ArticlePDF Available

Abstract and Figures

O estudo tem o objetivo de identificar as influências dos Sistemas de Informação Estratégicos (Strategic Infomation Systems, ou SIS) na relação da Inovação (exploitation / exploitation), ambidexterity e Desempenho Organizacional (DO). Utilizou-se a técnica estatística de PLS-PM com uma amostra de 256 empresas brasileiras de diferentes setores. Os dados revelaram que a Inovação de exploitation se associou positivamente com o DO. Como resultado do estudo foi confirmado que a alta presença do SIS aumenta a influência da Inovação (exploration e exploitaiton) e Ambidexterity no Desempenho Organizacional. A ambidexterity associou-se positivamente com o Desempenho Organizacional e apresentou coeficientes de caminhos superiores comparados com as relações de Inovação de exploitation e Inovação de exploration com o DO. Esse relacionamento demonstra que as organizações ambidestras possuem maior DO. O estudo também confirmou que 96% das organizações ambidestras possuem alta presença do SIS. Implicações desse estudo podem refletir nas práticas administrativas das organizações que utilizarem o SIS nas etapas de seu planejamento estratégico, ao habilitar a Inovação com foco na melhoria do Desempenho Organizacional.
Content may be subject to copyright.


Adilson Carlos Yoshikuni
FGV-EAESP, São Paulo, SP
José Eduardo R. Favaretto Ω
FGV-EAESP, São Paulo, SP
Alberto Luiz Albertin ¥
FGV-EAESP, São Paulo, SP
Fernando de Souza Meirelles *
FGV-EAESP, São Paulo, SP

A integração da Tecnologia de Informação (TI) / Sistemas de
Informação (SI) com a estratégia de negócios tem sido estudada exten-
sivamente por acadêmicos e prossionais por décadas (MARABELLI;
GALLIERS, 2017; MERALI; PAPADOPOULOS; NADKARNI, 2012;
MIKALEF; PATELI, 2017; PEPPARD; GALLIERS; THOROGOOD,
2014; TEUBNER, 2013; WARD, 2012).
Pesquisas cientícas seminais sobre os Sistemas de Informação
Estratégicos ou Strategic Information Systems (SIS), fundamentam
estudos neste corpo teórico (CHAN, 2002; CHAN; HUFF, 1992;
KING, 1978) com foco em esclarecer a contribuição do SIS no proces-
so e conteúdo das estratégias de negócios (CHEN, D.Q. et al., 2010;
NEWKIRK; LEDERER, 2006; PHILIP, 2007). A literatura acadêmica
reitera que o SIS e o uso apropriado e oportuno da TI/SI efetivamente
Autor correspondente:
FGV-EAESP, São Paulo, SP
E-mail: ayoshikuni@terra.com.br
Ω FGV-EAESP, São Paulo, SP
E-mail: jose@favaretto.net
¥ FGV-EAESP, São Paulo, SP
E-mail: albertin@fgv.br
*FGV-EAESP, São Paulo, SP
E-mail: fernando.meirelles@fgv.br
RESUMO
O estudo tem o objetivo de identificar as influências dos Sistemas de
Informação Estratégicos (Strategic Infomation Systems, ou SIS) na relação
da Inovação (exploitation / exploitation), ambidexterity e Desempenho
Organizacional (DO). Utilizou-se a técnica estatística de PLS-PM com
uma amostra de 256 empresas brasileiras de diferentes setores. Os dados
revelaram que a Inovação de exploitation se associou positivamente com
o DO. Como resultado do estudo foi confirmado que a alta presença
do SIS aumenta a influência da Inovação (exploration e exploitaiton) e
Ambidexterity no Desempenho Organizacional.
A ambidexterity associou-se positivamente com o Desempenho
Organizacional e apresentou coeficientes de caminhos superiores
comparados com as relações de Inovação de exploitation e Inovação de
exploration com o DO. Esse relacionamento demonstra que as organizações
ambidestras possuem maior DO. O estudo também confirmou que 96%
das organizações ambidestras possuem alta presença do SIS. Implicações
desse estudo podem refletir nas práticas administrativas das organizações
que utilizarem o SIS nas etapas de seu planejamento estratégico, ao habilitar
a Inovação com foco na melhoria do Desempenho Organizacional.
Palavras-chave: Sistemas de Informação Estratégicos, Inovação de exploration e
exploitation, Desempenho organizacional, Ambidestralidade.
This work licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
BBR
15
2
apoiam as fases do planejamento estratégico para manter ou obter vantagem competitiva e
Desempenho Organizacional (JOHNSON; LEDERER, 2013; LEIDNER; LO; PRESTON,
2011; SEGARS, A.H.; GROVER; TENG, 1998).
Estudos de TI complementam que a criação de valor e benefícios pelo uso efetivo de
Sistemas de Informação (ALBERTIN; ALBERTIN, 2012; MELVILLE; KRAEMER;
GURBAXANI, 2004) ocorre ao desenvolver capacidades (PAVLOU; EL SAWY, 2006;
YOSHIKUNI; ALBERTIN, 2017) que ajudam as organizações a se tornarem ágeis e sensí-
veis às mudanças e habilitar estratégias competitivas de Inovação de exploration e exploi-
tation (LEIDNER; LO; PRESTON, 2011; MARABELLI; GALLIERS, 2017).
Assim, este artigo analisou que o SIS habilita o processo e conteúdo da estratégia de ne-
gócio com o potencial para aumentar os efeitos positivos na relação entre as atividades de
Inovação de exploration e de exploitation, Ambidexterity e o Desempenho Organizacional.

ExplorationExploitationAmbi-
dexterity
Desenvolver a capacidade para integrar a visão, o portfólio de produtos / serviços, os
processos de negócios e a implantação de estratégias que atendam às constantes necessida-
des do mercado é um desao permanentemente enfrentado pelas organizações. Neste as-
pecto, a organização desenvolve capacidade para gerar e absorver tecnologias fundamentais
para promover estratégias competitivas pela ação propulsora da Inovação (MINTZBERG;
AHLSTRAND; LAMPEL, 2009).
A Inovação pode ser classicada nas categorias de exploration e exploitation (GUPTA;
SMITH; SHALLEY, 2006; JANSEN et al., 2006; SCANDELARI; CUNHA, 2013). As
pesquisas seminais de Inovação com essa abordagem emergiram com March (1991) e pos-
teriormente nos estudos de aprendizagem organizacional, estratégia e empreendedorismo
(JANSEN et al., 2006).
O termo exploration no contexto do papel estratégico relaciona-se a prospecção de no-
vas ideias e soluções, compreendendo as ações organizacionais de busca, descoberta, expe-
rimentação e assunção de riscos (HO; LU, 2015; MARCH, 1991). Com esse foco, envolve
a experimentação de novas ideias, paradigmas, tecnologias, estratégias e conhecimentos,
com a intenção de descobrir alternativas que venham a superar ou no mínimo atender às
necessidades do mercado (BENNER; TUSHMAN, 2003; LEWIN; VOLBERDA, 1999;
SCANDELARI; CUNHA, 2013). Segundo Jansen et al. (2006), a Inovação de exploration
apoia-se em desenvolver estratégias que venham atender a novas demandas de produtos e
serviços, num ciclo frequente de reinvenção do portfólio, aceitando desaos para atender
a novos mercados, em desenvolver novos canais de distribuição, e novas unidades e linhas
de produção com propósito de alcançar vantagem competitiva. As empresas que se posi-
cionam com práticas da Inovação de exploration desenvolvem capacidade para mapear
frequentemente o ambiente externo geral com objetivo de identicar fatores os potenciali-
zam o lançamento de novos produtos e serviços, para diferenciarem-se dos competidores e
estabelecerem-se como empresa de vanguarda (MINTZBERG; AHLSTRAND; LAMPEL,
2009; PORTER, 1986). Assim, empresas que praticam Inovação de exploration requerem
recursos de capital humano, tecnológico e organizacional (KAPLAN; NORTON, 2008)
com capacidade para atuar em ambientes competitivos. As estratégias de Inovação de ex-
ploration estão associadas às incertezas e maior riscos de falha ou insucesso na execução
da estratégia, contudo oferece ganhos superiores de desempenho (BENNER; TUSHMAN,
2003; KAPLAN; NORTON, 2008; MINTZBERG; AHLSTRAND; LAMPEL, 2009;
PORTER, 1986; SCANDELARI; CUNHA, 2013).
BBR
15
3
o termo exploitation, no contexto estratégico, relaciona-se à Inovação por meio do
aproveitamento dos recursos, processos, e estratégias em inovações incrementais, e são pro-
jetadas para atender ás necessidades de clientes e mercados atuais (BENNER; TUSHMAN,
2003; POPADIUK et al., 2010). Neste aspecto, a essência da Inovação de exploitation
está associada à melhoria contínua das competências, tecnologias e paradigmas existentes
(MARCH, 1991). Segundo Jansen et al. (2006), a Inovação de exploitation apoia-se em
aperfeiçoar os produtos e serviços existentes, com frequentes e pequenas adaptações no
portfólio, para manter e (ou) expandir a participação no cliente e mercado atual. As organi-
zações que se posicionam com práticas da Inovação de exploitation desenvolvem capaci-
dade para frequentemente promover ações que aumentem a eciência e ecácia produtiva
pela racionalização do uso dos recursos e pelo incremento de inovações aos produtos e
serviços existentes (MINTZBERG; AHLSTRAND; LAMPEL, 2009; PORTER, 1986). As
estratégias de Inovação de exploitation associam-se à aversão a riscos, primando pela me-
lhoria contínua das capacidades, competências e tecnologias existentes, na racionalização
dos processos de negócios (LEWIN; VOLBERDA, 1999), legitimando a padronização, a
automatização da rotina, com forte apelo à estratégia produtiva por gerar ganhos de econo-
mia de escala (GUPTA; SMITH; SHALLEY, 2006).
O termo “Ambidextrous Organization” (ou organizações ambidestras) é descrito pela
literatura acadêmica seminal (DUNCAN, 1976; TUSHMAN; O’REILLY, 1996) como as
organizações que buscam o ‘equilíbrio’ entre as suas orientações de Inovação de explora-
tion e exploitation. A Ambidestralidade ou ambidexterity, é a capacidade organizacional
de implementar tanto as mudanças incrementais (exploitation) quanto as radicais (explora-
tion), para permitir que a organização seja bem-sucedida por longos períodos. Outras pes-
quisas, além de efetivarem testes empíricos da inuência do Desempenho Organizacional e
a ambidexterity de organizações no contexto da inovação tecnológica (HE; WONG, 2004;
LEIDNER; LO; PRESTON, 2011; POPADIUK; BIDO, 2016), também estudaram a am-
bidexterity por diversas perspectivas conceituais, as quais indicaram que as organizações
ambidestras são capazes de simultaneamente explorar competências já existentes (exploita-
tion) e explorar novas oportunidades (exploration) (BENNER; TUSHMAN, 2003; LAVIE;
STETTNER; TUSHMAN, 2010; RAISCH et al., 2009).

