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O ALUNO NO CENTRO DA APRENDIZAGEM: UMA DISCUSSÃO A PARTIR DE CARL ROGERS

Authors:

Abstract

As mudanças ocorridas no sistema educacional nas últimas décadas exigem cada vez mais a busca de novas formas de disseminação do conhecimento por meio do ato de ensinar e o modo de aprender. A relação ensino/aprendizagem é construída por meio de vários fatores que se relacionam entre si, ou seja, que funciona como o conjunto de competências e habilidades individuais, tanto daquele que ensina, como daquele que aprende. Dessa forma, compreende-se que um funcionamento prático e evolutivo de conhecimento passa por um processo de mudança de comportamento, não só do professor, mas também do aluno a partir do reconhecimento das suas potencialidades para o aprender. A aprendizagem centrada no aluno impulsiona a ação individual na obtenção do saber, construindo o caminho para novos questionamentos e reflexões originais. O presente artigo teve como objetivo descrever os aspectos que envolvem o processo de ensino e aprendizagem do aluno sob a perspectiva da teoria do ensino centrado no aluno de Carl Rogers. A literatura pesquisada mostrou que o aluno se torna cultivador do conhecimento tendo o professor como mediador/facilitador do acesso a informação. Conclui-se que há necessidade de compreender a relação entre aquisição de conhecimento e autonomia do aluno.
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O ALUNO NO CENTRO DA APRENDIZAGEM: UMA DISCUSSÃO
A PARTIR DE CARL ROGERS
Marlene Nogueira Pinheiro
Faculdade de Rolim de Moura
marlenero17@hotmail.com
Eraldo Carlos Batista
Faculdade de Educação Superior de Tangará da Serra
eraldo.cb@hotmail.com
RESUMO
As mudanças ocorridas no sistema educacional nas últimas décadas exigem cada vez mais a busca de
novas formas de disseminação do conhecimento por meio do ato de ensinar e o modo de aprender. A
relação ensino/aprendizagem é construída por meio de vários fatores que se relacionam entre si, ou seja,
que funciona como o conjunto de competências e habilidades individuais, tanto daquele que ensina, como
daquele que aprende. Dessa forma, compreende-se que um funcionamento prático e evolutivo de
conhecimento passa por um processo de mudança de comportamento, não do professor, mas também
do aluno a partir do reconhecimento das suas potencialidades para o aprender. A aprendizagem centrada
no aluno impulsiona a ação individual na obtenção do saber, construindo o caminho para novos
questionamentos e reflexões originais. O presente artigo teve como objetivo descrever os aspectos que
envolvem o processo de ensino e aprendizagem do aluno sob a perspectiva da teoria do ensino centrado
no aluno de Carl Rogers. A literatura pesquisada mostrou que o aluno se torna cultivador do
conhecimento tendo o professor como mediador/facilitador do acesso a informação. Conclui-se que há
necessidade de compreender a relação entre aquisição de conhecimento e autonomia do aluno.
PALAVRAS-CHAVE: Aprendizagem. Aprendizagem significativa. Ensino centrado no aluno.
ABSTRACT
The changes that have taken place in the educational system in the last decades demand more and more
the search for new forms of dissemination of knowledge through the act of teaching and the way of
learning. The teaching-learning relationship is constructed through several factors that relate to one
another, that is, it functions as the set of individual skills and abilities, both of the teacher and of the
learner. Thus, it is understood that a practical and evolutionary functioning of knowledge goes through a
process of behavior change, not only the teacher, but also the student from the recognition of their
potential to learn. Student-centered learning drives individual action in the acquisition of knowledge,
building the path to new questions and original reflections. The present article aimed to describe the
aspects that involve the teaching and learning process of the student from the perspective of Carl Rogers'
student - centered theory of education. The researched literature showed that the student becomes a
culture of knowledge, having the teacher as mediator / facilitator of access to information. We conclude
that there is a need to understand the relationship between knowledge acquisition and student autonomy.
KEYWORDS: Learning. Meaningful learning. Student-centered teaching.
1. INTRODUÇÃO
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Apesar das mudanças ocorridas o sistema de ensino. Existem divergências no
ato de ensinar, e o modo de aprender. No fato que a aprendizagem condiz com diversos
fatores que se integram entre si. Que funciona como o conjunto de competências e
habilidades individuais do sujeito que dentro de um funcionamento prático e evolutivo
de conhecimento, passa por um processo de mudança de comportamento, e a
codificação desse conteúdo, é obtido através da experiência, seja, universitário, lógico
ou de observação, é construída por fatores psíquicos, cerebrais e, principalmente, do
contexto ambiental no qual o sujeito está inserido, no qual carrega consigo uma
potencialidade natural para a aprendizagem (ROGERS, 1995).
A aprendizagem está ligada a qualidade do ensino que visa suprir o aluno, seja,
individual, emocionalmente ou socialmente. Literalmente correlacionado as
potencialidades e competências que foram estingadas desde das bases fundamentais da
educação, no qual foi ensinado de maneira construtiva, a transformar o objeto do
conhecimento e dar novas formas, e funções a ele. Essa aprendizagem, é significativa
pois acontece quando o assunto torna-se perceptível para aluno como algo relevante
para os seus propósitos (ROGERS, 1974).
Mediante a esse processo de construção de conhecimento, Carl Rogers coloca o
aluno como centro do saber, aprendendo por meio da aprendizagem significativa. Essa
aprendizagem que se torna única e independente, na visão do autor, para com aluno.
Tornando-se essa escolha livre da área do conhecimento e a principal ferramenta para
mudança no processo do ensino aprendizado.
Diante do que foi exposto, este artigo tem por objetivo descrever os aspectos
inerentes ao fator educacional enfatizando sobre a importância da aprendizagem
centrada na pessoa, através de uma discussão bibliográfica tendo base as teorias
Rongerianas, destacando sobre uma das formas de ensino: aprendizagem significativa.
Contextualizando fatores relevantes para com o desenvolvimento do aluno em sala de
aula, bem como a influência do professor durante esse processo.
Visto que aprendizagem significativa provoca transformações na didática escolar
e no contexto social do aluno. Torna-se o meio prático da experiência teórica da ciência,
e o aluno agente modificador desse campo. O sujeito se torna mentor da própria
história, buscando o processo construtivo de conhecimento e se adaptando as novas
formas do saber, promovendo ao aluno a qualidade da aprendizagem que acontece
quando o aluno participa responsavelmente neste processo (ROGERS, 1974).
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O material utilizado foi pesquisado nos bancos de dados do Scientific Electronic
Library Online SciELO, livros literários que contemplam as teorias Rogerianas, e
autores como Zimring (2010), Asubeul (1978), Aragão (1976), Moreira (2016) entre
outros, fundamentam o desenvolvimento do trabalho. Desta forma o texto que se segue
está configurado em três tópicos distribuídos da seguinte forma: na primeira seção
discute-se os Princípios da Aprendizagem em Carl Rogers, posteriormente faz-se uma
apresentação da Aprendizagem Significativa e por último destaca-se a Aprendizagem
Centrada no Aluno.
