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Abstract

Objective: To estimate the prevalence of poor self-rated sleep and to identify the population subgroups most susceptible to the problem. Methods: This is a cross-sectional, population-based study developed with data from the Health Survey conducted in the city of Campinas (ISACamp 2014/2015). Data from a sample of 1,998 individuals aged 20 years or older were analyzed. The self-rated quality of sleep was analyzed according to socio-demographic characteristics, morbidities, health behaviors and feeling of well-being. The association of sleep quality with different complaints and characteristics of sleep was also analyzed. Adjusted prevalence ratios were estimed using Poisson multiple regression model allowing for the sample weights. Results: Prevalence of poor self-rated sleep was 29.1% and showed to be significantly higher in women, in individuals aged from 40 to 50 years, migrants, without occupation, physically inactive in leisure context, with common mental disorder (PR = 1.59), with greater number of health problems (PR = 2.33), poor self-rated health (PR = 1.61), and life dissatisfaction. Poor sleep was strongly associated with reports of difficulty in initiating sleep (PR = 4.17), in maintaining sleep (PR = 4.40) and with never or almost never feeling well when waking up (PR = 4.52). Conclusions: The results identify the population subgroups with poor quality of sleep that deserve greater attention. It also highlight the need to consider, in addition to the presence of comorbidities, mental health and the feeling of well-being in the care of patients with sleep problems and in the interventions planed for promoting healthy sleep.
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http://dx.doi.org/10.11606/s1518-8787.2019053001067
Artigo Original Rev Saude Publica. 2019;53:82
Qualidade do sono, saúde e bem-estar em
estudo de base populacional
Marilisa Berti de Azevedo BarrosI, Margareth Guimarães LimaI, Maria Filomena CeolimII ,
Edilson ZancanellaIII , Tânia Aparecida Marchiori de Oliveira CardosoIV
I Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas. Departamento de Saúde de Coletiva.
Campinas, São Paulo, Brasil
II Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Enfermagem. Campinas, São Paulo, Brasil
III Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas. Departamento de Oftalmologia/
otorrinolaringologia. Campinas, São Paulo, Brasil
IV Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas. Departamento de Neurologia. Campinas,
São Paulo, Brasil
RESUMO
OBJETIVO: Estimar a preva ncia de sono autoavaliado como ruim e identicar os subgrupos
da população mais susceptíveis ao problema.
TODOS: Trata-se de estudo transversal, de base populacional, desenvolvido com dados
de Inquérito de Saúde conduzido no município de Campinas (ISACamp 2014/2015). Foram
analisados dados de amostra representativa de 1.998 indivíduos com 20 anos ou mais de idade.
A qualidade autoavaliada do sono foi analisada segundo características sóciodemográcas,
morbidades, comportamentos de saúde e sentimentos de bem-estar. Analisou-se também a
associação da qualidade do sono com diferentes queixas e características do sono. Foram
estimadas razões de prevalências e desenvolvido modelo de regressão múltipla de Poisson,
considerando-se nas análises os pesos amostrais.
RESULTADOS: A prevalência de sono autoavaliado como ruim foi 29,1% e mostrou-se
signicativamente mais elevada nas mulheres, em indivíduos de 40 a 50 anos de idade, migrantes,
sem ocupação, sicamente inativos em contexto de lazer, com transtorno mental comum
(RP = 1,59), com maior número de problemas de saúde (RP = 2,33), com saúde autoavaliada
como ruim (RP = 1,61) e que manifestavam insatisfão com a vida . Sono ruim esteve fortemente
associado com relatos de diculdade de iniciar o sono (RP = 4,17), de manter o sono (RP = 4,40)
e com nunca ou quase nunca se sentir bem-disposto ao acordar (RP = 4,52).
CONCLUSÕES: Os resultados identicam os segmentos da população com má qualidade
do sono que merecem maior atenção e destacam a necessidade de avaliar, além da presença
de comorbidades, a saúde mental e a presença de sentimentos de bem-estar no processo de
cuidado dos pacientes com problemas de sono e no planejamento de intervenções voltadas à
promoção de sono saudável.
DESCRITORES: Sono. Comorbidade. Fatores de Risco. Fatores Socioeconômicos. Saúde Mental.
Inquéritos Epidemiológicos.
Correspondência:
Margareth Guimarães Lima
Rua Tessália Vieira de Camargo, 126
Cidade Universitária Zeferino Vaz
13083-887 Campinas, SP, Brasil
E-mail: margarethglima@gmail.com
Recebido: 12 jul 2018
Aprovado: 9 dez 2018
Como citar: Barros MBA, Lima
MG, Ceolim MF, Zancanella E,
Cardoso TAMO. Qualidade do
sono, saúde e bem-estar em estudo
de base populacional. Rev Saude
Publica. 2019;53:82.
Copyright: Este é um artigo de
acesso aberto distribuído sob os
termos da Licença de Atribuição
Creative Commons, que permite
uso irrestrito, distribuição e
reprodução em qualquer meio,
desde que o autor e a fonte
originais sejam creditados.
http://www.rsp.fsp.usp.br/
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INTRODUÇÃO
A qualidade do sono constitui uma das cinco dimensões consideradas relevantes para a
avaliação do sono saudável, entendido como um padrão multidimensional de sono-vigília
adaptado às demandas individuais, sociais e ambientais e que proporciona bem-estar físico
e mental1. Sendo uma necessidade humana básica, o sono é um dos temas emergentes mais
relevantes, pois há evidências robustas de que a sua privação e os seus distúrbios afetam
processos metabólicos e inamatórios, com amplos impactos negativos na saúde2.
Especicamente quanto à qualidade do sono, as pesquisas detectaram que a pior qualidade
se associa a taxas mais elevadas de mortalidade e a prevalências maiores de síndrome
metabólica, diabetes, hipertensão, doença coronariana e depressão3–6.
Distúrbios do sono, que implicam em baixa qualidade do sono, são também causa frequente
de acidentes de trânsito e de trabalho7 resultantes da sonolência diurna excessiva que
os acompanha. A baixa qualidade do sono acarreta prejuízos nas atividades diárias do
indivíduo, afetando o rendimento no trabalho e a qualidade de vida em geral, o que provoca
forte impacto social e econômico2.
A avaliação da qualidade do sono vem sendo feita por diferentes instrumentos e em
especial pelo Pittsburgh Sleep Quality Index (PSQI)8. Um dos itens desse instrumento
questiona, especicamente, sobre a avaliação subjetiva da qualidade do sono e alguns
autores têm utilizado uma única pergunta para efetuar essa avaliação9–1 2. De maneira
análoga, no campo da avaliação da saúde, informação obtida por uma única pergunta
sobre a avaliação subjetiva da própria saúde mostrou-se altamente correlacionada com
mortalidade, doenças e outros desfechos, passando a constituir um dos indicadores de
saúde mais utilizados na atualidade13, 14.
Pelo forte impacto da qualidade do sono no nível de saúde das populões, torna-se essencial
o monitoramento de seus padrões e tendências de forma a identicar os segmentos sociais
e demográcos mais vulneráveis, sinalizando as estratégias mais adequadas de controle
e tratamento de distúrbios e de iniciativas de promoção de sono saudável. Entretanto, das
seis pesquisas brasileiras de base populacional que investigaram características do sono
em adultos15–17, apenas um artigo foi publicado focando especicamente a qualidade do
sono de adultos e os fatores associados17, em que foram avaliados apenas indivíduos de
40 anos ou mais.
Nessa perspectiva, considerando-se a carência de estudos sobre qualidade do sono, o
constatado crescimento dos problemas e distúrbios do sono18, seu impacto na saúde e na
qualidade de vida e a crescente relevância do tema no campo da saúde pública, o objetivo
deste estudo foi analisar o perl epidemiológico do sono autoavaliado como ruim segundo
amplo conjunto de características, incluindo sociais e demográcas, estado de saúde,
morbidades, comportamentos de saúde e indicadores de bem-estar. A pesquisa tem por
objetivo, também, analisar a associação da autopercepção da qualidade do sono com o
relato de queixas e características do sono em adultos.
