’un espace commum européen. Une approche archéologique,
(Reims, Novembro de 2008), R. González Villaescusa and J. Ruíz de Arbulo (Eds.), Reims,
Société Archéologique Champenoise, pp. 111-124.
Matherat, M. G. (1943) La technique des retranchements de César (D'après l'enseignement des fouilles
de Nointel). Gallia. Revue de la France Antique, Vol. 1, No. 1, pp. 81-127.
Mattingly, D. (1992) War and peace in Roman North Africa: Observations and models of state-tribe
interaction. In War in the tribal zone. Expanding states and indigenous warfare, B. Ferguson and
N. Whitehead (Eds.), Santa Fe, School of American Research, pp. 31-60.
Maxwell, G. S. (2004) The Roman penetration of the North in the Late First Century AD. In A
companion to Roman Britain, M. Todd (Ed.), Oxford, Blackwell, pp. 75-90.
Menéndez Blanco, A., Álvarez Martínez, V., and González Álvarez, D. (2015a) La tradición oral como
complemento de la arqueología para la localización de evidencias bélicas en la montaña
asturleonesa. Férvedes. Revista de investigación, Vol. 8, pp. 471-479.
Menéndez Blanco, A., Costa-García, J. M., González Álvarez, D., Álvarez Martínez, V., Álvarez Martínez,
V., and Fonte, J. (2018) Los campamentos romanos de Cueiru y El Xuegu la Bola na vía de La
Mesa. Resultaos de la campaña del 2016. In Excavaciones Arqueológicas en Asturias 2013-2016,
P. León Gasalla (Ed.), Oviedo, Consejería de Educación y Cultura, Principado de Asturias -
Ediciones Trabe, pp. 273-282.
Menéndez Blanco, A., González Alvarez, D., Álvarez Martínez, V., and Jiménez Chaparro, J. I. (2011)
Nuevas evidencias de la presencia militar romana en el extremo occidental de la Cordillera
Cantábrica. Gallaecia, Vol. 30, pp. 145-165.
Menéndez Blanco, A., González Álvarez, D., Álvarez Martínez, V., and Jiménez Chaparro, J. I. (2013)
Propuestas de prospección de bajo coste para la detección de campamentos romanos de
campaña. El área occidental de la Cordillera Cantábrica como caso de estudio. Munibe
Antropologia - Arkeologia, Vol. 64, pp. 175-197.
Menéndez Blanco, A., González Álvarez, D., Álvarez Martínez, V., and Jiménez Chaparro, J. I. (2015b)
La Sierra de Penouta y el cordal d'Ouroso: una línea de avance del ejército romano en el
occidente cantábrico. In Las Guerras-Ástur-Cántabras, J. Camino Mayor, E. Peralta Labrador
and J. F. Torres Martínez (Eds.), Gijón, KRK Ediciones, pp. 261-268.
Menéndez Blanco, A., González Álvarez, D., and Costa García, J. M. (2015c) A Serra da Casiña (Valboa,
León): un campamento romano en las montañas bercianas. Revista Arkeogazte, Vol. 5, pp. 239-
251.
Menéndez Blanco, A., González Álvarez, D., Costa García, J. M., Fonte, J., Gago Mariño, M., and Álvarez
Martínez, V. (2017) Seguindo os passos do exército romano: uma proposta metodológica para a
A reavaliação da presença militar romana na Galiza e no Norte de Portugal através de ferramentas digitais: diversidade arqueológica e
problemas históricos*
29
deteção de assentamentos militares romanos no Noroeste Peninsular. In Genius Loci: lugares e
significados | places and meanings, L. Rosas, A. C. Sousa and H. Barreira (Eds.), Porto, CITCEM,,
pp. 67-79.
Menéndez Blanco, A., Jiménez Chaparro, J. I., González Álvarez, D., and Álvarez Martínez, V. (2012)
La conquista romana del Occidente Cantábrico: novedades arqueológicas. In Actas das IV
Jornadas de Jovens em Investigação Arqueológica (Faro, 11 a 14 de Maio de 2011), N. Ferreira
Bicho and A. Faustino Carvalho (Eds.), Faro, Universidade do Algarve, pp. 339-346.
