Content uploaded by Jocelise Jacques Jacques
Author content
All content in this area was uploaded by Jocelise Jacques Jacques on Nov 08, 2019
Content may be subject to copyright.
Ferramentas de digitalização 3D faça-você-mesmo na preservação do
patrimônio cultural
Do-it-yourself 3D digizing tools in preservaon of cultural heritage
Ouls de numérisaon tridimensionnelle fais-le toi-même dans la
préservaon du patrimoine culturel
Herramientas de digitalización 3D hágalo-usted-mismo en la preservación del
patrimonio cultural
Yvana Oliveira Alencastro1
Paulo Victor de Farias Dantas1
Fábio Pinto da Silva1
Jocelise Jacques de Jacques1
Recebido em 31/10/2017; revisado e aprovado em 02/02/2018; aceito em 13/02/2018
DOI: http://dx.doi.org/10.20435/inter.v0i0.1744
Resumo: Com o intuito de tornar a digitalização 3D mais acessível em museus, este estudo buscou por soluções
apropriadas a um cenário de invesmento reduzido. Baseando-se no faça-você-mesmo, a fotogrametria e
a digitalização 3D por triangulação a laser foram testadas num ensaio com três objetos do Museu Júlio de
Caslhos, Porto Alegre, Brasil. Ambas as técnicas mostraram bons resultados, a com base em fotogrametria,
no entanto, apresentou mais vantagens, entre elas, uma menor curva de aprendizado.
Palavras-chave: digitalização 3D; faça-você-mesmo; patrimônio cultural; preservação.
Abstract: With the purpose of making 3D digizaon more accessible in museums, this study looks into
adequate soluons for a low-cost scenario. Based on a do-it-yourself perspecve, photogrammetry and
laser scanning techniques were experimented on three artefacts from the Júlio de Caslhos Museum, Porto
Alegre, Brazil. Both techniques have shown great results, but the one based on photogrammetry presented
more advantages, such as a smaller learning curve.
Keywords: 3D digizaon; do-it-yourself; cultural heritage; preservaon.
Résumé: Avec l’intenon de rendre plus accessible la numérisaon 3D dans les musées, cet étude a envisagé
l’évaluaon des techniques pernentes sur un scénario d’invesssement réduit. En se basant sur le modèle
“fais-le toi-même”, la photogrammétrie et la numérisaon 3D par triangulaon laser ont été testés dans un
essai avec trois artefacts du Musée Júlio de Caslhos à Porto Alegre, Brésil. Après l’expérimentaon, nous
concluons que les deux techniques ont présentées des bons résultats. Par ailleurs la photogrammétrie a
présenté plus d’avantage par rapport la numérisaon 3D, à une plus pete courbe d’apprenssage.
Mots-clés: numérisaon 3d; fais-le toi-même; patrimoine culturel; préservaon.
Resumen: Con el n de hacer la digitalización 3D en museos más accesible, este estudio buscó observar
técnicas apropiadas a un escenario de inversión reducido. Baseándose em hágalo-usted-mismo, la
fotogrametría y la digitalización 3D por triangulación láser fueron probadas en un ensayo con tres objetos en
el Museo Júlio de Caslhos, Porto Alegre, Brasil. Después del experimento, se concluyó que ambas técnicas
mostraron buenos resultados, sin embargo la fotogrametría presenta más ventajas, entre ellas, la menor
curva de aprendizaje.
Palabras clave: digitalización 3D; hágalo-usted-mismo; patrimonio cultural; preservación.
1 Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.
INTERAÇÕES, Campo Grande, MS, v. 20, n. 2, p. 435-448, abr./jun. 2019
Este é um argo publicado em acesso aberto (Open Access) sob a licença Creave Commons Aribuon, que permite
uso, distribuição e reprodução em qualquer meio, sem restrições desde que o trabalho original seja corretamente citado.
INTERAÇÕES, Campo Grande, MS, v. 20, n. 2, p. 435-448, abr./jun. 2019
436 Yvana Oliveira Alencastro; Paulo Victor de Farias Dantas;
Fábio Pinto da Silva; Jocelise Jacques de Jacques
1 INTRODUÇÃO
A digitalização tridimensional (3D) vem se tornando importante ferramenta em projetos
de restauração e difusão do patrimônio cultural. Como, por exemplo, o The Digital Michelangelo
Project, no qual diversas esculturas de Michelangelo foram digitalizadas tridimensionalmente,
incluindo a famosa estátua David (LEVOY et al., 2000). Outro exemplo, é o projeto Aleijadinho
Digital, realizado em Congonhas dos Campos, MG, que digitalizou 30 obras desse arsta mineiro
(ANDRADE et al., 2012; GOMES, 2016). Em Porto Alegre, RS, o monumento símbolo da cidade,
“O Laçador”, foi digitalizado tridimensionalmente para ns de preservação e pesquisa (SILVA;
KINDLEIN JUNIOR, 2013). Já o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, tem feito uso da digitalização
3D, modelagem 3D e fabricação digital como forma de modernizar processos, incluindo a inte-
ração com o público visitante (AZEVEDO et al., 2011).
Instuições voltadas ao patrimônio cultural podem se beneciar de modelos digitais 3D no
estudo de objetos (históricos/arqueológicos), na documentação e catalogação, na preservação,
e na restauração (GUARNIERI; PIROTTI; VETTORE, 2010). Segundo Muchacho (2009), objetos
digitalizados possibilitam novas formas de ver e interpretar acervos, auxiliando também em
pesquisas, na comunicação e na divulgação.
