Em Portugal, a Avaliação Externa de Escolas (AEE), consagrada pela Lei nº 31/2002, é implementada
pela Inspeção Geral de Educação e Ciência, constituindo-se como um identificador de boas de práticas
organizacionais, curriculares e pedagógicas. Neste caso, e porque está ligada às políticas de “accountability,
a AEE está associada à criação de uma cultura de qualidade e melhoria das escolas,
... [Show full abstract] discutindo processos
e práticas de avaliação institucional que têm sido melhoradas quer a nível interno (Pacheco, Morgado
& Seabra, 2014), com a distinção de dois ciclos de avaliação, no período de 2006 a 2015, quer a nível
externo, com contributos do Conselho Nacional de Educação (CNE, 2008; 2010; 2011).
Sabendo que as políticas de avaliação tendem para a uniformização, com reflexo nas práticas de AEE
e que é fundamental considerar o contexto institucional (AndersonLevitt, 2009), é formulada a seguinte
questão de investigação: Que coerência existe entre os discursos dos avaliadores externos, expressos nos
relatórios de AEE, e o discurso do Diretor de uma Escola do ensino básico?
Partindo de uma entrevista realizada a um Diretor, com o objetivo de compreender o impacto e os
efeitos da AEE e dos relatórios de AEE, verificou-se, através da análise de conteúdo, que este modelo se
baseia na homogeneização, tanto de discursos, como de práticas avaliativas, centrando-se nas perspetivas
dos responsáveis de gestão/administração das escolas (Rodrigues & Moreira, 2015).