ArticlePDF Available

Abstract

There is little information on the composition of seasonally dry tropical forests (SDTFs) in Mato Grosso do Sul, Brazil. This study aimed to update the knowledge of SDTFs of Mato Grosso do Sul, in the context of Biota-MS. We used Herbarium data (CGMS, COR and DDMS) of woody plants collected in deciduous and semideciduous forests, as well as transitional areas. Other records collected in Mato Grosso do Sul from the Herbarium MBM and, in some cases, from the Herbarium ESA were added. We compiled 497 species distributed in 69 botanical families and 270 genera. The richest families were Leguminosae with 88 species, Euphorbiaceae (36 spp.), Myrtaceae (32 spp.), Malvaceae (25 spp.), Rubiaceae (23 spp.), Moraceae (18 spp.), Rutaceae and Lauraceae (15 spp.), Sapindaceae (14 spp.), Apocynaceae (12 spp.) and Meliaceae (10 spp.). The richest genera were Ficus and Eugenia with 13 species, Mimosa, Cordia and Piper with nine, Croton and Bauhinia with eight, Aspidosperma, Zanthoxylum and Nectandra with seven species each. © 2018 Fundacao Zoobotanica do Rio Grande do Sul. All rights reserved.
Diagramação: www.editoraletra1.com.br
Iheringia, Série Botânica, Porto Alegre, 73(supl.):65-79, 15 de março de 2018
Iheringia
Série Botânica
ISSN ON-LINE 2446-8231 Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul
Museu de Ciências Naturais
Flora lenhosa de Florestas estacionais do estado
de Mato Grosso do Sul: estado da arte
Geraldo Alves Damasceno-Junior1,, Arnildo Pott1, Danilo Rafael Mesquita Neves2,
Alan Sciamarelli3 & Bruna Gardenal Fina4
1 Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, Laboratório de Botânica, Instituto de Biociências,
Cidade Universitária s/n, CEP 79070-900, Campo Grande, MS, Brasil. geraldodamasceno@gmail.com
2 University of Arizona, Department of Ecology and Evolutionary Biology, Tucson 85721, USA
3 Universidade Federal da Grande Dourados, Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais,
Rod Dourados-Itahum, Km 12, CEP 79804-970, Dourados, MS, Brasil.
4 Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, Campus de Aquidauana,
Avenida Imaculada Conceição, 163, CEP 79200-000 Aquidauana, MS, Brasil.
Recebido em 27.XI.2014
Aceito em 20.VIII.2015
DOI 10.21826/2446-8231201873s65
RESUMO poucas informações sobre a composição  orística das  orestas estacionais em Mato Grosso do Sul. O objetivo deste trabalho foi
atualizar o conhecimento sobre a composição  orística das  orestas estacionais do MS no Biota-MS. Foram utilizadas coletas de plantas lenhosas
dos autores e de outros coletores em Florestas estacionais semidecíduas ou decíduas, ou em áreas de transição, depositadas nos herbários CGMS,
COR e DDMS. Acrescentaram-se exemplares depositadas no herbário MBM e em alguns casos no herbário ESA coletadas no estado. Foram
encontradas 497 espécies distribuídas em 69 famílias e 270 gêneros. As famílias mais ricas foram Leguminosae com 88 espécies, Euphorbiaceae
(36 spp.), Myrtaceae (32 spp.), Malvaceae (25spp.), Rubiaceae (23 spp.), Moraceae (18 spp.), Rutaceae e Lauraceae (15spp.), Sapindaceae 14
spp.), Apocynaceae (12spp.) e Meliaceae (10spp.). Os gêneros mais ricos foram Ficus e Eugenia com 13 espécies, Mimosa, Cordia e Piper com
nove, Croton e Bauhinia com oito, Aspidosperma, Zanthoxylum e Nectandra com sete espécies
Palavras-chave: Leguminosae, mata seca, vegetação
ABSTRACT – Woody fl ora of dry forests of Mato Grosso do Sul: state of the art. There is little information on the composition of seasonally
dry tropical forests (SDTFs) in Mato Grosso do Sul, Brazil. This study aimed to update the knowledge of SDTFs of Mato Grosso do Sul, in the
context of Biota-MS. We used Herbarium data (CGMS, COR and DDMS) of woody plants collected in deciduous and semideciduous forests, as
well as transitional areas. Other records collected in Mato Grosso do Sul from the Herbarium MBM and, in some cases, from the Herbarium ESA
were added. We compiled 497 species distributed in 69 botanical families and 270 genera. The richest families were Leguminosae with 88 species,
Euphorbiaceae (36 spp.), Myrtaceae (32 spp.), Malvaceae (25 spp.), Rubiaceae (23 spp.), Moraceae (18 spp.), Rutaceae and Lauraceae (15 spp.),
Sapindaceae (14 spp.), Apocynaceae (12 spp.) and Meliaceae (10 spp.). The richest genera were Ficus and Eugenia with 13 species, Mimosa, Cordia
and Piper with nine, Croton and Bauhinia with eight, Aspidosperma, Zanthoxylum and Nectandra with seven species each.
Keywords: dry forest, Leguminosae, vegetation
INTRODUÇÃO
As orestas estacionais tropicais brasileiras estão
subdivididas, segundo a classi cação do IBGE (1992), em
Florestas estacionais semidecíduas, que podem perder de
20 a 50% das folhas no período seco, e  orestas estacionais
decíduas, que perdem mais de 50% das folhas no período
seco. Essas formações são predominantemente arbóreas
e ocorrem em áreas onde a precipitação anual é em geral
menor que 1600 mm, com um período de seca de cinco a
seis meses (Pennington et al. 2000).
No Brasil essas formações ocorrem, geralmente,
próximas aos cerrados, assentadas sobre solos ricos, com
boa saturação por bases e de pH moderado a alto (Ratter
et al. 1988, Oliveira-Filho et al. 2001, Scariot & Sevilha
2005), diferindo dos solos dos cerrados, ácidos e distró cos,
com altas concentrações de alumínio (Furley & Ratter
1988). Pelo fato de estarem sempre sobre solos férteis, têm
sido objeto de forte utilização agrícola com desmatamento,
sendo consideradas como uma das unidades de vegetação
mais ameaçadas das Américas (Janzen 1988).
No estado de Mato Grosso do Sul, as formações
semidecíduas estão localizadas na porção sul do estado,
conhecidas localmente como Mata de Dourados (Sciamarelli
2005), desde Ivinhema e Mundo Novo às margens do
Rio Paraná, com distribuição descontínua até a Serra da
Bodoquena (Silva et al. 2011). Na Serra da Bodoquena
são encontradas nas áreas planas com solos de fertilidade
média a alta. Ocorrem também em morros de relevo residual
localizados na borda do Pantanal, em altitudes superiores
a 400 m (Damasceno-Junior 2005) ou logo acima da faixa
de vegetação ripária. Essas formações têm con guração
difusa na planície pantaneira, uma vez que formam um
continuum com as áreas de Savana  orestada (cerradão),
ocorrendo principalmente em paleodiques  uviais arenosos
da sub-região da Nhecolândia, conhecidos localmente como
cordilheiras (Ratter et al. 1988, Dubs 1994).
Damasceno-Junior
et al.
66
Diagramação: www.editoraletra1.com.br
Iheringia, Série Botânica, Porto Alegre, 73(supl.):65-79, 15 de março de 2018
as formações decíduas ocorrem em morros de
relevo residual da borda Oeste do Pantanal, representados
principalmente pelas morrarias do Amolar, Urucum e
Conselho e solos calcários de Corumbá (Pott et al. 2000),
chegando até a região de Porto Murtinho, onde ocorrem
lado a lado com as formações Chaquenhas (Prado et al.
1992). Na planície de inundação essas formações ocorrem
associadas a pequenas elevações do terreno formando
capões com concreções calcárias no subsolo, comuns na
sub-região do Abobral (Damasceno-Junior et al. 1999). Na
serra da Bodoquena e na região de Nioaque, são encontradas
principalmente em morros calcários.
O conhecimento sobre a composição orística dessas
formações se iniciou no século XIX com coletas realizadas
ao longo do rio Paraguai, que era a principal via de acesso.
O primeiro botânico a coletar na região foi Ludwig Riedel,
entre 1825 e 1829, acompanhando a expedição do Barão
Langsdor. Na sequência, vieram outros botânicos, como
Manso, entre 1830 e 1839, e Weddel, em 1845. Spencer
Moore, em 1891, forneceu as primeiras informações
sobre a tosionomia local, tendo coletado e descrito
aproximadamente oito gêneros e 212 espécies novas.
Posteriormente, vieram Kuntze, em 1892; Lindman e
Malme, em 1893; Rudolf Endlich, entre 1896 e 1898;
Robert Pilger, em 1898 e Júlio César Diogo, entre 1908 e
1909 (Hoehne, 1923).
Hoehne (1923), que coletou na região na expedição
do Marechal Candido Mariano Rondon para instalação
das linhas de telégrafos no então estado de Mato Grosso,
descreve a tosionomia do estado de Mato Grosso,
incluindo aí a porção sul, que posteriormente viria a ser
o estado de Mato Grosso do Sul. Na década de 1980 se
destaca o trabalho de Furtado et al. (1982) e Loureiro et
al. (1982), que realizaram um levantamento no estado,
como parte do diagnóstico executado durante o Projeto
Radambrasil. Após este período, alguns trabalhos de
orística foram realizados, principalmente para a região
do Pantanal, como Conceição & Paula (1986), e a lista
mais completa foi dada por Pott & Pott (1999), com um
checklist contendo 1867 espécies.
Trabalhos especícos com listas de orestas estacionais
no Mato Grosso do Sul são poucos (Juracy et al. 1999, Pott
et al. 2000, Sciamarelli 2005, Damasceno-Junior 2005,
Damasceno-Junior et al. 2010), sendo principalmente
relacionados à estrutura da vegetação (Prance & Schaller
1982, Ratter et al. 1988, Dubs 1994, Bastos-Gomes 2001,
Salis et al. 2004, Damasceno-Junior & Bezerra 2004,
Damasceno-Junior et al. 2007, Lima et al. 2010). Dubs
(1998) publicou um checklist das angiospermas coletadas
em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul depositadas nos
herbários de Zurique (Z), Estolcomo (S), Curitiba (MBM)
e parcialmente nos de Kew (K) e Edimburgo (E), contendo
várias espécies de oresta estacional.