MÉTODOS
Este estudo transversal de base populacional foi desenvolvido com dados do Inquérito de
Saúde do Município de Campinas (ISACamp 2014/15). Esse inquérito foi conduzido em
amostra representativa da população residente em domicílios particulares e permanentes
da área urbana do município de Campinas, SP, Brasil. O inquérito objetivou analisar as
condições de saúde e uso de serviços de saúde de pessoas com 10 anos ou mais e deniu
três domínios etários – adolescentes, adultos e idosos – para os quais foram sorteadas
amostras independentes.
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Foi denido um tamanho amostral mínimo de 1.000 pessoas para adolescentes e idosos e
de 1.400 para adultos. Esses tamanhos amostrais permitem estimar uma proporção de 0,50
(máxima variabilidade amostral), com erro de amostragem de até 5 pontos percentuais,
com nível de conança de 95% e considerando um efeito de delineamento de 2. O inquérito
foi realizado com amostra por conglomerados, estraticada, e tomada em dois estágios. No
primeiro estágio, foram sorteados 70 setores censitários, para os quais foi feita a listagem
atualizada dos domicílios. Para obter o tamanho mínimo de indivíduos em cada domínio
de idade e tendo por base o número médio de moradores de cada domínio por domicilio,
foram sorteados 3.119 domicílios para entrevistar adolescentes, 1.029 para adultos e 3.157
para idosos, considerando taxas de não resposta de 27%, 22% e 20% para os respectivos
domínios de idade. Foram entrevistados todos os indivíduos do domínio para o qual a
residência havia sido sorteada. Neste estudo, foram analisados apenas os dados de indivíduos
com 20 anos ou mais de idade.
O questionário do ISACamp 2014/15 abarca ampla temática de saúde e, neste estudo,
foram analisadas informações dos blocos de sono, estilo de vida, morbidades, estado
de saúde, saúde emocional, comportamentos de saúde e condições demográficas e
socioeconômicas.
As entrevistas domiciliares foram feitas por entrevistadores treinados, que utilizaram
software especialmente desenvolvido para esta pesquisa e aplicado por meio de tablet
Samsung Galaxy, model GT-P5200.
A variável dependente do estudo foi autoavaliação do sono, construída a partir da questão
“Como o (a) Sr.(a) avalia a qualidade do seu sono? O(a) Sr.(a) diria que é: excelente/muito
bom; bom; regular; ruim; muito ruim?”. Foram agrupadas as alternativas excelente/muito
bom e bom, formando a categoria de sono bom; as respostas regular, ruim e muito ruim
compuseram a categoria de sono autoavaliado como ruim.
As variáveis independentes analisadas foram:
Demográficas e socioeconômicas: sexo, idade, situação conjugal, naturalidade,
escolaridade em anos de estudo, renda familiar per capita, condição de trabalho e
número de moradores.
Variáveis de comportamentos de saúde: frequência semanal e consumo de risco de
bebida alcoólica, avaliado por meio do AUDIT e considerando o ponto de corte de 8 ou
mais como positivo19; tabagismo: fumante, ex-fumante, nunca fumou; e atividade física
(AF) em contexto de lazer, obtida com a aplicação do International Physical Activity
Questionnaire (IPAQ) e usada como base para classicação dos indivíduos em: ativos,
quando referiam praticar 150 minutos de AF moderada ou 75 minutos de vigorosa;
insucientemente ativos, quando não atingiam o patamar denido para o ativo; e inativo,
quando não praticava AF.
Morbidade e estado de saúde: número de doenças crônicas entre as referidas como
diagnosticadas por prossional de saúde e incluídas em checklist (hipertensão, diabetes,
angina/infarto, câncer, asma, rinite, sinusite, artrite/reumatismo, osteoporose, tendinite,
doença de coluna); número de problemas de saúde entre os incluídos em checklist
(dor de cabeça, dor nas costas, alergia, problema emocional, tontura e infecção do
trato urinário); transtorno mental comum (TMC), avaliado por meio do Self-Reporting
Questionnaire (SRQ-20), sendo 8 pontos ou mais considerado TMC presente20. Também
foram analisadas a autoavaliação do estado de saúde e a duração do sentimento de
felicidade nos últimos 15 dias, utilizando perguntas especícas do e Medical Outcomes
Study 36-Item Short-Form Health Survey (SF-36)21, e a satisfação com a vida, pela questão:
“De um modo geral, quanto o Sr. está satisfeito com sua vida?”.
Também foram analisadas as associões da autoavaliação da qualidade do sono com
variáveis relativas a queixas e problemas de sono: diculdade para iniciar o sono, diculdade
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de manutenção do sono, despertar muito cedo, ronco, cochilo durante o dia (intencional ou
não), frequência de diculdade de car acordado de dia no último mês, frequência de boa
disposição ao acordar no último mês e uso de remédios para dormir.
Foram estimadas as prevalências de sono autoavaliado como ruim segundo as variáveis
independentes, e testadas as diferenças por meio do teste qui-quadrado, considerando
signicativas aquelas com valor de p < 0,05. Também foram estimadas as razões de prevalências
ajustadas por sexo e faixa etária e os respectivos intervalos de conança de 95%, por meio
de regressão múltipla de Poisson. Modelo hierárquico de regressão múltipla de Poisson foi
desenvolvido, no qual entraram as variáveis demográcas e socioeconômicas na primeira
etapa, os comportamentos de saúde na segunda e os indicadores de doenças, de problemas
de saúde e de bem-estar na terceira. As variáveis signicativas em uma etapa permaneciam
no modelo nas etapas seguintes. Todas as análises foram realizadas utilizando o software
Tabela 1. Prevalência e razões de prevalências de sono autoavaliado como ruim segundo características
e queixas de sono. Campinas, SP, Brasil, 2014–2015.
Características e queixas relativas ao sono n Prevalência p
RP ajustada
por sexo e
idade
IC95%
(%)
Diculdade de início do sono < 0,001
Não 1.417 15,6 1
Sim 580 67,5 4,17 3,26–5,35
Diculdade de manutenção do sono < 0,001
Não 1.416 15,4 1
Sim 582 69,9 4,40 3,57–5,41
Despertar precoce < 0,001
Não 1.516 19,7 1
Sim 467 65,3 3,15 2,64–3,76
Ronca 0,05
Não 1.002 26,5 1
Sim 905 31,7 1,21 1,00–1,46
Duração do sono (em horas) < 0,001
≤ 5 86 51,8 2,11 1,59–2,80
6 170 41,1 1,70 1,32–2,18
7–8 953 26,1 1
≥ 9 778 26,7 0,97 0,8–1,17
Cochila durante o dia < 0,001
Não 1.692 26,2 1
Sim, intencionalmente 105 31,9 1,16 0,99–1,37
Sim, sem intenção 192 1,74 1,26–2,41
Diculdade de car acordado durante o dia
no último mês < 0,001
Nunca 1.587 1
Menos que 2x por semana 210 2,10 1,72–2,56
3x ou mais por semana 192 53,7 2,34 1,88–2,91
Uso de remédios para dormir
Não 1.790 25,9 < 0,001 1
Sim 208 67,3 2,30 1,91–2,77
Boa disposição ao acordar no último mês < 0,001
Sempre 1.097 14,7 1
Quase sempre 249 34,6 2,41 1,86–3,11
Nunca ou quase nunca 194 64,1 4,52 3,57–5,71
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estatístico STATA 14.0 e levando em conta os pesos do delineamento, da taxa de resposta
e da pós-estraticação.
O projeto do inquérito ISACamp2014/15 foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da
Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Parecer 409.714
de 30/09/2013 - CAAE 20547513.2.0000.5404).
RESULTADOS
Dos domicílios sorteados para entrevistas com adultos e idosos, houve perda de 9,2%,
sendo 5,5% por recusa e 3,7% por não encontrar o morador após mais de 3 visitas. Dos
indivíduos identicados para serem entrevistados, o percentual de recusa foi 21,2% e de
outras perdas, 1,9%. Assim, foram analisados dados de 1.998 indivíduos com 20 anos ou
Tabela 2. Prevalência e razões de prevalências de sono ruim segundo características demográcas e
socioeconômicas. Campinas, SP, Brasil, 2014–2015.
