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RESUMO Com o objetivo de analisar as produções científicas sobre avaliação de políticas públicas
em saúde bucal no Brasil, foi realizado um estudo bibliométrico das publicações entre janeiro/1980
e maio/2015, nas bases SciELO e BVS/Bireme/Opas. Foram incluídos 45 artigos em português e/ou
inglês, sendo excluídos artigos em duplicidade e fora do tema. A classificação foi realizada por duas
pesquisadoras quanto a desenho/estratégia de estudo, principais achados e características do estudo
avaliativo segundo atributos para a pesquisa na área. Os artigos foram publicados entre 2002 e 2015.
A região Sudeste (48,9%) e as instituições públicas (82,2%) respondem pela maior produção. A maior
concentração de artigos estava em revistas Qualis A2 (48,9%). A maioria dos trabalhos (86,6%) era
composta de estudos quantitativos, e a maior proporção tratava de cobertura e utilização (22,2%) e
monitoramento de intervenções em saúde (20%). A principal característica dos estudos analisados
relacionava-se com a disponibilidade e distribuição social dos recursos (64,4%). A produção na área
vem sendo publicada em periódicos de relevância na saúde coletiva, o que confere a sua importância
para compreensão da dinâmica da prestação do cuidado, como análise crítica e forma de apontar
experiências exitosas e rumos a serem corrigidos nas políticas, conforme recomendado nas confe-
rências de saúde bucal.
PALAVRAS-CHAVE Políticas de saúde. Saúde bucal. Bibliometria.
ABSTRACT With the aim of analyzing the scientific production on the evaluation of oral health public
policies in Brazil, a bibliometric study of publications between January 1980 and May 2015was conducted,
using the SciELO and BVS/Bireme/Paho databases. Forty five papers in Portuguese and/or English
were included, and those in duplicate and out of the subject scope were excluded. The classification was
carried out by two researchers regarding design/study strategy, the main findings and characteristics
of the evaluative study according to the attributes of research in the field. The articles were published
between 2002 and 2015. The Southeastern region (48.9%) and public institutions (82.2%) account for
the highest production. The highest concentration of articles was in Qualis A2 journals (48.9%). Most
of the studies (86.6%) were quantitative and the largest proportion was about coverage and utilization
(22.2%) and monitoring of health interventions (20%). The studies’ main characteristic was the avail-
ability and social distribution of resources (64.4%). The production in the field has been published in
SAÚDE DEBATE | RIO DE JANEIRO, V. 43, N. 120, P. 207-222, JAN-MAR 2019
207
Análise da produção científica sobre
avaliação de políticas de saúde bucal no
Brasil
Analysis of the scientific production on the evaluation of oral health
policies in Brazil
Sandra Garrido de Barros1, Carlos Eduardo Borja de Miranda1, Thais Regis Aranha Rossi2, Sônia
Cristina Lima Chaves1
DOI: 10.1590/0103-1104201912016
1 Universidade Federal da
Bahia (UFBA), Instituto
de Saúde Coletiva (ISC) –
Salvador (BA), Brasil
sgb@ufba.br
2 Universidade do Estado
da Bahia (Uneb) – Salvador
(BA), Brasil
REVISÃO | REVIEW
Este é um artigo publicado em acesso aberto (Open Access) sob a licença Creative
Commons Attribution, que permite uso, distribuição e reprodução em qualquer
meio, sem restrições, desde que o trabalho original seja corretamente citado.
SAÚDE DEBATE | RIO DE JANEIRO, V. 43, N. 120, P. 207-222, JAN-MAR 2019
Barros SG, Miranda CEB, Rossi TRA, Chaves SCL208
Introdução
A análise da produção científica em Política,
Planejamento e Gestão (PP&G) no Brasil
revela uma produção articulada entre o campo
científico e as instituições de serviços, sendo
voltada à resposta dos problemas em distintos
contextos históricos
1
. O estudo citado remonta
à conjuntura que favoreceu a emergência da
saúde coletiva, a criação do Centro Brasileiro
de Estudos de Saúde (Cebes) em 1976, a funda-
ção da Associação Brasileira de Pós-Graduação
em Saúde Coletiva (Abrasco) em 1979 com a
pós-graduação e o fortalecimento do chamado
movimento sanitário no Brasil1.
No caso da atenção à saúde bucal, alguns
marcos podem ser citados como relevantes no
percurso histórico das políticas de saúde bucal
no Brasil, como a realização da I Conferência
Nacional de Saúde Bucal (CNSB) em 1986,
a qual colheu frutos da VIII Conferência
Nacional de Saúde, em que foram discutidas
as diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS)
e a inserção da odontologia; a promulgação
da Constituição da República Federativa do
Brasil em 1988, com a criação do SUS2; a rea-
lização da II Conferência Nacional de Saúde
Bucal em 1993, a qual buscou a consolidação
da saúde bucal no âmbito do SUS; a realização
da Pesquisa Nacional de Saúde Bucal (SB-
Brasil) publicada em 2003, que produziu in-
formações sobre as condições de saúde bucal
da população brasileira e forneceu subsídio
para o planejamento e ações nessa área; e a
post erior criação da Política Nacional de Saúde
Bucal – Brasil Sorridente em 2004, que apresenta
as diretrizes brasileiras para a organização da
atenção à saúde bucal no âmbito do SUS. Outro
marco importante refere-se à inclusão da equipe
de saúde bucal na saúde da família em 2000.
Estudo sobre a produção científica odon-
tológica brasileira quanto ao sistema e às po-
líticas de saúde, no período de 1986 a 1993,
apontou grande debilidade e quantidade muito
pequena de trabalhos sobre políticas de saúde
bucal3. Ao analisar a quantidade de publica-
ções relativas à saúde bucal em periódicos
de saúde pública, Nadanovsky4 apontou um
aumento significante entre 1980, ano em que
foram encontrados dois artigos publicados no
Medline por pesquisadores filiados a univer-
sidades brasileiras, e 2001 a 2005, com 1.564
artigos seguindo o mesmo critério. Outros
trabalhos também apontaram o crescimento
quantitativo de publicações em saúde bucal5/
odontologia
6
; e no que se refere a estudos sobre
serviços e políticas de saúde, observou-se um
crescimento no número de publicações, mas
manutenção dos valores relativos em relação
ao total em periódicos de saúde coletiva de
relevância nacional5.
Esse aumento das produções científicas em
política de saúde bucal nos primeiros anos do
século XXI
4,5
pode estar relacionado com a
formalização da Política Nacional de Saúde
Bucal – Brasil Sorridente a partir de 2004.
Ademais, considerando-se o momento da ava-
liação do ciclo da política pública, observa-se
a necessidade de analisar seu processo de de-
senvolvimento e resultados. Estudo de Santos
relevant journals in collective health, which confers its importance for understanding the dynamics of
care delivery, as a critical analysis and a way of pointing out successful experiences and directions to be
corrected in the policies, as recommended in the oral health conferences.