Para medir o Desempenho Organizacional, os indicadores tendem a mensurar o sucesso
ao longo de uma de suas duas trilhas -resultados nanceiros ou não nanceiros (ALBERTIN;
ALBERTIN, 2012; JÄÄSKELÄINEN; LUUKKANEN, 2017; MITHAS; RAMASUBBU;
SAMBAMURTHY, 2011; MOSTAGHEL et al., 2015; REEFKE; TROCCHI, 2013; SEN;
BINGOL; VAYWAY, 2017). As medidas nanceiras representam o valor de longo prazo do
desempenho da organização (ATKINSON et al.,
2011; KIM et al., 2011) e são o resultado da ecácia organizacional na implementa-
ção da estratégia, produtividade e crescimento da receita (KAPLAN; NORTON, 2008;
OUAKOUAK; OUEDRAOGO, 2013; YOSHIKUNI; ALBERTIN, 2017).
De acordo Kaplan e Norton (2008), para atingir o valor de longo prazo para os acionis-
tas é necessário entender o desempenho do cliente e as condições ambientais (MITHAS;
RAMASUBBU; SAMBAMURTHY, 2011; YOSHIKUNI; ALBERTIN, 2014). O de-
sempenho do cliente é medido pela satisfação do cliente com a qualidade dos produ-
tos e serviços, relacionamentos e retenção de clientes, e imagem da marca (KAPLAN;
NORTON, 2008; LEÓN‐SORIANO; MUÑOZ‐TORRES; CHALMETA ROSALEÑ,
2010; MOSTAGHEL et al., 2015). Portanto, a organização desenvolve competências
para executar as atividades da cadeia de valor do negócio (PARK; LEE; CHAE, 2017;
PERKINS; GREY; REMMERS, 2014; REEFKE; TROCCHI, 2013) para entregar os
BBR
15
4
atributos solicitados pelos clientes e promover a satisfação (KAPLAN; NORTON, 2008),
além da sua retenção (SILA, 2007). Assim, a mensuração das diversas perspectivas do
Desempenho Organizacional torna-se essencial para entender as causas do resultado
nanceiro da empresa e da amplitude de desempenho em indicadores não nanceiros
(ALBERTIN; ALBERTIN, 2012; KAPLAN; NORTON, 2008; PARK; LEE; CHAE,
2017; YOSHIKUNI; ALBERTIN, 2017).
 Strategic Infor-
mation Systems
Nas últimas décadas vêm se intensicando as pesquisas sobre a criação de valor da TI/SI
ao negócio (MARABELLI; GALLIERS, 2017; MELVILLE; KRAEMER; GURBAXANI,
2004; MERALI; PAPADOPOULOS; NADKARNI, 2012). O uso efetivo da TI/SI na estra-
tégia de negócio foi destacado como um dos fatores de extrema importância para os CIOs
e CEOs (JOHNSON; LEDERER, 2013; PHILIP, 2007). Estudos abordaram que o SIS su-
porta o processo e conteúdo da estratégia de negócios, melhorando a vantagem competitiva
e o desempenho da organização, mesmo em ambientes de alta competitividade (CHEN,
Y. et al., 2014; MERALI; PAPADOPOULOS; NADKARNI, 2012; TEUBNER, 2013). O
SIS é denido como um conjunto de portfólio de aplicativos de TI/SI que coleta, processa,
analisa, disponibiliza dados/informação para tomada de decisão (O’BRIEN; MARAKAS,
2007; SABHERWAL; CHAN, 2001) e habita o conteúdo e processo da estratégia de negó-
cio para atingir seus objetivos de negócios.
Diversos estudos identicam que o SIS suporta o processo de planejamento estratégi-
co (NEWKIRK; LEDERER, 2006; SINGH; WATSON; WATSON, 2002; YOSHIKUNI;
JERONIMO, 2013) e conteúdo da estratégia, habilitando a consciência estratégica por
meio da disseminação dos objetivos / metas estratégicas para toda organização local
(CHEN, D.Q. et al., 2010; SEGARS, A.H.; GROVER; TENG, 1998); na análise do am-
biente geral que a empresa se encontra, ao possibilitar mapear as oportunidades e amea-
ças do ambiente externo (DAMERON; LÊ; LEBARON, 2015; NEWKIRK; LEDERER,
2006; XUE, L.; RAY; SAMBAMURTHY, 2012); na concepção da estratégia ao alinhar
os recursos internos tecnológicos, de pessoas e organizacional as oportunidades e
mitigar as ameaças (ARVIDSSON; HOLMSTRÖM; LYYTINEN, 2014; LEIDNER;
LO; PRESTON, 2011; SINGH; WATSON; WATSON, 2002); na formulação ao sele-
cionar estratégias para desenvolver novos processos de negócios potencializados pela
arquitetura de TI/SI (JOHNSON; LEDERER, 2013; LEIDNER; LO; PRESTON, 2011;
MARABELLI; GALLIERS, 2017; MERALI; PAPADOPOULOS; NADKARNI, 2012;
SHOLLO; GALLIERS, 2016); e na implantação e acompanhamento da estratégia de
negócio ao suportar o processo de mudança, e execução e controle de planos de ação
(KAPLAN; NORTON, 2008; ROUHANI et al., 2016; SHOLLO; GALLIERS, 2016;
SINGH; WATSON; WATSON, 2002).
Em síntese, o SIS incorpora o processo de planejamento estratégico e habilita a coopera-
ção, análise e participação dos colaboradores para pensar, analisar, implantar e acompanhar
o planejamento estratégico por meio dos portfólios de TI/SI.
      -

Com base na literatura existente, identicaram-se as relações entre o SIS, a Inovação
de exploration e de exploitation, Ambidexterity e o Desempenho Organizacional, as quais
serviram de base para a elaboração do modelo conceitual estudado na pesquisa – Figura 1,
trazendo também as respectivas hipóteses a serem testadas.
BBR
15
5

Segundo Porter (1986), as empresas desenvolvem capacidade e competência especicas
para formular estratégias tecnológicas de inovações incrementais (exploitation), de lideran-
ça em custo, que buscam maior intensidade para a otimização de processos e a melhoria dos
produtos já existentes; ou inovações radicais (exploration), por diferenciação, com habili-
dade para identicar, escolher e explorar conhecimentos e tecnologias – externo e interno
- para oferecer produtos e serviços os quais proporcionem percepção de criação de valor ao
mercado por meio da diferenciação, novidade e exclusividade ao mercado.
As diversas abordagens da estratégia de inovação (MINTZBERG; AHLSTRAND;
LAMPEL, 2009) destacam pelas ações focadas em entender com precisão o ambiente ex-
terno (exploration) para desenvolver novos produtos e serviços e desenvolver competência
interna nos processos de negócios para obter ganhos com a eciência e ecácia operacional
(exploitation).
Pressuposto que as estratégias de inovação são desenvolvidas para aumentar a susten-
tabilidade econômica e nanceira da empresa por meio do crescimento da receita e produ-
tividade (KAPLAN; NORTON, 2008; MINTZBERG; AHLSTRAND; LAMPEL, 2009;
PORTER, 1986; SCANDELARI; CUNHA, 2013; YOSHIKUNI; JERONIMO, 2013), e
que o Desempenho Organizacional está relacionado à capacidade da empresa em usar os
recursos internos nos processos de negócios (YOSHIKUNI; ALBERTIN, 2017), e baseado
em estudos anteriores em economias estáveis que a inovação inuencia o Desempenho
Organizacional (FANG; LEVINTHAL, 2009; HE; WONG, 2004; JANSEN et al., 2006;
SCANDELARI; CUNHA, 2013; UOTILA et al., 2009), são propostas as seguintes
hipóteses:
Figura 1. Modelo conceitual da pesquisa.
BBR
15
6
  A Inovação de Exploration está positivamente associada com o Desempenho
Organizacional.
  A Inovação de Exploitation está positivamente associada com o Desempenho
Organizacional
Como premissa implícita nos estudos de March (1991), as organizações com desem-
penho superior buscam implementar tanto atividades de Inovação de exploration, quanto
de Inovação de exploitation. Pesquisas que analisaram a ambidexterity das organizações
(DUNCAN, 1976; TUSHMAN; O’REILLY, 1996) também conrmaram que as organiza-
ções com melhor desempenho são organizações ambidestras. Evidências de uma relação
geralmente positiva entre a ambidestria organizacional e o Desempenho Organizacional
foram também identicas em vários estudos empíricos (GIBSON; BIRKINSHAW, 2004;
HE; WONG, 2004; LUBATKIN et al., 2006).
Estudos recentes sugerem que as organizações devem procurar a ambidestralidade
(ambidexterity) para obter mais vantagem competitiva e desempenho (LEIDNER; LO;
PRESTON, 2011; SCANDELARI; CUNHA, 2013). Dessa forma, é elencada a seguinte
hipótese:
  A ambidexterity está positivamente associada como o Desempenho Organizacional.


