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RELATOS DE PESQUISA
Perspectivas em Gestão & Conhecimento, João Pessoa, v. 9, n. 1, p. 138-153, jan./abr. 2019.
DOI: http://dx.doi.org/10.21714/2236-417X2019v9n1p153
http://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/pgc. ISSN: 2236-417X. Publicação sob Licença .
GESTÃO DO CONHECIMENTO NA ÁREA DE SISTEMAS
DE INFORMAÇÕES:
UMA REVISÃO NO CONTEXTO BRASILEIRO
Fernanda da Silva Momo
Mestre em Administração pela Universidade Federal do Rio Grande
do Sul, Brasil.
E-mail: fernandamomo@yahoo.com.br
Claudia Melati
Mestre em Administração pela Universidade Federal do Rio Grande
do Sul, Brasil.
E-mail: cacaumelati@gmail.com
Raquel Janissek-Muniz
Doutora em Administração pela Université Pierre Mendès France de Grenoble,
França. Professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil.
E-mail: rjmuniz@ufrgs.br
Ariel Behr
Doutor em Administração pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul,
Brasil. Professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil.
E-mail: ariel.behr@ufrgs.br
Resumo
As organizações absorvem informações ao interagirem com o ambiente que estão inseridas e
transformam esses conhecimentos obtidos de forma a guiarem a sua forma de agir. Entendendo a
importância da temática de gestão do conhecimento, o presente estudo busca sistematizar as
abordagens dadas à temática de gestão do conhecimento no contexto de sistemas de informações. Para
tornar isso possível, optou-se por um estudo qualitativo, operacionalizado por uma revisão sobre essa
temática no período de 2000 a 2016 dos artigos encontrados na base de dados Periódicos Capes. Assim,
através da estratégia de busca estipulada esse artigo teve como objeto de estudo 19 artigos que foram
analisados a partir da análise de conteúdo. Dessa forma, a partir das análises realizadas foi possível
identificar que todos artigos analisados ressaltam a importância da gestão do conhecimento para as
organizações, possibilitando a obtenção de vantagem competitiva às organizações. Além disso, percebe-
se que todos os estudos possuem o entendimento de que o sucesso da gestão do conhecimento em
uma organização está correlacionado ao fato do engajamento de todas as pessoas que a compõem.
Palavras-chave: Gestão do Conhecimento. Abordagens. Importância da Gestão do Conhecimento.
KNOWLEDGE MANAGEMENT IN THE AREA OF INFORMATION SYSTEMS:
A REVIEW IN THE BRAZILIAN CONTEXT
Abstract
Organizations absorb information when interacting with the environment where they operate and
transform that knowledge obtained in order to guide them in their actions. Understanding the
importance of the knowledge management theme, this study aims to systematize the approaches given
the knowledge management theme in the context of information systems. To make this possible, we
opted for a qualitative study, operated by a review about this topic in the period of 2000 to 2016 of the
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articles found in the Capes periodicals database. Thus, by the stipulated search strategy this article had
as object of study 19 articles that were analyzed from the content analysis. Thereby, from the analysis
carried out it was possible to identify that all analyzed articles emphasize the importance of knowledge
management to organizations, making it possible to obtain competitive advantage to organizations.
Moreover, it is clear that all the studies have the understanding that the success of knowledge
management in an organization is correlated with the fact of engagement of all the people who
compose it.
Keywords: Knowledge management. Approaches. Importance of Knowledge Management.
1 INTRODUÇÃO
O contexto econômico contemporâneo baseia-se na premissa de que “a única certeza
é a incerteza” e; portanto, a “fonte certa de vantagem competitiva duradoura é o
conhecimento” (TAKEUCHI; NONAKA, 2008, p. 39). Ainda, o conhecimento tem se tornado
cada vez mais importante para o crescimento econômico e a produtividade dos países (OECD,
2014).
Assim, é notória a importância da temática do conhecimento nas organizações uma
vez que ela pode ser compreendida como um processo amplo e criterioso de identificação,
maximização, codificação e compartilhamento do conhecimento estrategicamente relevante
para as organizações, se demonstrando um ativo valioso nas organizações por ser um
facilitador da formulação estratégica na busca por vantagem competitiva sustentável (TERRA,
2001; AL-AMMARY, 2014).
Complementarmente a essas questões, tem-se o fato de que as organizações
absorvem informações ao interagirem com o ambiente em que estão inseridas e, segundo
Davenport e Prusak (1998), transformam esse conhecimento obtido de forma a agir a partir de
uma combinação desses conhecimentos e suas experiências, regras internas, valores.
Portanto, ressalta-se o aspecto dinâmico que envolve a temática da Gestão do Conhecimento
uma vez que o ambiente e as circunstâncias são complexos e volúveis.
Desse modo, a gestão do conhecimento pode ser visualizada como um recurso valioso
para as organizações. À vista disso, tem-se que não basta obter o conhecimento sobre algo
uma vez que somente o saber não impacta diretamente na obtenção de uma vantagem
competitiva. Sendo assim, há a necessidade de alia-lo à gestão, pois assim, esse conhecimento
pode transformar-se em uma vantagem para a organização (LUCHESI, 2012). Assim, estudar a
temática de gestão do conhecimento justifica-se uma vez que se está inserido em um contexto
de incerteza em que obter uma vantagem competitiva torna-se uma questão relevante para as
organizações.
Sendo assim, tendo em vista a importância da gestão do conhecimento para o cenário
organizacional, o presente estudo baseia-se na seguinte questão de pesquisa: Qual é o perfil
da pesquisa sobre Gestão do Conhecimento na área de Sistemas de Informações no contexto
brasileiro? Assim, o objetivo proposto que irá conduzir a pesquisa é sistematizar as abordagens
dadas a temática de gestão do conhecimento no contexto brasileiro de forma a enfatizar o uso
desse conceito nas pesquisas, ou seja, almeja-se explicitar o “para quê” da gestão do
conhecimento no contexto das publicações acadêmicas brasileiras na área de Sistemas de
Informações.
