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Uso do Solo, Clima, Recursos Hídricos e
Irrigação no Oeste da Bahia
Prof. Marcos Heil Costa, Ph.D.
Raphael Pousa, doutorando
Vitor Cunha Fontes, doutorando
Emily Ane Dionizio da Silva, doutoranda
Eng° Fernando Martins Pimenta
Tecnólogo Matheus Lucas da Silva
Vinícius Fonseca Anício de Brito (estagiário)
Marina Castro da Silva (estagiária)
Lucas Barbosa Lima (estagiário)
Salvador, BA – 26/11/2018
Resumo
1. Evolução do uso do solo e da área irrigada
2. Propriedades físicas do solo (em função do uso do
solo)
3. Precipitação
4. Evolução da recarga do aquífero (em função do clima
e do uso do solo)
5. Recursos hídricos e irrigação
6. Conclusões
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1. Análise da evolução do
uso do solo e da área irrigada
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Estatísticas de validação contra dados da Pesquisa Agrícola Municipal:
n = 372 R = 0,949
d (Wilmott) = 0,923 MAE = 660 km2
Estatísticas de validação contra dados da Pesquisa Agrícola Municipal:
n = 372 R = 0,949
d (Wilmott) = 0,923 MAE = 660 km2
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Área irrigada continua crescendo rapidamente no Oeste da Bahia
Área irrigada (1000 ha)
1990: 16.431 ha
187 pivôs centrais
2018: 192.282 ha
1.745 pivôs centrais
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2. Análise das propriedades físicas do
solo (em função do uso do solo)
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Propriedades físicas e carbono no solo em função do uso do solo
CLASSE USO DO
SOLO
TOTAL BACIA RIO
GRANDE
BACIA RIO
CORRENTES
%
AGRICULTURA
IRRIGADA
20 20 0 16.3
PASTAGEM 21 14 7 17.1
AGRICULTURA DE
SEQUEIRO
20 14 6 16.3
ÁREA RECÉM-
SUPRIMIDA
21 15 6 17.1
CERRADO 21 12 9 17.1
FLORESTA 20 19 1 16.3
TOTAL 123 94 29 100
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3. Análise da precipitação
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3. Análise da precipitação
Precipitação é extremamente variável de ano para ano, mas ...
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Precipitação
diminuiu no Oeste
da Bahia desde a
década de 1980.
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4. Análise da evolução da recarga
do aquífero (em função do clima e
do uso do solo)
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Valores médios para o período de 1990-2015 (mm/dia)
46870000 46902000 45910001 45260000
Observado 0,400 0,509 0,546 0,642
Simulado 0,460 0,520 0,527 0,555
Erro abs. 0,059 0,011 0,019 0,087
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Precipitação Evapotranspiração
Escoamento
superficial
Drenagem profunda
Evolução da Percolação Profunda no Oeste da Bahia desde 1990
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Mudança de uso do solo tem algum efeito sobre a taxa de recarga
do aquífero, mas bem menor do que a precipitação
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Evolução temporal da taxa de recarga do aquífero
Recarga correlaciona principalmente com a precipitação, apesar
de ser também influenciada pelo uso do solo
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5. Análise dos recursos hídricos e irrigação
5.1 Regiões com uso elevado de água para irrigação
▪ Potenciais conflitos no uso de recursos hídricos
5.2 Recursos hídricos declinantes
▪Bacias com uso elevado de água para irrigação
▪ Bacias sem uso expressivo de água para irrigação
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5.1 Regiões com uso elevado de água para irrigação
(Potenciais conflitos no uso de recursos hídricos)
•R1: Rio Branco
•R2: Rio de Janeiro
•R3: Rio Cabeceira de Pedras
•R4: Rio Borá
•R5: Rio de Ondas (incluindo
Borá e tributários)
•R6: Rio Grande (cabeceira) e
Vereda Passaginha
•R7: Rio Formoso, Rio Pratudão,
Riacho do Vau
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R1: Rio Branco (crítico)
3403 km2– 233 km2irrigados em 2018 (6,8 %)
(Ottobacia ANA 76243)
