ArticlePDF Available

Subjetividade e formação inicial docente no Centro de Ciências e Planetário do Pará

Authors:

Abstract

Objetivamos investigar como o estágio no Centro de Ciências e Planetário do Pará (CCPP) contribui para a formação inicial de professores de física interpretando os sentidos subjetivos que tem para eles as atividades do estágio, inspirados na teoria da subjetividade de González Rey. Participaram da pesquisa sete monitores do CCPP, que cursavam a licenciatura em Ciências Naturais – Física, pela Universidade do Estado do Pará. Utilizamos questionários, complementos de frases, redação e entrevistas para obter as informações. Realizamos a análise pautados na epistemologia qualitativa. A partir dos resultados, percebemos que o estágio no CCPP os professores em formação 1) aprendem a relacionar teoria e prática, metodologias de ensino e a conviver com os demais monitores; 2) motivam-se a aprender, a ensinar e também enfrentam situações desanimadoras e, 3) constroem sua identidade profissional, estabelecendo metas para sua atuação futura e desenvolvendo conhecimentos importantes para a profissão. Assim, notamos que o estágio contribui para a formação inicial dos professores independente do contexto educativo em que atuará profissionalmente e que a teoria da subjetividade amplia nossa compreensão sobre este processo de formação inicial.
18
Amazônia Revista de Educação em Ciências e Matemáticas | v.14 (30) | Jan-Jul 2018. p. 18-30.
Subjetividade e formação inicial docente
no Centro de Ciências e Planetário do
Pará
Subjectivity in initial teacher training in the Center of Science and
Planetary of Pará
Victtor Takeshi Barreiros Yano
1
José Moyses Alves
2
André Luiz Rodrigues dos Santos Cunha
3
Resumo
Objetivamos investigar como o estágio no Centro de Ciências e Planetário do Pará (CCPP)
contribui para a formação inicial de professores de física interpretando os sentidos
subjetivos que tem para eles as atividades do estágio, inspirados na teoria da subjetividade
de González Rey. Participaram da pesquisa sete monitores do CCPP, que cursavam a
licenciatura em Ciências Naturais Física, pela Universidade do Estado do Pará. Utilizamos
questionários, complementos de frases, redação e entrevistas para obter as informações.
Realizamos a análise pautados na epistemologia qualitativa. A partir dos resultados,
percebemos que o estágio no CCPP os professores em formação 1) aprendem a relacionar
teoria e prática, metodologias de ensino e a conviver com os demais monitores; 2)
motivam-se a aprender, a ensinar e também enfrentam situações desanimadoras e, 3)
constroem sua identidade profissional, estabelecendo metas para sua atuação futura e
desenvolvendo conhecimentos importantes para a profissão. Assim, notamos que o estágio
contribui para a formação inicial dos professores independente do contexto educativo em
que atuaprofissionalmente e que a teoria da subjetividade amplia nossa compreensão
sobre este processo de formação inicial. Palavras chave: formação inicial; espaços não
formais; subjetividade.
Abstract
We aim to investigate how the internship in the Centro de Ciências e Planetário do Pará
(CCPP) contributes to the initial formation of physics teachers interpreting the subjective
senses that have for them the activities of the stage, inspired by the theory of subjectivity of
González Rey. We participated in the research seven monitors of the CCPP, who studied the
degree in Natural Sciences - Physics, by the University of the State of Pará. We used
questionnaires, sentence complements, essays and interviews to obtain the information. The
1
Universidade Federal do Pará | takeshi@uepa.br
2
Universidade Federal do Pará | jmalves@ufpa.br
3
Universidade Federal do Pará | andresymarajr@gmail.com
Subjetividade e formação inicial docente no Centro de Ciências e Planetário do Pará
YANO; ALVES e CUNHA
19
Amazônia Revista de Educação em Ciências e Matemáticas | v.14 (30) | Jan-Jul 2018. p. 18-30.
analysis was based on qualitative epistemology. From the results, we realize that the CCPP
internship teachers in training 1) learn to relate theory and practice, teaching methodologies
and to live with the other monitors; 2) motivate themselves to learn, teach and also face
discouraging situations, and 3) build their professional identity, set goals for their future
performance and develop important knowledge for the profession. Thus, it was observed
that the internship contributes to the initial formation of teachers independent of the
educational context in which they will work professionally and that the theory of subjectivity
expands our understanding of this process of initial formation.
Keywords: initial formation; non-formal spaces; subjectivity.
Movimentos preliminares
O presente estudo é uma investigação, inspirada na teoria da subjetividade de
González Rey, sobre a influência do estágio no Centro de Ciências e Planetário do Pará
(CCPP) para a formação inicial de professores de física.
A formação de professores, hoje, constitui-se um campo de estudo, uma área de
conhecimento. Certamente, contribuindo para desvelamento de aspectos importantes para
a qualificação da educação (RAMOS et al, 2016). A formação inicial, que acontece ao longo
da primeira graduação, é definida em oposição à formação continuada, que acontece,
subsequentemente, ao longo de toda a experiência profissional do professor (MIZUKAMI,
2002). A formação inicial, que está em foco neste estudo, vem sofrendo mudanças
importantes. Destacamos o papel do estágio durante esta formação, pois antes, ele
acontecia apenas no último ano dos cursos de licenciatura após três anos de disciplinas
cujos conteúdos não eram diretamente relacionados à prática profissional (BORGES, 2009).
Antes, também, o estágio em espaço não formal não era exigido, porque se entendia que
ele não traria contribuições para a docência em espaço formal, atuação profissional
predominante do professor (CHARÃO, 2004). Atualmente, em alguns cursos, o estágio, que
tem como condição fundamental articular teoria e prática, acontece mais precocemente
(PIMENTA; LIMA, 2010). Além disso, alguns cursos exigem tanto a experiência do estagiário
em espaços de educação formal, quanto de educação não-formal. Este é o caso do curso
de licenciatura e do espaço não formal que investigamos no presente estudo. Os estagiários
do curso de licenciatura em física da Universidade do Estado do Pará (UEPA) têm em sua
grade curricular disciplinas de estágio em espaços de educação não formal e o CCPP é um
dos espaços onde esse estágio acontece.
A literatura da área (JACOBUCCI, 2008; GOHN, 2006) apresenta várias diferenciações
entre educação formal, não-formal e informal. Apesar de diferentes dos contextos formais e
informais de ensino, os contextos não formais também podem ser bem diferentes entre si,
por exemplo, em termos da duração de atendimento aos usuários. Nosso lócus não formal
de interesse é o CCPP, que se aproxima da concepção dos museus de ciências, cujos
visitantes vão esporadicamente e, dependendo de sua livre escolha, participam das
atividades que o espaço oferece.
