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Revista Interdisciplinar Encontro das Ciências | Icó-Ceará | v.2 | n.1 | p. 462 - 475 | Jan-Abr | 2019
REVISTA INTERDISCIPLINAR ENCONTRO DAS CIÊNCIAS
V.2, N.1. 2019
ANSIEDADE, ESTRESSE E NÍVEIS DE ATIVIDADE FÍSICA EM
ESCOLARES
ANXIETY, STRESS AND LEVELS OF PHYSICAL ACTIVITY IN SCHOOLS
Marcos Antônio Araújo Bezerra
1
| Jamark Ferreira Julião
2
| Gabriela Gomes de Oliveira Bezerra
3
| Cibele Rodrigues Lopes
4
| Lara Belmudes Bottcher
5
RESUMO
Na atualidade os aspectos mais discutidos para que um indivíduo possa desenvolver uma boa qualidade de vida e um
estilo de vida ativo, são os seus níveis de estresse, ansiedade e a prática de atividade física, fatores esses que influenciam
diretamente no cotidiano da população contemporânea, principalmente os adolescentes. O objetivo da pesquisa foi
identificar os níveis de ansiedade, estresse e atividade física de escolares. Trata-se de um estudo de campo, descritivo, de
abordagem quantitativa e corte transversal, realizado com uma amostra do tipo conveniência com 116 escolares de ambos
os sexos, com faixa etária entre 15 a 17 anos, devidamente matriculados na rede estadual de ensino da cidade de Umari-
CE. Para medidas de estresse, foi utilizada a Escala de Stress para adolescentes (ESA); a atividade física foi mensurada
por meio do questionário IPAQ – versão curta; para medida de ansiedade, utilizou-se a Escala HAD - avaliação do nível
de ansiedade e depressão. Os dados foram analisados através do software JASP por meio de estatística descritiva por
distribuição de frequência e teste associativo de Qui-Quadrado. Participaram do estudo 43,1% de escolares do sexo
masculino e 56,9% do sexo feminino, a idade média da amostra foi de 16,15±0,77 anos. Os dados apontam que 69% dos
escolares não possuem traços de ansiedade, 75% encontram-se sem estresse e sua maioria é ativa fisicamente (51,7%). O
fator sexo se demostrou associado as variáveis de ansiedade(p<0.001) e atividade física (p<0.01). A ansiedade demostrou-
se associada aos níveis de estresse (p<0,05) e aos níveis de atividade física (p<0,05). Conclui-se através dos resultados
da pesquisa que os escolares em questão tem níveis ativos de atividade física, fato esse que fortalece a literatura e os
estudos que defendem a prática de atividade física para reduzir os índices de ansiedade e estresse na adolescência.
PALAVRAS-CHAVE: Atividade Física. Estresse. Transtornos de Ansiedade.
ABSTRACT
At present the most discussed aspects for an individual to develop a good quality of life and an active lifestyle are their
levels of stress, anxiety and the practice of physical activity, factors that directly influence the daily life of the
contemporary population, especially adolescents. The objective of the research was to identify the levels of anxiety, stress
and physical activity of schoolchildren. This is a descriptive, quantitative and cross-sectional field study conducted with
a convenience sample of 116 schoolchildren of both sexes, aged 15 to 17 years, duly enrolled in the State city of Umari-
CE. For stress measures, the Stress Scale for adolescents (ESA) was used; physical activity was measured using the IPAQ
questionnaire - short version; for the measurement of anxiety, the HAD Scale - anxiety and depression level evaluation
was used. The data were analyzed through JASP software through descriptive statistics by frequency distribution and
associative Chi-Square test. 43.1% of male students and 56.9% of female students participated in the study, the mean age
of the sample was 16.15 ± 0.77 years. The data indicate that 69% of schoolchildren do not have traces of anxiety, 75%
are without stress and most of them are physically active (51.7%). The sex factor was shown to be associated with anxiety
(p <0.001) and physical activity (p <0.01). Anxiety was shown to be associated with stress levels (p <0.05) and physical
activity levels (p <0.05). It is concluded from the results of the research that the students in question have active levels of
physical activity, a fact that strengthens the literature and studies that advocate the practice of physical activity to reduce
anxiety and stress levels in adolescence
KEY WORDS: Physical Activity. Stress. Anxiety Disorders
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INTRODUÇÃO
A qualidade de vida de um indivíduo perpetua diante de diversos fatores intrínsecos e
extrínsecos do ser humano, desde o sedentarismo e os maus hábitos até fatores hereditários. Mas um
dos aspectos mais discutidos ultimamente, para que um indivíduo possa desenvolver uma má
qualidade de vida são os seus níveis de estresse, ansiedade, juntamente com fatores emocionais. Estes
influenciam diretamente no cotidiano da nossa população contemporânea. (NUNOMURA,
TEIXEIRA, CARUSO, 2004).