Consoante Chen et al. (2010) e Segars et al. (1998), o SIS habilita a capacidade para exe-
cutar com sucesso o processo e conteúdo da estratégia de negócio. Os autores argumentam
que o sucesso da estratégia de negócio implica a capacidade da empresa para desenvolver
efetivo trabalho cooperativo dos colaboradores no pensar, analisar e fazer a estratégia su-
portada pela TI/SI. O SIS incorporado ao processo do planejamento estratégico,habilita a
consciência estratégica promovendo a comunicação / integração / cooperação: de cima para
baixo, de baixo para cima (CHEN, D.Q. et al., 2010), sem fronteiras -locais e globais -para
que todos tenham compreensão das prioridades estratégicas (KARPOVSKY; GALLIERS,
2015; O’BRIEN; MARAKAS, 2007), obtendo compromisso organizacional pelo trabalho
em equipe (SEGARS, ALBERT H.; GROVER, 1998).
Pavlou e El Sawy (2010) investigaram que o uso efetivo do SIS permite a percepção em
tempo real dos recursos existentes da rma, de forma a se adequarem as transformações do
ambiente externo. O SIS habilita o organização a mapear os fatores externos do ambiente
geral (DAMERON; LÊ; LEBARON, 2015; DAVENPORT; HARRIS; MORISON, 2010;
JARZABKOWSKI; KAPLAN, 2015; NEWKIRK; LEDERER, 2006) e desenvolver estra-
tégias de inovação que capturem as oportunidades (KAPLAN; NORTON, 2008; PORTER,
1986).
O SIS suporta a etapa de concepção da estratégia de negócio para a empresa recongurar
suas capacidades operacionais existentes para melhor responder às mudanças ambientais
(ARVIDSSON; HOLMSTRÖM; LYYTINEN, 2014; LEIDNER; LO; PRESTON, 2011;
SEGARS, ALBERT H.; GROVER, 1998; SINGH; WATSON; WATSON, 2002); e habi-
lita as capacidades de recongurar espontaneamente recursos existentes na construção de
novas capacidades operacionais e enfrentar situações ambientais urgentes, imprevisíveis e
novas (PAVLOU; EL SAWY, 2006, 2010).
O SIS habilita a exibilidade e agilidade na etapa de formulação do planejamento estra-
tégico para tomada de decisão das estratégias de agressividade, análise, proatividade, risco
ou aversão ao risco, defensividade e inovação (CHAN; HUFF, 1992).
BBR
15
7
Dessa forma, o SIS habilita competências essênciais para a organização desenvolver
efetivamente estratégias de criatividade e (ou) estratégias de produtividade (de controle)
como produto do processo de planejamento estratégico (CHEN, D.Q. et al., 2010). Por de-
nição, é razoável concluir que a natureza da estratégia de inovação de exploration, quando
suportada pelo SIS, foca na criatividade da empresa pela geração de novos produtos e ser-
viços e novas abordagens utilizando os recursos de TI/SI, enquanto a natureza da estratégia
de inovação de exploitation foca as capacidades promovidas pelo SIS para o controle, ou
seja, para a eciência e produtividade organizacional (MARABELLI; GALLIERS, 2017;
MARTINEZ-SIMARRO; DEVECE; LLOPIS ALBERT, 2015; PHILIP, 2007). Assim, o
SIS incorporado ao processo do planejamento estratégico auxilia a disseminar a consciên-
cia estratégica, analisar fatores externos, promover cooperação para conceber, desenvol-
ver, implantar e acompanhar as estratégias competitivas (NEWKIRK; LEDERER, 2006)
de inovação de exploration / exploitation (MARTINEZ-SIMARRO; DEVECE; LLOPIS-
ALBERT, 2015) inuenciando a vantagem competitiva e o Desempenho Organizacional
(CHEN, D.Q. et al., 2010). Dessa forma, é prevista a hipótese de que a alta e baixa presença
do SIS inuenciam (MARTINEZ-SIMARRO; DEVECE; LLOPIS-ALBERT, 2015) a rela-
ção entre as estratégias de inovação e Desempenho Organizacional.
 A alta e baixa presença do SIS moderam a relação da Inovação de exploration
e o Desempenho Organizacional.
 A alta e baixa presença do SIS moderam a relação da Inovação de exploitation
e o Desempenho Organizacional.
Importante estudo de Chen et al (2010) contribuiu com a literatura acadêmica do SIS
identicando tipologias. Tal estudo foi ampliado por Leidner, Lo e Preston (2011) com
a inclusão da análise da ambidestria, e forneceu evidências empíricas do relacionamento
positivo entre o SIS e o Desempenho Organizacional -esse mesmo estudo também identi-
couque organizações ambidestras são consideradas as de maiores desempenhos. Outros
estudos relacionados ao SIS que envolveram a ambidexterity identicaram o desao orga-
nizacional de realizar simultaneamente um ‘balanço’ no conjunto de atividades de explora-
tion e exploitation com foco na aprendizagem e inovação organizacional (MARABELLI;
GALLIERS, 2017; MERALI; PAPADOPOULOS; NADKARNI, 2012). Portando, pode-se
elencar a seguinte hipótese:
 A alta e baixa presença do SIS moderam a relação da ambidexterity e o Desempenho
Organizacional.

As variáveis de controle (VC) são críticas na pesquisa de administração porque simpli-
cam a interpretação dos resultados resultantes das análises estatísticas (CARLSON; WU,
2012). Visto que as organizações possuem despesas e investimentos signicativos com o
uso e a gestão da TI/SI, estudo realizado anualmente pela Fundação Getúlio Vargas consta-
tou que o setor de serviços gastou 11%, e o de indústria, 4,5% de seu faturamento líquido
em 2016 (MEIRELLES, 2017). Dessa forma, esta pesquisa tratou de investigar as inuên-
cias, por meio de variáveis de controle, das características da organização (MELVILLE;
KRAEMER; GURBAXANI, 2004), de seu setor e tamanho (porte) pelo número de empre-
gados, na relação de inovação e desempenho organizacional.
BBR
15
8


Para a avaliação da inovação (exploration / exploitation), optou-se pelas medidas e itens
no nível de unidade organizacional de Jansen, Van Den Bosch e Volberda (2006). A mensu-
ração do SIS foi obtida da escala de Singh (2002) e Newkirk e Lederer (2006), realizou-se
validação da escala por meio da análise de conteúdo por especialistas da área (MORGADO
et al., 2018), conabilidade, validade e parcimônia dos itens conforme recomendado por
Wieland, Durach, Kembro e Treiblmaier (2017). Foi operacionalizada a escala para mensu-
rar o Desempenho Organizacional (KAPLAN; NORTON, 2008) proposta por Yoshikuni et
al (2014) nas dimensões de desempenho nanceiro, mercado, processo interno, e aprendi-
zado e crescimento. Para os itens de Inovação e SIS, foram realizadas traduções e consulta
aos especialistas no assunto, os quais realizaram modicações semânticas a m de torná-
-lo compreensível, sem comprometer a validade de conteúdo. Todas as variáveis latentes
tiveram no mínimo três itens, que possibilitaram a medição sua adequada de acordo com as
recomendações de Hair, Hult, Ringle e Sarsdest (2013).
O questionário de pesquisa foi avaliado por especialistas (pesquisadores e professores)
do campo de estratégia e SI com mais de 10 anos de experiência. O resultado da avaliação
do instrumento foi positivo e demonstrou que o questionário retratou a percepção das vari-
áveis usadas nas escalas.
Todos os itens da escala foram avaliados de acordo com uma graduação Likert de 7 pon-
tos, variando de 1 (discordo totalmente) a 7 (concordo totalmente). A escala completa com
os construtos, as assertivas (variáveis / indicadores), e suas cargas fatoriais está disponível
no Anexo I desta pesquisa como material suplementar.

Uma amostra foi selecionada do diretório fornecido pelo Centro de Tecnologia de
Informação Aplicada (GVcia) da Escola de Administração de Empresas de São Paulo
(EAESP) da Fundação Getulio Vargas (FGV). Os respondentes foram escolhidos com base
na sua posição, experiência e conhecimento prossional (KIM et al., 2011) e forneceram
informações conáveis sobre as características do grupo ou da organização, que incluíram
administradores de negócios seniores com conhecimento adequado de TI/SI e processos
estratégicos de negócios da empresa.
A pesquisa foi administrada via email através da distribuição de 1353 convites às or-
ganizações, das quais 256 (19%) responderam ao questionário por intermédio de formu-
lário disponibilizado na Internet. O tamanho da amostra atendeu aos requisitos para a mo-
delagem do caminho de mínimos quadrados parciais (PLS-PM) (HENSELER; RINGLE;
SINKOVICS, 2009; URBACH; AHLEMANN, 2010). Daqueles que responderam ao ques-
tionário em nome de suas respectivas organizações, 39% eram funcionários em cargos de
presidentes, diretores e superintendentes, 36% eram gerentes e coordenadores, e 25% eram
supervisores com poder de decisão.
A Tabela 1 descreve a composição das empresas da amostra em termos do setor em que
operam e do número de empregados.
Conforme evidenciado pelos dados da Tabela 1, 93% da amostra foram representados
por empresas dos setores de serviços e manufatura, e 40% da amostra, por organizações
com mais de 500 empregados.
BBR
15
9

Após avaliação da estatística descritiva das variáveis demográcas, seguiu-se a depu-
ração da escala por meio da análise fatorial conrmatória (validade convergente, validade
discriminante e conabilidade).
O modelo estrutural analítico foi estimado por meio do método Partial Least Squares-
Path Modeling (PLS-PM), por analisar questões comuns que envolvem a análise simultâ-
nea de múltiplas variáveis, por exemplo, com distribuição de variáveis assimétricas ou da-
dos limitados (RINGLE; SARSTEDT; STRAUB, 2012), com uso do programa SmartPLS
2.0 M3 para realizar todas as análises (RINGLE; WENDE; WILL, 2005).