Variáveis demográcas e socioeconômicas n Prevalência p
RP ajustada
por sexo e
idade
IC95%
%
Sexo < 0,001
Masculino 850 24,2 1
Feminino 1.148 33,5 1,36 1,14–1,63
Faixa Etária 0,001
20–39 549 23,1 1
40–59 464 34,1 1,46 1,12–1,90
≥ 60 985 34,8 1,50 1,20–1,87
Situação conjugal 0,12
Casado/vive junto 1.130 29,3 1
Separado/divorciado 180 39,8 1,23 0,89–1,68
Viúvo 345 31,1 0,82 0,67–1,00
Solteiro 342 24,2 0,96 0,65–1,41
Naturalidade < 0,001
Campinas 663 23,3 1
Outro município de SP 665 33,7 1,30 1,07–1,57
Outro estado ou outro país 670 32,2 1,28 1,02–1,59
Escolaridade (em anos) 0,07
0–3 397 34,6 1
4–8 732 32,7 1,00 0,79–1,27
9–11 517 27,7 0,94 0,71–1,25
≥ 12 352 24,9 0,86 0,63–1,61
Renda familiar per capita (em salários
mínimos) 0,59
< 1 671 30,0 1
1–3 1.046 30,2 1,04 0,87–1,25
> 3 272 26,4 0,91 0,68–1,22
Trabalho 0,001
Trabalha 941 25,6 1
Não trabalha 1.056 35,4 1,26 1,03–1,54
Número de lhos < 0,001
0–1 775 24,6 1
2–3 824 32,4 1,15 0,93–1,43
≥ 4 384 39,1 1,33 1,02–1,74
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Tabela 4. Prevalência e razões de prevalências (RP) de sono ruim segundo morbidades, estado de saúde
e bem-estar. Campinas, SP, Brasil, 2014–2015.
Variáveis de estado de saúde e bem-estar n Prevalência p
RP ajustada
por sexo e
idade
IC95%
%
Número de doenças crônicas < 0,001
0 470 19,0 1
1 398 29,1 1,43 1,08–1,91
2–4 758 32,7 1,56 1,19–2,04
≥ 5 273 43,6 1,94 1,35–2,78
Número de problemas de saúde < 0,001
0 536 15,1 1
1 586 26,5 1,75 1,30–2,35
2–4 756 35,7 2,24 1,70–2,96
≥ 5 106 68,6 4,19 3,07–5,7
Transtorno Mental Comum (SRQ-20) < 0,001
Não 1.683 23,5 1
Sim 259 67,1 2,70 2,38–3,08
Autoavaliação da saúde < 0,001
Muito boa/Boa 1.451 22,0 1
Regular/Ruim/Muito ruim 540 55,9 2,40 2,03–2,83
Satisfação com a vida < 0,001
Muito satisfeito 1.314 22,5 1
Mais ou menos satisfeito 604 39,5 1,73 1,48–2,03
Nada satisfeito 59 84,6 3,60 3,06–4,26
Sentimento de felicidade nos últimos 15 dias < 0,001
Sempre ou a maior parte do tempo 1.451 23,1 1
Alguma parte do tempo 316 43,4 1,74 1,44–2,11
Pequena parte do tempo ou nunca 211 59,4 2,42 2,03–3,91
Tabela 3. Prevalência e razões de prevalências de sono ruim segundo comportamentos de saúde.
Campinas, SP, Brasil, 2014–2015.
Comportamentos de saúde n Prevalência p
RP ajustada
por sexo e
idade
IC95%
%
Atividade física no lazer 0,02
Ativo 503 23,8 1
Insucientemente ativo 248 26,7 1,03 0,75–1,42
Inativo 1.247 32,1 1,27 1,02–1,58
Frequência semanal de ingestão de bebida
alcoólica 0,57
Não ingere 1.392 29,5 1
Ingere 1 vez por semana menos 501 29,2 1,08 0,86–1,34
Ingere 2 vezes ou mais semana 105 23,8 0,95 0,65–1,36
Consumo de risco de bebida alcoólica 0,48
Não 1.842 29,4 1
Sim 156 26,4 1,10 0,81–1,49
Tabagismo 0,48
Não fumante 1.386 28,2 1
Fumante 263 30,9 1,11 0,87–1,41
Ex-fumante 349 32,0 1,12 0,88–1,42
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mais. A população estudada apresentou idade média de 43,7 anos (IC95% 42,3–45,2) e foi
composta por 52,7% (49,7-55,7%) de mulheres; 9,6% estudaram menos de 4 anos e 27,6%
estudaram 12 anos ou mais.
Autoavaliação do sono como ruim foi reportada por 29,1% (IC95%:26,5-31,7) dos adultos
residentes em Campinas. Sua prevalência foi de 24,2% (IC95%:20,4-28,1) nos homens e
33,5%(IC95%:30,3-36,7) nas mulheres.
As queixas e problemas do sono que apresentaram as associações mais fortes com a
autoclassicação do sono como ruim foram: ter diculdade de iniciar o sono (RP = 4,17)
e de manter o sono (RP = 4,40), despertar muito cedo (RP = 3,15) e nunca ou quase nunca
acordar bem-disposto no último mês (RP = 4,52) (Tabela 1).
Prevalências mais elevadas de sono ruim, já ajustadas por idade e sexo, foram observadas
nas mulheres (RP = 1,36), nos indivíduos com 40 anos ou mais, naqueles não nascidos em
Campinas, nos que não estavam trabalhando e no segmento com maior número de lhos
Tabela 5. Modelo hierárquico de regressão de Poisson da prevalência de sono autoavaliado como ruim.
Variáveis 1º estágio 2º estágio 3º estágio
RP IC95% RP IC95% RP IC95%
Sexo
Masculino 1 1 1
Feminino 1,32 1,10–1,57 1,30 1,10–1,55 1,07 0,89–1,30
Faixa Etária
2039 1 1 1
4059 1,37 1,06–1,75 1,35 1,05–1,72 1,31 1,01–1,71
≥ 60 1,20 0,98–1,49 1,19 0,97–1,46 1,15 0,92–1,45
Naturalidade
Campinas 1 1 1
Outro município de SP 1,30 1,07–1,57 1,30 1,07–1,57 1,29 1,06–1,55
Outro estado ou outro país 1,27 1,02–1,59 1,26 1,01–1,58 1,23 0,98–1,53
Trabalho
Trabalha 1 1 1
Não trabalha 1,22 1,02–1,46 1,27 1,03–1,55 1,08 0,91–1,28
Atividade física no lazer
Ativo 1 1
Insucientemente ativo 1,15 0,86–1,54 0,96 0,69–1,35
Inativo 1,28 1,02–1,60 1,01 0,83–1,25
Número de problemas de saúde
Nenhum 1
Um 1,44 1,09–1,91
Dois a quatro 1,64 1,23–2,18
Cinco ou mais 2,33 1,66–3,29
Autoavaliação da saúde
Muito boa/Boa 1
Regular/Ruim/Muito ruim 1,61 1,32–1,97
TMC
Ausente 1
Presente 1,59 1,34–1,89
Satisfação com a vida
Muito satisfeito 1
Mais ou menos satisfeito 1,30 1,09–1,56
Nada satisfeito 1,67 1,31–2,14
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Qualidade do sono, saúde e bem-estar Barros MBA et al.
http://dx.doi.org/10.11606/s1518-8787.2019053001067
(RP = 1,33) (Tabela 2). Em relação aos comportamentos de saúde estudados, associação
signicativa só foi detectada com AF de lazer. Indivíduos ativos apresentam qualidade do
sono melhor que os inativos (Tabela 3).
A prevalência de sono ruim mostrou-se crescente com o aumento do número de doenças
crônicas (RP = 1,94 para cinco ou mais doenças), o aumento do número de problemas de
saúde relatados (RP = 4,19 para cinco ou mais problemas), a menor satisfação com a vida e
a menor permanência do sentimento de felicidade. Sono ruim foi signicativamente mais
presente nos indivíduos com TMC (RP = 2,70) e com saúde autoavaliada como regular ou
ruim (RP = 2,40) (Tabela 4).
O modelo de regressão nal conrma a associação da qualidade do sono com sexo, faixa
etária, naturalidade, trabalho (primeiro estágio), AF no lazer (segundo estágio), número
de problemas de saúde, TMC, autoavaliação da saúde e satisfação com a vida (terceiro
estágio) (Tabela 5).
DISCUSSÃO
Os resultados mostram que o sono autoavaliado como ruim atinge 29,1% da população de
Campinas com 20 anos ou mais de idade e que as queixas e problemas de sono que mais
inuenciam o indivíduo a classicar o próprio sono como ruim são: diculdade de iniciar o
sono, acordar no meio da noite e nunca ou quase nunca se sentir bem-disposto ao acordar.