Devido ao custo de projetos de digitalização 3D, o objevo deste argo foi vericar as
possibilidades de ulização de ferramentas de digitalização 3D faça-você-mesmo2 para ns de
preservação do patrimônio cultural em museus. Essas ferramentas, além de reduzir o custo de
implementação e manutenção, tendem a ser de fácil aprendizado, e podem ser ulizadas den-
tro da reserva técnica do museu, adaptando-se às necessidades, ao po de acervo e ao espaço
sico, e podem ser executadas pelo corpo técnico que detém o conhecimento das fragilidades
caracteríscas de cada peça. Desse modo, acredita-se que essas ferramentas podem favorecer
a documentação do patrimônio, possibilitando a reprodução do acervo em meio virtual e a
conservação das coleções, evitando também o deslocamento para laboratórios especializados
e eventuais acidentes.
Para ns desta pesquisa, foram digitalizados três objetos do Museu Júlio de Caslhos,
em Porto Alegre, RS, com dois sistemas de digitalização 3D faça-você-mesmo: um baseado em
triangulação a laser, e outro, em fotogrametria. Objevou-se vericar se essas técnicas atendem
às demandas de preservação do patrimônio cultural em museus.
1.1 Digitalização 3D
Digitalização 3D é o nome dado a um conjunto de técnicas pelas quais é possível capturar
a forma geométrica de um objeto sico, de modo a reproduzi-la digitalmente. Durante o pro-
cesso, coordenadas (x, y z) de pontos sobre a supercie do objeto são medidas para se obter,
geralmente, uma nuvem de pontos que descreve sua forma tridimensional. Além da forma, ainda
é possível capturar outras caracteríscas do objeto como a cor aparente e o comportamento
de reetância3, que podem ser projetadas sobre a geometria obda (BERNARDINI; RUSHMEIER,
2002; EBRAHIM, 2011).
2 Acrônimo do inglês DIY (do-it-yourself), relavo a atude anconsumista na qual o indivíduo, em vez de pagar por
um produto, busca alternavas de produzi-lo por conta própria (LEMOS, 2004).
3 Relação entre o uxo de radiação que incide numa supercie e o que é reedo (REFLETÂNCIA, s.d.).
INTERAÇÕES, Campo Grande, MS, v. 20, n. 2, p. 435-448, abr./jun. 2019
437Ferramentas de digitalização 3D faça-você-mesmo na preservação do patrimônio cultural
De acordo com Pavlidis et al. (2007), a digitalização 3D é um processo composto por três
fases principais: (a) preparação – decisões como a escolha da técnica e metodologia a ser ado-
tada, o local da digitalização, planejamento de segurança; (b) aquisição digital – quando ocorre
a captura de dados da supercie do objeto através de varreduras; (c) processamento de dados
– modelagem do objeto através de processos como unicação de varreduras, processamento
de dados geométricos e processamento de dados de cor.
A escolha da técnica depende da nalidade do modelo digitalizado, do orçamento dispo-
nível, do tamanho, forma, nível de detalhe e matérias-primas do objeto (PAVLIDIS et al., 2007).
Entre as técnicas de digitalização 3D faça-você-mesmo, destacam-se ferramentas para digitali-
zação por triangulação a laser e fotogrametria. Estas apresentam uma variedade de sowares e
modelos de hardware disponibilizados gratuitamente ou a baixo custo (REPRAP, 2016). As duas
técnicas estão entre as indicadas por Pavlidis et al. (2007) para o uso na digitalização 3D de
objetos de patrimônio cultural.
1.1.1 Digitalização 3D por triangulação a laser
O procedimento de digitalização 3D por triangulação a laser consiste em um sistema
com um emissor laser e um detector ópco (geralmente uma câmera digital). O emissor laser
projeta uma linha na supercie do objeto e o detector registra a variação dessa linha durante
a varredura. A parr dessa variação, o soware calcula as coordenadas de pontos por meio de
triangulação, ou seja, do triângulo formado entre emissor, detector e objeto. Para a reconstru-
ção completa do objeto tridimensional, dependendo da complexidade, podem ser necessárias
múlplas varreduras (BERNARDINI; RUSHMEIER, 2002; PAVLIDIS et al., 2007; EBRAHIM, 2011;
WEINMANN; KLEIN, 2015).
Pavlidis et al. (2007) apontam como vantagem da digitalização a laser a sua alta precisão
geométrica. Alguns sistemas a laser, no entanto, não extraem informações de cor, e não apre-
sentam resultados aceitáveis para determinadas supercies materiais, como as com elevado
grau de reetância especular ou transmitância4. Sistemas capaz de lidar com uma maior gama
de supercies materiais apresentam custos mais elevados.
1.1.2 Fotogrametria
Na digitalização por fotogrametria, a captura de dados geométricos é realizada a parr de
uma sequência de imagens fotográcas, obdas de diferentes pontos de vista. Durante o pro-
cessamento, o soware realiza o alinhamento tridimensional das imagens capturadas com base
na detecção de sobreposições e pontos equivalentes, determinando, dessa maneira, a posição
e orientação da câmera relava ao objeto fotografado. A parr dessa orientação é realizada a
triangulação de diversos pontos detectados, restuindo assim a geometria tridimensional do
objeto, em forma de nuvem de pontos ou malha tridimensional (TOMMASELLI et al., 1999;
SCHENK, 2005; YASTIKLI, 2007).