As dimensões denidas a priori foram denidas com base no referencial teórico e foram
mantidas para análise fatorial conrmatória.
Foi realizada eliminação de dois itens que apresentaram carga fatorial igual ou abaixo
de 0,5 e também cargas cruzadas altas (falta de validade discriminante), a validade conver-
gente de todos os construtos foi considerada adequada, com os itens acima de 0,707 e todos
os construtos apresentaram variância média extraída acima de 0,5 (HENSELER; RINGLE;
SINKOVICS, 2009; RINGLE; BIDO; DA SILVA, 2014). Observou-se que os valores na
diagonal (raiz quadrada da variância média extraída) são maiores que os valores fora da
diagonal (correlações), por isso há validade discriminante (HAIR et al., 2013). A conabi-
lidade também está adequada, com valores de conabilidade composta superiores a 0,7, ver
Tabela 2 (HAIR et al., 2013; ROUHANI et al., 2016).
Setor Número de Empregados
Agronégocio 4% ≤ 9 9%
Governo 3% 10 – 49 11%
Manufatura 36% 50 – 99 16%
Serviço 57% 100 – 249 14%
250 – 499 10%
≥ 500 40%
Tabela 1. Dados demográficos da amostra – setores e número de empregados
Construto 1 2 3 4 5 6 7
1 - Financeiro (FI) 0,89
2 - Mercado (ME) 0,46 0,78
3 - Processo Interno (PI) 0,53 0,57 0,78
4 - Aprendizado & Crescimento (AC) 0,46 0,51 0,58 0,75
5 - Inovação exploration (INEX) 0,37 0,27 0,58 0,42 0,80
6 -Inovação exploitation (INEP) 0,44 0,48 0,64 0,53 0,71 0,76
7 - SIS 0,56 0,50 0,65 0,63 0,61 0,67 0,87
Variância média extraída 0,79 0,62 0,61 0,56 0,64 0,58 0,76
Confiabilidade composta 0,92 0,83 0,82 0,79 0,90 0,87 0,94
Média 4,58 5,40 4,97 5,16 4,23 5,01 4,81
Desvio Padrão 1,35 0,96 1,14 1,10 1,31 1,18 1,14
Coeficiente de Variação 30% 18% 23% 21% 31% 24% 24%
Tabela 2. Matriz de correlações entre os construtos de primeira ordem
BBR
15
10
Na Tabela 2 observa-se que os construtos relativos (1, 2, 3 e 4) ao Desempenho
Organizacional (DO) são correlacionados (0,46 a 0,58), e isso conrma a possibilidade
de usá-los como indicadores de um construto de segunda ordem. A variável de DO de se-
gunda ordem produziu um valor da variância média extraída de 0,642 e uma estimativa de
conabilidade composta de 0,93. Em uma comparação do critério de Fornell-Larcker com
a raiz quadrada dos valores da variância média extraída da variável DO (0,801) mostrou o
satisfatório ao critério.

A operacionalização do modelo foi complexa por envolver a avaliação do efeito de mo-
deração do SIS e das variáveis de controle, bem como da inclusão de uma variável latente
para a remoção do viés do método comum de coleta (MLMV - measured latent marker
variable). A técnica de MLMV de (CHIN, W.W. et al., 2013) foi aplicada para controlar o
viés do método comum. Especicamente, quatro itens foram projetados para ter a menor
correlação lógica possível com outras construções sob investigação (ver quadro 1). Por
isso, o modelo foi analisado em mais de um caso (Tabela 3), cujos resultados serão comen-
tados nas próximas seções.
No caso 1, aa relação entre Inovação de exploitation e DO foi de 0,307 (p<0,001), e no
caso 2, sem a variável latente de MLMV, foi de 0,291 (p<0,001), donde se conclui que
o viés devido ao método de coleta foi mínimo (0,02), e o resultado do caso 2 será usado
para comentar as hipóteses H1 e H2. Portanto, a hipótese H1 que apresenta a relação entre
Inovação de exploration e DO não apresentou signicância estatística com valor p > 0,05.
A hipótese H2 foi suportada e apresentou a inuência da Inovação de exploitaiton no DO
(0,291; valor p < 0,001).
MLMV_1: É fácil alcançar meus objetivos.
MLMV_2: Nunca abandono o desejo de ter meu próprio negócio..
MLMV_3: Tenho uma atitude positiva em relação aos outros.
MLMV_4: Eu sempre imagino minha casa no futuro.
Quadro 1. Indicadores formativos utilizados para a análise MLMV
Caso Modelos estruturais Coeficiente estrutural Erro padrão Valor-t Valor-p
1 Inovação Exploration -> DO -0,045 0,073 0,620 0,535 60,60%
Inovação Exploitation -> DO 0,307 0,090 3,235 0,001
SIS -> DO 0,504 0,083 6,322 0,000
SETOR -> DO 0,077 0,103 0,767 0,443
TAMANHO -> DO 0,036 0,058 0,588 0,557
MLMV -> DO 0,137 0,055 2,083 0,037
2 Inovação Exploration -> DO -0,032 0,077 0,410 0,682 59,50%
Inovação Exploitation -> DO 0,291 0,078 3,753 0,000
SIS -> DO 0,524 0,081 6,542 0,000
MLMV -> DO 0,132 0,061 1,878 0,060
3 Inovação Exploration -> DO 0,030 0,074 0,268 0,789 40,00%
Inovação Exploitation -> DO 0,289 0,084 3,311 0,001
SIS -> DO 0,433 0,073 6,013 0,000
4 Inovação Exploration -> DO -0,112 0,081 1,615 0,106 39,50%
Inovação Exploitation -> DO 0,413 0,079 5,416 0,000
SIS -> DO 0,412 0,072 5,552 0,000
Tabela 3. Coeficientes de regressão padronizados dos modelos estruturais
BBR
15
11
Para vericar a hipótese H3, classicaram-se as organizações ambidestras como aque-
las com valor superior à média das variáveis de Inovação de exploration e exploitation, no
total de 103 casos, e criou-se o indicador de ambidexterity (termo interativo) por meio da
multiplicação cruzada de todos os itens padronizados das variáveis de Inovação de explo-
ration e exploitaition (CHIN, WYNNE W; MARCOLIN; NEWSTED, 2003; LEIDNER;
LO; PRESTON, 2011). A hipótese H3 foi suportada, visto que a relação das organizações
ambidestras e o DO foi positiva e signicativa estatisticamente no desempenho (0,377;
valor p < 0,001).
O SIS apresentou inuência na variável dependente (caso 2; 0,524; valor p < 0,001),
indicando moderação da variável na relação entre a Inovação e o DO (CARLSON; WU,
2012). Assim, para testar as hipóteses H4 e H5 foram criadas bases de dados heterogê-
neas para avaliar as diferenças dos coecientes estruturais por grupo (HAIR et al., 2013)
na relação entre a Inovação e o DO. Os grupos foram classicados no caso 3 (“baixa pre-
sença do SIS”) com médias inferiores ou igual a 4 pontos (100 casos), e no caso 4 (“alta
presença do SIS”) com médias superiores a 4 pontos (156 casos).
A relação entre a Inovação de exploration e o DO em ambos os casos 3 e 4 não apresen-
tou signicância estatística (valor p > 0,05), não suportando a hipótese H4.
Entretanto, a relação entre variável de Inovação de exploitation e o DO apresentou signi-
cância estatística em ambos os casos 3 e 4 (0,289; 0,413; valores p < 0,001), conrmando
a hipótese H5. Comparando os efeitos de caminho entre os grupos de SIS foi vericada uma
variação signicativa de 0,125 (30%).
Para avaliar a hipótese H6, separou-se a base de dados no grupo de empresas am-
bidestrais que possuem o SIS alto (99 casos), o qual apresentou efeitos positivos e
signicativos no desempenho (0,359; valor-p < 0,001; R2 = 12,6%). Dado o tamanho
insuciente do grupo de ambidestralidade de SIS baixo (apenas 4 casos), não foi pos-
sível vericar os efeitos e a signicância estatística da relação, portanto a hipótese foi
suportada parcialmente.
A partir dos dados foi possível realizar análises adicionais da influência do SIS
na relação da Inovação e DO. Primeiro, classificaram-se grupos independentes das
empresas com alta presença das atividades de Inovação de exploration (46 casos) e
exploitation (210 casos) moderados pela alta e baixa presença do SIS. Segundo, ana-
lisou-se a relação entre a Inovação de exploitation e o Desempenho Organizacional
para os grupos de SIS alto (158 casos) e baixo (52 casos), e os efeitos de caminhos
foram positivos e estaticamente significativos (SIS alto; 0,557; valor-p < 0,001; R2 =
31,1%; e SIS baixo; 0,339; valor-p < 0,05; R2 = 11,5%), apresentando uma diferença
entre os coeficientes de caminho de 0,22 (39%). Terceiro, efetuou-se a mesma análise
na relação entre a Inovação de exploration e o Desempenho Organizacional para os
grupos de SIS alto (37 casos) e SIS baixo (9 casos). Para grupo de SIS alto, o efeito
foi positivo e estatisticamente significativo (0,453; valor-p < 0,001; R2 = 20,5%) na
relação entre Inovação de exploration e desempenho; entretanto, o tamanho de 4 ca-
sos para o grupo de SIS baixo impossibilitou o teste estatístico da relação.
As variáveis de controle (VC) de Setor e número de empregados não apresentou efei-
to estatístico signicante (valor-p > 0,05) no construto de Desempenho Organizacional e
foram extraídas do modelo como forma de remover seu efeito nas relações de interesse da
pesquisa (CARLSON; WU, 2012).
Conforme evidenciado pelos valores de R2 na Tabela 3, os coecientes de determinação
indicam a relação entre Inovação e DO a ser caracterizada por um grande efeito (HAIR et
al., 2013).
BBR
15
12

