As questões relativas à avaliação dos textos produzidos em aula têm se pau-tado, nos últimos anos, por uma refle-xão abundante, quer em investigações empíricas, quer em projectos de inves-tigação-acção. Ainda assim, as práticas escolares reveladas pelas investigações não têm sofrido grandes alterações, parecendo que existe uma resistência nas escolas à teoria, nomeadamente, às teorias que avançam
... [Show full abstract] com sugestões metodológicas que em contexto outro que o ensino de línguas têm mostrado ser de grande eficiência (o portefólio, o trabalho de projecto e a oficina). Pretendemos, deste modo, com este texto, mostrar as últimas tendências na investigação relativa à correcção e avaliação dos escritos, procurando mais uma vez mostrar as vantagens da im-plementação de instrumentos de avalia-ção processual para o desenvolvimento de competências de escrita. Tomaremos, por vezes, exemplo nas nossas próprias Este estudo apresenta as últimas tendências na investigação relativa à correcção e avaliação dos escritos. Demonstra as vantagens de instru-mentos de avaliação processual para o desenvolvimento de competência de escrita nos distintos níveis escolares. práticas lectivas de modo a mostrar como a utilização de práticas de escrita processual sistemáticas são inclusiva-mente bem recebidas pelos estudantes de vários níveis de ensino. Que avaliação para os escritos A avaliação representa um dos pi-lares da aprendizagem da escrita na escola. Como refere Soven (1999): Teachers can construct the most in-genious assignments, they can teach students how to manage the writing process, but when it comes to sitting down to write, many students will be most influenced by their expectations regarding evaluation. These expecta-tions are communicated in our direct comments on student papers and by our overall approach to teaching (p. 110). Assim sendo, o espectro da avalia-ção de competências de escrita na es-fera escolar constitui uma das maiores influências na produção do escrito, ten-do em conta que, apesar de os alunos estarem mais ou menos conscientes dos vários factores que compõem o processo de escrita, a sua produção será regrada pelos critérios de avaliação do profes-sor e das suas expectativas quanto à classificação fornecida que viabiliza ou não o seu sucesso académico. Do ponto de vista dos professores, a avaliação dos escritos é geralmente encarada como morosa e difícil. Por outro lado, constitui o meio mais exe-quível e validável de classificação dos estudantes em níveis de desempenho com vista à avaliação trimestral.