Salienta-se que a conguração correta da câmera, com respeito às caracteríscas do
objeto (tamanho, detalhes, cores), é de extrema importância. Conforme Dantas et al. (2016), o
resultado a ser obdo com essa técnica depende da qualidade das imagens adquiridas. Percoco,
4 Razão entre a quandade de luz que atravessa um material e a que sobre ele incide (BRASIL, 2006).
INTERAÇÕES, Campo Grande, MS, v. 20, n. 2, p. 435-448, abr./jun. 2019
438 Yvana Oliveira Alencastro; Paulo Victor de Farias Dantas;
Fábio Pinto da Silva; Jocelise Jacques de Jacques
Lavecchia e Salmerón (2015) reiteram a importância do foco e que, para objetos pequenos, é
necessária uma lente macro.
Como vantagem, Pavlidis et al. (2007) armam que a fotogrametria pode ser ulizada até
em objetos complexos com alto nível de detalhamento na supercie. Todavia é necessário um
ambiente com iluminação controlada para aquisição das fotograas.
2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Para vericar se a digitalização 3D faça-você-mesmo pode ser ulizada para ns de preser-
vação do patrimônio cultural em museus, ensaiou-se o uso da digitalização 3D por triangulação a
laser e por fotogrametria dentro da reserva técnica do Museu Júlio de Caslhos, Porto Alegre, RS.
Devido à natureza experimental dos métodos faça-você-mesmo empregados, foram to-
madas como referência as normas de conservação prevenva sobre a incidência luminosa para
a seleção das peças a serem digitalizadas. Essas normas estabelecem um limite de iluminância
e radiação UV do ambiente no qual as peças permanecem para conservação, de acordo com
os materiais que as compõem (SOUZA; FRONER, 2008). Desse modo, foram selecionadas três
peças de pequeno porte para os experimentos, sendo duas cerâmicas e uma metálica que não
apresentam sensibilidade à luz segundo as normas (gura 1). Essas peças foram pré-selecionadas
através do sistema de documentação Donato5, do museu.
Figura 1 – Peças selecionadas
a) Zoólito pré-histórico b) Cachimbo antropomórco c) Medalha comemorava
Fonte: Elaborada pelos autores.
a) Zoólito pré-histórico (1 DC.), encontrado na cidade de Osório-RS, em pedra polida
(170x95x72mm).
b) Cachimbo antropomorfo, origem e datas desconhecidas, em cerâmica (45x41x33mm).
c) Medalha comemorava do centenário Farroupilha, 1935, cunhada em metal (65x65x3mm).
Para observar se as técnicas de digitalização 3D faça-você-mesmo selecionadas podem
ser ulizadas para ns de preservação do patrimônio cultural, foram ulizadas como base os
critérios estabelecidos por Pavlidis et al. (2007): custo, material do objeto, tamanho do objeto,
portabilidade, precisão do sistema, aquisição de textura, produvidade e habilidade do usuário.
5 O Sistema Donato/SIMBA foi desenvolvido para gerenciar informações do acervo do Museu Nacional de Belas
Artes e foi liberado para diversos museus brasileiros.
INTERAÇÕES, Campo Grande, MS, v. 20, n. 2, p. 435-448, abr./jun. 2019
439Ferramentas de digitalização 3D faça-você-mesmo na preservação do patrimônio cultural
Ao nal, reproduziram-se os modelos numa impressora 3D Cliever CL1, com tecnologia de
fusão e deposição de material6 (FDM), vericando a possibilidade de reprodução.
2.1 Estrutura para digitalização 3D por triangulação a laser
Dentre os sowares de digitalização por triangulação a laser faça-você-mesmo (REPRAP,
2016), o David Laserscanner 3D apresenta versões de avaliação e comercial. O modo de avaliação
é gratuito, nele é possível realizar todo o processo de digitalização, no entanto não é possível
salvar o projeto, e a exportação dos modelos é limitada à baixa resolução. Ele pode funcionar
de forma automazada, porém a conguração que requer menor invesmento é a de varredura
manual, enquanto a supercie é capturada por uma webcam e idencada pelo algoritmo de
triangulação (SILVA, 2011), como pode ser visualizado na gura 2.
Figura 2 – Montagem da técnica
a) laser; b) painéis; c) marcas de calibragem; d) webcam; e) tripé
Fonte: Elaborada pelos autores.
O ambiente foi preparado com a ulização do programa David Laserscanner 3D, conforme
a gura 2. Foram ulizados (a) um laser de mão, (b) dois painéis de MDF perpendiculares, (c)
marcas de calibração disponibilizadas pelo soware, (d) webcam, (e) tripé e um computador
para receber a gravação da câmera. Os modelos dos equipamentos ulizados foram: webcam
Logitech® C920 HD (1920 x 1080 pixels, widescreen 16:9 e 30 quadros por segundo); nivelador
laser Skill® 500 (laser linear7 vermelho, comprimento de onda 650 nm, 100 lux).
O David 3D precisa ser calibrado antes da realização da varredura. As marcas de calibração
devem compor uma área maior que o objeto que será digitalizado. A webcam precisa enqua-
drar essas marcas deixando uma pequena moldura. Durante a calibragem, a luz ambiente deve
permanecer acesa para melhor idencação das marcas de calibração.