No que se refere aos procedimentos utilizados neste estudo, optou-se por um estudo
qualitativo, operacionalizado por uma revisão sobre a temática de gestão do conhecimento em
um período temporal que abrange os anos de 2000 a 2016 na base de dados Periódicos Capes.
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Foram estabelecidas estratégias de buscas que resultaram em uma base de 19 artigos que
foram analisados através de análise de conteúdo (BARDIN, 2011).
Assim, este estudo estrutura-se trazendo a presente introdução e, em seguida, na
seção 2, os conceitos relacionados a Gestão do Conhecimento. Na seção 3 é apresentado os
procedimentos metodológicos adotados na presente pesquisa e, na seção 4, são apresentadas
as análises dos resultados. Por fim, apresenta-se na seção 5 as considerações finais.
2 GESTÃO DO CONHECIMENTO
Um artigo deve conter partes pré-textuais (título, autoria, resumo, palavras-chave),
partes textuais (introdução, desenvolvimento desdobrado em subitens, e considerações finais
apresentando a conclusão do estudo) e as partes pós-textuais, que neste formato restringe-se
às referências bibliográficas (obras citadas durante o texto).
O conhecimento é considerado como um recurso econômico importante para
obtenção de vantagem competitiva (DRUCKER, 1997; AL-AMMARY, 2014). Segundo Ruggles
(1998), ao se ter essa noção com base nas organizações, há consequências em relação à forma
como um negócio funciona. Assim, para esse autor, há mudanças profundas e dramáticas na
organização que influenciam tudo “desde a estratégia de uma empresa aos seus produtos, a
partir dos seus processos para a própria forma como a empresa está organizada” (RUGGLES,
1998, p.80, tradução nossa).
Assim, nesse contexto de mudança de perspectiva organizacional tem-se adotado o
termo gestão do conhecimento para “descrever tudo, desde os esforços de aprendizagem
organizacional para ferramentas de gerenciamento de banco de dados. No entanto, a gestão
do conhecimento é mais do que discurso de vendas” (RUGGLES, 1998, p.80, tradução nossa).
Dessa forma, na visão de Ruggles (1998, p.80, tradução nossa), compreende-se que a gestão
do conhecimento é uma “abordagem para adicionar ou criar valor, mais ativamente
aproveitando o know-how, experiência e julgamento residente dentro e, em muitos casos, fora
de uma organização”.
Nesse sentido, segundo Gold, Malhotra e Segars (2001, p. 185, tradução nossa), “a
velocidade e a natureza dinâmica do mercado criou um incentivo competitivo entre muitas
empresas a consolidar e conciliar seus ativos de conhecimento como um meio de criar valor
que seja sustentável ao longo do tempo”. Dessa forma, observa-se que com o intuito de
alcançar tal sustentabilidade competitiva muitas empresas buscam utilizar da gestão do
conhecimento. Nessa busca, as organizações acabam, em alguns casos, por apenas produzirem
uma “consolidação de dados, mas pouca inovação em produtos e serviços” fazendo com que
“o conceito de gestão do conhecimento seja convertido em dúvida” (GOLD; MALHOTRA;
SEGARS, 2001, p.185, tradução nossa).
Entendendo, portanto, que cada organização possui uma predisposição para
lançamento e manutenção de iniciativas relacionadas a gestão do conhecimento, pode-se
compreender que a “identificação e avaliação de condições prévias que são necessárias para o
esforço para florescer” é tida como uma “chave para entender o sucesso e o fracasso da
gestão do conhecimento nas organizações (GOLD; MALHOTRA; SEGARS, 2001, p.185, tradução
nossa). Assim, observa-se a complexidade que permeia a temática de gestão do conhecimento
uma vez que ela envolve toda a organização.
Sendo assim, evidencia-se o caráter universal da gestão do conhecimento uma vez que
sua aplicação faz “sentido tanto para empresas de setores tradicionais, como para empresas
em setores de ponta; para empresas em setores primários, como para empresas em setores
manufatureiros ou de serviços” (TERRA, 2005, p. 5). Portanto, segundo a visão de Terra (2005,
p. 3), a gestão do conhecimento necessita de um envolvimento de toda organização de forma
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coordenada em todos os planos, sendo eles: “organizacional e individual; estratégico e
operacional; normas formais e informais”.
A gestão do conhecimento possibilita, portanto, às organizações, o alcance de
diferenciais competitivos e ampliação da capacidade de inovação, uma vez que associa a
“capacidade de a empresa gerar conhecimento por meio das atividades de pesquisa e
desenvolvimento e mesmo no dia a dia dos negócios” com a criatividade de seus
colaboradores (GASPAR et al., 2016, p. 151). Dessa forma, as empresas desenvolvem processos
para tratar o conhecimento como insumo e recurso que proporcionará uma maior
competitividade a empresa e utilizam-se de tecnologias da informação e comunicação para
auxiliar nesse processo (GASPAR et al., 2016).
Para tanto, a gestão do conhecimento é feita por meio de práticas gerenciais
aplicadas aos processos de aquisição, criação, armazenamento,
compartilhamento, disseminação, utilização e descarte de conhecimentos
na empresa. Não obstante, observa-se também a incorporação de novas
tecnologias de apoio à gestão, desenvolvimento de produtos e de produção
oriundas da tecnologia de informação e comunicação. As práticas de gestão
do conhecimento e as novas tecnologias da informação e comunicação
buscam capacitar a empresa a ser eficaz na consecução de seus objetivos,
agregando valor aos produtos e serviços ofertados aos clientes e
capacitando-a assim a enfrentar a concorrência. (GASPAR et al., 2016, p.