Existem poucas pesquisas sobre os processos de ensino e aprendizagem que
acontecem em espaços não formais, assim como sobre a contribuição do estágio para a
formação inicial dos professores que neles atuam (MARANDINO, 2006). A partir de uma
revisão da literatura encontramos três artigos (CHINELLI; PEREIRA; AGUIAR, 2008; OVIGLI,
2011 e BARBOSA-LIMA; GONÇALVES, 2014) que focalizavam a relação entre formação inicial
Subjetividade e formação inicial docente no Centro de Ciências e Planetário do Pará
YANO; ALVES e CUNHA
20
Amazônia Revista de Educação em Ciências e Matemáticas | v.14 (30) | Jan-Jul 2018. p. 18-30.
e espaço não formal. Preocupados, primordialmente, com a divulgação da ciência,
buscaram criar relações entre museu escola, desenvolvendo estratégias para favorecer a
formação do aluno que os frequenta. Esses trabalhos também investigaram como o
professor em formação aprende a mediar as diferentes interações sociais que acontecem
nas instituições e a relação dos estudantes com o conhecimento. A aprendizagem de
estudantes e de professores em formação são, em geral, concebidas como processos de
sujeitos ativos, embora haja uma ênfase na dimensão cognitiva em detrimento de outras
dimensões.
Para González Rey (2002, 2005), a subjetividade é um fenômeno complexo,
simultaneamente social e individual. Estes dois níveis de organização constituem-se e
influenciam-se reciprocamente. A subjetividade é constituída de sentidos subjetivos, que
mesclam processos simbólicos e emocionais (re)configurados, permanentemente, na
trajetória de vida singular de cada sujeito. Entendemos que, ao utilizar um referencial
teórico que supera as dicotomias afetivo-cognitivo, interno-externo, individual-social,
podemos ampliar o olhar para a contribuição do estágio em espaço de educação não
formal para a formação inicial de professores.
Sentidos subjetivos são verdadeiros sistemas motivacionais que diferente
das teorias mais tradicionais da motivação permitem-nos representar o
envolvimento afetivo do sujeito em uma atividade, não apenas pelo seu
vínculo concreto nela, mas como produção de sentidos que implicam em
uma configuração única de sentidos subjetivos, emoções e processos
simbólicos resultantes de subjetivação que integram aspectos da história
individual, como os diferentes momentos atuais da vida de cada sujeito
concreto (GONZÁLEZ REY, 2008, p. 34).
Portanto, objetivamos no presente estudo investigar as contribuições do estágio no
CCPP para a formação inicial de professores de física, considerando a subjetividade dos
licenciandos envolvidos no processo, isto é, interpretando os sentidos subjetivos produzidos
por monitores de física em relação às atividades que desenvolvem no CCPP.
A direção tomada
O Planetário do Pará “Sebastião Sodré da Gama”, foi fundado em 30 de setembro de
1999, vinculado à Universidade do Estado do Pará UEPA, com a missão de criar
possibilidades de melhorias no ensino e aprendizagem de ciências, principalmente, da
Astronomia. Em outubro do ano de 2012, o Planetário do Pará ampliou seu campo de
atuação, possibilitando o acesso fácil e agradável de estudantes, professores e a
comunidade em geral. Foram criados espaços destinados às ciências exatas e da natureza,
que incorporaram-se ao Planetário, passando então a compor o Centro de Ciências e
Planetário do Pará. Tal ampliação implicou na reformulação dos objetivos do projeto
original, que passaram a contemplar, além das ações de extensão, ações de ensino e
pesquisa, vinculadas diretamente ao envolvimento de docentes na aplicação de projetos, no
espaço do Centro. Atualmente, o CCPP possui, sete ambientes científicos: Cúpula de
projeções, Astronomia, Química, Biologia, Matemática, Geologia e Física.
Para investigar os sentidos subjetivos de futuros professores de física,
realizamos uma pesquisa qualitativa inspirada na epistemologia qualitativa, proposta por
Subjetividade e formação inicial docente no Centro de Ciências e Planetário do Pará
YANO; ALVES e CUNHA
21
Amazônia Revista de Educação em Ciências e Matemáticas | v.14 (30) | Jan-Jul 2018. p. 18-30.
Gonzalez Rey (2006), que entende a construção de conhecimento como um processo
construtivo-interpretativo, valoriza o diálogo com os participantes da pesquisa e considera
legitimo o conhecimento produzido a partir do estudo de caso de sujeitos singulares.
Participaram da pesquisa sete monitores do CCPP, que cursavam a licenciatura em
sica, sendo três estagiários do próprio centro e outros quatros bolsistas do PIBID
(Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência). Para preservar suas identidades,
atribuímos a eles nomes fictícios de planetas, sendo os bolsistas nomeados como planetas
rochosos (Mercúrio, Vênus, Terra e Marte) e os estagiários como planetas gasosos (Saturno,
Urano e Netuno).
Realizamos a coleta de informações durante um semestre, utilizando como
instrumentos questionários, complementos de frases, redação e entrevistas. A partir das
informações, construímos indicadores de sentidos subjetivos e delineamos a configuração
de sentidos para cada sujeito. Aproximando essas configurações de sentidos subjetivos,
criamos categorias e subcategorias referentes à contribuição do estágio no CCPP para a
formação inicial destes futuros professores.
Os resultados alcançados
Ao interpretar os sentidos subjetivos dos monitores relacionados ao estágio, podemos
compreender como eles se envolvem emocionalmente nas atividades e como desenvolvem
processos simbólicos pertinentes à sua formação profissional, em suas comunicações com
os outros.
Apesar de apresentarem configurações de sentidos subjetivos singulares, podemos
encontrar semelhanças e categorizar as diferentes maneiras pelas quais o estágio no CCPP
contribui para a formação inicial desses futuros professores.
Nesta perspectiva, podemos afirmar que o estágio no CCPP: 1) proporciona
aprendizagens relacionadas à articulação entre teoria e prática, à utilização de
metodologias de ensino diferenciadas e à convivência com colegas, orientador e visitantes;
2) motivam a aprender, estudar, refletir e superar dificuldades; a ensinar e, algumas vezes,
dificultam o envolvimento dos estagiários nas atividades; 3) auxiliam a construção da
identidade profissional, favorecendo o estabelecimento de metas para a futura atuação
profissional e atitudes consideradas essenciais para esta atuação.
A seguir vamos apresentar cada uma destas categorias e subcategorias, ilustrá-las com
falas de alguns estagiários e comentá-las, dialogando com outros pesquisadores.
O estágio no CCPP contribui para formação inicial pois favorece
aprendizagens.
De acordo com os sujeitos da pesquisa no estágio eles aprenderam a articular teoria e
prática, porque nas atividades do CCPP tem contato com estudantes concretos, usam
recursos didáticos que facilitam a contextualização dos conteúdos, colaboram com a
transposição didática, facilitando o processo de ensino-aprendizagem e tem liberdade para
fazer tudo isso, desenvolvendo sua autonomia docente.
O estágio em outros lugares, como o CCPP, nos a oportunidade de
colocar toda a teoria em prática diariamente, dando uma "maior"
liberdade (BOLSISTA TERRA - Q).
Subjetividade e formação inicial docente no Centro de Ciências e Planetário do Pará
YANO; ALVES e CUNHA
22
Amazônia Revista de Educação em Ciências e Matemáticas | v.14 (30) | Jan-Jul 2018. p. 18-30.
No CCPP vemos grande parte do que aprendemos na pratica, podemos
colocar na pratica o que aprendemos na universidade. (ESTAGIÁRIO
MERCURIO - Q).
É aplicar conhecimento que aprendemos na faculdade através dos
experimentos que temos no centro (MARTE -E).