Considerando que as árvores e arbustos das orestas
estacionais são recursos estratégicos, com várias espécies
madeireiras (Zaccarias 2012) e com outros usos como
medicinais (Bortolotto 2006) e alimentares (Damasceno-
Junior et al. 2010), o presente trabalho tem como objetivo
fornecer um panorama do conhecimento atual sobre a
composição orística das orestas estacionais do Mato
Grosso do Sul como subsídio para planejamento do uso e
conservação desses recursos, dentro do programa Biota–
MS.
Os principais grupos de pesquisa a respeito das Florestas
Estacionais em Mato Grosso do Sul estão na Universidade
Federal de mato Grosso do Sul, na Universidade Federal
da Grande Dourados e na Embrapa Pantanal. Em Mato
Grosso do Sul, a principal lacuna de conhecimento ainda é
a coleta de material botânico. Apesar de termos um número
expressivo de espécies catalogadas nos herbários, ainda
falta um esforço de coleta mais abrangente de forma a dar
um panorama mais compreensivo da ora das orestas
estacionais no MS.
MATERIAL E MÉTODOS
Para a compilação dos dados aqui apresentados,
utilizou-se a lista de coletas de plantas lenhosas por
ambiente dos autores, com respectivos números de coleta,
depositadas nos herbários CGMS, COR e DDMS. Além
disso foram compiladas coletas depositadas no herbário
CGMS, com etiquetas com origem da coleta em áreas de
Floresta estacional semidecídua ou decídua, ou ainda áreas
de transição para essas formações. Adicionalmente, foram
acrescentadas coletas de árvores e arbustos depositadas
no herbário MBM e em alguns casos no herbário ESA,
disponíveis no sistema Specieslink (2012) e no sitio da
Flora do Brasil (Brasil 2012), coletadas no Mato Grosso
do Sul, em regiões de ocorrência dessas formações. Foram
mantidas na lista apenas espécies em que não havia dúvida
na identicação nas etiquetas de herbário, eliminando as
identicações com “cf”. Entretanto, optou-se por manter na
lista algumas espécies identicadas com a. Para famílias
foi seguido APG IV (2016).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram encontradas coletas de 497 espécies lenhosas
distribuídas em 69 famílias botânicas e 270 gêneros. As
famílias mais ricas em espécies foram Leguminosae com 88
espécies, Euphorbiaceae com 36, Myrtaceae 32, Malvaceae
25, Rubiaceae 23, Moraceae 18, Rutaceae e Lauraceae 15,
Sapindaceae 14, Apocynaceae 12 e Meliaceae 10 (Quadro
1). Estas famílias estão entre as mais ricas em espécies
quando comparadas com as proporções gerais para orestas
estacionais estudadas por Gentry (1995). Os gêneros mais
ricos foram Ficus e Eugenia com 13 espécies, Mimosa,
Cordia e Piper com nove, Croton e Bauhinia com oito e
Aspidosperma, Zanthoxylum e Nectandra com sete cada.
Em termos de importância, a flora das florestas
estacionais é bastante representativa no Brasil. Em uma
compilação feita para toda região do Brasil Central, Neves
et al. (2015) encontraram 1146 espécies, ou seja, cerca
de metade das espécies conhecidas para o Brasil Central
Flora lenhosa de Florestas estacionais do estado de Mato Grosso do Sul ... 67
Diagramação: www.editoraletra1.com.br
Iheringia, Série Botânica, Porto Alegre, 73(supl.):65-79, 15 de março de 2018
Quadro 1. Espécies arbóreas e arbustivas de orestas estacionais deciduais e semideciduais do estado de Mato Grosso do Sul presentes nos herbários
CGMS (Herbário de Campo Grande da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul); COR (Herbário de Corumbá da UFMS); DDMS (Herbário da
Universidade Federal da Grande Dourados); Museu Botânico Municipal (MBM); ESA (Herbário da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz
– USP). AP = Arnildo Pott; D = Geraldo Alves Damasceno Junior. FED – Floresta Estacional Decidual; FES – Floresta Estacional Semidecidual;
T-SF ou FR – Transição para Savana Florestada ou para Floresta Ripícola.
Nome cientíco Voucher Herbário FED FES T-SF ou FR
Acanthaceae
Justicia hassleri (Lindau) V.A.W.Graham G. Hatschbach 21876 MBM X
Ruellia angustiora (Nees) Lindau ex Rambo AP 15400 CGMS X
R. brevifolia (Pohl) C.Ezcurra D 2702 COR X
Achatocarpaceae
Achatocarpus praecox Griseb. D 2948 COR X X
Anacardiaceae
Astronium fraxinifolium Schott D 5198 COR X X
A. graveolens Jacq. Almeida ESA 34463 ESA X
Lithraea molleoides (Vell.) Engl. D 3767 COR X
Myracrodruon urundeuva Allemão D 5198 COR X
Schinopsis brasiliensis Engl. AP 15396 CGMS X
Schinus terebenthifolia Raddi AP 14694 CGMS X
Spondias mombin L. D 3119 CGMS X
Tapirira guianensis Aubl. F 432 CGMS X X
Annonaceae
Annona coriacea Mart. A. Sciamarelli 789 DDMS X
A. cornifolia A.St.-Hil. AP 15516 CGMS X
A. montana Macfad. D 1997 COR X
A. nutans (R.E.Fr.) R.E.Fr. D 4784 COR X
A. sylvatica A.St-Hil. D 3132 COR X
A. emarginata (Schltdl.) H.Rainer D 2875 COR X
Duguetia furfuracea (A.St.-Hil.) Sa. G. Hatschbach 72826 MBM X X
Unonopsis guatterioides (A.DC.) R.E.Fr. D 4880 COR X
Xylopia aromatica (Lam) Mart F 237 CGMS X X
Apocynaceae
Aspidosperma cylindrocarpon Müll.Arg. D 3789 COR X
A. polyneuron Müll.Arg. AP 15898 CGMS X
A. pyrifolium Mart. AP 16147 CGMS X
A. subincanum Mart. D 3641 COR X
A. australe Müll.Arg. D 328 COR X
A. cuspa (Kunth) S.F.Blake ex Pittier D 3653 COR X
A. tomentosum Mart. D 3238 COR X
Hancornia speciosa Gomes. D 4848 COR X
Himatanthus obovatus (Müll.Arg.) Woodson D 2972 CGMS X
Mesechites mansoanus (A.DC.) Woodson G. Hatschbach 76434 MBM X
Tabernaemontana catharinensis A.DC. AP 15899 CGMS X
T. siphilitica (L.f.) Leeuwenb. T.S. Amaral 74 CGMS X
Araliaceae
Dendropanax anis (Marchal) Gamerro & Zuloaga D 3619 COR X
D. cuneatus (DC.) Decne. & Planch. Almeida ESA 34481 ESA X X
Scheera morototonii (Aubl.) Maguire et al. D 3812 COR X
Arecaceae
Acrocomia aculeata (Jacq.) Lodd G. Hatschbach 57921 MBM X X
Allagoptera leucocalyx (Drude) Kuntze D 2650 COR X
Attalea phalerata Mart. ex Spreng. S.R. Zacharias 200 CGMS X X
A. speciosa Mart. ex Spreng. Reg. Visual X X
Copernicia alba Morong ex Morong & Britton G. Hatschbach 60768 MBM X X
Desmoncus orthacanthos Mart. D 673 COR X
Euterpe edulis Mart. H.Q.B. Fernandes 2891 CGMS X
Syagrus romanzoana (Cham.) Glassman D 3675 COR X X
S. oleracea (Mart.) Becc. U.M. Resende 722 CGMS X
Asteraceae
Angelphytum apensis (Chodat) A.A. Saénz D 2509 COR X
Damasceno-Junior
et al.
68
Diagramação: www.editoraletra1.com.br
Iheringia, Série Botânica, Porto Alegre, 73(supl.):65-79, 15 de março de 2018
Nome cientíco Voucher Herbário FED FES T-SF ou FR
Dasyphyllum brasiliense (Spreng.) Cabrera AP 15934 CGMS X X
Koanophyllon simillimum (B.L.Rob.) R.M.King &
H.Rob. D 2819 COR X
Lessingianthus obscurus (Less.) H.Rob. D 2449 COR X
Bignoniaceae
Handroanthus heptaphyllus (Vell.) Mattos D 391 COR X X
H. impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos D 2895 COR X
H. ochraceus (Cham.) Mattos D 2636 COR X
H. serratifolius (A.H.Gentry) S.Grose N.C. Moreira; J.A. Egênio 75 CGMS X X X
Sparattosperma leucanthum (Vell.) K. Schum. A. Sciamarelli 833 DDMS X
Tabebuia nodosa (Griseb.) Griseb. G. Hatschbach 49232 MBM X
T. aurea (Silva Manso) Benth. & Hook.f. ex S.Moore AP 15591 CGMS X
T. roseoalba (Ridl.) Sandwith D 2498 COR X X
Zeyheria montana Mart. U.M. Resende 786 CGMS X
Boraginaceae
Burseraceae
Commiphora leptophloeos (Mart.) J.B. Gillett D1329 COR X
Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand D 2422 COR X X
P. spruceanum (Benth.) Engl. G. Atique 15 CGMS X X
Cactaceae
Brasiliopuntia brasiliensis (Willd.) A.Berger D 2668 CGMS X X
Cereus bicolor Rizzini & A.Mattos D 1014 COR X X
Cleistocactus baumannii (Lem.) Lem. D 4284A COR X
Harrisia balansae (K.Schum.) N.P.Taylor & Zappi D 2681 COR X
Pereskia saccharosa Griseb. D 2009 COR X
Praecereus euchlorus (F.A.C.Weber) N.P.Taylor D 2680 COR X
Calophyllaceae
Kielmeyera coriacea Mart. D 2988 COR X
Cannabaceae
Celtis iguanaea (Jacq.) Sarg. D 3229 COR X
C. pubescens Spreng. AP 15353 CGMS X X
C. spinosa Spreng. V.A. Assunção 304 CGMS X
Trema micrantha (L.) Blume D 2960 COR X
Capparaceae
Anisocapparis speciosa (Griseb.) Conejo & Iltis D 3297 COR X
Capparicordis tweediana (Eichler) Conejo & Iltis AP 16126 CGMS X
Capparidastrum coimbranum (Cornejo & Iltis) Cornejo
& Iltis. D 2667 CGMS X X
Crateva tapia L. D 350 COR X
Cynophalla matogrossensis (Pilg.) Cornejo & Iltis D 3345 COR X
Cynophalla retusa (Griseb.) Cornejo & Iltis D 2784 COR X
Caricaceae
Jacaratia corumbensis Kuntze. D 3676 COR X
J. spinosa (Aubl.) A.DC. D 1790 CGMS X
Celastraceae
Lacistema hasslerianum Chodat AP 14793 CGMS X X
Maytenus macrodonta Reissek AP 14210 CGMS X
Salacia elliptica (Mart.) Peyr. D 357 COR X
Chrysobalanaceae
Couepia uiti (Mart. & Zucc.) Benth. ex Hook.f. D 3319 COR X
Hirtella gracilipes (Hook.f.) Prance T.H. Stefanello 356 CGMS X X
Licania parvifolia Benth. A.C. Araújo 783 CGMS X
Cleomaceae
Cleome viridiora Schreb. D 2867 COR X
Clusiaceae
Garcinia brasiliensis Mart. F. Bao 55 CGMS X
G. gardneriana (Planch. & Triana) Zappi D 2283 COR X
Quadro 1. Cont.