152)
Assim, ainda com relação às tecnologias de informação no processo de gestão do
conhecimento, tem-se elas como ferramentais que “podem ser usadas para sistematizar,
melhorar e agilizar a gestão do conhecimento em larga escala de intra e inter firma” (ALAVI;
LEIDNER, 2000, p. 4, tradução nossa). Logo, o papel da tecnologia da informação na gestão do
conhecimento é “fornecer recursos para pesquisa e recuperação de informações para que
indivíduos possam ampliar seus conhecimentos pessoais e aplicar isso às necessidades da
organização (ALAVI; LEIDNER, 2000, p. 10, tradução nossa). Portanto, de forma mais sintética,
tem-se que seu objetivo é de suporte a construção, compartilhamento e aplicação dos
conhecimentos nas empresas (ALAVI; LEIDNER, 2000).
Em outro aspecto, Wiig (1997, p. 2, tradução nossa) descreve a noção de ‘corpo de
conhecimento’ comparando-a a um organismo vivo que “com tudo o que é de fluxos e funções
que energizam, motivam e revitalizar a empresa e tornam possível para seu funcionamento”.
Logo, sendo o ‘corpo de conhecimento’ as pessoas que formam a organização, tem-se uma
forte correlação entre seu bem-estar e a “capacidade para operar efetivamente e para
competir” (WIIG, 1997, p. 2, tradução nossa). Portanto, tem-se que é uma função da gestão do
conhecimento conseguir manter o corpo de conhecimento organizacional engajado de forma a
assegurar o bem-estar e a viabilidade a longo prazo da organização (WIIG, 1997).
Nesse sentido, a autora Aggestam (2006), ressalta a interdependência que existe entre
a aprendizagem organizacional e a gestão do conhecimento, de tal forma que uma é
dependente da outra para o sucesso organizacional. Assim, remete-se novamente a questão
da emergência das organizações de serem organizações de aprendizagem. Por fim, a autora
reforça esses argumentos ao comparar essa questão com o questionamento para saber quem
veio primeiro, se o ovo ou a galinha e, dessa forma, reforça que “é impossível responder a
pergunta que ficou em primeiro lugar, e eles são dependentes um do outro para o sucesso. [...]
Uma organização que quer se tornar uma organização de aprendizagem deve prestar atenção
para ambos e, portanto, deve haver uma mudança de ênfase para a aprendizagem
organizacional e a gestão do conhecimento” (AGGESTAM, 2006, p. 295, tradução nossa).
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No que tange ao objetivo da gestão do conhecimento, Alavi e Leidner (2000) reforçam
que a gestão do conhecimento não possui o foco de apenas tornar explícito o conhecimento
tácito – aquele que, segundo Nonaka (1994) está embasado na experiência, ação e contexto
específico. Sendo assim, observa-se que a gestão do conhecimento objetiva primeiramente
“avaliar o conhecimento tácito existente e determinar o que que tem a maioria de valor antes
de tentar torná-lo explícito” (ALAVI; LEIDNER, 2000, p. 16, tradução nossa). Nota-se, portanto,
que a gestão do conhecimento vai além de explicitar conhecimentos implícitos ela possui o
papel de gerenciamento de que conhecimento possuí valor para ser explicitado.
Portanto, nota-se que a gestão do conhecimento é vislumbrada como um recurso
estratégico importante nas empresas, nesse sentido, destaca-se o fato de que não é apenas o
saber que possibilitará essa vantagem estratégica a organização, mas sim a relação do saber
com a gestão desse conhecimento (LUCHESI, 2012). Assim, o desafio a ser enfrentado pelas
empresas é a “criação e implantação de processos que gerenciem, armazenem e disseminem o
conhecimento” na organização (LUCHESI, 2012, p. 2). Torna-se, portanto, explícita a
importância da gestão do conhecimento e essa não apenas significando a geração e
armazenamento de conhecimento, mas como um processo que também difunda e
compartilhe o saber na organização para que assim, possa proporcionar a organização um
diferencial competitivo.
No que tange à geração do conhecimento, segundo Davenport e Prusak (1998), essa
ocorre à medida que há interação entre pessoas nos ambientes. Ainda para esses autores, há
cinco formas de ocorrer a geração de conhecimento, são elas: Aquisição, recursos dirigidos,
fusão, adaptação e redes do conhecimento (DAVENPORT; PRUSAK, 1998). Em outro aspecto,
tendo em consideração que o conhecimento é criado a partir da interação entre
conhecimentos explícitos e tácitos, Nonaka e Takeuchi (1997) propuseram quatro modos de
conversão do conhecimento: Socialização, Externalização, Combinação e Internalização. Assim
é por meio desses modos de conversão que o conhecimento se amplia e dissemina.
Dessa forma, posteriormente a uma breve elucidação à questão da relevância da
Gestão do Conhecimento e algumas perspectivas relacionadas a essa temática nas
organizações, apresenta-se, no Quadro 1, conceitos da Gestão do Conhecimento no
entendimento de alguns autores. Torna-se perceptível que apesar das diferenciadas
abordagens apresentadas pelos autores o cerne dos conceitos é o mesmo.
Quadro 1 – Conceitos de Gestão do Conhecimento
REFERÊNCIAS
GESTÃO DO CONHECIMENTO - CONCEITOS
(WIIG, 1997, p. 1,
tradução nossa)
[...] são os objetivos da gestão do conhecimento (KM): 1. Tornar a empresa agir
tão inteligentemente quanto possível para garantir a sua viabilidade e sucesso
geral e 2. Caso contrário, realizar o melhor valor de seus ativos de
conhecimento. Para alcançar estes objetivos, organizações avançadas
construir, transformam, organizam, implantar e utilizar ativos de conhecimento
de forma eficaz. Em palavras diferentes, o objetivo geral de KM é maximizar a
eficácia de relacionados ao conhecimento da empresa e retorna de seus ativos
de conhecimento e para renová-los constantemente. KM é entender, focar e
gerenciar o conhecimento sistemático, explícito e deliberado construção,
renovação e aplicação. - ou seja, gerenciam os processos de conhecimento
efetivo (EKP).
