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TIC para Educadores de Adultos

Authors:
  • Instituto Europeo de Estudios para la Formación y el Desarrollo

Abstract

Este manual traduz o resultado do projeto transnacional "Stepping Up to Technology in Adult Education” (StepUp2ICT). Pretende apoiar os educadores de adultos na utilização de ferramentas TIC, meios e recursos digitais no âmbito da sua atividade profissional e pedagógica.
TIC para
Educadores
de Adultos
EDITORES
Fernando A. Costa, Joana Viana, Paula Guimarães
AUTORES
Amparo Coterillo, Anjali de los Ríos, Fernando A. Costa, Ingrida Borisenko,
Javier Farto, Joana Viana, Julija Melnikova, Justine Van Cauwelaert,
Koen DePryck, Kylene De Angelis, Lorenzo Sommaruga,
Nadia Catenazzi, Paula Guimarães, Raquel Cadenas
2019
Título: TIC para Educadores de Adultos
Website do Projeto: www.stepup2ict.eu
Parceiros do Projeto:
Training 2000 (Coordinator), Itália
Institute of Knowledge Management, Bélgica
Klaipeda University Continuing Studies Institute, Lituânia
Asociacion Instituto Europeo de estudios para la formación y el desarrollo, Espanha
Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, Portugal
University of Applied Sciences and Arts of Southern Switzerland, Suíça
Editores: Fernando A. Costa, Joana Viana, Paula Guimarães
Autores: Amparo Coterillo, Anjali de los Ríos, Fernando A. Costa, Ingrida Borisenko,
Javier Farto, Joana Viana, Julija Melnikova, Justine Van Cauwelaert, Koen DePryck,
Kylene De Angelis, Lorenzo Sommaruga, Nadia Catenazzi, Paula Guimarães, Raquel Cadenas
Tradução e adaptação para a língua portuguesa: Elisabete Cruz e Carolina Pereira
ISBN: 978-989-8753-53-3
Editor: Instituto de Educação da Universidade de Lisboa
Capa: Fernando Albuquerque Costa
Layout: Maria Alexandra Ramos
Imagens: Projeto AAA-STEPUP2ICT e comunidade Pixabay
Se tiver alguma dúvida sobre este manual ou sobre o projeto que está na sua origem, entre
em contacto com o parceiro do seu país. Informações mais detalhadas sobre os contactos
estão disponíveis no site do projeto, em www.stepup2ict.eu.
A edição deste manual foi concluída em 2019.
Licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International
Projeto AAA-STEPUP2ICT e autores.
Este projeto recebeu apoio da Movetia financiada pela Confederação Suíça. O
conteúdo desta publicação reflete apenas a opinião dos autores e a Movetia
não pode ser responsabilizada por qualquer uso que possa ser feito das
informações nela contida.
Este projeto de Parceria Estratégica Erasmus + foi financiado com o apoio da
Comissão Europeia. Número do projeto: 2017-1-IT02-KA204-036606
O apoio da Comissão Europeia à produção desta publicação não constitui
uma aprovação dos conteúdos, que refletem apenas as opiniões dos autores,
e a Comissão não pode ser responsabilizada por qualquer uso que possa ser
feito das informações nela contida.
Índice
1. Preâmbulo ................................................................................................................................
2. Introdução ................................................................................................................................
3. Situação da educação de adultos nos países parceiros .......................................................
3.1. Quadro geral da educação de adultos ..........................................................................................
3.2. Documentos legais ...............................................................................................................................
3.3. Instituições responsáveis ....................................................................................................................
3.4. Atividades realizadas por educadores de adultos .....................................................................
3.5. Competências do educador de adultos ........................................................................................
3.6. Uso de ferramentas TIC ......................................................................................................................
4. Perfil do educador de adultos nos países parceiros ............................................................
4.1. Perfil do educador de adultos ..........................................................................................................
4.2. Utilização e importância das TIC .....................................................................................................
4.3. Utilização das TIC nos 6 domínios ..................................................................................................
4.4. Conclusões e recomendações ..........................................................................................................
5. Domínios da Formação ...........................................................................................................
1. Planificação e coordenação da formação ........................................................................................
2. Diagnóstico de necessidades de formação ....................................................................................
3. Desenho de conteúdos de formação ..............................................................................................
4. Criação de conteúdos de formação ...............................................................................
5. Concretização da formação ..................................................................................................................
6. Avaliação da aprendizagem e da formação ...................................................................................
6. Atividades com Tecnologias Digitais ....................................................................................
Optimizar a gestão de tarefas e recursos .............................................................................................
Criar um Quiz para um diagnóstico inicial ...........................................................................................
Estruturar e organizar conteúdos formativos ......................................................................................
Criar e configurar uma lição digital ........................................................................................................
Manter um diário digital sobre o curso de formação ......................................................................
Criar uma dinâmica de competição ........................................................................................................
7. Aplicações usadas nas Atividades com Tecnologias Digitais .............................................
ProjectLibre .....................................................................................................................................................
Questionmark .................................................................................................................................................
Mindmeister ....................................................................................................................................................
Moodle .............................................................................................................................................................
WordPress .......................................................................................................................................................
Socrative ...........................................................................................................................................................
8. Glossário ...................................................................................................................................
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01
Este manual traduz o resultado do projeto transnacional "Stepping Up to Technology in
Adult Education” (StepUp2ICT). Pretende apoiar os educadores de adultos na utilização
de ferramentas TIC, meios e recursos digitais no âmbito da sua atividade profissional e
pedagógica.
Preâmbulo
Stepping Up to Technology in Adult Education
O projeto StepUp2ICT centra-se no
fortalecimento da dimeno pedagógica do
uso das tecnologias digitais dos educadores
de adultos nos seus contextos de trabalho
específicos. Focalizado principalmente em
práticas e ambientes de formação, o projeto
visa incrementar metodologias de trabalho
pedagógico com tecnologias que possam
ser postas em prática nos locais de trabalho
e, ao mesmo tempo, responder à
necessidade de consciencialização e
inclusão estratégica e operacional do
potencial das tecnologias digitais para a
aprendizagem, tanto na perspetiva das
organizações, como do ponto de vista do
desenvolvimento dos cidadãos.
O presente manual não é um trabalho
académico, um livro temático ou um
currículo sobre competências digitais. Antes
foi criado para apoiar cada educador de
adultos na utilização de métodos,
ferramentas ecnicas de e-learning, desde
a fase de planificação até à fase de avalião
das aprendizagens e da qualidade dos
cursos de formação.
Este manual é composto por uma
introdução que se desenvolver em torno do
perfil de competências do educador de
adultos. De seguida, nos capítulos 3 e 4,
o leitor encontra uma descrição da situação
da educação de adultos na Europa,
principalmente nos países envolvidos na
parceria e a definição do perfil do educador
de adultos em que se baseia o projeto e os
seus resultados.
Para a operacionalizão do trabalho realizado, foram considerados 6 domínios para o
processo de formação de educadores de adultos, que destacam diversas facetas e áreas
de intervenção destes profissionais:
1. Planificação e coordenação da formação
2. Diagnóstico de necessidades de formação
3. Desenho de conteúdos de formação
4. Criação de conteúdos de formação
5. Concretização da formação
6. Avaliação da aprendizagem e da formação
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TIC para Educadores de Adultos 9
Stepping Up to Technology in Adult Education
www.StepUp2ict.eu
No capítulo 5, o leitor encontra uma
descrição detalhada de cada domínio e as
respetivas competências digitais que é
suposto os educadores de adultos
desenvolverem.
No capítulo 6, o manual contempla a
descrição de seis atividades de formação
com recurso a aplicações digitais online
abertas, visando promover o uso de
tecnologias em contextos de educação e
formação de adultos.
As atividades constituem exemplos do que
pode ser feito com as tecnologias digitais
hoje disponíveis.
Por fim, o capítulo 7 descreve as
características das aplicações digitais usadas
nas atividades, evidenciando o seu potencial
pedagógico para a educação de adultos.
No site do Projeto está disponível a descrição detalhada de outras atividades e ferramentas:
02
A Educação de Adultos (EA), por vezes também referida como 'EFA' (Educação e
Formação de Adultos), é um campo muito vasto. A EA pode ser formal ou informal
(ou situar-se num contínuo entre as duas tipologias); integra muitos domínios
profissionais e também abrange um vasto leque de questões pessoais. Além disso,
"os adultos" não têm todos a mesma idade dependendo do contexto, o conceito
aplica-se tanto a jovens adultos (a partir dos 16 anos) como a seniores com idade
avançada, muito além da idade da reforma.
Introdução
TIC para Educadores de Adultos 12
Stepping Up to Technology in Adult Education
As Nações Unidas, num documento de 2015,
enquadram a EFA no âmbito do seguinte
pressuposto: "Todas as pessoas,
independentemente do sexo, idade, raça, etnia
e pessoas com deficiência, migrantes, povos
indígenas, crianças e jovens, especialmente
aqueles em situação de vulnerabilidade,
devem ter acesso a oportunidades de
aprendizagem ao longo da vida, que os
ajudem a adquirir os conhecimentos e
competências necessárias para explorar as
oportunidades e participar plenamente na
sociedade."
Sistematicamente, os participantes em
atividades de EFA confirmam que é importante
ter educadores de adultos competentes e que
isso faz a diferença. Mas, o que distingue um
educador de adultos competente? Esta é uma
questão com a qual a EFA tem vindo a debater
-se, sendo fortemente pressionada para
identificar um conjunto genérico de
competências, aplicável a todos, mas que ao
mesmo tempo seja suficientemente distinto de
outros perfis de educadores que exercem as
suas práticas em outros contextos. O âmbito
alargado da EFA requer um amplo conjunto de
educadores, com funções muito diferentes
(professor, instrutor, treinador, etc.). A
diversidade de educadores de adultos traduz o
resultado do contexto onde atuam (formal e/
ou não-formal, pessoal/profissional/cultural/
social), das funções, tarefas e
responsabilidades que lhes são atribuídas e
dos contextos e experiências pessoais que os
caracterizam.
Estas três dimensões remetem para aspetos
inerentes às TIC. O questionário concebido e
implementado no âmbito do StepUp2ICT
pretende olhar para as TIC como elemento
nuclear do perfil de um educador de adultos.
Como sabemos, as competências digitais são
importantes em diversas áreas da nossa vida,
TIC para Educadores de Adultos 13
Stepping Up to Technology in Adult Education
mas muitos adultos (demasiados), incluindo
adultos que são educadores, ainda se debatem
sobre a forma como as TIC podem contribuir
para adquirir as competências necessárias para
explorar oportunidades e participar
plenamente na sociedade.
A importância das TIC é claramente afirmada
nos objetivos da ONU para o Desenvolvimento
Sustentável, com a cuidadosa seleção de 17
ambiciosas metas com o objetivo de acabar
com pobreza e a fome extrema, garantir uma
educação de qualidade para todos, melhorar a
saúde, eliminar as desigualdades de género ou
outras, proteger e restaurar o uso sustentável
dos ecossistemas, melhorar o desenvolvimento
económico e social proporcionando trabalho
decente para todos e estimulando o
crescimento económico em 2030.
Como é que isso é possível? As TIC são um
motor essencial não só para melhorar a
qualidade da educação, mas também para
atingir muitos se não todos os outros
objetivos. Inversamente, a ausência de
competências digitais tende a aumentar o
alargamento do fosso de conhecimento: não
só entre países, mas também dentro das
comunidades, entre gerações, entre
funcionários de diferentes setores, mas
também dentro de um único setor, incluindo
no setor da educação em geral e no setor da
educação de adultos em particular.
O fortalecimento de competências digitais é,
portanto, um imperativo para os educadores
de adultos, tanto individualmente como para
os seus objetivos profissionais e pedagógicos,
independentemente do contexto educativo em
que se encontrem inseridos (formal ou não-
formal). O défice de competências digitais não
afeta apenas sua participação pessoal na
sociedade, mas também as suas oportunidades
e responsabilidades profissionais. Como
podem contribuir para o desenvolvimento de
competências digitais, genéricas e/ou
específicas, de outros adultos, se as suas
competências (profissionais) digitais são
limitadas?
Esta questão, levanta outras que se prendem
com a necessidade de saber quais são as
competências digitais necessárias aos
educadores de adultos em geral e quais são as
necessárias para trabalhar num determinado
domínio ou com um grupo-alvo específico.
O Quadro Europeu de Competência Digital
para Educadores - DigComEdu destina-se a
educadores de todos os níveis de ensino,
incluindo a educação adultos e ainda a
formação geral e profissional, educação
especial e contextos de aprendizagem não-
formais.
TIC para Educadores de Adultos 14
Stepping Up to Technology in Adult Education
DigComEdu
O Quadro “prope um modelo de progressão para ajudar os educadores a avaliarem e
desenvolverem a sua competncia digital. Descreve seis nveis diferentes, atravs dos quais a
competncia digital geralmente se desenvolve, [...] Nos dois primeiros nveis, Recm-chegado
(A1) e Explorador (A2), os educadores assimilam nova informação e desenvolvem prticas
digitais bsicas; nos dois nveis seguintes, Integrador (B1) e Especialista (B2), aplicam, ampliam e
estruturam as suas prticas digitais; nos nveis mais elevados, Lder (C1) e Pioneiro (C2),
partilham/legam o seu conhecimento, criticam a prtica existente e desenvolvem novas
prticas”. Salienta-se a semelhança
estrutural com o Quadro Europeu
Comum de Referência para as
Línguas (QECR).
Esta estrutura progressiva (com ou
sem avaliação) poderia ser usada
para a conceção de cursos e
formações para o desenvolvimento
profissional dos educadores de
adultos.
TIC para Educadores de Adultos 15
Stepping Up to Technology in Adult Education
1. ENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
“A competncia digital dos educadores  expressa pela sua capacidade para utilizar tecnologias
digitais, não só para melhorar o ensino, mas também para as interações profissionais com
colegas, aprendentes, encarregados de educação e outras partes interessadas. É expressa,
também, pela sua capacidade para utilizá-las para o seu desenvolvimento profissional individual
e para o bem coletivo, e inovação contnua na instituição e no ensino.” (Lucas & Moreira, 2018,
p.19)
As seis áreas do DigCompEdu sublinham diversos aspetos das práticas profissionais dos
educadores:
O Quadro DigCompEdu identifica as competncias digitais especficas do educador, organizando-as
em torno de seis reas distintas (Lucas & Moreira, 2018, p.8)
TIC para Educadores de Adultos 16
Stepping Up to Technology in Adult Education
3. ENSINO E APRENDIZAGEM
A competência digital fundamental nesta área refere-se à capacidade do educador para
“orquestrar efetivamente a utilização de tecnologias digitais nas diferentes fases e
configuraçes do processo de aprendizagem”. Inclui ainda as capacidades de “mudança de foco
do processo de ensino: de processos dirigidos pelo educador para processos centrados o
aprendente, [...] de desenhar novos caminhos, suportados por tecnologias digitais, de prestar
orientação e apoio aos aprendentes, individual e coletivamente e iniciar, apoiar e monitorizar
atividades de aprendizagem colaborativas e autorreguladas.” (Lucas & Moreira, 2018, p.20)
2. RECURSOS DIGITAIS
Considerando a variedade de recursos educativos digitais hoje disponveis “Uma das
competências-chave que qualquer educador precisa de desenvolver é aceitar essa variedade,
para identificar eficazmente os recursos que melhor se adequam aos seus objetivos de
aprendizagem, grupo de aprendentes e estilo de ensino; para estruturar a riqueza de materiais,
estabelecer ligações e modificar, adicionar e desenvolver recursos digitais para apoiar a sua
prática. Ao mesmo tempo, precisam de ter consciência de como usar e gerir conteúdo digital
de forma responsável. Devem respeitar as regras de direitos de autor quando utilizam,
modificam e partilham recursos e proteger conteúdo e dados sensíveis, tais como exames ou as
classificaçes dos aprendentes em formato digital.” (Lucas & Moreira, 2018, p.20)
4. AVALIAÇÃO
Os educadores digitalmente competentes devem ser capazes de utilizar tecnologias digitais no
âmbito da avaliação com dois objetivos em mente: “melhorar as estratgias de avaliação
existentes” e “criar ou facilitar abordagens inovadoras de avaliação”. Alm disso, devem saber
usar as tecnologias para “analisar e interpretar os dados disponveis sobre o comportamento
individual de cada aprendente, [...] monitorizar diretamente o progresso do aprendente, facilitar
o feedback e permitir aos educadores avaliarem e adaptarem as suas estratégias de
ensino.” (Lucas & Moreira, 2018, p.21)
TIC para Educadores de Adultos 17
Stepping Up to Technology in Adult Education
Este quadro genérico de competência digital para educadores fornece um excelente contexto para
definir e posicionar as diversas competências (gerais e especificas) que os educadores precisam para
trabalhar com adultos nos seus contextos específicos. Também fornece uma abordagem interessante
para o desenvolvimento profissional contínuo, com base numa avaliação do nível de competências já
detido.