Flora lenhosa de Florestas estacionais do estado de Mato Grosso do Sul ... 69
Diagramação: www.editoraletra1.com.br
Iheringia, Série Botânica, Porto Alegre, 73(supl.):65-79, 15 de março de 2018
Nome cientíco Voucher Herbário FED FES T-SF ou FR
Combretaceae
Buchenavia tomentosa Eichler F 297 CGMS X
Combretum duarteanum Cambess. D 2152 COR X
C. leprosum Mart. D 2575 COR X X
Terminalia argentea Mart. D 1998 COR X
T. fagifolia Mart. D 3230 COR X
T. glabrescens Mart. F 331 CGMS X X
T. a. triora (Griseb.) Lillo AP 15820 CGMS X
Cordiaceae
Cordia americana (L.) Gottschling & J.S.Mill. AP 14705 CGMS X X
C. brasiliensis (I.M.Johnst.) Gottschling & J.S.Mill. D 2771 COR X
C. glabrata (Mart.) A.DC. D 3310 COR X
C. naidophila I.M. Johnst. D 3287 COR X
C. sellowiana Cham. D 3758 COR X
C. trichotoma (Vell.) Arráb. ex Steud. A. Sciamarelli 750 DDMS X
C. cf. grandiora (Desv.) Kunth AP 14800 CGMS X
C. corymbosa Willd. ex Roem. & Schult. AP 15928 CGMS X
C. ecalyculata Vell. A. Sciamarelli 845 DDMS X
Dilleniaceae
Curatella americana L. D 2895 COR X
Ebenaceae
Diospyros obovata Jacq. D 5203 COR X
D. inconstans Jacq. AP 14710, C. Faxina 59 CGMS X
Elaeocarpaceae
Sloanea guianensis (Aubl.) Benth. F 243 CGMS X
Erythroxylaceae
Erythroxylum anguifugum Mart. D 346 COR X
E. pelleterianum A.St.- Hil. D 2779 COR X
E. cuneifolium (Mart.) O.E. Schulz M.L. Bueno 670 CGMS X X
E. daphnites Mart. A. Amaral-Júnior 76 CGMS X
Euphorbiaceae
Acalypha villosa Jacq. G. Hatschbach 48539 MBM X
Actinostemon communis (Müll. Arg.) Pax V.J. Pott 1519 CGMS X
Adelia membranifolia Chod. & Hassl. D 2657 A COR X
Alchornea castaneifolia (Willd.) Anderson D 307 COR X
A. discolor Poepp. C.A. Conceição 2852 CGMS X
A. glandulosa Poepp. & Endl. A. Sciamarelli 1203 DDMS X
A. triplinervia (Spreng.) Müll. Arg. D 1992 COR X
Cnidoscolus cnicodendron Griseb. D 1397 COR X
Cnidosculus cervii Fern.Casas AP 14445 CGMS X
Croton argenteus L. S.V. Bo 174 CGMS X
C. bonplandianus Baill. F 392 CGMS X
C. corumbensis S.Moore U.M. Resende 1026 CGMS X
C. oribundus Spreng. AP 12497 CGMS X
C. gracilipes Baill. G. Hatschbach 73125 MBM X
C. sarcopetaloides S. Moore L.C.S. Magalhães 295 CGMS X X
C. sellowii Baill. D 2316 COR X
C. urucurana Baill. A. Sciamarelli 734 DDMS X X
Gymnanthes discolor (Spreng.) Müll.Arg. D.A. Folli 2254 CGMS
Jathropa elliptica (Pohl) Müll. Arg. F 372 CGMS X
J. weddelliana Baill. D 1316 COR X
Mabea stulifera Mart. D 2325 COR X
Manihot anomala Pohl D 2989 COR X
Maprounea brasiliensis A.St.-Hil. AP 15786 CGMS X
M. guianensis Aubl. G. Hatschbach 65343 MBM X X
Microstachys daphnoides (Mart.) Müll. Arg. AP 8772 CGMS X
Philyra brasiliensis Klotzsch AP 14841 CGMS X X
Quadro 1. Cont.
Damasceno-Junior
et al.
70
Diagramação: www.editoraletra1.com.br
Iheringia, Série Botânica, Porto Alegre, 73(supl.):65-79, 15 de março de 2018
Nome cientíco Voucher Herbário FED FES T-SF ou FR
Sapium glandulosum (L.) Morong. D 2551 COR X
S. haematospermum Müll. Arg. L.C.S. Magalhães 230 CGMS X
S. obovatum Klotzsch ex Müll. Arg. D 327 COR X
S. hasslerianum Huber S.V. Bo 244 CGMS X X X
S. marginatum Müll. Arg. F 295 CGMS X
Sebastiania brasiliensis Spreng. D 3259 COR X
S. ebrigii Pax A. Sciamarelli 1713 DDMS X
S. membranifolia Müll.Arg. D 1544 COR X
S. commersoniana (Baill.) Smith & Downs AP 14708 CGMS X
Securinega guaraiuva Kuhlm. A.S. Penha 441 CGMS X
Heliotropiaceae
Tournefortia maculata Jacq. L.C.S. Magalhães 51 CGMS X
Lamiaceae
Aegiphila integrifolia (Jacq.) Moldenke AP 15902 CGMS X
A. verticillata Vell. A. Sciamarelli 1054 DDMS X
Vitex cymosa Bertero ex Spreng. D 5199 COR X X
Lauraceae
Cinnamomum triplinerve (Ruiz & Pav.) Kosterm. A. Sciamarelli 754 DDMS X
Licaria triandra (Sw.) Kosterm. D 3605 COR X
Nectandra cissiora Nees D 2038 CGMS X
N. cuspidata Nees & Mart. AP 15907 CGMS X
N. gardneri Meisn. VJP 7770 CGMS X X
N. hihua (R & P.) Rohwer D 3706 COR X
N. megapotamica (Spreng.) Mez D 3768 COR X
N. psammophila Nees F. Macedo-Alves 56 CGMS X
N. falcifolia (Nees) J.A. Castigl. ex Mart. Crov. & Pic-
cinini A. Sciamarelli 756 DDMS X
Ocotea diospyrifolia (Meisn.) Mez D 5213 COR X X
O. lancifolia (Schott) Mez AP 12776 CGMS X
O. minarum (Nees & C. Mart.) Mez AP 759 CGMS X X
O. velloziana (Meisn.) Mez AP 9734 CGMS X
Persea pyrifolia (D. Don) Spreng. Almeida ESA 33870 ESA X
P. willdenovii Kosterm. C. Faxina 349 CGMS X
Laxmanniaceae
Cordyline spectabilis Kunth & C.D. Bouché AP 14770 CGMS X
Lecythidaceae
Cariniana estrellensis (Raddi) Kuntze AP 14743 CGMS X X
Leguminosae
Acosmium cardenasii H.S.Irwin & Arroyo D 2782 COR X
Albizia niopoides (Spruce ex Benth.) Burkart G. Hatschbach 54401 MBM X X
Amburana cearensis (Allemãao) A.C. Sm. D 2457 COR X
Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan D 4863 COR X
A. peregrina (L.) Speg. AP 15352 CGMS X
Andira cujabensis Benth. C.A. Polido 4 CGMS X
A. inermis (W.Wright) Kunth ex DC. D 345 COR X
Apuleia leiocarpa (Vogel) J.F.Macbr. D 1548 COR X
Bauhinia cheilantha (Bong.) Steud. D 2774 COR X
B. leptantha Malme AP 11085 CGMS X
B. mollis (Bong.) D.Dietr. D 5197 COR X X
B. pentandra (Bong.) Vogel ex Steud. D 2294 COR X X
B. pulchella Benth. B 355 COR X
B. rufa (Bong.) Steud. S.R. Zacharias 13 CGMS X
B. ungulata L. D 3300 COR X
B. longifolia (Bong.) Steud. V.A. Assunção 610 CGMS X
Bowdichia virgilioides Kunth D 2964 CGMS X
Calliandra foliolosa Benth. AP 14744 CGMS X
C. parviora (Hook. & Arn.) Speg. G. Hatschbach 58919 MBM X
Quadro 1. Cont.