KEYWORDS Health policy. Oral health. Bibliometrics.
SAÚDE DEBATE | RIO DE JANEIRO, V. 43, N. 120, P. 207-222, JAN-MAR 2019
Análise da produção científica sobre avaliação de políticas de saúde bucal no Brasil 209
e Teixeira7, que mapeou a produção científica
sobre política de saúde no Brasil entre 1988-
2014, identificou que a política de saúde bucal é
a segunda política específica mais estudada na
atenção primária, com 13 artigos identificados.
Além de revelar a tendência no aumento da
produção, esse trabalho apontou a progressiva
substituição de análises do processo político
mais geral por estudos de políticas específicas7.
Entretanto, estudos focados na avaliação da
atenção em saúde bucal no Brasil são escassos e
com grande diversidade metodológica confor-
me apontaram Colussi e Calvo
8
em revisão de
estudo sobre essa temática até 2010. Mais es-
pecificamente, não existem trabalhos recentes
que se debrucem sobre a produção científica
sobre avaliação de políticas de saúde bucal.
Dessa forma, o presente trabalho analisou
as produções científicas relacionadas com a
avaliação de políticas públicas em saúde bucal
no Brasil, analisando também seus autores,
conteúdo e temas abordados.
Metodologia
Este foi um estudo bibliométrico das publica-
ções científicas sobre avaliação das políticas
de saúde bucal no Brasil no período de janeiro
de 1980 até maio de 2015. Nesse sentido,
foram utilizadas a base de dados da Scientific
Electronic Library Online (SciELO), ‘http://
scielo.org’; e o Portal Regional da Biblioteca
Virtual em Saúde do Centro Latino-Americano
e do Caribe de Informação em Ciências da
Saúde da Organização Pan-Americana da Saúde
(BVS/Bireme/Opas), ‘http://bvsalud.org’.
Para a identificação dos artigos, foram uti-
lizados os descritores ‘politica de saude bucal’
em ambas as bases. Na tentativa de incluir
um maior número de estudos, no SciELO,
também foi realizada uma busca com o des-
critor ‘saude bucal’. Para fins de padronização,
não foram utilizadas acentuações ortográficas
nos descritores.
Foram incluídos apenas artigos em língua
portuguesa ou inglesa. Na BVS/Bireme,
utilizou-se o filtro ‘Brasil como país/região
como assunto’. Nessa base, foram identifi-
cados inicialmente um total de 1.243 artigos
utilizando-se o descritor ‘politica de saude
bucal’, permanecendo 195 após a aplicação
dos filtros. No SciELO, foram localizados um
total de 508 artigos, 82 com o descritor ‘po-
litica de saude bucal’ e 426 com o descritor
‘saude bucal’, sendo que todos os artigos com o
descritor ‘saude bucal’ já pertenciam à língua
portuguesa ou inglesa, e apenas um artigo para
o descritor ‘politica de saude bucal’, não. Em
seguida, foram excluídos artigos em duplicida-
de e aqueles fora do tema, como estudos epi-
demiológicos ou relacionados com as ciências
sociais. Foram incluídos todos os artigos que
tratavam de PP&G em saúde bucal (tabela 1).
Tabela 1. Descritores e base de dados utilizados, número de artigos identificados, número de artigos em língua portuguesa ou inglesa, número de artigos
excluídos por duplicidade e tema e total de artigos incluídos no estudo
Descritores Base Número de
artigos
Número de
artigos
Número de artigos excluídos Número de artigos
PP&G em SB
Total de artigos
avaliação de PSB
Por duplicidade Por tema
politica de saude bucal BVS 1243 195 70 74 51 7
SciELO 82 81 39 22 20 7
saude bucal SciELO 426 426 2387 37 37
Total 1751 702 111 483 108 51
Fonte: Elaboração própria.
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Barros SG, Miranda CEB, Rossi TRA, Chaves SCL210
Para fins de análise, os artigos identificados
nas duas bases de dados foram organizados
em um banco de dados no software Microsoft
Excel® 2007, considerando as seguintes variá-
veis: ano da publicação, título, nome dos autores,
periódico em que foi publicado, desenho/es-
tratégia de estudo e principais achados, sendo
esses dois últimos definidos inicialmente a
partir do resumo do artigo confirmados pela
leitura do artigo na íntegra, se necessário. A
classificação e análise dos artigos foram reali-
zadas por duas pesquisadoras da área.
Os artigos foram inicialmente analisados a
partir de seus títulos, seguidos da leitura de
seus resumos e posterior leitura dinâmica na
íntegra. A partir da leitura dinâmica dos artigos
da área de PP&G em saúde bucal completos,
foram identificados 51 estudos de avaliação
das políticas de saúde bucal (tabela 1).
Após a leitura crítica, foram excluídos seis
artigos que abordavam perfil profissional, análise
metodológica ou estudos epidemiológicos. Dessa
forma, foram obtidos 45 artigos que compuseram
o universo de artigos a serem analisados no pre-
sente estudo. Esses artigos foram lidos na íntegra
e organizados em nova planilha do Microsoft
Excel® de acordo com o ano da publicação, título
do trabalho, autores, instituição de origem do
principal autor, periódico de publicação, obje-
tivo, desenho/estratégia de estudo, abordagem
da pesquisa (se era qualitativa, quantitativa ou
qualitativa e quantitativa), principais achados e
classificados de acordo com as características do
estudo avaliativo
9,10
. Para esta classificação sobre
as características do estudo de avaliação, foram
utilizados os principais atributos relacionados
com a pesquisa na área, conforme proposto por
Vieira-da-Silva e Formigli
9
e Vieira-da-Silva
10
,
relativos a: a) disponibilidade e distribuição social
dos recursos; b) efeito das ações; c) custos e pro-
dutividade das ações; d) adequação das ações
ao conhecimento técnico e científico vigente;
d) processo de implantação das ações; e) carac-
terísticas relacionais entre os agentes das ações
e f ) monitoramento das intervenções em saúde
(quadro 1).
Quadro 1. Tipologia dos estudos avaliativos e conceitos para classificação dos manuscritos selecionados
Características do estudo (atributos) Critérios
Disponibilidade e dis-
tribuição social dos
recursos
Cobertura Mede a proporção da população-alvo beneficiada pelas ações do programa.
Acesso, utilização e cobertura real Obtenção do cuidado pelo indivíduo que dele necessita.
Acessibilidade Características no uso dos serviços como geográficas, organizacionais, modelo
assistencial, financeiras e políticas de saúde específicas.
Equidade Métodos para medir desigualdades em saúde.
Efeito das ações Eficácia Efeito potencial de uma intervenção em situação considerada como ideal ou experi-
mental.
Efetividade O efeito de determinado serviço sobre um grupo populacional ou efeito da interven-
ção em sistemas operacionais.
Em relação ao tempo, expressaria curto prazo.
