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Nativa, Sinop, v. 7, n. 5, p. 478-483, set./out. 2019.
Pesquisas Agrárias e Ambientais
DOI: http://dx.doi.org/10.31413/nativa.v7i5.7455
http://www.ufmt.br/nativa
ISSN: 2318-7670
Características produtivas e morfológicas de frutos de tomate em resposta a sistemas de raleio
Tiago Aparecido PARCA
1
, Everton Geraldo de MORAIS
2*
, Henrique José Guimarães Moreira MALUF
2
,
Luciano Donizete GONÇALVES
1
, Diorge Maykon de OLIVEIRA
1
, Willian Douglas DUARTE
1
1
Departamento de Ciências Agrárias, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais, Bambuí, MG, Brasil.
2
Departamento de Ciência do Solo, Universidade Federal de Lavras, Lavras, MG, Brasil.
E-mail: evertonmoraislp@yahoo.com.br
Recebido em outubro/2018; Aceito em abril/2019.
RESUMO:
O objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito de técnicas de raleio na produção e em
características morfológicas de frutos de tomate. O tomateiro foi submetido a seis diferentes técnicas de raleio
de frutos, com condução de diferentes números de racemos por planta. Ao final do experimento, após a colheita,
foi avaliado o diâmetro médio longitudinal (DLM) e transversal (DTM) dos frutos, número de frutos por planta
(NF), peso médio de frutos (PMF), produção total por planta (Prod T), produção de frutos grande (Prod G), médio
(Prod M) e pequeno (Prod P), e a frequência relativa de cada classe de diâmetro. A técnica de raleio que consistiu
na condução de plantas com 7 racemos, com 6 frutos por racemo
até o 4° racemo e acima deste, 4 frutos por
racemo
(R3) aumentou a Prod G, a frequência relativa da classe grande, a Prod T, DTM, DLM e PMF. Técnicas
de raleio que resultaram em maior NF reduziram a qualidade morfológica dos frutos, bem como a condução de
plantas com menos de sete racemos reduziu a produção de tomates. A adoção da técnica R3 no tomateiro reuni
alta produção de frutos por planta com aumento da qualidade morfológica do fruto.
Palavras-chave:
Solanum lycopersicum L.; desbaste de frutos; qualidade de tomates; classes de diâmetro de
frutos; relação fonte:dreno.
Productive and morphological features of tomato fruits in response to thinning systems
ABSTRACT:
The aim of this work was to evaluate the effect of thinning techniques on the production and
morphological features of tomato fruits. Tomato plants were submitted to six different thinning practices, with
different numbers of racemes per plant. At the end of the experiment, the mean longitudinal diameter (MLD) and
transverse diameter (MTD) of fruits, number of fruits per plant (NF), average fruit weight (AFW), total
production per plant (T Prod), production of fruits large (Prod L), middle (Prod M) and small (Prod S), and the
relative frequency of each diameter class. The thinning technique, which consisted in the conduction of plants
with 7 racemes, with 6 fruits per raceme up to the 4
th
raceme and above this, 4 fruits per raceme (R3) increased
the Prod L, the relative frequency of the large class, T Prod, MLD, MTD, and AFW. Thinning techniques that
provide greater NF reduced the morphological quality of fruits, as well as the conduction of plants with less than
seven racemes decreased tomato production. Adoption of the R3 technique in the tomato plants bring together
high fruit production with an increase in the fruit morphological quality.
Keywords:
Solanum lycopersicum L.; fruit pruning; tomato quality; fruit diameter classes; source:sink ratio.
1. INTRODUÇÃO
A cultura do tomateiro é de grande importância econômica,
em que diversos fatores, como condições edafoclimáticas e
manejo cultural, influenciam a produção e a qualidade de seus
frutos, bem como a rentabilidade dos produtores (BECKLES,
2012; MATOS et al., 2012; SCHMIDT et al., 2018; SILVA et
al., 2017). Uma das maneiras de agregar valor a essa cultura
no mercado é produzir frutos de maior tamanho. Tomates com
maiores dimensões propiciam incremento do peso médio,
favorece a comercialização para o consumo in natura e alcança
preços mais elevados (GUIMARÃES et al., 2008). Esse
tamanho magnificado dos frutos para a comercialização de
tomate do grupo Santa Cruz é baseado, especialmente, pelo
aumento no diâmetro transversal do fruto, até 100 mm, valor-
limite estabelecido pelo mercado (MONTE et al., 2013).