Flora lenhosa de Florestas estacionais do estado de Mato Grosso do Sul ... 71
Diagramação: www.editoraletra1.com.br
Iheringia, Série Botânica, Porto Alegre, 73(supl.):65-79, 15 de março de 2018
Nome cientíco Voucher Herbário FED FES T-SF ou FR
Chloroleucon tortum (Mart.) Pittier AP 16149 CGMS X
Copaifera langsdori Desf. D 2990 COR X X
C. martii Hayne A.L.B. Sartori 605 CGMS X
Dalbergia cuiabensis Benth. G. Hatschbach 60700 MBM X
D. frutescens (Vell.) Britton AP 14787 CGMS X X
Dimorphandra mollis Benth. G. Hatschbach 52423 MBM X
Dipteryx alata Vog. D 1765 COR X
Diptychandra aurantiaca (Mart.) Tul. F 299 CGMS X
Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong AP 15596 CGMS X X X
Erythrina dominguezii Hassl. D 3724 CGMS X
Erythrostemon pluviosum (DC.) LPWG AP 15460 CGMS X
Georoea spinosa Jacq. F. Matos-Alves 594 CGMS X
Guibourtia hymenaefolia (Moric.) J. Léonard J.L. Battilani 100 CGMS X X
Holocalyx balansae Micheli D 3579 COR X
Hymenaea courbaril L. AP 15692 CGMS X
H. martiana Hayne D 2037 COR X
Inga laurina (Sw.) Willd. G. Hatschbach 60825 MBM X
I. marginata Willd. AP 14687 CGMS X
I. vera Willd. AP 15593 CGMS X
Leptolobium dasycarpum Vogel A.S. Penha 127 CGMS X
Libidibia paraguariensis (D. Parodi) G.P. Lewis D 2812 COR X
Lonchocarpus sericeus (Poir.) Kunth ex DC. D 317 COR X
L. variabilis R.R.Silva & A.M.G.Azevedo R.R Silva 1159 COR X
L. nudiorens Burkart R.R. Silva 1156 COR X
Machaerium acutifolium Vogel D 4882 COR X
M. eriocarpum Benth. G. Hatschbach 52465 MBM X
M. hirtum (Vell.) Stellfeld G. Hatschbach 77368 MBM X
M. paraguariense Hassl. R.J. Bastos 798 CGMS X
M. stipitatum (DC.) Vogel A. Sciamarelli 808 DDMS X
M. villosum Vog. D 3713 COR X
Mimosa adenocarpa Benth. A.L.B. Sartori 609 CGMS X
M. bimucronata (DC.) Kuntze D 2321 COR X
M. debilis Humb. & Bonpl. ex Willd. AP 15675 CGMS X
M. glutinosa Malme G. Hatschbach 77149 MBM X
M. pellita Humb. & Bonpl. ex Willd. G. Hatschbach 77177 MBM X
M. pigra L. G. Hatschbach 74216 MBM X X
M. polycarpa Kunth G. Hatschbach 73015 MBM X
M. xavantinae Barneby G. Hatschbach 72880 MBM X
M. weddelliana Benth. G. Hatschbach 60853 MBM X
Myroxylon balsamum Druce C.A. Polido 7 CGMS X
Ormosia arborea (Vell.) Harms AP 15200 CGMS X X
Parapiptadenia rigida (Benth.) Brenan AP 14749 CGMS X
Parkinsonia praecox (Ruiz & Pav. ex Hook.) J. Hawkins F.M. Alves 576 CGMS X X
Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. AP 15789 CGMS X X
Piptadenia moniliformis Benth. D 1860 CGMS X
P. viridiora (Kunth) Benth. D 2424 CGMS X X
Plathymenia reticulata Benth. D 4822 COR X
Platypodium elegans Vogel G. Hatschbach 58563 MBM X
Prosopis rubriora Hassl. F. Matos-Alves 98 CGMS X
P. ruscifolia Griseb. F. Matos-Alves 591 CGMS X
Pterogyne nitens Tul. D 503 COR X
Samanea tubulosa (Benth.) Barneby & J.W. Grimes D 4864 COR X X
Senegalia a. praecox (Griseb.) Seigler & Ebinger G.P. Nunes 272 CGMS X
S. a. riparia (Kunth) Britton & Rose ex Britton & Killip D 2433 COR X X
S. polyphylla (DC.) Britton & Rose D 2158 CGMS X
S. tenuifolia (L.) Britton & Rose D 2423 COR X
Quadro 1. Cont.
Damasceno-Junior
et al.
72
Diagramação: www.editoraletra1.com.br
Iheringia, Série Botânica, Porto Alegre, 73(supl.):65-79, 15 de março de 2018
Nome cientíco Voucher Herbário FED FES T-SF ou FR
Senna pendula (Humb. & Bonpl. ex Willd.) H.S. Irwin
& Barneby G. Hatschbach 73098 MBM X X
S. pilifera (Vogel) H.S. Irwin & Barneby G. Hatschbach 77192 MBM X
S. silvestris (Vell.) H.S. Irwin & Barneby G. Hatschbach 58876 MBM X
S. spectabilis (Vog.) Irw. et Barn. G. Hatschbach 77386 MBM X
S. splendida (Vogel) H.S. Irwin & Barneby G. Hatschbach 49181 MBM X
Sesbania virgata (Cav.) Pers. G. Hatschbach 73062 MBM X X
Swartzia jorori Harms.D 2564 COR X
Sweetia fruticosa Spreng. D 3232 COR X
Tachigali rugosa (Mart. ex Benth.) Zarucchi & Pipoly A.S. Penha 127 CGMS X
Vachellia caven (Molina) Seigler & Ebinger S.M. Faria 1795 COR X
V. farnesiana (L.) Wight & Arn. D 3770 COR X X
Zapoteca formosa (Kunth) H. Hern. D 2758 COR X
Zygia latifolia (L.) Fawc. & Rendle D 2618 COR X
Loganiaceae
Strychnos pseudoquina A.St.-Hil. D 4453 COR X
Lythraceae
Adenaria oribunda Kunth G. Hatschbach 73962 MBM X
Lafoensia pacari A. St.-Hil. D.R.M. Neves 32 CGMS X
Malpighiaceae
Bunchosia paraguariensis Nied. AP 15781 CGMS X
Byrsonima clausseniana A. Juss. D 2594 COR X
B. coccolobifolia Kunth D.R.M. Neves 38 CGMS X
B. cydoniifolia A. Juss. G. Hatschbach 60877 MBM X
B. verbascifolia (L.) Rich. F 258 CGMS X
Ptilochaeta densiora Nied. D 1213 COR X
Malvaceae
Abutilon aristulosum K. Schum. A.C. Araújo 135 CGMS X
Apeiba tibourbou Aubl. D 1989 CGMS X
Bastardiopsis densiora (Hook. & Arn.) Hassl. D 3599 COR X
Byttneria benensis Britton D 3865 COR X
B. rhamnifolia Benth. A.C. Araújo 812 CGMS X
Ceiba pubiora (A. St.-Hil.) K. Schum. D 1018 COR X X
Ceiba samauma (Mart.) K. Schum. D 2386 COR X
Ceiba speciosa (A. St.-Hil.) Ravenna D 5034 COR X
Guazuma ulmifolia Lam D 3672 COR X X
Helicteres guazumifolia H.B.K. D 2573 COR X
H. lhotzkyana Schum. AP 15574 CGMS X X
Herissantia nemoralis Brizicky L.C.S. Magalhães 283 CGMS X
Luehea candicans Mart. T.H. Stefanello 304 CGMS X
L. paniculata Mart. D 3632 COR X
L. divaricata Mart. D 5013 COR X X
L. grandiora Mart. & Zuch F 233 CGMS X
Pseudabutilon benense (Britton) Fryxell D 2427 COR X
Pseudobombax grandiorum (Cav.) A. Robyns D 1811 COR X
P. longiorum (Martius & Zucc.) A. Robyns D 2653 COR X
P. marginatum (A. St.- Hil.) A. Robyns D 3247 COR X
P. heteromorphum (Kuntze) A. Robyns D 3693 COR X
Sterculia striata A. St.-Hil. & Naudin D 4862 COR X X
S. apetala Karst V.J. Pott 10352 CGMS X
Tartagalia roseorum (Cuatrec.) T. Mey. D 1905 COR X
Wissadula subpeltata (Kuntze) R.E. Fr. A.C. Araújo 441 CGMS X
Melastomataceae
Clidemia bisserrata DC. D 2313 COR X
C. bullosa DC. A.S. Penha 38 CGMS X
Miconia albicans (Sw.) Triana D 2983 COR X
M. ibaguensis (Bonpl.) Triana G. Hatschbach 76345 MBM X
Quadro 1. Cont.
Flora lenhosa de Florestas estacionais do estado de Mato Grosso do Sul ... 73
Diagramação: www.editoraletra1.com.br
Iheringia, Série Botânica, Porto Alegre, 73(supl.):65-79, 15 de março de 2018
Nome cientíco Voucher Herbário FED FES T-SF ou FR
M. nervosa (Sm.) Triana D 1668 COR X
Mouriri elliptica Mart. D 4847 COR X
Tococa formicaria Mart. G. Hatschbach 63510 MBM X
Meliaceae
Cabralea canjerana (Vell.) Mart. AP 15932 CGMS X
Cedrela ssilis Vell. D 1919 COR X
Guarea guidonia (L.) Slemer D 3172 COR X X
G. kunthiana A.Juss. G. Hatschbach 74130 MBM X
G. macrophylla Vahl AP 14729 CGMS X
Trichilia catigua A. Juss. D 2944 COR X
T. claussenii C.DC. D 2017 COR X
T. elegans A.Juss. D 292 COR X
T. hirta L. D 1724 COR X
T. pallida Sw. AP 15896 CGMS X
T. stellato-tomentosa Kunth D 2380 COR X X
Menispermaceae
Abuta grandifolia (Mart.) Sandwith V.J. Pott 10340 CGMS X
Moraceae
Brosimum gaudichaudii Trec. D 2708 COR X
Ficus adhatodifolia Schott ex Spreng. G. Hatschbach 76107 MBM X
F. broadwayi Urb. D 3308 COR X
F. calyptroceras (Miq.) Miq. AP 2743 CGMS X X
F. carautana L.J. Neves & Emygdio AP 10885 CGMS X
F. citrifolia Mill. D 1798 CGMS X
F. crocata (Miq.) Miq. AP 2316 CGMS X
F. elliotiana S.Moore D 2898 CGMS X
F. eximia Schott D 3306 COR X
F. insipida Willd. D 4075 COR X
F. lagoensis C.C. Berg & Carauta PF 31 CGMS X
F. pertusa L. f. AP 15964 CGMS X
F. trigonata L. D 2682 COR X
F. obtusifolia Kunth D 3267 COR X
Maclura tinctoria (L.) D.Don ex Steud. D 1791 CGMS X X
Sorocea bonplandii (Baill.) Burger F 307 CGMS X
S. guilleminiana Gaudich. D 2965 COR X
S. sprucei (Baill.) J.F. Macbr. G. Atique 25 CGMS X
Myrtaceae
Blepharocalyx salicifolius (Kunth) O. Berg D 2139 COR X
Calycorectes psidiiorus (O. Berg) Sobral G. Hatschbach 48490 MBM X
Calyptranthes lucida Mart. D 2616 CGMS X
Campomanesia guazumifolia (Cambess.) O.Berg G. Hatschbach 51492 MBM X
C. xanthocarpa O. Berg. D 1654 COR X
Eugenia aurata O. Berg D 3321 COR X
E. bimarginata DC. F 366 CGMS X
E. egensis DC. AP 15867 CGMS X X
E. orida DC. G. Hatschbach 63417 MBM X X
E. moraviana O. Berg D 2003 COR X
E. myrcianthes Nield. D 4268 COR X
E. pyriformis Cambess. D 2022 COR X
E. racemulosa O. Berg AP 15868 CGMS X
E. repanda O. Berg D 4077 COR X
E. subterminalis DC. D 3608 COR X
E. uniora L. P.I. Oliveira 810 CGMS X
E. uruguayensis Cambess. D 2754 COR X
E. pitanga (O. Berg.) Kiaersk. D 1779 COR X
Myrcia bella Cambess. D 4113A COR X
M. fallax (Rich.) DC. G. Hatschbach 63513 MBM X
Quadro 1. Cont.