O estudo constatou que sono autoclassicado como ruim é signicativamente mais prevalente
nas mulheres, nas pessoas com 40 anos ou mais, nos migrantes, nos indivíduos que não
estavam trabalhando, naqueles que não são sicamente ativos em contexto de lazer, nos
que apresentam TMC e nos que avaliam a própria saúde como ruim. Vericou-se, também,
que a prevalência de sono ruim cresce com o aumento do número de problemas de saúde
e com o nível de insatisfação com a vida.
Em pesquisa nacional realizada com 47.477 trabalhadores brasileiros, que utilizou
também uma única pergunta para avaliar a qualidade do sono (“Com que frequência
você avalia que dorme bem?”), foi detectada uma prevalência de 21% de indivíduos
com sono ruim12 . Mas essa população de trabalhadores é mais jovem que a analisada
no presente estudo. Pesquisa desenvolvida com mulheres adultas nos Estados Unidos
identificou que 27% apresentavam má qualidade do sono11. Inquérito desenvolvido em
10 países, incluindo o Brasil, mostrou prevalências de indivíduos que relatavam que
não dormiam bem entre 10,4% na Áustria e 32,2% na Bélgica; a prevalência no Brasil
foi de 19,2%9. Prevalência superior à verificada em Campinas foi constatada em estudo
realizado em população de adultos japoneses, que utilizou como instrumento de
avaliação da qualidade do sono o PSQI e verificou que 36,4% das mulheres e 30,1% dos
homens atingiam o ponto de corte de sono ruim22 . Os resultados diferem muito entre
as pesquisas dependendo da população estudada, do instrumento utilizado e do meio
de obtenção das informações. Variações na faixa de 7 a 45% têm sido constatadas em
estudos realizados em diferentes países12.
Em relação a gênero, assim como na presente pesquisa, os estudos constatam, em geral,
maior prevalência de maus dormidores entre as mulheres12,22. As mulheres usualmente
relatam mais problemas de saúde que os homens, utilizam mais os serviços de saúde, exercem
com maior frequência o papel de cuidadora dos doentes da família, são mais atentas aos
sinais e sintomas das doenças e assumem com menor constrangimento o papel de doente
e o relato de sintomas das doenças. As mulheres podem ser mais susceptíveis a problemas
de sono devido a alterações hormonais, o que se evidencia com as mudanças de padrão de
sono na gravidez, na menopausa e nos ciclos menstruais. Também apresentam sintomas
depressivos com maior frequência que os homens, além de papeis e responsabilidades que
socialmente lhe são atribuídos e que inuenciam no padrão do sono11.
9
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O presente estudo apontou maior prevalência de qualidade de sono ruim nos indivíduos
com 40 anos ou mais, sem evidenciar crescimento da prevalência após os 60 anos (Tabela 2).
A perda de signicância da diferença entre o segmento de 60 anos ou mais e o mais jovem,
na primeira etapa do modelo de regressão (Tabela 5), decorre da associação entre as
varveis idade e trabalho. Appleton et al.23 analisaram vários distúrbios do sono em
adultos australianos e também não vericaram aumento de prevalência dos distúrbios
pesquisados no segmento de 65 anos ou mais. Pesquisa de Madrid-Valero et al.24 mostrou
piora do sono com o avanço da idade, afetando a latência e eciência do sono e aumentando
a prevalência de distúrbios do sono, mas não encontrou diferenças signicativas quanto à
percepção da qualidade do sono.
A ocorrência de maior prevalência nos indivíduos não naturais do município de Campinas
poderia decorrer de maior exposição a estresse, seja por condições de vida e de trabalho,
seja por problemas familiares que processos de migração poderiam acarretar. Considera-se
que são necesrios estudos que busquem elucidar uma possível associação entre migração
e padrões de sono.
Mesmo após ajuste para idade e sexo, adultos e idosos que não estão trabalhando apresentam
maior prevalência de sono ruim. Analisando a prevalência de insônia em adultos na Finlândia,
Talala et al.25 encontraram maior prevalência nos indivíduos que não estavam exercendo
alguma ocupação. Além de a insegurança econômica gerada na ausência de trabalho poder
repercutir sobre a qualidade do sono, a condição de trabalho em si, ao imprimir um ritmo
de atividades durante o dia, pode redundar em uma maior regularidade do sono noturno.
Vericando que a introdução de cada uma das variáveis da terceira etapa do modelo de
regressão (autoavaliação da saúde, TMC e satisfação com a vida) faz desaparecer a associação
da condição de trabalho com a qualidade do sono e dado o corte transversal do estudo,
é preciso considerar a possível bidirecionalidade das associações. Por um lado, pessoas
que não trabalham podem dormir mal devido à pior saúde emocional e insatisfação com
a vida, decorrentes da inatividade no trabalho e, por outro, pessoas em pior situação de
saúde física e emocional (que tendem a apresentar pior qualidade do sono) teriam menor
condição de se manter no trabalho.
Indivíduos inativos em contexto de lazer apresentaram maior prevalência de sono ruim,
como também tem sido detectado em outros estudos12, e a associação da inatividade física
com sentimentos depressivos, que são fortemente associados à baixa qualidade do sono,
tem sido consistente na literatura e seria, em parte, responsável pela associação entre AF
e sono26. Porém, considerando-se o corte transversal do presente estudo, é preciso aventar
também que indivíduos em pior condição de saúde e bem-estar (que tendem a apresentar
pior qualidade do sono) estariam menos propensos ou aptos a praticar AF de lazer.
A presença concomitante de várias doenças aumenta a prevalência de sono ruim, chegando
a ser quase 4,19 vezes mais elevada nas pessoas com cinco ou mais problemas de saúde.
Hayashino et al.27 também identicaram aumento dos escores do PSQI com o aumento do
número de comorbidades. Coerente com esse achado, pessoas que consideram a própria
saúde como ruim também avaliam seu sono como sendo de baixa qualidade, assim como
constatado por outros autores11. Esses achados destacam a importância de os prossionais de
saúde estarem atentos e atuando no sentido de reduzir o risco do surgimento de comorbidades
e de monitorarem a qualidade do sono dos pacientes com múltiplas doenças, considerando
que sono ruim piora ainda mais a qualidade de saúde e aumenta o risco de mortalidade2,3.
Detectou-se que a presença de TMC aumentou em 61% a prevalência de má qualidade do
sono, mesmo após ajuste por todas as variáveis incluídas no modelo. Os transtornos são
constituídos principalmente por sintomas de depressão ou ansiedade. A associação entre
satisfação com a vida e qualidade do sono também persistiu no modelo nal. A literatura
tem mostrado a associação entre depressão, insatisfação com a vida e prejuízo do sono.
Lacruz et al.28, na Alemanha, estudaram indivíduos de uma coorte e observaram um efeito
sinérgico de depressão e baixa satisfação com a vida na prevalência de problemas do sono.
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Qualidade do sono, saúde e bem-estar Barros MBA et al.
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Uma meta-análise que incluiu 21 estudos longitudinais conrma a insônia como fator de
risco para depressão, detectando razão de odds de 2,106. Estudo longitudinal desenvolvido
na China identificou o relacionamento bidirecional entre sono e otimismo, em que o
humor depressivo intermedia totalmente a inuência do otimismo na qualidade do sono
e intermedia parcialmente a qualidade do sono no otimismo29.
Ressalte-se que no nosso conhecimento este é o primeiro estudo brasileiro de base
populaciona l a avaliar o per l epidemiológico, considerando amplo conjunto de variáveis
demográcas e de saúde, da qualidade do sono de população de adultos com 20 anos ou
mais. Entretanto, é preciso considerar suas limitações na análise dos resultados. A avaliação
da qualidade do sono foi aferida por uma única pergunta e não por um instrumento
completo já validado como o PSQI. Ressalta-se, porém, que outros pesquisadores também
têm utilizado uma única pergunta para avaliar a qualidade do sono e obtido resultados
consistentes com o uso de diferentes questões9 –12 . Outros autores têm utilizado também
uma única pergunta para avaliar insatisfação com o sono, sono insuciente30 e a presença
de insônia24. Swinbourne et al.31 destacam a forte associação entre a autoavaliação da
qualidade do sono e os escores do PSQI. Adicionalmente, Ohayon e Zulley32, utilizando uma
única pergunta para avaliar a insatisfação global com o sono, vericaram que o indicador
gerado constitui melhor indicador de patologia de sono do que os sintomas de insônia
sozinhos. No presente estudo, observou-se fortíssima associação da autoavaliação da
qualidade do sono com as queixas de sono. As discussões sobre o conceito e as estratégias
de avaliação da qualidade do sono persistem e novos enfoques têm sido propostos para
uma mensuração mais adequada10,33 .