2. DESENVOLVIMENTO
2.1. Os princípios da aprendizagem em Carl Rogers
A aprendizagem depende de alguns fatores envolvidos para se obter
internalização do conteúdo, é um processo que necessita de uma ação de adaptação,
assimilação e organização física e psíquica dos conhecimentos para se constituir o
aprendizado. Segundo Carl Rogers (1985) a aprendizagem é regida de princípios, ou
seja, é baseada em algumas indagações e afirmações em que, os alunos e professores
devem-se atentar.
O autor Zimring (2010) cita cinco elementos que abrigam esse sistema
educacional, coloca primordialmente: 1. O indivíduo possui habilidades inatas para
aprender. 2. A aprendizagem deve ser autêntica voltada a relação dos objetivos
individuais do aluno, e utiliza-se de materiais para conseguir atingi-los mais rápido. 3.
A aprendizagem que envolve a mudança de percepção e torna-se ameaçadora, tende a
provocar reações. 4. Aprendizagem que constitui um ato de eminência para pessoa pode
ter mais facilidade de ser obtida e assimilada. 5. Quando o indivíduo é instigado a se
ausentar da zona de conforto, a experiência pode ser compreendida de maneira diferente
e o processo de aprendizagem pode ser internalizado.
A princípio os cinco fatores citados acima condiz que o sujeito contém aptidões
susceptíveis a aprendizagem integral. Para consolidar esses preceitos o professor exerce
a função de propulsor/facilitador através da metodologia/conteúdos empregada em sala
de aula que podem correlacionar esses fatores, no intuito de promover e estimular o
crescimento do aluno. No qual não se pode ensinar, apenas facilitar a aprendizagem.
(ROGERS, 1974).
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Segundo Carl Rogers (1978) independentemente do nível de ensino, seja do
regular a pós-graduação deve haver facilitação na mudança e aprendizagem, devido a
dinamicidade social na produção de conhecimento. No sentido de acreditar que o ser
humano pode ser capaz de se adaptar a essas mudanças que ocorrem no decorrer da
vida, pois a aprendizagem é contínua e inovadora.
Para que o aluno percorra essas fases e atinja essas metas, obtendo maiores
resultados. O docente necessita obter três pilares essenciais para o gerenciamento da
aprendizagem: o conhecimento, habilidades pedagógicas, visão holística atrelada a
ciência da educação e o discente. A prática executada no ensino superior deve contrapor
o comportamento reprodutório de ensino, mas integrando algo inovador, original,
gerando conhecimento através da ciência (PEREIRA; ANJOS, 2014).
Para Carl Rogers (1977) o docente apenas disponibilizará os recursos
necessários para o desenvolvimento do conhecimento do aluno, no sentido literal de
facilitar acesso ao material, e o aluno ganhará autonomia para desmiuçar livremente o
conteúdo. Este processo de construir conhecimentos, funciona como uma troca mútua,
quando o professor facilita o movimento entre teoria e prática, possibilita a inferência de
novos questionamentos e reflexões, podendo gerar novas ideias, conceitos e ações
(CANDAU, 2011).
No decorrer da carreira o professor necessita adquirir conhecimento e
informação atualizada. No ensino superior o processo de aprendizagem acontece de
forma mútua e o docente deve estar aberto a essas implicações (LIRA; SPONCHIADO,
2012). Como coloca Rogers que a maioria do conhecimento significativo são adquiridas
pelo sujeito em ação, ou seja, pela sua prática (1986).
Segundo Libâneo (2008), a formação profissional é um processo pedagógico,
intencional e organizado, de preparação teórico científica e técnica do professor para
dirigir competentemente o processo de ensino. Para isso, o profissional deve se opor ao
conservadorismo e abrir-se ao mundo e suas tecnologias para auxiliar no processo de
ensino aprendizagem, que se concretiza de forma plena quando o mentor é autêntico na
relação pedagógica (ROGERS, 1986).
O modo de transmitir o conhecimento é peculiar, e o objetivo do docente não é
só ensinar, mas direcionar e instigar o aluno a aprender e construir ciência. Ao invés de
impor uma teoria, permite ao aluno buscar novas reflexões, tornando-os facilitadores do
conhecimento, principalmente, quando envolve o auto iniciativa do aluno de forma
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integral, atingindo as dimensões afetiva e intelectual, no qual se torna mais duradoura e
sólida (ROGERS, 1974).
As instituições de ensino superior devem contribuir para fomentar a concepção
de formar docentes com um perfil científico metodológico, com capacidades em
planejamento, execução e avaliação didática. No sentido de incentivar o professor que
precisa ter um conjunto de saberes teóricos e experienciais, sabendo agir diante do
contexto do aluno (GONÇALVES; ROCHAEL, 2015).
Mediante isso, o docente deve manter-se atento, na forma, do qual se expressa
diante do aluno, apresentando-se através de uma imagem autoritária, intolerante,
indiferente, inflexível e superior, dificultando a qualidade do relacionamento entre os
alunos e a aprendizagem. Desta forma, Pimenta e Almeida (2011) colocam que é
essencial que o professor tenha flexibilidade mental, para ultrapassar as barreiras da
matéria que ministra, interpretando a cultura e considerando o contexto da realidade do
ensino.
Em consonância com esses fatos Silva e Schirlo (2014) descreve que o
pesquisador David Paul Ausubel, considera que o conhecimento prévio do aluno de
escola regular, é a chave para a aprendizagem significativa, que quanto mais o sujeito
busca conhecer, mais se aprende. Logo abaixo o autor Zimring discorre de maneira
controvérsia que:
6. É por meio de atos que se adquire aprendizagem mais significativa. 7. A
aprendizagem é facilitada quando o aluno participa do processo. 8. A
aprendizagem auto iniciada que envolve toda a pessoa do aprendiz seus
sentimentos tanto quanto sua inteligência é a mais durável e impregnante. 9.
Independência, criatividade e autoconfiança são facilitados, quando a autocrítica
e auto apreciação são básicas e a avaliação feita por outros tem a importância
secundária. 10. A aprendizagem mais socialmente útil, no mundo moderno, é a
do próprio processo de aprendizagem, uma contínua abertura à experiência e à
incorporação, dentro de si mesmo, do processo de mudança (ZIMRING 2010, p.
110-112).
O autor supracitado destaca fatores práticos que devem ser incorporados nos
métodos de ensino educacional, independente do nível de ensino aprendizagem. Esses
princípios, citados, anteriormente necessitam ser refletidos e discutidos no ensino de
graduação e pós-graduação para candidatos que almejam lecionar no ensino superior.
Através dessa reflexão que o professor reconhecerá o papel em sociedade, ou seja, o
professor que possui uma metodologia flexível, reflexiva, inovadora, dinâmica, realista
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que planeja com competência e comprometimento, constroem uma relação de
compromisso com as transformações sociais (CUNHA, 2013).
De acordo com Carl Rogers (1985) o professor será o criador de oportunidades,
e maneiras para os acadêmicos realizar experiências em grupo. Para isso, o professor
deverá incentivar, possibilitar autonomia, impulsionar e promover ações voltadas para o
crescimento acadêmico. Ou seja, disponibilizando variados métodos e recursos de
pesquisa, organizando esses materiais de forma reflexiva, buscando estimular o desejo
incessante na busca de conhecimento. São momentos, no qual professor poderá delinear
sua opinião, caso há aceitação por parte do grupo, mas sem transpor autoridade, até
porque o professor deve estar aberto a aceitação e consciente dos seus limites.
Tornando-se capaz de perceber falhas e acertos obtendo assim, aprendizagem
significativa.
