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“Cada um no seu canto!”- Olhares de jovens
do ensino profissional sobre
homossexualidade e masculinidade
NICOLAS MARTINS DA SILVA, FPCEUP
SOFIA MARQUES DA SILVA, FPCEUP–CIIE, INESC-TEC
Índice
Justificação da investigação
Questão de Investigação e objetivos
O contexto de investigação
Enquadramento da presente apresentação na investigação
Enquadramento teórico
Opções e caminho metodológico
Olhares de jovens sobre homossexualidade e masculinidade
Considerações finais
NICOLAS MARTINS DA SILVA, SOFIA MARQUES DA SILVA
Justificação da investigação: da curiosidade e
interesse pessoal à científica
A sexualidade enquanto componente importante para os/as
jovens.
“”a forma como (os/as jovens) vivem a sexualidade e os afetos faz
parte do processo de construção das suas identidades e do sentido
que atribuem à vida”(Pais, 2012:14).
Escassez de estudos em contextos de ensino profissional.
Da experiência enquanto membro de
organizações LGBTI.
Dos contributos da formação académica
anterior.
De onde se parte? Interesses no contributo para o campo
NICOLAS MARTINS DA SILVA, SOFIA MARQUES DA SILVA
Questão de investigação e objetivos
De que modo a escola influencia a perceção que estudantes têm sobre a
sexualidade em geral, e a homossexualidade em particular?
Objetivos
•Compreender as perceções dos/as jovens sobre a homossexualidade, nomeadamente se a lógica da
construção do outro enquanto estranho configura uma realidade nas suas vivências quotidianas;
•Entender as experiências escolares dos/as jovens no que às sexualidades diz respeito, especificamente as
aprendizagens em contexto letivo nas áreas disciplinares consignadas para o efeito;
•Refletir sobre os lugares das sexualidades na escola, discutindo o tratamento da orientação sexual em espaço
escolar, atentando nas políticas e sua aplicação, no que diz respeito à educação sexual.
NICOLAS MARTINS DA SILVA, SOFIA MARQUES DA SILVA
O contexto de investigação
Centro de Formação Profissional do distrito do Porto
Diversidade de estudantes, com uma oferta formativa alargada, compreendendo Cursos de
Aprendizagem, Formação Modular e Educação e Formação de Adultos:
Estudantes de Cursos de Aprendizagem,num grupo
de idades entre os 15 eos 24 anos.
NICOLAS MARTINS DA SILVA, SOFIA MARQUES DA SILVA
Enquadramento da presente apresentação
na investigação
Questão de
investigação
Perceções de jovens
sobre educação para as
sexualidades e suas
experiências escolares.
Perceções de jovens
sobre
homossexualidade
NICOLAS MARTINS DA SILVA, SOFIA MARQUES DA SILVA
De que modo os/as jovens do ensino profissional percecionam a homossexualidade?
ENQUADRAMENTO TEÓRICO
“a juventude tanto pode ser tomada como um conjunto social cujo principal atributo é o
de ser constituído por indivíduos pertencentes a uma dada fase da vida (homogéneo
nesse sentido), como também pode ser tomada como um conjunto social cujo principal
atributo é o de ser constituído por jovens em situações diferentes entre si
(heterogeneidade)” (Pais, 1993:34-35).
“uma invenção social, uma vez que se constitui historicamente, a partir de múltiplos
discursos sobre o sexo (…)discursos que regulam, normatizam,que instauram
saberes, produzem verdades” (Louro, 2001a: 11-12).
Percurso
Teórico
Sexualidade
Juventudes
CONSTRUTIVISMO SOCIAL
Enquanto dispositivo histórico (Foucault, 1994)
A sexualidade reproduzida num discurso que aloja o poder (Louro, 1997), tornando-a
uma construção social.
NICOLAS MARTINS DA SILVA, SOFIA MARQUES DA SILVA
Heteronormatividade
“The concept of heteronormativity focuses on heterosexuality as a normative notion
that repeatedly asserts heterosexual life as the right life to live. Heterosexuality as a
norm is constructed and reproduced in politics, media, popular culture, arts, working life,
families and so on” (Reingardé, 2010:87).
Resultado/Reprodutor de uma lógica binária (Derrida, 1972; Louro, 2001b)
Aheterossexualidade enquanto “sexualidade generalizada
enaturalizada e [que] funciona como referência para todo o
campo e para todos os sujeitos” (Louro, 2001a: 17).
Ahomossexualidade enquanto situação
desviante, num polo oposto e subordinado.