6. PROMOÇÃO DA COMPETÊNCIA DIGITAL DOS APRENDENTES
Finalmente, “a capacidade para promover a competncia digital dos aprendentesuma parte
integrante da competncia digital dos educadores”. A competncia digital dos aprendentes,
considerada transversal, inclui a literacia da informação e dos media, a comunicação e
colaboração digital, a criação de conteúdo digital, o uso responsável das tecnologias digitais e
a resolução de problemas digitais. (Lucas & Moreira, 2018, p.23)
5. CAPACITAÇÃO DOS APRENDENTES
Nesta rea, a competncia digital dos educadores implica o uso de tecnologias para “facilitar o
envolvimento ativo dos aprendentes”, conceber e implementar “atividades de aprendizagem
adaptadas ao nvel de competncia, interesses e necessidades de cada aprendente” (foco na
diferenciação e personalização). Simultaneamente, “deve-se ter cuidado para não exacerbar as
desigualdades existentes (p. ex., no acesso a tecnologias digitais) e garantir a acessibilidade a
todos os aprendentes, incluindo aqueles com necessidades especiais.” (Lucas & Moreira, 2018,
p.22)
03
O tema das TIC na educação de adultos exige a análise das especificidades do
sistema de educação de adultos. Para o efeito, foi realizada uma revisão da literatura
(“Desktop Research”) que contemplou uma anlise centrada no enquadramento
geral da educação de adultos, na documentação legal e instituições responsáveis
nesta área, nas atividades e competências principais dos educadores de adultos nos
países da parceria.
Situação da
educão de
adultos nos
países parceiros
TIC para Educadores de Adultos 20
Stepping Up to Technology in Adult Education
A educação de adultos formal inclui o ensino geral, a formação profissional e o ensino superior.
Todas estas atividades são realizadas em instituições vocacionadas para o ensino: escolas para
adultos, departamentos especiais das escolas profissionais, departamentos especializados de
universidades quando a aprendizagem culmina na concessão de um diploma.
O foco da educação não-formal de adultos é dotar o indivíduo com as condições necessárias para
garantir o acesso à aprendizagem ao logo da vida, atender às necessidades cognitivas, atualizar
qualificações já adquiridas e obter qualificações adicionais.
A autoformação (aprendizagem informal) corresponde a um processo de aprendizagem
quotidiano, natural e autodirigido, que pode não ser previamente planeado; é menos organizado e
estruturado e pode ser desencadeado por motivos pessoais ou por circunstâncias familiares ou
profissionais. Ao longo da educação de adultos formal e informal, deve ser considerada a
possibilidade de reconhecimento de conhecimentos e competências informalmente adquiridos. O
processo de formalização de competências informalmente adquirida é popular em algumas
universidades que implementam metodologias próprias. Nos países parceiros, as Universidades
Seniores têm vindo a ganhar alguma popularidade neste âmbito.
3.1.
Quadro geral da educação de adultos
Como constatado pela revisão efetuada, o
termo "educação de adultos" significa uma
combinação de atos educacionais dirigidos a
pessoas adultas com vários objetivos, incluindo
aprendizagem ao longo da vida; percursos
curriculares de segunda oportunidade;
conhecimentos básicos e úteis para a
integração no mercado de trabalho;
atualização de conhecimentos que visam a
reconversão profissional; outra formação não-
formal. Em todos os países parceiros, a
educação de adultos é fundamentada no
pressuposto de que todos os adultos precisam
de atualizar e melhorar os seus conhecimentos
e competências ao longo da vida.
A educação de adultos nos países parceiros é
dirigida a jovens adultos com idade superior a
16 anos, para obter um certificado de nível
secundário, e para adultos com mais de 18
anos à procura de emprego ou inseridos no
mercado de trabalho.
De um modo geral, o quadro da educação de
adultos nos países parceiros pode ser
classificado em três grandes áreas:
oferta formal, oferta não-formal e
autoformação (aprendizagem informal).
TIC para Educadores de Adultos 21
Stepping Up to Technology in Adult Education
O mais recente desenvolvimento da legislação
relativa à educação de adultos envolve um
número de diplomas legais específicos e
acordos em cada um dos países parceiros.
Resumindo as tendências verificadas, pode-se
afirmar que, no que diz respeito à distinção
acima apresentada entre educação formal,
informal e não-formal, estes países
geralmente regulam a educação formal
através de uma lei geral do sistema
educativo. Alguns países (por exemplo,
Lituânia, Suíça) têm leis específicas para
educação não-formal de adultos. No entanto,
em outros países (por exemplo, Espanha) a
educação contínua de adultos é regulada pela
Administração Educacional, principalmente
através da leis orgânicas de educação. Em
Portugal, a educação não-formal não é regida
por legislação específica. Nenhum dos países
da parceria possui regulamentação específica
para a autoformação (aprendizagem informal).
No entanto, o caso da Bélgica pode ser um
exemplo interessante no que respeita ao
posicionamento da educação de adultos no
sistema legal. A educação de adultos é
considerada pelo Governo Flamengo como
educação de oportunidades: oportunidades ao
longo da vida para aprender, para integrar e
qualificar. Os conceitos-chave da educação de
oportunidades são: o envelhecimento da
população e a necessidade de permanecer
ativo (mais tempo, a migração e a hiper
diversificação da sociedade, a participação na
sociedade, a escassez de mercado de trabalho
em certos setores (ex. saúde e cuidados), o
aumento da presença da tecnologia e das TIC,
a importância da literacia digital e
competências digitais e as trajetórias
educacionais acessíveis para pessoas com
baixa qualificação formal.
3.2.
Documentos legais
TIC para Educadores de Adultos 22
Stepping Up to Technology in Adult Education
Devido às especificidades nacionais, os países
apresentam um âmbito diversificado de
instituições responsáveis pela preparação
profissional do educador de adultos. A
discussão começa ao nível conceptual. Por
exemplo, na Lituânia, o conceito "Andragogia"
é usado para definir o ramo da ciência, com
base no qual se estruturam os programas de
estudo de nível universitário (Bacharelato e
Mestrado) que preparam educadores de
adultos e que são geralmente chamados
"Estudos de Andragogia". Em Portugal, o
termo "andragogo" não é usado, sendo aliás
um conceito seriamente criticado por alguns,
sendo o "educador de adultos" termo mais
usado. Não existem diplomas específicos no
ensino superior para a educação inicial e
contínua de educadores de adultos em
Portugal. Na Bélgica flamenga, não existem
requisitos específicos para a formação de
educadores de adultos. No sistema de
educação formal, a fim de se qualificarem para
o ensino, os educadores de adultos tendem a
obter uma qualificação como professores do
nível do ensino secundário. No entanto,
algumas universidades e outras instituições de
formação, oferecem cursos e programas para
educadores de adultos, geralmente com foco
em determinadas necessidades e temas ou
considerando grupos-alvo específicos.
Em geral, na educação não-formal de adultos,
a maioria dos educadores dos países parceiros
trabalha sem qualquer preparação especial
para trabalhar com adultos, e geralmente são
recrutados entre os professores do sistema
nacional de educação (por exemplo, Lituânia,
Itália).
Além disso, cada país parceiro tem uma rede
de associações, sindicatos, fundações e
organizações que procuram garantir a
formação contínua de educadores de adultos.
3.3.
Instituições responsáveis
TIC para Educadores de Adultos 23
Stepping Up to Technology in Adult Education
O termo "educação de adultos" indica todas as atividades organizadas pelos sistemas públicos e
privados, dirigida à educação, desenvolvimento cultural e formação em serviço para adultos.
Nos países parceiros, as atividades realizadas por educadores de adultos são:
atividades de diagnóstico de necessidades (identificação das necessidades, possibilidades,
potencialidades e capacidades dos aprendentes adultos; identificação e avaliação dos
níveis de entrada, aprendizagem e experiência anterior dos aprendentes adultos);
preparação das atividades do curso (identificação de recursos e métodos de aprendizagem;
planificação e organização do processo de aprendizagem; definição, negociação e
comunicação dos objetivos do curso e da estrutura do processo de aprendizagem);
desenvolvimento de atividades de aprendizagem (relacionando o processo de
aprendizagem com o contexto real e a prática do aprendente adulto; capacitando,
dinamizando, motivando e incentivando o aprendente adulto; criando um ambiente de
aprendizagem positivo; tornando o conteúdo de aprendizagem acessível; gerindo o
processo e dinâmicas de grupo, etc.);
atividades de monitorização e avaliação (fornecendo suporte e feedback para os
aprendentes; avaliando o contexto, o processo e os resultados);
atividades de aconselhamento e orientação (proporcionando informações sobre a gestão
da carreira profissional e outras informações sobre ambientes de trabalho; obtendo
informações sobre carreiras profissionais para adultos; proporcionando orientação e
aconselhamento);
atividades de gestão financeira (gestão de recursos e orçamentos; preparação de
candidaturas para financiamento; identificação e explicitação de benefícios);
atividades globais de gestão (trabalhando em conformidade com os procedimentos
existentes; monitorizando e avaliando programas; construindo relações com outras
organizações; lobby e negociação, etc.);
3.4.
Atividades realizadas por educadores de adultos
TIC para Educadores de Adultos 24
Stepping Up to Technology in Adult Education
atividades de marketing e relações públicas (divulgando programas; analisando a procura
de programas existentes e o mercado para novos programas; estabelecendo relações com
comunidades externas);
atividades de apoio administrativo (lidando com questões administrativas; fornecendo
informações sobre questões administrativas à equipa e aos aprendentes);
atividades de apoio às TIC (apoiando a conceção de programas e-learning e b-learning;
disponibilizando programas baseados nas TIC; conduzindo e apoiando a avaliação em
ambientes online; etc.);
atividades globais (trabalhando com os outros; estabelecendo ligações com contextos
sociais, redes, partes interessadas e a comunidade; integrando e acompanhando novos
funcionários; atingindo os grupos-alvo).
TIC para Educadores de Adultos 25
Stepping Up to Technology in Adult Education
Não existe um regulamento oficial sobre as
"competências do educador adulto" nos países
que participaram neste projeto, à exceção de
Portugal, nem normas ou um perfil de
educador de adultos acordado entre
instituições nas quais os educadores de
adultos trabalham ou outras de carácter
profissional. Na Lituânia, foi aprovado “The
Descriptor of Andragogues’ Professional
Activities” (2013), no qual as competncias do
andragogo profissional são definidas em torno
de três áreas de atividade: educação, gestão e
pesquisa. Neste documento, também são
definidas as competências gerais necessárias.
As competências na área da educação são
definidas como a capacidade de evocar,
organizar atividades de aprendizagem de
adultos e formação; as competências de
gestão compreendem a análise dos
pressupostos da educação de adultos numa
situação particular, a planificação de novas
situações de aprendizagem e a avaliação de
resultados do ensino / aprendizagem; as
competências de pesquisa são definidas como
o estudo da teoria da aprendizagem ao longo
da vida e a análise da viabilidade teórica e do
trabalho prático. A competência geral
necessária é enunciada como um conjunto de
capacidades, incluindo a capacidade de
iniciativa, criatividade, a capacidade de
cooperar, comunicar, trabalhar em equipa, a
capacidade de refletir sobre a experiência,
aprender e desenvolver as suas capacidades,
atualizar informações e competências, etc. A
capacidade de usar TIC também faz parte
integrante da competência geral,
especialmente no que respeita às capacidades
relacionadas com a gestão da informação e
comunicação com recurso às TIC e ao trabalho
em rede, ao nível nacional e internacional. Em
Portugal e Espanha, existem vários tipos de
educadores de adultos, ou seja, educadores de
adultos com perfis diferentes, dependendo do
contexto de formação em que trabalham, com
3.5.
Competências do educador de adultos
TIC para Educadores de Adultos 26
Stepping Up to Technology in Adult Education
As ferramentas TIC para os processos de
ensino e aprendizagem de adultos são
compreendidas em todos os países parceiros
como uma possibilidade de aprender a
distância e online, especialmente no contexto
da educação formal. Esta modalidade de
aprendizagem é vista como uma forma mais
flexível de proporcionar às pessoas que
procuram uma formação ou qualificação
oportunidades de aprendizagem mais amplas.
Hoje em dia, as principais ferramentas online
para suportar a aprendizagem a distância
incluem ambientes virtuais, videoconferências
ou seminários, bem como recursos
educacionais abertos. A tendência em todos os
países parceiros é que a maioria da
aprendizagem a distância e online ocorre em
instituições de ensino superior.
O mesmo não acontece para a educação
não-formal nos países parceiros, nos quais a
utilização das TIC depende da especificidade
da organização e das opções individuais dos
educadores. Apesar da capacidade e
proficiência em TIC dos educadores ser
claramente reconhecida nos países parceiros
(Suíça, Portugal), nem todos os formadores
têm o mesmo nível de competências e
conhecimento em TIC, e isso afeta a
metodologia e a atratividade das ofertas
formativas. Por outro lado, os cursos de
e-learning estão a surgir cada vez mais
em todos os países parceiros.
As atividades e a participação na plataforma
eletrónica para a educação de adultos na
Europa (EPALE) estão a tornar-se cada vez mais
populares entre os educadores e as
organizações de educação de adultos.
3.6.
características diferentes em termos de
processos de ensino e aprendizagem.
Em geral, nos países parceiros considera-se
relevante que os educadores de adultos
demonstrem competências nas seguintes
áreas: conhecimento técnico (relacionado
com a área de formação), conhecimento de
andragogia (relacionado com os processos de
ensino e aprendizagem em função das
especificidades do contexto de formação do
grupo específico de adultos com quem
trabalham) e conhecimento tecnológico
(relacionado com o campo de literacia digital).
Nesta última área, não é tanto o conhecimento
que vem da área da informática, mas
especialmente a capacidade de usar
tecnologias digitais de forma fluente e
ajustada às finalidades e aos contextos de
utilização. As competências digitais não são
obrigatórias para formadores, portanto, a
formação em ferramentas TIC depende dos
formadores e da motivação pessoal e iniciativa
que possam ter.
Uso de ferramentas TIC
04 Perfil do educador
de adultos nos
pses parceiros
O conteúdo deste capítulo é baseado nas informações recolhidas através do
questionário desenvolvido no âmbito do projeto de StepUp2ICT, a fim de recolher
dados sobre o uso que os educadores de adultos fazem das TIC. O questionário é
composto por três blocos. O primeiro bloco (perguntas 1-6) pretende descrever a
população de educadores de adultos. Os dados recolhidos permitem descrever as
especificidades da atividade profissional dos educadores, as suas funções e
competências consideradas importantes. O segundo bloco (questões 7-11) permite
destacar a importância das TIC no trabalho dos educadores de adultos. Os dados
recolhidos fornecem evidências sobre a importância das TIC no trabalho dos
educadores de adultos, bem como sobre as competências para a aplicação das TIC
pelos educadores nas várias áreas da sua atividade profissional. O último bloco de
perguntas (11-13) foca o uso das TIC em 6 domínios de atividade dos educadores de
adultos. Os dados recolhidos permitem avaliar a utilização das TIC nestes domínios,
bem como distinguir as competências a serem adquiridas por educadores para aplicar
eficazmente as TIC em todos os 6 domínios.
Metodologia
TIC para Educadores de Adultos 28
Stepping Up to Technology in Adult Education
4.1.
Perfil do educador de adultos
A análise dos dados do inquérito permitiu a descrição do perfil do educador de adultos nos
países parceiros.
Na Bélgica, a maioria dos inquiridos eram
mulheres (75,2%), enquanto os homens
constituíam apenas um quarto do número total
(25,8%). Este dado mostra uma ligeira sobre-
representação de educadores de adultos
femininos. Um quinto dos inquiridos (19,4%)
tinha 30 anos ou menos, quase um terço (29%)
tinha entre 31 a 40 anos, mais de um terço
(35,5%) tinha entre 41 a 50 anos e
apenas 16,1% tinha 51 anos ou
mais. A maioria dos participantes
tinha mais de 10 anos de
experiência como educador de
adultos (41,9%); uma parte
ligeiramente menor (35,5%) tinha
entre 5 e 10 anos de experiência. 41,9%
dos inquiridos trabalhava com grupos
socialmente desfavorecidos; 29% ensinava
holandês como segunda língua e 41,9% exercia
as suas funções no âmbito de programas de
Segunda Oportunidade. Isto deve-se
principalmente à localização geográfica dos
centros e aos perfis bastante inflexíveis dos
centros: não estão autorizados a alterar,
adicionar ou eliminar programas. Neste sentido,
outros centros com perfis diferentes podem ter
outro tipo de perfil de educador. 10% dos
participantes trabalhava com aprendentes
adultos mais velhos e 32,3% ensinava línguas,
embora não seja claro se os professores de
holandês como segunda língua se incluem
nesta categoria. Todos os participantes da
pesquisa realizada na Flandres (100%)
enfatizaram as competências sociais e as
competências de ensino como as mais
importantes. As competências andragógicas
e as competências digitais foram
consideradas importantes por 41,9%
e por 45,2% dos participantes,
respetivamente. As competências
cognitivas (25,8%) e as competências
pessoais (22,6%) foram percebidas como
menos importantes (relativamente). Quase
metade dos participantes (48,4%) indicou que
gostaria de melhorar as suas competências
digitais. Sem surpresa, este dado encontra-se
fortemente correlacionado com o grupo que
indicou as competências digitais como
importante. Seguiram-se as competências de
ensino (41,9%) e as competências andragógicas
(35,5%). Estas últimas podem ser consequência
do facto de haver pouca oferta de formação
dirigida a educadores de adultos. A maioria dos
educadores de adultos possuía a formação
pedagógica ao nível do ensino secundário
tradicional.