2.2.Aprendizagem significativa
Durante muitos anos da história da educação no país o professor representou
como a ferramenta central da transmissão do conhecimento e detentor de todo saber,
servindo como agente ativo perpetuador de informações cientificas e o aluno receptor
passivo nesse processo. No cenário atual, essa função está sendo gradualmente
modificada, mesmo que ainda é predominante na educação básica e superior.
De acordo com a teoria de Ausubel o fenômeno da aprendizagem considera
alguns fatores coadjuvantes no processo ensino servindo como base na construção do
conhecimento: a história do sujeito e o papel do docente na presunção de situações que
auxilie a aprendizagem, no qual implique uma mudança ameaçadora na percepção do
eu, quando tende para a resistência (ROGERS, 1974).
Em preponderância ao contexto, há duas condições para que a aprendizagem
significativa ocorra: o conteúdo a ser ensinado deve ser potencialmente revelador e o
estudante precisa estar disposto a relacionar o material de maneira consistente e não
arbitrária (BRAATHEN, 2012; SILVA, SCHIRLO, 2014). Sendo assim, como o aluno,
contribui com seus conhecimentos, com suas indagações. Em outras palavras, o aluno
também aprende quando participa ativamente de uma atividade, realizando alguma
tarefa, ouvindo as diferentes formas de percepção dos demais frente a um assunto e
tendo a oportunidade de expor suas ideias através de grupos de discussão ou debates.
(SOUZA; LOPES; SILVA, 2013).
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De acordo com a teoria de Ausubel ao analisar a interação entre o aluno,
professor e o conhecimento a aprendizagem pode ocorrer, no que definiu de
aprendizagem mecânica. No qual o aluno aprende conteúdos proferidos, ligados a
estrutura que deixam de ser consistente. Coloca que as formas de obter conhecimentos
não são antagônicas e ambas são contínuas dependendo da situação (BRAATHEN,
2012).
Segundo Aragão (1976) a aprendizagem significativa perdura, enquanto a
mecânica é transitória, no decorrer do tempo, há probabilidade de apagar da memória é
maior, porque serviram apenas para situações momentâneas e conhecidas. Mas isso não
quer dizer que na primeira também não ocorra, mas de uma forma distinta, pois
permanece um conhecimento internalizado cujo, a necessidade, é possível acessar de
maneira relativamente imediata.
Com isso, os professores possuem desafios, no papel de educadores, no intuito
de apoiar o aluno a atingir, num nível mínimo exigido pela instituição à qual pertencem,
a compreensão do assunto ensinado. Independentemente de nível ou área, aprender é um
processo repleto de obstáculos inesperados, oriundos de fatores internos e externos ao
aprendiz, como o gosto por determinado assunto, limitações, potencialidades de
natureza cognitiva e social, interferindo no acesso a informações, ou em perda de
interesse, mudança de planos entre outros (SOUZA; LOPES; SILVA, 2013).
O fato de aprender necessita de tempo e dedicação, as horas empregadas na
escola, podem ser insuficientes para modificar o pensamento reforçado pelas crenças
culturais (ARAGÃO, 1976). A mudança está na metodologia (avaliação) reforçada em
sala de aula e o sujeito no qual o professor pretende colocar em sociedade,
transformando o aluno anotador para pensador.
Quando a aprendizagem é significativa, o discente consegue colocar em prática
os conhecimentos, e é possível abordar o mesmo tema em situações diferentes, de
maneira reflexiva. No intuito de decodificar e desconstruir os padrões tradicionais de
educação transcorridos e empregados em sala de aula. Como coloca o autor:
Os conteúdos se atualizaram; os livros didáticos têm, em geral, melhor
apresentação... o método didático, porém, em grandes traços, é o mesmíssimo:
professor que fala, orienta, ensina, de um lado e, do outro, alunos que escutam,
anotam para, oportunamente, reproduzir o mais exatamente possível o que lhes
foi transmitido, regurgitando os conteúdos... (JUSTO, 2001. p. 151).
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Nesse caso o resultado desse processo é um conhecimento desintegrado. Mesmo
diante da mudança nos métodos de ensino, não houve mudança na concepção mecânica
do ensino. Essa transformação parece caminhar positivamente criando novas
perspectivas quando se refere às ciências do homem, e de acordo com Justo (2001), a
pedagogia implica, em diversas formas; de um lado, refere-se à educação e, do outro,
concepção psicológica referente à natureza do ser humano, bem como sua evolução, etc.
Embora exista diferentes formas de aprendizagem individual. Na prática educacional é
apenas a ignorância a todas essas diferenças, criando um padrão para todos
independente do conhecimento e diferença de cada indivíduo.
Apenas poderá ser considerado educado quem aprendeu a evoluir e a adaptar-se,
quem tomou consciência de que nenhum saber é definitivamente adquirido e
que somente o processo de formação permanente pode servir de fundamento
para o sentimento de segurança. A capacidade de evolução, que passa pela
prioridade concedida ao processo em relação ao saber estático, é o único
objetivo razoável que se possa indicar para a educação no mundo moderno
(ZIMRING, 2010. p. 17).
Segundo a linha teórica de Carl Rogers (1951) a ação de aprender é peculiar a
cada sujeito, que o conhecimento é assimilado a partir da relevância do conteúdo
ministrado, vinculados diretamente ou eventualmente as vivencias do aluno e são
melhor apreendidas e assimiladas quando a insatisfação do eu é reduzida ao mínimo
(1974, p. 384). Nessa ótica, a aprendizagem significativa é aquela que provoca
alterações no comportamento do indivíduo, ou seja, através do envolvimento mútuo
entre o conhecimento, sentimentos e expectativas pessoais, possibilitando tratar
aprendizagem não só da mente, mas aquela aprendizagem que envolve o todo (SOUZA;
2013). Como afirma o autor:
É uma aprendizagem penetrante, que não se limita a um aumento de
conhecimentos, mas que penetra profundamente todas as parcelas da sua
existência as que se seguem: A pessoa começa a ver-se de modo diferente. Se
aceita e aceita seus sentimentos de uma maneira mais total. Torna-se mais
autoconfiante e mais autônoma. Torna-se mais na pessoa que gostaria de ser.
Adota objetivo mais realista. Comporta-se de uma forma mais amadurecida.
Modifica seus comportamentos adaptados, mesmo que se trate de um
comportamento há muito estabelecido, como o alcoolismo crônico. Aceita mais
abertamente os outros. Torna-se mais aberta à evidência, tanto no que se passa
fora de si como no seu íntimo. Modifica suas características básicas de
personalidade, de uma maneira construtiva (ZIMRING, 2010. p. 36).
Então Rogers (1951) viabilizou a visão ampla sobre o papel do professor como
facilitador que conduz a aprendizagem, explicando ações fundamentais ligadas a relação
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professor e aluno. Propõe aspectos como empatia, autenticidade, congruência e
aceitação são fatores essenciais para conseguir gerir a realidade existente em sala de
aula. No qual Rogers (1973, p. 218) destaca que o caminho da educação torna “uma
procura excitante, uma busca, não mera acumulação de fatos logo superados e
esquecidos”.