Desse modo, práticas que favoreçam o crescimento e
melhoria das características morfológicas do fruto devem ser
almejadas, como o raleio de frutos, cuja técnica atende tal
objetivo, sendo de fácil execução (SOWLEY; DAMBA,
2013). O raleio consiste na retirada do excesso de frutos de
menor potencial comercial, o que diminui a competição entre
fotoassimilados e favorece a qualidade dos frutos
remanescentes (ABDEL-RAZZAK et al., 2016; MAX et al.,
2016; PENGFEI et al., 2017; RODRÍGUEZ-MENDOZA et
al., 2015; SHIRAHIGE et al., 2010). O raleio contribui
também para maior penetração da radiação solar no dossel da
planta, o que aumenta a assimilação líquida de fotoassimilados
e, consequentemente, melhora a qualidade dos frutos de
tomate (GUIMARÃES et al., 2008; MATSUDA et al., 2011;
MAX et al., 2016)
O tomateiro pode ser dividido em unidades fisiológicas,
caracterizadas como fonte e dreno. As folhas são consideradas
fonte de fotoassimilados, sintetizados a partir da fotossíntese,
enquanto os frutos são órgãos de reserva da planta, definidos
como dreno desses compostos orgânicos (ENGELS et al.,
2012). Dessa forma, grande parte dos fotoassimilados
Parca et al.
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sintetizados nas folhas são preferencialmente translocados
para os frutos (DUARTE; PEIL, 2010; MATSUDA et al.,
2011; SHIRAHIGE et al., 2010). O raleio influência essa
relação fonte/dreno do tomateiro, o que modifica a qualidade
e as características morfológicas dos frutos remanescentes
desse manejo (BECKLES, 2012; MABOKO et al., 2017;
MATSUDA et al., 2011; SHIRAHIGE et al., 2010; SOWLEY;
DAMBA, 2013). Assim, busca-se um equilíbrio entre o
aumento da produção de frutos grandes e a manutenção da
produtividade, cujo equilíbrio pode ser alcançado pelo tipo
certo de raleio empregado (MAX et al., 2016; PENGFEI et al.,
2017).
O raleio pode aumentar o tamanho dos frutos de tomate em
até 20% (SHIRAHIGE et al., 2010), contudo, poucos trabalhos
relacionam esse efeito da produção do tomate em classes de
diâmetro, avaliando somente a produção total do tomateiro
(GUIMARÃES et al., 2008). Nesse aspecto, há carência de
trabalhos que avaliam a quantidade de frutos remanescentes e
sua qualidade morfológica, de forma a estabelecer técnicas de
raleio que conciliem a manutenção da produtividade com
aumento no tamanho dos frutos (AZEVEDO et al., 2010;
BECKLES, 2012; HESAMI et al., 2012; MABOKO et al.,
2011; MATSUDA et al., 2011; PENGFEI et al., 2017;
SOWLEY; DAMBA, 2013). Essas avaliações são importantes
para estabelecer uma prática de raleio adequada para o
tomateiro.
Embora essa prática seja recomendada, muitas vezes não é
adotada por receio em queda de produção de tomates. Desse
modo, a principal hipótese desse estudo é que pelo menos uma
técnica de raleio aumente o tamanho e a classe de diâmetro de
frutos, sem reduzir a produção total do tomateiro. Para isso, o
objetivo do estudo foi avaliar o peso dos frutos, seus diâmetros
transversal e longitudinal, o número de tomates produzidos por
planta, a produção total e as classes comerciais de diâmetro de
frutos submetidos a diferentes técnicas de condução e raleio.