Na interpretação dos resultados deste estudo, deve-se também considerar que as informações
utilizadas foram obtidas por entrevista domiciliar e sujeitas a vieses de memória e informação.
O corte transversal do estudo, por sua vez, impossibilita a caracterização das associações
encontradas como causais. A associação da qualidade do sono com trabalho e AF de lazer,
por exemplo, que deixam de ser signicativas com a introdução das variáveis da terceira
etapa do modelo, remete à consideração sobre as evidências de relações bidirecionais entre
AF e doenças/bem-estar, assim como entre trabalho e doenças/bem-estar. Dessa forma,
as variáveis da terceira etapa poderiam ser mediadoras do efeito de AF e trabalho sobre a
qualidade do sono ou o reverso poderia estar ocorrendo com as variáveis da terceira etapa,
levando ao não trabalho e à não prática de AF em contexto de lazer.
CONCLUSÕES
Com base em amostra representativa da população, o estudo detectou a elevada prevalência
de sono de má qualidade da população adulta de Campinas e constatou que essas prevalências
eram mais elevadas nos subgrupos compostos por mulheres, pessoas com 40 a 59 anos,
migrantes e aquelas que não trabalham. A associação da boa qualidade do sono com a
prática de AF deve ser considerada em intervenções para promover AF no lazer ou para
melhorar a qualidade do sono. Também foram vericadas associações entre a qualidade do
sono e a presença de doenças crônicas e problemas de saúde, sinalizando a necessidade de
prevenção de comorbidades e de atenção à qualidade do sono de pacientes com múltiplas
doenças. Por m, a associação da baixa qualidade do sono com TMC e com sentimento de
insatisfação com a vida destaca a relevância da atenção que deve ser dada aos aspectos
emocionais de pacientes com má qualidade do sono.
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Financiamento: O inquérito foi nanciado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo
(FAPESP - Processo 2012/23324-3).
Contribuição dos autores: Concepção do estudo, coleta de dados e interpretação dos resultados, revisão da
literatura e redação do manuscrito: MBAB. Análises estatísticas, revisão da literatura e redação do manuscrito:
MGL. Revisão da literatura, interpretação dos resultados e redação do manuscrito: MFC, EZ, TAMOC.
Conito de Interesses: Os autores declaram não haver conito de interesses.
... Uma pesquisa sugere que exista uma relação com as alterações hormonais, seja no período gravídico, menstrual ou climatérico, este último, devido às alterações endócrinas que essa fase provoca no eixo hipotálamo-hipófise-ovariano, interferindo no eixo hipotálamo-adrenal, que aumentam a atividade como resposta às oscilações UV de estrogênio, o excesso na síntese do cortisol tende a interferir diretamente no comportamento do sono. (17) Mulheres usualmente referem mais problemas de saúde, sintomas depressivos, frequentam mais os serviços de saúde, percebem mais frequentemente sinais e sintomas de doenças, e existem uma gama de papéis e responsabilidades sociais impostas historicamente a este gênero que contribuem para perturbações no padrão do sono. (17) A saúde mental das mulheres durante a pandemia da ...
... (17) Mulheres usualmente referem mais problemas de saúde, sintomas depressivos, frequentam mais os serviços de saúde, percebem mais frequentemente sinais e sintomas de doenças, e existem uma gama de papéis e responsabilidades sociais impostas historicamente a este gênero que contribuem para perturbações no padrão do sono. (17) A saúde mental das mulheres durante a pandemia da ...
... 16 Quando comparamos esses dados com algumas pesquisas prévias à pandemia -como, por exemplo, o estudo de base populacional realizado por Barros et al., que encontrou uma prevalência de 29,1% na autoavaliação de sono ruim -, percebemos uma prevalência menor do que as encontradas nos estudos durante a pandemia. 17 Alguns dos fatores que podem ter sido capazes de favorecer a piora na qualidade do sono 7,18 são: o medo de contrair uma doença; exposição a uma quantidade significativa de notícias preocupantes; ansiedade com impacto na saúde emocional e, o distanciamento social, que pode impactar dimensões da vida como o trabalho e a ocupação, os rendimentos familiares e as relações sociais. ...
... Este último ainda constatou que sono pobre é significativamente mais prevalente no sexo feminino, naqueles que não são fisicamente ativos e em pessoas que avaliam a própria saúde como ruim. 17 Outro resultado percebido foi que, o aumento da PAS esteve associado com o aumento da pontuação do PSQI, assim como a presença de HAS. Dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) apontaram associação entre hipertensão arterial e problemas com o sono em mais da metade dos dias, tanto entre os homens e quanto entre as mulheres. ...
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Introdução: O avanço da pandemia de COVID-19 acarretou alterações no sono da população. Os distúrbios do sono têm relação com as principais alterações de saúde mental e também possuem relação com os fatores psicossociais. Objetivo: Estimar a prevalência e fatores associados às alterações na qualidade do sono em usuários acompanhados na Atenção Primária à Saúde durante a pandemia de COVID-19. Métodos: Estudo do tipo transversal, com adultos (idade >18 anos) de ambos os gêneros, acompanhados por uma unidade de saúde. Foram levantadas as informações do prontuário eletrônico da unidade e, durante a visita domiciliar (entre agosto e setembro de 2021), os dados socioeconômicos, fatores de risco, sinais vitais, variáveis antropométricas, hábitos de vida, medicações em uso, uso dos serviços de saúde, internação e consultas no último ano. A qualidade de vida foi avaliada pelo questionário SF-36 e foi usado o Índice de Qualidade do sono Pittsburgh (PSQI). Resultados: A amostra foi formada predominantemente por mulheres (82,9%) com 60,5±11,7 anos de idade, da cor branca (70,7%), com companheiro (61%) e pertencentes à classe C (65,8%). 53,7% da amostra apresentou até duas comorbidades, 87,8% apresentavam sobrepeso/obesidade e 80% faziam uso de anti-hipertensivo. A prevalência de qualidade do sono ruim foi de 87,8% (IC95% 73,1–95,0). Os achados apontam para uma relação entre má qualidade do sono com consumo de álcool, presença de ≥3 comorbidades, níveis de PAS, uso de ansiolíticos, nível de escolaridade e uso de serviços de saúde durante a pandemia. Conclusões: A alta prevalência de qualidade do sono ruim na amostra estudada sugere que determinantes sociodemográficos, presença de comorbidades e hábitos de vida devem ser considerados para minimizar os efeitos das alterações do sono na pandemia.
... Barros et al. 21 (2019) carried out a Health Survey in Campinas, São Paulo, Brazil. Their findings confirmed an association between sleep quality, sex and age group. ...
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Sleep is a fundamental biological function, and any disturbances can lead to alterations in an individual’s physical, occupational, cognitive, and social functioning. Aim: This study aimed to evaluate the quality of sleep and its association with factors such as age, sex, facial profile, and genetic polymorphisms in individuals who underwent dental treatment. Methods: The study comprised a total of 227 individuals. The “Sleep Assessment Questionnaire” was utilized to evaluate sleep quality. For the genetic assessment, oral mucosa cells were collected and markers from the COMT (rs174675, rs165656), HTR2A (rs4941573, rs6313), and FKBP5 (rs1360780, rs3800373) genes were selected for real-time PCR analysis. The data were subjected to statistical analysis with a significance level of 0.05. Results: The results showed that women had a poorer perception of sleep quality (p<0.05). There was a significant association between sleep quality and facial profile (p<0.05). Individuals with facial profiles I and II had a poorer perception of sleep quality in general and in the domains of non-restorative sleep, sleep time disturbance, and restlessness. Individuals with facial profile II had a poorer perception of sleep apnea than those with profile III (p=0.034). There was a significant association between the COMT rs174675 polymorphism and restlessness (p=0.035). Conclusion: The poorest perception of sleep quality was associated with women and individuals with facial profiles I and II. The poorest perception of restlessness was associated with COMT rs174675 polymorphism.