TIC para Educadores de Adultos 29
Stepping Up to Technology in Adult Education
No entanto, para a maioria dos inquiridos a
importância das TIC para a educação de
adultos é óbvia: 54,8% dos inquiridos acredita
que as TIC são importantes e 41,9% acredita
que são muito importantes para a educação e
formação de adultos. Encontramos exatamente
as mesmas percentagens no que respeita ao
grau de concordância relativamente ao papel
das tecnologias digitais na aprendizagem de
adultos: 54,8% dos inquiridos concorda que as
tecnologias podem aumentar a eficácia da
aprendizagem dos adultos e 41,9% concorda
totalmente com essa ideia.
Não obstante, 22,6% dos inquiridos indicou
que raramente usa as tecnologias de
informação e comunicação nas suas atividades
de educação e formação de adultos, mas este
resultado pode ser um efeito da formulação da
questão e/ou das respostas possíveis.
A maioria dos inquiridos (58,1%) indicou usar
as tecnologias às vezes e apenas 12,9% referiu
usar sempre.
A amostra dos inquiridos em Itália foi representada principalmente
por mulheres (67,86%) e a maior parte dos participantes tinha idades
compreendidas entre os 41 e os 50 anos (35,71%). Quase metade dos
inquiridos tinha mais de dez anos de experiência como educador de
adultos (42,86%) e pouco mais de metade (53,57%) tinha trabalhado na
educação formal de adultos ao nível do ensino secundário com jovens
adultos (50%) e com adultos em situações socialmente desfavoráveis (46,43%). A maioria dos
respondentes era professor, membro de centros de formação, universidades, funcionário de
departamentos de inserção no mercado de trabalho, profissionais especialistas, especialistas de
negócio, etc.
Do conjunto das atividades exercidas pelos educadores de adultos inquiridos, destacam-se as
seguintes: ensino de língua italiana e literatura, ensino de história, ensino tecnológico e das TIC,
ensino de língua inglesa e inglês de negócios, pesquisa em networking, aconselhamento, orientação,
gestão de projetos económico-sociais, aconselhamento sobre inovação, orientação e procura ativa
no mercado de trabalho, tarefas de laboratório, direito do turismo, planificação da formação,
formação de estagiários, formação em proteção civil, formação sobre criação de empresas, modelos
e planeamento de negócios.
A falta de interesse e motivação dos formandos é, na perspetiva dos inquiridos, a principal
dificuldade com que se têm deparado na sua experiência de trabalho. No entanto, também
mencionaram que as ferramentas digitais e as políticas de inovação são inadequadas, impedindo o
crescimento e a competitividade das empresas italianas e do setor educacional em geral. Referiram
ainda que 1) aqueles que tinham perdido um trabalho tinham grande dificuldade em encontrar
TIC para Educadores de Adultos 30
Stepping Up to Technology in Adult Education
A maioria dos inquiridos na Lituânia eram
mulheres (81%). Esta tendência reflete a
população de educadores de adultos na
Lituânia, que é constituída tipicamente por
mulheres. A maior parte dos participantes da
pesquisa pertencia ao grupo com idade
compreendida entre os 41 e 50 anos
de idade (42,9%). Esta tendência
reflete novamente a população
de educadores de adultos na
Lituânia, que normalmente é
composta por pessoas mais velhas.
Este facto também confirma que a
profissão de educadores de adultos na Lituânia
está a envelhecer e que, por essa razão, é
necessário atrair pessoas mais jovens. A maior
parte dos inquiridos (81%) tinha mais de 10
anos de experiência na educação de adultos.
Os participantes da pesquisa exerciam a sua
atividade em dois setores da educação de
adultos: 61% dos inquiridos estava envolvido
na educação não-formal e 52% na educação
formal. Os educadores de adultos inquiridos
trabalhavam na formação contínua (38,1%)
e na educação não-formal (33,3%), sendo que
a maioria (76,2%) trabalhava com adultos com
idades compreendidas entre os 25 e 60 anos.
A maioria dos respondentes lituanos eram
professores de adultos em escolas, centros
de formação profissional, universidades, etc.
As principais atividades indicadas pelos
participantes no âmbito da educação e
formação de adultos foram as seguintes:
palestras e formação, aconselhamento
individual, tutoria e coaching,
preparação de materiais de
aprendizagem, orientação da carreira
profissional, ensino de uma disciplina,
planificação e organização de atividades não-
formais de educação de adultos, atração de
novos alunos, atividades de marketing,
coordenação de atividades de educação
não-formal, pesquisa sobre a qualidade da
educação de adultos, organização de eventos
de educação de adultos (seminários, exemplos
de práticas, aprendizagem entre pares, etc.),
apoio, gestão e disseminação de
oportunidades de educação de adultos,
cooperação com partes interessadas
(departamentos de emprego),
outro emprego; 2) as administrações públicas não têm grande interesse pela educação de adultos;
3) as competências digitais são limitadas; 4) é difícil estabelecer a comunicação com estrangeiros;
5) há diferentes pontos de partida dos formandos; e 6) é difícil planificar cursos ligados às tendências
do mercado de trabalho. Por fim, quase todos os inquiridos indicaram que as competências sociais
(96,43%) e as competências de ensino (85,71%) são as mais importantes para trabalhar eficazmente
com adultos. A estas seguiram-se as competências digitais (67,86%), as competências pessoais
(64,29%), as competências cognitivas (53,57%) e, por último, as competências andragógicas (46,43%).
TIC para Educadores de Adultos 31
Stepping Up to Technology in Adult Education
desenvolvimento de programas de educação
de adultos, desenvolvimento e implementação
de projetos em educação de adultos, conceção
de ambientes de aprendizagem, etc.
Ao identificar os principais problemas na sua
atividade profissional, os participantes da
pesquisa lituana destacaram a falta de
competências para trabalhar com dispositivos
digitais (como os smartboards) e a sua
aplicação no processo de aprendizagem. Na
verdade, os respondentes sublinharam a
necessidade de competências para a aplicação
das tecnologias no âmbito da planificação e da
avaliação das aprendizagens dos formandos,
assim como no desenvolvimento de recursos
de apoio à aprendizagem. Sobre as
competências mais importantes para o sucesso
do trabalho com adultos, quase todos os
inquiridos indicaram as competências digitais
(85,7%), as competências sociais (81%) e as
competências andragógicas (81%), seguidas
pelas competências pessoais (71,4%),
competências de ensino (61,9%) e pelas
competências cognitivas (47,6%).
A maioria dos inquiridos em Portugal eram mulheres (62,2%) com idade compreendida entre os
41 e os 50 anos (37,8%). Além disso, a maioria era muito experiente, trabalhando há mais de
10 anos na educação e formação de adultos. Grande parte dos inquiridos trabalhava
em contextos de educação e formação formal (41,6%) contextos que permitem o
acesso a um certificado escolar e/ou profissional e 36,3% desenvolvia a sua
atividade profissional em diferentes contextos, tanto no âmbito da formação inicial
como contínua. Dois terços dos inquiridos trabalhavam com adultos empregados
(70%), metade (50,3%) com jovens adultos fora do mercado de trabalho e 49,9% com
adultos desempregados. A maioria dos inquiridos faz uma referência aos problemas e
desafios que se colocam à educação e formação de adultos, destacando-se a falta de motivação dos
aprendentes como a referência mais frequente. A esta dificuldade seguem-se as referências a
dificuldades específicas associadas à aprendizagem de conteúdos tipicamente escolares
(nomeadamente no âmbito de disciplinas como a matemática, o português e o inglês como língua
estrangeira) e outros de natureza técnica, mais vinculados à aprendizagem decorrente das
especificidades dos locais de trabalho. Também referem a resistência à aprendizagem, especialmente
em adultos afetados pelo desemprego, bem como a heterogeneidade dos grupos em formação e a
não utilização das TIC. A maioria dos respondentes considera as competências sociais (82,2%), as
competências de ensino (68%) e as competências digitais (58,9%) essenciais para o sucesso como
educador de adultos. Além disso, 36,9% dos inquiridos assinalou as competências digitais como as
competências que gostariam de melhorar como educadores de adultos, seguidas pelas competências
sociais (23,7%) e pelas competências de ensino (15,8%). Em geral, os dados revelam que as
competências digitais são de extrema importância para os educadores de adultos.
TIC para Educadores de Adultos 32
Stepping Up to Technology in Adult Education
Trinta e cinco por cento dos inquiridos em
Espanha tinham entre 31 e 40 anos de idade.
Setenta por cento eram mulheres e 30%
homens. Trinta e sete por cento tinham mais
de 10 anos de experiência como educadores
de adultos e outros 37% tinham menos de
5 anos de experiência de trabalho.
Metade dos respondentes espanhóis
(50%) trabalhava na educação não-
formal de adultos e 40% trabalhava
em contextos formais, informais e/ou
não-formais de educação de adultos.
Trinta por cento trabalhava com jovens
adultos (< 25 anos de idade) e 24% com
formandos mais velhos (> 60 anos de idade).
No que respeita à importância das
competências dos educadores de adultos,
considerada a partir das respostas dos
inquiridos, destacam-se os seguintes
resultados: 1.º as competências sociais, 2.º as
competências de ensino, 3.º as competências
digitais, 4.º as competências pessoais, 5.º as
competências cognitivas e 6.º as
competências andragógicas. Os
inquiridos revelaram interesse em
melhorar essas competências na
seguinte ordem de importância:
competências digitais (34,1%),
competências cognitivas (18,2%),
competências sociais e de ensino (cada 13,6%),
competências andragógicas (11,4%) e
competências pessoais (9,1%).
A maioria dos inquiridos na Suíça eram homens (64,71%) e quase um terço (29,41%)
tinha entre os 31 e 40 anos de idade. A maioria tinha mais de dez anos de experiência
como educador de adultos (70,59%) e exercia as suas funções na educação formal
de adultos, trabalhando com diferentes categorias de adultos ao nível do
ensino superior (76,47%). Trabalhavam principalmente com jovens adultos e
com profissionais que voltaram à academia para realizar especializações ou
cursos de atualização e reciclagem. A maioria dos inquiridos eram
professores, professores universitários, membros de centros de formação,
etc. Os educadores de adultos suíços que responderam ao inquérito
realizavam várias atividades: a maioria deles lecionava no âmbito das TIC,
outros ensinavam italiano, andragogia, comunicação, gestão de stress e conflitos,
interação humano-computador, etc. Como atividades inerentes às suas práticas
mencionaram a definição de currículo, planificação da formação, formação a distância,
etc. Entre os desafios, referem que é particularmente difícil manter os aprendentes
envolvidos, motivados e empenhados. A necessidade de adaptar as modalidades de
ensino e a carga de trabalho para aprendentes trabalhadores são outros desafios
referidos pelos educadores, aos quais se juntam referências que remetem para
TIC para Educadores de Adultos 33
Stepping Up to Technology in Adult Education
dificuldades relacionadas com o incumprimento dos requisitos básicos por parte dos aprendentes
para participar nos cursos oferecidos.
Indicaram ainda a falta de tempo para a transferência de know-how e competências.
As competências de ensino (100%) e as competências sociais (88,24%) são as que os inquiridos
consideram mais importantes para que um educador de adultos possa trabalhar com sucesso.
A estas seguem-se as competências digitais (70,59%), as competências pessoais (64,71%), as
competências andragógicas (52,94%) e, por último, as competências cognitivas (29,41%).
Em síntese:
A análise dos dados permitiu descrever a população de educadores de adultos nos países
parceiros. Resumindo as principais tendências demográficas, podemos afirmar de forma
confiante que os educadores de adultos nos países parceiros são representados
principalmente por mulheres e que a maioria pertence ao grupo etário dos "41 aos 50
anos de idade". Além disso, a maioria dos inquiridos é muito experiente, trabalhando há
mais de 10 anos na área da educação de adultos. A maioria trabalha em contextos de
educação formal ou educação não-formal.
As principais dificuldades que os educadores de adultos dos países parceiros encontram
no seu ambiente de trabalho são: 1) falta de interesse e motivação dos formandos;
2) inadequação das ferramentas tecnológicas e das políticas de inovação, impedindo
o crescimento e a competitividade das empresas italianas e do setor educacional em
geral; 3) dificuldades em encontrar outro emprego para aqueles que se encontram em
situação de desemprego; 4) falta de interesse das administrações públicas para a
educação de adultos; 5) falta de competências digitais; 6) falta de competências para
trabalhar com dispositivos digitais (tais como smartboards) e aplicá-las no processo de
aprendizagem, etc.
A maioria dos inquiridos dos países parceiros considera as competências sociais, as
competências de ensino e as competências digitais como fundamentais para o sucesso
do educador de adultos.
ICT for Adult Educators 33
TIC para Educadores de Adultos 34
Stepping Up to Technology in Adult Education
4.2.
Utilização e importância das TIC
O segundo bloco do questionário visou a recolha de informação que permitisse identificar a
necessidade das TIC e a sua importância no ambiente de trabalho de educadores de adultos nos
países parceiros.
Quase todos os inquiridos dos países parceiros acreditam que é importante o papel das TIC na
educação de adultos e quase todos concordam que as TIC aumentam a eficácia da educação de
adultos. No que se refere à implementação de competências e ferramentas TIC, quase dois terços
dos inquiridos referem que utilizam sempre as TIC no seu trabalho.
A maior parte dos inquiridos em todos os países parceiros referem utilizar as TIC para: pesquisar e
recolher informação para preparar materiais de aprendizagem; comunicar online com aprendentes
adultos; pesquisar e recolher materiais de aprendizagem ou recursos para serem usados pelos
aprendentes adultos durante o processo de estudo. Referem outras atividades relacionadas com o
download/upload/pesquisa de materiais em ambientes de aprendizagem virtual e plataformas de
aprendizagem; preparação de exercícios e tarefas para aprendentes adultos; utilização de aplicações
para preparar materiais didáticos e apresentações de apoio ao processo educativo, etc. Como
"outras respostas" os inquiridos mencionam a "utilização de determinados programas de formação
ou aplicações para fins de aprendizagem", "trabalhos de casa em certos programas", etc.
A maior parte dos inquiridos dos países parceiros considera a utilização das TIC e de equipamento
específico (por exemplo, quadro interativo, PC, etc.), importante para a aprendizagem interpares ou
em grupo. Além disso, os participantes da pesquisa nos países parceiros consideraram que o uso das
TIC é importante na aprendizagem (criar sites/páginas web, videoconferência, etc.); na exploração de
temas específicos: tutoriais, simulações, etc.; na utilização de recursos multimédia (equipamentos
digitais de vídeo, áudio, etc.).
TIC para Educadores de Adultos 35
Stepping Up to Technology in Adult Education
O terceiro bloco do questionário visava a recolha de informações sobre as tendências de utilização
das TIC nos seis domínios considerados no contexto do projeto StepUp2ICT.
4.3.
Utilização das TIC nos 6 domínios
Na Bélgica, os inquiridos foram questionados
sobre a importância das competências digitais.
61,3% dos inquiridos refere a utilização da
internet durante o processo de aprendizagem,
41,9% referencia o uso de
equipamentos específicos, 61,3%
refere-se à utilização das TIC na
aprendizagem (embora alguns
coloquem um ponto de
interrogação ao lado deste
item) e 64,5% refere a utilização
de recursos multimédia como
importante. A participação em
comunidades de prática ou comunidades de
aprendizagem profissional ou entre pares
(online) é referida somente por 25,8% dos
inquiridos. Quando questionados sobre a fase
do processo educativo em que realmente
usam as TIC, os inquiridos indicaram o
seguinte: 64,5% utilizam as TIC "às vezes" na
planificação do conteúdo da formação.
Mencionam a utilização de modelos. 64,5%
"raramente" utiliza as TIC na avaliação das
necessidades dos seus alunos, mas 51,1%
gostaria de ter mais formação neste domínio.