2. MATERIAL E MÉTODOS
O estudo foi conduzido no Instituto Federal Minas Gerais,
campus Bambuí, localizado nas coordenadas 20° 02'17" S e
46°00'32" O, município de Bambuí, Centro Oeste do estado de
Minas Gerais. O clima da região é subtropical de inverno seco,
segundo a classificação de Koppen. O local do estudo
apresenta altitude de 706 m, temperatura média anual de 21,3
ºC e precipitação de 1.369 mm.
O experimento foi constituído por seis tratamentos,
referente a diferentes técnicas de condução e raleio nos frutos
de tomate, sendo: plantas conduzidas sem raleio (R1); plantas
conduzidas com 7 racemos, sendo que até o 4° racemo sem
raleio e acima deste, mantendo 4 frutos por racemo (R2);
plantas conduzidas com 7 racemos, com 6 frutos até o 4°
racemo e acima deste, com 4 frutos (R3); plantas conduzidas
com 5 racemos, sem raleio dos frutos (R4); plantas conduzidas
com 5 racemos, sendo que até o 4° racemo sem raleio e acima
deste, mantendo 4 frutos (R5); plantas conduzidas com 5
racemos, com 6 frutos até o 4° racemo, e acima deste com 4
frutos (R6) (Figura 1). Utilizou-se delineamento em blocos
casualizados, com quatro repetições. A parcela experimental
foi constituída por cinco plantas de tomate, em que apenas as
três centrais foram avaliadas, o que definiu a parcela útil.
As plantas de tomate foram cultivadas em estufa com
abertura lateral, sob espaçamento de 1,0 x 0,6 m, conduzidas
com uma haste por planta e tutoradas verticalmente por meio
de fitilhos ligados à estrutura fixa da estufa. A irrigação foi
realizada por gotejamento, com mangueiras de diâmetro de ½
polegada, gotejadores espaçados de 0,6 m e vazão por
gotejador de 1,5 L hora
-1
.
Figura 1. Esquema das técnicas de raleio estudadas na planta de
tomate (R1, R2, R3, R4, R5 e R6). SR: frutos sem raleio no racemo;
4F: quatro frutos por racemo; 6F: seis frutos por racemo.
Figure 1. Scheme of the thinning techniques studied in tomato plant
(R1, R2, R3, R4, R5, and R6). SR: non-fruit thinning in raceme; 4F:
four fruits in raceme; 6F: six fruits in raceme.
O solo cultivado com o tomateiro foi classificado como
Latossolo Vermelho distroférrico típico de textura argilosa,
com os seguintes atributos químicos da camada de 0 a 20 cm:
pH em H
2
O de 7,3; P disponível (Mehlich-1) de 965 mg dm
-3
;
K disponível de 540 mg dm
-3
; Ca
2+
, Mg
2+
e Al
3+
trocáveis de
11,2, 1,3 e 0,0 cmol
c
dm
-3
, respectivamente; CTC a pH 7 de
15,2 cmol
c
dm
-3
; saturação por bases de 91,7%; matéria
orgânica de 26,8 g kg
-1
; P-rem de 28,0 mg L
-1
; Zn, Mn, Cu, B
e S disponíveis de 35,1, 94,7, 8,5, 1,1 e 63,4 mg dm
-3
,
respectivamente. Na camada de 20 a 40 cm, verificou-se: pH
em H
2
O de 7,4; P disponível (Mehlich-1) de 1.263 mg dm
-3
; K
disponível de 550 mg dm
-3
; Ca
2+
, Mg
2+
e Al
3+
de 11,5, 1,4 e
0,0 cmol
c
dm
-3
, respectivamente; CTC a pH 7 de 15,5 cmol
c
dm
-3
; saturação por bases de 91,9%; matéria orgânica de 26,1
g kg
-1
; e P-rem de 26,3 mg L
-1
. Dessa forma, não houve
necessidade de correção da acidez do solo cultivado e, a
adubação foi realizada de acordo com as recomendações
propostas por Filgueira et al. (1999) para a cultura do
tomateiro.