Para Carl Rogers (1959, p. 232, grifo nosso) o professor que assumir o desafio e
ser capaz de compartilhar atributos estará contribuindo para que haja uma educação
autêntica e correta. No qual segundo o autor [...] tal aprendizagem não pode ser
facilitada se quem ensina não for autêntico e sincero”. Essa aprendizagem significativa,
que Rogers, propõe em suas teorias, ocorre a partir das situações problemas, as quais os
alunos estão sendo atravessados, somente assim, poderão se motivar a supera-la, é claro
que o professor é peça fundamental neste processo, demonstrando, apoio e confiança,
motivando assim indivíduos capazes de superar seus obstáculos, e gradativamente
ocorrendo a sua aprendizagem, em consequência mudando seu comportamento tanto de
aceitação quanto de responsabilidades.
2.3.Aprendizagem centrada no aluno
No decorrer da história da construção teórica de Carl Rogers houve incentivo e
inserção de uma aprendizagem consistente, no qual necessita ser reestruturado e exigido
pelo sistema educacional. Um dos princípios da teoria de Carl Rogers é aprendizagem
centrada no aluno aplicada na educação que designou aprendizagem centrada na pessoa,
referido para conceitualizar de maneira especifica a relação com outras pessoas
(CAPELO, 2000).
A aplicação da Abordagem Centrada na Pessoa à Educação faz parte dos
princípios teóricos do psicólogo norte-americano Carl Rogers pensador humanista que
introduziu na história da educação, a aprendizagem centrada na pessoa, sendo
claramente citada por Carl Rogers em duas obras fundamentais "Liberdade para
Aprender" (1973, Edição) e "Liberdade de Aprender na Nossa Década" (1983,
Edição), no intuito de mudar a concepção básica da educação, nas quais desenvolve as
suas ideias sobre as formas mais adequadas de facilitar o processo de aprendizagem
(CAPELO, 2000; LINHARES; LOREDO, 2015).
Nesse processo o aluno se torna cultivador do conhecimento, tendo o professor
como mediador/facilitador do acesso a informação. Um estudo voltado às teorias de
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Carl Rogers define esse processo de ensino em um meio para aprender a interpretar e
ser crítico e receber crítica, agindo de forma ativa:
O aluno deve ser ativo, não passivo. Ela ou ele tem que aprender a interpretar, a
negociar significados; tem que aprender a ser crítica (o) e aceitar a crítica.
Receber acriticamente a narrativa do “bom professor” não leva a uma
aprendizagem significativa crítica, a uma aprendizagem relevante, de longa
duração; não leva ao aprender a aprender. (ROGERS, 1969 apud MOREIRA,
2010. p. 4).
o concepções que devem ser constituídas e amplificadas. As políticas públicas
existentes necessitam serem revistas e contextualizada de acordo com a realidade
econômica, social e política de cada espaço. O país exige crescimento, mas depende das
políticas educacionais empregadas e comercializadas na metodologia anual dos
professores. São grandes as exigências ao aluno, principalmente, do ensino regular e
continuamente no decorrer da vida acadêmica (CAPELO, 2000). Para uma
aprendizagem adequada torna-se necessário que o aluno aprenda a aprender, quer dizer
que, para além da importância dos conteúdos, o mais significativo para Rogers é a
capacidade do indivíduo interiorizar o processo constante de aprendizagem (ROGERS,
1986).
Esse princípio citado acima poderá ser aderido se a presença do professor for
essencial para que haja segurança e permita acreditar e confiar no potencial e na
capacidade de aprender e refletir do aluno, considerando desconstruir o padrão
tradicional de ensino, que envolve a transmissão do conhecimento de maneira mecânica
e os instrumentos (prova) para avaliar o nível de aprendizagem. Como pondera Carl
Rogers a respeito do ensino centrado:
Se os professores aceitam os alunos como eles são, permitem que expressem
seus sentimentos e atitudes sem condenação ou julgamentos, planejam
atividades de aprendizagem com eles e não para eles, criam uma atmosfera de
sala de aula relativamente livre de tensões e pressões emocionais, as
consequências que se seguem são diferentes daquelas observadas em situações
onde essas condições não existem. As consequências, de acordo com as
evidências atuais, parecem ser na direção de objetivos democráticos (ROGERS,
apud GOBBI et al., 1998: 27).
Essas ações selecionadas pelo autor supracitado forma de adaptação às
mudanças e ao desenvolvimento intelectual do aluno e a introjeção do ato de aprender.
No caso haver [...] a autocrítica e a auto avaliação são facilitadas, e a avaliação de
outrem se torna secundária, a independência, a criatividade e a auto realização do aluno
tornam-se possíveis (Rogers, 1974, pg. 404-405).
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De acordo com Justo (2001), sem liberdade, o sujeito se sente bloqueado, tendo
dificuldade de desenvolver a criatividade. Para tanto, dizer que o aluno é responsável
pelo seu aprendizado, não significa a liberdade para escolher os conteúdos
programados. Mas a forma de abordar a informação, interpreta-la, refletir e colocá-la
em prática e conseguir modificar o meio de onde está inserido. Como coloca Rogers
(1985) não pode se ensinar espontaneamente a outro sujeito; quanto se pode apenas
facilitar-lhe a aprendizagem.
[...] o homem é naturalmente curioso, querendo conhecer o mundo que o rodeia.
Os outros, particularmente os professores, podem embotar a vivacidade dessa
tendência que, aliás, não deixa de apresentar ser a ambivalência: a
aprendizagem mesmo significativa, tem seus aspectos penosos: requer esforço,
quiçá renúncia a experiências, embora menos satisfatórias a longo termo, porém
muito atraentes no momento atual; além disso, aprendizagem supõe
reformulação, nem sempre fácil, de esquemas de saber já estruturados, talvez
mesmo defendidos com denodo (JUSTO, 2001, p. 158).
De tal forma seria satisfatório se buscássemos o estudo centrado no aluno, uma
vez que a aprendizagem significativa ocorre quando o aluno percebe a relevância da
matéria de estudo para seus objetivos. É através da prática que a aprendizagem
significativa é aprendida, possibilitando aos alunos o contato direto com diferentes
problemas de classe, desde questões sociais a questões filosóficos e literários. E para
participar desse contexto da prática, considera-se que o aluno deva assumir com
responsabilidade esse processo de aprendizagem significativa, sendo que:
Aprendizagem ativa, participativa, é superior à passiva e puramente dependente.
Se lhe for possibilitando ir na linha dos seus interesses, estudar os problemas
que o preocupam e desafiam, escolher a forma e o ritmo para estudar-lhes a
solução, o aluno mobilizará intensamente seus recursos (JUSTO, 2001. p. 162).
Em seguimento as teorias de Rogers a aprendizagem significativa auxilia na
obtenção de valores comportamentais como autonomia, confiança, empoderamento,
tornando socialmente útil em aprender permanentemente, à experiência e a assimilação
do processo de mudança. Uma educação facilitadora em que o estudante deseja
aprender, criar, desenvolver-se através da aprendizagem significativa. O ensino centrado
no aluno é capaz de fazer uma mudança positiva no processo educacional.
Transformando o aluno que se encontra passível diante ao professor em ativo, refletivo,
crítico. Por que não optar pela mudança?