Conforme Alves e Baptista (2006) certo grau de estresse é considerado normal, inclusive até
ajuda o indivíduo a desempenhar melhor funções diárias e desafios que a vida propõe, porém, altos
níveis de estresse podem causar diversas situações desagradáveis ao homem, podendo prejudicar a
saúde. O estresse é desenvolvido no corpo do ser humano como uma resposta espontânea (não
específica), que surge como consequência dos fatores intra/extra citados anteriormente na vida do
indivíduo, neste caso, o mesmo é gerado com o intuito de manter o equilíbrio fisiológico causado por
um novo estímulo dado ao nosso corpo. (FREITAS, 2015).
Algumas controvérsias ainda são encontradas ao discutir o significado do termo estresse, às
vezes definido como estímulo, outras vezes definido como resposta ao estímulo. Pode-se dizer que o
estresse são respostas orgânicas e/ou comportamentais que servem para adaptar o indivíduo a
qualquer estímulo novo que venha a ser gerado, desta forma ele está presente diretamente no nosso
cotidiano, agindo incisivamente no sistema de tomada de decisão passando sempre pelo processo de
estímulo/resposta. (NUNOMURA, TEIXEIRA, CARUSO, 2004).
Segundo Vorkapic e Rangé (2011) junto com o estresse, outro fator que pode agir e/ou
influenciar de forma negativa na vida de um indivíduo é a ansiedade. Arruda (2006) define ansiedade
como uma condição emocional complexa e aversiva que é retida como resultado de uma série de
estímulos. Um evento aversivo pode influenciar um indivíduo e sua condição de ansiedade a ficar
perante o controle de estímulos imprevistos, ou seja, quando uma pessoa é resignada a uma situação
a qual foi desagradável, resulta em um alto grau de ansiedade, desta forma quando estiver em uma
situação semelhante, o mesmo associará o sentimento de ansiedade com a situação ocorrida.
(GUIMARÃES et al., 2015).
Desta maneira pode-se atribuir a ansiedade como um estado emocional negativo
caracterizado por apreensão, preocupação e nervosismo, podendo manifestar assim um desequilíbrio
psicológico e fisiológico no indivíduo, sendo responsável pela adaptação do organismo a situações
de desconforto e perigo. (ARRUDA, 2006).
Estas características são notórias em alguns dos indivíduos afetados pela ansiedade, de
maneira que muitos não sabem lhe dar com determinadas situações e agem de maneira impulsiva, ou
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seja, sem o real controle de suas capacidades podendo ocasionar uma situação indesejada e
vergonhosa diante de suas ações, devido a bloqueios gerados pela ansiedade. (GARCIA, 2010).
A ansiedade e o estresse passam a ser tratados como patologia quando são exagerados,
descontrolados, desproporcionais em relação ao estímulo, ou até mesmo quando distorce
substancialmente do estado real do indivíduo podendo prejudicar o raciocínio e o desempenho de
atividades diárias, afetando assim a qualidade de vida. (GUIMARÃES et al., 2015).
De acordo com Nunomura, Teixeira e Caruso (2004) existe uma estreita relação entre
qualidade de vida e saúde, da mesma forma entre saúde e atividade física, logo podemos também
propor a relação que a qualidade de vida possui com atividade física. A atividade física proporciona
ao indivíduo inúmeros benefícios, que incluem bem-estar, autoestima, autoconfiança, interação
social, estes, por sua vez ajudam na melhora das capacidades físicas, mentais, afetivas, sociais,
contribuindo na prevenção e tratamento de doenças. (VALENTE, 2015).