O teste da hipótese H1 (Inovação de exploration -> DO) não apresentou significân-
cia estatística e difere de outros estudos realizados sobre a inovação (MARTINEZ-
SIMARRO; DEVECE; LLOPIS-ALBERT, 2015; UOTILA et al., 2009). Contudo, em
análise especifica para o grupo 37 de empresas com alta presença de atividades de
Inovação de exploration e alta presença do SIS, a relação entre Inovação de explo-
ration e Desempenho Corporativo teve efeito positivo e estaticamente significativo.
Essa análise possibilitou identificar em um grupo restrito de 14% de empresas com
alta presença do SIS a influência da relação das atividades de Inovação de explo-
ration e DO, em linha com outros estudos realizados sobre o SIS (LEIDNER; LO;
PRESTON, 2011; XUE, LING; RAY; SAMBAMURTHY, 2012).
O teste da hipótese H2 (Inovação de exploitation -> DO) forneceu suporte para conr-
mar que a Inovação teve uma inuência mais substancial no desempenho da organização
sob condições da alta presença do SIS. O estudo mostrou que empresas que utilizam o
SIS em processos da estratégia de negócio de forma intensa possuem 30% a mais de
contribuição para alcançar o desempenho organizacional. O resultado foi ampliado e
vericou que as empresas com alta presença de atividades de exploitaiton e alta presença
do SIS possuem 39% a mais de inuência no DO que aquelas com baixa presença do
SIS. Acredita-se que o SIS incorporado ao processo do planejamento estratégico habi-
lita o conteúdo das estratégias de Inovação de exploitaton para a empresa regularmente
implantar pequenas adaptações no seu portfólio de produtos e serviços, mostrando-se
presente em seu mercado local, ampliando sua relação com o cliente e melhorando a
sua eciência e ecácia nos processos de negócios. Os resultados estão em linha com as
pesquisas realizadas em empresas brasileiras por Yoshikuni e Albertin (2017) que iden-
ticaram que a TI/SI são intensicadas para ganhos de produtividade pela eciência e
ecácia operacional.
O teste da hipótese H3 (Ambidexterity -> DO) foi suportado (0,377; valor p < 0,001)
e mostrou que 40% das empresas da amostra desenvolvem atividades ambidestras, con-
rmando ser uma habilidade não desenvolvida por todas as empresas (DUNCAN, 1976;
LEIDNER; LO; PRESTON, 2011).
A hipótese H4, que testou a alta e baixa presença do SIS na relação da Inovação de ex-
ploration e DO, para amostra completa, não foi suportada. Contudo, vericou-se em um
grupo de empresas (37 casos) com alta presença do SIS e alta presença das atividades de
Inovação de exploration a associação positiva e estatisticamente signicante ao DO.
Esse relacionamento identica que quanto mais alta é a presença do SIS, maior é a con-
tribuição da Inovação de exploration no DO.
A hipótese H5, que testou a alta e baixa presença do SIS na relação da Inovação
de exploitation e DO, foi suportada. A alta presença do demonstrou 30% adicional de
contribuição no coeciente de caminho da relação da Inovação de exploitation e DO,
quando comparado a baixa presença do SIS. Vericou-se para um grupo de empresas
(158 casos) com alta presença do SIS e alta presença das atividades de Inovação de
exploitation, a contribuição de mais 40% no coeciente de caminho da relação entre
Inovação de exploitaton e DO, comparativamente à presença baixa do SIS. Tal rela-
cionamento signica que quanto mais alta é a presença doSIS, maior é a contribuição
da Inovação de exploitation no DO.
A hipótese H6 foi suportada parcialmente, uma vez que o grupo de empresas com baixa
presença doSIS é insuciente para o teste estatístico (4 casos). Contudo, o estudo demons-
trou que alta presença do SIS contribuiu positiva e estatisticamente signicante para a re-
lação entre a ambidexterity e DO. Esse relacionamento signica que alta presença do SIS é
um dos fatores determinantes para ambidestralidade nas organizações.
BBR
15
13

O estudo possibilitou identicar diferentes impactos da baixa e alta presença do SIS
nas relações das variáveis de Inovação (de exploitation e exploraiton), Ambidexterity e
Desempenho Organizacional. No método da pesquisa foi utilizada a técnica estatística de
PLS-PM com uso do software SmartPLS, o qual demonstrou-se ser uma ferramenta apro-
priada para a análise do estudo.
A principal contribuição teórica do estudo é que a alta presença doSIS aumenta a inuência
da Inovação (exploration e exploitaiton) e Ambidexterity no Desempenho Organizacional.
A pesquisa traz como contribuição aplicada para as práticas administrativas que o SIS,
incorporado ao processo do planejamento estratégico por meio de um portfólio de aplica-
tivos de TI/SI, habilita as organizações no desenvolvimento de atividades de inovações
radicais (exploration), com ênfase para estratégias de lançamentos de novos produtos /
serviços, focadas ao alcance de clientes, mercados ou canais de distribuição emergentes,
e de inovações incrementais (exploitation), ao adequar e incrementar os produtos e servi-
ços existentes, e suas capacidades produtivas, projetadas para atender às necessidades dos
clientes existentes.
Considera-se que este trabalho traz contribuições práticas para as organizações ana-
lisarem com a devida atenção como o SIS pode auxiliar nas etapas de seu planejamento
estratégico, ao habilitar a Inovação com foco na melhoria do Desempenho Organizacional.
Como limitação deste estudo se deu a forma como os dados foram coletados. A amostra
não é probabilística, e não podem ser generalizados os resultados obtidos para uma dada
população.