Impacto O efeito de um ‘sistema’ sobre uma população expressaria o impacto em longo inter-
valo de tempo ou efeito líquido de um programa (resultado após a implementação
comparado com aquele, caso o programa não tivesse sido implementado).
Relacionados com os
custos e produtividade
das ações
Eficiência Medida da produtividade do sistema e sua relação com os custos.
Adequação das ações ao
conhecimento técnico e
científico vigente
Qualidade técnico-científica Tecnologia do cuidado médico, derivada da ciência, e a aplicação dessa ciência na
prática concreta, influenciada pelas relações interpessoais. Pode representar também
a relação entre benefícios, riscos e custos de uma intervenção.
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Análise da produção científica sobre avaliação de políticas de saúde bucal no Brasil 211
Resultados
Os 45 artigos sobre avaliação das políticas de
saúde bucal analisados foram publicados entre
o ano de 2002 e o mês de maio de 2015 (quadros
2 e 3). Os artigos foram agrupados por períodos,
de forma que se pôde perceber o crescimento
do número de textos com o decorrer dos anos.
Observou-se baixa produção científica no período
de 2002 a 2006 (8,9%) e que o período de maior
produção científica foi entre 2012 e 2015 (55,6%),
revelando uma concentração maior que a metade
dos artigos quando comparado com anos ante -
riores (tabela 2).
Quadro 1. (cont.)
Processo de implantação
das ações
Grau de implantação Descrição dos principais componentes do plano e intervenção (problemas, objetivos,
operações, ações necessárias, mecanismos causais presumidos, recursos, responsá-
veis, estratégias de implantação, efeitos esperados). Em seguida, atribui-se pontua-
ção para cada componente de operacionalização e verifica-se o grau da implantação.
Análise de implantação Estudos que investigam as relações entre o grau de implantação, o contexto e os
efeitos das ações.
Características relacio-
nais entre os agentes
das ações
Usuário x profissional;
Profissional x profissional;
Gestor x profissional
1. Percepção dos usuários sobre as práticas, satisfação dos usuários, aceitabilidade,
acolhimento, respeito à privacidade e de outros direitos cidadãos;
2. Relações de trabalho e no trabalho;
3. Relações sindicais e de gestão.
Monitoramento das intervenções em saúde Esta classificação foi utilizada para estudos que não se enquadravam completamen-
te em nenhuma das descrições acima, mas se tratavam de avaliações normativas, de
produtividade, acompanhamento de programas e da produção ambulatorial.
Fonte: Adaptado de Vieira-da-Silva e Formigli9 e Vieira-da-Silva10.
Quadro 2. Publicações científicas sobre avaliação das políticas de saúde bucal no Brasil em revistas Qualis A2 no período entre 1980 e 2015 a partir de
bases de dados selecionadas
Ano Título Primeiro Autor Periódico Estratégia do estudo Qualitativo ou
Quantitativo?
Tipo de
avaliação
2002 Projeto Bambuí: avaliação de
serviços odontológicos privados,
públicos e de sindicato
Matos DL,
Lima-Costa,
MF, Guerra HL,
et al.
Rev. Saúde
Pública
Entrevista por meio de ques-
tionário estruturado com
amostra representativa de
adultos residentes na cidade
de Bambuí, MG.
Quantitativo Satisfação
2004 A school-based oral health educa-
tional program: the experience of
Maringa- PR, Brazil
Conrado CA,
Maciel SM,
Oliveira MR
Journal of
Apllied Oral
Science
Estudo de avaliação de in-
tervenção educativa junto a
crianças e seus responsáveis.
Quantitativo Monitoramen-
to de interven-
ções em saúde
2007 Tendência na utilização de serviços
odontológicos entre idosos bra-
sileiros e fatores associados: um
estudo baseado na Pesquisa Na-
cional por Amostra de Domicílios
(1998 e 2003)
Matos DL, Li-
ma-Costa MF.
Cad. Saúde
Pública
Estudo transversal a partir
dos dados da PNAD 1998 e
2003.
Quantitativo Cobertura e
utilização
2007 Saúde bucal no Programa Saúde da
Família: uma avaliação do modelo
assistencial
Souza TMS,
Roncalli AG.
Cad. Saúde
Pública
Estudo avaliativo a partir de
entrevistas estruturadas com
gestores e dentistas do Estado
do Rio Grande do Norte no
ano de 2004, observação e
análise documental.
Quanti-quali-
tativo
Grau de im-
plantação
SAÚDE DEBATE | RIO DE JANEIRO, V. 43, N. 120, P. 207-222, JAN-MAR 2019
Barros SG, Miranda CEB, Rossi TRA, Chaves SCL212
Quadro 2. (cont.)
2008 Comparação do acesso aos servi-
ços de saúde bucal em áreas co-
bertas e não cobertas pela Estraté-
gia Saúde da Família em Campina
Grande, Paraíba, Brasil
Rocha RACP,
Goes PSA.
Cad. Saúde
Pública
Estudo transversal com entre-
vista a indivíduos acima de 18
anos residentes na cidade de
Campina Grande em setores
censitários com e sem cober-
tura do PSF.
Quantitativo Cobertura e
utilização
2008 Uso de serviços odontológicos
por rotina entre idosos brasileiros:
Projeto SB Brasil
Martins AME-
BL, Haikal DS,
Pereira SM,
et al.
Cad. Saúde
Pública
Estudo transversal a partir da
base de dados do Projeto SB
Brasil com foco na utilização
de serviços odontológicos por
idosos.
Quantitativo Cobertura e
utilização
2008 A utilização de serviços odonto-
lógicos entre crianças e fatores
associados em Sobral, Ceará, Brasil
Noro LRA,
Roncalli AG,
Mendes-Junior,
FIR, et al.
Cad. Saúde
Pública
Estudo transversal a partir de
entrevistas com responsáveis
por crianças na faixa etária de
cinco a nove anos de idade,
residentes na área urbana do
Município de Sobral.
Quantitativo Cobertura e
utilização
2008 Avaliação da cobertura do Serviço
Odontológico da Polícia Militar da
Bahia em Salvador, Bahia, Brasil
Ribeiro-Sobri-
nho C, Souza
LEPF, Chaves
SCL.
Cad. Saúde
Pública
Estudo descritivo de caso
único sobre o Serviço de
Odontológico da PM-BA.
Quantitativo Cobertura e
utilização
2008 Utilização de serviços odontológi-
cos por crianças de 0 a 5 anos de
idade no Município de Canela, Rio
Grande do Sul, Brasil
Kramer PF,
Ardenghi TM,
Ferreira S, et al.
Cad. Saúde
Pública
Inquérito epidemiológico em
crianças menores de cinco
anos de idade realizado du-
rante a Campanha Nacional
de Multivacinação Infantil.
Quantitativo Utilização
2009 Utilização de serviços odontoló-
gicos e fatores associados: um
estudo de base populacional no Sul
do Brasil
Araújo CS,
Lima RC, Peres
MA, et al
Cad. Saúde
Pública
Estudo transversal, de base
populacional, com aplicação
de entrevistas com indivíduos
a partir de dez anos de idade,
moradores da zona urbana.