(DAVENPORT; LONG;
BEERS, 1998, p. 43,
tradução nossa)
Conhecimento é informação combinada com experiência, contexto,
interpretação e reflexão. É uma forma de alto valor da informação que está
pronta para aplicar as decisões e ações. Enquanto o conhecimento e a
informação podem ser difíceis distinguir às vezes, ambos são mais valiosos e
envolvem a participação de mais humana do que os dados brutos sobre o qual
podemos ter esbanjavam informatização durante os últimos quarenta anos.
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Dada a importância de tal um ativo, não é surpreendente que as organizações
em todos os lugares estão prestando atenção ao conhecimento - explorando o
que é e como criar, transferir e usá-lo de forma mais eficaz. Gestão do
conhecimento em particular, recentemente floresceu.
(RUGGLES, 1998, p.80,
tradução nossa)
Termo gestão do conhecimento para descrever tudo, desde os esforços de
aprendizagem organizacional para ferramentas de gerenciamento de banco de
dados. No entanto, a gestão do conhecimento é mais do que discurso de
vendas.
(ALAVI; LEIDNER, 2000,
p. 10, tradução nossa)
A visão do conhecimento como um objeto ou acesso à informação sugere uma
perspectiva de gestão do conhecimento que se concentra na construção e
gestão de estoques de conhecimento. Visualização do conhecimento como um
processo implica um enfoque sobre o fluxo de conhecimento e processos de
criação, compartilhamento e distribuição do conhecimento. A visão do
conhecimento como um recurso sugere uma perspectiva de gestão de
conhecimento centrada na construção de competências essenciais e
compreender a vantagem estratégica de know-how e a criação de capital
intelectual.
(GOLD; MALHOTRA;
SEGARS, 2001, p. 185,
tradução nossa)
Gestão do conhecimento é um empreendimento complexo, envolvendo o
desenvolvimento de estruturas que permitem que a empresa a reconhecer,
criar, transformar e distribuir conhecimento.
(TERRA, 2005, p. 2)
A Gestão do Conhecimento vai, no entanto, muito além, do investimento em
tecnologia ou o gerenciamento da inovação.
A Gestão do Conhecimento nas organizações passa, necessariamente, pela
compreensão das características e demandas do ambiente competitivo e,
também, pelo entendimento das necessidades individuais e coletivas
associadas aos processos de criação e aprendizado.
(LUCHESI, 2012, p. 5)
Gestão do Conhecimento é o processo sistemático de identificação, criação,
renovação e aplicação dos conhecimentos que são estratégicos na vida de uma
organização. É administração dos ativos de conhecimento. Permite à
organização saber o que ela sabe.
(GASPAR et al., 2016, p.
151)
A gestão do conhecimento baseia-se em práticas e processos estruturados para
melhor gerir conhecimento como um recurso. Associadas às práticas, também
se verificam as ferramentas de tecnologia da informação e comunicação que
viabilizam os processos de gestão do conhecimento.
Fonte: elaborado pelos autores
Sendo assim, pode-se visualizar a Gestão do Conhecimento como um exercício de
reflexão, pois conforme Luchesi (2012, p. 10) “o tema central da gestão do conhecimento é
aproveitar os recursos que já existem na organização para que as pessoas procurem,
encontrem e empreguem as melhores práticas em vez de tentar criar algo que já havia sido
criado”. Portanto, tem-se que a gestão do conhecimento se refere a exploração dos
conhecimentos tácitos de forma a torna-los explícitos, sendo que deve existir um filtro de
quais conhecimentos são relevantes para a organização nesse processo.
Em vista disso, entende-se que a Gestão do Conhecimento é um tema relevante para
as organizações ao passo que pode conferir-lhes vantagem competitiva. Além disso, destaca-se
a interdisciplinaridade desse tema uma vez que o conhecimento é uma questão intrínseca das
pessoas e essas compõem as organizações (GASPAR et al., 2016; LUCHESI, 2012). Dessa forma,
após compreender-se o contexto ao qual o presente estudo se insere, apresenta-se os
métodos utilizados para a realização desta pesquisa.
Fernanda da Silva Momo; Claudia Melati; Raquel Janissek-Muniz; Ariel Behr
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3 METODOLOGIA
Em relação aos procedimentos utilizados nesta pesquisa, o presente estudo enquadra-
se como uma investigação de natureza qualitativa, pois possui como objetivo, segundo Oliveira
(2011), analisar com profundidade situações particulares ou complexas. Dessa forma, optou-se
pela realização de uma revisão sobre gestão do conhecimento e a partir da análise de
conteúdo (BARDIN, 2011), buscou-se identificar abordagens, temas e contribuições para esse
assunto nos artigos selecionados no contexto brasileiro.
Sendo assim, compreende-se a revisão da literatura como uma revisão de fontes
secundárias em que considera resultados e contribuições das pesquisas para um tópico
previamente determinado mediante a aplicação de métodos explícitos de busca (LAMB, 2013;
LINDE; WILLICH, 2003). Destaca-se que a revisão de literatura realizada se assemelha à
metaanálise por também ter como base dados bibliográficos, porém se difere ao passo que
não está comprometida com os modelos dessas pesquisas, mas com seus diversos conteúdos
de forma mais ampla, identificando as abordagens, temas e contribuições destes trabalhos
para a área de estudo. Portanto, compreendendo a revisão como um processo transparente,
explícito e reprodutível (MUÑOS, 2009), apresenta-se na Tabela 1 a estratégia de pesquisa
adotada para o presente estudo.
Tabela 1 – Estratégia de pesquisa adotada
REVISÃO
PRÁTICAS ADOTADAS
PERÍODO A SER ANALISADO
2000 - 2016
BASES DE DADOS CONSULTADA
Artigos constantes nas bases de dados do Periódicos Capes.
CRITÉRIOS DE PESQUISA
Artigos que contenham no título o termo ‘Gestão do Conhecimento’ e
o termo ‘Gestão do Conhecimento’ como assunto do texto. Sendo
utilizado o seguinte filtro na pesquisa: artigos revisados por pares.