Damasceno-Junior
et al.
74
Diagramação: www.editoraletra1.com.br
Iheringia, Série Botânica, Porto Alegre, 73(supl.):65-79, 15 de março de 2018
Nome cientíco Voucher Herbário FED FES T-SF ou FR
M. guianensis (Aubl.) DC. G. Hatschbach 58611 MBM X
M. laruotteana Cambess. G. Hatschbach 58831 MBM X
M. tomentosa (Aubl.) DC. A.S. Penha 437 CGMS X
Myrcianthes pungens (O .Berg) D. Legrand. D 1655 COR X
Myrciaria delicatula (DC.) O. Berg D 2970 CGMS X
M. tenella (DC.) O. Berg D 1895 COR X
Plinia cauliora (DC.) Kausel D 2798 CGMS X
Psidium acutangulum DC. D 2658A COR X
P. guineense Sw. D 3980 COR X
P. kennedyanum Morong. G. Hatschbach 73087 MBM X X
P. nutans O. Berg. D 4278 COR X
P. sartorianum (O. Berg) Nied. AP 15823 CGMS X
Nyctaginaceae
Bougainvillea glabra Choisy Z.A. Trinta 722 CGMS X
B. infesta Griseb. D 1929 COR X
Guapira areolata (Heimerl) Lundell D 2670 COR X
G. opposita Vell. D 2686 COR X
Neea hermaphrodita S. Moore D 3019 COR X X
Ouratea castaneifolia (DC.) Engl. F 254 CGMS X
Pisonia zapallo Griseb. D 3313 COR X
Reichenbachia paraguayensis (D.Parodi) Dugand &
Daniel D 1957 COR X
Ochnaceae
Dulacia papillosa (J.O. Rangel) Sleumer I.M. Bortolotto 1581 CGMS X
Ouratea purpuripes S. Moore D 2687 COR X
Olacaceae
Ximenia americana L. AP 15682 CGMS X
Oleaceae
Priogymnanthus hasslerianus (Chodat) P.S. Green AP 15631 CGMS X X
Opiliaceae
Agonandra brasiliensis Miers ex Benth. & Hook. f. D 3726 COR X X
Petiveriaceae
Gallesia integrifolia (Spreng.) Harms AP 14383 CGMS X
Seguieria aculeata Jacq. D 2164 COR X
S. americana L. A. Sciamarelli 807 DDMS X
Phyllanthaceae
Hyeronima alchorneoides Allemão G. Hatschbach 58973 MBM X X
Margaritaria nobilis L.f. D 1665 COR X
Phytolaccaceae
Phytolacca dioica L. A. Sciamarelli 786 DDMS X X
Picramniaceae
Picramnia latifolia Tul. D 1950 COR X
P. ramiora Planch. AP 15865 CGMS X
Piperaceae
Piper aduncum L. D 2952 COR X X
P. amalago L. AP 14842 CGMS X
P. arboreum Aubl. AP 15687 CGMS X X X
P. cuyabanum C. DC. D 1691 COR X
P. gaudichaudianum Kunth. A.S. Penha 180 CGMS X
P. glabratum Kunth AP 14837 CGMS X
P. hispidum Sw. D 2034 COR X
P. peltatum L. D 1722 COR X
P. tuberculatum Jacq. D 3969 COR X
Poaceae
Guadua chacoensis (Rojas) Londoño & P.M. Peterson D 3786 COR X
G. paniculata Munro D 3595 COR X X
Polygonaceae
Quadro 1. Cont.
Flora lenhosa de Florestas estacionais do estado de Mato Grosso do Sul ... 75
Diagramação: www.editoraletra1.com.br
Iheringia, Série Botânica, Porto Alegre, 73(supl.):65-79, 15 de março de 2018
Nome cientíco Voucher Herbário FED FES T-SF ou FR
Coccoloba cujabensis Wedd. AP 15517 CGMS X
C. ochreolata Wedd. D 5196 COR X
Ruprechtia triora Griseb. D 2813 COR X
R. laxiora Meisn. G. Hatschbach 48434 MBM X
Triplaris americana L. AP 15523 CGMS X X
T. gardneriana Wedd. D 897 COR X
Primulaceae
Clavija nutans (Vell.) B. Ståhl AP 15909 CGMS X X
Myrsine guianensis (Aubl.) Kuntze G 2823 CGMS X
M. gardneriana A.DC. V.A. Assunção 712 CGMS X
M. intermedia (Mez) Pipoly G. Hatschbach 51567 MBM X
Rhamnaceae
Rhamnidium elaeocarpum Reiss. D 338 COR X X
Sageretia splendens (Blume) G. Don D 5007 CGMS X
Zizyphus oblongifolia S. Moore D 306 COR X
Rubiaceae
Calycophyllum multiorum Griseb. D 2706 COR X X
C. spruceanum (Benth.) Hook. f. ex K. Schum. G. Hatschbach 49070 MBM X
Chomelia pohliana Müll.Arg. G. Hatschbach 52440 MBM X
Cordiera sessilis (Vell.) Kuntze D 1999 COR X X
Coussarea hydrangeaefolia Benth. & Hook. D 3215 CGMS X
Coutarea hexandra (Jacq.) K. Schum. D 2555 COR X X
Ferdinandusa speciosa (Pohl) Pohl J.M. Longo 12 CGMS X X
Genipa americana L. D 334 COR X X
Guettarda viburnoides Cham. & Schltdl. G. Hatschbach 45878 MBM X
Palicourea crocea (Sw.) Roem. & Schult. G. Hatschbach 47213 MBM X
P. marcgravii A. St.-Hil. AP 14762 CGMS X
P. rigida Kunth D 2975 CGMS X
P. tubulosus K. Schum. D 3216 COR X X
Psychotria carthagenensis Jacq. D 3325 COR X
P. deexa DC. G. Hatschbach 46156 MBM X
P. poeppigiana Müll. Arg. A.S. Penha 123 CGMS X X
Randia armata (Sw.) DC. AP 15535 CGMS X X
Rudgea jasminoides (Cham.) Müll. Arg. G. Hatschbach 48391 MBM X
R. viburnoides (Cham.) Benth. G. Hatschbach 58955 MBM X
Sabicea aspera Aubl. G.G. Pedra 29 CGMS X X
Simira corumbensis (Standl.) Steyerm. D 2677 COR X X
S. sampaioana (Standl.) Steyerm. A. Sciamarelli DDMS X
Tocoyena formosa (Cham. & Schltdl.) K. Schum. D 5205 COR X X
Rutaceae
Balfourodendron riedelianum (Engl.) Engl. D 1758 COR X
Esenbeckia amazonica Kaastra A. Ducke 1266 CGMS X
E. a. decidua Pirani D 2892 CGMS X
E. almavilea Kaastra D 2350 COR X X
Galipea ciliata Taub. D 2162 COR X
Helietta apiculata Benth. D 4942 COR X
H. puberula R.E. Fr. D 2157 COR X
Pilocarpus pennatifolius Lem. AP 15962 CGMS X X
Zanthoxylum caribaeum Lam. D 4943 COR X X
Z. fagara (L.) Sarg. D 1817 COR X X
Z. petiolare A. St.- Hil. & Tul. D 3217 COR X
Z. rhoifolium Lam. A. Sciamarelli 805 DDMS X X
Z. riedelianum Engl. D 2747 COR X
Z. rigidum Humb. & Bonpl. ex Willd. D 5200 COR X
Z. sprucei Engl. AP 9050 CGMS X
Salicaceae
Banara arguta Briq. D 5215 CGMS X
Quadro 1. Cont.
Damasceno-Junior
et al.