(Britzman, 1996; Louro, 2001b)
As questões de
género Reprodução da lógica
binária (Louro, 1997)O género é uma construção social que se constrói
sobre corpos sexuados (Louro, 1997)
O género é performativo (Butler, 1993), cujas normas, veiculadas e reproduzidas pelo
poder (Butler, 1993, Goellner, 2003) são inscritas no corpo, “terreno fértil para as
modernas e subtis micro-práticas da vida quotidiana” (Fonseca, 2007: 139).
NICOLAS MARTINS DA SILVA, SOFIA MARQUES DA SILVA
“institutionalized heterosexuality is by definition gendered and the heterosexual contract is a
powerful mechanism whereby gender hierarchy is guaranteed”(Jackson, 2006:111).
Masculinidade hegemónica:“a polarização masculinidade versus feminilidade, em
categorias homogéneas e reificadas, aparece essencial a uma ordem de género que
garante uma posição dominante de alguns homens sobre outros e sobre as mulheres”
(Carrito & Araújo, 2013:141).
“(…) being gay becomes “normal” without overly unsettling heteronormative ideals”
(Jackson. 2006:12).
Homofobia
Como violência de género e afirmação de um patriarcado heterossexual
(Santos, 2013).
“A hostilidade geral, psicológica e social contra aquelas e aqueles que,
supostamente, sentem desejo ou têm práticas sexuais com indivíduos de seu
próprio sexo. Forma específica do sexismo, a homofobia rejeita, igualmente, todos
aqueles que não se conformam com o papel predeterminado para seu sexo
biológico (Borillo, 2010:34).
NICOLAS MARTINS DA SILVA, SOFIA MARQUES DA SILVA
OPÇÕES E CAMINHO METODOLÓGICO
NICOLAS MARTINS DA SILVA, SOFIA MARQUES DA SILVA
Percurso metodológico
Paradigma Fenomenológico-interpretativo
“Procura-se o que, na realidade, faz sentido e como faz sentido para os sujeitos investigados (…)
reconhece-se que essa significação é contextual” (Amado, 2014: 41).
Método
Qualitativo
Método
Quantitativo
Mixed methods
“The researcher bases the
inquiry on the assumption
that collecting diverse types
of data best provides an
understanding of a research
problem” (Creswell, 2003:
21).
Observação participante
Grupos de discussão focalizada
Notas de terreno
Técnicas de Recolha de dados
Inquérito por questionário
Análise de dados
Análise de conteúdo
(Bardin, 2006)
Análise estatística
descritiva e inferencial
(Martins, 2011)
Triangulação de
dados
Estratégia explanatória sequencial
(Creswell, 2003)
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Olhares de jovens sobre homossexualidade
e masculinidade
NICOLAS MARTINS DA SILVA, SOFIA MARQUES DA SILVA
Que perceções têm os/as jovens?
NICOLAS MARTINS DA SILVA, SOFIA MARQUES DA SILVA
NICOLAS MARTINS DA SILVA, SOFIA MARQUES DA SILVA
Resultados conforme o sexo dos/as inquiridos/as
Rui: Eu não acho piada a nenhuma delas…
Eu: O que éque o Vítor acha?
Vítor: (descontraído, com ar de gozão e um pouco
entediado) Oh, não acho piada a nenhuma delas mas
lá está, é a sexualidade que escolheram, não tenho
nada contra isso nem nada, não tenho nada a dizer.
(GDF1)
Paula: Eu acho que a homossexualidade e a bissexualidade é uma
escolha livre de cada um porque se formos a ver as pessoas gostam
do companheiro ou da companheira pelo sentimento que têm por
ela, não só pelo sexo em si. (GDF1)
Abjeção (Kristeva, 1980) a uma categoria afastada e
homogénea (Adam, 2002).
Bárbara: Sim é verdade, e depois há o aspeto, eu acho que a
bissexualidade é mais aceite do que a homossexualidade... não sei
bem porque mas nota-se isso nas pessoas. Quando uma pessoa diz
que é bissexual parece que não é tao mau do que quando diz que é
homossexual. Não sei, mas penso que as pessoas acham que, é
como se houvesse a esperança de ser poder ser heterossexual.
(GDF2)
Quando a homossexualidade entra nas
escolas…
João: Falar para quê? Por exemplo, ela tem
cabelo encaracolado. Se for dizer isso, toda a
gente vai começar a reparar nisso…Acho que
nem devíamos falar de homossexualidade, nem
de bissexualidade nem de heterossexualidade…
Se estás aqui e disseres: “vamos falar sobre
homossexualidade”, estamos todos no modo
homossexualidade. (GDF2)
NICOLAS MARTINS DA SILVA, SOFIA MARQUES DA SILVA
O sexo influencia nas respostas dos/as jovens
ao sexo e à sexualidade (Measor, 2004).
