No full-text available
To read the full-text of this research,
you can request a copy directly from the author.
Comportamento e cultura na perspectiva da análise do comportamento
Abstract
O presente artigo visa a discutir a perspectiva da análise do comportamento para o estudo da cultura. Apresenta-se, inicialmente, o histórico de estudos que tiveram como objeto de estudo o comportamento humano em contextos sociais. Tais estudos foram fundamentais para a compreensão do comportamento social e verbal, demonstrando o potencial explanatório e tecnológico da análise do comportamento. No entanto, os esforços iniciais de investigação sobre comportamento social e sobre o ambiente social (ou a cultura) tomaram a cultura como o contexto no qual comportamento individual ocorre e como variável independente que participa de maneira um tanto vaga do controle do comportamento operante. Apenas tardiamente, discutiu-se na análise do comportamento a possibilidade de se tomar a cultura como foco central de análise, operando uma inversão em relação ao enfoque que tradicionalmente se assume no estudo do comportamento: a cultura passa a ser assumida como o terceiro nível de determinação do comportamento, passa a ser variável dependente. Quando a cultura, ou o ambiente social, passa a ser tomada como fenômeno que precisa ser compreendido para que se possa, de fato, incluí-lo – posteriormente – como determinante do comportamento, surgem novas possibilidades conceituais e de investigação empírica. O artigo termina apontando possibilidades de pesquisas que consideram a cultura como objeto de estudo legítimo da análise do comportamento.
... Em relação às modificações em sociedades, algumas disciplinas científicas têm se dedicado a compreender como transformações em sistemas culturais afetam as relações entre indivíduos. Dentre tais disciplinas está a Análise do Comportamento, surgida na tentativa de compreender cientificamente o comportamento humano, a qual, desde sua fundação, postula que as variáveis culturais atuam como determinantes do comportamento (Andery, 2011;Skinner 1953Skinner /2003Skinner , 1981. Na perspectiva analítico-comportamental, a cultura pode ser compreendida como um conjunto de práticas e seus produtos, que surgem e se mantêm por meio de interações comportamentais entre indivíduos, denominadas de contingência sociais e seus possíveis entrelaçamentos, passando determinados padrões comportamentais para as próximas gerações (Andery, 2011). ...
... Dentre tais disciplinas está a Análise do Comportamento, surgida na tentativa de compreender cientificamente o comportamento humano, a qual, desde sua fundação, postula que as variáveis culturais atuam como determinantes do comportamento (Andery, 2011;Skinner 1953Skinner /2003Skinner , 1981. Na perspectiva analítico-comportamental, a cultura pode ser compreendida como um conjunto de práticas e seus produtos, que surgem e se mantêm por meio de interações comportamentais entre indivíduos, denominadas de contingência sociais e seus possíveis entrelaçamentos, passando determinados padrões comportamentais para as próximas gerações (Andery, 2011). Assim, problemas sociais são derivados majoritariamente da ação humana e do arranjo de contingências que favorecem a emissão de comportamentos danosos à cultura (Borba et al., 2014;Skinner 1953Skinner /2003Tourinho & Vichi, 2012). ...
... Posteriormente, em cada artigo, inferiu-se elementos constituintes das contingências de três termos, de acordo com as definições trazidas na literatura da área (c.f. Andery, 2011;Fernandes et al., 2017;Glenn et al., 2016;Fontana & Laurenti, 2020;Skinner, 1953) conforme constam a seguir: a) Contexto Antecedente: condições que envolvam o ambiente físico e social que antecedem as práticas culturais (Fontana & Laurenti, 2020); b) Práticas Culturais: conjunto de comportamentos operantes que apresentam certa similaridade em relação a suas topografias e funções (Andery, 2011;Fernandes et al., 2017); c) Consequências Culturais: modificações ambientais produzidas pelas práticas culturais e que retroagem sobre determinados membros de um grupo. (Fontana & Laurenti, 2020;Glenn et al., 2016). ...