As mudas de tomate, híbrido Cienaga grupo Santa Cruz,
foram produzidas em bandejas de poliestireno expandido com
128 células, utilizando substrato comercial a base de fibra de
coco. O transplante das mudas para a área de cultivo foi
realizado quando as plantas apresentaram o estádio de quatro
folhas definitivas.
Durante o cultivo não houve necessidade de controle
fitossanitário, uma vez que não se observou incidência de
pragas e, ou de doenças a níveis que justificassem o controle.
A desbrota dos ramos ladrões das plantas e as capinas foram
realizadas manualmente ao longo do cultivo. A prática de
amontoa foi realizada após o transplante, quando as plantas
apresentavam 30 cm de altura. As diferentes técnicas de raleio
empregadas no estudo foram realizadas logo após o início da
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frutificação. Por fim, a colheita dos frutos de tomate se iniciou
aos 90 dias do transplante, realizada semanalmente até o fim
do ciclo da cultura, de acordo com a maturação dos frutos.
Após a colheita, os frutos de cada planta foram contados,
a fim de determinar o número de frutos por planta (NF) e
mensurados os diâmetros transversal (DTM) e longitudinal
(DLM) com uso de paquímetro digital. Com o diâmetro
transversal, os frutos foram separados em classes, de acordo
com a classificação oficial disposta na norma de identidade,
qualidade, acondicionamento, embalagem e apresentação do
tomate do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (MAPA, 1995). Esta normativa classifica o
fruto do tomateiro, como Grande (diâmetro transversal maior
que 60 mm), Médio (maior que 50 mm e menor ou igual a 60
mm) e Pequeno (maior que 40 mm e menor ou igual a 50 mm).
Após a separação por classe de diâmetro, os frutos foram
pesados com o uso de balança analítica digital, com precisão
de duas casas decimais, a fim de determinar o peso médio dos
frutos (PMF), dividindo a produção total por planta pela
quantidade de frutos produzido. Além disso, foi determinado
a frequência relativa de cada classe de diâmetro (FCD), por
meio da relação entre produção de cada classe e produção total
por planta (Equação 1).
FCD (%) = (PCD ÷ Prod T) x 100 (Eq. 1)
em que: PCD é a produção de frutos de tomate em determinada classe
de diâmetro, em kg planta
-1
; e Prod T é a produção total de tomate,
em kg planta
-1
.
Os dados coletados foram submetidos à análise de
variância e quando significativo pelo teste F (p<0,05), as
médias de cada tratamento foram agrupadas pelo teste Scott-
Knott (p<0,05), utilizando o pacote Exp.Des.pt 1.1.2
(FERREIRA et al., 2013), instalado no programa R (R CORE
TEAM, 2018). A análise de componentes principais também
foi realizada, a fim de verificar a relação múltipla e linear entre
as variáveis avaliadas e os tratamentos, por meio do pacote
vegan 2.4-3 (OKSANEN, 2017) do programa R (R CORE
TEAM, 2018).
3. RESULTADOS
A condução das plantas, com 6 frutos por racemo até o 4º
racemo e acima deste, mantendo 4 frutos por racemo, seja com
condução de 7 racemos por planta
(R3) ou 5 racemos por
planta
(R6), aumentou o diâmetro transversal médio (DTM),
longitudinal (DLM) e o peso médio dos frutos (PMF) em torno
de 10,1, 9,6, e 31,7%, respectivamente, em relação ao cultivo
sem raleio (R1) (Figura 2). Entretanto, as técnicas de raleio R3
e R6 reduziram em média o número de frutos por planta (NF)
em 31,9%. A técnica de condução com 5 racemos, sem raleio
até o 4° racemo e acima deste, mantendo 4 frutos por racemo
(R5) incrementou o DTM e o DLM, mas não alterou o PMF
quando comparado ao R1.