76
Diagramação: www.editoraletra1.com.br
Iheringia, Série Botânica, Porto Alegre, 73(supl.):65-79, 15 de março de 2018
Nome cientíco Voucher Herbário FED FES T-SF ou FR
Casearia aculeata Jacq. D 5204 COR X
C. gossypiosperma Briq. D 3161 CGMS X X
C. obliqua Spreng. AP 15811 CGMS X
C. rupestris Eichler AP 15510 CGMS X
C. sylvestris Sw. D 3580 COR X X X
Prockia crucis P. Browne ex L. AP 15705 CGMS X X
Xylosma venosa N.E.Br. G. Hatschbach 73880 MBM X X
Sapindaceae
Allophylus edulis (A. St.- Hill.) Radlk. D 1960 COR X
A. pauciorus Radkl. AP 14208 CGMS X X
Averrhoidium paraguaiense Radlk. D 3970 COR X
Cupania castaneifolia Mart. D 3853 COR X
C. vernalis Cambess. A. Sciamarelli 1662 DDMS X
Diatenopteryx sorbifolia Radlk. D 2110 CGMS X
Dilodendron bipinnatum Radlk. D 2553 COR X X
Diplokeleba oribunda N.E. Br. D 3317 COR X X
Magonia pubescens A. St.-Hil. A. Sciamarelli 1986 DDMS X
Matayba elaeagnoides Radlk. Almeida ESA 33875 ESA X
M. guianensis Aubl. AP 14753 CGMS X
Melicoccus lepidopetalus Radlk. D 1975 COR X
Sapindus saponaria L. AP 15592 CGMS X X
Talisia esculenta (A. St.-Hil.) Radlk. AP 16170 CGMS X
Sapotaceae
Chrysophyllum gonocarpum (Mart. & Eichler) Engl. D 3643 COR X
C. marginatum (Hook. & Arn.) Radlk. D 3769 COR X X X
Pouteria gardneri (Mart. & Miq.) Baehni V.A. Assunção 232 CGMS X
P. torta (Mart.) Radlk. D 1912 COR X X
Sideroxylon obtusifolium (Roem. & Schult.) T.D. Penn. D 2474 COR X X
Simaroubaceae
Castela tweedii Planch. D 3686 COR X
Simarouba amara Aubl. A.K.M. Oliveira 85 CGMS X X
Siparunaceae
Siparuna guianensis Aubl. G. Hatschbach 65561 MBM X X
S. brasiliensis (Spreng.) A.DC. E.M.J. Costa 23 CGMS X
Solanaceae
Capsicum baccatum L. D 2883 COR X
Cestrum mariquitense Kunth C. Faxina 252 CGMS X
C. obovatum Sendtn. A.C. Araújo 1023 CGMS X
C. schlechtendalii G. Don C. Faxina 120 CGMS X
C. strigilatum Ruiz & Pav. D 2417 COR X X
Solanum acerifolium Dunal D 2026 COR X
S. mauritianum Scop. D 3680 COR X
S. riparium Pers. D 1793 CGMS X
Vassobia breviora (Sendtn.) Hunz. AP 15884 CGMS X
Styracaceae
Styrax camporum Pohl A. Sciamarelli 771 DDMS X
Trigoniaceae
Trigonia boliviana Warm. L. Arroyo 3172 CGMS X
Ulmaceae
Phyllostylon rhamnoides (J. Poiss.) Taub. AP 15536 CGMS X
Urticaceae
Cecropia pachystachya Trécul D 303 COR X X
Urera baccifera (L.) Gaudich. D 2876 COR X
U. caracasana (Jacq.) Gaudich. ex Griseb. AP 15826 CGMS X
Verbenaceae
Aloysia virgata (Ruiz & Pav.) Pers. AP 15522 CGMS X X
Quadro 1. Cont.
Flora lenhosa de Florestas estacionais do estado de Mato Grosso do Sul ... 77
Diagramação: www.editoraletra1.com.br
Iheringia, Série Botânica, Porto Alegre, 73(supl.):65-79, 15 de março de 2018
Nome cientíco Voucher Herbário FED FES T-SF ou FR
Violaceae
Hybanthus atropurpureus (A. St.Hil.) Taub. D 1945 COR X
Vochysiaceae
Callisthene fasciculata Mart. D 2643 COR X
Qualea parviora Mart. D 2979 COR X
Vochysia cinnamomea Pohl D 4633 COR X
V. divergens Pohl D 746 COR X
V. haenkeana (Spreng.) Mart. D 2320 COR X
Quadro 1. Cont.
está registrada para Mato Grosso do Sul. Considerando-se
que o estado é ainda o que detém menor índice de coleta
por Km
2
do Brasil, é possível que ainda existam muitas
espécies a serem citadas para as orestas estacionais,
principalmente mediante inventários em remanescentes
no sudeste do estado. De maneira geral, considerando a
alta diversidade beta em orestas estacionais (Linares-
Palomino et al. 2011), as lacunas de amostragem podem
apresentar composições orísticas altamente dissimilares
das áreas já inventoriadas, o que implicaria em uma revisão
das estratégias de conservação das orestas estacionais do
estado de Mato Grosso do Sul.
Um fato digno de menção é que essas florestas,
sobretudo as decíduas, recebem inuência de formações
vegetais pouco representadas no Brasil, como as orestas
chaquenhas, que contribuem para enriquecer a ora com
elementos como Aspidosperma quebracho-blanco e
espécies do gênero Prosopis. Esse tipo de vegetação existe
no senso stricto apenas no sudoeste do estado, região de
Porto Murtinho (Prado et al. 1992), mas elementos típicos
de sua ora podem ser encontrados no Pantanal em várias
sub-regiões, sobretudo em solos mais férteis e argilosos,
como as do Paraguai, Nabileque e Miranda-Abobral, e
ainda em outras formações isoladas fora da planície, como
em Nioaque.
No atual estágio de conhecimento, não é possível ainda
fazer um mapeamento preciso de todas as inuências
biogeográcas nessas formações no estado. Entretanto,
é possível observar que as orestas semideciduais da
região de Dourados são sicamente um continuum com
a oresta estacional semidecidual do Paraná, com vários
elementos comuns, sobretudo na família Lauraceae, que é
bem representada nessas formações no estado do Paraná.
Florísticamente também existem vários elementos comuns
com orestas de São Paulo e Minas Gerais (Sciamarelli
2005). Essa microrregião é reconhecida pelo mapa de
Biomas brasileiros como Bioma Mata Atlântica. Além disso,
as orestas decíduas da borda Oeste do Pantanal também
possuem muitas espécies em comum com as formações
adjacentes na Bolívia, que lá recebem a denominação de
Bosque Seco Chiquitano (Jardim et al. 2003).
Muitas espécies das orestas decíduas também são de
distribuição ampla no que foi chamado de arco pleistocênico
por Prado & Gibbs (1993), como Anadenanthera colubrina,
Aspidosperma pyrifolium, Commiphora leptophloeos,
Handroanthus impetiginosus e Amburana cearensis, as
quais ocorrem em todo Brasil Central, chegando até a
Caatinga, como observado por Ratter et al. (1988).
O gênero Ficus está entre os mais ricos das orestas
estacionais do estado. As gueiras, de modo geral, são
dispersas por morcegos, principalmente lostomídeos, os
quais possuem uma considerável abundância no estado,
sobretudo no Pantanal (E. A. Fischer com. pessoal), com
uma riqueza de cerca de 70 espécies para todo o grupo
(Fischer et al. 2017). Entretanto, ainda não há elementos, no
atual estágio de conhecimento, para avaliar a importância
dos morcegos no uxo de sementes entre as disjuntas
manchas de SDTFs do Mato Grosso do Sul.
Pelo atual nível de conhecimento sobre essas formações,
não é possível falar em endemismos, pois as coletas
ainda são muito escassas. Entretanto, algumas espécies
de distribuição mais restrita podem ser mencionadas,
como Jatropha cervii, Lonchocarpus variabilis, Mimosa
ferricola, Simira corumbensis, Abuta grandifolia, Bauhinia
leptantha, Jatropha weddelliana, Koanophyllon simillimum,
Nectandra psammophila e algumas Cactaceae como
Cereus bicolor e Harrisia balansae, que são praticamente
exclusivas de orestas estacionais decíduas do MS.
Além disso, pela proximidade geográfica e pelo,
ainda, baixo número de coletas, é possível que muitas
espécies citadas para essas formações apenas para o
Paraguai e a Bolívia, ocorram aqui, como é o caso de
Capparidastrum coimbranum que foi descrita em 2005 e era
citada apenas para Bolívia (Cornejo & Iltis, 2005). Assim
é importantíssimo que o programa Biota mantenha o apoio
às coletas e registros de material em coleções Biológicas.
Os principais acervos a respeito das orestas estacionais
do Brasil estão nos grandes herbários brasileiros, como
MBM, ESA, UEC, SPF, SP, RB, R, UB e BHCB. Além
disso, pode-se mencionar também os herbários dos nossos
vizinhos como os principais herbários da Bolívia LPB e
USZ.
As principais perspectivas seriam a compreensão
dos padrões togeográcos dessas espécies, as relações
entre essas formações e as formações vizinhas (Chaco,
Amazônia) para traçar uma estratégia para conservação
no MS e estados vizinhos.
Damasceno-Junior
et al.
78
Diagramação: www.editoraletra1.com.br
Iheringia, Série Botânica, Porto Alegre, 73(supl.):65-79, 15 de março de 2018
AGRADECIMENTOS
Aos órgãos financiadores que contribuiram com
nanciamento de projetos que resultaram na coleta de
material botânico Fundação de Apoio ao Desenvolvimento
do Ensino Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso
do Sul e Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientíco
e Tecnológico, ao CNPq e Coordenação de Aperfeiçoamento
de Pessoal de Nível Superior pelas bolsas concedidas aos
Pesquisadores A. Pott, Geraldo A. Damasceno-Junior e
Danilo Neves e a toda equipe dos herbários CGMS e COR
pelas inestimáveis contribuições durante o processo de
elaboração deste artigo.
REFERÊNCIAS
Angiosperm Phylogeny Group. 2016. An update of the Angiosperm
Phylogeny Group classication for the orders and families of
owering plants: APG IV. Botanical Journal of the Linnean Society
181: 1–20.
Bastos-Gomes, R.J. 2001. Florística e tossociologia do estrato arbóreo
em área de mata semidecídua no assentamento Andalúcia – Nioaque/
MS. Monograa de graduação 21 f., Universidade Federal de Mato
Grosso do Sul, Campo Grande.
Bortolotto, I.M. 2006. Etnobotânica nas comunidades do Castelo e
Amolar, borda Oeste do Pantanal brasileiro. Tese 158 f., Universidade
Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Rio Claro.
Brasil. 2012. Lista de Espécies da Flora do Brasil 2012. Rio de Janeiro.
Disponível em: http://oradobrasil.jbrj.gov.br/2012. Acessado em:
15.11.2012.
Conceição, C.A. & Paula, J.E. 1986. Contribuição para o conhecimento
da ora do Pantanal mato-grossense e sua relação com a fauna e o
homem. In Simpósio Sobre Recursos Naturais e Sócio-Econômicos
do Pantanal. Embrapa , Corumbá. p. 107-130.
Cornejo, S.X. & Iltis, H. H. 2005. Studies in the Capparaceae XXIII:
Capparis coimbrana, a new species from Bolivia. Brittonia
57(2):155–161.
Damasceno-Júnior, G. A., Bezerra, M.A.O., Bortolotto, I.M. & Pott, A.
1999. Aspectos orísticos e tosionômicos dos capões do Pantanal
do Abobral. In Anais do II Simpósio Sobre Recursos Naturais e
Sócio-econômicos do Pantanal: manejo e conservação. Embrapa
Pantanal, Corumbá, p.203-214.