ALBERTIN, Luiz Alberto; ALBERTIN, Rosa Maria de Moura. Dimensões do uso de tecnologia da informa-
ção: um instrumento de diagnóstico e análise. Revista de Administração Pública, v. 46, n. 1, p. 125–51,
2012.
ARVIDSSON, V.; HOLMSTRÖM, J.; LYYTINEN, K. Information systems use as strategy practice: A multi-
-dimensional view of strategic information system implementation and use. Journal of Strategic Informa-
tion Systems, v. 23, n. 1, p. 45–61, 2014. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1016/j.jsis.2014.01.004>.
ATKINSON, A.A. et al. Management Accounting: Information for Decision-making and Strategy Execution.
6th ed. ed. Upper Saddle River: Prentice Hall, 2011.
BENNER, M. J.; TUSHMAN, M. L. Exploitation, Exploration, and Process Management: The Productivity
Dilemma Revisited. Academy of Management Review, v. 28, n. 2, p. 238–256, 2003.
CARLSON, Kevin D.; WU, Jinpei. The illusion of statistical control: control variable practice in management
research. Organizational Research Methods, v. 15, n. 3, p. 413–435, 2012.
CHAN, Y.E; HUFF, S L. Strategy: an information systems research perspective. The Journal of Strategic In-
formation Systems, v. 1, n. 4, p. 191–204, 1992. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/
article/pii/096386879290035U>.
CHAN, Y E. Why haven’t we mastered alignment? The importance of the informal organization structure.
University of Minnesota MIS Quarterly Executive, v. 1, n. 2, 2002.
CHAN, Y E; HUFF, S. Strategy: an information systems research perspective. The Journal of Strategic Infor-
mation Systems, 1992.
CHEN, D.Q. et al. Information Systems Strategy: Reconceptualization, Measurement, and Implications. MIS
Quarterly, v. 34, n. 2, p. 233–259, 2010.
CHEN, Y. et al. IT capability and organizational performance: the roles of business process agility and en-
vironmental factors. European Journal of Information Systems, Ubuntu 9?is 9 opponent l, v. 23, n. 3, p.
326–342, 2014. Disponível em: <http://www.palgrave-journals.com/doinder/10.1057/ejis.2013.4>.
CHIN, W.W. et al. Controlling for common method variance in PLS analysis: the measured latent marker
variable approach. In: ABDI, H., CHIN, W.W., VINZI, V.E., RUSSOLILLO, G. AND TRINCHERA, L.
(Org.). . New Perspectives in Partial Least Squares and Related Methods. New York: Springer, 2013. p.
231–239.
BBR
15
14
CHIN, Wynne W; MARCOLIN, Barbara L; NEWSTED, Peter R. A Partial Least Squares Latent Variable
Modeling Approach for Measuring Interaction Eects: Results from A Partial Least Squares Latent Varia-
ble Modeling Approach for Measuring Interaction Eects: Results from a Monte Carlo Simulation Study
and an Ele. Information Systems Research, v. 14, n. 2, p. 189–217, 2003.
DAMERON, S.; LÊ, J.K.; LEBARON, C. Materializing Strategy and Strategizing Materials: Why Matter
Matters. British Journal of Management, v. 26, n. S1, p. S1–S12, 2015.
DAVENPORT, T.; HARRIS, J.G.; MORISON, R. Analytics at Work: Smarter Decisions, Better Results. [S.l:
s.n.], 2010.
DUNCAN, R. B. The ambidextrous organization: Designing dual structures for innovation. In: KILMANN,
R. H.; PONDY, L. R.; SLEVIN, D. P. (Org.). The management of organization design: Strategies and im-
plementation. [S.l.]: North Holland, 1976.
FANG, Christina; LEVINTHAL, Daniel. Near-Term Liability of Exploitation: Exploration and Exploitation
in Multistage Problems. Organization Science, v. 20, n. 3, p. 538–551, 2009.
GIBSON, C. B.; BIRKINSHAW, J. The Antecedents, Consequences, and Mediating Role of Organizational
Ambidexterity. Academy of Management Journal, v. 47, n. 2, p. 209–226, 2004.
GUPTA, A K; SMITH, K G; SHALLEY, C E. The interplay between exploration and exploitation. Academy
of management journal, v. 49, n. 4, p. 693–706, 2006.
HAIR, J.F. et al. A Primer on Partial Least Squares Structural Equation Modeling (PLS-SEM). Thousand
Oaks: Sage, 2013.
HE, Zi-Lin; WONG, Poh-Kam. Exploration vs. exploitation: An empirical test of the ambidexterity hypothe-
sis. Organization Science, v. 15, n. 4, p. 481–494, 2004.
HENSELER, J.; RINGLE, C.M.; SINKOVICS, R.R. The use of partial least squares path modeling in inter-
national marketing. Advances in International Marketing, v. 20, p. 277–319, 2009.
HO, H.; LU, R. Performance implications of marketing exploitation and exploration: Moderating role of
supplier collaboration. Journal of Business Research, v. 68, n. 5, p. 1026–1034, 2015.
JÄÄSKELÄINEN, A.; LUUKKANEN, N. The use of performance measurement information in the work
of middle managers. International Journal of Productivity and Performance Management, v. 66, n. 4, p.
479–499, 2017.
JANSEN, J.J.P. et al. Exploratory Innovation, Exploitative Innovation, and Performance: Eects of Organiza-
tional Antecedents and Environmental Moderators. Management Science, v. 52, n. 11, p. 1661–1674, nov.
2006. Disponível em: <http://pubsonline.informs.org/doi/abs/10.1287/mnsc.1060.0576>.
JARZABKOWSKI, P.; KAPLAN, S. Strategy tools-in-use: a framework for understanding “technologies of
rationality” in practice. Strategic Management Journal, v. 36, 2015.
JOHNSON, A.M.; LEDERER, A.L. IS Strategy and IS Contribution: CEO and CIO Perspectives. Informa-
tion Systems Management, v. 30, n. 4, p. 306–318, 2013.
KAPLAN, R.S.; NORTON, D.P. The Execution Premium: Linking Strategy to Operations for Competitive
Advantage. Boston: Harvard Business School Press, 2008.
KARPOVSKY, A.; GALLIERS, R.D. Aligning in practice: From current cases to a new agenda. Journal of
Information Technology, v. 30, n. 2, p. 136–160, 2015.
KIM, Gimun et al. IT Capabilities, Process-Oriented Dynamic Capabilities, and Firm Financial Performance.
Journal of Association for Information Systems, v. 12, n. 7, p. 487–517, 2011.
KING, William R. Strategic Planning for Management Information Systems. MIS Quarterly, v. 2, n. 1, p.
27–37, 1978.
LAVIE, D.; STETTNER, U.; TUSHMAN, M. L. Exploration and Exploitation Within and Across Organiza-
tions. The Academy of Management Annals, v. 4, n. 1, p. 109–155, 2010.
LEIDNER, D.E.; LO, J.; PRESTON, D S. An empirical investigation of the relationship of IS strategy with
rm performance. Journal of Strategic Information Systems, v. 20, n. 4, p. 419–437, 2011.
LEÓN‐SORIANO, R.; MUÑOZ‐TORRES, J.M.; CHALMETA‐ROSALEÑ, R. Methodology for sustainabi-
lity strategic planning and management. Industrial Management & Data Systems, v. 110, n. 2, p. 249–268,
2010.
LEWIN, Arie Y.; VOLBERDA, Henk W. Prolegomena on Coevolution: A Framework for Research on Stra-
tegy and New Organizational Forms. Organization Science, v. 10, n. 5, p. 519–534, out. 1999. Disponível
em: <http://pubsonline.informs.org/doi/abs/10.1287/orsc.10.5.519>. Acesso em: 26 fev. 2017.
LUBATKIN, M. H. et al. Ambidexterity and Performance in Small-to Medium-Sized Firms: The Pivotal Role
of Top Management Team Behavioral Integration. Journal of Management, v. 32, n. 5, p. 646–672, 2006.
MARABELLI, M.; GALLIERS, R.D. A reection on information systems strategizing: the role of power and
everyday practices. Information Systems Journal, v. 27, n. 3, p. 347–366, 2017.
BBR
15
15
MARCH, J.G. Exploration and exploitation in organizational learning. Organization Science, v. 2, n. 1, p.
71–87, 1991.
MARTINEZ-SIMARRO, David; DEVECE, Carlos; LLOPIS-ALBERT, Carlos. How information systems
strategy moderates the relationship between business strategy and performance. Journal of Business Re-
search, v. 68, n. 7, p. 1592–1594, 2015.
MEIRELLES, Fernando Souza. Administração de recursos de informática: tecnologia de informação nas
empresas – panorama e indicadores (28a. edição). . Sao Paulo: Fundação Getulio Vargas, Escola de Admi-
nistração de Empresas de São Paulo, Centro de Tecnologia de Informação Aplicada. FGV-EAESP-CIA.
, 2017
MELVILLE, N.; KRAEMER, K.; GURBAXANI, V. Review: Information Technology and Organizational
Performance: An Integrative Model of IT Business Value. MIS Quarterly, v. 28, n. 2, p. 283–322, 2004.
MERALI, Y.; PAPADOPOULOS, T.; NADKARNI, T. Systems Information systems strategy : Past, present,
future ? Journal of Strategic Information Systems, v. 21, n. 2, p. 125–153, 2012.
MIKALEF, P.; PATELI, A. Information technology-enabled dynamic capabilities and their indirect eect on
competitive performance: Findings from PLS-SEM and fsQCA. Journal of Business Research, v. 70, p.
1–16, 2017.
MINTZBERG, H.; AHLSTRAND, B.W.; LAMPEL, J. Strategy safari: The complete guide through the wilds
of strategic management. 2. ed. Harlow:UK: Financial Times Prentice Hall, 2009.
MITHAS, Sunil; RAMASUBBU, Narayan; SAMBAMURTHY, V. How Information Management Capabili-
ty Inuences Firm Performance. MIS Quarterly, v. 35, n. 1, p. 237–256, 2011.
MORGADO, F.F.R. et al. Scale development: ten main limitations and recommendations to improve future
research practices. Psicologia: Reexão e Crítica, v. 30, n. 1, p. 3, 2018. Disponível em: <http://prc.sprin-
geropen.com/articles/10.1186/s41155-016-0057-1>.
MOSTAGHEL, R et al. Strategic use of enterprise systems among service rms: Antecedents and consequen-
ces. Journal of Business Research, p. 1544–1549, 2015.
NEWKIRK, H.E.; LEDERER, A.L. The eectiveness of strategic information systems planning under envi-
ronmental uncertainty. Information & Management, v. 43, n. 4, p. 481–501, 2006.
O’BRIEN, J.A.; MARAKAS, G.M. Management Information Systems. Irwin: McGraw-Hill, 2007.
OUAKOUAK, Mohamed Laid; OUEDRAOGO, Noufou. The mediating role of employee strategic alig-
nment in the relationship between rational strategic planning and rm performance: A European study.
Canadian Journal of Administrative Sciences, v. 30, n. 3, p. 143–158, 2013.
PARK, S.; LEE, H.; CHAE, S.W. Rethinking balanced scorecard (BSC) measures: formative versus reective
measurement models. International Journal of Productivity and Performance Management, v. 66, n. 1, p.
92–110, 2017.
PAVLOU, P. A.; EL SAWY, O. A. From IT Leveraging Competence to Competitive Advantage in Turbulent
Environments: The Case of New Product Development. Information Systems Research, v. 17, n. 3, p.
198–227, 2006.
PAVLOU, P. A.; EL SAWY, O. A. The “third hand”: IT-enabled competitive advantage in turbulence through
improvisational capabilities. Information Systems Research, v. 21, n. 3, p. 443–471, 2010.
PEPPARD, J.; GALLIERS, R.D.; THOROGOOD, A. Information systems strategy as practice: Micro strate-
gy and strategizing for IS. Journal of Strategic Information Systems, v. 23, n. 1, p. 1–10, 2014.
PERKINS, M.; GREY, A.; REMMERS, H. What do we really mean by “ Balanced Scorecard ” ? International
Journal of Productivity and Performance Management, v. 63, n. 2, p. 158–169, 2014.
PHILIP, George. IS Strategic Planning for Operational Eciency. Information Systems Management, v. 24,
n. 3, p. 247–264, 2007.
POPADIUK, S. et al. Measuring Knowledge Exploitation and Exploration: An Empirical Application in a
Technological Development Center in Brazil. Revista Espacios, v. 31, n. 3, p. 36, 2010.
POPADIUK, S.; BIDO, D. S. Exploration , Exploitation , and Organizational Coordination Mechanisms.
RAC - Revista de Administração Contemporânea, v. 20, n. 2, p. 238–260, abr. 2016. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-65552016000200238&lng=en&nrm=is
o&tlng=en>. Acesso em: 13 fev. 2017.
PORTER, Michael E. Estratégia Competitiva: Técnicas para Análise de indústrias e da Concorrência. 7. ed.
Rio de Janeiro: Editora Campus, 1986.
RAISCH, S. et al. Organizational Ambidexterity: Balancing Exploitation and Exploration for Sustained Per-
formance. Organization Science, v. 20, n. 4, p. 685–695, 2009.