As técnicas de raleio R1 e R2 contribuíram para o aumento
do NF, apresentando na média das duas técnicas 33 frutos por
planta (Figura 2), o que está relacionado ao próprio manejo
que favorece maior quantidade de frutos em relação aos
demais tratamentos. De acordo com os atributos avaliados, foi
observado que o aumento do PMF pela técnica R6 está
relacionado à redução do NF. Esse efeito também foi
verificado no uso da técnica R3.
Quando adotou R1, a produção de frutos da classe de
diâmetro grande (Prod G) foi reduzida. Essa redução também
foi observada em plantas conduzidas com 5 racemos (R4)
(Figura 3A). As técnicas de raleio R2, R3, R5 e R6
aumentaram a Prod G em 0,5 vezes em relação à média de R1
e R4. A produção de frutos médio (Prod M) e pequeno (Prod
P) foi maior quando se utilizou os manejos R1, R2 e R4, com
aumentos na ordem de 0,9 e 3,8 vezes, respectivamente para
Prod M e Prod P em relação à média de R3, R5 e R6. Com o
somatório da produção em classes de diâmetro, verificou-se
que o cultivo de plantas com 5 racemos (R4, R5 e R6) diminuiu
a produção total de frutos por planta (Prod T),
aproximadamente em 0,9 kg planta
-1
, em relação as demais
técnicas estudadas.
Figura 2. Diâmetro transversal médio dos frutos (DTM), longitudinal
(DLM), número de frutos por planta (NF), peso médio dos frutos
(PMF) de tomate em função de diferentes técnicas de raleio (R1, R2,
R3, R4, R5 e R6). Barras seguidas de letras iguais, se agrupam pelo
teste Scott-Knott (p<0,05).
Figure 2. Mean transversal diameter of fruits (MTD), longitudinal
(MLD), number of fruits per plant (NF), average weight of fruits
(AWF) as a function of different thinning techniques (R1, R2, R3 R4,
R5, and R6). Bars followed by equal letters are grouped by the Scott-
Knot test (p<0.05).
Figura 3. Produção de tomate por planta de acordo com a classe de
diâmetro (A) e frequência relativa de cada classe de diâmetro de
acordo com a produção total (Freq. Classe. Diâm.) (B) em função de
diferentes técnicas de raleio (R1, R2, R3, R4, R5 e R6). G: Classe de
diâmetro grande; M: Classe de diâmetro médio; P: classe de diâmetro
pequeno. Barras seguidas de letras iguais na mesma classe de
diâmetro, se agrupam pelo teste Scott-Knott (p<0,05).
Figure 3. Production of tomato per plant according to diameter class
(A) and relative frequency of each diameter class according to total
production (Freq. Classe Diam.) (B) as a function of different
thinning techniques (R1, R2, R3, R4, R5, and R6). G: Large diameter
class; M: Middle diameter class; P: small diameter class. Bars
Parca et al.
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followed by equal letters in the same diameter class are grouped by
the Scott-Knott test (p <0.05).
Embora o manejo R6 tenha reduzido o NF (Figura 2) e a
Prod T (Figura 3A), essa técnica contribuiu para o aumento da
frequência relativa de frutos grande (FFG), com 86,2%,
portanto, maior do que as outras técnicas de raleio (Figura 3B).
Apesar da maior FFG pela técnica R6, a Prod G não se
diferenciou do R3, que apresentou maior Prod T do que R6.
Nas técnicas R1, R2 e R4 foi observado os menores valores de
FFG, porém as frequências relativas de frutos médios (FFM) e
pequenos (FFP) foram maiores do que R3, R5 e R6 (Figura
3B). R1, R2 e R4, apresentaram FFM e FFP de 39,4% e 8,8%,
correspondente a um incremento de 0,2 e 1,9 vezes em relação
aos demais raleios.