Menéndez Granda, A. and Sánchez Hidalgo, E. (2018) Campaña de sondeos arqueológicos en el
campamento de época romana del Pico El Outeiro Zarrado (Taramundi-Villanueva de Oscos).
In Excavaciones Arqueológicas en Asturias 2013-2016, P. León Gasalla (Ed.), Oviedo, Consejería
de Educación y Cultura, Principado de Asturias - Ediciones Trabe, pp. 283-292.
Monterroso-Checa, A. (2017) Remote sensing and archaeology from Spanish LiDAR-PNOA: identifying
the amphitheatre of the roman city of Torreparedones (Córdoba-Andalucía-Spain).
Mediterranean Archaeology and Archaeometry, Vol. 17, No 1, pp. 15-22.
Morais, R., Morillo Cerdán, Á., and Sousa, M. J. (2015) A fundação de Bracara Augusta: assentamento
militar ou estabelecimento civil num ambiente militarizado? In Rethinking Warfare 2012. An
international conference on the social perceptions and representations of war, Q. F. and T. Taylor
(Eds.), Porto, Universidade Fernando Pessoa, pp. 115-131.
Morillo Cerdán, Á. (1996) Los campamentos romanos de la Meseta Norte y el Noroeste: ¿un limes sin
fronteras? In Los Finisterres atlánticos en la Antigüedad : época prerromana y romana, C.
Fernández Ochoa and M. Fernández-Miranda (Eds.), Madrid, Electra, pp. 77-83.
Morillo Cerdán, Á. (2014) Arqueología de la conquista del Norte peninsular. Nuevas interpretaciones
sobre las campañas 26-25 a. C. In La guerre et ses traces. Conflits et sociétés en Hispanie à
l’époque de la conquête romaine (IIIe-Ier s. a.C.), C. F. and M. Navarro Caballero (Eds.),
Bordeaux, Ausonius, pp. 133-148.
Morillo Cerdán, Á. (2016a) Campamentos y fortificaciones tardorrepublicanas en Hispania. In
Fortificaciones y control del territorio en la Hispania republicana, J. Pera and J. Vidal (Eds.),
Zaragoza, Pórtico, pp. 1-52.
Morillo Cerdán, Á. (2016b) El territorio galaico durante las guerras cántabras: nuevas perspectivas. In
Celebração do bimilenário de Augusto. Ad Nationes. Ethnous Kallaikon, R. Morais and M.
Navarro Caballero (Eds.), Braga, Câmara Municipal de Braga, pp. 54-72.
Napoli, J. (2001) Les fortifications temporaires de César en Afrique: nouvelle étude sur la nature des
brachia. Bulletin de La Société Française d’Archéologie Classique, Vol. 32, pp. 181-185.
Naveiro López, J. L. (1991) El comercio antiguo en el N. W. peninsular. Lectura histórica del registro
arqueológico. A Corula, Museu Arqueolóxico e Histórico.
Noguera, J. M., Principal, J., and Ñaco del Hoyo, T. (2014) La actividad militar y la problemática de su
reflejo arqueológico: el caso del Noreste de la Citerior (218-45 a.C.). In La guerre et ses traces.
Conflits et sociétés en Hispanie à l’époque de la conquête romaine (IIIe-Ier s. a.C.), C. F. and M.
Navarro Caballero (Eds.), Bordeaux, Ausonius, pp. 31-56.
Ocáriz Gil, P. (2014) La administración de la provincia Hispania citerior durante el Alto Imperio
Romano. Barcelona, UB.
Oltean, I. and Hanson, W. (2017) Conquest strategy and political discourse: New evidence for the
conquest of Dacia from LiDAR analysis at Sarmizegetusa Regia. Journal of Roman Archaeology,
Vol. 30, pp. 429-446.
Orejas, A., Sánchez-Palencia, F. J., Beltrán, A., Ron, J. A., López, L. F., Currás, B. X., Romero, D.,
Zubiaurre, E., Pecharromán, J. L., and Arboledas, L. (2015) Conquista, articulación del territorio
y explotación de recursos en el límite entre el convento lucense y el de los ástures (Proyecto
IVGA). In Las Guerras Astur-Cántabras, J. Camino Mayor, E. Peralta Labrador and J. F. Torres
Martínez (Eds.), Gijón, KRK Ediciones, pp. 247-260.