Quantitativo Cobertura e
utilização
2009 Efetividade de programa de agen-
tes comunitários na promoção da
saúde bucal
Frazão P, Mar-
ques D.
Rev. Saúde
Pública
Avaliação de um projeto de
capacitação de agentes co-
munitários de saúde.
Quantitativo Monitoramen-
to de interven-
ções em saúde
2010 Satisfação dos usuários assistidos
nos Centros de Especialidades
Odontológicas do Município do
Recife, Pernambuco, Brasil
Lima ACS,
Cabral ED,
Vasconcelos
MMVB.
Cad. Saúde
Pública
Estudo transversal nos Cen-
tros de Especialidades Odon-
tológicas de Recife -PE.
Qualitativo Satisfação
2010 Política Nacional de Saúde Bucal:
fatores associados à integralidade
do cuidado
Chaves SCL,
Barros SG, Cruz
DN, et al.
Rev. Saúde
Pública
Estudo exploratório transver-
sal baseado em entrevistas
com usuários de quatro cen-
tros de especialidades odon-
tológicas da Bahia em 2008.
Quantitativo Acessibilidade
2012 Desigualdades no acesso e na
utilização de serviços odontológi-
cos no Brasil: análise do Sistema
de Vigilância de Fatores de Risco
e Proteção para Doenças Crônicas
por Inquérito Telefônico (Vigitel
2009)
Peres MA, Iser
BPM, Boing AF,
et al.
Cad. Saúde
Pública
Uso do VIGITEL com amostra
probabilística da população
adulta (≥ 18 anos) residente
nas capitais dos estados bra-
sileiros e do Distrito Federal.
Quantitativo Acesso e utili-
zação
2012 Avaliação da atenção secundária
em saúde bucal: uma investigação
nos centros de especialidades do
Brasil
Goes PSA,
Figueiredo N,
Neves JC, et al.
Cad. Saúde
Pública
Estudo avaliativo normativo a
partir de dados secundários
da produção ambulatorial do
ano de 2007 de todos os CEO
implantados no Brasil.
Quantitativo Monitoramen-
to de interven-
ções em saúde
SAÚDE DEBATE | RIO DE JANEIRO, V. 43, N. 120, P. 207-222, JAN-MAR 2019
Análise da produção científica sobre avaliação de políticas de saúde bucal no Brasil 213
Quadro 2. (cont.)
2012 Evolução do acesso à água fluore-
tada no Estado de São Paulo, Brasil:
dos anos 1950 à primeira década
do século XXI
Alves RX,
Fernandes GF,
Razzolini MTP,
et al.
Cad. Saúde
Pública
Sistematização de informa-
ções sobre a fluoretação das
águas com base em dados
secundários e análise docu-
mental.
Quantitativo Cobertura
2012 Impacto da Estratégia Saúde da
Família sobre indicadores de saúde
bucal: análise em municípios do
Nordeste brasileiro com mais de
100 mil habitantes
Pereira CRS,
Roncalli AG,
Cangussu
MCT, et al.
Cad. Saúde
Pública
Estudo transversal de base
populacional com municípios
da Região Nordeste com mais
de 100 mil habitantes, com-
parando áreas cobertas e não
cobertas pela ESF.
Quantitativo Cobertura e
utilização
2012 Uso regular de serviços odonto-
lógicos entre adultos e idosos em
região vulnerável no sul do Brasil
Machado LP,
Camargo MBJ,
Jeronymo JCM,
et al.
Rev. Saúde
Pública
Estudo transversal de base
populacional com adultos e
idosos de áreas de vulnerabi-
lidade social de Porto Alegre,
RS.
Quantitativo Acesso e utili-
zação
2012 Reorganization of secondary and
tertiary health care levels: impact
on the outcomes of oral cancer
screening in the São Paulo State,
Brazil
Almeida FCS,
Cazal C, Puc-
ca-Junior GA,
et al.
Brazilian Dental
Journal
Estudo longitudinal retros-
pectivo baseado na análise de
dados secundários.
Quantitativo Monitoramen-
to de interven-
ções em saúde
2013 Fatores associados à utilização dos
serviços odontológicos por idosos
brasileiros
Ferreira CO,
Antunes JLF,
Andrade FB.
Rev. Saúde
Pública
Estudo transversal que utilizou
os dados da Pesquisa Nacio-
nal de Saúde Bucal (SBBrasil),
realizada no ano de 2010.
Quantitativo Acesso e Utili-
zação
2014 Análise da produção ambulatorial
em municípios com e sem centros
de especialidades odontológicas
no Brasil em 2010
Celeste RK,
Moura FRR,
Santos CP,
et al.
Cad. Saúde
Pública
Estudo ecológico que incluiu
todos os municípios brasilei-
ros no ano de 2010, utilizando
dados secundários de vários
sistemas de informação do
Departamento de Informática
do SUS.
Quantitativo Utilização
2015 Building a "Smiling Brazil"? Imple-
mentation of the Brazilian National
Oral Health Policy in a health
region in the State of São Paulo
Aquilante
AGA, Geova-
ni G.
Cad. Saúde
Pública
Este estudo de caso analisou
os fatores organizacionais e
relacionais que influenciam o
processo de implementação
da PNSB em municípios de SP.
Qualitativo e
Quantitativo
Qualidade
Fonte: Elaboração própria.
SAÚDE DEBATE | RIO DE JANEIRO, V. 43, N. 120, P. 207-222, JAN-MAR 2019
Barros SG, Miranda CEB, Rossi TRA, Chaves SCL214
Ano Título Primeiro Autor Periódico Estratégia do estudo Qualitativo ou
Quantitativo?
Tipo de
avaliação
2005 Atenção odontológica no Programa
de Saúde da Família de Campos
dos Goytacazes
Oliveira JLC,
Saliba NA.
Ciênc. & Saúde
Colet.
Estudo de caso com entrevis-
ta junto a cirurgiões-dentistas
(CD), auxiliares de consultório
dentário (ACD), técnico de hi-
giene dentária (THD), agentes
comunitários de saúde (ACS)
e por usuários.
Qualitativo e
Quantitativo
Monitoramen-
to de interven-
ções em saúde
2006 Análise da política de saúde bucal
do Município de Cuiabá, Estado
de Mato Grosso, Brasil, a partir
do banco de dados do Sistema
de Informações Ambulatoriais do
Sistema Único de Saúde (SIA-SUS)
Volpato LER,
Scatena JH.
Epidemiol. serv.
saúde
Dados secundários de produ-
ção ambulatorial do SIA-SUS.
Quantitativo Utilização
2008 Acesso aos serviços odontológicos
e motivos da procura por atendi-
mento por pacientes idosos em
Campina Grande - PB
Costa I MD,
Maciek SML,
Cavalcanti AL,
et al.
Odontol. clín.-
-cient
Realizou-se um estudo trans-
versal sendo a amostra com-
posta por 124 sujeitos com 60
anos ou mais.