A análise de componentes principais foi capaz de sintetizar
os efeitos observados, apresentando, de forma multivariada, os
reflexos do raleio na produção e na qualidade morfológica de
frutos de tomate (Figura 4). Nessa análise, verificou-se que as
variáveis PMF, DTM, DLM e FFG foram inversamente
relacionadas com o NF. Isso demonstra que o aumento em
peso e tamanho dos frutos de tomate é favorecido pela redução
da quantidade de frutos por planta. A Prod T foi influenciada
pelo equilíbrio entre NF e Prod G, uma vez que essas variáveis
apresentaram vetores opostos e mais próximos à Prod T. Com
isso, observou-se a formação de dois grupos de respostas ao
uso do raleio: o primeiro grupo, constituído pelas técnicas R3,
R5 e R6, contribui para frutos mais pesados e de melhor
qualidade morfológica; e o segundo grupo, formado pelas
técnicas R1, R2 e R4, que favorece maior número de frutos,
mas de menor tamanho e peso.
Figura 4. Análise de componentes principais (ACP) para as variáveis
respostas, número de frutos por planta (NF), produção de frutos total
(Prod T), na classe grande (Prod G), médio (Prod M) e pequeno (Prod
P), peso médio dos frutos (PMF), diâmetro transversal médio (DTM),
diâmetro longitudinal médio (DLM) e frequência de frutos na classe
grande (FFG), classe médio (FFM), classe pequeno (FFP), e técnicas
de raleio: R1, R2, R3, R4, R5 e R6.
Figure 4. Principal component analysis (PCA) for the variables
responses, number of fruits per plant (NF), total fruit production (Prod
T), in the large class (Prod L), middle (Prod M) and small (Prod S),
average weight of fruits (AWF), mean transversal diameter (MTD),
mean longitudinal diameter (MLD) and fruit frequency in the large
class (FFL), middle class (FFM) and small class (FFS). The studied
thinning techniques: R1, R2, R3, R4, R5, and R6.
4. DISCUSSÃO
Os resultados encontrados no presente estudo mostram o
potencial de resposta ao raleio do tomateiro do grupo Santa
Cruz (Figura 2, 3 e 4), modificando os parâmetros
morfológicos relacionados a qualidade dos frutos. A qualidade
dos tomates colhidos é baseada em suas características
químicas, bioquímicas e morfológicas, e o incremento dessas
variáveis geram frutos com maior valor agregado
(GUIMARÃES et al., 2008; MATOS et al., 2012). O raleio de
frutos é uma técnica de fácil execução e quando empregadas
corretamente, aumentam a qualidade morfológica dos frutos
de tomate (AZEVEDO et al., 2010; MANTUR; PATIL, 2008;
PENGFEI et al., 2017; SHIRAHIGE et al., 2010).
O raleio aumenta a quantidade de radiação interceptada
pela planta e modifica a sua relação fonte/dreno, reduzindo a
competição por fotoassimilados entre frutos (BECKLES,
2012; LINS et al., 2013; MAX et al., 2016). A magnitude da
variação na relação fonte/dreno também é dependente da
cultivar e do grupo de tomate estudado (BECKLES, 2012). Li
et al. (2015) verificaram essa dependência genotípica do
tomateiro na relação fonte/dreno, que influencia linearmente o
teor de carboidratos nas folhas e o tamanho dos frutos.
As técnicas de raleio adotadas no presente estudo alteraram
a Prod G e as características morfológicas dos frutos (DLM,
DTM e PMF) (Figura 1, 2 e 3). Essa mudança na qualidade
morfológica do tomate está relacionada à natureza dos frutos,
em que são considerados drenos metabólicos de alta exigência.
A redução do número de frutos na planta modifica a relação
fonte/dreno e o tamanho e peso dos frutos produzidos;
contudo, esse efeito pode ser similar para diferentes técnicas
de raleio (BECKLES, 2012; DUARTE; PEIL, 2010; LINS et
al., 2013; MATSUDA et al., 2011; SHIRAHIGE et al., 2010),
como observado entre R3 e R6 (Figura 2, 3 e 4).