32,3% "às vezes" utiliza as TIC na criação de
conteúdo para a formação. 71% utiliza
"frequentemente" as TIC no desenvolvimento
de manuais de formação e outra
documentação. Referem principalmente
o MS Word e o MS Powerpoint. Apenas
25,8% estão interessados em mais formação
neste domínio. 77,4% utiliza "frequentemente"
as TIC para concretizar um curso,
provavelmente através de uma
plataforma de aprendizagem online,
para todos os alunos, incluindo
aqueles que não possuem um
computador (nos centros de
aprendizagem abertos cada
instituto de educação de adultos
é obrigado por lei a disponibilizar
computadores aos alunos). Além disso,
a maioria das salas de aula nos centros de
educação de adultos têm projetores e quadros
interativos. Estes últimos itens são importantes
fatores para formação complementar (64,5%).
77,4% referiram usar "sempre" as TIC na
avaliação da qualidade da formação. Torna-se
claro que os educadores de adultos belgas:
reconhecem a importância das TIC; não estão
familiarizados com a utilização das TIC da
mesma forma em todos os domínios (fases) de
ensino e aprendizagem; e utilizam um número
de ferramentas bastante limitado (sites,
aplicações, plataformas). Somente alguns
assumem explorar ativamente 'o que está lá
fora' e, ainda assim, tirando pouco partido do
potencial pedagógico das ferramentas que
dizem usar.
TIC para Educadores de Adultos 36
Stepping Up to Technology in Adult Education
Em Itália quase todos os inquiridos referem que o uso das TIC
é importante na aprendizagem (utilização em temas específicos:
tutoriais, simulações, etc.), seguindo-se a referência à importância da
internet no processo de aprendizagem (por exemplo, para criar sites/
páginas web, videoconferência, etc.). No que respeita aos domínios em
que os inquiridos gostariam de desenvolver as suas competências digitais,
destaca-se o uso das TIC: na avaliação dos resultados da aprendizagem e da
qualidade dos cursos de formação (59,26%); na concretização da formação (51,85%); e na
planificação do conteúdo da formação (48,15%). As ferramentas TIC mais utilizadas são a internet,
o PC, as plataformas de e-learning e os quadros interativos. Também usam as redes sociais,
o WhatsApp, o Microsoft Office, vídeos e diversos softwares.
Na Lituânia, a percentagem de utilização
"frequente das TIC" em cada domínio é a
seguinte: 74,9% usa frequentemente as TIC
para projeção de conteúdos formativos;
63,16% no domínio da planificação do
conteúdo da formação; 57,21% na
concretização do curso; 49,4% no
desenvolvimento de recursos
pedagógicos, nomeadamente
manuais e exercícios. No âmbito da
planificação do conteúdo da formação,
os participantes lituanos gostariam de utilizar
vários ambientes virtuais, tais como a
plataforma Moodle, recursos educativos
abertos, plataformas de aprendizagem online,
aplicações especificamente vocacionadas para
a aprendizagem, Google Apps, etc. No que se
refere ao diagnóstico de necessidades, os
participantes referem que gostariam de ser
capazes de usar questionários digitais,
ferramentas digitais de diagnóstico de
necessidades, Google Apps, etc. No âmbito da
conceção, os educadores de adultos da
Lituânia gostariam de ser capazes de usar
recursos educativos abertos, Moodle, Google
Apps. Para o desenvolvimento de materiais de
apoio à formação, os participantes gostariam
de ser capazes de usar a plataforma Moodle
e ferramentas de edição gráfica e de texto
diversificadas. Para a concretização dos cursos,
os inquiridos gostariam de saber usar
dispositivos digitais, aplicações para
o desenvolvimento da aprendizagem
e ambientes virtuais de
aprendizagem. Na avaliação dos
processos de ensino e de
aprendizagem, gostariam de ser
capazes de usar ferramentas digitais
vocacionadas para esse fim. Os domínios
em que os inquiridos gostariam de ter mais
formação no âmbito da utilização das TIC
situam-se: na avaliação dos resultados e da
qualidade do curso de formação (66,7%); na
concretização dos cursos de formação (61,5%);
na planificação do conteúdo da formação
(47,6%); no diagnóstico das necessidades dos
aprendentes (52,4%); na conceção do
conteúdo de formação (66,7%); no
desenvolvimento de recursos, nomeadamente
do manual de formação, exercícios e outra
documentação de suporte à aprendizagem
(57,1%). As ferramentas TIC mais utilizadas são
a internet, o PC, as plataformas de e-learning
e os quadros interativos.
TIC para Educadores de Adultos 37
Stepping Up to Technology in Adult Education
Em Portugal, 93,5% dos participantes utilizam as TIC no âmbito da planificação
da formação e dos respetivos conteúdos; 82,2% utilizam as TIC para
diagnosticar as necessidades dos aprendentes adultos; 94,2% utilizam as TIC no
domínio da conceção de conteúdos; e 82,5% utilizam as TIC para fins de
avaliação e monitorização. O diagnóstico e a avaliação emergem como os
domínios que merecem particular atenção em termos de propostas concretas sobre
o que pode ser feito com as TIC. Quando solicitados a especificar os domínios em que gostariam de
obter formação adicional para potenciar o uso das TIC nas suas práticas profissionais, os inquiridos
destacam três domínios: 1) o uso das TIC no desenvolvimento de atividades e exercícios práticos
(desenvolvimento); 2) o uso das TIC na conceção de conteúdos de formação (conceção); e 3) o uso
das TIC durante a execução da formação (concretização).
Em Espanha, 94,7% dos participantes utiliza as
TIC “muitas vezes” para a planificação do
conteúdo da formação; 37,5% usa as TIC “às
vezes” para o diagnóstico de necessidades de
aprendizagem; 72,2% utiliza as TIC “muitas
vezes” para a conceção do conteúdo
da formação; 83,3% dos
participantes utiliza
“frequentemente” as TIC para o
desenvolvimento do manual da
formação, exercícios e outra
documentação de suporte à
aprendizagem. Os participantes
revelaram um interesse idêntico em todos os
seis domínios de utilização das TIC. Ainda
assim, a conceção do conteúdo da formação
emergiu como o domínio preferencial, seguido
de muito perto pelo interesse nos domínios da
concretização e do desenvolvimento de
recursos pedagógicos (guias, manuais
e exercícios). Com menor
expressão surgem os domínios da
planificação de conteúdos, do
diagnóstico das necessidades de
aprendizagem e da avaliação dos
resultados e da qualidade da
formação (ambos com a mesma
representação).
TIC para Educadores de Adultos 38
Stepping Up to Technology in Adult Education
Na Suíça, a maioria dos inquiridos considera que “usar as TIC na
aprendizagem (utilização das TIC para temas específicos: tutoriais,
simulaçes, etc.)”  a competncia digital mais importante, à qual se
segue o reconhecimento da importância de “usar recursos multimdia
(equipamentos digitais de vídeo, áudio, etc.)", "usar equipamento específico (por
exemplo, quadro interativo, portátil, etc.)","usar a internet no processo de aprendizagem (criar sites,
videoconferncias, etc.)". “Participar em comunidades de aprendizagem"  considerada a competncia
digital menos importante. Em relação ao uso das TIC nos seis domínios de competência do educador
de adultos, os inquiridos referem que usam frequentemente as TIC na concretização da formação
(100%), na planificação do conteúdo (82,35%), na conceção de conteúdos (70,59%), no
desenvolvimento de manuais e exercícios (70,59%) e na avaliação dos resultados e da qualidade da
formação"(52,94%). Salienta-se que as TIC são pouco usadas no domínio do diagnóstico de
necessidades. No que se refere ao interesse dos inquiridos relativamente à formação nos domínios de
competência considerados, destacam-se as referências à utilização das TIC na concretização da
formação (47,06%) e no diagnóstico das necessidades de aprendizagem (47,06%). Sobre as
ferramentas TIC mais utilizadas pelos inquiridos, destacam-se tanto as referências às tecnologias
Hardware (computador, tablet, rede, projetor, quadro interativo) quanto às tecnologias Software,
como plataformas de aprendizagem (Moodle), aplicações para conceber e desenvolver o conteúdo da
formação (Microsoft PowerPoint, editor de vídeo, Microsoft Word, YouTube, sites, bancos de dados,
MOOC, etc.) e as redes sociais (WhatsApp, ResearchGate, etc.). No futuro, alguns inquiridos gostariam
de usar as TIC para promover a interação e fornecer feedback em tempo real, assim como
ferramentas de realidade virtual e realidade aumentada.
Em síntese:
Para os inquiridos nos países parceiros, as três competências digitais mais importantes para
um educador de adultos são: 1) usar equipamentos específicos, 2) usar as TIC na
aprendizagem e 3) usar recursos multimédia.
Esta informação, juntamente com as suas preferências para frequentar formação em TIC
(em relação aos seis domínios), será tida em conta para o desenvolvimento dos próximos
resultados do projeto, especialmente na planificação e concretização do programa de
formação modular.
Os participantes mostraram-se disponíveis para frequentar formação em todos os
domínios, mas os principais interesses situam-se nos domínios dedicados à conceção do
conteúdo da formação, à concretização da formação e ao desenvolvimento de manuais e
exercícios.
ICT for Adult Educators 38
TIC para Educadores de Adultos 39
Stepping Up to Technology in Adult Education
4.4.
Conclusões e recomendações
Os resultados obtidos em todos os países parceiros indicam que as competências digitais são
consideradas muito importantes para os educadores que participaram nesta pesquisa. De facto, a
grande maioria dos participantes concordou que as tecnologias digitais facilitam a aprendizagem de
pessoas adultas e indicam que utilizam frequentemente as TIC nas suas práticas de educação e
formação. Considerando a importância de todas competências, verificou-se que as competências
digitais aparecem em terceiro lugar, com mais de metade das respostas. No entanto, quando
questionados sobre o papel que as tecnologias digitais desempenham na educação de adultos em
todos os países parceiros, a grande maioria considera que as TIC são importantes ou muito
importantes.
Os resultados mostram ainda que os inquiridos não consideram a falta de competências digitais
como um grande problema, mas, curiosamente, consideram importante melhorar as competências
dos formadores e dos formandos. Além disso, os educadores de adultos inquiridos reconhecem a
necessidade de fortalecer as suas próprias competências digitais e indicaram melhorias a fazer,
principalmente no que respeita à compreensão do uso das TIC no domínio da avaliação dos
resultados e da qualidade dos cursos de formação.
Para os inquiridos no conjunto dos países parceiros, as três competências digitais mais importantes
para um educador de adultos são: 1) usar equipamentos específicos, 2) usar as TIC na aprendizagem
e 3) usar recursos multimédia. Esta informação, juntamente com as suas preferências para frequentar
formação em TIC (em relação aos seis domínios), deve ser tida em conta para o desenvolvimento
dos próximos resultados do projeto, especialmente na planificação e concretização do programa de
formação modular. Os participantes mostraram-se disponíveis para frequentar formação em todos
os domínios, mas os principais interesses situam-se nos domínios dedicados à conceção do
conteúdo da formação, à concretização da formação e ao desenvolvimento de manuais e exercícios.
TIC para Educadores de Adultos 40
Stepping Up to Technology in Adult Education
Em resumo, para a conceção do programa de formação para educadores de adultos e para as
atividades abertas (OER) a serem desenvolvidos, os principais resultados sugerem que:
1. O potencial pedagógico do amplo leque de ferramentas digitais disponíveis deve ser
explorado se o educador de adultos quiser melhorar a sua utilização no seu contexto
profissional e na sua prática pedagógica.
2. O diagnóstico de necessidades e a avaliação da aprendizagem e da qualidade da
formação são os dois donios que devem merecer especial atenção em termos de
propostas concretas sobre o que pode ser feito com as TIC.
3. A diversidade das tecnologias digitais referidas pelos educadores de adultos e a sua forte
ligação com ambientes online e ferramentas da Web 2.0 sugerem que podemos
concentrar-nos na criação de propostas de atividades diversificadas com este tipo de
ferramentas.
4. Essa diversificação deve basear-seo em relação aos diferentes domínios de atividade
do educador de adultos, mas também nas necessidades específicas identificadas pelos
educadores de adultos que se candidatarem para participar nos cursos de educação e
formação.
5. A implementação de uma atividade de diagnóstico prévia para conhecer os
conhecimentos e as competências dos educadores de adultos antes de iniciar um curso
de formação pode ser uma estratégia a ser incluída na conceção do próprio curso de
formação a fim de permitir os ajustes necessários em cada caso.
6. A percentagem mais reduzida de referências a ferramentas de comunicação digital sugere
que, no curso de formação de formadores, deverá ser dada especial atenção às
tecnologias digitais que permitem a comunicação e interação, também como forma de
incentivar a comunicação entre o formador e formandos, ou como um estímulo para a
interação e colaboração em contextos virtuais entre formandos.
7. Com a mesma justificação, também o incentivo à utilização de plataformas online como
suporte para a formação deverá ser um elemento a ponderar na conceção do programa
de formação de formadores previsto no âmbito do projeto.
TIC para Educadores de Adultos 40
05 Domínios
da formação
Como mencionado anteriormente, neste capítulo apresenta-se uma descrição das
competências digitais que os educadores de adultos devem ter ou desenvolver,
considerando em primeiro lugar os vários elementos que integram cada um dos seis
domínios da formação considerados no âmbito projeto StepUp2ICT:
1) Planificação e coordenação da formação,
2) Diagnóstico de necessidades de formação,
3) Desenho de conteúdos de formação,
4) Criação de conteúdos de formação,
5) Concretizaçāo da formação, e
6) Avaliaçāo da aprendizagem e da formação.
TIC para Educadores de Adultos 43
Stepping Up to Technology in Adult Education
1
Planificação e coordenação da formação
A planificação e coordenação no âmbito da formação de adultos integra diversas dimensões,
muitas das quais abordaremos com mais detalhe nos capítulos seguintes. Analisando as
descrições tipicamente usadas para descrever as tarefas inerentes ao trabalho de um
coordenador da formação em educação de adultos, destacam-se as seguintes:
Identificar competências (ou conhecimentos) em défice e que podem ser desenvolvidas
com formação do tipo corretivo;
Criar planos de formação (anuais) para diferentes destinatários;
Conceber e desenvolver planos de formação em regime de outsourcing ou in-house;
Fazer a gestão de instalações e equipamentos;
Definir as metodologias de formação adequadas (e-learning, b-learning, formato
tradicional, simulações, coaching e tutoria, formação em serviço, etc.);
Mobilizar os princípios da educação de adultos e manter-se informado sobre novos
métodos e técnicas de formação (gamificação,...);
Conceber, preparar e/ou comparar materiais e recursos educativos;
Envolver especialistas de desenho instrucional e de conteúdo especializado
(nomeadamente quando é necessário organizar formação para formadores);
Disponibilizar informação aos (potenciais) formandos;
Recolher feedback dos formadores e dos formandos;
Avaliar a eficácia dos processos formativos e determinar o impacto da formação;
Manter e atualizar bases de dados (currículo dos formadores, programas de formação,
etc.);
Manter todos os registos das atividades pedagógicas e formativas;
Gerir o orçamento para a formação;
...
Descrição
TIC para Educadores de Adultos 44
Stepping Up to Technology in Adult Education
No domínio da coordenação de projetos de formação, os educadores de adultos devem ser
capazes de utilizar as TIC para:
Descrever o âmbito e as diferentes fases da formação, incluindo um plano do trabalho a
realizar;
Desenvolver um plano de comunicação, identificando os recetores das comunicações
(quem?) a realizar, assim como o conteúdo (o quê?) e a data para a sua efetivação
(quando?);
Dividir o projeto de formação em (pequenas) tarefas que podem ser atribuídas a diversas
pessoas (incluindo ao coordenador) e previamente agendadas;
Monitorizar o progresso do projeto de formação, considerando o plano estabelecido
previamente;
Identificar os riscos ligados à boa execução do projeto de formação.
Competências digitais
Algumas das tarefas atrás identificadas podem ser atribuídas a várias pessoas, mas, na maioria
das vezes, é o coordenador que acaba por ser o responsável pela sua concretização, além da
preocupação com a visão global dos projetos em cursos. O domínio da coordenação no
âmbito da formação de adultos está diretamente relacionado com atividades de gestão de
projeto, mesmo quando a “equipa de projeto”  constituda apenas por uma pessoa.
TIC para Educadores de Adultos 45
Stepping Up to Technology in Adult Education
2
Diagnóstico de necessidades de formação
O domínio do diagnóstico no âmbito da formação de adultos diz respeito à avaliação de
necessidades, que aqui se entende enquanto processo metodológico que exige a definição de
critérios para a tomada de decisões corretas no que respeita à aprendizagem. Entende-se,
portanto, que a qualidade da formação requer uma utilização eficiente das informações
resultantes da avaliação de necessidades.
Neste sentido, as avaliações iniciais das necessidades devem ser utilizadas para orientar os
formandos no seu processo de aprendizagem, verificando os seus conhecimentos,
capacidades e atitudes, a fim de estabelecer o ponto de partida e melhorar a motivação. Neste
contexto, as tecnologias de informação e comunicação são ferramentas de grande utilidade,
quer em termos de gestão do tempo quer no que respeita à seleção e criação de recursos
adequados aos fins em vista.