A articulação teoria e prática é fundamental para que o conhecimento supere e se
desenvolva do senso comum ao conhecimento específico, caracterizando o que Freire
(2006) denomina como “pensar certo”. Trata-se da compreensão de que nenhum
conhecimento está pronto e acabado e como seres históricos somos produtores desse
conhecimento, que intervém e constrói o mundo. Tal entendimento rompe com amarras
históricas que fundamentam uma educação reprodutiva e disciplinadora.
Os espaços de educação não formal, seja pelo acervo que dispõem, ou por suas
tendências profissionais, oferece condições para a criação de práticas pedagógicas
diversificadas. De acordo com Hooper-Greenhill (1994, p. 04),a abordagem teórico-prática
mais comum nos espaços museais é a construtivista “que compreende o conhecimento
como algo construído a partir da interação do aprendiz com o ambiente social, e nesse
caso, a subjetividade é parte dessa construção”.
Essa reflexão vai ao encontro da perspectiva de González Rey (2003), para quem os
processos sociais deixam de ser vistos como externos em relação aos indivíduos. Os
contextos sociais são concebidos como sistemas complexos, onde o sujeito é constituído e
constituinte. Dessa forma, cada momento se configura a partir dos diferentes modos que
adquirem as relações entre o indivíduo e o social. A subjetividade é simultaneamente
individual, resultado da história singular do sujeito e social, pois essa história singular
acontece nos diferentes contextos sociais em que o sujeito participa.
Os monitores também aprenderam no estágio a utilizar metodologias de ensino
diversificadas. Termos como transposição didática, diversidade metodológica, prática
experimental, inovação e ludicidade estão presentes em suas expressões.
Eu não consigo ensinar se eu não me relacionar com a pessoa, eu não
ensinando pra uma máquina, ensinando a uma pessoa e isso
necessariamente precisa ter uma relação. Então toda relação que eu tive
aqui, é isso que eu vou levar. As viagens que eu fiz, a forma como interagi
com aquela pessoa de lá, isso eu vou levar, porque isso com certeza... eu
vou usar em algum momento da minha vida (MERCURIO E).
Ao ter maior interação com o público no espaço, pude notar um avanço
no meu potencial didático, visto que antes da minha chegada no espaço,
tinha muitas dificuldades no quesito falar em público, onde a cada dia fui
superando, graças às maravilhosas experiências que o centro
proporcionou (SATURNO - R).
Uma das maiores dificuldades enfrentadas pelos estagiários talvez seja
essa, adequar a linguagem de acordo com a faixa etária dos visitantes,
entretanto sem perder o rigor do tema e/ou disciplina (TERRA - R).
O contato com outras pessoas, aqueles que estão longe da comunidade
acadêmica, e ter a oportunidade de explicar os experimentos para eles foi
Subjetividade e formação inicial docente no Centro de Ciências e Planetário do Pará
YANO; ALVES e CUNHA
23
Amazônia Revista de Educação em Ciências e Matemáticas | v.14 (30) | Jan-Jul 2018. p. 18-30.
importante, pois, isto contribui de forma significativa para o aprendizado
em explicar certos conceitos físicos em espaços não formais (URANO - Q).
O trabalho no CCPP contribui muito para minha didática e na forma de
me comunicar e transmitir informações, além de potencializar a
criatividade no momento de produzir materiais (VÊNUS - R).
Os sujeitos concordam que o estágio favorece a compreensão de que a metodologia
de ensino não pode ser estática. Pelo contrário, é importante dinamizar as estratégias, de
forma a adequar ao público com quem se trabalha. Assim parecem concordar com
Bordenave e Pereira (1991; p.78) quando afirmam que “não há um método bom para todos.
Como a dinâmica interna de cada aluno é diferente da dos demais, uns encontram desafio
e satisfação onde outros acham aborrecimento e frustração”.
Além disso, ao compreender as vantagens do estágio, “percebe-se como se pode
ampliar a atuação do professor, pois a partir da prática levam-se em consideração os
anseios, as curiosidades, os questionamentos e a diversidade dos alunos” (MORAES;
OLIVEIRA; GOLDSCHMIDT, 2017, p. 27). Assim, o método como estratégia permite até certo
ponto que o estagiário inove, seja criativo e transforme suas estratégias de ensino.
Ao ensinar, além de dominar o conteúdo, o monitor do CCPP aprende princípios
didáticos mais gerais, como a contextualização, o pluralismo didático, o diálogo e a
preocupação com a motivação dos alunos, que em um ambiente que favorece a inovação e
a criatividade, resulta na experimentação de diferentes abordagens metodológicas.
Segundo González Rey (2003), para transcender o caráter passivo-reprodutivo no processo
de ensino e aprendizagem, os professores precisam se conscientizar da importância de
conquistar o interesse dos alunos.
Além de articular teoria e prática e propiciar aos estagiários o uso de diferentes
metodologias, o estágio no CCPP os ensina a conviver com visitantes, colegas e o
orientador
Possibilitou conhecer outras localidades do estado através de viagens para
divulgar a ciência, além de visitas de alunos e professores de outras
localidades, propiciando um intercambio de experiências (BOLSISTA
MERCURIO - R).
No CCPP aprendo a trabalhar em equipe e a todo dia tentar melhorar
(ESTAGIÁRIO SATURNO - CF 1).
O contato com outras pessoas, aqueles que estão longe da comunidade
acadêmica ...ter a oportunidade de explicar os experimentos para eles foi
importante, pois, isto contribui de forma significativa para o aprendizado
em explicar certos conceitos físicos em espaços não formais (ESTAGIÁRIO
URANO - Q).
Os sujeitos reconhecem que o estágio proporciona a oportunidade de construir
conhecimentos a partir da interação com os visitantes, mostrando que o papel da
mediação, seja entre os monitores, monitor e orientador ou monitor e visitante gera um
enriquecimento teórico e prático para todos os envolvidos. Concordamos com Martins
(2005, p. 17) quando afirma que “a mediação se enriquece na troca de pontos de vista de
cada um no seu grupo, acrescidos de outros trazidos por teóricos e estudiosos”.
Subjetividade e formação inicial docente no Centro de Ciências e Planetário do Pará
YANO; ALVES e CUNHA
24
Amazônia Revista de Educação em Ciências e Matemáticas | v.14 (30) | Jan-Jul 2018. p. 18-30.
Procurar encantar os visitantes, se relacionar com outros monitores e com o orientador
são desafios que favorecem o trabalho em equipe e estimulam os monitores a superarem
seus limites e a criarem estratégias diversificadas para as atividades. Oliveira e Moura (2005)
ressaltam que os espaços não formais estimulam a aprendizagem dos monitores e que,
além da motivação, se estreitam, também, os laços de amizades.
O trabalho em conjunto requer e propicia muitas aprendizagens. É preciso saber
escutar e se colocar no lugar do outro, tentando compreender os diversos pontos de vista
abandonando a perspectiva egoísta e egocêntrica, procurando formular o melhor
argumento possível para aquele momento do diálogo (SCOZ, 2008). Para Tacca (2006, p.