José Manuel Costa-García, João Fonte, Manuel Gago (Mediterranean Archaeology and Archaeometry 20 (2019) RESUMO EXECUTIVO
Palao Vicente, J. J. (2014) Augusto y el ejército romano en la provincia de “Hispania citerior”. ¿Nuevas
respuestas a viejos interrogantes? Veleia, Vol. 31, pp. 53-78.
Parcero-Oubiña, C. (2002) La construcción del paisaje social en la Edad del Hierro del Noroeste Ibérico.
Ortigueira, Fundación Ortegalia.
Parcero-Oubiña, C. and Criado-Boado, F. (2013) Social change, Social resistance. A long-term approach
to the processes of transformation of social landscapes in the Northwest Iberian Peninsula. . In
The Prehistory of Iberia: Debating Early Social Stratification and the State, M. Cruz-Berrocal, L.
García-Sanjuán and A. Gilman (Eds.), New York, Routledge, pp. 249-266.
Peralta Labrador, E. (1999) El asedio romano del Castro de la Espina del Gallego (Cantabria) y el
problema de Aracelium. Complutum, Vol. 10, pp. 195-212.
Peralta Labrador, E. (2002a). Los campamentos de las Guerras Cántabras de Iguña, Toranzo y Buelna
(Cantabria). In Á. Morillo Cerdán (Ed.), Arqueología Militar Romana en Hispania (pp. 327-
338). Madrid: CSIC Ed. Polifemo.
Peralta Labrador, E. (2002b) Los campamentos romanos de campaña (castra aestiva): evidencias
científicas y carencias académicas. Nivel Cero. Revista del grupo arqueológico Attica, Vol. 10, pp.
49-87.
Peralta Labrador, E. (2006) La revisión de las guerras cántabras: novedades arqueológicas en el norte
de Castilla. In Arqueología militar romana en Hispania II: producción y abastecimiento en el
ámbito militar, Á. Morillo Cerdán (Ed.), León, Universidad de León, pp. 523-547.
Peralta Labrador, E. (2011) Campamentos romanos en Cantabria. Castillos de España, Vol. 161-162-
163, pp. 23-26.
Pérez Losada, F. (2002) Entre a Cidade e a Aldea: estudio arqueohistórico dos 'aglomerados
secundarios' romanos en Galicia. Brigantium, Vol. 13, pp. 15-348.
Prieto Martínez, M. P., Álvarez González, Y., Fernández-Götz, M., García Quintela, M. V., González
García, A. C., and López González, L. F. (2017) The contribution of Bayesian analysis to the
chronology of Iron Age north-western Iberia: New data from San Cibrán de Las (Galicia, Spain).
Journal of Archaeological Science: Reports, Vol. 16, pp. 397-408.
Reddé, M. (2008) Les camps militaires républicains et augustéens: paradigmes et réalités
archéologiques. SALDVIE, Vol. 8, pp. 61-71.
Reddé, M. (2018) Les armées romaines en Gaule à l’époque républicaine. Nouveaux moignages
archéologiques. Glux-en-Glenne, Bibracte - Centre Archéologique Européen.
Redweik, P., Roque, D., Marques, A., Matildes, R., and Marques, F. (2010) Triangulating the Past
Recovering Portugal’s Aerial Images Repository. Photogrammetric Engineering & Remote
Sensing, Vol. 9, pp. 1017-1018.
Rich, J. and Shipley, G. (Eds.). (1995) War and Society in the Roman World. London: Routledge.
Richardson, A. (2004) Theoretical Aspects of Roman Camp and Fort Design. Oxford, Archaeopress.
Rodríguez Colmenero, A. (1977) Galicia meridional romana. Bilbao, Universidad de Deusto.
Rodríguez Colmenero, A. (2006) Lucus Augusti (Lugo). Introducción histórica y arqueológica. In Los
campamentos romanos en Hispania (27 a.C.-192 d.C): el abastecimiento de moneda, M. P.