Existem diferentes tipos de avaliação de processos: avaliação normativa (a avaliação individual
é condicionada pela sua posição relativa em relação ao grupo), avaliação criterial (quando se
usam, por exemplo, referenciais de objetivos de aprendizagem) e avaliação personalizada (as
necessidades são identificadas tendo em conta o ponto de partida inicial e progresso de
aprendizagem individual).
Para avaliar as necessidades de formação, pode-se recorrer à autoavaliação, à avaliação
realizada pelo educador ou fazer uma combinação dos dois tipos. No caso da formação online
dirigida a adultos, as autoavaliações tornam-se ainda mais relevantes para ajudar o adulto a
identificar o seu nível e necessidades de aprendizagem. Entre as diversas possibilidades de
utilização de tecnologias para facilitar o levantamento e avaliação de necessidades,
destacam-se as seguintes tipologias de avaliação:
Avaliação baseada no computador: uso de tecnologias digitais em algumas etapas do
processo (preparação de perguntas, fóruns, relatório de resultados, etc.);
Avaliação assistida por computador: as tecnologias permitem a automatização total do
processo de avaliação, do começo ao fim. Neste caso, é particularmente importante manter
os princípios andragógicos em mente, não limitando a avaliação das necessidades ao uso
de testes. Por exemplo, a potencialidade do software disponível pode ser combinada com
outras estratégias, como um portfólio, para recolher informações sobre o processo de
aprendizagem do adulto.
Descrição
TIC para Educadores de Adultos 46
Stepping Up to Technology in Adult Education
No domínio do diagnóstico/avaliação de necessidades de formação, os educadores de
adultos devem ser capazes de utilizar as TIC para:
Detetar as características / peculiaridades da maioria do grupo de formandos, antes do
curso / formação (conhecimentos, capacidades, atitudes e atributos relacionados com os
conteúdos de aprendizagem previstos), para adaptar o processo de ensino quando
necessário;
Identificar, no início do curso, os adultos com dificuldades de aprendizagem e as suas reais
necessidades, a fim de levar a cabo um programa de trabalho mais personalizado;
Informar os adultos sobre as necessidades detetadas, a fim de envolvê-los no seu próprio
processo de aprendizagem e incentivá-los a atingir bons resultados;
Identificar as necessidades (áreas de competência a melhorar), planear a formação e
refletir sobre as realizações dos adultos;
Diversificar as abordagens para identificar as necessidades de aprendizagem dos
formandos.
Em conformidade com a abordagem construtivista, há três grandes áreas de aprendizagem
que devem ser tidas em conta na avaliação das necessidades de formação: conceptual
(conhecimento, compreensão, aplicação, análise, síntese e avaliação), procedimental e
atitudinal.
Concluída a avaliação das necessidades é recomendável fornecer feedback apropriado aos
adultos, para que eles possam tomar consciência das suas reais necessidades de
aprendizagem. Além disso, é altamente recomendável clarificar o plano previsto para colmatar
as necessidades identificadas, especificando como e quando se desenvolverão as atividades
de suporte às aprendizagens previstas. Fornecer um feedback de alta qualidade é
extremamente benéfico para a aprendizagem, potenciando a motivação e o envolvimento dos
adultos.
Competências digitais
TIC para Educadores de Adultos 47
Stepping Up to Technology in Adult Education
3
Desenho de conteúdos de formação
O domínio da conceção no âmbito da formação de adultos integra o desenho, a planificação e
a definição de conteúdos adequados ao desenvolvimento das aprendizagens previstas. Neste
sentido, a conceção de conteúdos implica a identificação de recursos e ferramentas (incluindo
as TIC) para colocar em prática a formação planeada e melhorar as competências dos
formandos. Trata-se de um processo que, para ser efetivo, deverá ter em consideração
diversos aspetos de natureza pedagógica, designadamente:
As competências a adquirir e/ou a desenvolver;
A experiência e o conhecimento prévios dos formandos;
Os estilos de aprendizagem dos participantes;
Os princípios da aprendizagem de adultos;
O tamanho do grupo.
As tarefas de planificação e organização dos conteúdos de apoio à aprendizagem também
implicam:
a) Definir os métodos de ensino mais adequados para apoiar os formandos a utilizar os novos
conhecimentos e capacidades com confiança e competência. Tipicamente os métodos de
ensino incluem palestras, estudos de caso, demonstrações, prática, jogos, representação de
papéis (role-playing), vídeos, autorreflexão, debate, discussão em grupo e simulações.
b) Definir uma sequência lógica e pertinente para os conteúdos, tendo por base a análise dos
dados disponíveis.
A introdução e o uso das TIC no âmbito da formação de adultos implica uma mudança nos
processos de ensino e de aprendizagem, tradicionalmente centrados e liderados pelos
formadores, permitindo agora um maior protagonismo por parte dos formandos. Neste
contexto, o papel de um educador de adultos digitalmente competente passa a ser o de um
mentor e um guia para que os formandos possam gerir as suas aprendizagens de forma cada
vez mais autónoma. Para isso, é necessário que os educadores sejam capazes de usar as
tecnologias quer para projetar novas estratégias de orientação e apoio, a nível individual e
coletivo, quer para implementar, apoiar e monitorizar atividades de aprendizagem
autorreguladas e colaborativas (European Framework for the Digital Competency of Educators
- JRC SCIENCE FOR POLICY REPORT 2017).
Descrição
TIC para Educadores de Adultos 48
Stepping Up to Technology in Adult Education
No domínio da conceção de conteúdos, os educadores de adultos devem ser capazes de
utilizar as TIC para:
Identificar e conceber o conteúdo considerando as particularidades do contexto e os
objetivos a alcançar;
Idealizar e organizar o conteúdo de apoio à concretização das aprendizagens previstas;
Partilhar as suas ideias para a conceção de conteúdos com outros educadores de adultos.
Entre as diversas vantagens inerentes à utilização das TIC em contexto de formação,
destacam-se os benefícios no domínio da conceção, permitindo a planificação e conceção de
conteúdos de apoio ao desenvolvimento da aprendizagem de forma mais prática, inovadora
e rápida. Em termos mais concretos, no domínio da conceção de conteúdos, as TIC
contribuem nomeadamente para:
Reduzir o tempo dedicado ao desenho e acelerar todo o processo de planificação
(economia de tempo);
Ampliar as possibilidades de recolha de informações e organizá-las de forma rápida e
prática (eficiência);
Facilitar o acesso a conteúdos bem organizados (acessibilidade),
Promover o aperfeiçoamento das competências digitais do educador, assim como a sua
mobilização em outras situações (autoaperfeiçoamento);
Conceber conteúdos com um design moderno, inovador e mais interessante (inovação).
Competências digitais
TIC para Educadores de Adultos 49
Stepping Up to Technology in Adult Education
4
Criação de conteúdos de formação
Os materiais de aprendizagem constituem um elemento necessário e integrante de qualquer
programa ou atividade que envolva a aquisição e o desenvolvimento de conhecimentos.
Dependendo dos objetivos de aprendizagem e da duração do programa de formação, os
materiais de aprendizagem podem incluir livros de exercícios, tutoriais, lições baseadas em
computador e recursos multimédia. A melhor abordagem para o desenvolvimento de
materiais de aprendizagem é começar pela análise do plano de formação e dos recursos
disponíveis.
Entre as abordagens de utilização das TIC para o desenvolvimento de materiais de
aprendizagem, destacam-se as seguintes opções:
Aprendizagem suportada pela Internet: as tecnologias são usadas para apoiar o
desenvolvimento de atividades tradicionais que integram materiais de aprendizagem
eletrónicos (ex. apresentações eletrónicas, filmes, podcasts).
Aprendizagem enriquecida através da Web: as tecnologias usadas para ampliar as
atividades tradicionais, permitindo a exploração de novos conteúdos (por exemplo,
resolvendo tarefas adicionais online, utilizar um fórum para discutir questões emergentes
durante uma sessão de trabalho).
Aprendizagem híbrida (b-learning): as tecnologias são usadas para suportar o
desenvolvimento de determinados conteúdos online, enquanto estratégia prevista
inicialmente como parte integrante e inseparável do processo educacional no seu todo.
Aprendizagem online (e-learning): as tecnologias são usadas para suportar todo o
processo de aprendizagem via Internet, incluindo a comunicação entre os participantes,
que também fica limitada ao ambiente online.
Todos os modelos assumem um forte compromisso do educador para o desenvolvimento do
conteúdo relacionado com o processo de ensino e aprendizagem. A integração bem-sucedida
das TIC no ensino e aprendizagem depende da capacidade do educador para estruturar o
ambiente de aprendizagem e conceber materiais de aprendizagem envolventes, numa lógica
que combine a abordagem centrada no aluno com as vantagens que as TIC oferecem.
Descrição
TIC para Educadores de Adultos 50
Stepping Up to Technology in Adult Education
No domínio do desenvolvimento de materiais de suporte à aprendizagem, os educadores de
adultos devem ser capazes de utilizar as TIC para:
Identificar, avaliar e selecionar ferramentas adequadas para o desenvolvimento de
manuais de aprendizagem, apresentações e exercícios;
Produzir materiais relevantes, tendo em consideração os objetivos de aprendizagem, o
contexto, a abordagem andragógica e as características do grupo;
Preparar, editar, alterar e melhorar conteúdos digitais (textos, tabelas, imagens, fotos,
registos de áudio, tarefas digitais, jogos, atividades interativas, etc.);
Criar tarefas completas e complexas, visando a produção de conhecimento por parte dos
formandos, a criação de produtos diversificados, a identificação de soluções para
problemas reais e/ou a apresentação e comunicação de resultados;
Desenvolver materiais de apoio à aprendizagem, respeitando possíveis restrições ao uso /
reutilização / modificação de ferramentas e conteúdos.
Competências digitais
TIC para Educadores de Adultos 51
Stepping Up to Technology in Adult Education
5
Concretização da formação
Durante a concretização da formação, o educador implementa todas as decisões tomadas
durante a fase de planeamento. Dispositivos, recursos e ferramentas digitais não se destinam
apenas a apoiar, mas principalmente a fomentar e aprimorar novos formatos e métodos de
formação. Esta transformação do processo de formação, considerando o desenvolvimento
tecnológico dos nossos dias, promove, por sua vez, o desenvolvimento digital contínuo dos
formadores em geral.
De facto, considerando o enorme potencial pedagógico que as tecnologias digitais têm no
processo de ensino e aprendizagem, o uso das TIC no âmbito da concretização da formação
contribui para o desenvolvimento de várias áreas de intervenção do educador, nomeadamente
para:
a) Gerir e fomentar a qualidade das intervenções no âmbito da formação, promovendo o
envolvimento ativo dos formandos (formação);
b) Promover, gerir e aprimorar os processos de comunicação e interação com ou entre os
formandos, dentro ou fora das sessões de formação (comunicação);
c) Fomentar e reforçar a colaboração no processo de aprendizagem, visando a criação de
conhecimento (colaboração);
d) Facilitar a orientação e o apoio aos formandos, de forma individual ou coletivamente, e
monitorizar o seu processo de aprendizagem, permitindo-lhes refletir e regular a sua
própria aprendizagem (orientação).
Descrição
TIC para Educadores de Adultos 52
Stepping Up to Technology in Adult Education
No domínio da concretização da formação, os educadores de adultos devem ser capazes de
utilizar as TIC para:
Apoiar a realização de cursos de formação;
Estruturar um curso de formação que inclua diferentes atividades que mobilizem as
tecnologias para reforçar o objetivo de aprendizagem;
Desenvolver sessões de aprendizagem, atividades e interações em ambiente digital;
Criar um ambiente digital que facilite a gestão de conteúdos e promova a interação e a
colaboração;
Responder prontamente às necessidades dos formandos, interagir, orientar e monitorizar
remotamente o seu progresso;
Refletir sobre a eficácia e adequação das estratégias escolhidas;
Experimentar e desenvolver novos formatos e métodos para a formação.
Competências digitais
TIC para Educadores de Adultos 53
Stepping Up to Technology in Adult Education
6
Avaliação da aprendizagem e da formação
O domínio da avaliação integra duas componentes distintas:
a) avaliação da aprendizagem do formando;
b) avaliação da qualidade do programa de formação.
A avaliação da aprendizagem permite verificar se os formandos atingiram os objetivos de
aprendizagem esperados. Um desafio que se coloca à eficácia desta avaliação é garantir um
alinhamento estreito entre os objetivos de aprendizagem e as atividades de avaliação usadas
para avaliar se os objetivos de aprendizagem foram alcançados. Para este propósito, é
importante monitorizar o progresso da aprendizagem dos formandos durante o curso de
formação (avaliação formativa) e não apenas no final (avaliação sumativa). As técnicas de
avaliação formativa, além de permitirem emitir e obter um feedback útil e oportuno sobre a
aprendizagem do formando, também permitem que os formadores ajustem o processo de
ensino para ajudar os formandos a concretizar as aprendizagens previstas.
A avaliação da qualidade do programa de formação permite a recolha de informações sobre a
utilidade, adequação e eficácia dos programas de formação. É útil fornecer feedback ao
formador, dando sugestões de mudanças e melhorias, nomeadamente no que respeita à
metodologia e ao conteúdo da formação. Geralmente, a avaliação da formação é realizada
através da recolha de opinião dos participantes. Apesar de existirem diferentes abordagens, o
modelo de Kirkpatrick (1976), baseado em quatro níveis de avaliação (reação/satisfação,
aprendizagem, comportamento e resultados), e os modelos mais recentes desenvolvidos a
partir da proposta de Kaufman, são os mais utilizados no âmbito da avaliação da formação.
A utilização das TIC no domínio da avaliação proporciona um valor acrescentado importante
para os formadores, permitindo-lhes avaliar a aprendizagem dos formandos e avaliar a
qualidade da formação de uma forma mais eficiente, eficaz, precisa, envolvente e inovadora.
Descrição
TIC para Educadores de Adultos 54
Stepping Up to Technology in Adult Education
No domínio no domínio de avaliação das aprendizagens e da formação, os educadores de
adultos devem ser capazes de utilizar as TIC para:
Monitorizar o processo de aprendizagem e obter informações sobre o progresso dos
formandos;
Analisar e interpretar as evidências disponíveis sobre a atividade e o progresso do
formando, incluindo os dados gerados pelas ferramentas usadas;
Fornecer feedback pessoal e oferecer suporte diferenciado aos formandos, com base nos
dados gerados pelas ferramentas utilizadas;
Realizar a avaliação geral da qualidade da formação, analisar as evidências disponíveis e
refletir sobre elas.
Algumas contribuições importantes do uso das TIC no domínio de avaliação das
aprendizagens e da formação são:
Facilitar o processo de criação e reutilização de material de avaliação por formadores
(eficiência);
Permitir a recolha de informações oportunas e específicas sobre o progresso da
aprendizagem do formando (eficiência, precisão);
Facilitar a emissão de feedback oportuno e específico aos formandos (eficácia),
Promover a interação e colaboração entre formador e formandos na sala de aula
(envolvimento, inovação).
Aumentar o envolvimento e motivação dos formandos (envolvimento).
Competências digitais
06 Atividades com
Tecnologias Digitais
Este capítulo inclui a descrição de um conjunto de propostas de atividades criadas para
cada domínio da formação com a finalidade de estimular e promover o uso de tecnologias
digitais em contextos de formação de adultos. Essas atividades devem ser vistas como
exemplos do que poderá ser feito por educadores de adultos no exercício da sua prática.
No Capítulo 7 faz-se a descrição detalhada das ferramentas utilizadas nas seis diferentes
atividades que seguidamente se apresentam.
TIC para Educadores de Adultos 56
Stepping Up to Technology in Adult Education
No campo da Educação de Adultos, os Recursos Educativos Abertos (REA)
podem oferecer uma oportunidade de mudança nos processos de ensino
e de aprendizagem, se pudermos encorajar os educadores a explorar e
usar as tecnologias digitais para coordenar, planear, conceber, criar e
avaliar atividades de aprendizagem significativas. Reconhecendo a
necessidade de desenvolver competências digitais relacionadas com as
diferentes áreas de intervenção do educador de adultos, a ideia central do
projeto StepUp2ICT é justamente criar e propor algumas sugestões de
atividades com tecnologias digitais que possam servir quer como estímulo
ao desenvolvimento de competências digitais, quer como base para a
criação e partilha de novos recursos.
De acordo com o OER Commons, os REA “são materiais de ensino e de
aprendizagem que se podem usar e reutilizar gratuitamente, sem
necessidade de pedir permissão. Ao contrário dos recursos protegidos por
direitos autorais, os REA foram criados por um indivíduo ou uma
organização que opta por manter poucos, ou nenhum, direitos de
propriedade.” (https://www.oercommons.org).