Os rapazes têm uma visão mais negativa em
relação à homossexualidade do que as jovens
raparigas (Lambert et al., 2006).
A feminização do homossexual socialmente
construída
NICOLAS MARTINS DA SILVA, SOFIA MARQUES DA SILVA
“Rui: Há sempre aquela coisa da bicha…Quando pensamos, pensamos sempre numa bicha,
acho que é um bocado isso, e também o gozo vem daí…O gozar, eu acho que as mulheres, as
mulheres lésbicas não sentem tanto o gozo como os homens, porque eu, eu penso, eu
quando era mais novo, pensava num gay, pensava numa bicha, aquelas com manias,
tiques…eu acho que épor aí que as pessoas gozam…” (focus group 1)
A construção da homossexualidade aliada a uma reprodução da construção do
homossexual enquanto invertido (Foucault, 1994), lembrando a figura do effeminatus,
ou seja, aquele que se afasta da performatividade (Butler, 1993) que oseu sexo
biológico impõe.
Por outro lado, a perceção de que a homossexualidade feminina é mais tolerada do que
a masculina, isto é, o homossexual masculino, para além de se afastar de um
comportamento sexual “normal”, afasta-se duplamente da construção da sua
masculinidade, sendo uma figura exuberante pelo afastamento do cânone
patriarcal.
NICOLAS MARTINS DA SILVA, SOFIA MARQUES DA SILVA
O“Paulo” entrou no discurso e admitiu não gostar de bichas e que
reagiria mal se “uma bicha se fizer a mim, me tocar nas pernas ou
assim”.“Cada um no seu canto!” [NT 26]
“It has been suggested that the boundaries of the
normative are being redrawn, separating the ‘good
homosexual’ or ‘normal gay’from the ‘dangerous queer’
or the bad citizen”(Jackson, 2006: 112).
Homofobia enquanto abjeção a comportamentos
estranhos ao género socialmente construído (Borillo,
2010) e a comportamentos negativos (Amâncio, 1994)
Ernesto: No assunto das mulheres, o facto de as mulheres não sentirem tanto gozo como os homens,
(…).As mulheres sempre foram o elo mais fraco, sempre foram as sensíveis, e isso tipo, o homem não,
o homem sempre foi o macho, o forte…eum homem ser mais fraco neste caso que uma mulher, sente
muito mais o abuso e o bullying que a mulher…
Natália: Eu acho que a feminilidade num homem não deveria ser uma ofensa.(GDF2)
Dominação masculina: “The dominant definition of the legitimate form of this practice as the relation of
dominance of the masculine principle (…) over the female principle (…) implies the taboo of the
sacrilegious feminization of the masculine” (Bourdieu, 2001: 119).
NICOLAS MARTINS DA SILVA, SOFIA MARQUES DA SILVA
João: Tenho um amigo que era heterossexual, virou gay (eu conhecia-o do curso), a
postura dele mudou muito, desde o momento que assumiu publicamente que era gay,
como falar e sentar, mudou muito..
Eu:se calhar porque se sente livre...
João: Não pode ser. Quer dizer, se és uma pessoa…Eu apanhava-o. Agora com
tiques, que está cheio de peso... não percebo isso. Nunca percebi por que éque quem
égay (não toda a gente e ainda bem) parece que tem de fazer força e chocar,“estou
aqui sou gay”.Tá a perceber? É como aqueles gajos que gabam-se todos os dias de ter
comido aquela e aquela, percebes? (GDF 2)
Considerações finais
As perceções de jovens sobre homossexualidade diferem conforme o sexo dos/as inquiridos/as, sendo possível
perceber um maior afastamento por parte dos jovens rapazes.
A construção social da homossexualidade, numa perspetiva diacrónica, influencia à criação de representações
sociais que estruturam os nossos pensamentos e perceções (Oliveira, 2004), tendo por base narrativas que se
constroem e reproduzem no tempo (Epstein & Sears, 1999).
A orientação sexual e as questões de género são tendencialmente confundidas (Louro, 1997), num paradigma
heteronormativo que enfatiza a dualidade heterossexualidade/homossexualidade e masculino/feminino em
categorias reificadas, cuja transponibilidade constitui um desafio a um cânone patriarcal, onde a masculinidade e a
heterossexualidade surgem como categorias dominantes.
“Cada um no seu canto!” é a materialização no discurso desta visão dicotómica e estanque numa lógica
desproporcional, onde perante um centro gravitam as margens que, per se, são marginalizadas dentro da própria
margem.
NICOLAS MARTINS DA SILVA, SOFIA MARQUES DA SILVA
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