... When analyzing the data, we adopted a dichotomous approach to classifying sleep quality. The answers 'Satisfied' and 'Very satisfied' were classified as 'good sleep' , while 'Very dissatisfied' , 'Dissatisfied' , and 'Neither satisfied nor dissatisfied' (neutral) were classified as poor sleep' [16]. We included the "neutral" response in the "poor sleep" category, based on evidence from the literature which suggests that a neutral assessment can hide mild but clinically relevant dissatisfaction. ...
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Objective To evaluate the effects of replacing time spent in sedentary behavior (SB) with moderate to vigorous physical activity on sleep quality in young adults. Methods Multicenter cross-sectional study, carried out with students enrolled in undergraduate courses at universities in Brazil. Sleep quality was assessed using a question of the World Health Organization Quality of Life (WHOQOL-brief) and classified as good or poor sleep quality. SB was evaluated by self-reported total sitting time, and the level of leisure-time PA was classified according to the intensity of moderate-intensity physical activity (MPA) and vigorous-intensity physical activity (VPA), which were assessed using a self-reported questionnaire. An isotemporal replacement logistic model was used to evaluate the effects of different SB, MPA, and VPA sessions on sleep quality. Results A total of 8,059 study participants were evaluated, the majority had poor sleep quality (64.79%), were physically inactive (48.28%, defined as practicing < 150 min of MPA or < 75 min of VPA per week), and spent ≥ 9 h/day in SB (55.08%). The multivariate model showed an association between non-adherence to wake-based movement guidelines and poor sleep quality, where those with one altered behavior were 43% more likely to have poor sleep quality (OR:1.43;95%CI:1.27 to 1.60), while individuals with two altered behaviors were 97% more likely (OR:1.97;95%CI:1.73 to 2.24). In the isotemporal analysis, replacing MPA and VPA with equivalent time in SB increased the odds of poor sleep at all times assessed, with peaks of 56% for MPA and 68% for VPA. Conclusion The results of the present study indicate that replacing SB with the same amount of MPA or VPA may reduce poor sleep quality.
... Os ditúrbios do sono são predominantemente em indivíduos com a decomposição da saúde física ou mental . A qualidade do sono pode estar associada a questões relacionadas a interferência psicológica e todos os impactos que a mastectomia pode causar (Amaral et al., 2022;Barros et al., 2019;Rafihi-Ferreira;Soares, 2012). ...
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Introdução: O câncer de mama é a causa mais frequente de morte na população feminina, tal doença desencadeia muitos sintomas decorrentes de momentos estressantes. Seu tratamento traz consequências sociais e emocionais, dentre eles, o sono é diretamente afetado devido a todo o processo da enfermidade. Objetivo: Avaliar a qualidade do sono de mulheres mastectomizadas após o câncer de mama. Metodologia: O tipo de estudo é observacional, descritivo, analítico, de corte transversal e de caráter quantitativo. Como critérios de inclusão estão mulheres mastectomizadas pós câncer de mama na faixa etária de 18 a 59 anos. Como exclusão, mulheres com linfedema, reconstrução mamária e distúrbios cognitivo. Foram aplicados o questionário clínico e sociodemográfico e o Índice de Pittsburgh (PSQI). Resultados: Amostra de 130 participantes. A má qualidade do sono prevaleceu em mulheres na faixa etária de 41 a 50 anos, raça/cor branca, profissionalmente ativas, que praticam atividade física às vezes, realizaram a mastectomia unilateral. Se tratando do PSQI, 9,2% apontaram um sono “bom”, 46,9% sono “ruim” e 43,8% “distúrbio do sono”. E a ocorrência de distúrbio do sono é mais comum nas mulheres profissionalmente inativas. Conclusão: A escasssez de estudos na literatura foi um fator ewstritivo na presente pesquisa. Contudo, sabendo que a má qualidade do sono interfere de forma negativa na vida dessas mulheres, mais estudos na área se fazem necessário para contribuir nas intervenções com embasamento científico.
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Objective To analyze sleep quality and associated socio-demographic and lifestyle factors in participants from a city originally colonised by Germans in southern Brazil. Methods A cross-sectional population-based study of 2333 individuals aged 20 to 79 years. Data was collected by interview using a structured questionnaire. Sleep quality was assessed using the Pittsburgh Sleep Quality Index (PSQI) questionnaire. The prevalence of poor sleep quality (PSQI score five or more) was estimated and the associations with study variables were measured by crude and adjusted prevalence ratios using Poisson regression. Results participants were mostly women (50.9 %), with an average age of 43.3 years. The median total PSQI score was 4 (IQ = 3-7). The frequency of poor sleep quality was 32.7 % (95 % CI 30.7-34.4), higher in older adults (44.0 % vs 30.7 %; p<0.001) and women (40.0 % vs 25.2 %; p<0.001). Multivariate analysis showed that women (PR = 1.3; 95%CI 1.1- 1.5; p<0.001), former smokers (PR = 1.2; 95%CI 1.0-1.4; p = 0.014), current smokers (PR = 1.3; 95%CI 1.1-1.5; p = 0.006), depression (PR = 1.5; 95%CI 1.3-1.7; p<0.001), taking 5 or more medications (PR = 1.2; 95%CI 1.1-1.4; p = 0.001), self-perceived fair health (PR = 2.1; 95%CI 1.8-2.4; p<0.001) or poor/very poor health (PR = 2.6; 95%CI 2.1-3.1; p<0.001) were risk factors for poor sleep quality. Germanic culture (PR = 0.8; 95%CI 0.7-0.9; p<0.001), high school (PR = 0.8; 95%CI 0.6–1.0; p = 0.046) or elementary school (PR = 0.7; 95%CI 0.6-1.0; p = 0.025) or being at work (RP = 0.8; 95%CI 0.7-0.9; p = 0.002) were inversely associated with poor sleep quality. Conclusions Women, older adults and some clinical, social, cultural and behavioural conditions are associated with poor sleep quality.
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Background: Nutritional status remains a global issue, including in Indonesia. Nutritional status is influenced by several factors, namely food intake, sleep duration, and unbalanced physical activity, which can lead to either excessive or insufficient nutritional status. This study aims to investigate the relationship between dietary intake, sleep duration, and physical activity with the nutritional status of retail store employees in Batam City in 2023. Methods: This research is a cross-sectional analytical study with accidental sampling technique involving 60 samples. Food intake is measured using a semi-qualitative Food Frequency Questionnaire (FFQ), sleep duration is measured using a questionnaire on average weekly sleep duration, physical activity is measured using the Global Physical Activity Questionnaire (GPAQ), and nutritional status is measured using the Body Mass Index (BMI) by measuring weight and height. Data analysis using correlation gamma test. Results: The correlation gamma test results indicate a significant relationship between food intake and nutritional status with a p-value of 0.000 (p ≤ 0.05)(r=0,919). However, the relationship between sleep duration and nutritional status resulted in a p-value of 0.137 (p > 0.05)(r = -0,284), and the relationship between physical activity and nutritional status resulted in a p-value of 0.758 (p>0.05)(r = -0,067). Conclusion: There is a significant relationship between food intake and the nutritional status of retail store employees in Batam City in 2023. However, there is no significant relationship between sleep duration, physical activity, and the nutritional status of retail store employees in Batam City in 2023. Keywords: Nutritional Status, Food Intake, Sleep Duration, Physical Activity
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O estudo buscou avaliar a qualidade de sono, de vida relacionada ao sono e a autopercepção de saúde bucal de idosos com sintomas de AOS. Trata-se de estudo de abordagem quantitativa, analítica, do tipo observacional e transversal em um município do estado do Paraná. A amostragem foi por conveniência em diferentes espaços frequentados por idosos. Foram incluídos na amostra apenas idosos com sintomatologia de AOS, ou seja, pontuação maior ou igual a 3, de acordo com o instrumento de rastreamento para AOS NO-APNEIA. Após a aplicação do questionário sociodemográfico foram aplicados os demais questionários que avaliaram a (1) saúde bucal, (2) a qualidade do sono e (3) de vida relacionado ao sono. Os dados foram apresentados por meio de estatísticas descritivas e inferenciais. Foi possível observar que a população do presente estudo n=118, é predominantemente do sexo feminino, casados ou viúvos, residem com outras pessoas (familiares ou não), possuem renda média de 1,6 salários-mínimos e estão aposentados. Ao analisar a qualidade do sono, observou-se os participantes declararam uma qualidade de sono ruim (n=96) e possíveis distúrbios do sono (n=19), assim como relacionada ao sono, observou-se uma qualidade de vida relacionada ao sono ruim (n=92) ou até mesmo possíveis distúrbios do sono (n=15). Por fim, observou-se que, quando analisada a autopercepção de saúde bucal por meio do OHIP-14, os idosos apresentaram uma má saúde bucal (n=36) e péssima (n=69). Espera-se com os resultados deste estudo melhorar aspectos associados à qualidade do sono e qualidade de vida desta faixa etária.