BBR
15
16
REEFKE, H.; TROCCHI, M. Balanced scorecard for sustainable supply chains : design and development
guidelines. International Journal of Productivity and Performance Management, v. 62, n. 8, p. 805–826,
2013.
RINGLE, C.M.; BIDO, D.; DA SILVA, D. Structural equation modeling with the SmartPLS. Brazilian Jour-
nal of Marketing, v. 13, n. 2, p. 53–76, 2014.
RINGLE, C.M.; SARSTEDT, M.; STRAUB, D.W. Editor´s Comments: A Critical Look at the Use of PLS-
-SEM. MIS Quarterly, v. 36, n. 1, p. iii–xiv, 2012.
RINGLE, C.M.; WENDE, S.; WILL, A. SmartPLS 2.0.M3. . Hamburg: SmartPLS. Disponível em: <http://
www.smartpls.de>. , 2005
ROUHANI, S. et al. The impact model of business intelligence on decision support and organizational bene-
ts. Journal of Enterprise Information Management, v. 29, n. 1, p. 19–50, 2016.
SABHERWAL, Rajiv; CHAN, Yolande E. Alignment between Business and IS Strategies: A Study of Pros-
pectors, Analyzers, and Defenders. Information Systems Research, 2001.
SCANDELARI, Vrn; CUNHA, Jc. Ambidestralidade e desempenho socioambiental de empresas do setor
eletroeletrônico. Revista de Administração de Empresas, v. 53, n. 2, p. 183–198, 2013.
SEGARS, A.H.; GROVER, V.; TENG, J.T.C. Strategic information systems planning: Planning system di-
mensons, internal coalignment, and implications for planning eectiveness. Decision Sciences, v. 29, n.
2, p. 303, 1998.
SEGARS, Albert H.; GROVER, Varun. Strategic Information Systems Planning Success: An Investigation of
the Construct and Its Measurement. MIS Quarterly, v. 22, n. 2, p. 139–163, 1998.
SEN, D.; BINGOL, S.; VAYWAY, O. Strategic Enterprise Management for innovative companies: the last
decade of the balanced scorecard. International Journal of Asian Social Science, v. 7, n. 1, p. 97–109, 2017.
SHOLLO, A.; GALLIERS, R.D. Towards an understanding of the role of business intelligence systems in
organisational knowing. Information Systems Journal, v. 26, n. 4, p. 339–367, 2016.
SILA, Ismail. Examining the eects of contextual factors on TQM and performance through the lens of orga-
nizational theories: An empirical study. Journal of Operations Management, v. 25, n. 1, p. 83–109, 2007.
SINGH, Sanjay K.; WATSON, Hugh J.; WATSON, Richard T. EIS support for the strategic management
process. Decision Support Systems, v. 33, n. 1, p. 71–85, 2002.
TEUBNER, R. A. Theory, Practice, and Challenges for Future Research. Business & Information Systems
Engineerin, v. 5, n. 4, p. 243–257, 2013.
TUSHMAN, M. L.; O’REILLY, C. A. Ambidextrous Organizations: Managing Evolutionary and Revolutio-
nary Change. California Management Review, v. 38, n. 4, p. 8–29, 1996.
UOTILA, J. et al. Exploration, explitation, and nancial performance: Analysis of S&P 500 corporations.
Strategic Management Journal, v. 30, p. 221–231, 2009.
URBACH, N.; AHLEMANN, F. Structural equation modeling in Information Systems research using partial
least squares. Journal of Information Technology Theory and Application, v. 11, n. 2, p. 5–40, 2010.
WARD, J.M. Journal of Strategic Information Systems Information systems strategy : Quo vadis ? Journal of
Strategic Information Systems, v. 21, n. 2, p. 165–171, 2012.
WIELAND, A. et al. Statistical and judgmental criteria for scale purication. Supply Chain Management:
An International Journal, v. 22, n. 4, p. 321–328, 2017. Disponível em: <http://www.emeraldinsight.com/
doi/10.1108/SCM-07-2016-0230>.
XUE, L.; RAY, G.; SAMBAMURTHY, V. Eciency or Innovation: How Do Industry Environments Mode-
rate the Eects of Firms’ It Asset Portfolios? [S.l: s.n.], 2012. v. 36.
XUE, Ling; RAY, Gautam; SAMBAMURTHY, Vallabh. Eciency or Innovation: How Do Industry Environ-
ments Moderate the Eects of Firms’ IT Asset Portfolios? MIS Quarterly, v. 36, n. 2, p. 509–528, 2012.
YOSHIKUNI, A.C. et al. Strategy as a mediator of the relationship between use of is and business performan-
ce. REBRAE-Revista Brasileira de Estratégia, v. 7, n. maio/ago, p. 223–241, 2014.
YOSHIKUNI, A.C.; ALBERTIN, A. L. Model Analysis of the Relationship Between Strategic Organization
Knowledge and the Use of Information Systems in Firm Performance in Brazil. Chinese Business Review,
v. 13, n. 5, p. 301–319, 2014.
YOSHIKUNI, A.C.; ALBERTIN, L. A. IT-Enabled Dynamic Capability on Performance: an Empirical Study
of. Rae, v. 57, n. maio-jun, p. 215–231, 2017.
YOSHIKUNI, A.C.; JERONIMO, L.R. Corporate Performance: The IT alignment with business strategy and
nance management. Rio de Janeiro: Brasport, 2013.
... The dissemination of IS in organizations had diverse and multifaceted impacts closely linked to the benefits associated with the use of technologies. In literature several benefits of IS for organizations are highlighted, such as: increase of productivity (Doll & Torkzadeh, 1999;Laudon & Laudon, 2014;Santos, Morikane, Oliveira & Chamon, 2007;Haberkamp, Maçada, Raimundini & Bianchi, 2010;Renaldo, Suhardjo, Suharti, Suyono & Cecilia, 2022); increase of user satisfaction (Čizmić, Rahimić & Šestić, 2023;Mariano, Monteiro, Ramírez-Correa, Moysés & Santos, 2020;Doll, Deng, Raghunathan, Torkzadeh & Xia, 2004); improvements in employee skills and performance (Mendonça, Freitas & Souza, 2009;Shamila, 2023); increase in profits and revenues and reduction of operating costs (Laudon & Laudon, 2014;Lunardi, Dolci & Maçada, 2010;Mendonça et al., 2009); increase in efficiency and organizational performance and management control (Doll & Torkzadeh, 1999;Dewett & Jones, 2001;Pereira, Becker & Lunardi, 2007;Mendonça et al., 2009;Lunardi et al., 2010;Souza, Schdmit & Araújo, 2010;Renaldo et al., 2022); improvements in decision making (Mafra Pereira, Sobrinho & Alves, 2018;Espírito Santo & Correia, 2022;Renaldo et al., 2022;Bastos & Sobral, 2023;Lucht, Hoppen & Maçada, 2007;Pereira et al., 2007); increase in the ability to innovate (Doll & Torkzadeh, 1999;Mendonça et al., 2009;Pereira et al., 2007; 24.ª Conferência da Associação Portuguesa de Sistemas de Informação (CAPSI'2024) 161 Augusto, Takahashi & Sachuk, 2008;Bianchi, Bigolin & Jacobsen, 2015;Yoshikuni, Favaretto, Albertin & Meirelles, 2018;Renaldo et al., 2022); among others. ...
... Innovation has also been associated with the good use of IS, meaning the extent to which an application helps users create and try new ideas in their work (Dewett & Jones, 2001;Pereira et al., 2007; Doll & Torkzadeh, 1999;Souza et al., 2010;Augusto et al., 2008;Bianchi et al., 2015;Yoshikuni et al., 2018;Moura et al., 2018;Cruz, 2020;Renaldo et al., 2022;. ...
Conference Paper
Full-text available
This study aimed to analyse the impacts of the Moodle platform on teachers' work processes at the Polytechnic Institute of Beja, during their daily activities. Questionnaires were applied to assess the perception of teaching users regarding seven dimensions of work processes: productivity; management control; student satisfaction; innovation; decision making; quality of information; security of information and, teacher satisfaction. The data were processed and treated using descriptive and multivariate statistical analysis techniques. The results revealed that the dimension with the highest impact was the student satisfaction and the one with lower impact was decision making. It was possible to identify three groups of user teachers and analyse the impact dimensions of the use of Moodle in each group. It was also possible to verify that all identified sociodemographic variables carry differences between groups.
... The combination of these two types of activity defines the ambidextrous organizational structure (also called organizational ambidexterity) for innovation management (Yoshikuni, Favaretto, Albertin, & Meirelles, 2018). Ambidexterity assumes that the achievement of strategic objectives requires an optimal distribution of resources in two seemingly conflicting demands: adaptability (exploration) and alignment (exploitation) (Severgnini, Galdamez, & Vieira, 2019). ...
... Ambidexterity is of high value to a company once it enables advantages of balance and congruence, resulting in more effective performance (He & Wong, 2004;Yoshikuni et al., 2018). Exploitation is significant for achieving financial performance in the short run, thus, increasing the company's investment capacity in explorative innovation. ...
Article
Full-text available
Objective: To analyzes the moderating effect of innovation on the relationship between internationalization and financial performance. Method: The sample gathers 1,840 companies listed on Brasil, Bolsa, Balcão (B3) and NYSE Euronext during the period of 2014-2018. Tests for difference of means were performed and linear regression models with panel data via systemic generalized moments method (GMM-Sys) were estimated. Results: Estimates indicate that the degree of internationalization alone does not assure high financial performance in Brazilian companies, while in European companies it influences return on assets (ROA) negatively. Moreover, in both contexts, the individual moderating effect of the two variables of innovation, exploration (R&D) and exploitation (Capex), could not be identified. However, a positive and significant effect of ambidextrous innovation activities in the relationship between internationalization and financial performance was verified. Evidence of the effect of internationalization on financial performance in both Brazilian and European companies is confirmed when enhanced by the simultaneous engagement of innovation activities. Contributions: This study contributes to a recent investigative line, which verifies the effect of intervening variables in the internationalization-performance relationship. It contributes to the analysis of this relationship in companies from emerging markets, a much and still needed research focus as a way of gaining a better understanding of business opportunities in adverse institutional conditions and how to seize them.
... In the study by Kava and Didonet (2019) the role of innovation as an influencer of organizational performance and its impact on the market was evidenced in research in medium-sized companies in the food industry in Brazil. This research is in line with the studies of Yoshikuni et al (2018) and Martins and Zilber (2019) that demonstrate the importance of innovation strategies for organizational performance. ...
... Innovation as a source of differentiation is highlighted in the studies by Martins and Zilber (2019), which mention how companies in the emarketplace segment use innovation to obtain competitive advantage. The same occurred in the research by Yoshikuni et al (2018) who performed this analysis in IT companies. As already described in this work, market creation is also a strategy for obtaining competitive advantage (PORTER, 1996;(DULLIUS and SCHAEFFER, 2016). ...
Article
This article examined how the innovation in startups contributes to the creation of markets. The constructs “Strategies for the creation of markets” and “Innovation” were covered in the theoretical framework. The scope of the research was startups and the specific objectives sought to analyze how innovation occurs and verifying the creation of the market through their innovation. The method of research was the qualitative exploratory, and data collection was performed by means of a structured script. Ten startup founders were interviewed and it was used the content analysis technique for data analysis. This article has shown that startups, even using an existing business model, innovate in the segment or the way they deliver their products, thus generating a value innovation and this is often caused by the ability to feel the pain of consumer. Some limitations were found in the research, such as the limited data on Brazilian startups, which already indicates a path for future research, as well as seeking to understand the functioning of the organizational structure of these companies, which still need to be better studied.