49) “não é possível pensar o processo de aprendizagens fora de uma relação entre pessoas,
cujo eixo não seja o processo dialógico”. A participação dos sujeitos não depende
simplesmente das ações planejadas, mas, também, das inúmeras possibilidades de
compartilhamento de ideias entre pessoas no mesmo espaço, favorecendo, assim, a
construção conjunta do conhecimento.
O estágio no CCPP contribui para formação inicial, pois favorece a
motivação para aprender e ensinar.
Outra categoria de sentidos refere-se à (des)motivação dos monitores em relação às
atividades desenvolvidas no estágio. Essa categoria engloba a motivação para aprender,
para ensinar e as situações desanimadoras vivenciadas no estágio.
O estágio no CCPP motiva a aprender, criar, superar obstáculos, promove o esforço,
inspira a buscar novos conhecimentos e a motivar os visitantes nas atividades desenvolvidas.
O que me motiva é justamente isso, é a forma como eu posso trabalhar
aqui e ter essa liberdade a mais, de poder criar coisas diferentes, poder
fazer coisas que possam ta trazendo cada vez mais dinamismo pros
alunos, uma coisa mais interativa (BOLSISTA VÊNUS - E).
Esforço-me diariamente por querer sempre me superar (BOLSISTA TERRA
- CF 2).
Fico muito feliz de poder estar estudando numa universidade pública e de
estar estudando algo que eu gosto, que é Física, é o que eu gosto muito e
esse é o gratificante: fazer algo que você gosta e fazer alguém gostar do
que você gosta a partir do que você ensina. Eu prioritariamente prezo
muito por isso de estar fazendo algo que eu gosto algo que vou ser
motivado para estudar e por mais que eu não saiba resolver alguma coisa,
naquele momento, eu vou ser motivado a estudar aquilo pra mim resolver
(BOLSISTA MARTE - E).
Segundo Alves (2016, p.98), “a motivação para aprender ciências é uma preocupação
atual e relevante”. A motivação é uma produção subjetiva, simultaneamente simbólica e
emocional, que o sujeito realiza diante das possibilidades oferecidas pelas atividades de que
participa, tomando por base configurações de sentidos subjetivos, constituídas a partir de
suas experiências anteriores, inclusive em outros contextos.
A motivação ligada à aprendizagem está em evidência nos diversos espaços de ensino
(formal, não - formal, informal), fazendo com que os professores em formação se superem,
recuem e, em alguns casos, cheguem a desistir. Porém, ela tem um papel muito importante
Subjetividade e formação inicial docente no Centro de Ciências e Planetário do Pará
YANO; ALVES e CUNHA
25
Amazônia Revista de Educação em Ciências e Matemáticas | v.14 (30) | Jan-Jul 2018. p. 18-30.
no processo de formação inicial docente. A partir das análises dos sentidos subjetivos
construídos pelos sujeitos da pesquisa, compreendemos que o estágio contribui para a
motivação porque coloca os sujeitos em contato com diferentes públicos, gerando nos
estagiários a necessidade de se superar. Eles valorizam a motivação dos visitantes e, quando
conseguem motivá-los, também se sentem animados à diversificar suas metodologias de
ensino. Esse desafio os impulsiona para a criação e não apenas para a reprodução de
procedimentos didáticos.
O CCPP é um espaço que proporciona condições para o professor em formação inicial
desenvolver sua autonomia, pois, oferece liberdade para criar e uma atmosfera de respeito
e diálogo. O monitor constrói seu aprendizado, a partir da superação dos erros, decorrentes
de suas próprias decisões.
Além da motivação para a aprendizagem, também interpretamos sentidos subjetivos
dos sujeitos em relação à motivação para ensinar. De acordo com as expressões dos
bolsistas e monitores, o estágio no CCPP possibilita ensinar a física de modo divertido,
prazeroso e lúdico, buscando atrair a atenção dos visitantes, estimulando-os a buscarem
novos conhecimentos e sentindo orgulho e satisfação em ensinar e aprender a física. A
motivação pode ser entendida como um processo que suscita ou incita uma conduta, que
sustenta uma atividade progressiva, que canaliza essa atividade para um dado sentido
(BALANCHO; COELHO, 1996), nesse caso, o ensinar.
O que me motiva é justamente isso, é a forma como eu posso trabalhar
aqui e ter essa liberdade a mais, de poder criar coisas diferentes, poder
fazer coisas que possam estar trazendo cada vez mais dinamismo pros
alunos, uma coisa mais interativa (BOLSISTA VÊNUS - E).
O que me motiva aqui dentro são as próprias pessoas que vem aqui, e a
gente consegue ver, né? a ideia delas de querer mesmo, realmente
querer, um pouco saber o que é ciência e querer passar um pouco esse
conhecimento pra elas é bastante motivante (ESTAGIÁRIO SATURNO - E).
Algumas crianças vem, chegam e não ligam, outras estão lá de olho
abertão prestando atenção em ti... Ai o que me motiva assim é quando eu
consigo é... Chamar atenção de todas elas, até daquela que não
ligando muito, eu fico muito feliz (ESTAGIÁRIO NETUNO - E).
De acordo com a teoria da subjetividade de Gonzalez Rey (2008), a motivação
depende dos sentidos subjetivos que, com base em suas experiências anteriores, o sujeito
produz ao participar de uma determinada atividade. Assim, a motivação para ensinar é uma
produção subjetiva que, não necessariamente começa no estágio, mas que o sujeito vem
produzindo ao longo da sua vida. Entendemos que o estágio em um ambiente não formal
como o CCPP representa uma experiência singular para a produção de sentidos subjetivos
relacionados com a motivação para ensinar de futuros professores.
Como possuem liberdade para atuar de forma autônoma no processo de ensino-
aprendizagem, sentem prazer, satisfação e motivação para ensinar ciências, os monitores
têm condições de abandonar a atitude passiva, frequentemente vivenciada na universidade,
para tornarem-se parceiros de trabalho do professor/orientador e de seus colegas,
envolvendo-se ativamente com o objeto de estudo. A cooperação e a solidariedade são
algumas atitudes que aperfeiçoam o senso de cidadania e servem de carga motivacional ao
sujeito (LIMA, 2004).
Subjetividade e formação inicial docente no Centro de Ciências e Planetário do Pará
YANO; ALVES e CUNHA
26
Amazônia Revista de Educação em Ciências e Matemáticas | v.14 (30) | Jan-Jul 2018. p. 18-30.
Os bolsistas consideram que o estágio no CCPP desmotiva quando ocorre a falta de
comprometimento de alguns colegas, assim como quando alguns visitantes não respeitam
as normas institucionais. Também desanimam quando precisam desenvolver,
rotineiramente, a mesma atividade.
Então, eu creio que o que me desmotiva é isso, eu tento a todo momento
ter a mentalidade de que não é uma rotina, porque de fato é uma rotina
diária de trabalho, mas cada experiência é diferente, porque cada aluno é
uma forma de ensinar diferente, uma forma de aprender diferente e
também a gente deve ter essa mentalidade de acrescentar, de forma
diferente (BOLSISTA MARTE - E).
O que me desmotiva aqui são algumas pessoas que não levam tão a sério
o trabalho, eu acho que é um dos principais fatores que me desmotivam
aqui dentro (SATURNO - E).