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Background: Sleep can be affected in patients with chronic spontaneous urticaria (CSU). The mechanisms of sleep regulation remain poorly understood. Orexin-A, a neuroexcitatory peptide, plays a role in coordinating sleep-wake states. Ghrelin and leptin are involved in sleep regulation through the orexin system. Objective: The effects of orexin-A, ghrelin, and leptin on sleep quality in patients with CSU have not been investigated. We aimed to determine the effects of CSU on sleep quality and the association between serum orexin-A, ghrelin, and leptin levels, and sleep quality in patients with CSU. Methods: Thirty-three patients with CSU and 34 sex- and age-matched controls were included in the study. Serum orexin-A, leptin, and ghrelin levels, and the Pittsburgh Sleep Quality Index (PSQI) and the Epworth Sleepiness Scale (ESS) scores were measured in patients with CSU and in the controls; also used were the chronic urticaria quality-of-life questionnaire score and the urticaria activity score used for 7 consecutive days. Results: Median (minimum-maximum) orexin-A, leptin, and ghrelin levels in patients were 385 pg/mL (90-495 pg/mL), 3.1 ng/mL (0-21.2 ng/mL), and 701.8 pg/mL (101.9-827.7 pg/mL), respectively. Median serum orexin-A and leptin levels were higher in the patients compared with the controls (p < 0.001 and p = 0.012, respectively), whereas the median serum ghrelin levels were similar to the controls (p = 0.616). The serum orexin-A level was positively correlated with ghrelin (r = 0.298, p = 0.014), PSQI sleep quality (r = 0.356, p = 0.003), and ESS (r = 0.357, p = 0.003). Conclusion: Serum orexin-A is associated with sleep quality in patients with CSU. Further studies are needed to elucidate the role of ghrelin and leptin on sleep quality in patients with CSU.
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Background: Insufficient sleep duration and obstructive sleep apnea, two common causes of sleep deficiency in adults, can result in excessive sleepiness, a well-recognized cause of motor vehicle crashes, although their contribution to crash risk in the general population remains uncertain. The objective of this study was to evaluate the relation of sleep apnea, sleep duration, and excessive sleepiness to crash risk in a community-dwelling population. Methods: This was a prospective observational cohort study nested within the Sleep Heart Health Study, a community-based study of the health consequences of sleep apnea. The participants were 1745 men and 1456 women aged 40-89 years. Sleep apnea was measured by home polysomnography and questionnaires were used to assess usual sleep duration and daytime sleepiness. A follow-up questionnaire 2 years after baseline ascertained driving habits and motor vehicle crash history. Logistic regression analysis was used to examine the relation of sleep apnea and sleep duration at baseline to the occurrence of motor vehicle crashes during the year preceding the follow-up visit, adjusting for relevant covariates. The population-attributable fraction of motor vehicle crashes was estimated from the sample proportion of motor vehicle crashes and the adjusted odds ratios for motor vehicle crash within each exposure category. Results: Among 3201 evaluable participants, 222 (6.9%) reported at least one motor vehicle crash during the prior year. A higher apnea-hypopnea index (p < 0.01), fewer hours of sleep (p = 0.04), and self-reported excessive sleepiness (p < 0.01) were each significantly associated with crash risk. Severe sleep apnea was associated with a 123% increased crash risk, compared to no sleep apnea. Sleeping 6 hours per night was associated with a 33% increased crash risk, compared to sleeping 7 or 8 hours per night. These associations were present even in those who did not report excessive sleepiness. The population-attributable fraction of motor vehicle crashes was 10% due to sleep apnea and 9% due to sleep duration less than 7 hours. Conclusions: Sleep deficiency due to either sleep apnea or insufficient sleep duration is strongly associated with motor vehicle crashes in the general population, independent of self-reported excessive sleepiness.
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Background: empirical evidence from high-income countries suggests that self-rated health (SRH) is useful as a brief and simple outcome measure in public health research. However, in many low- and middle-income countries (LMIC) there is a lack of evaluation and the cross-cultural validity of SRH remains largely untested. This study aims to explore the prevalence of SRH and its association with mortality in older adults in LMIC in order to cross-culturally validate the construct of SRH. Methods: population-based cohort studies including 16,940 persons aged ≥65 years in China, India, Cuba, Dominican Republic, Peru, Venezuela, Mexico and Puerto Rico in 2003. SRH was assessed by asking 'how do you rate your overall health in the past 30 days' with responses ranging from excellent to poor. Covariates included socio-demographic characteristics, use of health services and health factors. Mortality was ascertained through a screening of all respondents until 2007. Results: the prevalence of good SRH was higher in urban compared to rural sites, except in China. Men reported higher SRH than women, and depression had the largest negative impact on SRH in all sites. Without adjustment, those with poor SRH showed a 142% increase risk of dying within 4 years compared to those with moderate SRH. After adjusting for all covariates, those with poor SRH still showed a 43% increased risk. Conclusion: our findings support the use of SRH as a simple measure in survey settings to identify vulnerable groups and evaluate health interventions in resource-scares settings.
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Objective: Sleep quality has a significant impact on health and quality of life and is affected, among other factors, by age and sex. However, the prevalence of problems in this area in the general population is not well known. Therefore, our objective was to study the prevalence and main characteristics of sleep quality in an adult population sample. Methods: 2,144 subjects aged between 43 and 71 years belonging to the Murcia (Spain) Twin Registry. Sleep quality was measured by self-report through the Pittsburgh Sleep Quality Index (PSQI). Logistic regression models were used to analyse the results. Results: The prevalence of poor sleep quality stands at 38.2%. Univariate logistic regression analyses showed that women were almost twice as likely as men (OR: 1.88; 95% confidence interval [95%CI]: 1.54 to 2.28) to have poor quality of sleep. Age was directly and significantly associated with a low quality of sleep (OR: 1.05; 95%CI: 1.03 to 1.06). Conclusions: The prevalence of poor sleep quality is high among adults, especially women. There is a direct relationship between age and deterioration in the quality of sleep. This relationship also appears to be more consistent in women.
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Objective: The prevalence of poor sleep quality in men and women ≥ 40 years old from the VIGICARDIO Study was determined, and sociodemographic, health, lifestyle and social capital factors associated with poor sleep quality were identified. Methods: A population-based study conducted in 2011 among 1,058 non-institutionalised individuals randomly selected from Cambé, Paraná State, Brazil. Logistic regression was used to evaluate the association between sleep quality and sociodemographic, health, lifestyle and social capital factors in men and women. Results: The prevalence of poor sleep quality was 34% in men and 44% in women. Having bad/regular self-rated health status was a factor associated with poor sleep quality in men (OR: 1.79; 95% CI: 1.17-2.72) and women (OR: 2.43; 95% CI: 1.68-3.53). Being obese (OR: 1.67; 95% CI: 1.13-2.46), having depression (OR: 2.09; 95% CI: 1.41-3.13) and presenting temporal orientation difficulties (OR: 1.95; 95% CI: 1.08-3.52) were associated factors in women. Difficulty to understand what is explained (OR: 2.18; 95% CI: 1.16-4.09) and alcohol abuse (OR: 1.85; 95% CI: 1.21-2.83) were associated factors in men. Conclusion: Factors affecting sleep quality are different for men and for women. These factors should be taken into consideration when devising activities that promote good sleep quality, with a view to improving their effectiveness.