Além do raleio, outras técnicas podem ser utilizadas para
aumentar a qualidade morfológica de frutos de tomate, como
o uso de ácido giberélico (GA
3
). Ayub; Rezende (2010)
estudaram a aplicação de doses de GA
3
no tomate e
verificaram aumentos no DTM, DLM e PMF na ordem de 6,6,
6,5 e 16,3%, respectivamente, em relação ao tratamento sem
GA
3
. Entretanto, foi observado no presente trabalho que o uso
da técnica certa de raleio pode contribuir ainda mais para os
atributos morfológicos do fruto, uma vez que o R3 e R6
favoreceram aumento médio de 10,1, 9,6, e 31,7%,
respectivamente, para DTM, DLM e PMF em relação ao
cultivo sem raleio. Além disso, destaca-se que aplicação de
GA
3
apresenta algumas desvantagens, como maior custo e
necessidade de mão de obra mais qualificada; já o raleio possui
menor custo, maior facilidade de execução e ausência da
dependência de insumos, tendo maior aceitação pelos
produtores (MABOKO et al., 2011; MANTUR; PATIL, 2008;
SHIRAHIGE et al., 2010).
O efeito positivo do raleio na melhoria da qualidade e
produção de frutos de tomate, foi verificado por Shirahige et
al. (2010). Esses autores conduziram plantas de tomate do
grupo Santa Cruz com 8 racemos, mantendo 6 frutos por
racemo, e observaram incrementos médios de 5,4, 4,3, 5,5, e
5,9%, respectivamente, para a produtividade comercial, PMF,
DTM e DLM. Mantur; Patil (2008) também relataram a
importância do raleio para o aumento das características
produtivas e morfológicas do tomate, porém sem especificar a
quantidade de frutos remanescentes após o raleio.
Guimarães et al. (2008) mostraram que o aumento da
qualidade dos frutos pelo raleio depende de como essa prática
Características produtivas e morfológicas de frutos de tomate em resposta a sistemas de raleio
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é efetuada e que determinadas técnicas de raleio podem não
apresentar o efeito esperado na produção e na qualidade
morfológica do fruto. Isso foi verificado no presente trabalho,
por meio da adoção das práticas R2 e R4 (Figura 2 e 3). No
estudo desenvolvido por Guimarães et al. (2008) não foi
verificado diferenças no teor de sólidos solúveis (TSS) e totais
(TST) no fruto pelo uso do raleio. Entretanto, Abdel-Razzak et
al. (2016) verificaram que a redução do número de frutos por
racemo, devido ao uso do raleio, aumentou o TSS, vitamina C,
acidez titulável, teor total de açúcares, sendo que esses efeitos
podem ser de até 17,1, 7,2, 9,0 e 19,5% respectivamente,
quando são mantidos 6 frutos por racemo. O aumento no teor
de açúcares no fruto de tomate também foi evidenciado por
Pengfei et al. (2017), quando utilizaram 8 ou 13 frutos por
racemo, melhorando o sabor do fruto. O efeito observado por
esses autores está intrinsecamente relacionado ao aumento da
partição de fotoassimilados das folhas para os frutos, o que
melhora sua qualidade bioquímica e sensorial.
A qualidade bioquímica em função de práticas de raleio
tem sido bem documentada, contudo, poucas avaliações na
qualidade morfológica são relatadas, o que está diretamente
relacionado ao interesse primário do produtor e do
consumidor. Assim, o presente estudo mostra que a faixa de
variação entre esses atributos morfológicos do fruto em função
do raleio foram de 60 a 68 mm para DLM, 63 a 69 mm para
DTM e 122,1 a 178,9 g fruto
-1
para PMF (Figura 2). Esses
resultados foram semelhantes ao encontrado por Shirahige et
al. (2010), que em resposta ao raleio obtiveram valores entre
56 a 65 mm, 61 a 79 mm e 106,2 a 150,3 g fruto
-1
,
respectivamente, para DLM, DTM e PMF. Desse modo,
constatou-se que o uso das técnicas R3 e R6 foram
responsáveis pelos maiores valores de PMF, DLM e DTM
(Figura 2), sendo superiores às medidas encontradas no estudo
realizado por Shirahige et al. (2010).