Segundo Jarrete (2011) a atividade física possui uma forte ação antidepressiva, sendo
bastante eficaz de acordo com o tempo do programa e a intensidade da atividade, desde uma simples
caminhada até mesmo a prática de esportes melhora a saúde mental, devido a adaptações biológicas
resultadas pela atividade física, que diminuem a ansiedade e o estresse.
Partindo dessas premissas o objetivo desse estudo foi identificar os níveis de ansiedade,
estresse e atividade física de escolares. Esta pesquisa trata-se de um estudo de campo, descritivo, com
abordagem quantitativa e corte transversal, realizada com uma amostra do tipo intencional com 116
escolares de 15 a 17 anos de idade regulamente matriculados na rede estadual de ensino da cidade de
Umari-CE.
Como critérios de inclusão foram considerados todos os alunos matriculados na rede de
ensino médio do município que concordaram em participar do estudo e trouxeram a assinatura do seu
responsável que consta no Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Como critérios de
exclusão foram adotados os seguintes critérios: alunos que fizessem uso de algum medicamento para
controle da ansiedade e estresse. Foram respeitando todos os critérios da resolução 466/12 a respeito
da ética em trabalhos de pesquisas com seres humanos, e aprovado pelo Comitê de Ética do Centro
Universitário Dr. Leão Sampaio, Parecer 2.776.616.
Para a aquisição dos dados de estresse foi utilizado a Escala de Estresse para adolescentes
(ESA) (TRICOLI, LIPP, 2006), que visa identificar traços de estresse na população através de uma
escala de Likert (1-5), classificado a amostra em com e sem estresse. Para ansiedade foi utilizado a
Escala HAD - avaliação do nível de ansiedade e depressão (ZIGMOND et al., 1983) que tem como
objetivo identificar comportamentos de ansiedade através de 7 questionamentos, classificado a
ansiedade em improvável, possível e provável. Para a coleta de dados da prática de atividade física
foi utilizado o questionário IPAQ – versão curta. Para obter os dados referentes ao nicel de atividade
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física foi utilizado o questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) na versão curta, proposto
por Matsudo (2001) que tem como objetivo verificar o nível de prática dessa variável. Os dados foram
analisados através do software JASP por meio de estatística descritiva por distribuição de frequência
e teste associativo de Qui-Quadrado
DESENVOLVIMENTO
O estudo acerca dos níveis de ansiedade, estresse e prática de atividade de atividade física
dos estudantes de Umari - Ceará contou com a participação de 116 estudantes da rede estadual de
ensino, no qual 43,1% (50) dos alunos participantes do estudo são homens e 56,9% (66) são mulheres,
com idade média geral de 16,15±0,77.
Estudos de Schermann et al. (2014) acerca do estresse em adolescentes estudantes de uma
cidade do Sul do Brasil apresentaram resultados semelhantes ao referente estudo no que compete as
características gerais dos indivíduos da pesquisa, visto que a maioria de sua amostra é composta pelo
gênero feminino (58,9%), possuem entre 14 e 15 anos (48,6%), são estudantes do ensino médio
(84,2%) e não trabalham (79,9%).
Tabela 01 – Comparativo por sexo das características gerais de escolares do município de Umari-CE,2018. (n=116)
VARIÁVEL
MASCULINO
FEMININO
N
%
N
%
Ano (Série)
1º Ano
14
28%
13
19,7%
2º Ano
21
42%
23
34,8%
3º Ano
15
30%
30
45,5%
Renda (R$)
Até 1 Salário
20
40%
27
40,9%
1 a 2 Salários
15
30%
25
37,9%
2 a 3 Salários
8
16%
9
13,6%
+ de 3 Salários
7
14%
5
7,6%
Raça
Branco
13
26%
20
30,3%
Pardo
32
64%
36
54,5%
Preto
4
8%
9
13,6%
Amarelo
1
2%
1
1,5%
Função Laboral
Sim
6
12%
12
18,2%
Não
44
88%
54
81,8%
Moradia
Zona Urbana
33
66%
41
62,1%
Zona Rural
17
34%
25
37,9%
Fonte: Dados da pesquisa, 2018
Na figura 01 podemos observar a distribuição de frequência de ansiedade dos estudantes, no
qual em sua maioria se mostraram com menores escores de ansiedade, sendo assim menos ansiosos,
69% dos escolares foram classificados com níveis improváveis de ansiedade, 23,3% foram
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IMPROVÁVEL
POSSÍVEL
PROVÁVEL
0
20
40
60
80
100
23,3%
69%
7,8%
%
classificados com escores possíveis de ansiedade, ou seja, possivelmente são ansiosos e apenas 7,8%
dos alunos participantes apresentou escores realmente prováveis quanto aos níveis de ansiedade.