Damasceno-Júnior, G. A. & Bezerra, M.A.O. 2004. Estudo
Fitossociológico em uma Ilha Fluvial na Lagoa do Castelo, Pantanal,
Corumbá, MS. In Anais do IV Simpósio sobre recursos naturais e
Sócio-Econômicos do Pantanal: Sustentabilidade Regional. Embrapa
Pantanal, Corumbá. Disponível em: http://www.cpap.embrapa.br/
agencia/simpan/sumario/artigos/asperctos/pdf/bioticos/622RB-
Damasceno%20JuniorOKVisto.pdf . Acessado em:15.11.2012.
Damasceno-Júnior, G.A. 2005. Estudo orístico e tossociológico de um
gradiente altitudinal no Maciço do Urucum - Mato Grosso do Sul -
Brasil. Tese 153 f., Universidade Estadual de Campinas, Campinas.
Damasceno-Júnior, G.A., Pott A., Maria V.R.B.; Battilani, J.L., Pott, V.J.
& Scremin-Dias, E. 2007. Avaliação ecológica rápida do Parque
Nacional da Serra da Bodoquena: Flora terrestre. Relatório técnico.
IBAMA, Bonito.
Damasceno-Júnior, G. A., Pott, A., Pott, V.J. & Silva, J.S.V. 2010. Florestas
Estacionais no Pantanal: considerações orísticas e subsídios para
conservação. Geograa 34: 697-707.
Dubs, B. 1994. Dierentiation of woodland and wet savanna habitats in
the Pantanal of Mato Grosso, Brazil. Betrona-Verlag, Küsnacht. 103 p.
Dubs, B. 1998. Prodromus Florae Matogrossensis. Betrona-Verlag,
Küsnacht. 444 p.
Fischer, E., Santos, C.F., Carvalho, L.F.A.C., Camargo, G., Cunha, N.L.,
Silveira, M., Bordignon, M. & Silva, C.L. 2015. Bat fauna of Mato
Grosso do Sul state, southwestern Brazil. Biota Neotropica 15: 1-17.
Furley, P. A. & Ratter, J. A. 1988. Soil resources and plant communities
of the central Brazilian cerrado and their development. Journal of
Biogeography 15: 97-108.
Furtado, P.P., Guimarães, J.G. & Fonzar, B.C. 1982. Vegetação. In Projeto
Radambrasil. (Brasil. Ministério das Minas e Energia.). Rio de
Janeiro, Levantamento de Recursos Naturais, 28, Folha SF-21.
Campo Grande. p. 281-333.
Gentry, A.H. 1995. Diversity and oristic composition of neotropical dry
forests. In Seasonally tropical dry forests (S. H. Bullock, A. Mooney &
E. Medina eds.). Cambridge university press, Cambridge, p. 146-190.
Hoehne, F.C. 1923. Phytophysionomia do estado de Mato Grosso e
ligeiras notas a respeito da composição e distribuição da sua ora.
Cia Melhoramentos, São Paulo. 94p.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geograa e Estatística. 2012. Manual
Técnico da Vegetação Brasileira (2 ed). In Manuais Técnicos em
Geociências (IBGE ed.), Rio de Janeiro, n.1, 275 p.
Jansen, D.H. 1988. Tropical dry forests. The most endangered major
tropical ecosystem. In Biodiversity (O. E. Wilson, ed.). National
Academic Press, Washington DC, p.130-137.
Jardim, A., Killeen, T.J. & Fuentes, A. 2003. Guia de los árboles y arbustos
del Bosque Seco Chiquitano, Bolivia. Editorial Fundación Amigos
de La Naturaleza, Santa Cruz.
Juracy, A.R.M., Salis, S.M. & Damasceno-Júnior, G.A. 1999. Avaliação
orística do morro Bocaina, Corumbá – MS. In Anais do II Simpósio
Sobre Recursos Naturais e Sócio-econômicos do Pantanal: manejo e
conservação. Embrapa Pantanal, Corumbá, p. 327-339.
Lima, M.S., Damasceno-Júnior, G.A. & Tanaka, M.O. 2010. Aspectos
estruturais da comunidade arbórea em remanescentes de oresta
estacional decidual, em Corumbá, MS, Brasil. Revista Brasileira
de Botânica 33: 437-453.
Linares-Palomino, R., Oliveira-Filho, A.T. & Pennington, R.T. 2011.
Neotropical Seasonally Dry Forests: diversity, endemism and
biogeography of wood plants. In Seasonally Dry Tropical Forests
– Ecology and Conservation (R. Dirzo, H.S. Young, H.A. Mooney
and G. Ceballos, eds.). Island Press, Washington, p. 3-21.
Loureiro, R.L., Lima, J.P.S. & Fonzar, P.C. 1982. Vegetação. In Projeto
Radambrasil. (Brasil. Ministério das Minas e Energia). Rio de Janeiro,
Levantamento de Recursos Naturais, 27, Folha SE-21, Corumbá e
parte da Folha SF-20. p. 329-372.
Neves, D. M., Dexter, K.G., Pennington, R.T., Bueno, M.L. & Oliveira-
Filho, A.T. 2015. Environmental and historical controls of oristic
composition across the South American Dry Diagonal. Journal of
Biogeography 42: 1566-1576.
Oliveira-Filho, A.T., Curi, N., Vilela, E.A. & Carvalho, D.A. 2001.
Variation in tree community composition and structure with changes
in soils properties within a fragment of semideciduous forest in
south-eastern Brazil. Edinburgh Journal of Botany 58: 139-158.
Pennington, R.T., Prado, D.E. & Pendry, C.A. 2000. Neotropical
seasonally dry forests and quaternary vegetation changes. Journal
of Biogeography 27: 261-273.
Pott, A., Silva, J.S.V., Salis, S.M., Pott, V.J. & Silva, M. P. 2000. Vegetação
e uso da terra. In Zoneamento ambiental da Borda Oeste do Pantanal:
Maciço do Urucum e Adjacências (J.S.V. Silva, ed.). Embrapa,
Brasília, p.111-131.
Pott, A. & Pott, V.J. 1999. Flora do Pantanal, listagem atual de
Fanerógamas. In Anais do II Simpósio sobre Recursos Naturais
e Socioecomicos do Pantanal, 1999, Corumbá. Anais II Simpósio
sobre Recursos Ambientais e Socio-econômicos do Pantanal, manejo
e conservação. Brasília: Embrapa, 1999. p. 297-325.
Prado, D.E., Gibbs, P. E., Pott, A. & Pott, V.J. 1992. The Chaco-Pantanal
transition in southern Mato Grosso, Brazil. In Nature and dynamics
of forest-savanna boundaries (P.A. Furley, J. Proctor. & J.A. Ratter,
eds.). Chapman & Hill, London, p.451-470.
Prado, D.E. & Gibbs, P.E. 1993. Patterns of species distributions in
the dry seasonal forests of South America. Annals of the Missouri
Botanical Garden 80: 902–927
Prance, G.& Schaller, G.B. 1982. Preliminary study of some vegetation
types of the Pantanal, Mato Grosso, Brazil. Brittonia 34 (2): 228-251.
Ratter, J.A., Pott, A., Pott, V.J., Cunha, C.N. & Haridasan, M. 1988.
Observations on woody vegetation types in the Pantanal and at
Corumbá, Brazil. Notes RBG Edinb. 45: 503-525.
Flora lenhosa de Florestas estacionais do estado de Mato Grosso do Sul ... 79
Diagramação: www.editoraletra1.com.br
Iheringia, Série Botânica, Porto Alegre, 73(supl.):65-79, 15 de março de 2018
Salis, S.M., Silva, M.P., Mattos, P.P., Silva, J.S.V., Pott, V.J. & Pott,
A. 2004. Fitossociologia de remanescentes de oresta estacional
decidual em Corumbá, Estado do Mato Grosso do Sul, Brasil. Revista
Brasileira de Botânica 27 (4): 671-684.
Scariot, A. & Sevilha, A.C. 2005. Biodiversidade, estrutura e conservação
de orestas estacionais deciduais no Cerrado. In Cerrado: Ecologia,
Biodiversidade e Conservação (A. Scariot, J.C. Souza-Silva & J.M.
Felli, J.M., eds.). Ministério do Meio Ambiente, Brasília, p.119–139.
Sciamarelli, A. 2005. Estudo orístico e tossociológico da Mata de
Dourados, Fazenda Paradouro, Dourados, Mato Grosso do Sul,
Brasil. Tese 120 f., Universidade Estadual de Campinas, Campinas.
Silva, J.S.V.; Pott, A.; Abdon, M.M.; Pott, V.J. & Santos, K.R. 2011.
Projeto GeoMS: cobertura vegetal e uso da terra do Estado de Mato
Grosso do Sul. Embrapa Informática Agropecuária, Campinas.
SpeciesLink. 2012. O projeto SpeciesLink. Disponível em: http://splink.
cria.org.br/. Acessado em: 15.11.2012.
Zacarias, S.R. 2012. Conhecimento e uso de espécies vegetais para
construção e tecnologia em assentamento rural. Dissertação.
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Campo Grande.
... The seasonally dry forests in the Pantanal also have some relations with the Neotropical dry forests (Damasceno- Damasceno-Junior et al. 2018). Neotropical dry forests are found in northeastern Brazil, in the Caatinga Souza) biome, extending and scattering towards the Cerrado (Prado and Gibbs 1993b;Pennington et al. 2000;Bueno et al. 2018b). ...
... Among the most frequent species, Astronium fraxinifolium is a species of wide distribution, occurring mainly in the Cerrado and Caatinga biomes. It is a typical species in seasonal forests and cerradão (Prado and Gibbs 1993b;Bueno et al. 2014;Bueno et al. 2018a;Damasceno-Junior et al. 2018). It prefers flood-free soils; consequently, it is more frequent in subregions with higher altitudes in the Pantanal. ...
... All these vegetation types also occur here and there inside the Pantanal. There are 541 tree and palm species recorded to occur in the border zone that are considered Cerrado species and 497 species that are recorded for the highlands of Mato Grosso do Sul State only that are typical for seasonal semideciduous and deciduous forests (Bueno et al. 2018a;Damasceno-Junior et al. 2018). Even at similar environments in the border zone and deep in the Pantanal, quite a number of species are not found inside the Pantanal. ...