Os pressupostos descritos pelos autores propõem viabilizar os aspectos inerentes
a educação, que envolve, principalmente, a aprendizagem. O ato de ensinar traz consigo
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a responsabilidade e ação de transmitir o conhecimento, habilidade ou experiência a
pessoa, com intuito e finalidade de aprender, utilizando-se para isso um conjunto de
métodos, técnicas e procedimentos que se consideram apropriados para desempenhar o
trabalho (CAPELO, 2000). Entre as teorias discutidas, Carl Rogers coloca aspectos
inerentes a relação professor e aluno e estabelece as diferenças da aprendizagem
humanista de acordo com os pressupostos, em relação as demais teorias de
aprendizagem em geral.
Mediante essa linha de pensamento que Rogers (1951, 1974) psicólogo
humanista construiu um dos princípios fundamentais aplicadas a área da educação, que
denominou aprendizagem centrada no aluno. Na tentativa de inserir uma aprendizagem
consistente, no qual necessita ser administrado e exigido pelo sistema educacional
(CAPELO, 2000).
De acordo com a perspectiva do autor o docente apenas disponibilizará os
recursos necessários para o desenvolvimento do conhecimento do aluno, no sentido
literal de facilitar acesso ao material, e o aluno ganhará autonomia para desmiuçar
livremente o conteúdo. Neste processo de construir conhecimentos, funciona como uma
troca mútua, quando o professor facilita o movimento entre teoria e prática, possibilita a
inferência de novos questionamentos e reflexões, podendo gerar novas ideias, conceitos
e ações (ROGERS, 1977, 1987; CANDAU, 2011).
Carl Rogers (1983) considera aprendizagem significativa, aquela que representa
algum significado para aluno, tornando-se mais que uma simples unificação de coisas. É
uma aprendizagem que provoca uma transformação, seja nas ações e comportamento,
na orientação nas ações de escolhas, e principalmente, na personalidade. “É uma
aprendizagem penetrante, que não se limita a um aumento de conhecimentos”. No qual
difere da visão de Ausubel et. al. (1980) sobre aprendizagem significativa que se
concentra fortemente nos aspectos cognitivos da aprendizagem, que surge a partir da
interação entre uma informação e o conhecimento prévio existente.
Para Carl Rogers aprender significa buscar conhecimento, tornando ativo e
precursor do crescimento no processo de aprendizagem. Rogers e Souza (1951, 2013)
afirma que a aprendizagem significativa é aquela que provoca alterações no
comportamento do indivíduo, ou seja, através do envolvimento mútuo entre o
conhecimento, sentimentos e expectativas pessoais, possibilitando tratar aprendizagem
não só da mente, mas aquela aprendizagem que envolve o todo.
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Como coloca o autor “[...] A pessoa começa a ver-se de modo diferente. Se
aceita e aceita seus sentimentos de uma maneira mais total. Torna-se mais autoconfiante
e mais autônoma. Torna-se mais na pessoa que gostaria de ser [...]. Modifica seus
comportamentos adaptados [...]”. (ZIMRING, 2010. p. 36).
Para Ausubel a aprendizagem significativa acontece se houver duas
condições: o conteúdo a ser ensinado deve ser potencialmente revelador e o estudante
precisa estar disposto a relacionar o material de maneira consistente e não arbitrária
(FERNANDES, 2011). Oportunizando ao aluno o direito de aprender espontaneamente.
Na corrente de Aragão (1976) o fato de aprender necessita de tempo e dedicação, as
horas empregadas na escola, podem ser insuficientes para modificar o pensamento
reforçado pelas crenças culturais.
Em consonância a teoria de Ausubel, Fernandes (2011) aponta que para ocorrer
aprendizagem necessita de fatores coadjuvantes no processo de ensino: como a história
do indivíduo e a função do professor na formulação de situações que auxiliem a
aprendizagem. Em conformidade a discussão Pimenta e Almeida (2011) colocam que é
essencial que o professor tenha flexibilidade mental, para ultrapassar as barreiras da
matéria que ministra, interpretando a cultura e considerando o contexto da realidade do
ensino.
Em estudo Ausubel Fernandes (2011) cita que o autor ao analisar a interação
entre o aluno, professor e o conhecimento a aprendizagem pode ocorrer, no que definiu
de aprendizagem mecânica. No qual o aluno aprende conteúdos proferidos, ligados a
estrutura deixam de ser consistente. Coloca que as formas de obter conhecimentos não
são antagônicas e ambas são contínuas dependendo da situação.
Em controvérsia a ideias de Ausubel, Aragão (1976) a aprendizagem
significativa perdura, enquanto a mecânica é transitória, no decorrer do tempo, há
probabilidade de apagar da memória é maior, porque serviram apenas para situações
momentâneas. Mas isso não quer dizer que na primeira também não ocorra, mas de uma
forma distinta, pois permanece um conhecimento internalizado cujo, a necessidade, é
possível acessar de maneira relativamente imediata.
Então Rogers (1951) viabilizou a visão ampla sobre o papel do professor como
facilitador que conduz a aprendizagem, explicando ações fundamentais ligadas a relação
professor e aluno. Propõe aspectos como empatia, autenticidade, congruência e
aceitação fatores essenciais para conseguir gerir a realidade existente em sala de aula.
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No qual Rogers (1973, p. 218) destaca que o caminho da educação torna “uma procura
excitante, uma busca, não mera acumulação de fatos logo superados e esquecidos”.
Na perspectiva de Carl Rogers (1983, 1985) a prática educativa se faz necessário
na divisão das responsabilidades com os alunos, ou seja, se o mesmo é maior
interessado em aprender. Então tem total liberdade para escolher os conteúdos, e até
mesmo, a maneira de ser trabalhado, conforme as necessidades e interesses individuais e
coletivos.
Contudo, Souza, Lopes e Silva (2013) afirmam que, os professores possuem
desafios, no papel de educadores, no intuito de apoiar o aluno a atingir, um nível
mínimo exigido pela instituição à qual pertencem, a compreensão do assunto ensinado.
Independentemente de nível ou área, aprender é um processo repleto de obstáculos
inesperados, oriundos de fatores internos e externos ao aprendiz, como o gosto por
determinado assunto, limitações, potencialidades de natureza cognitiva e social,
interferindo no acesso a informações, ou em perda de interesse, mudança de planos
entre outros.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O modelo educativo abordado por Carl Rogers sobre aprendizagem significativa
condiz como uma proposta de mudança aplicada ao sistema educacional. O objetivo do
artigo foi ampliar a concepção sobre a importância da relação do professor e aluno,
sobre o princípio defendido por Carl Rogers que designou aprendizado centrado no
aluno, que permite uma participação ativa, desconsiderado o padrão de ensino
pedagógico obsoleto. Esse método de ensino abriga diversas ideias e contrapontos sobre
as formas de aprendizagem. No qual envolve diferentes fatores sociais, institucionais,
psicológicos e culturais.
Nesse sentido, pode perceber se a qualidade da aprendizagem está no ato de
continuar buscando construir a aprendizagem, não depende apenas do domínio das
técnicas, mas de um ambiente e um professor que facilite o crescimento.
No ambiente de ensino a aprendizagem representa algo complexo e dinâmico, e
é através do interesse do aluno e os recursos disponibilizados pelo professor que o
discente ganhará autonomia, confiança e a auto realização no decorrer da vida. De
acordo com essa abordagem o aluno se torna agente ativo e interventivo das situações,
tornando se responsável pelo processo.