Quando eu me esforço muito e mesmo assim eu não consigo atingir os
objetivos tanto nas visitações quanto no geral. Então, isso me desmotiva
bastante, porque as vezes eu não consigo fazer o trabalho como eu
deveria, porque eu começo a ficar mal (ESTAGIÁRIO NETUNO - E).
A partir da análise dos sentidos dos sujeitos investigados, notamos que todos sentem-
se desanimados em algum momento do estágio e isso interfere negativamente no processo
de ensino-aprendizagem. No estágio a desmotivação resulta de sentidos subjetivos
produzidos individualmente, como o cansaço ou desânimo devido o mau funcionamento
dos experimentos disponíveis, mas também resulta de sentidos construídos socialmente,
como a não cooperação dos monitores nas atividades, a rotina de visitação, problemas
familiares.
O estágio no CCPP contribui para formação inicial pois favorece a
construção da identidade profissional.
O estágio favorece o estabelecimento de metas para a futura atuação. Os sujeitos
expressaram que o estágio no CCPP ajuda a pensar o ser professor, além de instigar o
gosto por produzir e consumir ciência. Eles entendem que o conhecimento pode
transformar vidas e que a educação ajuda a mudar o mundo. Fazem planos para o futuro
que implicam ser um bom professor, motivar os alunos, fazer pós-graduação e ajudar a
família.
Ser um facilitador, exercer o papel não somente de um locutor, ao narrar
acontecimentos, comentar tópicos específicos e realizar avaliações: mas
principalmente ser um mentor, que auxilia e motiva o aluno no seu
processo de ensino-aprendizagem, sempre adotando metodologias que
visam a construção e edificação do ensino, aos discentes (BOLSISTA
VÊNUS - Q).
O professor é o responsável por repassar aquilo que ele absorveu durante
a sua vida acadêmica, ou seja, ele pode ser a "ponte" para um
conhecimento (BOLSISTA TERRA - Q).
Subjetividade e formação inicial docente no Centro de Ciências e Planetário do Pará
YANO; ALVES e CUNHA
27
Amazônia Revista de Educação em Ciências e Matemáticas | v.14 (30) | Jan-Jul 2018. p. 18-30.
Meu plano é, primeiramente esse, me formar, me especializar, ingressar
no mestrado, tenho muito esse sonho, no caso da minha família de poder
dar uma condição estável para minha mãe. (BOLSISTA MARTE - E).
Ser professor, é aquele que mesmo com muita dificuldade em sua vida
pessoal, tenta dar o seu melhor em sala de aula, e este preparo para dar
aula vem bem antes do mesmo em si, pois o professor busca informações
novas para contextualizar, como o conteúdo da aula e também estuda
para ministrar uma aula que os seus alunos consigam compreender
(ESTAGIÁRIO URANO - Q).
O estagiário passa a entender que, em seu processo de formação, precisa desenvolver
hábitos pedagógicos que favoreçam seu crescimento profissional permanente. Vão
tomando consciência de que a (trans)formação de monitor à professor é um processo difícil,
longo e sempre inacabado (FREIRE, 2006). Para Freire (2006, p.14) o exercício da docência
exige:
Rigorosidade metódica, pesquisa, respeito aos saberes dos educandos,
criticidade, ética e estética, corporificar as palavras pelo exemplo, assumir
riscos, aceitar o novo, rejeitar qualquer forma de discriminação, reflexão
crítica sobre a prática, reconhecimento e assunção da identidade cultural,
ter consciência do inacabamento, reconhecer-se como um ser
condicionado, respeitar a autonomia do ser educando, bom senso,
humildade, tolerância, convicção de que mudar é possível, curiosidade,
competência profissional.
As contribuições do CCPP para a construção da identidade profissional, também
relaciona-se às virtudes e competências profissionais. Os monitores consideraram que o
estágio no CCPP os torna mais organizados, disciplinados, aptos a inovar e lidar com
imprevistos. Eles desenvolvem a capacidade de falar em público e a versatilidade para criar
alternativas pedagógicas. Tudo isso será valioso em sua atuação profissional futura.
Através do PIBID já tive um bom contato com a sala de aula o que
permitiu trabalhar minha postura e didática, controlar o nervosismo e ficar
mais à vontade (BOLSISTA VÊNUS Q).
O reflexo disso foi que eu melhorei um pouquinho a frente em uma
apresentação, principalmente na universidade. É... As aulas também, eu
melhorei. Os meus slides ficaram muito melhores também nas
apresentações a dicção e principalmente a questão da transposição
didática. Você conseguir falar com uma criança a mesma coisa que você
fala pra um doutorando, ou pra um pós doutorado, é uma coisa incrível!
(ESTAGIÁRIO URANO E).
O que eu vou levar daqui é que eu aprendi muito a lidar com imprevistos,
isso é uma coisa muito importante, porque sempre acontece, e se eu não
soubesse lidar com isso, eu com certeza não conseguiria resolver alguns
tipos de problemas (ESTAGIÁRIO NETUNO - E).
Concordamos com Scoz (2011) que a relação entre subjetividade e identidade docente
é indissociável. O sujeito produz sentidos subjetivos em todos os contextos que participa e
Subjetividade e formação inicial docente no Centro de Ciências e Planetário do Pará
YANO; ALVES e CUNHA
28
Amazônia Revista de Educação em Ciências e Matemáticas | v.14 (30) | Jan-Jul 2018. p. 18-30.
sobre todas as questões de seu interesse. Alguns desses sentidos dizem respeito ao
reconhecimento de si mesmo como pessoa ou como professor (identidade pessoal e
profissional). Segundo a autora,
temos um momento fundamental dos professores, em que eles se
defrontam com suas subjetividades e identidades e que, portanto, podem
reconhecer suas próprias crenças, expectativas, valores e atitudes,
refletindo sobre elas. Ao mesmo tempo, poderão entrar em contato com
estados afetivos que permeiam seus processos de aprender e ensinar,
reposicionando-se diante de suas práticas e de seus alunos (SCOZ, 2011,
p. 50).
Ao reconhecer que aprendeu a lidar com os imprevistos e com o nervosismo, por
exemplo, o professor produz sentidos sobre si mesmo, reconhecendo a transformação que
aconteceu em seu (auto)conhecimento.
A chegada: considerações
A partir das análises, foi possível notar que as metas e formas de atuação estabelecidas
pelos sujeitos da pesquisa ainda na graduação, se assemelham ao que Freire (2006)
considera como formas de atuação relevantes para o profissional docente. Dessa forma,
compreendemos como promissora a influência do CCPP na formação inicial do monitor de
Física.
Cada estagiário e o professor-orientador contribui, a sua maneira, para a construção da
experiência do estágio e esta experiência de estágio, por sua vez, contribui para que cada
sujeito envolvido produza sentidos subjetivos, com base em suas configurações de sentidos
subjetivos anteriores.
Os monitores apresentam sentidos subjetivos singulares, que expressam o momento de
suas reflexões sobre o estágio em suas trajetórias de vida. Tais diferenças incluem, entre
outras, a maneira como percebem o estágio; as expectativas que tinham antes do estágio;
as ênfases que atribuem a aspectos das atividades desenvolvidas e as suas participações; às
características de suas relações com os outros agentes sociais no CCPP, bem como às
dificuldades que enfrentam dentro e fora daquele contexto. Porém, apesar de apresentarem
configurações de sentidos subjetivos diferentes, os monitores concordam que o estágio no
CCPP contribui positivamente para suas formações, vindo ao encontro de seus planos para
o futuro, ajudando a construir sua identidade profissional, articulando teoria e prática,
motivando para o exercício da profissão, ensinando conteúdos, metodologias de ensino e a
interagir com o orientador, com os colegas e com diferentes tipos de públicos.