EXCLUSÕES A SEREM
REALIZADAS
Artigos que, mesmo contendo o critério de busca selecionado, não
tenha relação com o tema de requisitos de software e artigos que
apareceram repetidamente nos resultados. Além disso, selecionou-se
apenas artigos publicados em periódicos acadêmicos que estejam
escritos na língua portuguesa, uma vez que se busca um perfil das
publicações no Brasil.
ANÁLISE DOS DADOS
Análise de conteúdo, considerando a categorização de informações
que mais se destacaram nas publicações encontradas.
Fonte: elaborado pelos autores
Sendo assim, explicita-se os procedimentos adotadas após a pesquisa realizada a partir
dos critérios de pesquisa definidos na Tabela 1. Nesse sentido, ressalta-se que dos 25 artigos
obtidos como resposta da busca realizada na base de dados excluiu-se dois artigos por não
cumprirem o requisito de estarem escritos em língua portuguesa, dois por não estar
relacionado ao tema dessa pesquisa e mais dois que apareceram repetidamente. Assim, a
partir da busca na base de dados consultada e seleção dos artigos a serem analisados, tabulou-
se as informações Título, Autores, Resumo, Ano, Método, Abordagem, Considerações e
Periódico em uma planilha eletrônica a fim de facilitar a análise de conteúdo. Dessa forma, no
Quadro 2, estão descritos os 19 artigos selecionados a partir dos critérios da Tabela 1 para a
realização dessa revisão sobre requisitos de software.
Fernanda da Silva Momo; Claudia Melati; Raquel Janissek-Muniz; Ariel Behr
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Quadro 2 –Lista de artigos analisados
TÍTULO
AUTORES
PERIÓDICO
Avaliação da maturidade em gestão do
conhecimento em Organizações Mineiras
(ZIVIANI; FERREIRA; SILVA,
2015)
Revista Eletrônica de
Estratégias e Negócios
Gestão do Conhecimento em Organizações
Orientadas para Projetos
(SHINODA; MAXIMIANO;
SBRAGIA, 2015)
Gestão de Projetos - GeP
O Estudo da Influência Simbólica do Líder no
Processo de Gestão do Conhecimento
(SCHREIBER, 2015)
Revista Gestão & Tecnologia
A disciplina de gestão do conhecimento no
currículo do curso de Biblioteconomia: a
experiência da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, Brasil
(TEIXEIRA, M. Do R. F.,
2014)
Revista Brasileira de
Educação em Ciência da
Informação
Modelos de gestão do conhecimento em micro
e pequenas empresas
(MOTA; TARGINO, 2013)
Brazilian Journal of
Information Science
Práticas de gestão do conhecimento: o caso da
biblioteca universitária da UFSC
(BEM; AMBONI, 2013)
Revista ACB:
Biblioteconomia
Teorias utilizadas nas investigações sobre
gestão do conhecimento
(XAVIER; OLIVEIRA, M.;
TEIXEIRA, E. K., 2012)
RISTI: Revista Ibérica de
Sistemas e Tecnologias de
Informação
Gestão do Conhecimento – GC – como recurso
estratégico e fonte de Vantagem Competitiva
Sustentável – VCS – na perspectiva Resource-
based view – RBV
(CASTRO; JÚNIOR; PINTO,
2012)
Revista Organizações em
Contexto
Análise dos atributos para avaliação da
qualidade da informação nos ambientes de
intranet para apoio à gestão do conhecimento
(TRINDADE; OLIVEIRA, M.;
BECKER, 2011)
REAd: Revista Eletrônica de
Administração
Comunicação como diferencial estratégico na
gestão do conhecimento nas organizações
(CAMATTI; FACHINELLI,
2010)
Conexão: Comunicação e
Cultura
A gestão do conhecimento e a capacidade de
competição
(SANTOS, A. E. M.;
POPADIUK, 2010)
Contextus
Gestão do conhecimento em equipe de vendas
multinacional
(SILVEIRA; LANÇA, 2009)
Revista de Administração
FACES Journal
Gestão do conhecimento e temas relacionados:
uma análise através da base Library and
Information Science Abstracts - LISA
(MIRANDA; FACHIN;
SANTOS, R. N. M. Dos,
2009)
BIBLOS: Revista do Instituto
de Ciências Humanas e da
Informação
A propriedade intelectual com elemento
estratégico da gestão do conhecimento
(CARVALHO; VERAS, 2008)
Revista Eletrônica de
Estratégias e Negócios
A tecnologia de informação como ferramenta
de auxílio à gestão da informação e do
conhecimento: um estudo de caso do prc -
programa de repasse do conhecimento no
setor elétrico
(LEHMKUHL; VEIGA;
RADOS, 2008)
BIBLOS: Revista do Instituto
de Ciências Humanas e da
Informação
A gestão do conhecimento: dois casos
singulares
(VIDAL et al., 2006)
RECADM
A dinâmica da criação e gestão do
conhecimento: um estudo de caso
(MACHADO, 2006)
Revista de Administração
FACES Journal
Gestão do conhecimento nas Organizações ou
do desconhecimento da realizada
organizacional?
(SANTOS, F. F. Dos et al.,
2005)
Revista de Administração
FACES Journal
Gestão do conhecimento de marketing: uma
(GONÇALVE FILHO, 2003)
Revista de Administração
Fernanda da Silva Momo; Claudia Melati; Raquel Janissek-Muniz; Ariel Behr
Perspectivas em Gestão & Conhecimento, João Pessoa, v. 9, n. 1, p. 138-153, jan./abr. 2019.
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pesquisa empírica no setor industrial
FACES Journal
Fonte: elaborado pelos autores
Dessa forma, após a elucidação da metodologia utilizada, estratégias de busca e
artigos selecionados para a realização desta pesquisa, apresenta-se as análises dos resultados
e as considerações finais alcançadas sobre a temática de gestão do conhecimento.