Para iniciar a digitalização, recomenda-se a redução da luz ambiente, de modo a aumentar
o contraste do feixe do laser. A exposição da câmera também deve ser ajustada com o mesmo
propósito. O objeto deve ser colocado dentro da área triangular formada pelos dois painéis e o
6 Fabricação adiva através de extrusão termoplásca camada-a-camada (BOSCHETTO; BOTTINI; VENIALI, 2016).
7 Laser cuja reexão tem forma de linha.
INTERAÇÕES, Campo Grande, MS, v. 20, n. 2, p. 435-448, abr./jun. 2019
440 Yvana Oliveira Alencastro; Paulo Victor de Farias Dantas;
Fábio Pinto da Silva; Jocelise Jacques de Jacques
m da marca de calibração. O laser deve incidir igualmente sobre os painéis para ser reconhecido
pelo soware. Conforme o laser incide no objeto, o David 3D realiza o registro dos pontos da
supercie e apresenta o modelo 3D sendo gerado.
Para gerar o modelo 3D, é preciso realizar varreduras em diferentes posições do objeto.
Em seguida, o soware alinha a nuvem de pontos das diferentes varreduras, oferecendo a pos-
sibilidade de ajuste manual, e salvamento do projeto para a conclusão posterior e melhorias.
2.2 Estrutura para digitalização por fotogrametria
Para o experimento da fotogrametria com o uso do programa 123D Catch, o ambiente foi
preparado de acordo com a Figura 3. Foi ulizada (a) uma câmera Sony A6000 (resolução máxima
de 6000 x 4000 pixels) com (b) ltro polarizador circular, (c) tripé de mesa, (d) um miniestúdio
com fundo innito faça-você-mesmo de 400 x 600 mm, (e) difusores de luz, (f) duas luminárias
de mesa com lâmpadas uorescentes brancas de 15 W, 80 lux (somadas antes de passar pelo
difusor) e (g) base circular com marcadores para auxiliar no alinhamento do soware e também
no giro dos objetos.
Durante a captura de imagens, é realizada uma sequência de aquisição com variação
angular constante, até completar 360º em torno do objeto. Dependendo da complexidade do
objeto, pode ser necessário realizar diversas sequências em posições diferentes, até obter uma
cobertura completa de sua supercie.
Em seguida, as imagens são processadas em nuvem com o uso do soware 123D Catch,
em um computador com acesso à internet, onde são converdas em modelos 3D. Por m, é
necessário o download e um pós-processamento com o uso de soware de modelagem para a
conclusão do objeto digitalizado. O soware 123D Catch está dentre os programas que dão suporte
à técnica de fotogrametria faça-você-mesmo (REPRAP, 2016) e destaca-se por ter licença gratuita.
Figura 3 – Montagem da técnica
a) câmera fotográca; b) ltro polarizador; c) tripé; d) estúdio; e) difusores; f) luminárias;
g) base.
Fonte: Elaborada pelos autores.
INTERAÇÕES, Campo Grande, MS, v. 20, n. 2, p. 435-448, abr./jun. 2019
441Ferramentas de digitalização 3D faça-você-mesmo na preservação do patrimônio cultural
3 RESULTADOS
Ambas as técnicas atenderam aos critérios de Pavlidis et al. (2007) ao considerar uma
perspecva que necessite de menor precisão geométrica8.
3.1 Digitalização com a ulização do David laserscanner 3D
Para a realização da digitalização a laser, realizaram-se quatro tentavas para obter mode-
los representavos. Na primeira tentava de uso do laser, foram realizadas dez varreduras em
diferentes posições, todas geraram arquivos com pouco volume de informação. Foi vericado
que as marcas de calibragem, 515 x 325 mm, estavam grandes para o zoólito; desse modo, a
webcam precisou car mais distante reduzindo a resolução da captura.
Na segunda tentava, foram ulizadas novas marcas de calibragem com 270 x 170 mm.
Nenhuma varredura pôde ser concluída, pois, ao reduzir as marcas de calibragem e aproximar
a câmera, foi reduzida também a distância focal e, consequentemente, a profundidade de cam-
po. Assim, o Zoólito não cou dentro de uma área de foco suciente para captar informações
(gura 4a).
Para a terceira tentava, foi ulizada a mesma base de calibragem do ensaio anterior, porém
foi realizada com o cachimbo, um objeto menor (gura 4b). O soware realizou a leitura completa.
Foram geradas 14 varreduras possibilitando alinhamento e fusão do modelo no próprio soware.
A quarta tentava foi realizada com a medalha e o mesmo calibrador (gura 4c). Foram
realizadas três varreduras e todas as três apresentaram uma quandade grande de falhas na
supercie, mesmo ulizando um pó revelador branco para deixar a supercie do metal mais
opaca. Ao nal dos testes, vericou-se que a calibração havia perdido precisão devido a uma
instabilidade nos painéis.
O soware David laserscanner 3D realiza a varredura, monta a nuvem de pontos e capta as
cores reduzindo o processamento em outro soware. Porém, na versão de avaliação, a resolução
nal é reduzida, e a textura não é salva. O tempo total do processo foi de aproximadamente 16
horas.
8 Exemplo: exige-se alta precisão geométrica em projetos nos quais uma mínima variação no formato do objeto
resultaria no mal funcionamento de um maquinário.