García-Bellido (Ed.), Madrid, CSIC - Instituto Histórico Hoffmeyer - Instituto de Historia -
Polifemo, pp. 29-60.
Rodríguez Colmenero, A. (2011) Lucus Augusti. La ciudad romano-germánica del Finisterre Ibérico.
Génesis y evolución histórica (14 a. C.-711 d. C.). Lugo, Concello de Lugo.
Rodríguez Colmenero, A. and Ferrer Sierra, S. (Eds.). (2006) Excavaciones arqueológicas en Aquis
Querquennis. Actuaciones en el campamento romano (1975-2005). Lugo: Unión Fenosa -
Grupo Arqueolóxico Larouco - Universidade de Santiago de Compostela - Fundación Aquae
Querquennae-Vía Nova.
Rodríguez Martín, G. (2009). Las guerras lusitanas. In M. Almagro Gorbea (Ed.), Historia Militar de
España. Tomo I. Prehistoria y Antigüedad (pp. 224-234). Madrid: Laberinto.
Roldán Hervás, J. M. (1974) Hispania y el ejército romano. Contribución a la historia social de la España
antigua. Salamanca, Universidad de Salamanca.
A reavaliação da presença militar romana na Galiza e no Norte de Portugal através de ferramentas digitais: diversidade arqueológica e
problemas históricos*
31
Ron Tejedo, J. A. (2011) Dos campamentos romanos en Peliceira. El Connio. Periódico Escolar del
CPEB "Aurelio Menéndez", Vol. 84, pp. 39-40.
Sánchez-Moreno, E. (2011) De la resistencia a la negociación: acerca de las actitudes y capacidades de
las comunidades hispanas frente al imperialismo romano. In De fronteras a provincias.
Interacción e integración en Occidente (ss. III-I a.C.), E. García Riaza (Ed.), Palma de Mallorca,
Universitat de les Illes Balears, pp. 97-103.
Sánchez-Palencia, F. J. (1986) El campamento romano de Valdemeda, Manzaneda (León). Numantia:
Arqueología en Castilla y León, Vol. 2, pp. 227-234.
Sánchez-Palencia, F. J. and Currás, B. X. (2015) Campamentos romanos en zonas mineras del
cuadrante noroeste de la Península Ibérica. In Las Guerras Astur-Cántabras, J. Camino Mayor,
E. Peralta Labrador and J. F. Torres Martínez (Eds.), Gijón, KRK Ediciones, pp. 273-284.
Sánchez Moreno, A. and Aguilera Durán, T. (2013) Bárbaros y vencidos, los otros en la conquista
romana de Hispania. Notas para una deconstrucción historiográfica. In Debita Verba. Estudios
en homenaje al profesor Julio Mangas Manjarrés, R. M. Cid López and E. García Fernández
(Eds.), Oviedo, Universidad de Oviedo pp. 225-244.
Santos Yanguas, J. (1988) El Ejército y la romanización de Galicia: conquista y anexión del Noroeste de
la Península Ibérica Oviedo, Universidad de Oviedo.
Santos Yanguas, J. (2016) Militares galaicos en el ejército romano. Oviedo, Universidad de Oviedo.
Sastre, I. (2004) Los procesos de la complejidad social en el Noroeste Peninsular: arqueología y fuentes
literarias. Trabajos de Prehistoria, Vol. 61, No. 2, pp. 99-110.
Sastre, I. (2008) Community, Identity, and Conflict: Iron Age Warfare in the Iberian Northwest.
Current Archaeology, Vol. 49, No. 6, pp. 1021-2051.
Schulten, A. (1962) Los Cántabros y Astures y su guerra con Roma, 1943 (2ª Ed.). Madrid, Espasa-
Calpe.
Serna Gancedo, M. L., Martínez Velasco, A., and Fernández Acebo, V. (Eds.). (2010) Castros y castra
en Cantabria: fortificaciones desde los orígenes de la Edad del Hierro a las guerras con Roma.
Catálogo, revisión y puesta al día. Santander: Acanto.
Silva, A. C. F. (2007) A cultura castreja no noroeste de Portugal. Paços de Ferreira, Câmara Municipal
de Paços de Ferreira.