4 ANÁLISE DOS RESULTADOS
No que tange a análise dos 19 artigos selecionados, tem-se que a maior quantidade
publicada em algum ano foi de 3 artigos e ocorreu no ano de 2015. Sendo assim, observa-se
uma pulverização das publicações do tema de gestão do conhecimento na área de Sistemas de
Informações; portanto, notou-se que não há um periódico ou autor que concentra a maioria
das publicações nobre essa temática. A Tabela 2 apresenta as informações de quantos artigos
foram publicados em cada ano a partir da busca realizada e os grupos de análises montados
para a apresentação das análises.
Tabela 2 – Grupos de Análises
Grupo de Análise 1
Grupo de Análise 2
Ano
Quantidade
Ano
Quantidade
2003
1
2011
1
2005
1
2012
2
2006
2
2013
2
2008
2
2014
1
2009
2
2015
3
2010
2
Total
09
Total
10
TOTAL GERAL DE ARTIGOS
19
Fonte: Dados da pesquisa (2018)
Sendo assim, a partir da primeira leitura dos artigos e anotações observadas, preferiu-
se por apresentar as análises quanto aos grupos de análises criados. Assim, as análises serão
apresentadas em duas subseções que serão denominadas Grupo de Análise 1 (contendo os
artigos publicados até 2010) e Grupo de Análise 2 (com os artigos publicados de 2011 até
2015) e cada uma dessas seções trará as percepções relativas a 10 e 9 artigos,
respectivamente. Essa subdivisão buscou categorizar as abordagens pesquisadas sobre o tema
tendo em vista o período de publicação. Ou seja, o que foi publicado até 2010 e como se deu
continuidade ou não nos últimos cinco anos analisados.
4.1 Análise dos artigos
No que se refere aos artigos publicados até 2010, pode-se perceber que, conforme
Tabela 2, divulgou-se 1 artigos em 2003 e 2005 e 2 artigos nos anos de 2006, 2008, 2009 e
2010. Dentro das temáticas abordadas por esses artigos identificou-se assuntos como a
interação do conceito de gestão do conhecimento (GC) com a comunicação (CAMATTI;
FACHINELLI, 2010); benefícios das práticas de GC associados com a capacidade de competição
das organizações (SANTOS, A. E. M.; POPADIUK, 2010); GC na área de vendas de uma empresa
multinacional do ramo têxtil (SILVEIRA; LANÇA, 2009).
Outros temas e abordagens são: o que deve ser divulgado e o que deve ser preservado
nas organizações em termos da gestão do conhecimento (CARVALHO; VERAS, 2008); uso de
Fernanda da Silva Momo; Claudia Melati; Raquel Janissek-Muniz; Ariel Behr
Perspectivas em Gestão & Conhecimento, João Pessoa, v. 9, n. 1, p. 138-153, jan./abr. 2019.
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uma ferramenta de tecnologia da informação para auxílio à gestão do conhecimento
(LEHMKUHL; VEIGA; RADOS, 2008); estudo do arcabouço teórico que permeia o conceito de
GC (MACHADO, 2006; VIDAL et al., 2006). Além disso, é apresentado um estudo bibliométrico
sobre o tema (MIRANDA; FACHIN; SANTOS, 2009) e abordou-se temas sobre validade dos
propósitos de GC como ferramenta de intervenção organizacional (SANTOS et al., 2005) e
relações entre os processos de GC de marketing, inovação e o desempenho de novos produtos
no mercado (GONÇALVE FILHO, 2003).
Tabela 3 – Publicações do Grupo de Análise 1
ARTIGOS
Comunicação como diferencial estratégico na gestão do conhecimento nas organizações (CAMATTI;
FACHINELLI, 2010)
A gestão do conhecimento e a capacidade de competição (SANTOS, A. E. M.; POPADIUK, 2010)
Gestão do conhecimento em equipe de vendas multinacional (SILVEIRA; LANÇA, 2009)
Gestão do conhecimento e temas relacionados: uma análise através da base Library and Information
Science Abstracts – LISA (MIRANDA; FACHIN; SANTOS, R. N. M. Dos, 2009)
A propriedade intelectual com elemento estratégico da gestão do conhecimento (CARVALHO; VERAS,
2008)
A tecnologia de informação como ferramenta de auxílio à gestão da informação e do conhecimento: um
estudo de caso do prc - programa de repasse do conhecimento no setor elétrico (LEHMKUHL; VEIGA;
RADOS, 2008)
BA gestão do conhecimento: dois casos singulares (VIDAL et al., 2006)
A dinâmica da criação e gestão do conhecimento: um estudo de caso (MACHADO, 2006)
Gestão do conhecimento nas Organizações ou do desconhecimento da realizada organizacional?
(SANTOS, F. F. Dos et al., 2005)
Gestão do conhecimento de marketing: uma pesquisa empírica no setor industrial (GONÇALVES
FILHO, 2003)
Fonte: Dados da pesquisa (2018)
Assim, nota-se que esse conjunto de artigos analisados reforça a questão da
importância do tema de gestão do conhecimento estar alinhada com a estratégia
organizacional e ser um processo que envolve todos na organização. Sendo assim, a
abordagem desse tema remete ao que foi mencionado pelos autores no referencial desse
artigo (AGGESTAM, 2006; ALAVI; LEIDNER, 2000; GOLD; MALHOTRA; SEGARS, 2001; LUCHESI,
2012; RUGGLES, 1998; TERRA, 2005; WIIG, 1997). Portanto, percebe-se e reforça-se que,
apesar dos diversos enfoques dados ao tema de gestão do conhecimento pelos autores do
grupo de análise 1, identifica-se que todos reafirmam a importância desse tema para as
organizações. Por fim, apresenta-se a Tabela 4 com o intuito de resumir as abordagens e
conclusões dos autores desse grupo de análise (artigos da Tabela 3).