Em conformidade com esta filosofia, qualquer educador pode usar
livremente materiais pedagógicos disponíveis e também recriar,
reformular ou misturá-los com outros materiais e recursos pedagógicos.
Ao participar ativamente neste processo de cocriação, cada educador
pode acrescentar algo novo e também adaptar materiais a contextos e
grupos específicos, contribuindo para uma educação e formação mais
ricas e significativas para todos.
TIC para Educadores de Adultos 57
Nesta atividade propõe-se que se crie a oportunidade
para que os adultos explorem as potencialidades de
uma ferramenta específica para a gestão de projetos,
utilizando-a para otimizar a gestão de tarefas e de
recursos a mobilizar no âmbito de cursos que irão
planear (ou coordenar).
Breve descrição
Optimizar a gestão
de tarefas e recursos
Descrição detalhada da atividade
Sessão 1
Para iniciar esta atividade sugerimos que tome como
ponto de partida os próprios domínios em que a
formação do projeto StepUp2ICT se encontra
organizada. Com este referencial em mente, apresente a
atividade e distribua diversos blocos de notas adesivas
coloridas pelos participantes, incentivando-os a
identificarem os diferentes aspetos de um curso de
formação.
Pensar em termos de avaliação de necessidades
(diagnosticando as necessidades dos participantes), de
design (selecionando o conteúdo da formação), de
desenvolvimento (manuais, recursos didáticos e
exercícios), de concretização (escolhendo os métodos de
ensino mais adequados) e em termos de avaliação (da
formação e da aprendizagem) pode ser efetivamente um
bom ponto de partida.
Depois, peça aos formandos que usem uma cor
diferente para detalhar cada uma das atividades,
prevendo diferentes níveis (subactividades ou tarefas).
Em vez de blocos de notas em papel, os formandos
podem recorrer a um software para esse propósito
como, por exemplo, Simply Sticky Notes.
Informe que o número de níveis descritos dependerá da
complexidade de cada projeto (variável em função do
tempo disponível, do número de participantes e de
outros fatores).
Para facilitar a descrição das tarefas, poderá fornecer aos
formandos um folheto com os verbos de taxonomia de
Bloom ou pedir-lhes que procurem esta informação na
Internet.
Sessão 2
Disponibilize aos formandos um ficheiro elaborado com
o programa sugerido, no qual já tenha inserido os
principais elementos/componentes da formação.
Peça-lhes que usem este ficheiro para explorar a
funcionalidade e a interface do ProjectLibre. Logo que
possível e familiarizados com esta ferramenta, solicite
que adicionem ao ficheiro os elementos identificados na
primeira parte, reforçando a necessidade de usarem os
verbos da taxonomia de Bloom para descreverem as
O planeamento e a coordenação de um projeto
formativo a desenvolver no quadro da Educação de
Adultos são atividades que podem ser bastante
complexas. A utilização de software de gestão de
projetos permite acompanhar e monitorizar projetos
formativos de pequena escala (um curso, uma
lição…), mas tambm projetos maiores (um
programa, um curso on-line…). A aplicação sugerida
nesta atividade facilita o desenvolvimento de uma
gestão adaptada a diferentes necessidades.
Justificação
Identificar pequenas tarefas de um projeto
formativo, atribuindo-lhes recursos e outras
propriedades (despesas, tempo,…).
Criar e partilhar relatórios sobre um determinado
projeto formativo.
Avaliar e reformular a planificação sempre que
necessário.
Aprender o quê?
Domínio: Coordenação
Duração: 3 sessões de 2 horas cada (1 dia)
Nível de dificuldade: Exigente
Aplicação: ProjectLibre (open source
desktop)
Equipamento; Computador, software
de produtividade, ProjectLibre
(ou equivalente), ligação à internet.
TIC para Educadores de Adultos 58
É importante que a planificação, organização e gestão das tarefas e
recursos a realizar pelos formandos diga respeito a um projeto
formativo real. O software sugerido permite “diminuir” o tempo
necessário para concluir as tarefas e as séries de tarefas utilize o
tempo que for necessário para mostrar como usar esta funcionalidade.
Segurança
& Identidade Digital
Até ao momento, não se
conhecem problemas de
segurança relacionados com o
ProjectLibre open source.
Como se trata de um
programa executável num
computador, também não se
identificam problemas de
identidade digital. Para instalar
o software é necessário um
endereço de e-mail.
Recomendamos criar uma
conta gmail especificamente
para essa finalidade. Em
termos de segurança, não
encontrámos uma política de
segurança específica para o
ProjectLibre. No entanto, pode
consultar a política de
segurança do LibreOffice, que
foi desenvolvido pela mesma
equipa:
https://www.libreoffice.org/
about-us/security/
https://www.libreoffice.org/
about-us/privacy/privacy-
policy-en/
Passos
Partilhar e otimizar
o caminho crítico
do projeto
formativo.
Instalar e explorar o
ProjectLibre, com
base num ficheiro
preparado pelo
formador, ao qual
os formandos irão
inserir os
resultados
decorrentes do
primeiro passo.
Fornecer o apoio
necessário para que
cada formando crie
um novo ficheiro,
inserindo as
atividades (e
tarefas) reais do
seu próprio projeto
formativo.
Analisar um projeto
formativo,
detalhando as
atividades com a
identificação e
descrição das
respetivas tarefas
(usar a taxonomia
de Bloom para
descrever as
tarefas).
1 2 3 4
Descrição detalhada da atividade (cont.)
tarefas. No decurso desta exploração, forneça o apoio
necessário para que os formandos possam explorar e
usar outras funcionalidades importantes, explicando e
mostrando como tirar partido dos marcadores, links
(precursores e sucessores), recursos, etc. Aproveite ainda
esta ocasião para lhes mostrar diferentes tipos de
relatórios.
Sessão 3
Com base no trabalho realizado nas sessões anteriores,
solicite aos formandos que elaborem um plano
detalhado para um dos seus cursos de formação.
Informe que a estrutura do projeto StepUp2ICT pode
servir igualmente como um bom ponto de partida. Do
mesmo modo, deverão dar especial atenção ao uso dos
verbos da taxonomia de Bloom para descrever as
tarefas.
Depois disso, será hora de passar essa informação para
o ProjectLibre open source, tirando partido de todas as
funcionalidades previamente exploradas.
Peça aos formandos que partilhem o seu plano
detalhado e, mantendo o foco em distintos cenários
reais, mostre-lhes como otimizar o caminho crítico dos
seus projetos formativos.
O ProjectLibre (open source
desktop) é uma aplicação
gratuita, de código aberto,
distribuída sob uma Licença
Comum de Atribuição Pública.
Está disponível para download
em https://
www.projectlibre.com/.
Notas & Links
Sugestões & Dicas
TIC para Educadores de Adultos 59
Nesta atividade os adultos irão desenvolver um Quiz com tarefas de realização individual e em grupo, permitindo a
recolha de informações para a realização de um diagnóstico global inicial. Trata-se de uma atividade que permitirá a
recolha de informações úteis em relação ao conhecimento prévio dos formandos num determinado tema ou tópico,
incluindo a identificação de perceções erradas sobre determinados conteúdos.
Breve descrição
Criar um Quiz para
um diagnóstico inicial
Descrição detalhada da atividade
Etapa 1: Planificação.
Inicie a atividade identificando um grupo real de
formandos, com os quais trabalha regularmente, e
escolha um tema ou tópico que prevê abordar, tendo em
consideração a estrutura curricular de referência e os
objetivos do curso em questão.
Etapa 2: Definição das questões / itens de avaliação.
Considerando os objetivos de aprendizagem previstos,
defina dez perguntas para explorar as necessidades e o
conhecimento prévio dos formandos em relação ao
conteúdo específico que pretende desenvolver. Preveja
algumas questões de resposta individual e outras para
serem resolvidas em grupo. Note que as questões de
avaliação devem ser variadas para abranger diferentes
processos de pensamento (comparar, retomar, observar,
classificar, interpretar, imaginar, organizar dados, planear,
etc.).
Etapa 3: Criação do Quiz online.
Registe-se na ferramenta sugerida para apoiar a criação
de questionários de avaliação inicial e, depois de
familiarizado com as suas funcionalidades, crie as
questões/itens de avaliação previamente definidos e
inclua imagens em pelo menos metade do total das
perguntas criadas.
Etapa 4: Implementação do Quiz e conclusões.
Aplique o Quiz e, no final da sua implementação, recolha
e analise os resultados fornecidos pelo próprio
programa, refletindo sobre desempenho dos formandos
(visões / conceções alternativas e pré-requisitos de
aprendizagem). Com esta informação, adapte o plano de
aprendizagem previamente definido, considerando as
necessidades e dificuldades diagnosticadas. Lembre-se
que o processo de aprendizagem será tanto mais eficaz
quanto mais os formandos estiverem conscientes do seu
ponto de partida, pelo que se recomenda a partilha dos
resultados. obtidos.
Em contexto de formação, a avaliação inicial do
conhecimento é uma estratégia muito valiosa para um
adequado desenvolvimento dos processos de ensino e de
aprendizagem, especialmente numa perspetiva
construtivista. Questionmark é uma ferramenta com muitas
possibilidades pedagógicas para a melhoria dos processos
de avaliação, permitindo o desenvolvimento de diferentes
atividades para a recolha de informações de grande
utilidade, com diferentes níveis de dificuldade, de acordo
com as necessidades do aluno.
Justificação
Domínio: Diagnóstico
Duração: 2 sessões de 2:00H cada
Nível de dificuldade: Intermédio
Aplicação: Questionmark
Equipamento: Computer/dispositivo móvel;
ligação à internet
Aprender o quê?
Criar e editar questões/itens com recurso a
tecnologias digitais.
Enriquecer as questões criadas com
estímulos visuais (imagens).
Criar atividades de avaliação online com
foco nos diferentes processos de
pensamento.
Selecionar e/ou desenvolver questões
pertinentes para analisar as necessidades
de aprendizagem.
TIC para Educadores de Adultos 60
Ao desenvolver as questões ou os itens para o questionário, lembre-
-se de escrevê-los de forma objetiva, válida e confiável. Para
consegui-lo, deve evitar a formulação de questões dúbias, confusas
e pouco claras. Para que as questões sejam válidas, certifique-se que
estão efetivamente relacionados com os objetivos de aprendizagem
e em conformidade com o nível de conhecimento dos formandos.
Para aumentar o seu nível de confiança do Quiz, as questões ou os
itens precisam de estar redigidos de forma a reduzir a possibilidade
de adivinhação.
Ao desenvolver as perguntas para criar o Quiz, pode usar a seguinte
estrutura: questão/item > opções de resposta possíveis >
pontuação para cada opção.
Para formular e redigir boas questões/itens, deverá ter em mente
que as mesmas deverão:
ser claras, concisas e positivas,
evitar o jargão,
evitar testar vários conhecimentos em apenas uma pergunta
simples,
ter um comprimento semelhante (e ser tão curtas quanto
possível),
evitar inconsistências gramaticais,
reduzir a possibilidade de adivinhação (questões com opções de
respostas do tipo sim/não aumentam essa possibilidade). Ao fazer
perguntas fechadas, é aconselhável fornecer 4 opções de resposta
possíveis,
estar orientadas para a avaliação de competências e
conhecimentos sobre um determinado assunto e não para a
avaliação de competências linguísticas.
Depois de terminar, é desejável pedir a alguém que faça uma
revisão final ao questionário, nomeadamente no que se refere a
questões relacionadas com ortografia, gramática, precisão,
legibilidade e interpretação.
Segurança
& Identidade Digital
O Questionmark integra uma
diversidade de recursos que
garantem um alto nível de
segurança e privacidade,
permitindo o envio seguro de
avaliações através de
diferentes tipos de dispositivos
(PC, tablets e smartphones).
Esses recursos, além de
permitirem que as avaliações
são disponibilizadas e
executadas de forma segura,
no trabalho ou em casa,
também protegem o conteúdo
e os algoritmos de pontuação.
Além disso, reduzem
a possibilidade de embustes
e garantem a validade,
a confiabilidade e a defesa
dos questionários online.
O Questionmark não é uma
ferramenta gratuita, mas
é possível obter uma
demonstração personalizada
e uma avaliação gratuita de
30 dias em https://
www.questionmark.com/pt-br.
Consulte o Guia de Instalação
em www.questionmark.com/
content/questionmark-
perception-57-install-guide.
Notas & Links
Passos
Rever o plano
inicialmente
previsto.
Analisar e
partilhar os
resultados
fornecidos pelo
próprio Sistema.
Criar e aplicar o
Quiz online.
Explorar as
potencialidades
da ferramenta.
Identificar e
definir
perguntas de
avaliação
adequadas aos
objetivos em
vista.
Fazer o registo
na plataforma.
Planear a
atividade
(definição do
grupo-alvo e do
nível de
competência,
considerando os
objetivos
pretendidos e o
conteúdo
curricular).
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Sugestões & Dicas
TIC para Educadores de Adultos 61
Nesta atividade, propõe-se que se crie a oportunidade para que os adultos possam criar
um mapa mental online para ajudar a visualizar o conteúdo de apoio ao desenvolvimento
dos objetivos de aprendizagem previstos. Uma vez finalizado, o mapa mental pode ser
partilhado com os pares e outros potenciais interessados.
Breve descrição
Estruturar e organizar
conteúdos formativos
Descrição detalhada da atividade
Comece esta atividade com a identificação dos objetivos
de aprendizagem em que irá centrar o seu plano de
desenvolvimento de conteúdos. Para este exercício pode
focalizar a sua atenção em apenas um objetivo
específico ou dois, no máximo.
Lembre-se que é muito importante ter uma ideia muito
clara do resultado esperado para criar um conteúdo
verdadeiramente adequado e relevante. Além disso, e
considerando ainda os objetivos previstos, deve
identificar exatamente o que o aluno deve reter da
experiência de aprendizagem que lhe pretende
proporcionar e porque razão necessitará, ou não, de
explorar os conteúdos numa certa ordem ou sequência.
Depois desta reflexão, pode inscrever-se e familiarizar-se
com as ferramentas e funcionalidades do Mindmeister.
Para criar um mapa mental, basta clicar em “Novo mapa
mental”, escolher um tema e digitar o nome do tópico
principal no centro do mapa. Depois, defina os principais
pontos-chave, ligando-os ao tópico que pretende
explorar.
Reúna todo o material de apoio à aprendizagem para
cada ponto-chave, inserindo links, imagens, documentos
etc. no mapa mental. Aproveite este momento para
identificar os elementos multimédia que gostaria e
fazem sentido incorporar ao conteúdo em
desenvolvimento.
Depois, mova os elementos no mapa mental para definir
uma sequncia “natural” dos diferentes pontos-chave e
atividades relacionadas que previu.
Quando terminar, clique em “compartilhar” no canto
inferior esquerdo do ecrã e introduza os endereços de
e-mail dos colegas com os quais gostaria de partilhar o
seu mapa mental.
Em contexto de formação, a criação de um mapa mental
é uma estratégia produtiva e muito eficaz para apoiar a
identificação de conteúdos pertinentes e relevantes para
a concretização dos objetivos de aprendizagens
previstos.
Além de oferecer uma visão global dos temas/assuntos/
tópicos a abordar ao longo da formação, facilita a
identificação dos conteúdos que requerem maior ou
menor desenvolvimento.
Criar um mapa mental online, além de facilitar a partilha
de informações com diferentes interessados, permite
recolher e organizar rapidamente o conteúdo de
qualquer formação.
Justificação
Criar um mapa mental online.
Integrar diferentes elementos no mapa
mental (links, textos, documentos,
imagens).
Partilhar informações com os pares.
Domínio: Conceção
Duração: 2 sessões de ±1 hora
Nível de dificuldade: Intermédio
Aplicação: Mindmeister
Equipamento: Computer/dispositivo móvel;
ligação à internet
Aprender o quê?
TIC para Educadores de Adultos 62
Antes de iniciar a atividade, certifique-se que os adultos têm uma
conta de e-mail para se poderem inscrever na aplicação sugerida
para esta atividade. Incentive os participantes a serem tão precisos
quanto possível e tenha sempre em mente os resultados finais que
eles precisam alcançar.
Sugestões & Dicas
Segurança
& Identidade Digital
Todos os mapas mentais
criados com a aplicação
Mindmeister são privados até
ao momento que optar por
publicá-los e torná-los
públicos. Note que, em
qualquer circunstância, deve
verificar os direitos autorais do
material usado para criar o
conteúdo da formação e
atribuir-lhe os devidos
créditos.
Mindmeister é uma aplicação
especificamente concebida
para a criação de mapas
mentais online, disponível em
https://www.mindmeister.com.
Pode ser usada para diversos
fins e propósitos tais como,
por exemplo, brainstorming,
anotações, planeamento de
projetos e gestão de eventos.
Permite a integração de
elementos externos (como
imagens, links, vídeos, etc.), o
que enriquecerá o mapa e a
ideia a ser apresentada.