Figura 01 – Distribuição de frequência da variável ansiedade entre escolares do município de Umari-CE.
Fonte: Dados da pesquisa, 2018
Um estudo com achados semelhante foi realizado por Jatobá e Bastos (2007) com
adolescentes de escolas públicas e privadas da cidade do Recife - PE, foram pesquisados os dados de
242 estudantes, na faixa etária de 14 a 16 anos, no qual 80,2% foram identificados com grau leve de
ansiedade, 11,2% com grau moderado e 8,7% em grau severo. Já outro estudo realizado por Aplewicz
et al. (2009) com escolares praticantes de voleibol de faixa etária de 15 a 17 anos, pode-se observar
que 12,5% dos estudantes possuíam níveis de ansiedade de média-baixa, 71,9% foram classificados
como nível médio de ansiedade e 15,6% possuíam média-alta.
A ansiedade é uma reação natural do organismo, em outras palavras é um extinto
desenvolvido para que o ser humano reaja diante uma situação de perigo, porém quando excede o
nível da normalidade do organismo é necessária uma análise dos sintomas, que podem ser
identificados desde a infância. É importante a identificação destes possíveis fatores desencadeantes
desde o princípio, para que assim o indivíduo possa ter um acompanhamento dos seus extintos, para
que esse fato não venha a atrapalhar o desenvolvimento da criança. (BRITO, 2011).
Silva (2016) relata em seus estudos que a ansiedade na adolescência está atrelada a uma série
de fatores, podendo aparecer em maiores escalas em razão ao devido momento em que os indivíduos
estão vivendo, por exemplo, influenciados pelas relações interpessoais, a vida estudantil, ao estado
maturacional, a puberdade e todas as mudanças fisiológicas e psicológicas que ela traz com si, além
do lado afetivo que também pode ser influenciado por esta etapa da vida. Todas essas transformações
estão presentes na fase da adolescência e podem ou não, de acordo com o nível que estes estímulos
são gerados, influenciar na vida e no desenvolvimento desses indivíduos e suas capacidades.
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COM ESTRESSE
SEM ESTRESSE
0
25
50
75
100
25%
75%
%
A distribuição de frequência dos níveis de estresse da amostra estudada, está representada
na figura 02, no qual 75% dos escolares foram classificados como indivíduos “Sem Estresse” e os
outros 25% foram classificados “Com Estresse”. A média geral do escore de estresse foi de 2,28±0,63.
Figura 02 – Distribuição de frequência da variável estresse entre escolares do município de Umari-CE.
Fonte: Dados da pesquisa, 2018
Como representado graficamente (Figura 02) a prevalência total de estresse neste estudo foi
de 25%. Este dado está semelhante aos estudos de Pinto et al (2017) com adolescentes da rede estadual
de ensino do Amazonas, no qual 19% dos estudantes foram identificados com estresse, outro estudo
apresentou percentual de estresse ainda mais baixos, realizado por Schermann et al. (2014) com 475
escolares de 14 a 18 anos de uma cidade do sul do Brasil, apontou uma prevalência de estresse de
10,9%.
Estudos de Andrade, Souza e Castro (2016) acerca de estudantes concluintes do ensino
médio, trazem resultados diferentes do referido estudo, visto que observaram que apenas 27,3% dos
estudantes não possuíam estresse, outro estudo com resultados bem semelhantes realizado por
Gonzaga e Lipp (2014) com alunos do ensino médio, identificaram que apenas 27,03% de sua amostra
não possuíam estresse.
A figura 03 apresenta a distribuição de frequência do nível de atividade física dos estudantes,
nele podemos observar a prevalência de indivíduos mais ativos fisicamente 51,7%, 27,6% se
mostraram insuficientemente ativos e 20,7% aparecem como indivíduos sedentários.