No que se refere aos artigos publicados a partir de 2011 (Tabela 5), pode-se perceber
que, conforme Tabela 2, divulgou-se 1 artigo em 2011 e 2014, 2 artigos em 2012 e 2013 e 3
artigos em 2015. Em relação ao entendimento sobre a gestão do conhecimento (GC) nessas
publicações, há uma convergência com o que foi apresentado no referencial teórico em que se
destaca a relevância da gestão do conhecimento para o alcance de vantagem competitiva
(ALAVI; LEIDNER, 2000; DAVENPORT; LONG; BEERS, 1998; GASPAR et al., 2016; GOLD;
MALHOTRA; SEGARS, 2001; LUCHESI, 2012; RUGGLES, 1998; TERRA, 2005; WIIG, 1997). Além
disso, constata-se que os autores reforçam a necessidade de a gestão do conhecimento estar
inserida no contexto estratégico da empresa (ALAVI; LEIDNER, 2000; GOLD; MALHOTRA;
SEGARS, 2001; RUGGLES, 1998; TERRA, 2005; WIIG, 1997).
Fernanda da Silva Momo; Claudia Melati; Raquel Janissek-Muniz; Ariel Behr
Perspectivas em Gestão & Conhecimento, João Pessoa, v. 9, n. 1, p. 138-153, jan./abr. 2019.
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Tabela 4 – Abordagens da Gestão do Conhecimento do Grupo de Análise 1
GESTÃO DO
CONHECIMENTO
(GC)
Em um cenário em que tudo é único, acredita-se que a gestão do conhecimento tem
como grande aliada a comunicação. (CAMATTI; FACHINELLI, 2010)
Nas empresas estudadas, os gestores reconhecem uma associação entre as práticas
de GC e a aquisição de uma vantagem competitiva. (SANTOS; POPADIUK, 2010)
As empresas podem ter benefícios expressivos com a estruturação da gestão do
conhecimento. (SILVEIRA; LANÇA, 2009)
Observou-se uma maior quantidade de trabalhos sobre gestão do conhecimento na
iniciativa privada do que no setor público. (MIRANDA; FACHIN; SANTOS,
2009)
Necessidade de entendimento apropriado em busca do equilíbrio entre a proteção
conhecimento e o compartilhamento, de modo útil, considerando indivíduos e
organizações. (CARVALHO; VERAS, 2008)
A utilização da ferramenta PRC (Programa de Repasse de Conhecimento) na
empresa aprimora a consolidação das melhores práticas e fornece subsídios para a
gestão do conhecimento. (LEHMKUHL; VEIGA; RADOS, 2008)
Para a boa prática da GC, as organizações brasileiras deveriam alinhar suas
funções com as informações que dão suporte a tomada de decisão de modo
homogêneo entre todas as áreas envolvidas. (VIDAL et al., 2006)
Empresas brasileiras tendem a buscar modelos estrangeiros e aplicam estes
modelos sem adaptação. Em alguns momentos essa aplicação pode dar resultados
imediatos, mas, para que se configurem como um real aprendizado, é necessário
incorporá-lo não apenas na memória formal da empresa, mas também na mente de
seus colaboradores. (MACHADO, 2006)
Propõem-se um processo de gestão baseado em valores, em substituição ao modelo
gerencial vigente. (SANTOS et al., 2005)
Processos de GC de marketing mostram-se relevantes como geradores de
resultados de novos produtos. (GONÇALVE FILHO, 2003)
Fonte: Dados da pesquisa (2018)
Sendo assim, os artigos analisados (Tabela 5), versaram sobre a maturidade da gestão
do conhecimento em organizações mineiras (ZIVIANI; FERREIRA; SILVA, 2015), processo de
gestão de projetos e GC (SHINODA; MAXIMIANO; SBRAGIA, 2015), influência do líder, inovação
e GC (SCHREIBER, 2015), importância da GC como disciplina em curso de graduação (TEIXEIRA,
M. Do R. F., 2014). Além disso, os artigos abordam a gestão do conhecimento correlacionada a
temas como micro e pequenas empresas (MPE) (MOTA; TARGINO, 2013), práticas de
compartilhamento de conhecimento em biblioteca universitária (BEM; AMBONI, 2013).
Enfim, nos artigos analisados foram ainda apresentadas as seguintes abordagens:
teorias utilizadas em estudos sobre esse tema (XAVIER; OLIVEIRA; TEIXEIRA, 2012), posturas
dos gestores em relação a gestão do conhecimento, utilização de medidas e procedimentos
relacionados a esse tema e reconhecimento da gestão do conhecimento como fonte de
vantagem competitiva (CASTRO; JÚNIOR; PINTO, 2012). Por fim, um dos artigos estudou
atributos de qualidade da informação disponibilizada na internet como fonte de suporte a GC
(TRINDADE; OLIVEIRA, M.; BECKER, 2011).
Tabela 5 – Publicações do Grupo de Análise 2
ARTIGOS
Avaliação da maturidade em gestão do conhecimento em Organizações Mineiras (ZIVIANI; FERREIRA; SILVA,
2015)
Gestão do Conhecimento em Organizações Orientadas para Projetos (SHINODA; MAXIMIANO; SBRAGIA,
2015)
O Estudo da Influência Simbólica do Líder no Processo de Gestão do Conhecimento (SCHREIBER, 2015)
A disciplina de gestão do conhecimento no currículo do curso de Biblioteconomia: a experiência da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil (TEIXEIRA, M. Do R. F., 2014)
Fernanda da Silva Momo; Claudia Melati; Raquel Janissek-Muniz; Ariel Behr
Perspectivas em Gestão & Conhecimento, João Pessoa, v. 9, n. 1, p. 138-153, jan./abr. 2019.
