O presente estudo teve como objetivo analisar de que forma os níveis de autoaversão (sentimentos de repulsa dirigidos para o próprio)
podem influenciar a memória para estímulos emocionais e os correlatos psicofisiológicos deste processo, através do registo de ECG. Era
pedido aos participantes que memorizassem e posteriormente recordassem faces de alegria, nojo e medo. Os resultados revelaram
diferenças significativas, na atividade cardíaca, entre a alegria e o nojo e marginalmente significativas entre o medo e o nojo, apenas no
grupo de elevada autoaversão, durante a fase de aprendizagem da tarefa. Ao nível comportamental não foram encontradas diferenças
entre as condições experimentais. Estes resultados apresentam evidências do processamento diferencial da emoção de nojo em indivíduos
com elevados níveis de autoaversão.