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SEDENTÁRIO
INSUFICIENTEMENTE ATIVO
ATIVO
0
10
20
30
40
50
60
70
80
51,7%
27,6%
20,7%
Figura 03 – Distribuição de frequência da variável atividade física entre escolares do município de Umari-CE.
Fonte: Dados da pesquisa, 2018
Estes resultados encontrados se assemelham a outra pesquisa realizada por Dresch et al
(2013), a qual desenvolveu um trabalho com escolares entre 15 e 18 anos da rede pública de ensino
de um município do Rio Grande do Sul, utilizando o mesmo questionário deste estudo (IPAQ - versão
curta), nele observou-se que 57,5% dos sujeitos eram ativos, 26,3% moderadamente ativos e 16,2%
inativos.
Santos et al. (2016) ao avaliar 180 escolares de ambos os sexos, com idade entre 15 a 21
anos matriculados no ensino médio de uma escola pública da zona urbana da cidade de Mossoró/RN,
utilizando o mesmo questionário IPAQ em seu formato curto também encontrou valores superiores
de indivíduos ativos, no qual 40% foram classificados como muito ativos, 36% como ativos, 18%
como irregularmente ativos e 6% sedentários.
Na mesma linha Mota e Coutinho (2012) analisaram o nível de atividade física de escolares
do Sítio Queimadas, zona rural do Município de Serra Redonda – PB, os resultados se mostraram
positivos quanto ao nível de atividade física, no qual apenas 2% dos alunos estudados classificaram-
se como inativos, seguido de 20% moderadamente ativos, 45% ativos e 33% muito ativos.
Em contrapartida Voser et al (2017) realizou um estudo com 105 adolescentes de 15 a 17
anos de idade, estudantes de uma escola pública na cidade de Pelotas-RS, para mensurar o nível de
atividade física utilizando também o IPAQ, em sua versão curta. Nele os resultados apontaram a
prevalência de inatividade física em 40,95% dos adolescentes. Outro estudo desenvolvido por Mello
et al (2014) procurando identificar a associação entre nível de atividade física e excesso de peso
corporal em adolescentes de 10 a 17 anos de uma cidade do Sul do país, avaliou 1.455 estudantes e
constatou que 68,0% estavam expostos à inatividade física.
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Lourenço et al. (2017) aborda que os benefícios da prática de atividade física para a saúde
da população são consensuais, especialmente dos jovens, nesse sentido recomendações da prática
regular de atividade física são propostas, um exemplo, são as recomendações globais de atividade
física para saúde, da OMS (2010) em que faz-se a recomendação de que jovens de (5 a 17 anos)
devem realizar 60 minutos diários de atividades físicas moderadas a vigorosas para obtenção de
aspectos de saúde física e mental.
A Tabela 02 apresenta o valor de associação entre as variáveis e o sexo do participante.
Dados estatisticamente significativos foram encontrados para a variável atividade física (p<0,05) já
na análise da ansiedade foram identificados resultados ainda mais significantes (p<0,001). Fato
contrário ocorreu para a variável estresse p>0,05.
Tabela 02 – Comparativo por sexo das variáveis de ansiedade, estresse e atividade física de escolares do município de
Umari-CE,2018. (n=116).
MASCULINO
FEMININO
p-valor
N
%
N
%
Ansiedade
Improvável
42
84%
38
57,6%
0,001**
Possível
7
14%
20
30,3%
Provável
1
2%
8
12,1%
Estresse
Com Estresse
12
24%
17
25,8%
0,82
Sem Estresse
38
76%
49
74,2%
NAF
Ativo
33
66%
27
40,9%
0,01*
Insuficiente Ativo
12
24%
20
30,3%
Sedentário
5
10%
19
28,8%
Fonte: Dados da pesquisa, 2018
Em relação ao nível de atividade física, Silva et al. (2018) realizou um estudo acerca do nível
de atividade física em adolescentes escolares do município de Rio Verde – Goiás, e encontrou
resultados semelhantes na comparação entre os gêneros, o mesmo constatou que os indivíduos do
sexo masculino eram mais ativos do que as do sexo feminino, 86,03% de ativos para o sexo masculino
e 70,26% para o sexo feminino, esta mesma tendência ocorreu nos estudos de (DRESCH et al., 2013;
VOSER et al., 2017).