Quantitativo Acesso e utili-
zação
2009 Avaliação do serviço de saúde
bucal no município de Grão Mogol,
Minas Gerais, Brasil: “a voz do
usuário”
Reis C, Marte-
lli-Júnior, Fran-
co BM, et al.
Ciênc. & Saúde
Colet.
estudo qualitativo, utilizan-
do-se a técnica de entrevista
semi-estruturada e a observa-
ção direta.
Qualitativo Acessibilidade
e Satisfação
2010 Estudo da Acessibilidade Orga-
nizacional aos Serviços de Saúde
Bucal de um Município de Pequeno
Porte do Nordeste Brasileiro
Castro RD,
Oliveira AGR-
CO, et al.
Rev. bras. ciênc.
saúde
Questionários foram dirigidos
a 194 usuários em seus do-
micílios, considerando o setor
censitário.
Quantitativo Acessibilidade
2011 Análise do avanço das equipes de
saúde bucal inseridas na Estratégia
Saúde da Família em Pernambuco,
região Nordeste, Brasil, 2002 a
2005
Silva SF, Mar-
telli PJL, Sá DA,
et al.
Ciênc. & Saúde
Colet.
Foi um estudo descritivo de
caso exploratório e enfoque
retrospectivo sobre a saúde
bucal no PSF.
Quantitativo Cobertura
2011 Acessibilidade da Criança e do
Adolescente com Deficiência na
Atenção Básica de Saúde Bucal no
Serviço Público: Estudo Piloto
Aragão AKR,
Souza A, Silva
K, et al.
Pesqui. bras.
odontopedia-
tria clín. integr
estudo observacional des-
critivo, onde aplicou-se um
formulário que possibilitou a
identificação e caracterização
da população, além do levan-
tamento de dados referentes
ao acesso aos serviços bási-
cos de saúde bucal.
Quantitativo Acesso e utili-
zação
2012 Saúde bucal e uso dos serviços
odontológicos em função do Índice
de Necessidades em Saúde: São
Paulo, 2008
Junqueira SR,
Frias AC, Zilbo-
vicius C, et al.
Ciênc. & Saúde
Colet.
Trata-se de um estudo de
observação do tipo ecológico
onde se utilizou dados agre-
gados de SP, 2008-2009).
Quantitativo Acesso e utili-
zação
2012 Características associadas ao uso
de serviços odontológicos públicos
pela população adulta brasileira
Pinto RS, Ma-
tos DL, Loyola
Filho, AI.
Ciênc. & Saúde
Colet.
O estudo analisou os dados
do SB-Brasil 2003 relativos
à população adulta (35-44
anos), quanto à ida ao CD,
tipo de serviço utilizado, sexo,
idade, renda, local da residência,
necessidades de saúde, etc.
Quantitativo Acesso e utili-
zação
2012 Pacto pela saúde no Brasil: uma
análise descritiva da progressão
dos indicadores de saúde bucal
Bordin D, Fadel
CB .
Revista de
Odontologia da
UNESP
Estudo descritivo de dados
coletados dos bancos do
Sistema Único de Saúde
(Datasus).
Quantitativo Monitoramen-
to de interven-
ções em saúde
Quadro 3. Publicações científicas sobre avaliação das políticas de saúde bucal no Brasil no período entre 1980 e 2015 em periódicos Qualis B em bases
de dados selecionadas
SAÚDE DEBATE | RIO DE JANEIRO, V. 43, N. 120, P. 207-222, JAN-MAR 2019
Análise da produção científica sobre avaliação de políticas de saúde bucal no Brasil 215
2013 Avaliação do fluxo de referência
para um centro de especialidades
odontológicas implantado em
cidade de médio porte na região
Sudeste
Rodrigues, LA,
Vieira JDM,
Leite ICGl.
Cad. Saude
Colet
Tratou-se de estudo docu-
mental e descritivo, no qual foi
avaliado o fluxo e a organiza-
ção da referência de usuários
para o CEO Norte em Juiz de
Fora – MG.
Quantitativo Monitoramen-
to de interven-
ções em saúde
2013 Práticas avaliativas: reflexões
acerca da inserção da saúde bucal
na Equipe de Saúde da Família
Giudice ACP,
Pezzato LM,
Botazzo C.
Saúde debate Utilizou-se a metodologia da
pesquisa qualitativa e, por
meio de entrevistas semies-
truturadas (com usuários) e
grupos focais (com profissio-
nais de saúde).
Qualitativo Qualidade
2013 Informações da atenção secundá-
ria em Odontologia para avaliação
dos modelos de atenção à saúde
Bulgareli, JV,
Faria ET, Am-
brosano GMB,
et al.
Rev. odontol.
UNESP
Estudo retrospectivo, com
uma amostra composta por
seis Unidades Básicas de
Saúde (UBS), caracterizadas
pelo modelo tradicional de
atenção, e 11 Unidades de
Saúde da Família (USF).
Quantitativo Cobertura
2013 A Programação Linear na avaliação
do desempenho da Saúde Bucal na
Atenção Primária
Colussi CF,
Calvo MCM,
Freitas SFT,
et al.
Einstein (São
Paulo)
Estudo transversal que usou
a programação linear para
avaliação do desempenho da
Saúde Bucal na Atenção Pri-
mária a partir da avaliação de
indicadores formulados de 19
municípios catarinenses com
mais de 50 mil habitantes.
Quantitativo Qualidade
2013 Factors related to the use of dental
services among adolescents from
Gravatai, RS, Brazil, in 2005
Davoglio, RS,
Abegg C, Aerts
DRGC.
Revista Brasi-
leira de Epide-
miologia
Estudo transversal por meio
de questionários autoapli-
cados.
Quantitativo Utilização
2013 Utilização dos serviços de saúde
por residentes em um condomínio
exclusivo para idosos
Teston EF, Rossi
RM, Marcon
SS.
Revista da
Escola de
Enfermagem
da USP
Estudo transversal com a
aplicação de um questionário
junto aos 50 residentes do
condomínio e 173 na comu-
nidade.
Quantitativo Utilização
2014 Referência e Contrarreferência na
atenção Secundária em odontolo-
gia em Campinas, SP, Brasil
Vazquez FL,
Guerra LM,
Vitor ES, et al.
Ciênc. Saúde
Colet.
Estudo observacional explora-
tório para análise de cobertura
e resolubilidade dos encami-
nhamentos para a atenção
secundária em Campinas
(SP).
Qualitativo e
Quantitativo
Cobertura
2014 Use of dental services in areas
covered by the Family Health
Strategy in Olinda, Brazil
Oliveira RS,
Magalhães
BG, Góes PSA,
et al.
Cad. Saude
Colet.
Estudo transversal com amos-
tra composta por indivíduos
acima de 18 anos cadastrados
na Unidade de Saúde da
Família (USF).