INTERAÇÕES, Campo Grande, MS, v. 20, n. 2, p. 435-448, abr./jun. 2019
442 Yvana Oliveira Alencastro; Paulo Victor de Farias Dantas;
Fábio Pinto da Silva; Jocelise Jacques de Jacques
Figura 4 – Objetos digitalizados e impressos
Zoólito, Cachimbo e medalha: (a, b, c) Processamento no David Laserscanner; (d, e, f) Processamento
no 123D Catch; (g, h, i) Tratamento dos modelos fotogramétricos no Meshlab; (j, k, l) Visualização
dos modelos fotogramétricos no 3D Builder; (m, n, o) Modelos fotogramétricos impressos em 3D.
Fonte: Elaborada pelos autores.
INTERAÇÕES, Campo Grande, MS, v. 20, n. 2, p. 435-448, abr./jun. 2019
443Ferramentas de digitalização 3D faça-você-mesmo na preservação do patrimônio cultural
3.2 Fotogrametria com a ulização do 123D Catch
Foram capturadas sequências de 24 fotos (a cada 15°) para cada posição dos objetos. Para
o zoólito e o cachimbo, foram realizadas três posições diferentes para cada um. Para a medalha,
apenas duas posições foram necessárias, frente e verso.
Após a captura das fotos, realizada durante uma tarde, o programa 123D Catch idencou
automacamente as informações da supercie da medalha e em dois dos ângulos do zoólito
(Figura 4d). Já para o cachimbo, foi necessário o realinhamento manual das três posições cap-
turadas (gura 4e). O tempo do processo cou em torno de doze horas. Ainda durante o pro-
cessamento, o brilho do metal dicultou a leitura da medalha. O problema foi resolvido com o
uso de um ltro polarizador circular (gura 4f).
Durante o pós-processamento, realizado numa tarde, o soware livre Meshlab foi ulizado
para alinhar as malhas geradas, fazer pequenos reparos e gerar os objetos digitalizados incluindo
suas cores (gura 4g, 4h e 4i). Os objetos 3D digitalizados (guras 4j, 4k, 4l) foram impressos em
plásco poliácido lácco (PLA), e o resultado pode ser visto nas guras 4m, 4n e 4o.
Foi observado que o 123D Catch reduziu a resolução das imagens para 2120 x 1413 pixels,
uma redução de até 60 % em relação às imagens capturadas, fato que inuencia o resultado nal
para objetos com alto nível de detalhamento.
4 DISCUSSÃO
Ao se tratar de técnicas de digitalização 3D faça-você-mesmo, espera-se o baixo custo. O
custo inicial de implementação de um projeto com qualquer uma das duas técnicas testadas neste
trabalho, (contabilizando equipamento fotográco ou licença de soware) varia de R$2.000,00 até
R$3.500,00. Porém, tendo em vista o avanço tecnológico que vem tornando acessíveis câmeras
digitais de alto desempenho, há museus que já têm o equipamento fotográco9 para o uso na
documentação bidimensional, o que resulta numa redução de custos para implementação da
fotogrametria.
As técnicas testadas apresentaram uma diferença no tempo de digitalização. Das três etapas
processuais da fotogrametria - captura das imagens, processamento, e pós-processamento do
modelo obdo - na digitalização tridimensional a laser, no David 3D, o processamento acontece
simultaneamente à captura, sem uso de conexão com a internet. Desse modo, o processo de
digitalização a laser testado se mostrou mais rápido do que a fotogrametria.
Outro ponto, que também inuencia o tempo de digitalização, é a habilidade necessária
para ulizar a técnica. Seria leviano armar, com base apenas no experimento realizado, qual
técnica requer maior habilidade de quem a executa. Entretanto, considerando a sociedade con-
temporânea, na qual a fotograa é amplamente disseminada (NOTE, 2011), existem uma trans-
ferência de aprendizagem10 (ELLIS, 1965) para a fotogrametria, o que acaba por reduzir a curva
de aprendizagem11 nessa técnica 3D (LEARNING CURVE, s.d.). A digitalização a laser, por outro
9 Exemplo: o Museu Júlio de Caslhos tem uma câmera Sony A3000 que tem caracteríscas adequadas para a
fotogrametria.
10 Conhecimento proveniente de experiências anteriores do usuário que pode ser ulizado para auxiliá-lo num
diferente contexto (ELLIS, 1965).
11 Uma curva de aprendizado é um gráco que representa a aprendizagem de uma habilidade contra o tempo
necessário para aprendê-la (LEARNING CURVE, s.d.).
INTERAÇÕES, Campo Grande, MS, v. 20, n. 2, p. 435-448, abr./jun. 2019
444 Yvana Oliveira Alencastro; Paulo Victor de Farias Dantas;
Fábio Pinto da Silva; Jocelise Jacques de Jacques
lado, demanda uma curva aprendizagem maior, apresentando maior diculdade ao aprendiz.
Nestse sendo, inicialmente, a fotogrametria tende a se mostrar mais fácil e mais rápida para
obtenção de um modelo digital.
Ao se considerar que o usuário já tem conhecimento de ambas técnicas testadas, a presen-
ça de uma etapa a mais no processo pode reer no tempo de digitalização. Em contraparda,
dentro das etapas da fotogrametria, as imagens adquiridas no processo, paralelamente, cons-
tuem uma extensa documentação 2D do patrimônio digitalizado. Além do mais, uma vez que o
processamento é uma etapa separada, pode-se realizá-lo conforme viabilidade ou necessidade.