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Portanto a mudança depende da motivação empregada para que ocorra
aprendizagem. A escola, professor e aluno são pilares essências nesse processo. Sendo
está a responsável pela implementação, investimento na área da pesquisa, o professor
com fonte de incentivo e apoio e o aluno como agente participativo integral durante o
processo de aprendizagem significativa.
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... (Pinheiro;Batista, 2018 ...
... (Pinheiro;Batista, 2018 ...
Article
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O seguinte trabalho visa debater sobre as atividades lúdicas e de letramento visual e seu auxílio no processo de ensino do português como segunda língua para alunos com surdez de leve a moderada. Esta discussão partirá das experiências da primeira autora deste artigo, atuante no ensino e na elaboração de atividades em um projeto de extensão universitária da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), por meio do Atendimento Educacional Especializado (AEE) em ambiente não escolar. A metodologia aqui utilizada é de base qualitativa (Minayo, 2001), a partir de uma observação participante (Gil, 2008), e que tem por referencial teórico a perspectiva omnilética (Santos, 2013) e as contribuições de Vygotsky (1998). Por resultados, nota-se que a utilização do lúdico e do letramento visual, além de auxiliar na aquisição do português, também dá autonomia e criatividade à aluna participante da pesquisa, de modo a melhorar sua relação com os mediadores, facilitar a compreensão das regras ortográficas da segunda língua e diminuir seu medo de errar.
... É necessário que se saiba que a aprendizagem está diretamente ligada com a qualidade de um ensino que objetive suprir o indivíduo de maneira social, individual e emocional (Pinheiro, 2018). Não obstante, a concepção rogeriana no que tange a aprendizagem considera exatamente esses fatores e suas afetividades, papéis sociais e sua subjetividade. ...
... Como já citado anteriormente, a aprendizagem visa suprir o indivíduo de forma social, emocional e individual (PInheiro, 2018). Dessa forma, a música se revela nesses três aspectos contribuintes para o alcance do objetivo da aprendizagem. ...
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Considerando a forma como a aprendizagem é dada atualmente e percebendo a não valorização das emoções e das relações que a compõem, somado a fato de não trazer à tona o conhecimento holístico do indivíduo, objetiva-se por meio deste artigo uma reflexão clara e concreta que visa encontrar através da música e das relações nela existentes as formas de tornar esse processo, bastante presente no campo da psicologia, mais rico e genuíno. Atravessados por uma metodologia não produtiva e sem perceber a riqueza que há no aprender, muitos alunos não conseguem enxergar esse processo de forma proveitosa e com um verdadeiro sentido. Por meio disso, a teoria rogeriana a respeito da aprendizagem, denominada Aprendizagem Centrada no Aluno, torna-se uma grande colaboradora na ressignificação da forma como esse processo tem sido dado. Carl R. Rogers, também sendo atravessado por este tema, desenvolve sua teoria buscando valorizar a relação professor-aluno, as questões afetivas e sociais, enxergando o aluno de uma forma totalmente holística para que este então pudesse encontrar o sentido de todo esse processo. Assim, este artigo conceitua a aprendizagem segundo Carl Rogers e como ele chegou às suas conclusões a respeito dos processos de aprendizagem, relacionar sua teoria com a importância da música na aprendizagem e, por fim, ressaltar a importância e o papel do docente e do discente para o desempenho do aprender. Para tanto, procede-se às revisões bibliográficas para a construção de tal artigo.
... Essa avaliação foi representativa da culminância de um processo de aprendizagem significativa, já que os alunos se engajaram na atividade para o desenvolvimento da habilidade de escuta, ao mesmo tempo em que se depararam com dificuldades, com os quais tiveram que lidar de forma autônoma e proativa. Isso possibilitou a tomada de autonomia e maior responsabilização dos discentes pelo seu próprio processo de ensino e aprendizagem, facilitado pela maneira como a docente construiu a relação com a turma ao longo do semestre, viabilizando um espaço acolhedor às particularidades (Pinheiro e Batista, 2018). ...
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A facilitação do ensino, ao invés de uma educação mais tradicional, possibilita ao aluno maior habilidade e adaptação às mudanças que as situações práticas apresentam, pois o próprio conhecimento em si é mutável. A formação do psicólogo compreende o desenvolvimento de habilidades e competências que baseiam sua identidade profissional, como a escuta psicológica clínica. Este artigo tem como objetivo discutir as possibilidades de desenvolvimento da escuta clínica a partir de uma disciplina teórica na graduação de Psicologia. O fundamento teórico foram as metodologias ativas e a proposta de ensino centrado no aluno de Carl Rogers. O método utilizado foi de natureza qualitativa, de inspiração fenomenológica. A análise gerou duas categorias, a saber: o vínculo e as atitudes facilitadoras na relação docente-discentes; as metodologias ativas, o processo formativo e o desenvolvimento da habilidade de escuta. Compreende-se que a qualidade afetiva da relação entre os discentes e a docente durante a disciplina, somado às metodologias ativas empregadas no desenvolvimento das atividades avaliativas e de de sala de aula, possibilitaram uma aprendizagem significativa condizente com o objetivo de aprendizagem. Sugere-se que mais pesquisas englobando as práticas de escuta em psicologia sejam realizadas.
... Em relação ao contexto institucional, o curso de Medicina da UFPA Campus de Altamira tem seus métodos de ensino-aprendizagem centrados no estudante, de modo que o professor se torna um facilitador do processo (Pinheiro & Batista, 2018). Outrossim, é nesta conjuntura que o eixo PIESC, do primeiro ao oitavo semestre, introduz os discentes nas UBS, uma vez por semana, buscando associar teoria e prática, promover prevenção, recuperação e reabilitação da saúde dos usuários por meio da qualificação do atendimento. ...
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Objetivo: Este relato de experiência visa abordar a elaboração do portfólio crítico-reflexivo por acadêmicos do curso de medicina, a partir de práticas em uma unidade básica de saúde. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência de natureza qualitativa acerca da elaboração do portfólio acadêmico utilizado por discentes do sétimo semestre da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Pará (UFPA) sobre as vivências do eixo Prática de Integração Ensino, Serviço e Comunidade (PIESC), ocorrido entre 18 de março a 28 de junho de 2024. O PIESC introduz os discentes nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) com o fito de ampliar a qualificação do atendimento. Nesse sentido, o portfólio contribui para a formação médica, pois, semanalmente, cada discente realiza um pré-atendimento de pacientes da sala de espera, depois, elabora as hipóteses diagnósticas e observa as condutas médicas. Ao fim da prática, ele constrói um texto crítico-reflexivo que irá compor o portfólio acadêmico. Resultado e Discussão: O estímulo ao pensamento crítico-reflexivo é fundamental para a formação de profissionais comprometidos em conhecer e oferecer o melhor cuidado, e esse conhecimento é adquirido através do confronto entre o saber e a realidade. Assim, o portfólio é parte essencial do aprendizado, pois motiva reflexões pautadas na prática clínica e fomenta a preparação de profissionais mais comprometidos. Conclusão: A criação do portfólio estimula a participatividade, disciplina e preocupação com o atendimento integral ao paciente, visando o desenvolvimento de competências e habilidades que permitam uma visão abrangente, além da doença.