Chapter
Plant species are valuable indicators of habitat conditions under seasonal and decadal climatic fluctuations. Here we compile data on the distribution of 492 tree, shrub, and palm species across the Pantanal wetland, describe the occurrence and distribution of vegetation types in biogeographic provinces (or subregions), and explore and discuss the floristic affinities of the Pantanal with other biomes in Brazil, namely, the Pampas, Cerrado, Chaco, Caatinga, Amazon, and Atlantic Forest. We point out the influence of soil type and altitude (height above sea level) on the distribution of the woody vegetation in the Pantanal wetland. Our analyses show differences in species composition between altitudinal categories, indicating that the lower parts of the Pantanal have a more specialized species group, probably due to more prolonged floods. We observed that Spodosols support a species composition different from Gleysols, Luvisols, and Vertisols; the Vertisol composition differs from that of Luvisols and Planosols, while the Planosol composition differs from Gleysols. The most frequent species occur in various habitats and thus are generalists with wide ecological amplitudes, which points to the relatively young floristic evolution of large parts of the Pantanal. The Pantanal woody and palm floras are strongly associated to those of the Cerrado, but also share many species with the semiarid Caatinga biome in Northeast Brazil. Knowledge of the differences between the vegetation types and regions, and the particularities of each one, can support more specific and, therefore, more efficient conservation strategies in each region.KeywordsInundationPhytogeographyReliefSoilsShrubTreePalmWetland conservation
Article
Full-text available
Objetivo: O presente estudo visa apresentar uma síntese do conhecimento sobre a arborização urbana de Mato Grosso do Sul, de forma a contribuir para a compreensão do cenário atual, investigar padrões e identificar lacunas de conhecimento.Metodologia: Foi realizada revisão de artigos disponíveis nas principais bases de dados científicas, referências cruzadas e através de contato direto com todas as secretarias municipais para que pudéssemos compilar e analisar informações disponíveis sobre a arborização urbana dos municípios de Mato Grosso do Sul.Originalidade/Relevância: Traçamos um panorama geral do conhecimento sobre a arborização urbana do estado, incluindo aspectos qualitativos e quantitativos relevantes para o planejamento e gestão integrados da arborização urbana dos municípios.Resultados: Dados sobre a arborização urbana foram registrados para 13 municípios de Mato Grosso do Sul, o que corresponde a 16,4% dos municípios do estado. Essas informações estão disponíveis principalmente para a região nordeste e noroeste, havendo uma grande lacuna de conhecimento para a região sul do estado, que está sob forte influência da Mata Atlântica. Mais de 280 espécies (56 famílias) foram registradas na arborização urbana de Mato Grosso do Sul, havendo predomínio de exóticas (62%). Apenas o oiti (Moquilea tomentosa) esteve presente em todos os municípios estudados e constitui frequentemente espécie acima do percentual recomendado. Os principais problemas documentados referem-se ao afloramento do sistema radicular e conflitos com a rede de energia e telefonia, os quais podem ser mitigados com a seleção de espécies e plantios adequados, gestão e manejo apropriados e acesso à informação e tecnologias.Contribuições sociais/para a gestão: Conhecer o estado atual da arborização urbana é pré-condição fundamental para um planejamento e gestão adequados, e estes devem ocorrer de forma dinâmica e contínua visando a qualidade de vida e bem-estar da coletividade e contribuindo para a conservação da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos. Nesse estudo apresentamos um panorama da arborização do estado de Mato Grosso do Sul de modo a subsidiar essas ações.
Article
Full-text available
The main unit of Mato Grosso do Sul vegetation is the Cerrado. For presenting an accelerated habitat loss process associated by low rate of flora knowledge, becomes of paramount importance the knowledge on tree species in this Biome. In this work, we to present a list of tree species of the Cerrado in Mato Grosso do Sul, in order to support future assessments of the state of conservation and implementation of proposals that can help to conserve its natural resources. The data were extracted from NeoTropTree, which consists of a database set of floristic lists of tree species. We recorded 541 tree species in 85 plant families and 252 genera, and three species are exclusive to the state. © 2018 Fundacao Zoobotanica do Rio Grande do Sul. All rights reserved.
Article
Full-text available
Bats have been increasingly studied in the last 15 years in Mato Grosso do Sul, and several records were not yet considered in reviews of South American bat distributions. Here, we present the bat species and their distributions in Mato Grosso do Sul based mainly on data compilation from literature, but also on complementary information from zoological collections, and our and colleagues’ unpublished records. We found 74 species of bats within 42 genera and seven families already reported in Mato Grosso do Sul. Bat species in this state represent 44% of the Brazilian’s bat species (E 169) and 7% of the world’s bat richness (E 1120). Phyllostomidae (42) and Molossidae (17) were the richest families. Four species formerly cited for Mato Grosso do Sul are not supported by our compilation, and other 15 species recorded in the vicinity are listed as potential occurrences in this state. We additionally found controversial traits for specimens of Platyrrhinus helleri, and report Eumops dabbenei for the first time in Brazil. Most species were recorded in the regions of Cerrado (60) or Pantanal (57) in Mato Grosso do Sul, but only 16 in the Atlantic Forest. Records of Phyllostomidae species were mostly found in Cerrado and those of Molossidae, in Pantanal. Records in Mato Grosso do Sul determine edges of distribution for at least 22 species of South American bats. The overall known chiropteran fauna of Mato Grosso do Sul is highly diverse and new findings are expected through additional surveys.
Article
Full-text available
A revised and updated classification for the families of flowering plants is provided. Many recent studies have yielded increasingly detailed evidence for the positions of formerly unplaced families, resulting in a number of newly adopted orders, including Amborellales, Berberidopsidales, Bruniales, Buxales, Chloranthales, Escalloniales, Huerteales, Nymphaeales, Paracryphiales, Petrosaviales, Picramniales, Trochodendrales, Vitales and Zygophyllales. A number of previously unplaced genera and families are included here in orders, greatly reducing the number of unplaced taxa; these include Hydatellaceae (Nymphaeales), Haptanthaceae (Buxales), Peridiscaceae (Saxifragales), Huaceae (Oxalidales), Centroplacaceae and Rafflesiaceae (both Malpighiales), Aphloiaceae, Geissolomataceae and Strasburgeriaceae (all Crossosomatales), Picramniaceae (Picramniales), Dipentodontaceae and Gerrardinaceae (both Huerteales), Cytinaceae (Malvales), Balanophoraceae (Santalales), Mitrastemonaceae (Ericales) and Boraginaceae (now at least known to be a member of lamiid clade). Newly segregated families for genera previously understood to be in other APG-recognized families include Petermanniaceae (Liliales), Calophyllaceae (Malpighiales), Capparaceae and Cleomaceae (both Brassicales), Schoepfiaceae (Santalales), Anacampserotaceae, Limeaceae, Lophiocarpaceae, Montiaceae and Talinaceae (all Caryophyllales) and Linderniaceae and Thomandersiaceae (both Lamiales). Use of bracketed families is abandoned because of its unpopularity, and in most cases the broader circumscriptions are retained; these include Amaryllidaceae, Asparagaceace and Xanthorrheaceae (all Asparagales), Passifloraceae (Malpighiales), Primulaceae (Ericales) and several other smaller families. Separate papers in this same volume deal with a new linear order for APG, subfamilial names that can be used for more accurate communication in Amaryllidaceae s.l., Asparagaceace s.l. and Xanthorrheaceae s.l. (all Asparagales) and a formal supraordinal classification for the flowering plants.
Article
Full-text available
(Structural features of the arboreal community in remnants of dry forest in Corumbá, MS, Brazil). The structure of the arboreal community of two types of dry forest was compared in an altitudinal gradient of lowland (FEDTB) and submontane (FEDSM) dry forests, in Corumbá, MS, Midwest Brazil. Tree species with circumference at breast height ³ 15 cm were sampled, using the point centered quarter method. In the FEDTB 80 points were demarcated, and in FEDSM 78 points were distributed in the following altitudes: 180 m (18 points), 220, 260 and 300 m (20 points each). In FEDTB 34 species were sampled; Calycophyllum multiflorum Griseb., Ceiba pubiflora (A. St.-Hil.) K. Schum. and Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan have the highest VI values. In FEDSM, 33 species were sampled, and Anandenanthera colubrina, Ceiba pubiflora and Acosmium cardenasii H. S. Irwin & Arroyo were the most important. The distribution pattern of the species varied along the altitudinal gradient. In both forests Shannon's diversity and equitability indexes were 2.9 and 0.8, respectively, and the most representative families were Fabaceae (8 species) and Rubiaceae (4 species). The studied forests have low density of individuals in relation to other studies, except for the track at 300 m. About 22.46% of the individuals of arboreal community had basal ramifications and were in the initial phases of succession. The canopy varied from 6 to 12 m, and emergent individuals of up to 18 m. These remnants represent a source of biodiversity for the Pantanal, being an important part of the natural forest corridors of the region.
Article
Cerrado is the natural vegetation of the poorer soils in central Brazil and covers approximately 23% of the land area of the country. It has a marked seasonal climate and posseses a large characteristic flora of fire-resistant plants including about 800 species of trees and large shrubs. The soils are acidic with low CEC and high levels of Al saturation. They are well drained and the majority are Oxisols (ferrallitic soils). The vegetation ranges from treeless grasslands to closed xeromorphic forests. Attempts have been made to correlate increased density of the woody vegetation with gradients in soil nutrients but the relationship is complex. Two floristically different types of cerrad $\tilde {a}$ o (closed savanna woodland) are associated with mesotrophic and dystrophic soils respectively. Fire is also an important factor in influencing the density of woody vegetation. A distinct commununity of cerrado trees and shrubs occurs in areas where the water table is periodically high. Aluminium is an important factor in cerrado soils and frequently occurs at levels toxic to cultivated plants. On the other hand, the native species are adapted to high Al levels and a number are Al accumulators. Much of the cerrado area is now cultivated. The strategy has been to neutralize the effects of soil acidity and build up soil fertility, mainly by adding P and Ca. Extensive areas have also been turned over to cattle pasture and pine or eucalypt plantations. A plea is made for greater conservation of cerrado areas since, at present, only a small fraction of this vegetation lies within protected reserves.