Foi vericado, também, que o tamanho dos objetos experimentados favoreceu a fotogra-
metria, pois a câmera fotográca ulizada possui conguração para capturar imagens macro
fornecendo dados com a nidez necessária. Assim, sabendo-se as dimensões do objeto de ante-
mão, é possível fazer uma conguração com lentes adequadas. No caso da digitalização 3D por
triangulação a laser, quanto menor o objeto, menor devem ser as marcas de calibração, e mais
próximo deve ser posicionada a webcam. Além de a webcam ulizada não ter função macro, a
profundidade de campo é reduzida, diminuindo também a amplitude do foco. Tais restrições resul-
tam no aumento da diculdade em calibrar e do número de varreduras da supercie necessárias.
Em relação ao resultado nal, para ambas as técnicas, a qualidade da reconstrução 3D variou
entre um objeto e outro. Na fotogrametria, o cachimbo necessitou de alinhamento manual que
poderia ter sido evitado na captura de posições em ângulos diferentes. Na digitalização a laser,
a instabilidade dos painéis prejudicou a aquisição. Atribuíram-se essas variações à inuência de
quatro fatores: especicidades da técnica, experiência humana, caracteríscas materiais e forma
dos objetos. Desse modo, vericou-se a necessidade de um novo experimento que compare o
nível de inuência desses fatores entre as técnicas faça-você-mesmo com as de uso prossional.
A respeito da radiação luminosa, adotada como critério de exclusão de materiais nesse
experimento, ambas as técnicas ultrapassam até 100% a iluminação máxima aconselhada para
objetos com sensibilidade à luz. Em contraparda, foi vericado que as regras de conservação
prevenva são relacionadas ao ambiente de armazenagem da peça e, sendo assim, a incidência
e intensidade luminosa a longo prazo. Nesse sendo, vale a pena considerar a importância da
obtenção do objeto 3D digitalizado tendo em vista o curto tempo de exposição luminosa, pois
são necessários alguns minutos durante a captura de dados, seja na fotogrametria ou na digi-
talização a laser.
Observa-se, ainda, que o soware de processamento fotogramétrico ulizados nos en-
saios, Autodesk 123D Catch, foi desconnuado pela desenvolvedora em abril de 2017. Funções
semelhantes, além de ferramentas de processamento adicionais, podem ser encontradas no
soware Autodesk Recap, disponível em versão gratuita ou comercial.
5 CONCLUSÃO
Tanto a fotogrametria quanto a digitalização 3D por triangulação a laser faça-você-mesmo
mostraram ter condições de implementação para o uso na preservação do patrimônio cultural.
Porém ambas apresentaram, durante o experimento, aspectos que precisam ser melhorados.
A digitalização 3D por triangulação a laser faça-você mesmo mostrou, como desvantagem,
o processo de calibração (fator de especicidades da técnica e experiência humana). Os painéis
precisam de um material que promova estabilidade e resistência no decorrer dos usos para a
INTERAÇÕES, Campo Grande, MS, v. 20, n. 2, p. 435-448, abr./jun. 2019
445Ferramentas de digitalização 3D faça-você-mesmo na preservação do patrimônio cultural
obtenção de uma calibragem de boa qualidade a longo prazo. Outra desvantagem é relaciona-
da à preocupação dos prossionais em relação à conservação devido ao laser ser comumente
associado a ferramentas invasivas (fator de experiência humana). Sua vantagem está no tempo
de digitalização reduzido, mas apenas se executada por um usuário experiente.
A fotogrametria faça-você-mesmo mostrou, como ponto negavo, a conguração para a
captura das imagens inuenciável pela perícia do usuário (fator de experiência humana). Sua
principal vantagem está na necessidade de uma menor curva de aprendizagem e no comparlha-
mento de tarefas com a documentação 2D facilitando seu uso por prossionais não especialistas
na técnica.
Em paralelo, requisitos do 123D Catch e do David Laserscanner 3D que reduzem a resolução
do modelo digitalizado sugerem a necessidade de testar outros sowares (fator de especici-
dades da técnica).
Ambas as técnicas testadas têm diculdades para digitalizar objetos de materiais com alta
reetância ou transparentes (fator caracteríscas materiais do objeto). No estado atual da arte,
as possíveis soluções para contornar esse problema implicam aumento de custo e de especia-
lização do usuário.
Após observar os fatores apontados, a fotogrametria mostrou-se a melhor alternava
para a implementação da digitalização 3D faça-você-mesmo em museus. Após os técnicos do
museu se habituarem com a técnica, uma avaliação do acervo deve ser feita, e a conguração
para fotogrametria pode ser aprimorada. Esse aprimoramento pode envolver a incorporação de
câmeras e fontes luminosas adicionais, assim como plataformas giratórias motorizadas e outros
recursos para a automação do processo.
O uso da digitalização 3D faça-você-mesmo nos museus apresentou-se como oportuni-
dade para a implementação da preservação digital do patrimônio cultural de forma acessível.
Isso possibilita ao técnico da instuição se apropriar dos conhecimentos dos métodos e criar
um ambiente propício para desenvolver uma aplicação tendo em vista a inovação tecnológica
dos processos museológicos. O objeto preservado digitalmente favorece também a educação
patrimonial e mesmo a difusão cultural, possibilitando novas formas de acesso ao conhecimento
sem barreiras sicas, geográcas, ou de tempo em meio digital. Assim, propicia-se ao público
uma nova visão do acervo, e ao museu, um acervo mais reconhecido.