Em relação ao nível de ansiedade, os estudos de Jatobá e Bastos (2007) também
apresentaram uma associação mais prevalente de adolescentes do sexo feminino com os sintomas de
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ansiedade, principalmente de graus moderado e severo. Nesta mesma linha, a pesquisa de Neto (2016)
acerca dos níveis de ansiedade-traço em jovens atletas praticantes de voleibol com idade entre 12 e
17 anos, constatou-se que os meninos obtiveram um nível de ansiedade menor em comparação com
as meninas, os meninos ficaram classificados como “ansiedade média”, já as meninas apresentaram
um nível como “ansiedade média alta”.
Estudo realizado por Fernandes et al. (2017) acerca da relação entre estresse, atividade física
e desempenho escolar em adolescentes, aborda que também não houve associação significativa entre
o estresse e sexo, seguindo o mesmo padrão o estudo Schermann et al. (2014).
Tabela 03 – Associação entre as categorias analisadas de escolares do município de Umari-CE,2018. (n=116)
ANSIEDADE
ESTRESSE
NAF
X²
p-valor
X²
p-valor
X²
p-valor
ANSIEDADE
-
-
7,783
0,020*
14,445
0,006**
ESTRESSE
7,783
0,020*
-
-
0,256
0,0880
NAF
14,445
0,006**
0,256
0,0880
-
-
Fonte: Dados da pesquisa, 2018
A Tabela 03 apresenta as associações entre as variáveis ansiedade, estresse e atividade física.
Podemos observar que os níveis de ansiedade apresentam associação com ambas variáveis, visto que
possui relação com o estresse (p=0,02), e com ainda maior prevalência com o nível de atividade física
(p=0,006). Já as vaiáveis de estresse e atividade física não mostraram possuir valores significantes de
associação.
Segundo Parente (2018), a prática regular de atividade física interfere de maneira positiva
no controle dos níveis de ansiedade, agindo de forma direta no funcionamento fisiológico do
indivíduo, visto que ao final de uma atividade física, há um alívio das tensões e uma sensação de
cansaço que faz com que, naturalmente, o corpo precise de recuperação e descanso, essa sensação é
o que reduz consideravelmente o estado de ansiedade, sem deixar de ressaltar que a atividade física
estimula a produção do hormônio endorfina, este, ligado a sensação de prazer e de bem-estar,
sensações estas que se contrapõem a ansiedade.
Rueter et al. (1999) mostra a relação entre eventos estressores e os transtornos de ansiedade,
no estudo com 303 adolescentes, de ambos os sexos, com faixa etária de 12 e 13 anos, avaliados
anualmente durante quatro anos, observou a relação entre desavenças entre pais e filhos como um
agente estressor, sintomas iniciais de ansiedade e depressão e o surgimento de transtornos de
ansiedade e depressão aos 19 e 20 anos. Entre os adolescentes, a presença persistente ou crescente de
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desavenças com os pais foi preditiva de sintomas de ansiedade e depressão. As taxas de transtornos
de ansiedade foram de 6,9% entre as meninas e 5,6% entre os meninos, o que mostrou que os eventos
de vida estressores surtiram efeitos para o surgimento de sintomas de ansiedade e depressão,
reforçando a associação com o estresse.
Segundo Margis et al. (2003), os sintomas iniciais de ansiedade podem surgir anos antes do
aparecimento de um transtorno definido e completo, em resposta a eventos estressores. Caso consiga-
se acabar ou solucionar o evento estressor, isso causará uma diminuição do volume fisiológico
ativado, ao contrário, se a resposta ao estresse gerar ativação fisiológica constante e permanente ou
intensa, pode ocasionar um esgotamento dos recursos fisiológicos do sujeito com o surgimento de
transtornos psicofisiológicos diversos, podendo apresentar uma predisposição ao aparecimento de
transtornos de ansiedade entre outros transtornos mentais.
Fernandes et al. (2017) nos seus estudos, mesmo afirmando que a prática de atividade física
está relacionada com menores indicadores de estresse, também não encontrou relação de estresse e
atividade física nos seus avaliados, mesmo com a maioria dos adolescentes sendo classificados como
ativos, não se observou benefício da prática de atividade física para menores escores de estresse, nem
os indivíduos classificados como menos ativo, não foram observados com maiores índices de estresse.