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Objectives It appears that not only depression, but also low life satisfaction (LS), is related to sleep disorder in the general population. We evaluate whether the prevalence of sleep disorder attributable to depressed mood is greater among participants with low LS. Setting, participants and outcome measures Analysis of cross-sectional data from 3880 cohort members from the German Heinz Nixdorf Recall study (2006–2008) aged 51–81 years. Standard mood (Center for Epidemiological Studies Depression scale (CES-D) for Depressive symptoms and a single-item life satisfaction measure) and sleep quality (Pittsburgh Sleep Quality Index, PSQI) measures were conducted as part of the survey. Multiple imputation was used to deal with missing data in outcome, exposures or covariates. Relative excess risk for interaction (RERI) and its 95% CIs were estimated using adjusted prevalence ORs. Owing to the study size, the precision of the measures of additive interaction is relatively low. Results We observed an association between depressed mood (5-units increase in CES-D score) (POR=1.7 (95% CI 1.6 to 1.8)) and sleep disorder, and between low LS (not very satisfied vs very satisfied) (POR=1.5 (1.1 to 2.2)) and sleep disorder. Also, we observed a synergistic effect between lower level of LS (not very satisfied) and depressed mood (score ≥16) on prevalence of sleep disorders (RERI=3.7 (−0.2 to 7.1)). Furthermore, these findings were corroborated in sensitivity analysis carried out with the complete case data set and in sex-specific analyses (RERI=5.5 (−0.4 to 11.3), and RERI=2.4 (−2.5 to 7.4) for men and women, respectively). Conclusions Both depressed mood and LS are notably associated with sleep quality, and these relationships are best captured by considering their joint effects. Depression and LS need to be taken into consideration when analysing sleep quality.
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Sleep quality is an important aspect of sleep, but no meta-analysis has elucidated its relationship with blood pressure (BP) and hypertension. A meta-analysis was conducted in October 2016 using multiple databases, including Embase and Medline. Studies that assessed subjective sleep quality and BP or hypertension were included. Upon full-text evaluation, 29 articles from 45 041 patients were selected, of which 22 articles were included in the meta-analysis and seven were presented narratively. Poor sleep quality was significantly associated with a greater likelihood of hypertension (odds ratio, 1.48; P value = .01). Poor sleepers had higher average systolic BP (mean difference = 4.37, P value = .09) and diastolic BP (mean difference = 1.25, P value = .32) than normal sleepers without statistical significance. Patients with hypertension had significantly worse sleep quality scores (mean difference = 1.51, P value < .01), while BP dippers had significantly better scores (mean difference = −1.67, P value < .01). The findings highlight the relationship between sleep quality and hypertension.
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Objective: To determine the prevalence of sleep conditions (obstructive sleep apnea [OSA], insomnia symptoms, simple snoring, and restless legs) and their associated burden of chronic conditions in a community sample. Design: Cross-sectional national adult online survey. Setting: Community-based sample. Participants: Australian adults ≥18 years, N = 1011. Measurements: A cross-sectional national online survey assessed diagnosed OSA, OSA symptoms, insomnia symptoms, sleep problems, excessive daytime sleepiness (Epworth Sleepiness Scale ≥11), and physician-diagnosed health conditions (heart disease, diabetes, hypertension, reflux disease, lung disease, depression, anxiety/panic disorder, arthritis). Possible undiagnosed OSA was estimated using self-reported frequent loud snoring and witness apneas. International Criteria for Sleep Disorders-3 criteria identified insomnia symptoms. Logistic regression models adjusted for age, sex, obesity, and smoking determined correlates of sleep disorders. Results: Comorbid sleep conditions were common, with 56% of participants demonstrating ≥1 condition. Reporting ≥1 mental health condition (depression and/or anxiety) was independently associated with diagnosed OSA (odds ratio [95% confidence interval {CI}]: 6.6 [3.2-13.6]), undiagnosed OSA (3.2 [1.8-5.8]), simple snoring (2.4 [1.2-4.5]), insomnia symptoms (4.3 [2.5-7.3]), and restless legs (1.9 [1.2-3.1]). Diagnosed OSA was significantly associated with ≥1 cardiometabolic condition (2.9 [1.4-6.0]) and arthritis (3.6 [1.8-7.2]). ESS ≥11 was associated with diagnosed (3.1 [1.4-6.8]) and undiagnosed OSA (6.2 [3.4-11.4]), insomnia symptoms (2.6 [1.4-4.9]), and restless legs (2.3 [1.4-4.0]), and these sleep conditions were also significantly associated with ≥2 diagnosed medical problems. Conclusion: Strategies to facilitate the diagnosis and management of often comorbid sleep disorders in primary care are required to reduce the significant sleep-related disparities in cardiometabolic and mental health.
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Background Sleep complaints are highly prevalent and associated with cardiovascular disease (CVD) morbidity and mortality. This is the first prospective study to report the association between commonly reported sleep symptoms and the development of the metabolic syndrome, a key CVD risk factor. Methods Participants were from the community-based Heart Strategies Concentrating on Risk Evaluation study. The sample was comprised of 812 participants (36% African American; 67% female) who were free of metabolic syndrome at baseline, had completed a baseline sleep questionnaire, and had metabolic syndrome evaluated 3 years after baseline. Apnea-hypopnea index (AHI) was measured cross-sectionally using a portable monitor in a subset of 290 participants. Logistic regression examined the risk of developing metabolic syndrome and its components according to individual sleep symptoms and insomnia syndrome. Results Specific symptoms of insomnia (difficulty falling asleep [DFA] and “unrefreshing” sleep), but not a syndromal definition of insomnia, were significant predictors of the development of metabolic syndrome. Loud snoring more than doubled the risk of developing the metabolic syndrome and also predicted specific metabolic abnormalities (hyperglycemia and low high-density lipoprotein cholesterol). With further adjustment for AHI or the number of metabolic abnormalities at baseline, loud snoring remained a significant predictor of metabolic syndrome, whereas DFA and unrefreshing sleep were reduced to marginal significance. Conclusion Difficulty falling asleep, unrefreshing sleep, and, particularly, loud snoring, predicted the development of metabolic syndrome in community adults. Evaluating sleep symptoms can help identify individuals at risk for developing metabolic syndrome.
Book
Clinical practice related to sleep problems and sleep disorders has been expanding rapidly in the last few years, but scientific research is not keeping pace. Sleep apnea, insomnia, and restless legs syndrome are three examples of very common disorders for which we have little biological information. This new book cuts across a variety of medical disciplines such as neurology, pulmonology, pediatrics, internal medicine, psychiatry, psychology, otolaryngology, and nursing, as well as other medical practices with an interest in the management of sleep pathology. This area of research is not limited to very young and old patients-sleep disorders reach across all ages and ethnicities. Sleep Disorders and Sleep Deprivation presents a structured analysis that explores the following: Improving awareness among the general public and health care professionals. Increasing investment in interdisciplinary somnology and sleep medicine research training and mentoring activities. Validating and developing new and existing technologies for diagnosis and treatment. This book will be of interest to those looking to learn more about the enormous public health burden of sleep disorders and sleep deprivation and the strikingly limited capacity of the health care enterprise to identify and treat the majority of individuals suffering from sleep problems. © 2006 by the National Academy of Sciences. All rights reserved.
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Purpose: Despite the perceived importance of sleep for athletes, little is known regarding athlete sleep quality, their prevalence of daytime sleepiness or risk factors for obstructive sleep apnoea (OSA) such as snoring and witnessed apnoeic episodes. The purpose of the present study was to characterise normative sleep quality among highly trained team sport athletes. Methodology: 175 elite or highly trained rugby sevens, rugby union and cricket athletes completed the Pittsburgh Sleep Quality Index (PSQI), Epworth Sleepiness Score (ESS) and Quality of Life questionnaires and an OSA risk factor screen. Results: On average, athletes reported 7.9 ± 1.3 h of sleep per night. The average PSQI score was 5.9 ± 2.6, and 50% of athletes were found to be poor sleepers (PSQI > 5). Daytime sleepiness was prevalent throughout the population (average global score of 8.5) and clinically significant (ESS score of ≥10) in 28% of athletes. OSA may be an important clinical consideration within athletic populations, as a considerable number of athletes (38%) defined themselves as snorers and 8% reported having a witnessed apnoeic episode. The relationship between self-rated sleep quality and actual PSQI score was strong (Pearson correlation of 0.4 ± 0.1, 90% confidence limits). Conclusion: These findings suggest that this cohort of team sport athletes suffer a preponderance of poor sleep quality, with associated high levels of daytime sleepiness. Athletes should receive education about how to improve sleep wake schedules, extend total sleep time and improve sleep quality.