R2: Rio de Janeiro (crítico)
2522 km2– 122 km2irrigados em 2018 (4,8 %)
(Ottobacia equivalente a estação 46570000)
R3: Rio Cabeceira de Pedras
1739 km2– 109 km2irrigados em 2018 (6,2%)
(Ottobacia ANA 76264)
R4: Rio Borá (crítico)
938 km2– 89 km2irrigados em 2018 (9,5%)
(Ottobacia ANA 762691)
R5: Rio de Ondas (incluindo Borá e demais tributários)
1939,3 km2– 244,2 km2irrigados em 2018 (12,6 %)
(Ottobacias ANA 7626711, 762661, 762691)
R6: Rio Grande (cabeceira) e Vereda Passaginha
2075 km2– 195 km2irrigados em 2018 (9,4 %)
(Ottobacias ANA 762891, 762871,
76285, 76282)
R7: Rio Pratudão, Riacho do Vau e Rio Formoso
3865 km2– 264 km2irrigados em 2018 (6,8 %)
(Ottobacias ANA 764271, 76426, 764241)
5.2 Recursos hídricos declinantes
•Bacias com uso elevado de água para irrigação
•A: 46543000 – Rio de Ondas em Fazenda Redenção
•B: 46570000 – Rio de Janeiro em Ponte Serafim (= R2)
•C: 46415000 – Rio Grande em Sítio Grande
•D: 45840000 – Rio Formoso em Gatos
•Bacias sem uso expressivo de água para irrigação
•E: 45910001 – Rio Correntes em Santa Maria da Vitória
•F: 46790000 – Rio Preto em Formosa do Rio Preto
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Bacias com uso elevado de água para irrigação
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A. 46543000 – Rio de Ondas em Fazenda Redenção
5393 km2– 357 km2irrigados em 2018 (6,2%)
B. 46570000 – Rio de Janeiro em Ponte Serafim (=R2)
2522 km2– 122 km2irrigados em 2018 (4,8 %)
C. 46415000 – Rio Grande em Sítio Grande
4943 km2– 208 km2irrigados em 2018 (4,2 %)
D. 45840000 – Rio Formoso em Gatos
7132 km2– 278 km2irrigados em 2018 (3,9 %)
Bacias sem uso expressivo de água para irrigação
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E. 45910001 – Rio Correntes em Santa Maria da Vitória
29643 km2– 455 km2irrigados em 2018 (1,5 %)
F. 46790000 – Rio Preto em Formosa do Rio Preto
14326 km2– 15 km2irrigados em 2018 (0,1 %)
6. Conclusões
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Conclusões – Conflitos de uso da água
•Pelo menos sete sub-bacias no Oeste da Bahia ou estão em
situação de ou indo em direção a conflitos pelo uso da água.
•Rio Branco (crítico)
•Rio de Janeiro (crítico)
•Rio Cabeceira de Pedras
•Rio Borá (crítico)
•Rio de Ondas
•Rio Grande (cabeceira)
•Rio Formoso
•Nestas sub-bacias, como alternativa de curto prazo,
recomenda-se apenas duas safras por ano, evitando o uso da
água para irrigação em setembro e outubro (período de
menor disponibilidade)
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Conclusões – Recursos hídricos declinantes
•Por causa das chuvas e recursos hídricos declinantes, o
limite de outorga (80% Q90) pode ser atingido com muito
mais frequência do que se imagina.
•A combinação de rápido aumento na demanda de água para
irrigação com a manutenção da redução nas chuvas no longo
prazo podem trazer consequências mais críticas que as atuais
em um prazo de poucos anos.
•Recomenda-se fortemente um monitoramento anual preciso
da disponibilidade e demanda dos recursos hídricos para
irrigação, pelo menos nas sete sub-bacias mencionadas onde
o potencial de conflito é maior.
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Conclusões – Onde expandir a irrigação?
•Extensas regiões do Oeste da Bahia tem reduzido
uso de recursos hídricos, e tem alto potencial de
crescimento de área irrigada.
•Rio Preto
•Rio Correntes, exceto a sub-bacia do Rio Formoso
•Rio Carinhanha
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Regiões críticas com relação a
conflitos pelo uso da água, atualmente
ou em futuro próximo. Recomenda-se:
(1) praticar duas safras ao ano apenas;
(2) evitar irrigação nos meses de
setembro e outubro, e (3) iniciar
monitoramento anual preciso da
disponibilidade e demanda dos
recursos hídricos para irrigação.
Regiões aonde ainda é
possível a expansão da área irrigada,
respeitando a disponibilidade legal
(80% Q90). Recomenda-se rever o
cálculo da Q90 periodicamente.
Síntese