Štular, B., Kokalj, Ž., Oštir, K., and Nuninger, I. (2012) Visualization of lidar-derived relief models for
detection of archaeological features. Journal of Archaeological Science, Vol. 39, pp. 3354-3360.
Teixeira, R. (1996) De Aquae Flaviae a Chaves. Povoamento e organização do território entre a
Antiguidade e a Idade Média. Porto, Universidade do Porto - Tese de Mestrado Inédita.
Torres Rodríguez, C. (1982) La Galicia romana. A Coruña, Fundación "Pedro Barrié de la Maza".
Tranoy. (1981) La Galice romaine. Recherches sur le Nord-Ouest de la Péninsule Ibérique dans
lAntiquité. París, Centre Pierre Paris.
Vega Avelaira, T. (2007) Estandartes militares (signa militaria) de época imperial procedentes de
Hispania. Sautuola: Revista del Instituto de Prehistoria y Arqueología Sautuola, Vol. XIII, pp.
465-492.
Vidal Encinas, J. M. (2015) La aportación de las infraestructuras de datos espaciales al conocimiento
de nuevos sitios castreños en la provincia de León. Férvedes. Revista de investigación, Vol. 8, pp.
25-34.
Vidal Encinas, J. M., Costa-García, J. M., González Álvarez, D., and Menéndez Blanco, A. (2018) La
presencia del ejército romano en las montañas de El Bierzo (León): novedades arqueológicas.
Anales de Arqueología Cordobesa, Vol. 29, pp. 85-110.
Vilas Estévez, B. (2016) Arqueología de frontera. Problemas de comunicación y necesidad del registro
arqueológico desde una visión arqueoastronómica: el caso de los túmulos de la Serra do
Leboreiro. In Estudos de Arqueoloxía, prehistoria e Historia Antiga. Achega dos novos
José Manuel Costa-García, João Fonte, Manuel Gago (Mediterranean Archaeology and Archaeometry 20 (2019) RESUMO EXECUTIVO
Historiadores, R. Cordeiro Macenlle and M. A. Vázquez Martínez (Eds.), Santiago de
Compostela, Andavira Editora, pp. 31-41.
Villa Valdés, Á. (2007) Mil años de poblados fortificados en Asturias (siglos IX a. C.- II d. C.). In Astures
y romanos: nuevas perspectivas, J. Fernández-Tresguerres (Ed.), Oviedo, Real Instituto de
Estudios Asturianos, pp. 27-60.
Wells, P. S. (1999) The barbarians speak. How the conquered peoples shaped Roman Europe.
Princeton, Princeton University Press.
Zakšek, K., Oštir, K., and Kokalj, Ž. (2011) Sky-View Factor as a Relief Visualization Technique. Remote
Sensing, Vol. 3, pp. 398-415.

File (1)

Content uploaded by José Manuel Costa-García
Author content
ResearchGate has not been able to resolve any citations for this publication.