... A relação ensino e aprendizagem é construída por meio de vários fatores que funciona como o conjunto de competências e habilidades individuais, que passam por um processo de mudança de comportamento tanto daquele que ensina, como daquele que aprende. A aprendizagem centrada no aluno impulsiona a ação individual na obtenção do saber, construindo o caminho para novos questionamentos e reflexões originais (Pinheiro & Batista, 2018). ...
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A pandemia da COVID-19 impôs grandes desafios na área de educação, particularmente das Ciências Naturais, exigindo enérgicas mudanças no modo de aquisição e assimilação dos conteúdos da aprendizagem. Com a adopção da estratégia do ensino híbrido combinado em tecnologias digitais de informação e comunicação, vem impactando consideravelmente na aprendizagem dos estudantes. Assim sendo, realizou-se a pesquisa descritiva e aplicou-se um questionário a 113 estudantes que frequentam a área das Ciências Naturais em Moçambique, com objetivo de descrever os problemas e desafios que estes enfrentam no ensino durante a pandemia. Constatou-se que, com o ensino híbrido, os estudantes da área das Ciências Naturais usam o seu tempo na organização sequencial das tarefas-aulas, sendo que, suas atividades baseadas em tutorias na plataforma e leitura de brochuras para resolução de fichas de exercício impressos foram menos valorizadas e sua aprendizagem prejudicada. Conclui-se que aplicando-se metodologias de aprendizagem acessíveis com a participação dos pais e/ou encarregados de educação e professores em auxílio aos estudantes, possibilita maior valorização da aprendizagem e inclusão na construção do conhecimento e competências acadêmicas durante a pandemia.
... Porém, para a presente pesquisa, cingimonos ao conceito de modelos pedagógicos, sendo este o foco da comunicação. Segundo Pinheiro e Batista (2018), o modelo centrado no estudante assenta-se na tendência contemporânea em educação e consiste em uma didática de aprendizagem em que o aluno é o protagonista do processo de ensino e aprendizagem, o professor atua como um facilitador, apoiando o estudante na formulação das próprias soluções aos problemas levantados (Pinheiro e Batista, 2018). Para Schenkel et al. (2013), o modelo baseia-se na autoformação e autoaprendizagem, o que significa Formação de Professores na Modalidade à Distância participação na construção de saberes por parte do aluno, apesar de apresentar uma limitação pela falta de interação com outros participantes no processo educativo, dando-lhe oportunidade de pensar e refletir sobre o conteúdo, permitindo assim desenvolver as suas competências e habilidade na prática. ...
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The Teaching Degree in Physical Education and Sport, like other degrees, has been undergoing a series of reforms with the aim of adapting the curricular matrix to the social demands of employers. In this sense, the article intends to reflect on the training models that guide the curricular proposal of the Degree in Physical Education and Sport courses from the analysis of a curricular experience with characteristics of innovation developed at the Institute of Distance Education of the Catholic University of Mozambique. The research is based on a qualitative approach, supported by documental analysis. For this purpose, scientific articles extracted from different databases, scientific repositories, official documents from the University and the Government of Mozambique were systematized. The scientific systematization resulted in recommendations and a framework with different models, namely: content model, transition model and resistance model. As for the models of teacher training in Distance Education, the following stand out: model centered on the teacher, model centered on technology and model centered on the student; and it is concluded that the training model for Physical Education and Sports teachers at the Distance Education Institute is guided by constructivist methodological principles.
... Porém, para a presente pesquisa, cingimonos ao conceito de modelos pedagógicos, sendo este o foco da comunicação. Segundo Pinheiro e Batista (2018), o modelo centrado no estudante assenta-se na tendência contemporânea em educação e consiste em uma didática de aprendizagem em que o aluno é o protagonista do processo de ensino e aprendizagem, o professor atua como um facilitador, apoiando o estudante na formulação das próprias soluções aos problemas levantados (Pinheiro e Batista, 2018). Para Schenkel et al. (2013), o modelo baseia-se na autoformação e autoaprendizagem, o que significa participação na construção de saberes por parte do aluno, apesar de apresentar uma limitação pela falta de interação com outros participantes no processo educativo, dando-lhe oportunidade de pensar e refletir sobre o conteúdo, permitindo assim desenvolver as suas competências e habilidade na prática. ...
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Due to the advances made in terms of socio-educational inclusion, we seek to understand better strategies for the development of people with intellectual and developmental disabilities (IDD). Objective: To identify the neuropsychomotor impact that a capoeira intervention promotes in people with intellectual and developmental disability (IDD). Methods: case study, with an exploratory qualitative approach. The study site was the Pestalozzi Association in Fortaleza, Ceará – Brazil. 10 students with IDD. A semi-structured interview was applied with parents, teachers and professionals who accompanied the research participants. The interviews were analyzed using Bardin's (2015) content analysis and followed the following categories: motricity, psychological aspects, social aspects, and school learning. The impacts were observed in the social, psychological, and psychomotor aspects according to the parents, teachers and professionals interviewed. Conclusion: We conclude that an intervention program with capoeira for people with IDD promotes positive changes in neuropsychomotor aspects.
... Porém, para a presente pesquisa, cingimonos ao conceito de modelos pedagógicos, sendo este o foco da comunicação. Segundo Pinheiro e Batista (2018), o modelo centrado no estudante assenta-se na tendência contemporânea em educação e consiste em uma didática de aprendizagem em que o aluno é o protagonista do processo de ensino e aprendizagem, o professor atua como um facilitador, apoiando o estudante na formulação das próprias soluções aos problemas levantados (Pinheiro e Batista, 2018). Para Schenkel et al. (2013), o modelo baseia-se na autoformação e autoaprendizagem, o que significa participação na construção de saberes por parte do aluno, apesar de apresentar uma limitação pela falta de interação com outros participantes no processo educativo, dando-lhe oportunidade de pensar e refletir sobre o conteúdo, permitindo assim desenvolver as suas competências e habilidade na prática. ...
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Fitness is characterized by a continuous evolution, subject to major changes due to the incorporation of technology. This evolution has grown exponentially, with COVID-19 pandemic. A quality service that leads to participant satisfaction is a main current concern, being “good technical support” one of the service characteristics most valued. Is intended to characterize the opinion of fitness group activities (FGA) instructors about: quality characteristics of a presential FGA; preservation/maintenance of quality indicators in a virtual FGA; advantages of presential and virtual FGA; specificity of the technical support in presential and virtual FGA. An interview was designed, validated by experts, and applied to 20 gym instructors from Coimbra. Was used content analysis to analyze the data. The results allow us to conclude that in an presential class the quality indicators most referred by the instructors are planning and motivation; instruction, motivation and interpersonal relationship are less upheld in a virtual FGA; it is possible to state that the instructor presents more advantages in an presential context compared to a virtual one; and technical monitoring is more adequate in presential class, but we must consider the moment pandemic situation, which forced virtual intervention.