A técnica de raleio R6 mostrou um incremento relativo na
produção de frutos grandes, conforme observado pelo aumento
da Prod G e da FFG (Figura 3), entretanto, devido ao menor
NF e menor Prod M e Prod P, houve queda da Prod T. Essa
resposta causada pela técnica R6 foi similar ao relatado por
Abdel-Razzak et al. (2016), que com o raleio, mantendo 6
frutos de tomate por racemo, houve queda da Prod P e Prod M,
e incremento na Prod G e FFG, contudo, a Prod T mostrou
redução de 21,4% em relação ao cultivo sem o uso do raleio.
A competição entre frutos por fotoassimilados, resulta em
frutos de menor peso e tamanho (HESAMI et al., 2012; LINS
et al., 2013), esta relação negativa foi observada pelo uso das
técnicas R1 e R2 (Figura 2), que com o aumento do NF
diminuiu o PMF. Essa relação negativa entre NF e PMF
também foi relatada por Azevedo et al. (2010), que estudaram
plantas de tomate com diferentes números de hastes por planta.
Com os resultados de NF também foi possível verificar que
essa variável nem sempre guarda relação com a produção, uma
vez que o uso da técnica R3 diminui o número de frutos e
apresentou maior produção total, especialmente aqueles de
maior tamanho (Figura 2 e 3). Max et al (2016) conduzindo
plantas de tomate do grupo Santa Cruz com 5 frutos por
racemo, também observaram que com a redução do NF houve
aumento da qualidade morfológica dos frutos. No entanto, as
técnicas de raleio adotadas por Max et al. (2016), diminuíram
a produção total por planta.
Neste trabalho, verificou-se que a produção total de
tomates submetidos a diferentes práticas de raleio está
condicionada a um equilíbrio entre NF e atributos
morfológicos dos frutos (PMF, DLM e DTM) (Figura 4). Isso
demonstra que os frutos remanescentes do tipo de raleio
correto têm maior potencial de desenvolvimento, gerando
condições que propiciam maior qualidade morfológica dos
frutos. Para uma mesma classe de diâmetro, frutos que atinjam
maior tamanho e peso apresentam maior aceitação pelo
mercado consumidor, mas essa melhoria na qualidade do fruto
não deve reduzir a produtividade total (BECKLES, 2012;
MABOKO et al., 2008; MATOS et al., 2012; MONTE et al.,
2013). Essa condição foi alcançada neste estudo, com o uso da
técnica R3 na condução do tomateiro, que manteve a Prod T
similar ao R1 e, ainda aumentou Prod G, o que pode refletir
em aumento de rentabilidade devido ao maior preço pago pelos
frutos dessa classe.
Há carência de trabalhos na cultura do tomateiro do grupo
Santa Cruz que elucidem o impacto de diferentes técnicas de
raleio na produção e frequência relativa em cada classe de
diâmetro de frutos produzidos, bem como na sua qualidade
morfológica, concentrando a maioria dos trabalhos somente na
Prod T (MANTUR; PATIL, 2008; SHIRAHIGE et al., 2010).
Portanto, os resultados deste trabalho esclarecem e auxiliam
na tomada de decisão quanto ao uso do raleio, relacionando
aspectos produtivos e qualitativos de frutos de tomate, unindo-
os em classes de diâmetro. Além disso, este estudo fortalece a
importância do tipo de raleio a ser empregado no tomateiro,
para que alcance maior rentabilidade com a produção de
tomate.
5. CONCLUSÕES
O cultivo de plantas de tomate com 7 racemos, com 6
frutos por racemo até o 4º racemo e acima deste, mantendo 4
frutos por racemo (R3), se destaca entre as demais técnicas de
raleio por aliar alta produção e frutos de diâmetro transversal
e longitudinal maiores que 65 mm.
A produção de frutos grandes diminui com técnicas de
raleio que proporcionam mais de seis frutos por racemo,
enquanto plantas conduzidas com menos de sete racemos
reduz a produção de tomate.
6. AGRADECIMENTOS
Ao Instituto Federal Minas Gerais-campus Bambuí pelo
apoio financeiro, espaço físico e insumos essenciais para a
condução desse estudo
.
7. REFERÊNCIAS
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