Article
Full-text available
We present the results of our analysis of two singular Neolithic monuments and two prominent megalithic groups in Galicia. The two singular monuments are the dolmen of Dombate (Baio, Coruña county), perhaps the largest megalithic chamber in Galicia (or at least the most investigated and well-known) that houses an elaborate decorative program with engravings and paintings, and Forno dos Mouros (Bocelo mountains, Coruña county), also housing paintings and belonging to a bigger group aligned along an historical path following the mountain ridge. Both chambers house interesting illumination effects. The group analysis concerns the Barbanza (Coruña county) and Leboreiro, (Ourense county and borderland with Portugal) necropoleis. There, we find that apart from chamber orientation, location and spatial relations of the monuments within the landscape, the monuments incorporate skyscape associations that complemented and dialogued with that of the chamber orientations. Besides, if the particular directions that we find are related to the movements of the sun and/or moon they may indicate the appropriate ritual time for the dead. Of course, skyscape is not the only or the main factor to explain the location of the mounds within the necropolis but are part of a complex system of relations making those monuments part of a cultural landscape. When taking all factors into consideration a complex picture emerges where we can env
Article
Full-text available
Costa García, J. M. (2016). Presencia militar romana en La Chana (Castrocalbón, León). Nailos, 3, 47-85. ------------- [ES] La Chana es un yacimiento arqueológico que, pese a haber suscitado el interés de numerosos investigadores, nunca ha sido objeto de un estudio monográfico. Nuestro objetivo en el presente trabajo es realizar una revisión del mismo desde la arqueología. Se ha aplicado una metodología low cost que aúna medios como la fotografía aérea histórica, la fotografía por satélite moderna, el LiDAR aéreo o el software SIG para ahondar en los aspectos morfológicos y funcionales de sus estructuras. Asimismo se ha reabierto el debate historiográfico sobre el yacimiento en busca de una mejor contextualización del conjunto arqueológico dentro del despliegue militar romano en la Asturia Cismontana durante los primeros tiempos del Imperio. ----- [EN] Although La Chana has attracted the attention of several researchers in the past, the site has never been the subject of a monographic study. The main aim of this paper is to offer an up-to-date archaeological review of it. A low cost methodology combining historical aerial photography, modern satellite photography, aerial LiDAR and GIS software has been applied in order to deepen the morphological and functional aspects of its structures. Furthermore, the historiographical debate has been reopened for a better contextualization of this archaeological complex within the Roman military deployment in the Asturia Cismontana during the early Empire.
Thesis
Full-text available
[ES] "Los estudios en arqueología militar romana son, con toda probabilidad, una de las más dinámicas vertientes que presenta en la actualidad la disciplina arqueológica. De larga tradición y consolidada trayectoria en los países del norte de Europa, sus inicios en la península ibérica han sido algo más tardíos si omitimos la pionera labor de algunos autores como A. Schulten. Fueron sin embargo los trabajos de García y Bellido en León o Herrera de Pisuerga (Palencia) en los años sesenta del siglo XX o los de Martín Valls y Delibes en Rosinos de Vidriales (Zamora) en los setenta los que cimentaron la labor que habría de desarrollarse en las décadas siguientes. La excavación sistemática de los yacimientos gallegos de Bande (Ourense) y A Cidadela (A Coruña) en los años 80, el desarrollo de la arqueología urbana hacia el cambio de centuria (León, Astorga, Lugo, Herrera de Pisuerga ya algo antes) o el descubrimiento de los espectaculares campamentos de campaña romanos en las montañas cántabras y astures (Espina del Gallego, Campo de las Cercas, la Carisa, etc.) han enriquecido el conocimiento de esta realidad histórica al tiempo que ha añadido nuevos retos a la conservación del patrimonio arqueológico. Y es que, aunque estas actividades han generado un ingente volumen documental (artículos, estudios, alguna monografía) cuando no han dado pie a la celebración de reuniones y congresos especializados, son todavía muchas las lagunas en el estudio del mundo militar romano. En un momento que estimamos punto de inflexión entre el empleo de los métodos tradicionales y la irrupción de las nuevas tecnologías en arqueología, consideramos que el tiempo para la reflexión, para la revisión de todo ese conjunto de informaciones, se ha ido agotando sin que la disciplina haya asentado las bases que en el futuro habrían de regir sus líneas de investigación. Renunciando a una labor que podría resultar más vistosa y agradecida como es la de abrir nuevos caminos optamos, en cambio, por ordenar todo el bagaje acumulado a lo largo