Estes resultados sugerem que, na perspectiva dos monitores, o estágio neste espaço
não formal, contribui para a sua formação, independente do contexto educativo em que
atuará profissionalmente. As aprendizagens, motivações e projeções do profissional que
desejam ser não são específicas para o desempenho das atividades no CCPP ou de outro
espaço semelhante, mas se aplicam ao profissional professor de uma maneira geral.
Consideramos que a teoria da subjetividade amplia a nossa compreensão sobre o
processo de formação profissional. A partir desta teoria, entendemos que a contribuição das
atividades do CCPP, assim como de outros espaços educacionais não se restringe à
competências intelectuais, mas envolvem a subjetividade e identidade do estagiário, que
Subjetividade e formação inicial docente no Centro de Ciências e Planetário do Pará
YANO; ALVES e CUNHA
29
Amazônia Revista de Educação em Ciências e Matemáticas | v.14 (30) | Jan-Jul 2018. p. 18-30.
são (re)construídas a partir dos sentidos produzidos em diferentes espaços sociais e estão
em transformação permanente.
Referências
ALVES, J. M. Cultura científica escolar e construção social da motivação. In: S. N. CHAVES.; C.
A. F. SILVA.; M. R. BRITO (org). Cultura e Subjetividade: Perspectivas em debate. São Paulo:
Editora Livraria da Física, 2016.
BALANCHO, M. J. S.; COELHO, F. M. Motivar os alunos, criatividade na relação pedagógica:
conceitos e práticas. 2. ed. Porto, Portugal: Texto, 1996.
BARBOSA-LIMA. M. C. de A. & GONÇALVES. C. O. O Ensino Não - formal e a Formação de
um Professor de Física para Deficientes Visuais. Revista Ensaio, v.16, n. 02, p. 167-183, 2014.
BORDENAVE, Juan D.; PEREIRA, Adair M. Estratégias de ensino-aprendizagem. 12ª ed.
Petrópolis: Ed. Vozes, 1991.
BORGES, C. Os saberes docentes e a prática de ensino: a escola como lócus central da
formação inicial. In ENS, Romilda Teodora (org.). Trabalho do professor e saberes docentes.
Curitiba: Champagnat, 2009.
CHARÃO, C. Quem será professor. Revista: Educação. Ed.2015. Disponível em Acesso em
Agosto de 2016.
CHINELLI, M. V.; PEREIRA, G. R.; AGUIAR, L. E. V. de. Equipamentos interativos: uma
contribuição dos centros e museus de ciências contemporâneos para a educação científica
formal. Rev. Bras. Ensino Fís., São Paulo, v. 30, n. 4, dez. 2008.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários a prática educativa. São Paulo: Paz
e Terra, p. 35. 2006.
GOHN, M. G. Educação não - formal, participação da sociedade civil e estruturas colegiadas
nas escolas. Ensaio: aval. Pol. Públ. Educ., Rio deJaneiro, v. 14, n. 50, p. 27-38, 2006.
GONZÁLEZ REY, F. Pesquisa Qualitativa em Psicologia: Caminhos e desafios. Thomson: São
Paulo. 2002.
GONZÁLEZ REY, F. L. Pesquisa qualitativa e subjetividade: Os processos de construção da
informação. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005.
GONZÁLEZ REY, F. O sujeito que aprende:desafios do desenvolvimento do tema da
aprendizagem na psicologia e na prática pedagógica. In. TACCA, M. C. Aprendizagem e
trabalho pedagógico. Campinas: Alínea, 2008.
HOOPER-GREENHILL, E. Museum learners as active postmodernists: contextualizing
constructivism. In: The Educational role of The Museum. Routledge, London, p. 67-72. 1994.
JACOBUCCI, D. F. C. Contribuições dos espaços não formais de educação para a formação
da cultura científica. Em extensão, Uberlândia, v.7, 2008.
LIMA, V. M. R. Pesquisa em sala de aula:um olhar na direção do desenvolvimento da
competência social. In R. M.; V. M. R. L. (Org.). Pesquisa em sala de aula: tendências para a
Educação em Novos Tempos.2 ed. Porto Alegre: EDIPUCRS, v. 1, p. 275-291. 2004.
Subjetividade e formação inicial docente no Centro de Ciências e Planetário do Pará
YANO; ALVES e CUNHA
30
Amazônia Revista de Educação em Ciências e Matemáticas | v.14 (30) | Jan-Jul 2018. p. 18-30.
MARTINS, M. C. (Org). Mediações: provocações estéticas. São Paulo: UNESP/Instituto de
Artes/Pós-graduação, 2005.
MARANDINO, M. Perspectivas da Pesquisa Educacional em Museus de Ciências. In:
SANTOS, F.M.T.; GREGA, I.M. (Org.). A Pesquisa em Ensino de Ciências no Brasil e suas
Metodologias. Ijuí, v. 1, p. 89-122, 2006.
MIZUKAMI, M. G. N. Formação de professores, práticas pedagógicas e escola.São Carlos:
Ed. UFSCar, 2002.
MORAES, C. J. C. OLIVEIRA, C. M. GOLDSCHMIDT A. I. Elaboração de estratégias de ensino
e uso dos estatutos do conhecimento: os obstáculos na construção do conhecimento de
Ciências-Física. Amazônia. Revista de Educação em Ciências e Matemática. v.13 (28) Jul-Dez
2017. p.23-37.
OLIVEIRA. C. L. MOURA. D. C. Projeto Trilhos Marinhos Uma abordagem de ambientes
não formais de aprendizagem através da Metodologia de projetos. Educ. Tecnol. Belo
Horizonte, v.10,n.2,p.46-51,jul/dez.2005.
OVIGLI, D. F. B. Prática de ensino de ciências: o museu como espaço formativo. Ensaio
Pesquisa em Educação em Ciências, vol. 13, n. 13, 2011.
PIMENTA, S. G.; LIMA, M. S. L. Estágio e Docência: diferentes concepções. d. São Paulo:
Cortez, 2010.
RAMOS, T. S, FREITAS, N. M. S, RAPOSO, E. O, FREITAS, N. M. S. Constructos em narrativas
do ser e do se fazer docente. Revista de Educação em Ciências e Matemáticas, vol. 13,
25, 2016.
SCOZ, B. Psicopedagogia e Realidade Escolar: o problema escolar e de aprendizagem. 15ed.
Petrópolis-RJ: Vozes, 2008.
SCOZ, B. J. L. Identidade e subjetividade de professoras/es: sentidos do aprender e do
ensinar. 2a edição. Petrópolis: Vozes. Scoz, B. J. L. (2011). Identidade e subjetividade de
professoras/es: sentidos do aprender e do ensinar. 2a edição. Petrópolis: Vozes. 2011.