Article
Full-text available
O presente estudo tem por objetivo investigar como a inovação radical e a inovação incremental interferem e interagem no ambiente das micro e pequenas empresas no que é denominado de ambidestria da inovação. Para tanto, foi realizada uma pesquisa bibliográfica na base Scopus abrangendo o período de 2011 a 2021. A síntese dos estudos analisados foi organizada conforme a familiaridade e similaridade da temática abordada. Os resultados evidenciam que a relação entre inovação radical e desempenho da empresa deve ser moderada por fatores ambientais. Os resultados mostram que as estruturas organizacionais internas e as condições ambientais externas afetam as MPEs de modo que estas precisam perseguir um ponto de equilíbrio da ambidestria da inovação. Outra observação foi no sentido de que as empresas empreendedoras, buscando ser pró-ativas e inovadoras, são capazes de desenvolver suas capacidades de adquirir e assimilar recursos externos de conhecimento. Concluiu-se que as pesquisas sobre a temática evoluíram no período analisado, partindo de estudos que tinham enfoque prioritariamente nos fatores organizacionais e ambientais, adicionando outros componentes e capacidades até chegar aos impactos e efeitos que as novas tecnologias acrescentam aos elementos basilares da ambidestria da inovação. Desse modo, a ambidestralidade da inovação pode ser valiosa para aumentar a competitividade das MPEs que povoam o sistema econômico. Palavras-chave: Ambidestria. Inovação. Micro e Pequenas Empresas.
Conference Paper
Full-text available
Introdução: O desempenho da organização representa uma das métricas mais estudadas por acadêmicos do campo da administração, mesmo que de forma secundária em seus projetos, pesquisadores e discentes vêm utilizando o construto para avaliar o impacto das intervenções propostas nas múltiplas áreas de estudo do campo. Embora utilizado de forma multidisciplinar, o desempenho da organização representa um construto legítimo do campo da estratégia. Gerentes, proprietários e pesquisadores enfrentam dificuldades em definir o desempenho de modo que as métricas variam de acordo com cada escola de formação. Problematização/Objetivos: O desempenho comumente utilizado nas pesquisas não leva em consideração indicadores de forma integrada e não leva em consideração as particularidades de cada organização e diante de diversas áreas e perspectivas teóricas que cercam a administração, o construto experimenta de conceitualizações problemáticas. O desempenho das empresas experimenta diversas fontes de heterogeneidade que devem ser levadas em consideração nos estudos de análise do desempenho. O objetivo da pesquisa é descrever como as pesquisas relacionadas ao desempenho abordam o tema assim como indicar possíveis futuros caminhos. Fundamentação teórica: Desde os anos 70, em seu surgimento, o campo da estratégia vem expandindo suas áreas de atuação, entretanto esta expansão vem acontecendo de forma rápida e fragmentada. Na contramão desta ideia, os autores argumentam que a necessidade fundamental de explicar a heterogeneidade da empresa faz da falta de consenso uma riqueza do campo. A estratégia pode ser entendida como parte de um fenômeno e isto pode ser explicado pela busca das origens das razões da heterogeneidade do desempenho das empresas. Para alguns autores é preciso incluir medidas subjetivas para avaliar o desempenho como fenômeno. Discussão dos Resultados: A literatura experimenta um alto grau de positivismo, portanto trabalhos focados à subjetividade representam uma lacuna de pesquisa. O desempenho organizacional pode ser melhor explicado se observado sob perspectivas maiores que o simples aumento de amostra ou tempo de análise. É preciso explorar um pouco mais, com observações, entrevistas e grupos focais, as relações dinâmicas existentes entre empresas, atores organizacionais, ambiente e desempenho. Pesquisadores brasileiros podem procurar explorar antecessores do desempenho e o sentido do uso das métricas para gestores e os impactos sociais.
Article
Full-text available
Few studies have investigated the influence of "information capital," through IT-enabled dynamic capability, on corporate performance, particularly in economic turbulence. Our study investigates the causal relationship between performance perspectives of the balanced scorecard using partial least squares path modeling. Using data on 845 Brazilian companies, we conduct a quantitative empirical study of firms during an economic crisis and observe the following interesting results. Operational and analytical IT-enabled dynamic capability had positive effects on business process improvement and corporate performance. Results pertaining to mediation (endogenous variables) and moderation (control variables) clarify IT's role in and benefits for corporate performance.
Article
Full-text available
The purpose of this paper is to investigate how middle managers utilize performance measurement information in their work. More specifically, the study gives understanding on the impact of performance measurement, policies and procedures (formal controls), and individual intuition and experiential knowledge (informal controls) on strategy implementation and decision making. The study also identifies hindrances to the use of measurement information. The study is carried out as a semi-structured interview study in Finnish companies representing five industries and 29 interviewees. Empirical data were analyzed deductively according to the research framework combining informal and formal management controls with two managerial processes. This study contributes to the earlier literature by highlighting the usage of performance measurement information as opposed to developing new measures. In addition, the novelty value of the paper relates to the focus in the work of middle managers which has gained less attention in the previous research.
Article
Full-text available
We review the IS strategizing literature and highlight its main strengths and weaknesses. Strengths include an account given to the relevance of tensions between planned and executed strategy, and associated tradeoffs such as rigidity and flexibility, formal and informal strategizing and the exploitation of static resources vis à vis the exploration of novel capabilities. Weaknesses relate to a predominant focus on an organizational level of analysis and a lack of power considerations. In this paper we aim to build on these strengths and to ameliorate these weaknesses by proposing a comprehensive IS strategizing framework that uses extant IS strategizing research as a foundation, rejuvenated by insights from the emerging strategy-as-practice literature. The paper extends our understanding of IS strategizing in light of the practice perspective by providing a multilevel account and incorporating power considerations.
Article
Purpose Most empirical balanced scorecard (BSC) studies have shown a tendency to wrongly employ reflective indicators instead of the more theoretically suitable formative indicators. However, formative indicators are difficult to apply due to the lack of statistical software support and a standardized model testing method. The paper aims to discuss these issues. Design/methodology/approach This study empirically compares the reflective and formative measurement method with standardized model comparison criteria. After collecting 217 valid questionnaires from companies in South Korea, the authors applied a structural equation modeling technique to analyze the data. Findings The result shows that the formative measure provides greater validity for the corporate performance measurement using BSC. Further, this study shows the indicators’ relative influence on each BSC perspectives using the formative measure. Practical implications This study proved the usefulness of the formative measure analysis method and suggested its practical use, focusing on the indicators most useful in developing corporate strategies. In addition, the authors showed that formative indicators could be used in the corporate environment by overcoming the limitations of conventional studies that were confined to causal relationships with latent variables. Originality/value This study may be the pioneering work that compares formative and reflective indicators simultaneously, addressing the usefulness of formative measurement and its application validity in the existing empirical studies using reflective measurements.
Article
Setting corporate vision, strategy, and associated unit-based strategic goals are crucial for any company to create and to sustain the competitive advantage. This concept has been frequently discussed in theory and practice. The case is no different from the innovation perspective of enterprises. Therefore, this article is aimed at exploring the integration of balanced scorecard into innovative strategic management, providing a framework of interrelated issues based on the existing literature and application areas in this research field. Along with the brief review of innovation based strategic management, which includes 13 peer reviewed journal articles; 8 book chapters, 41 peer-reviewed scientific journal articles, including a content analysis, was conducted to show the last ten years of the balanced scorecard approach from the innovation perspective. The literature review revealed that: (1) the number of related publications on the topic is showing similarity over the last few years; (2) the explored research field has been mainly grounded on balanced scorecard research, but has also been enriched by innovation perspective; and (3) there are wide range of industry applications based on innovation conducted for the balanced scorecard approach. The literature review provides a summary of the most important issues that emerged in this field which can shed lights on the new opportunities and challenges for further research.
Article
A central question for researchers and practitioners is whether and how IT (information technology) can help build a competitive advantage in uncertain environments. To address this question, the present study seeks to empirically explore the relationship between IT-enabled dynamic capabilities and competitive performance. By drawing upon recent thinking in the strategy and IT management literatures, this paper argues that the impact of IT-enabled dynamic capabilities on competitive performance is mediated by organizational agility. Using survey data from 274 international firms and by applying structural equation modelling (SEM), outcomes suggest that IT-enabled dynamic capabilities facilitate two types of agility, market capitalizing and operational adjustment agility, which in sequence enhance competitive performance. The confluence of environmental factors is examined by fuzzy-set qualitative comparative analysis (fsQCA). The results of fsQCA reinforce and refine findings of the PLS analysis concerning the limits and conditions to which IT-enabled dynamic capabilities add value.