Quantitativo Cobertura e
utilização
2014 Variables associated with the
performance of Centers for Dental
Specialties in Brazil
Cortellazzi KL,
Balbino EC,
Guerra LM,
et al.
Rev. bras.
epidemiol
Estudo transversal com base
em dados secundários.
Quantitativo Monitoramen-
to de interven-
ções em saúde
2014 Is the negative evaluation of dental
services among the Brazilian elder-
ly population associated with the
type of service?
Martins, AM
EBL, Jardim LA,
Souza JG, et al.
Rev. bras.
epidemiol
Corte transversal a partir do
banco de dados do Projeto SB
Brasil 2003.
Quantitativo Satisfação
Quadro 3. (cont.)
SAÚDE DEBATE | RIO DE JANEIRO, V. 43, N. 120, P. 207-222, JAN-MAR 2019
Barros SG, Miranda CEB, Rossi TRA, Chaves SCL216
Em relação à região brasileira referente à
instituição na qual o principal autor produziu
seu trabalho, a região Sudeste responde pela
maior produção científica (48,9%), sendo o
Nordeste o segundo maior produtor (28,9%)
(tabela 2). Ainda com relação à instituição, o
estudo mostrou que há uma predominância
na produção científica acerca do tema nas
instituições públicas – 37 artigos – correspon-
dendo a 82,2% do total de artigos produzidos,
quando comparadas às privadas – 8 artigos
– totalizando 17,8% (tabela 2).
Os artigos foram publicados em diferentes
periódicos, classificados de acordo com o Qualis
(2015) da Coordenação de Aperfeiçoamento
de Pessoal de Nível Superior (Capes), o qual
constitui-se um sistema brasileiro de avalia-
ção de periódicos. Assim, constatou-se que
a maior concentração de artigos publicados
está em revistas Qualis A2 (48,9%). Devido à
distribuição de artigos por diferentes revistas
classificadas em B1, B2, B3 e B4, agruparam-se
os resultados em Qualis B1/B2 (28,9%) e B3/
B4 (22,2%) (tabela 2).
Outra classificação da análise dos artigos
se referiu ao tipo de abordagem da pesquisa,
sendo classificados como apenas quantitativo,
o qual abrangeu a maior parte dos trabalhos
(39 artigos), responsáveis por 86,6% do total,
assim como apenas qualitativo ou qualitativo e
quantitativo, os quais foram responsáveis por 3
artigos publicados para cada tipo de pesquisa,
totalizando 6,7% cada (tabela 2).
No que se refere à análise dos tipos de ava-
liação das políticas de saúde bucal, o maior
número de artigos produzidos tratava da co-
bertura e utilização (22,2%), monitoramento
de intervenções em saúde (20%) e acesso e
utilização (15,6%) (tabela 2).
2014 Análise da atenção secundária em
saúde bucal no estado de Minas
Gerais, Brasil
Lino PA, Wer-
neck MAF,
Lucas SD, et al.
Ciênc. & Saúde
Colet.
Estudo transversal com base
em dados secundários.
Quantitativo Monitoramen-
to de interven-
ções em saúde
2014 Uso de serviços odontológicos en-
tre pré-escolares: estudo de base
populacional
Rodrigues,
LAM, Martins
AMEBL, Silvei-
ra MF, et al.
Ciênc. & Saúde
Colet.
Estudo transversal de base popu-
lacional em Montes Claros, Minas
Gerais.
Quantitativo Cobertura e
utilização
2014 A resolutividade em saúde bucal
na atenção básica como instru-
mento para avaliação dos modelos
de atenção
Bulgareli J,
Cortellazzi KL,
Ambrosano
GMB, et al.
Ciênc. & Saúde
Colet.
Estudo ecológico do tipo
retrospectivo para análise
da resolutividade das ações
de saúde bucal na atenção
básica.
Quantitativo Cobertura e
utilização
Fonte: Elaboração própria.
Quadro 3. (cont.)
SAÚDE DEBATE | RIO DE JANEIRO, V. 43, N. 120, P. 207-222, JAN-MAR 2019
Análise da produção científica sobre avaliação de políticas de saúde bucal no Brasil 217
Tabela 2. Distribuição percentual da produção científica em artigos sobre avaliação das políticas de saúde bucal no Brasil,
de acordo com o ano de publicação, localização da instituição do autor principal, tipo de instituição, classificação Qualis,
abordagem da pesquisa, tipo de avaliação e principais características avaliadas por região, 2002-2015
Variável NE (n=13) S (n=9) SE (n=22) CO (n=1) Total (n=45)
Ano de publicação
2002 – 2006 - 11,1 9,1 100,0 8,9
2007 – 2011 76,9 22,2 18,2 - 35,5
2012 – 2014 23,1 66,7 72,7 - 55,6
Localização da instituição 28,9 20,0 48,9 2,2 100,00
Tipo da instituição
Pública 12 8 17 - 37 (82,2)
Privada 1 1 5 1 08 (17,8)
Qualis
A2 53,8 66,7 40,9 - 48,9
B1/B2 15,4 11,1 45,5 - 28,9
B3/B4 30,8 22,2 13,6 100,0 22,2
Abordagem da pesquisa
Quantitativa 92,3 100,0 7 7, 3 100,0 86,6
Qualitativa 7,7 -9,1 -6,7
Qualitativa e Quantitativa - - 13,6 - 6,7
Tipo de avaliação
Acessibilidade 15,4 - - - 4,4
Acessibilidade e Satisfação - - 4,6 - 2,2
Acesso e Utilização 15,4 22,2 13,6 - 15,6
Cobertura 7,7 - 13,6 - 8,9
Cobertura e Utilização 30,7 11,1 22,7 -22,2
Grau de implantação 7,7 - - - 2,2
Monitoramento de intervenções em saúde 7,7 22,2 22,7 - 17,8
Qualidade - 11,1 9,1 -6,7
Satisfação 7,7 -9,1 -6,7
Utilização 7,7 33,4 - 100,0 11,1
Relação entre agentes da intervenção –
profissional x profissional - - 4,6 - 2,2
Principais características avaliadas
Disponibilidade e distribuição social dos
recursos 76,9 66,7 54,6 100,0 64,4
Adequação das ações ao conhecimento
técnico e científico vigente - 11,1 9,1 -6,7
Processo de implantação das ações 7,7 - - - 2,2
Características relacionais entre os agen-
tes das ações 7,7 - 13,6 - 8,9
Monitoramento das intervenções em
saúde 7,7 22,2 22,7 - 17,8
Fonte: Elaboração própria.
SAÚDE DEBATE | RIO DE JANEIRO, V. 43, N. 120, P. 207-222, JAN-MAR 2019
Barros SG, Miranda CEB, Rossi TRA, Chaves SCL218
A principal característica dos estudos anali-
sados foi relativa à disponibilidade e distribui-
ção social dos recursos (64,4%) e, em seguida,
sobre monitoramento das intervenções em
saúde (17,8%). Todas as regiões brasileiras con-
centraram a maioria das suas publicações nos
estudos quantitativos, sendo que no Nordeste
(92,3%) e no Sudeste (89,5%), foram encon-
trados os maiores percentuais. Entretanto, a
região Sul produziu apenas trabalhos quantita-
tivos (75%) e qualitativo e quantitativo (25%),
sendo a única região a possuir publicação nessa
abordagem de pesquisa (tabela 2).