TACCA, M. C. V. R. Estratégias pedagógicas: Conceituação e desdobramentos com foco nas
relações professor-aluno. In: TACCA, M. C. V. R. (org.) Aprendizagem e trabalho
pedagógico. Campinas-SP: Alínea, 2006.
... O Planetário do Estado do Pará foi fundado em 30 de dezembro de 1999 (primeiro da região Norte do Brasil), sendo denominado "Sebastião Sodré da Gama", em homenagem a um cientista e professor de Matemática paraense, que dirigiu o Observatório Nacional no período de 1930 a 1951 (ano de morte), e foi membro do Núcleo Fundador da Sociedade Brasileira de Ciências (atual Academia Brasileira de Ciências). O Planetário foi inaugurado como espaço de divulgação, ensino e pesquisa relacionando à Astronomia e suas ciências afins, com a missão de melhorar o ensino e a aprendizagem de ciências na região, sendo vinculado à Universidade do Estado do Pará (Vasconcelos & Bastos, 2017;Yano, 2017;Yano et al., 2015). ...
... O ambiente, como um todo, visa ser um facilitador da educação formal, colaborando com escolas e professores, com objetivo de formação humanística, crítica e reflexiva da população paraense, através de cursos, palestras, oficinas, observações astronômicas e programas de cúpula. Além de permitir ações de extensão, ações de ensino e pesquisa possibilitam o envolvimento dos docentes na execução de projetos no espaço do Centro (Yano et al., 2015;Yano, 2017). ...
... Matemática, Geologia, Física e a cúpula de projeções. Nesses ambientes o público é convidado a interagir com os materiais e experimentos, que por vezes são ensinados de forma abstrata (Vasconcelos & Bastos, 2017;Yano, 2017). ...
Article
Full-text available
A todo o momento, outras formas de se fazer e pensar o ensino batem às portas das escolas e convidam para repensar a relação desta com a comunidade. Os espaços não formais de educação, cada vez mais, vêm constituindo um campo de investigação na área do ensino de ciências. Os Museus de Ciências tornam-se espaços atrativos para o público em geral e em especial ao escolar, onde professores buscam outras maneiras de ensinar e de potencializar a aprendizagem na educação básica. Nesta perspectiva, o objetivo deste trabalho foi o de analisar como ocorre o ensino de ciências no Centro de Ciências e Planetário do Estado do Pará (CCPP). O trabalho tem uma abordagem de cunho qualitativo, utilizando como estratégia o estudo de caso (único e holístico), e para a descrição e análise dos dados utilizou-se a Análise Textual Discursiva (ATD). Os sujeitos da pesquisa são graduandos de licenciatura (biologia, física e química) que atuam como monitores no CCPP. A partir dos dados obtidos observa-se que a divisão entre ensino de ciências formal/não formal/ informal é uma linha tênue, permeável, que permite que características transpassem as definições herméticas da literatura da área. Constatou-se que ocorrem diversas características formais/informais no ensino de ciências não formal. O ensino de ciências híbrido aflora na pesquisa como possibilidade de mistura de espaços, de públicos, metodologias e objetivos. Considera-se com a discussão que o campo do ensino de ciências não formal vem se constituindo como área de investigação expoente e de encontro inevitável para as escolas, universidades e para a sociedade como um todo.
... Destaca-se, todavia, que as aprendizagens, motivações e projetos profissionais que (futuros) professores desenvolvem durante formações em ENF não são possíveis de serem praticados apenas nestes ambientes, pois buscam englobar o profissional professor de uma maneira mais abrangente (Yano;Cunha, 2018). ...
Article
Full-text available
RESUMO: Este estudo buscou investigar como os Programas de Pós-Graduação brasileiros têm estruturado suas pesquisas, teses e dissertações, sobre formação de professores de Ciências em Espaços Não Formais (ENF), além das principais discussões sobre esta temática. Metodologicamente, realizou-se uma revisão sistemática de teses e dissertações encontradas na base de dados da Biblioteca Digital (BDTD), utilizando a Análise Textual Discursiva para análise do corpus. Constatou-se que os trabalhos selecionados investigam a ação/formação em ENF de licenciandos, bem como a natureza e/ou reflexos de cursos de formação continuada. Verificou-se que muitas formações implementadas em ENF são curtas, descontínuas, mais informativas/instrutivas do que reflexivas e excluem os professores do planejamento. Nesse contexto, acredita-se que a formação de professores em ENF se consolidará apenas com o fortalecimento da aliança entre Universidade, Escola e ENF.
Article
Full-text available
Esta pesquisa teve como objetivo analisar o espaço e os propósitos da presença da divulgação científica (DC) e da educação não formal (ENF) no currículo de cursos de licenciatura nas áreas de Química, Física, Ciências Biológicas e Matemática. Analisamos 59 Projetos Pedagógicos de Curso (PPC) dessas áreas ofertados por 11 universidades federais do Estado de Minas Gerais. A análise evidenciou a presença de aspectos da DC e da ENF em 44 PPC (74,6%). Dentre estes, 36 apresentaram elementos inseridos predominantemente em componentes curriculares obrigatórios (61%), como disciplinas obrigatórias e/ou nos estágios supervisionados. Em 8 PPC essa abordagem foi proposta em disciplinas optativas (13,5%). Alguns PPC (23) não inseriram tais elementos em componentes curriculares obrigatórios ou optativos, mas os mencionam em outras partes do documento (39%), como objetivos do curso, perfil do egresso etc. A inserção de tais aspectos apareceu associada a propósitos como: conhecer conceitos, características e estratégias da DC e da ENF; desenvolver a capacidade de elaborar materiais dessa natureza; saber articular a DC e a ENF com a educação formal; preparar para atuação profissional nos espaços de DC e de ENF; e promover atividades de DC e ENF para a comunidade. A pesquisa evidencia que a DC e a ENF têm sido, em geral, consideradas na constituição do currículo de formação de professores das áreas de Química, Física, Ciências Biológicas e Matemática. Além disso, percebeu-se nos PPC a perspectiva de ampliação dos espaços e práticas educativas nos quais os professores dessas áreas possam atuar.
Article
Resumo: Apesar da importância e complexidade da sua função, os mediadores de museus e centros de ciência têm sido pouco investigados pela literatura da área. Desse modo, a presente pesquisa objetiva mapear e elaborar uma descrição do perfil dos mediadores de museus e centros de ciência apresentado nos trabalhos publicados nos Encontros Nacionais de Pesquisas em Educação em Ciências (ENPECs), no período de 2011 a 2019. Trata-se de uma pesquisa qualitativa de caráter bibliográfico. Para a coleta e análise dos dados foram utilizados os pressupostos da análise de conteúdo. Os resultados apontam para um perfil diversificado, mas com tendências em relação à caracterização, atuação e formação dos mediadores. Verificou-se que os mediadores são, em sua maioria, alunos de graduação e atuantes em instituições localizadas na região sudeste do país. A atuação desses profissionais é marcada por elementos da educação formal e sua capacitação para trabalhar nesses espaços se desenvolve na prática e com o apoio de mediadores mais experientes. Palavras-chave: Mediadores. Museu de ciência. ENPEC.