Outro estudo realizado por Pires et al (2004) com adolescentes de Florianópolis-SC
obtiveram resultados diferentes do referido estudo, visto que os indivíduos classificados com menores
índices de estresse apresentaram maior tempo de atividade física intensa e muito intensa, quando
comparado ao grupo com níveis de estresse maiores e prejudiciais, sendo verificada diferença
significativa (p<0,05) no nível de esforço muito intenso.
Em busca de estudos mais relevantes acerca da relação da prática de atividade física com o
estresse em adolescentes, Peixoto et al. (2018) realizou um estudo sistemático, nele foram
identificados 19.460 títulos, no qual 176 resumos foram analisados e 104 artigos apreciados na
íntegra, ao final do processo 11 artigos foram selecionados por apresentarem melhores qualidades
metodológicas. Os resultados do estudo indicaram uma associação inexistente ou de índices mínimos
entre a prática de atividade física e o estresse entre adolescentes investigados, porém cita que estudos
experimentais parecem demonstrar um efeito mais positivo da atividade física em relação ao estresse.
Entre as três variáveis estudadas pôde-se observar também que não foi encontrado diferença
significativa nos escores, entre os indivíduos que residem na zona rural em relação aos que residem
na zona urbana. Um dado que apresentou diferença entre as variáveis, foi na ansiedade em relação
aos adolescentes que exercem função laboral (trabalham), visto que apresentaram maiores níveis de
ansiedade em relação aos que não trabalham (p=0,033).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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O presente estudo teve como objetivo identificar os níveis de ansiedade, estresse e atividade
física de escolares, verificou-se uma associação de relevante significância entre a variável ansiedade
e a prática de atividade física, como também da ansiedade com o estresse, fato esse que fortalece a
literatura e os estudos que defendem a prática de atividade física para reduzir os índices de ansiedade
na adolescência. Por outro lado, não foram encontrados valores de relação significante entre as
variáveis de estresse e atividade física. Constatou-se também a associação das variáveis em questão
com o sexo dos indivíduos, na qual constatamos uma associação mais prevalente de adolescentes do
sexo feminino com os sintomas de ansiedade, em contrapartida os indivíduos do sexo masculino se
mostraram mais fisicamente ativos.
O referido estudo possui limitações por se tratar de um estudo com corte transversal, visto
que a população é estudada em um momento particular, fornecendo apenas um retrato da situação
momentânea, os grupos são formados no momento da análise dos resultados, pois somente nesta etapa
sabe-se quem são os doentes e não doentes e expostos e não expostos, além de que não evidencia a
relação temporal entre o fator e a doença, o que prejudica as interferências sobre a relação causa e
efeito.
Sugere-se que estudos futuros possam ser desenvolvidos acerca de aprofundar os
conhecimentos sobre a associação existente entre o nível de atividade física, o estresse e a ansiedade
em adolescentes, visto que poucos estudos foram encontrados para discutir as relações existentes
entre ambas as variáveis referidas deste estudo.
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Recebido em: 03 de Janeiro de 2019
Aceito em: 02 de Fevereiro de 2019
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Centro Universitário Dr. Leão Sampaio (UNILEÃO). Faculdade Vale do
Salgado (FVS). Grupo de Pesquisa em Atividade Física e Saúde (GPAFS). E-
mail: marcosbezerra@fvs.edu.br
2
Faculdade Vale do Salgado (FVS). Grupo de Estudos e Pesquisas em
Atividade Física e Esportes (GEPAFE)
E-mail: jamarkjuliao@hotmail.com
3
Centro Universitário Dr. Leão Sampaio (UNILEÃO). Grupo de Pesquisa em
Atividade Física e Saúde (GPAFS)
E-mail: gabriela.o.bezerra@gmail.com
4
Centro Universitário Dr. Leão Sampaio (UNILEÃO). Grupo de Pesquisa em
Atividade Física e Saúde (GPAFS)
E-mail: cibeleeducacaofisicaunileao@gmail.com
5
Centro Universitário Dr. Leão Sampaio (UNILEÃO). Grupo de Pesquisa em
Atividade Física e Saúde (GPAFS)
E-mail: larabottcher@leaosampaio.edu.br