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Introdução: O desenvolvimento de estratégias de ensino-aprendizagem significativas, no contexto do Programa de Residência Multiprofissional de Saúde (PRMS), contribuem para uma maior articulação do conhecimento teórico com a prática clínica, fortalecimento do raciocínio crítico- reflexivo e inovações que visam a melhoria do cuidado em saúde. A teoria do ensino centrado no aluno, de Carl Rogers, se harmoniza com este tipo de formação em saúde por apresentar conceitos e modos de executar estratégias de ensino-aprendizagem que protagonizam o residente e situam o preceptor como mediador desde processo. Objetivos: Apresentar, a partir do olhar da preceptoria, a vivência da aplicação de estratégias de ensino-aprendizagem guiadas pela teoria do ensino centrado no residente, no contexto do PRMS. Metodologia: Relato de experiência. Resultados: Houve uma construção de aspectos fundamentais para a aprendizagem significativa como: o aprofundamento da relação preceptor-residente, o protagonismo do residente da elaboração conjunta de um plano de aprendizagem e, tanto para preceptores como residentes, desenvolvimento da reflexividade e criticidade durante a articulação entre a teoria e o campo de prática. Conclusão: Desenvolver um percurso de ensino-aprendizagem, no âmbito do PRMS, pautado na teoria humanista proposta por Carl Rogers se caracterizou como uma trajetória inclusiva, participativa e significativa do processo de aprendizagem. Porém, neste contexto, ressalta-se a necessidade de uma consolidação de ações de parceria que promovam a capacitação de preceptores sobre a teoria do ensino centrado no residente. Dessa forma, uma aprendizagem significativa poderá se fortalecer apesar dos desafios do campo da prática.
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Mudancas ocorridas no mundo nas ultimas decadas estao derrubando paradigmas. Entende-se que essas mudancas exibem um mundo globalizado que apresenta exigencias e, para satisfaze-las o cidadao precisa experienciar situacoes de construcao de conhecimentos que o auxiliem no desenvolvimento das habilidades cognitivas proporcionando seu letramento frente as mesmas. Particularizando esse momento de transicao para as areas do conhecimento humano, percebem-se modificacoes no campo da educacao escolar. Nesse contexto, questionam-se quais contribuicoes a Teoria da Aprendizagem Significativa de Ausubel pode agregar para o processo de ensino de Ciencias. Assim, esse trabalho objetiva promover uma reflexao sobre a Teoria da Aprendizagem Significativa de Ausubel auxiliando os professores o processo de ensino de Ciencia. Para tanto, se percorreu uma trilha metodologica pautada na pesquisa bibliografica, que desvelou que a Teoria da Aprendizagem Significativa de Ausubel tem papel relevante no que tange a formacao dos estudantes perante os desafios impostos pela atual sociedade, pois ela auxilia os professores no processo de ensino. Portanto, e pertinente que professores tenham conhecimento dessa teoria para o processo de ensino que se propoem desenvolver.
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Este trabalho aborda o fenômeno ensino-aprendizagem, considerando os três eixos desse processo,: a trilogia Aprendizagem – Ensino – Avaliação. Trata de aprendizagem na visão construtivista, de modo geral, e na teoria de aprendizagem significativa de Ausubel; Novak; Hanesian (1978), de modo particular, enfatizando que aprendizagem é realizada pelo aprendiz e que, se professores compreenderem como diferentes estudantes aprendem, podem ajudá-los a aprender melhor. Discute também o processo de aprendizagem como um processo de mudanças conceituais através da adaptação do modelo desenvolvido por Posner et al (1982). Os resultados desta pesquisa apresentam a fundamental importância do conhecimento prévio do aprendiz, relevante e relacionado com o novo material a ser aprendido, como uma das condições para que a aprendizagem significativa possa acontecer. Destacam também como a assistência extraclasse, na forma de tutoria, pode vir a atenuar com sucesso a falta de conhecimento prévio do aluno por meio da clarificação de conceitos.
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Resumo Diferentes grupos sócio-culturais conquistam maior presença nos cenários públicos. As questões colocadas são múltiplas, visibilizadas principalmente pelos movimentos sociais, que denunciam injustiças, desigualdades e discriminações, reivindicando igualdade de acesso a bens e serviços e reconhecimento político e cultural. No âmbito da educação as diferenças também se explicitam com cada vez maior força e desafiam visões e práticas profundamente arraigadas no cotidiano escolar. A cultura escolar dominante em nossas instituições educativas prioriza o comum, o uniforme, o homogêneo. Tendo presente esta problemática, este texto tem por objetivo analisar diferentes concepções de diferença presentes nas práticas pedagógicas, assim como, a partir de alguns resultados de pesquisas, identificar aspectos que permitam oferecer aos educadores e educadoras contribuições para trabalhar este tema no cotidiano escolar. Defende a posição de que as diferenças são constitutivas, intrínsecas às práticas educativas e atualmente é cada vez mais urgente reconhecê-las e valorizá-las na dinâmica de nossas escolas. Abstract There are different social cultural groups with greater presence in public spaces. There are multiple issues put up, specially by social movements, which denounce injustice, inequality, and discrimination, asking for equality in accessing goods and services as soon as political and cultural acknowledgment. In educational field, differences are also made explicit with even more strength and challenge visions and practices that are deeply taken in daily school. The prevailing school culture in our educational institutions gives priority to the ordinary, uniform, homogeneous. Considering this issue, the objective of this article is to analyze the various conceptions of difference existing in educational practices, as soon as, from some results of researches, identify some aspects which enable an offering of contributions to educators, in order to work this subject in daily school. This article defends the position that differences are inherent part of the educational practices and today is more and more urgent recognizing them into our schools functioning.
Ausubel: sistematização dos aspectos teóricos fundamentais
  • R M R Aragão
  • P Teoria Da Aprendizagem Significativa De David
ARAGÃO, R. M. R. Teoria da aprendizagem significativa de David P. Ausubel: sistematização dos aspectos teóricos fundamentais. 1976. Disponível em: <professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/17435/.../Aula2_AS.pd>. Acesso em: 10 mai. 2018.
Aprendizagem centrada na pessoa: Contributo para a compreensão do modelo educativo proposto por Carl Rogers
  • F M Capelo
CAPELO, F. M. Aprendizagem centrada na pessoa: Contributo para a compreensão do modelo educativo proposto por Carl Rogers. Revista de Estudos Rogerianos. A Pessoa como Centro, n. 5, 2000. Disponível em: <http://www.appcpc.com/wp-content/uploads/2013/04/revista05.pdf >. Acesso em: 1 mai. 2018.
Trajetórias e tendências do campo na pesquisa e na ação
  • M I Cunha
  • Da Formação De Professores
CUNHA, M. I. O tema da formação de professores: Trajetórias e tendências do campo na pesquisa e na ação. Educação e Pesquisa: Revista da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, v. 39, n. 3, p. 609-625, 2013. Disponível em: <https://www.revistas.usp.br/ep/article/view/62519>. Acesso em: 21 abr. 2018.
A importância da didática para a formação do docente do Ensino Superior. Revista Científica da FEPI-Revista Científic@ Universitas
  • R M G Gonçalves
  • M C N Rochael
GONÇALVES, R. M. G.; ROCHAEL, M. C. N. A importância da didática para a formação do docente do Ensino Superior. Revista Científica da FEPI-Revista Científic@ Universitas, v. 3, n. 1, 2015. Disponível em: <http://www.fepi.br/revista/index.php/revista/article/view/253>. Acesso em: 20 abr. 2018.
Porto Alegre: Instituto de Física, UFRGS
  • M A Abandono Da Narrativa
MOREIRA, M. A. Abandono da narrativa, ensino centrado no aluno e aprender a aprender criticamente. Porto Alegre: Instituto de Física, UFRGS, 2010. Disponível em: <http://www.if.ufrgs.br/~moreira/Abandonoport.pdf> Acesso em: 01 mai. 2018.