del tiempo, en diferentes espacios y por diferentes manos. En un ámbito caracterizado por la dispersión de contenidos, donde ciertas materias o yacimientos cuentan con excelentes monografías mientras que otros carecen casi por completo de estudios científicos, resulta muy complicado establecer un método analítico uniforme o extraer sólidas conclusiones. Es por ello que siempre hemos considerado que nuestro trabajo debía servir a un planteamiento metodológico abierto a nuevos aportes y estimaciones antes que ofrecer un modelo conclusivo. Esta obra es, a un tiempo, un producto querido y una obligada herramienta que nos hemos visto en la tesitura de fabricar. En muchos aspectos nos encontramos con un trabajo clásico desde un punto de vista historiográfico pero en el que constantemente es imposible no plantearse desiderata de manera continuada. Un proyecto ambicioso cuya única y real aspiración es, paradójicamente, la de servir de escalón sobre el que auparse en la búsqueda de nuevas metas. Tres partes de desigual extensión y muy diferente cometido componen el conjunto y todas ellas pueden analizarse tanto desde un punto de vista expositivo como desde una óptica marcadamente orgánica. El primer capítulo sirve de introducción al conjunto del trabajo dado que en él se exponen y aclaran muchos de los conceptos de los que luego se hará uso en las restantes secciones; el segundo profundiza en la materia al exponerse pormenorizadamente las características de los yacimientos hispanos seleccionados; el último tiene un doble valor analítico, ya que los asentamientos se clasifican y diseccionan entonces para proceder a su estudio de acuerdo con diferentes aproximaciones. Preferimos, sin embargo, decantarnos por la segunda visión de los contenidos en su conjunto, con un núcleo temático compuesto por el catálogo de yacimientos alrededor del que orbitan dos partes de similar tamaño: una que viene a plantear una serie de cuestiones de importancia para el conocimiento de la realidad castrametacional en Hispania y otra en la que se intenta dar respuesta a las mismas. La contextualización del objeto de estudio suele constituir la sección más engorrosa de muchas obras que versan sobre los asentamientos militares romanos, limitándose a repetir, de manera recurrente, unos contenidos estandarizados independientemente de si el elemento que guía el discurso es el tiempo, el espacio o una adscripción tipológica dada. En nuestro caso, algunos aspectos, por conocidos, han sido tratados a lo largo del primer capítulo de forma más liviana, mientras que otros reciben una atención más interesada. Espacio ¿Hispania-, tiempo ¿mundo romano en su totalidad- y agente efectivo ¿ejército romano- se combinan en un único apartado que pretende definir el marco histórico en el que se desarrolló la técnica castrametacional. La definición de la misma disciplina técnica -castrametación- constituye el objetivo de la siguiente sección, que comienza con una revisión del tratamiento que le profesaron los autores y tratadistas antiguos para, a continuación, profundizar en el análisis de una terminología que debe servir para adscribir con la necesaria precisión la realidad arqueológica con que nos encontraremos en el siguiente capítulo. La conjunción de sendos elementos nos permite sentar las bases de una tipología que no se deja llevar en exceso por una sola variable, dando como resultado un producto más estable y versátil. Finalmente, nos detenemos en el obligado estudio de la arquitectura militar, no sólo desde un punto de vista estrictamente estructural, sino también morfológico y espacial. La segunda parte se compone íntegramente por el catálogo de yacimientos hispanos relacionados con la presencia militar romana durante el periodo altoimperial. Lejos de convertir las correspondientes secciones en un mero compilación de informaciones acerca de los yacimientos, hemos de señalar que buena parte del aparato analítico e interpretativo se ha fiado a este capítulo. Ya no se trata de encuadrar tipológica o cronológicamente los asentamientos, sino de responder a las particulares problemáticas que pudiesen plantear ¿fases de ocupación, estudio de materiales arqueológicos, análisis del entorno¿-. Aunque en principio toda Hispania está incluida en el estudio, el peso específico de las regiones norteñas es lógicamente mayor dado que es en el tercio septentrional que se localiza lo fundamental de la acción bélica, a la que sucede el acantonamiento estable de las tropas. La base documental para la elaboración de dicha relación es fundamentalmente bibliográfica ¿lo que nos permite valorar asimismo el desigual impacto de cada uno de los sitios estudiados-, si bien en muchas ocasiones hemos ido algo más allá, visitando los asentamientos en persona o contactando con sus excavadores y descubridores para plantearles algunas dudas puntuales. Debemos hacer constar, asimismo, que contamos con información privilegiada para el caso de A Cidadela en tanto hemos formado parte del equipo arqueológico que allí excavó entre los años 2007 y 2010, de modo que