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Modelos de gestão do conhecimento em micro e pequenas empresas (MOTA; TARGINO, 2013)
Práticas de gestão do conhecimento: o caso da biblioteca universitária da UFSC (BEM; AMBONI, 2013)
Teorias utilizadas nas investigações sobre gestão do conhecimento (XAVIER; OLIVEIRA; TEIXEIRA, 2012)
Gestão do Conhecimento – GC – como recurso estratégico e fonte de Vantagem Competitiva Sustentável –
VCS – na perspectiva Resource-based view – RBV (CASTRO; JÚNIOR; PINTO, 2012)
Análise dos atributos para avaliação da qualidade da informação nos ambientes de intranet para apoio à
gestão do conhecimento (TRINDADE; OLIVEIRA, M.; BECKER, 2011)
Fonte: Dados da pesquisa (2018)
Assim, nota-se uma diversidade de abordagens dadas a temática de gestão do
conhecimento nos artigos analisados, mas todos reforçam a ideia da importância desse tema
para as organizações. Tendo em vista essas diversas abordagens, apresenta-se a Tabela 6 com
o intuito de sumariar todas essas facetas abordadas pelos autores da Tabela 5 em seus artigos.
Tabela 6 – Abordagens da Gestão do Conhecimento do Grupo de Análise 2
GESTÃO DO
CONHECIMENTO
(GC)
Conhecimento e aprendizagem inseridos nos processos e na cultura organizacional,
assim, fazem parte da estratégia da organização. (ZIVIANI; FERREIRA; SILVA,
2015)
Não há melhores práticas de gestão do conhecimento, essas dependerão do
contexto organizacional. Práticas em si são relevantes para proporcionar um
contexto favorável a GC. (SHINODA; MAXIMIANO; SBRAGIA, 2015)
A atuação do líder sobre a dimensão subjetiva no processo de gestão (maior
proximidade da equipe, transparência, participação, troca de experiências)
influencia os resultados obtidos a partir da GC. (SCHREIBER, 2015)
Inserção de Gestão do Conhecimento no currículo contribui para construção de um
profissional capaz de enfrentar novos desafios. (TEIXEIRA, 2014)
Inadequação dos modelos de GC as MPE, pois são elaborados visando sempre
grandes empresas. (MOTA. TARGINO, 2013)
As comunidades práticas são fundamentais para as empresas na implantação de
práticas de GC. (BEM; AMBONI, 2013)
Principais teorias relacionadas a aria de si utilizadas nos estudos de Gestão do
Conhecimento: Game Theory, Social Capital Theory, Theory of Planned Behavior,
Social Exchange Theory, Dynamic Capabilities e Theory of Reasoned Action.
(XAVIER; OLIVEIRA; TEIXEIRA, 2012)
Há o reconhecimento por parte dos gestores da importância da GC, mas não estão
fortemente implantados os processos para a efetiva GC, bem como o seu
alinhamento estratégico com o plano formal da empresa. (CASTRO; JÚNIOR;
PINTO, 2012)
Atributos da qualidade da informação no ambiente de internet como suporte a GC
em empresas de desenvolvimento de software: precisão, clareza, relevância,
credibilidade, completeza, atualidade, tempestividade, fonte e ordem.
(TRINDADE; OLIVEIRA; BECKER, 2011)
Fonte: Dados da pesquisa (2018)
Dessa forma, a partir das análises realizadas nos artigos que compunham os grupos de
análise 1 e 2 identificou-se a predominância do entendimento da importância da gestão do
conhecimento nas organizações, independentemente do enfoque escolhido pelos autores em
suas pesquisas. Assim, tomando essa questão como base, apresenta-se a seguir as
considerações relativas a pesquisa realizada.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente artigo alcançou o objetivo da pesquisa e respondeu ao questionamento
proposto ao identificar e descrever as abordagens das pesquisas realizadas sobre gestão do
Fernanda da Silva Momo; Claudia Melati; Raquel Janissek-Muniz; Ariel Behr
Perspectivas em Gestão & Conhecimento, João Pessoa, v. 9, n. 1, p. 138-153, jan./abr. 2019.
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conhecimento na área de Sistemas de Informações no contexto brasileiro nos anos de 2000
até 2016 (até o mês de junho de 2016). Sendo assim, ao realizar-se as análises dos artigos
selecionados foi possível identificar que, em todos os artigos analisados, é enfatizado a
importância da gestão do conhecimento para as organizações.
Observou-se também que há uma diversidade de abordagens dada a essa temática,
mas percebe-se que todas possuem o entendimento de que o sucesso da gestão do
conhecimento em uma organização está correlacionado ao fato do engajamento de todas as
pessoas. Assim, notou-se que muitos dos artigos analisados ressaltaram a necessidade de a
gestão do conhecimento estar inserida na cultura da empresa e em sua estratégia. Assim, é
possível compreender que a gestão do conhecimento depende de uma sinergia organizacional
e que suas práticas devem estar alinhadas ao contexto de cada empresa. Portanto, essa
temática pode ser entendida como relevante para a obtenção de diferenciais competitivos
para a organização que realiza a gestão do conhecimento.
Por fim, destaca-se que mesmo havendo a predominância do entendimento da
importância da gestão do conhecimento nas organizações em todos os artigos, observou-se
uma evolução e amadurecimento dos temas de pesquisa nos últimos anos (a partir de 2010).
Ou seja, passou-se a dar mais foco, a partir de 2010, a temas como a maturidade, processos,
influências de líderes na gestão do conhecimento, análise de casos. Enquanto que antes de
2010 os estudos estavam focados na criação de um corpo teórico sobre o assunto, buscando
destacar benefícios da gestão do conhecimento, divulgação de informações, conceitos.
Como limitações dessa pesquisa tem-se além da série temporal escolhida, questões
como as sutilezas das escolhas realizadas para definição do objeto de análise que foram os
artigos, como por exemplo a base de dados escolhida para pesquisas e palavras-chaves
selecionadas. Entretanto, ressalta-se que essas escolhas realizadas não afetaram o rigor
aplicado a pesquisa. Tendo em vista essas limitações, sugere-se para estudos futuros a
realização de uma revisão que abarque um período de tempo maior, em diversos idiomas e em
outras bases de dados que versem sobre o tema de gestão do conhecimento.
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Artigo recebido em 19/02/2018 e aceito para publicação em 31/01/2019