REFERÊNCIAS
ANDRADE, B. T. et al. 3D preserving XVIII century barroque masterpiece: challenges and results on the
digital preservaon of Aleijadinho’s sculpture of the prophet joel. Journal of Cultural Heritage, v. 13, n.
2, p. 210-4, abr. 2012.
AZEVEDO, S. A. K. et al. Processos de Digitalizacao 3D e protopagem sica ulizados no Laboratório
de processamento de Imagem digital do Museu Nacional/ UFRJ. In: CONGRESSO LATINO AMERICANO
PALEONTOLOGIA DE VERTEBRADOS, 4., 2011, San Juan, Argenna. Anais [...]. San Juan, Argenna, 2011.
BERNARDINI, F.; RUSHMEIER, H. The 3D Model Acquision Pipeline. Computer Graphics Forum, v. 21, p.
149-72, 2002.
BOSCHETTO, A.; BOTTINI, L.; VENIALI, F. Integraon of FDM surface quality modeling with process design.
Addive Manufacturing, v. 12, parte B, p. 334-44, out. 2016.
INTERAÇÕES, Campo Grande, MS, v. 20, n. 2, p. 435-448, abr./jun. 2019
446 Yvana Oliveira Alencastro; Paulo Victor de Farias Dantas;
Fábio Pinto da Silva; Jocelise Jacques de Jacques
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Instituto Nacional de Metrologia,
Normalização e Qualidade Industrial INMETRO. Portaria INMETRO n. 064, de 21 de março de 2006. Diário
Ocial da União, Brasília. Seção 1, p. 77, 15 abr. 2006.
DANTAS, P. V. de F. et al. Protópo de disposivo facilitador para digitalização 3D por fotogrametria com
smartphones. In: CONGRESO DE LA SOCIEDAD IBEROAMERICANA DE GRÁFICA DIGITAL, 20., 2016, Buenos
Aires. Blucher Design Proceedings. São Paulo: Blucher, 2016. v. 3, p. 297-304.
EBRAHIM, M. A. 3D Laser Scanners: history, applicaons, and future. Civil Engineering Department. Faculty
of Engineering. Assiut: Assiut University, 2011.
ELLIS, H. C. The transfer of learning. New York: The Macmillan Company, 1965. 200p.
GOMES, L. Reconstrução 3D de acervos culturais usando câmeras RGB-D: solução de compromisso
entre precisão e tempo aplicada ao projeto Aleijadinho digital. 2016. Tese (Doutorado em Informáca)
– Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curiba, 2016.
GUARNIERI, A.; PIROTTI, F.; VETTORE, A. Cultural heritage interacve 3D models on the web: an approach
using open source and free soware. Journal of Cultural Heritage, v. 11, n. 3, p. 350-3, jul./set. 2010.
LEARNING CURVE. In: Business Diconary, s.d. Disponível em: hp://www.businessdiconary.com/
denion/learning-curve.html. Acesso em: 12 fev. 2018.
LEMOS, A. Cibercultura. 2. ed. Porto Alegre, RS: Sulina, 2004.
LEVOY, M. et al. The Digital Michelangelo Project: 3D Scanning of Large Statues. In: SIGGRAPH. Proceedings
of the 27th annual Conference on Computer Graphics and Interave Techniques, 2000. p. 1-14. Disponível
em: hps://graphics.stanford.edu/papers/dmich-sig00/dmich-sig00-nogamma-comp-low.pdf. Acesso
em: 20 abr. 2017.
MUCHACHO, R. M. S. P. Museu e novos media: a redenição do espaço museológico. 2009. 114 f.
Dissertação (Mestrado em Museologia) – Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, Lisboa,
2009. Disponível em: hp://www.museologia-portugal.net/les/upload/mestrados/ rute_muchacho.pdf.
Acesso em: 15 maio 2016.
NOTE, M. Photographic image history. In: NOTE, M. Managing image collecons: a praccal guide. Oxford:
Chandos Publishing, 2011. Chandos Informaon professional series, p. 15-37.
PAVLIDIS, G. et al. Methods for 3D digizaon of Cultural Heritage. Journal of Cultural Heritage, v. 8, n.
1, trimestral, p. 93-9, 2007.
PERCOCO, G.; LAVECCHIA, F.; SALMERÓN, A. J. S. Preliminary study on the 3D digizaon of millimeter
scale products by means of photogrammetry. Procedia CIRP, v. 33, p. 257-62, 2015.
REFLETÂNCIA. In: Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, [s.d.]. Disponível em: hps://www.priberam.
pt/dlpo/reect%C3%A2ncia. Acesso em: 15 ago. 2017.
REPRAP. 3D scanning. 2016. Disponível em: hp://reprap.org/wiki/3D_scanning. Acesso em: 25 ago. 2016.
SCHENK, T. Introducon to photogrammetry. Columbus: The Ohio State Universiy, 2005. 95p. Disponível
em: hp://www.mat.uc.pt/~gil/downloads/IntroPhoto.pdf. Acesso em: 28 nov. 2016.
