As Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) são plantas que possuem amplo potencial alimentício por serem fontes de diversos nutrientes. Porém, ao longo do tempo estes vegetais caíram em desuso por conta de fatores diversos, mas, podemos citar, entre tantos, a urbanização de diversas regiões com redução de áreas para quintais e hortas caseiras, a prática de cultura extensiva que leva muitas vezes à monocultura, a migração de jovens do campo para a área urbana conduzindo à quebra na cadeia de transmissão de saberes.
O Programa de Educação Tutorial (PET), e o sistema de bolsas de extensão PIBEX, desenvolvidos pelo governo federal, possibilitam a realização de atividades relacionadas ao ensino, pesquisa e extensão. Através de oficinas periódicas realizadas pelo PET-Farmácia e bolsistas PIBEX do LabFBot, com o apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER) nos Municípios de Magé e Guapimirim, o grupo de agricultores que participa dos projetos do LabFBot lá desenvolvidos, solicitou maiores informações a respeito de algumas PANC que são usadas por eles como alimentos, tais como: Beldroega-grande (Talinum triangulare (Jacq.) Willd), Bertalha-menor (Anredera cordifolia (Ten.) Steenis), João Gomes (Talinum paniculatum (Jacq.) Gaertn.), Ora-pro-nobis (Pereskia bleo (Kunth) DC), Cará (Dioscorea alata L.) e Inhame (Colocasia esculenta (L.) Schott), entre outras. As informações solicitadas eram a respeito da composição nutricional destas plantas, seu uso correto e a segurança da ingestão.
Sendo assim, os objetivos do presente trabalho foram a busca de informações sobre as algumas das espécies de Plantas Alimentícias Não Convencionais cultivadas e consumidas nos Municípios de Magé e Guapimirim, para assegurar seu uso de forma adequada pela população local e para os consumidores que compram os produtos comercializados pelos agricultores.
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