Outro dado importante refere-se ao autor
principal de cada artigo publicado. Dos 45
artigos que formaram o universo deste traba-
lho, apenas 3 nomes se repetiram em mais de
um trabalho, mostrando a diversidade acadê-
mica nessas produções. Por outro lado, alguns
autores tiveram participações em diferentes
artigos, mas apenas o primeiro autor de cada
trabalho foi considerado nessa classificação.
Os periódicos responsáveis pela maior pro-
dutividade na área de avaliação de políticas de
saúde bucal foram Cadernos de Saúde Pública
(33,4%), Ciência & Saúde Coletiva (20%) e a
Revista de Saúde Pública (11,1%) (quadros 2
e 3). Cabe destacar que a região Sudeste foi a
região que mais publicou em periódicos clas-
sificados como Qualis A2 (40,9%), ainda que a
diferença em relação à Nordeste (31,8%) tenha
sido pequena.
Quanto ao tipo de estudo de avaliação das
políticas de saúde bucal, a região Nordeste
produziu mais artigos referentes à cobertura
e utilização (30,7%), enquanto a região Sul
produziu mais quanto à utilização dos servi-
ços de saúde (33,4%); e a região Sudeste, em
monitoramento de intervenções em saúde
(25,1%) (tabela 2).
Discussão
Os 45 artigos analisados foram publicados nos
anos de 2002 até o mês de maio de 2015. Não
foram encontradas produções anteriores a esse
período referentes à avaliação das políticas de
saúde bucal, ainda que a produção científica
em saúde bucal, no Brasil, tenha começado a
ganhar mais expressividade a partir da década
de 1990, principalmente na área de saúde bucal
coletiva, diante de alguns fatos históricos como
a criação do SUS e a II Conferência Nacional de
Saúde Bucal que, de certa forma, incentivaram a
pesquisa na área3,4. Ademais, tem-se a publicação
dos Procedimentos Coletivos pelo Ministério da
Saúde, entretanto não foram encontrados estudos
avaliativos sobre essa política.
Em estudo sobre a produção científica
odontológica brasileira no período de 1986 a
1993, apenas três trabalhos abordavam as po-
líticas de saúde bucal, e nenhum destes sobre
avaliação destas políticas
3
, o que corrobora
os achados do presente estudo. A produção
científica em saúde bucal foi baixa no período
de 1949 a 20007. Não há trabalhos relaciona-
dos com a avaliação das políticas de saúde
que tratem sobre as publicações referentes
ao tema, tipos de trabalhos e que analisem
também o perfil da produção por períodos.
Entretanto, pôde-se verificar que há uma
influência efetiva na produção científica em
saúde bucal nos primeiros anos do século XXI,
após a implementação da Política Nacional
de Saúde Bucal – Brasil Sorridente (2004),
observando-se aumento do número de pu-
blicações a partir do período de 2002 a 2006
(8,9%) e, de forma significativa, entre 2007 e
2011 (35,5%), elevando gradativamente a cada
período. Tal crescimento também é evidente
em Bervian et al.6 e Celeste e Warmling5.
Observou-se o eixo Sudeste (48,9%) como
a principal região produtora de trabalhos
acerca do presente tema, com destaque para
o estado de São Paulo, o qual foi o maior
produtor de artigos. Primo et al.11 e Souza et
al.
12
destacam a discrepância entre o que é
produzido em São Paulo quando comparado
com outros estados. Tal destaque referente à
região Sudeste relaciona-se com a grande con
-
centração de instituições públicas brasileiras
(82,2%), as quais constituem o maior suporte
institucional para a pesquisa e para a formação
SAÚDE DEBATE | RIO DE JANEIRO, V. 43, N. 120, P. 207-222, JAN-MAR 2019
Análise da produção científica sobre avaliação de políticas de saúde bucal no Brasil 219
de pesquisadores
12
. A maior parte da produção
dos artigos classificados como Qualis B3/B4
(40%) concentrara-se no Nordeste, enquanto
os estudos Qualis B1/B2 concentraram-se,
em sua maioria, no Sudeste, o que mostra o
domínio da região nas principais classifica-
ções. As instituições públicas dominaram a
classificação Qualis A2. Há pouca participação
(1,7%) do setor privado no financiamento da
produção científica sobre o tema13. Tal dado
condiz com a baixa participação das institui-
ções privadas (17,8%) na produção científica
em políticas de saúde bucal. Todavia, a região
Nordeste (29,8%) também merece destaque,
onde só o estado de Pernambuco foi responsá-
vel por mais da metade do que foi produzido
na região, seguido do estado da Bahia. Há de
se perceber a crescente participação da região
Nordeste na produção científica em políticas
de saúde bucal, estando à frente de outras
regiões importantes do Brasil, ou até mesmo
os estados da Bahia e de Pernambuco à frente
de grandes estados produtores de conhecimen-
to científico, como o Rio Grande do Sul, por
exemplo. Por outro lado, Xavier et al.14, em seu
estudo, destacam os estados da Paraíba e do Rio
Grande do Norte como os maiores produtores
de artigos na região Nordeste.
Um reflexo da influência das políticas de
saúde bucal a partir de 2002 na produtivi-
dade científica está na maior divulgação em
revistas especializadas. A existência de muitos
artigos não implica que há uma qualidade na
produção científica. Além disso, no Brasil,
muitos periódicos não preenchem critérios
de qualidade, como impacto, competitividade
e internacionalidade6. O desenvolvimento da
pesquisa científica apresenta um papel impor-
tante na formação acadêmica do profissional.
O aumento na produção científica nacional
pode ser explicado também pelo sistema de
pós-graduação, o qual, intermediado pela
Capes, prioriza o número de artigos publica-
dos para conceituar os programas nacionais
15
.
Segundo Nadanovsky
4
, esse aumento pode
ser ilustrado pelo crescimento do número
de artigos no Community Dentistry and Oral
Epidemiology, Community Dental Health e
Journal of Public Health Dentistry, nos quais,
até 1980, não havia publicações, enquanto,
nos anos seguintes, houve um crescimento
nas produções científicas, destacando-se, em
nível nacional, os Cadernos de Saúde Pública
e a Revista de Saúde Pública.
Proporcionalmente, esses dados corro-
boram aqueles encontrados neste trabalho,
entre os quais: o periódico Cadernos de
Saúde Pública, que foi responsável pelo maior
número de produções (33,4%), seguido pela
Revista de Saúde Pública (11,1%) referentes
aos periódicos classificados como A2 pela
classificação de acordo com o Qualis (2015).