SILVA, F. P. da. Usinagem de espumas de poliuretano e digitalização tridimensional para fabricação de
assentos personalizados para pessoas com deciência. 2011. 196 f. Tese (Doutorado em Engenharia) –
INTERAÇÕES, Campo Grande, MS, v. 20, n. 2, p. 435-448, abr./jun. 2019
447Ferramentas de digitalização 3D faça-você-mesmo na preservação do patrimônio cultural
Universidade Federal do Rio Grande Sul (UFRGS), Porto Alegre, 2011. Disponível em: hp://www.lume.
ufrgs.br/handle/10183/36040. Acesso em: 8 maio 2016.
SILVA, F. P.; KINDLEIN JUNIOR, W. O Laçador = The Lassoer. In: SANTOS, J. R. L. et al. (Org.). Tecnologias 3D:
desvendando o passado, modelando o futuro = 3D Technologies: unveiling the past, shaping the future.
1. ed. Rio de Janeiro: Lexicon, 2013. v. 1, p. 210-5.
SOUZA, L. A. C.; FRONER, Y. Reconhecimento de materiais que compõem acervos. 4. ed. Belo Horizonte:
Lacicor, 2008. 31p.
TOMMASELLI, A. M. G. et al. Fotogrametria: aplicações a curta distância. In: MENEGUETTI JR., M.; ALVES,
N. (Org.). FCT 40 anos: perl cienco-educacional. Presidente Prudente, SP: UNESP, 1999. p. 147-59.
WEINMANN, M.; KLEIN, R. Advances in geometry and reflectance acquisition (course notes).
In: SIGGRAPH. Asia 2015 Courses. New York: ACM, 2015. 71p. Disponível em: http://doi.acm.
org/10.1145/2818143.2818165. Acesso em: 19 out. 2016.
YASTIKLI, N. Documentaon of cultural heritage using digital photogrammetry and laser scanning. Journal
of Cultural Heritage, v. 8, n. 4, p. 423-7, 2007.
Sobre autores:
Yvana Oliveira Alencastro: Mestra em Design e Tecnologia no Programa de pós-graduação em
Design da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). MBA em Markeng realizado na
Universidade de Pernambuco (UPE). Especialista em Design de Interação para artefatos digitais
realizado no Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (CESAR). Graduada em Design
pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Designer do Serviço Nacional de Aprendizagem
Industrial – Instuto SENAI de Iovação para Tecnologias da Informação e Comunicação. Membro
do grupo de pesquisa Núcleo de Desenvolvimento de Produtos (NDP). E-mail: yvana.alencastro@
gmail.com, Orcid: hp://orcid.org/0000-0002-0984-2920
Paulo Victor de Farias Dantas: Mestre em Design e Tecnologia no Programa de pós-graduação
em Design da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), vinculado ao Laboratório de
Design e Seleção de Materiais (LdSM), desenvolvendo pesquisas nas linhas de “Digitalização
Tridimensional” e “Design e Patrimônio Cultural”, e colabora com o Laboratório de Pesquisas em
Fotogrametria (LAFOTO-UFRGS). Graduado em Escultura pela Escola de Belas Artes da Universidade
Federal do Rio de Janeiro (EBA/UFRJ). Graduado no curso tecnológico Design Gráco: Ilustração
e Animação Digital, na Universidade Veiga de Almeida (UVA). E-mail: victor.dantas@ufrgs.br,
Orcid: hp://orcid.org/0000-0002-0231-2599
Fábio Pinto da Silva: Doutor e mestre em Engenharia, com ênfase em Ciência e Tecnologia de
Materiais, pelo PPGE3M da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Graduado em
Engenharia Mecânica pela UFRGS. Professor adjunto no Departamento de Design e Expressão
Gráca (DEG/FA/UFRGS) e professor permanente no Programa de Pós-Graduação em Design,
com ênfase em Design & Tecnologia (PGDESIGN/UFRGS). Consultor do CNPq, CAPES e FAPERGS.
Coordenador do Centro Mulusuário de Protopagem Rápida (CMPR), do Parque Cienco e
Tecnológico da UFRGS (ZENIT/UFRGS). Membro do comitê gestor do Laboratório de Inovação
e Fabricação Digital da Escola de Engenharia (LIFEE/UFRGS). Integrante do Comitê Local de
Iniciação Tecnológica, da Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico (SEDETEC/UFRGS).
INTERAÇÕES, Campo Grande, MS, v. 20, n. 2, p. 435-448, abr./jun. 2019
448 Yvana Oliveira Alencastro; Paulo Victor de Farias Dantas;
Fábio Pinto da Silva; Jocelise Jacques de Jacques
Pesquisador no Laboratório de Design e Seleção de Materiais (LDSM/UFRGS). E-mail: E-mail:
fabio.silva@ufrgs.br, Orcid: hp://orcid.org/0000-0001-9349-5601
Jocelise Jacques de Jacques: Doutora em Engenharia de Produção pela Universidade Federal
do Rio Grande do Sul (UFRGS), tendo desenvolvido parte de sua pesquisa na Universidade da
Califórnia – Berkeley. Mestre em Engenharia Civil e graduação em Arquitetura e Urbanismo pela
UFRGS. Professora adjunta da UFRGS, na Faculdade de Arquitetura, Departamento de Design e
Expressão Gráca. Parcipa da Comissão de Graduação em Design de Produto. Professora cola-
boradora do Programa de Pós-Graduação em Design (UFRGS). E-mail: jocelise.jacques@ufrgs.br,
Orcid: hp://orcid.org/0000-0003-2109-0677