Notas & Links
Passos
Partilhar o mapa
mental criado
online com os
colegas.
Criar o mapa
mental em
conformidade
com as decisões
tomadas.
Identificar e
recolher o
material de
apoio às
aprendizagens
previstas.
Familiarizar-se
com a aplicação
selecionada e as
suas diferentes
funções.
Definir um tema
central e tópicos
relacionados
(pontos-chave).
Refletir sobre os
objetivos e a
sequência da
aprendizagem.
1 2 3 4 5 6
TIC para Educadores de Adultos 63
Criar e configurar
uma lição digital
Descrição detalhada da atividade
Depois de ter contextualizado o trabalho a realizar,
projete o ambiente da plataforma Moodle e clarifique o
tipo de atividades aqui disponibilizados, dando
exemplos concretos de utilização em contexto de
formação.
Feito o devido enquadramento, convide os formandos a
pensarem num curso que já tenham criado previamente
e que desenvolvam uma atividade do tipo Lição.
Antes que avançam diretamente para a plataforma,
reserve um tempo para a planificação da Lição e sugira
aos formandos que sigam os seguintes procedimentos:
a) Identificar e selecionar um conteúdo que faça
sentido desenvolver e apresentar no formato
proposto;
b) Dividir o conteúdo selecionado em partes, lógicas e
equilibradas, tendo em consideração os objetivos de
aprendizagem previstos;
c) Identificar e elaborar uma pergunta e respetivas
opções de resposta para fazer no final de cada parte
do conteúdo a abordar; e
d) Desenhar diferentes percursos de aprendizagem, a
realizar em função das opções de resposta corretas
e incorretas.
Com o plano da atividade Lição devidamente
estruturado, os formandos poderão passar à sua criação
e montagem na plataforma Moodle. Terminada esta
tarefa, peça-lhes que partilhem o resultado do seu
trabalho.
Nesta atividade, os adultos serão incentivados a
explorar as atividades que podem criar na plataforma
Moodle, criando e apresentando um material de
apoio à aprendizagem no formato de Lição, que se
traduzirá numa série de páginas com conteúdo em
que cada página pode terminar com uma pergunta
de escolha múltipla, correspondência ou resposta
curta.
Justificação
Criar e configurar uma Lição na plataforma Moodle.
Conceber e organizar o conteúdo da Lição.
Learning what?
Esta atividade pretende ajudar a criar um determinado
conteúdo de aprendizagem com recurso à funcionalidade do
Moodle designada de lição (“lesson”). Desta forma, o
formador pode organizar a informação pretendida numa
série de páginas HTML que o adulto pode consultar em
função dos seus próprios interesses e objetivos.
Domínio: Desenvolvimento
Duração: 3 sessões de1:00H cada
Nível de dificuldade: Intermédio
Aplicação: Moodle (MoodleCloud,
atividade “Lição”)
Equipamento: Computer/dispositivo
móvel; ligação à internet
Breve descrição
Aprender o quê?
TIC para Educadores de Adultos 64
Segurança
& Identidade Digital
Para poder usufruir dos
serviços de hospedagem do
MoodleCloud é necessário
criar uma conta, conhecer e
respeitar os termos e
condições de utilização
definidos. Para informações
mais detalhadas, leia os
respetivos Termos de Serviço,
em https://moodlecloud.com/
app/terms.
A plataforma Moodle é
disponibilizada mediante uma
variedade de planos, incluindo
uma versão gratuita. Para usar
a versão gratuita, é necessário
recorrer a um parceiro Moodle
ou um Provedor de Serviço
Internet para hospedar o site
Moodle. No entanto,
também é possível criar cursos
de aprendizagem no
MoodleCloud, em https://
moodlecloud.com/, sem
qualquer instalação ou
pagamento.
Notas & Links
Sugere-se a divisão do conteúdo de apoio ao desenvolvimento das
aprendizagens previstas em pequenas partes para facilitar a atenção
e, por conseguinte, a compreensão e assimilação das informações.
É recomendável incluir perguntas que permitam perceber se os
formandos perceberam os conteúdos abordados as perguntas
devem ser simples e claras.
Também é aconselhável indicar sempre o tempo estimado para a
realização da Lição, pois permite uma melhor planificação e gestão
do tempo por parte dos formandos.
Sugestões & Dicas
Passos
Partilhar o
resultado do
trabalho
realizado por
cada formando.
Criar e montar a
Lição na
plataforma,
seguindo as
decisões
tomadas
previamente.
Prever questões
e diferentes
percursos de
aprendizagem.
Explorar as
Atividades da
plataforma
Moodle,
fornecendo
exemplos reais.
Identificar,
dividir e
sequencializar o
conteúdo a
explorar.
Enquadrar e
clarificar os
objetivos da
atividade
proposta.
1 2 3 4 5 6
TIC para Educadores de Adultos 65
Nesta atividade, os adultos aprenderão a criar e a manter um weblog, tirando partido dos recursos e
funcionalidades do WordPress. A ideia central passa por criar uma oportunidade para que os adultos
possam produzir, partilhar e comentar conteúdos online, incentivando-os a manter um diário digital sobre
as sessões de formação e, assim, desenvolver um sentimento de pertença a uma comunidade (virtual).
Breve descrição
Manter um diário digital
sobre o curso de formaçāo
Descrição detalhada da atividade
Inicie a atividade questionando os adultos sobre os
aspetos informativos e interativos da Internet,
especulando como ocorre a produção e a disseminação
do conteúdo na rede.
Aproveite a oportunidade para apresentar alguns
exemplos de weblogs, discutindo com eles os assuntos
escolhidos pelos autores, a sua aparência geral ou
modelo visual e as formas de interação permitidas aos
leitores.
Neste momento, pode pedir-lhes que pensem e
proponham um título sugestivo e original para o seu
próprio weblog. Para isso, deverão verificar se já existem
outros weblogs com o mesmo nome. Sublinhe a
importância desta escolha, uma vez que o nome do
weblog não poderá ser alterado após a sua criação.
Depois, para começarem a criar o weblog, peça aos
formandos que acedam ao WordPress no endereço
http://pt.wordpress.com, façam o login (utilizando as
suas credenciais de acesso) ou criem uma nova conta
para usarem este serviço.
Assim que os adultos iniciarem a sua sessão terão acesso
ao painel de controle do WordPress e a todas as
ferramentas e configurações, podendo facilmente definir
o visual e a estrutura do weblog. Acompanhe todo este
processo e apoie os adultos a escreverem o seu primeiro
“post”, fazendo uma apresentação pessoal, por exemplo.
Por fim, incentive a utilização do recurso “hiperlink” para
expandir e enriquecer o conteúdo das suas
apresentações, mostrando-lhes como inserir
hiperligações para imagens, outros weblogs, páginas da
Internet e documentos considerados relevantes.
As estratégias baseadas em atividades caraterizadas
pelo diálogo e reciprocidade (aprendizagem
colaborativa), altamente produtivas e recomendadas
em contexto de formação, podem ser promovidas e
implementadas através da criação de weblogs. De
facto, a criação e a gestão de um espaço virtual desta
natureza permitem manter a comunicação contínua
entre os participantes, fortalecendo o sentimento de
pertença a uma comunidade. Reconhecendo a
importância da interação com os outros e a
importância do feedback sobre as descobertas,
opiniões e conquistas dos formandos, esta estratégia
pode ser usada como estímulo à partilha dos
processos e dos produtos de aprendizagem.
Justificação
Criar e organizar um espaço para partilhar
conteúdo online.
Criar conteúdos multimédia com hiperligações.
Produzir e manter um diário digital.
Domínio: Concretização
Duração: 3 sessões de ±1 hora
Nível de dificuldade: Intermédio
Aplicação: WordPress
Equipamento: Computer/dispositivo móvel;
ligação à internet
Aprender o quê?
TIC para Educadores de Adultos 66
Antes de iniciar a atividade, certifique-se que cada adulto tem uma
conta de e-mail para poder subscrever o plano gratuito oferecido
pelo WordPress.
Pode desencadear novas ideias e despertar ainda mais o interesse
na exploração dos recursos que este serviço disponibiliza, fazendo
algumas perguntas iniciais, tais como: como deve ser a escrita neste
tipo de espaços? que tipo de recursos podem ser usados para
enriquecer o nosso conteúdo? deixamos que os nossos leitores
comentarem o que escrevemos? e assim por diante.
Existem vários tutoriais em vídeo na Internet clarificando os passos
essenciais para a criação de um weblog com o WordPress. Se achar
interessante e necessário, inicie esta atividade apresentando alguns
desses recursos.
Existem outras ferramentas disponíveis gratuitamente que podem
ser usadas para o mesmo objetivo: Blogger (http://blogger.com);
Weebly (http://weebly.com); Wix (http://wix.com); etc. Segurança
& Identidade Digital
Explique como personalizar o
perfil do WordPress, se
necessário, e sugira que os
adultos verifiquem a Política de
Privacidade e Segurança deste
serviço. Note que as postagens
de weblogs podem ser abertas
para comentários de visitantes,
se essa opção for marcada
durante a personalização do
weblog. Lembre-se ainda que
as imagens e outros conteúdos
publicados no weblog devem
estar livres de direitos autorais
e devidamente referenciados.
O WordPress é uma
ferramenta gratuita, disponível
online (http://wordpress.com),
que permite criar e gerir um
weblog. Tal como um site, esta
ferramenta permite criar e
partilhar informações online,
de forma simples, rápida e
apelativa. Com esta tecnologia
é possível representar ideias/
conteúdos sob várias formas
(texto, imagem, áudio, vídeo),
incluindo a possibilidade de
inserção de hiperligações para
ficheiros ou outras páginas
existentes na Web.
Notas & Links
Passos
Escrever o
primeiro “post”
tirando partido
das
hiperligações
para enriquecer
o conteúdo.
Definir o visual e
a estrutura do
weblog,
validando o
resultado.
Criar um
weblog.
Definir um título
sugestivo e
original.
Fazer o login ou
criar nova conta.
Familiarizar-se
com o mundo
dos weblogs do
WordPress.
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Sugestões & Dicas
TIC para Educadores de Adultos 67
Esta avidade proporciona aos adultos uma oportunidade
de aprendizagem sobre como criar uma compeção entre equipas,
baseada na resposta a um Quiz criado na plataforma Socrave.
Breve descrição
Criar uma dinâmica
de competição
Descrição detalhada da atividade
Comece por contextualizar a atividade, explicando aos
formandos que o desafio consiste em criar uma
dinâmica de competição, organizada e gerida a partir de
um Quiz baseado em questões sobre um tema/assunto
à sua escolha. O Quiz será criado na plataforma
Socrative, o que terá a vantagem de facilitar a
monitorização das respostas em tempo real e a
obtenção de um relatório de resultados no final da
dinâmica.
Depois, peça aos adultos que, organizados em pequenos
grupos, façam o desenho do Quiz, o que significa
escolher um tema, definir a tipologia das questões,
elaborar as questões e as respetivas opções de resposta.
Nesta fase de planificação, é ainda importante definir o
grupo-alvo e o número de equipas a constituir para a
competição.
Como se trata de uma atividade que exige alguma
familiaridade com os recursos disponíveis na plataforma
Socrative, poderá indicar aos adultos a visualização de
um tutorial disponível no YouTube ou, em alternativa,
fazer uma rápida demonstração, em grande grupo,
explorando as suas funcionalidades básicas.
Lembre os adultos que para poderem usar a ferramenta,
devem criar previamente uma conta gratuita como
professor.
Com a planificação do Quiz terminada, é muito fácil
fazer a sua montagem na plataforma. Basta: 1) clicar
no separador “testes”, disponvel no menu superior;
2) depois, clicar no botão “adicionar teste” e escolher a
opção “criar novo”; 3) de seguida, escrever o ttulo do
Quiz e seguir as instruções para adicionar as perguntas;
para cada pergunta, é necessário selecionar a tipologia
(múltipla escolha, verdadeiro/ falso ou resposta curta) e
inserir o conteúdo; 4) no final, clicar no botão “salvar e
sair”.
Terminada a primeira parte da atividade (criação do
Quiz), é hora de organizar e iniciar a competição.
Em contexto de formação é muito importante
perceber o nível de compreensão dos formandos ao
longo de todo o percurso. Importa, por isso, recorrer
a estratégias que permitam recolher dados
pertinentes para esse propósito e visualizar os
resultados em tempo real. Do ponto de vista de
quem aprende, trata-se da possibilidade de participar
em atividades mais interessantes e envolventes.
Justificação
Criar uma atividade de avaliação (Quiz).
Criar uma dinâmica de competição através da
aplicação de um Quis.
Analisar os resultados.
Interpretar e avaliar os resultados.
Domínio: Avaliação
Duração: 3 horas em 2 sessões
Nível de dificuldade: Exigente
Aplicação: Socrative
Equipamento: Computer/dispositivo móvel;
ligação à internet; projetor
Aprender o quê?
TIC para Educadores de Adultos 68
Esta atividade requer pelo menos duas fases distintas: a primeira diz
respeito à criação do Quiz (fase de criação); a segunda à dinâmica de
competição (fase de lançamento do Quiz), a desenvolver em contexto
de formação presencial.
Enquanto formador, pode ser útil criar uma biblioteca de Quizzes, de
modo a poder implementar mais rapidamente uma atividade desta
natureza.
Antes da competição real, convém verificar se tudo funciona bem,
simulando a aplicação do Quiz com pelo menos dois alunos fictícios.
Segurança
& Identidade Digital
Para poder usar os serviços do
Socrative, é necessário ter uma
conta ou conectar-se com uma
conta do Google. Os alunos só
podem usar o serviço se
tiverem pelo menos 13 anos
de idade ou, no caso de terem
idade inferior, com o
consentimento do educador
ou de um responsável legal, de
acordo com a Política de
Privacidade da COPPA (https://
www.masteryconnect.com/
socrative/COPPA-policy.html).
Para mais informações,
sugerimos a leitura dos termos
e condições do serviço
Socrative, em https://
www.socrative.com/terms.html.
O Socrative é uma ferramenta divertida e eficaz para o envolvimento
dos formandos em sala de aula. Está disponível online, em https://
www.socrative.com/, e permite que o formador, através do jogo, se
conecte instantaneamente com os formandos à medida que a
aprendizagem se desenvolve, possibilitando avaliar o seu nível de
compreensão sobre um determinado assunto ou conteúdo lecionado.
Notas & Links
Passos
Terminar a
competição e
explorar as
opções de
visualização de
resultados.
Partilhar o
código de
acesso à sala e
executar o Quiz
(modalidade
“Corrida
Espacial”).
Fazer o login na
qualidade de
professor e criar
o Quiz.
Apresentar os
recursos e
ferramentas
disponíveis na
plataforma
Socrative.
Criar uma conta
como educador
(no caso de não
ter sido criada
em atividades
anteriores).
Planear o
desenvolvimento
Quiz (definir
tema, número e
tipologia de
questões,
elaborar as
perguntas e
opções de
resposta).
1 2 3 4 5 6
Sugestões & Dicas
Descrição detalhada da atividade (cont.)
Voltando ao menu principal (separador “iniciar”), os
adultos devem clicar no botão “Corrida Espacial” e
escolher o teste previamente criado. De seguida, devem
ajustar as configurações do Quiz, isto é, definir o número
de equipas, selecionar as opções de reprodução
aleatória, etc. No final das configurações, devem clicar
no botão “iniciar” e partilhar o código que permite a
entrada dos participantes na “sala de competição”.
Neste momento, será importante lembrar aos adultos
que, para responderem às perguntas, deverão fazer o
login como estudantes.
Quando todos os participantes terminarem a atividade e
fecharem a competição, sugira que explorem as diversas
opções disponíveis para a recolha, partilha e análise dos
resultados.
07 Aplicações usadas
nas Atividades com
Tecnologias Digitais
Esta secção inclui a descrição detalhada das aplicações online abertas usadas nas atividades
com tecnologias digitais apresentadas no capítulo anterior. Após uma breve apresentação
de cada aplicação, destaca-se o seu valor pedagógico e sistematizam-se algumas
características em torno de questões relacionadas com acessibilidade, requisitos técnicos,
segurança e identidade digital.
TIC para Educadores de Adultos 70
Descrição
O ProjectLibre (open source desktop) é uma versão atualizada do antigo software de Gestão de
Projetos OpenProj, de código aberto e implementado em Java. Foi desenvolvido para ser uma
alternativa ao Microsoft Project.
Entre a as características e recursos da versão atual do ProjectLibre, destacam-se as seguintes:
Compatibilidade com o Microsoft Project
Gráfico de Gantt
Diagrama de rede
Gráficos WBS / RBS
Custo do Valor Agregado
Histogramas de recursos
Domínio
Coordenação.
Valor pedagógico
O ProjectLibre é uma ferramenta que possibilita prever e planificar todos os aspetos de uma
dada formação, incluindo o uso de outras ferramentas mais específicas. Ainda assim, o valor
para os formadores que usam o ProjectLibre é o facto de poderem tirar partido desta
ferramenta em outros domínios, não apenas profissionais, mas também pessoais, para planear e
coordenar projetos (de vida).