A maior parcela dos artigos classificados como
Qualis A2 concentraram sua produção na
região Sudeste (40,9%), ainda que esta tenha
dominado também a produção de artigos com
Qualis B1/B2 (76,9%). Esse fato está relacio-
nado com o maior número de produções pelas
quais essa região foi responsável, demonstran-
do também a qualidade no que é produzido.
No que se refere aos periódicos estrangeiros,
apenas o Journal of Public Health Dentistry
(Qualis A2) teve algum artigo publicado (2,2%),
revelando a preferência pela publicação em
periódicos nacionais quando se trata desse
tema ou um limite do estudo pela restrição
aos idiomas (português e inglês). Esse grande
número de artigos publicados em periódicos
classificados com Qualis A2 mostra a impor-
tância da produção científica na área de saúde
bucal. Celeste e Warmling5 e Oliveira et al.16
revelaram também a maior concentração das
publicações em saúde bucal coletiva no pe-
riódico Cadernos de Saúde Pública em seus
trabalhos.
A tendência da produção científica referente a
estudos quantitativos cresceu muito nos últimos
anos, de modo a dominar em número quando
comparados aos estudos qualitativos. Este estudo
mostrou a baixa produção referente aos estudos
qualitativos (6,7%) quando comparados aos
estudos quantitativos (86,6%), o que demonstrou
também a preferência das regiões brasileiras
pelos estudos quantitativos, observando-se o
SAÚDE DEBATE | RIO DE JANEIRO, V. 43, N. 120, P. 207-222, JAN-MAR 2019
Barros SG, Miranda CEB, Rossi TRA, Chaves SCL220
Nordeste (92,3%) como a região que mais concen-
trou, percentualmente, estudos desse tipo. Esse
dado mostrado pode se revelar pela formação dos
pesquisadores que atuam na área, mais voltada
para estudos quantitativos, característica que
não foi objeto do presente estudo. Essa baixa
prevalência de estudos qualitativos é ratificada
em Celeste e Warmling5 e Soares et al.17. Todas
as regiões brasileiras concentraram a maioria dos
seus trabalhos nos estudos quantitativos. Esse
fato está relacionado também com os tipos de
estudos avaliativos predominantes (acesso e uti-
lização, cobertura e utilização e monitoramento
de intervenções de saúde).
As instituições públicas dominaram toda a
produção em cada classificação de periódico
de acordo com a sua classificação. Tal fato se
deve ao número elevado de artigos produzidos
quando comparados às instituições privadas.
Ainda que o maior percentual da produção
científica em periódicos classificados com
Qualis B3/B4 seja das instituições públicas
(90%), observou-se que elas produzem artigos
dos mais diversos tipos.
A maior concentração dos estudos sobre
avaliação em relação ao acesso e utilização
(15,6%), cobertura e utilização (22,2%) e mo-
nitoramento de intervenções em saúde (17,8%)
revelou maior interesse nesses tipos de ava
-
liação dos sistemas e serviços de saúde, anali-
sando de que forma eles estão interferindo na
saúde e na participação da população. Assim,
torna-se possível traçar estratégias, técnicas
e planejamentos para futuras intervenções
em saúde. Esses dados são distintos daqueles
de Silva, Casotti e Chaves18 sobre a produção
na Estratégia Saúde da Família e modelos de
atenção, nos quais havia uma prevalência de
artigos sobre o grau de implantação. Quanto às
características dos estudos, a disponibilidade
e a distribuição social dos recursos (64,4%)
representaram o maior agrupamento dos
estudos avaliativos analisados. Essas carac-
terísticas estão direcionadas à forma como
as intervenções em saúde bucal estão funcio-
nando, como estão sendo desenvolvidas e se
os resultados foram os desejados, visto que
novas intervenções serão capazes de tentar
corrigir os defeitos da anterior10. Cabe destacar
também a grande dificuldade em conceituar
os tipos de estudo avaliativo, uma vez que há
grande diversidade conceitual que dificulta
um amadurecimento do subespaço da saúde
bucal coletiva.
Uma das limitações do presente estudo,
também apontada na publicação de Sestelo,
Souza e Bahia
19
, foi a utilização do parâmetro
de considerar apenas o primeiro autor para a
análise, em detrimento dos demais coautores,
tendo em vista que aquele pode estar vincu-
lado a uma variedade extensa de instituições
de ensino (públicas ou privadas), agências
governamentais, associações de gestores pú-
blicos e operadoras de planos de saúde. Dessa
forma, observou-se uma superabundância de
autores principais, de modo que apenas os três
primeiros autores produziram outro artigo.
A produção científica na área de avaliação
de políticas de saúde bucal, a partir das bases
pesquisadas, tem seu início a partir de 2002,
quando esta passa a integrar políticas mais
permanentes no governo federal, como é o
caso da inclusão da equipe de saúde bucal no
Programa Saúde da Família, no final de 2000, e
da formulação e implementação do Programa
Brasil Sorridente em 2004.
Destaca-se o aumento progressivo desses
estudos que ainda se encontram sendo desen-
volvidos, em sua maioria, por pesquisadores
da região Sudeste. Há também publicações
no tema por pesquisadores do Nordeste e
do Sudeste, entretanto nenhuma no Norte,
e apenas uma na região Centro-Oeste. Nesse
sentido, é fundamental a interiorização da
difusão dos programas de Pós-Graduação e
interlocução entre instituições de distintos
centros de pesquisa no País.
A produção na área vem sendo publicada
em periódicos de relevância na saúde cole-
tiva, o que confere a importância de estudos
de avaliação para compreensão da dinâmica
da prestação do cuidado nos serviços, como
análise crítica e como forma de apontar experi-
ências exitosas e rumos a serem corrigidos nas
SAÚDE DEBATE | RIO DE JANEIRO, V. 43, N. 120, P. 207-222, JAN-MAR 2019
Análise da produção científica sobre avaliação de políticas de saúde bucal no Brasil 221
políticas, conforme vem sendo recomendado
nas três conferências de saúde bucal.
Colaboradores
Barros SG (0000-0002-8255-1230)* contribuiu
para a concepção, o planejamento, a análise e a
interpretação de dados; revisão crítica do con-
teúdo e aprovação da versão final do manus-
crito. Miranda CEB (0000-0002-2800-7883)*
contribuiu para o desenvolvimento do projeto
do trabalho, a análise e a interpretação de
dados e redação do manuscrito. Rossi TRA
(0000-0002-2561-088X)* contribuiu para o
desenvolvimento do projeto do trabalho, a
análise e a interpretação de dados; revisão
crítica do conteúdo e aprovação da versão final
do manuscrito. Chaves SCL (0000-0002-1476-
8649)* contribuiu para a análise e a interpre-
tação de dados e revisão crítica do conteúdo
do manuscrito. s
Referências
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tão em saúde: balanço do estado da arte. Rev. Saúde
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Recebido em 29/06/2018
Aprovado em 04/12/2018
Conflito de interesses: inexistente
Suporte financeiro: não houve