buena parte de los contenidos e interpretaciones a él referidos han sido desarrollados por nosotros en tiempos muy recientes. La tercera y última sección de este trabajo retoma los planteamientos apuntados en la primera parte, los reordena e intenta dar salida a las interrogantes que han ido surgiendo a lo largo de la obra mediante el planteamiento de aproximaciones estadísticas a partir de un determinado número de variables preconcebidas. Un primer apartado se ocupa de la selección y encuadre de los enclaves militares, ordenándolos de acuerdo con la tipología que se les ha asignado y observándose detenidamente tanto su patrón de asentamiento como su papel en el despliegue militar a lo largo de los años. A continuación, se estudiarán los aspectos morfológicos de los sujetos, tales como la forma perimetral, la modulación que rige su planeamiento, la superficie total y área de ocupación o su ordenamiento interno. Mucho más conservador puede considerarse el análisis de la arquitectura militar, proponiéndose un sencillo sistema de clasificación de defensas e identificándose las estructuras internas de acuerdo con los patrones habitualmente barajados. Por último se plantea la cuestión del entorno de los asentamientos militares, probablemente uno de los ámbitos con mayor potencial para el futuro desarrollo de la disciplina. Aunque formalmente la obra termina en las provisionales conclusiones, existe a mayores una serie de materiales de apoyo. En primer lugar un número considerable de figuras que vienen a ilustrar diversos aspectos contenidos en la obra se encuentran al final de cada sección específica del catálogo y al remate de los capítulos I y III en su conjunto. Por su parte, las tablas, algunas de ellas desplegables, se localizan al final del volumen. Por último, las gráficas se insertan en el mismo texto en las proximidades de la correspondiente llamada. Dos apéndices, 1 y 2, se encuentran tras las conclusiones a la obra. El primero de ellos es un glosario de términos técnicos ¿en su mayoría latinos- que han ido apareciendo en el texto, mientras que el segundo es una breve relación de los cuerpos militares romanos directamente relacionados con Hispania, ya sea porque en ella estuvieron acantonados o porque de ella provenían sus contingentes originales. Por último, un listado de la bibliografía empleada en la redacción de este volumen remata el conjunto. En ella se diferencian los textos de autores antiguos, las abreviaturas usadas -publicaciones periódicas, principales obras colectivas y corpora epigráficos- y un listado general de la bibliografía restante."
Book
The Roman army in Britain left an archaeological legacy that is the envy of the rest of the Roman world. The forts, fortresses and frontier defences are rightly celebrated, but less well known are the temporary camps. These were constructed to house the army for short periods of time while on campaigns. Scotland contains a wealth of Roman camps and this book is a companion volume to earlier publications of camps in England and Wales. The book is illustrated throughout with plans, maps and photographs, and will be of interest to all those who wish to know more about the archaeology of the Roman army.
Chapter
González Álvarez, David; Costa-García, José Manuel; Menéndez Blanco, Andrés; Fonte, João; Álvarez Martínez, Valentín; Blanco-Rotea, Rebeca and Gago Mariño, Manuel (2019): La presencia militar romana en el noroeste ibérico hacia el cambio de era: estado actual y retos de futuro. In: Vallori Márquez, Bartomeu; Rueda Galán, Carmen y Bellón Ruiz, Juan Pedro (eds.), Accampamenti, guarnigioni e assedi durante la Seconda Guerra Punica e la conquista romana (secoli III-I a.C.): prospettive archeologiche. Roma: Edizioni Quasar di Severino Tognon, 127-138.
Article
The megalithic sites from southwest Iberia represent one of the largest clusters of prehistoric monuments in Europe from the Neolithic and Copper Age (fifth and third millennia cal BC). Unlike other regions from western Europe, there has not been a recent effort to map the distribution of these kinds of burials across this vast territory. Therefore, this article aims to collect geographic information from three regions of southwest Iberia (Alentejo and Beira Baixa from Portugal and Extremadura from Spain) and to compare the archaeological evidence between different landscape units. We have mapped already known megaliths (ca 2000) and settlements (ca 1500) in this area. Moreover, through the interpretation of light detection and ranging (LiDAR) datasets, we have identified new walled enclosures and megaliths in the Extremadura region (Spain), the only one of the three where LiDAR data are available. The new data reveals new connections between settlements, burials and other archaeological evidence. Finally, we discuss the impact that these new data have on a new overall interpretation of megalithic landscapes from the Iberian Peninsula, stressing also the potential risks that the massive application of remote sensing can have in the production of archaeological knowledge.