Article
Full-text available
Neste trabalho são analisados artigos sobre a educação não formal em Astronomia, publicados entre 2009 e 2019, em revistas acadêmicas nacionais e internacionais. Nesta pesquisa, do tipo Estado da Arte, utilizou-se a análise de conteúdo de Laurence Bardin. Foram identificados 225 artigos científicos a partir de um levantamento no Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). As categorias de análise foram: ano de publicação, país de origem dos artigos, instituição, revista, conteúdos e foco temático. Foi observado que a educação não formal pode ser abordada de várias maneiras e em diversos locais, ampliando a oferta de atividades, ações e projetos sobre Astronomia que envolvem pessoas com diferentes níveis de escolaridade. Os artigos apresentaram como tendências o crescente uso da tecnologia, atividades em espaços não formais e a aproximação entre a educação formal e não formal. Porém, foram detectados vários problemas, como a pequena quantidade de pesquisas sobre Astronomia Amadora, Astronomia Indígena, história da Astronomia, relações da Astronomia com o meio ambiente, inclusão e igualdade de gênero. Embora a produção internacional seja diversificada e presente em muitos países, os Estados Unidos possuem grande parte dos artigos, instituições e revistas, enquanto outros países têm pouca produção acadêmica. Do mesmo modo, foi identificada uma concentração de artigos brasileiros nas regiões Sudeste e Sul e a ausência de artigos na região Norte.
Article
Full-text available
Neste artigo são apresentados os resultados de uma pesquisa, do tipo estado da arte, sobre educação não formal em Astronomia no Brasil no Catálogo de Teses e Dissertações da CAPES entre 2008 e 2018. Foram identificadas 1879 teses e dissertações, sendo que 40 (2,1% do total) se referem à educação não formal em Astronomia, mostrando que a área é pouco explorada no Brasil. A área também é recente, pois o primeiro trabalho foi defendido em 2009. Foram identificados quatro focos temáticos: Abordagens didáticas, Espaços não formais, Tecnologia e Outros. Embora foi identificada uma aproximação entre educação formal e não formal em Astronomia, por meio da construção e uso de materiais didáticos e também de espaços não formais, poucas teses e dissertações pesquisaram sobre a Astronomia Indígena, relação da Astronomia com a sociedade e a importância dos divulgadores e astrônomos amadores.
Article
Full-text available
O artigo é fruto das reflexões e vivências do Estágio Curricular Supervisionado II de Ciências Biológicas, da Universidade Federal de Goiás, em que se discutiu o ensino de Ciências/Física para o ensino fundamental, sob uma abordagem histórica, a partir dos Estatutos do Conhecimento Biológico (ECB), Ontológico (EO), Epistemológico (EE), Histórico-Social (EHS) e Conceitual (EC), propostos por Nascimento-Jr. Essas reflexões abordam aspectos vivenciados durante o período de regência em turmas de 9º ano do Ensino Fundamental, e se relacionam ao uso de estratégias de ensino na prática pedagógica e aos caminhos possíveis para o ensino de Ciências/Física, a partir dos Estatutos do Conhecimento. Foram discutidos com os estudantes a História e Filosofia da Ciência a partir de conteúdos de eletricidade, eletromagnetismo e sistema solar, construindo uma visão não reducionista, não linear e nem a-histórica. Os desafios encontrados foram grandes, mas mostram que é possível construir estratégias que busquem desafiar a construção do conhecimento para além da transmissão de conteúdos.
Article
Full-text available
As memórias representam um recurso de (re) significação do passado que na relação dialógica com o presente se reconstrói. Interessa-nos aqui ponderar sobre as histórias, as lembranças e as memórias de escolarização, no sentido de responder a seguinte pergunta de pesquisa: que aspectos são revelados do processo de escolarização, de alunos em formação inicial, que expressam os significados do ser e do se fazer docente? O trabalho de pesquisa configurou-se como pesquisa-ação, no âmbito do módulo de Prática de Ensino I, junto a dez licenciandos do Curso de Ciências Biológicas, da Universidade Federal do Pará. No contexto aqui adotado, a narrativa escrita, materializada em um memorial de formação, constituiu-se opção metodológica de pesquisa, na constituição dos dados, e de formação de professores. Nas narrativas escritas os alunos ganharam crescentemente voz, refletiram sobre si mesmos, expondo sua objetividade e subjetividade, exprimiram aspectos afeitos do ser e do se fazer docente.
Article
Full-text available
The initial training of science teachers has hardly explored the theme of education in museums and science centers. This paper focused on this theme by investigating future teachers who work at a science center (CDCC/USP), their views on the characteristics of school and extra-school education, and the contributions provided by this space, with a view to recognize it as a training space for science teaching practice. The study used a qualitative approach through semi-structured interviews with four undergraduate-mediators working at the science center in question. Trainee programs at extra-school spaces can also represent a viable alternative to initial training of science teachers.
Article
Full-text available
Resumo: Este artigo discute a formação de professores e pedagogos a partir da relação teoria e prática presente nas atividades de estágio. As autoras revelam preocupação com as práticas que "imitam modelos escolares", assim como com as práticas escolares que priorizam a "instrumentalização técnica". No sentido de superar este extremo/dicotomia, o estágio, segundo as autoras, não é percebido como um apêndice curricular, mas um instrumento pedagógico que contribui para a superação da dicotomia teoria&prática. Abstract: This article discusses teachers and pedagogues' formation according to apprenticeship's pedagogical activities' references. The authors criticize pedagogical practices that "imitate scholar models" such as practices that enphasize "technic instrumentalization". To overcome this dichotomy, the Med internship (here called "apprenticeship's pedagogical activities), according to these authors, is more than a curriculum appendix, but a pedagogical instrument to face and overcome the dichotomy theory x practice.
Article
Full-text available
This article describes a research process that sought to find, in centers and museums of science, contributions for the formal scientific education. It was realized in the form of action-research with the participation, as researches, of 10 (ten) students of Teaching Formation Courses (in physics, chemistry and mathematics) are looking for researchers interactive equipments available on these spaces, the ones that allow the realization of experiments that could be reproduced in schools. The results are discussed in relation to the presence of the different fields of knowledge in the museums and centers of science (about 80% of these experiments are of physics) and to the form as the interactive equipments there presents can be used as resources for the formal education in sciences. As a conclusion, these equipments go beyond the role of low cost experiments for schools without laboratories, allowing stimulants experiments that bring out the students the pleasure to finding answers for questions that intrigue them.
Motivar os alunos, criatividade na relação pedagógica: conceitos e práticas. 2
  • M J S Balancho
  • F M Coelho
BALANCHO, M. J. S.; COELHO, F. M. Motivar os alunos, criatividade na relação pedagógica: conceitos e práticas. 2. ed. Porto, Portugal: Texto, 1996.
Educação não -formal, participação da sociedade civil e estruturas colegiadas nas escolas
  • M G Gohn
GOHN, M. G. Educação não -formal, participação da sociedade civil e estruturas colegiadas nas escolas. Ensaio: aval. Pol. Públ. Educ., Rio deJaneiro, v. 14, n. 50, p. 27-38, 2006.
Pesquisa Qualitativa em Psicologia: Caminhos e desafios. Thomson: São Paulo
  • F González Rey
GONZÁLEZ REY, F. Pesquisa Qualitativa em Psicologia: Caminhos e desafios. Thomson: São Paulo. 2002.