Requisitos
O ProjectLibre pode ser executado em qualquer computador que tenha uma máquina virtual
java instalada e em pleno funcionamento.
Acessibilidade
O ProjectLibre (open source desktop) é uma aplicação gratuita, de código aberto, distribuída
sob uma Licença Comum de Atribuição Pública. Pode ser instalado em sistemas Linux, Windows
e OS. Foi traduzido para o árabe, chinês (simplificado), tcheco, holandês, inglês, francês,
finlandês, galego, alemão, hindi, italiano, japonês, coreano, persa, português, eslovaco,
espanhol, sueco, russo e ucraniano.
A documentação do ProjectLibre está num wiki da comunidade, acessível mediante login no
site.
Segurança e privacidade
Até ao momento, não se conhecem problemas de segurança e privacidade relacionados com a
utilização do ProjectLibre open source.
ProjectLibre
ProjectLibre está disponível em http://www.projectlibre.com
TIC para Educadores de Adultos 71
Descrição
Questionmark é um sistema de gestão da avaliação que permite criar, agendar, enviar e gerir
relatórios sobre pesquisas, questionários, quizzes, testes e exames para aferir e/ou medir
conhecimentos, capacidades e atitudes. Pode ser utilizado para fins diversos, desde a realização
de diagnósticos e levantamento de necessidades de formação até à avaliação de cursos.
Domínio
Diagnóstico.
Valor pedagógico
A utilização de Questionmark em contexto de formação facilita as tarefas de criação e aplicação
de testes, assim como a produção de relatórios de avaliação para fins diversos: aferir resultados
de aprendizagem; certificar conhecimentos, capacidades e atitudes; demonstrar que cumpre as
normas legais. Oferece imensas possibilidades para a criação de testes, avaliações e exames
(testes pré / pós curso, testes práticos, testes de conhecimento, exames internos, avaliações de
observação, etc.).
Requisitos
O hardware recomendado para usar o Questionmark depende do ambiente no qual se
pretende instalá-lo. Para obter mais informações sobre os requisitos de hardware
recomendados, consulte o guia de instalação disponível no site.
Acessibilidade
A utilização das funcionalidades oferecidas pelo Questionmark requer assinatura, mas é possível
realizar uma avaliação gratuita durante 30 dias (no máximo) mediante registo. O Questionmark
pode ser usado em diferentes dispositivos (PCs, smartphones, tablets,..) e inclui diversos
modelos padrão que permitem o dimensionamento de texto e o controle de contraste.
Segurança e privacidade
O Questionmark integra uma diversidade de recursos que garantem um alto nível de segurança
e privacidade, permitindo o envio seguro de avaliações através de diferentes tipos de
dispositivos (PC, tablets e smartphones). Esses recursos, além de permitirem que as avaliações
sejam disponibilizadas e executadas de forma segura, no trabalho ou em casa, também
protegem o conteúdo e os algoritmos de pontuação. Além disso, reduzem a possibilidade de
embustes e garantem a validade, a confiabilidade e a defesa dos questionários online.
Questionmark
Questionmark está disponível em https://www.questionmark.com/
TIC para Educadores de Adultos 72
Descrição
Mindmeister é uma aplicação especificamente concebida para a criação de mapas mentais
online, possibilitando que os utilizadores (de forma individual ou colaborativa) registem,
desenvolvam e partilhem ideias visualmente. Possibilita a integração de elementos externos
(imagens, links, vdeos,…) e pode ser usada para diversos fins: brainstorming, anotaçes,
planeamento de projetos, gestão de eventos, etc.
Domínio
Conceção.
Valor pedagógico
O uso de mapas mentais é particularmente interessante no âmbito da planificação dos
processos de ensino e de aprendizagem. Trata-se de uma estratégia que possibilita a
identificação de conteúdos relevantes para a concretização dos objetivos de aprendizagens
previstos e, ao mesmo tempo, a compilação e organização de todos os materiais que se
pretendem usar.
Requisitos
O MindMeister é uma ferramenta baseada na Web executável em qualquer navegador padrão e
em diversos dispositivos (Chromebooks, iOS e Android). Para criar, gerir e partilhar conteúdos
nesta plataforma, é necessário fazer o registo e o login com uma conta de e-mail e uma senha.
Acessibilidade
O uso dos recursos básicos do Mindmeister é gratuito, mediante inscrição prévia. Para usar
recursos mais avançados, o serviço disponibiliza diversos planos, cujo preçário pode ser
consultado diretamente no site.
Segurança e privacidade
Todos os mapas mentais criados com o Mindmeister são privados até ao momento que optar
por publicá-los e torná-los públicos. Antes de utilizar as funcionalidades que o Mindmeister
disponibiliza, consulte as medidas de segurança que o serviço adota.
Mindmeister
Mindmeister está disponível em https://www.mindmeister.com
TIC para Educadores de Adultos 73
Descrição
O Moodle é um ambiente de suporte à aprendizagem, que permite produzir e gerir recursos e
atividades educativas baseadas na Internet e/ou em redes locais. Funcionando como sistema de
gestão da aprendizagem ou, em inglês, Learning Management Systems (LMS), é amplamente
utilizado no âmbito da educação e formação. Além de possibilitar a implementação de
estratégias de aprendizagem totalmente a distância, também permite a configuração e
implementação de modalidades híbridas, podendo ser usado como um completo às sessões de
trabalho presenciais.
Domínio
Desenvolvimento.
Valor pedagógico
A missão do Moodle é, desde sempre, desenvolver e disponibilizar ferramentas flexíveis e
pedagogicamente poderosas, para que os educadores possam melhorar as suas estratégias de
ensino, centrando-as na aprendizagem e na promoção de formas de trabalho colaborativo. De
facto, como oferece uma grande diversidade de recursos e atividades, permite que os
educadores disponham de mais tempo para se concentrarem no essencial, isto é, na criação de
cursos e atividades envolventes para os seus formandos.
Requisitos
O MoodleCloud é uma plataforma de código aberto baseada na Web, que permite obter um
espaço gratuito, mas limitado a 50 utilizadores. Para usar esta solução basta fazer o registo e ter
um dispositivo (computador, tablet, etc.) com ligação à Internet e um navegador Web
compatível com HTML5.
Acessibilidade
A plataforma Moodle é disponibilizada mediante uma variedade de planos, incluindo uma
versão gratuita. Para usar a versão gratuita, é necessário recorrer a um parceiro Moodle ou um
Provedor de Serviço Internet para hospedar o site Moodle. No entanto, também é possível criar
cursos de aprendizagem no MoodleCloud, em https://moodlecloud.com/, sem qualquer
instalação ou pagamento.
Em qualquer solução, é necessário que os formadores tenham uma conta para poderem editar
cursos, registar e inscrever formandos nos seus cursos, se estes não forem abertos.
Security and privacy
O Moodle valoriza a proteção de dados e os direitos de privacidade dos seus utilizadores,
seguindo o Regulamento Geral de Proteção de Dados da UE (GDPR). Na sua Política de
Privacidade descreve como recolhe, usa e divulga os dados pessoais dos seus utilizadores
(cf. Privacy Notice).
Moodle
Moodle está disponível em https://moodle.org
TIC para Educadores de Adultos 74
Descrição
O WordPress é uma ferramenta online que permite criar um website ou um blog e gerir a
publicação de conteúdos nessa plataforma. Permite, assim, criar e partilhar informação online,
de modo simples e rápido.
Domain
Concretização.
Valor pedagógico
Os blogs têm sido amplamente utilizados como veículos de partilha de conteúdos digitais,
possibilitando a divulgação de uma grande variedade de assuntos. Produzir conteúdos online é
algo que, na atualidade, está acessível a qualquer pessoa com ideias para partilhar com o
mundo. No âmbito da formação, as ferramentas que permitem criar blogs são de grande
utilidade para a realização de atividades baseadas no diálogo e na reciprocidade, numa lógica
de aprendizagem colaborativa. Dessa forma, a criação de um blog pode ser uma estratégia
pedagógica adequada para promover e fomentar o sentimento de pertença a uma comunidade
(virtual), organizada em torno de um grupo de formandos. Também pode ser uma boa forma
para partilhar as atividades e o processo de aprendizagem realizado pelos participantes durante
um curso de formação.
Requisitos
Para utilizar o WordPress é necessário ter um computador, tablet ou smartphone com acesso à
Internet; ter uma conta de e-mail para realizar o registo. No caso de utilizar em dispositivos
móveis (smartphones ou tablets) é necessário fazer o download da aplicação.
Acessibilidade
A utilização do WordPress é gratuita, no entanto há funcionalidades que são pagas para gerir
um site de melhor qualidade. Está disponível um plugin para dispositivos móveis que permite
criar e gerir o conteúdo com mais flexibilidade.
Segurança e privacidade
A conta pessoal do utilizador pode ser pública ou privada e a informação organizada no site ou
blog criados não é armazenada se for eliminada pelo próprio utilizador. Os posts publicados
podem estar abertos aos comentários dos seus visitantes se o seu autor permitir. Imagens e
demais conteúdos publicados devem ser livres de direitos de autor e estar devidamente
referenciados. É fundamental verificar a Política de Privacidade e Segurança do serviço antes da
sua utilização.
WordPress
WordPress está disponível em http://wordpress.org
TIC para Educadores de Adultos 75
Descrição
O Socrative é uma ferramenta divertida e eficaz para o envolvimento dos formandos em sala de
aula. Está disponível online, em https://www.socrative.com/, e permite que o formador, através
do jogo, se conecte instantaneamente com os formandos à medida que a aprendizagem se
desenvolve, possibilitando avaliar o seu nível de compreensão sobre um determinado assunto
ou conteúdo lecionado.
Domínio
Diagnóstico e Avaliação.
Valor pedagógico
Em contexto de formação é muito importante perceber o nível de compreensão dos formandos
ao longo de todo o percurso. Para além de outras potencialidades, o Socrative pode ajudar à
concretização desta finalidade, uma vez que permite a implementação de estratégias para
diagnosticar, aferir e avaliar conhecimentos, interesses e atitudes em tempo real.
Requisitos
O Socrative é uma plataforma baseada na Web, acessível em diversos sistemas operativos (iOS,
Windows e Android). Para usar este serviço, é necessário ter uma conta ou conectar-se com
uma conta do Google. Em termos de equipamento, é necessário um computador ou dispositivo
móvel com ligação à Internet e um browser compatível com HTML5. Informações mais
detalhadas estão disponíveis online em Socrative Requirements.
Acessibilidade
O Socrative oferece dois planos para os educadores: um gratuito, com funcionalidades
limitadas, outro pago (PRO), com todas as funcionalidades do sistema. Para os alunos, é sempre
gratuito. Além da versão baseada na Web, existem aplicações para dispositivos móveis Android
e iOS.
Segurança e privacidade
Para poder usar os serviços do Socrative, é necessário ter uma conta ou conectar-se com uma
conta do Google. Os alunos só podem usar o serviço se tiverem pelo menos 13 anos de idade
ou, no caso de terem idade inferior, com o consentimento do educador ou de um responsável
legal, de acordo com a Política de Privacidade da COPPA. Para mais informações, sugerimos a
leitura das políticas de utilização e de privacidade definidas pelo serviço, ambas disponíveis
apenas em inglês, em Socrative.com Terms & Conditions of Service e Socrative.com Privacy
Policy.
Socrative
Socrative is available at https://www.socrative.com/
08 Glossário
A EPALE, Plataforma Eletrónica para a Educação de Adultos na Europa, fornece um extenso
glossário de termos relacionados com a educação de adultos, disponível em várias línguas,
incluindo em português (https://ec.europa.eu/epale/pt/glossary). Nesta secção,
identificamos e definimos alguns termos que são de interesse particular para este projeto.
TIC para Educadores de Adultos 77
Stepping Up to Technology in Adult Education
Andragogia
A andragogia refere-se à prática (e ao estudo) de ensinar e orientar os adultos a
aprender. Inclui a aprendizagem em contextos formais, não-formais e informais e
foca-se no que é específico para os adultos em diferentes fases do seu
desenvolvimento (de adultos mais jovens a seniores) em diferentes contextos (pessoal,
bem como vocacional ou profissional).
Educador (adultos)
Um educador de adultos é alguém que está institucionalmente envolvido no ensino
e na formação de adultos. Embora o termo “professor" (ou, às vezes, mais
especificamente "formador"...) seja usado tipicamente em ambiente formal, "educador
de adultos" é um termo mais amplo.
Aprendente (adulto)
O termo “aprendente adulto” refere-se à ampla categoria de pessoas com 16 anos ou
mais (embora o limite inferior de “16” anos de idade esteja aberto a debate) que se
encontra em qualquer situação de aprendizagem possível. Em contextos específicos,
outros termos podem ser usados: estudante, aprendiz, formando...
Avaliação de necessidades
Em geral, a "avaliação de necessidades" refere-se à avaliação das diferentes
necessidades dos aprendentes adultos: necessidades de aquisição de competências
específicas, necessidades de um ambiente de aprendizagem adaptado, necessidades
de apoio emocional ou técnico...
Recursos Educativos Abertos (REA)
De acordo com a oercommons.org, os REA “são materiais de ensino e de
aprendizagem que se podem usar e reutilizar gratuitamente, sem necessidade de pedir
permissão.” Alm disso, o conceito e a prtica em torno dos REA representam uma
filosofia social e educacional centrada nos princípios da participação, cocriação e
partilha, assumidos como basilares para o desenvolvimento de práticas de ensino e de
aprendizagem sustentáveis e inclusivas.
PARCEIROS DO PROJETO
Training 2000 (coordenação)
A Training 2000 é uma organização de formação de adultos, que opera na Região de Marche em atividades
de Educação e Formação de Adultos (LLP - educação contínua e permanente), consultoria e promoção de
atividades de formação em empresas, formação de formadores e professores nas escolas. Organiza cursos
de formação em diversos setores para adultos. Website: www.training2000.it
Institute for Knowledge Management (IKM)
A IKM, criada em 1990, é uma organização belga sem fins lucrativos O instituto foca-se na educação para
um futuro sustentável (Pessoas, Planeta, Prosperidade, Paz e Política). Este enfoque é feito através de
métodos inovadores de ensino online, tutoria e orientação de jovens e adultos e através da formação de
professores, (re)design do currículo, consultoria e participação em projetos.
Klaipeda University Continuing Studies Institute
O Continuing Studies Institute é uma subdivisão estrutural da Universidade de Klaipeda, que oferece uma
ampla gama de atividades de educação ao longo da vida para diferentes grupos profissionais e sociais.
Oferece também uma série de cursos de formação em serviço, outros programas de estudo não graduado e
cursos de Bacharel e Mestrado em Andragogia (Educação de Adultos). Website: www.ku.lt/tsi
Asociacion Instituto Europeo de estudios para la formacion y el desarrollo (DOCUMENTA)
A DOCUMENTA  uma organização sem fins lucrativos que opera no campo da “pesquisa social aplicada”
desde 1996, e cujo objetivo principal é a introdução de um modelo de desenvolvimento local sustentável
nas áreas onde atua. Website: www.documenta.es
Instituto de Educação da Universidade de Lisboa (IEUL)
O IEUL é uma das 18 Escolas da Universidade de Lisboa, que desenvolve atividades de pesquisa e de ensino
em educação e serviço à comunidade. As atividades de investigação são um elemento central da sua
atividade, combinando investigação fundamental e aplicada em domínios-chave da educação e formação,
com particular ênfase em História e Psicologia da Educação, Política Educativa, Administração e Avaliação,
Educação de Adultos e Professores, TIC na Educação e Educação em Ciências e Matemática.
Website: www.ie.ulisboa.pt
The University of Applied Sciences and Arts of Southern Switzerland (SUPSI)
A SUPSI é uma das 9 universidades profissionais reconhecidas pela Confederação Suíça. Fundada em 1997
sob a lei federal, a SUPSI oferece mais de 30 cursos de Bacharelado e Mestrado, caracterizados por uma
educação de ponta que une instrução teórico-científica clássica e orientação profissional. Realiza
investigação em setores-chave, participando em projetos competitivos e financiados por grandes agências
europeias e nacionais ou mandatados por organizações e instituições. Website: www.supsi.ch
AGRADECIMENTOS
Gostaríamos de deixar um especial agradecimento a todos os educadores de adultos que, nos diferentes
países do consórcio, responderam ao questionário utilizado para este estudo. Foi com a sua preciosa ajuda
que foi possível realizar o trabalho aqui apresentado. Gostaríamos também de agradecer a todos os
participantes do curso piloto realizado em Fano, Itália, pela relevância dos seus contributos para o
aperfeiçoamento das atividades com tecnologias digitais destinadas a todos os educadores de adultos.
ISBN: 978-989-8753-53-3
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