A agricultura é uma categoria laboral que permeia a história da humanidade. Contudo, ao passar dos séculos, a relação das pessoas com a agricultura se modificou. Tamanha foi a modernização das práticas agrícolas no Brasil que o termo “agronegócio” emergiu para designar o capitalismo agrário. A maneira como culturas lidam com seus recursos (inclusive alimentícios) é objeto de estudo na área da sustentabilidade. Portanto, é relevante compreender como funciona o modelo de produção agrícola brasileiro e suas consequências. O objetivo deste estudo foi propor uma síntese interpretativa da prática cultural denominada “agronegócio” no Brasil. Para tal, foi realizada uma busca em fevereiro de 2022 na base de dados Scielo Brasil com os seguintes descritores: “Agronegócio” e “Brasil”, e seus equivalentes em inglês. Ao todo 31 artigos foram selecionados. Na consulta à literatura encontrada, o agronegócio foi analisado a partir da contingência de três termos para identificar: a) contextos antecedentes; b) práticas culturais; e c) consequências culturais. Posteriormente, foram descritas as possíveis consequências no curto e longo prazo advindas do agronegócio. Esperamos que as discussões derivadas do presente estudo possam contribuir para o debate da Análise do Comportamento sobre desenvolvimento sustentável, especificamente na área de produção alimentar.
... Em relação às modificações em sociedades, algumas disciplinas científicas têm se dedicado a compreender como transformações em sistemas culturais afetam as relações entre indivíduos. Dentre tais disciplinas está a Análise do Comportamento, surgida na tentativa de compreender cientificamente o comportamento humano, a qual, desde sua fundação, postula que as variáveis culturais atuam como determinantes do comportamento (Andery, 2011;Skinner 1953Skinner /2003Skinner , 1981. Na perspectiva analítico-comportamental, a cultura pode ser compreendida como um conjunto de práticas e seus produtos, que surgem e se mantêm por meio de interações comportamentais entre indivíduos, denominadas de contingência sociais e seus possíveis entrelaçamentos, passando determinados padrões comportamentais para as próximas gerações (Andery, 2011). ...
... Dentre tais disciplinas está a Análise do Comportamento, surgida na tentativa de compreender cientificamente o comportamento humano, a qual, desde sua fundação, postula que as variáveis culturais atuam como determinantes do comportamento (Andery, 2011;Skinner 1953Skinner /2003Skinner , 1981. Na perspectiva analítico-comportamental, a cultura pode ser compreendida como um conjunto de práticas e seus produtos, que surgem e se mantêm por meio de interações comportamentais entre indivíduos, denominadas de contingência sociais e seus possíveis entrelaçamentos, passando determinados padrões comportamentais para as próximas gerações (Andery, 2011). Assim, problemas sociais são derivados majoritariamente da ação humana e do arranjo de contingências que favorecem a emissão de comportamentos danosos à cultura (Borba et al., 2014;Skinner 1953Skinner /2003Tourinho & Vichi, 2012). ...
... Posteriormente, em cada artigo, inferiu-se elementos constituintes das contingências de três termos, de acordo com as definições trazidas na literatura da área (c.f. Andery, 2011;Fernandes et al., 2017;Glenn et al., 2016;Fontana & Laurenti, 2020;Skinner, 1953) conforme constam a seguir: a) Contexto Antecedente: condições que envolvam o ambiente físico e social que antecedem as práticas culturais (Fontana & Laurenti, 2020); b) Práticas Culturais: conjunto de comportamentos operantes que apresentam certa similaridade em relação a suas topografias e funções (Andery, 2011;Fernandes et al., 2017); c) Consequências Culturais: modificações ambientais produzidas pelas práticas culturais e que retroagem sobre determinados membros de um grupo. (Fontana & Laurenti, 2020;Glenn et al., 2016). ...
RESUMO A agricultura é uma categoria laboral que permeia a história da humanidade. Contudo, ao passar dos séculos, a relação das pessoas com a agricultura se modificou. Tamanha foi a modernização das práticas agrícolas no Brasil que o termo "agronegócio" emergiu para designar o capitalismo agrário. A maneira como culturas lidam com seus recursos (inclusive alimentícios) é objeto de estudo na área da sustentabilidade. Portanto, é relevante compreender como funciona o modelo de produção agrícola brasileiro e suas consequências. O objetivo deste estudo foi propor uma síntese interpretativa da prática cultural denominada "agronegócio" no Brasil. Para tal, foi realizada uma busca em fevereiro de 2022 na base de dados Scielo Brasil com os seguintes descritores: "Agronegócio" e "Brasil", e seus equivalentes em inglês. Ao todo 31 artigos foram selecionados. Na consulta à literatura encontrada, o agronegócio foi analisado a partir da contingência de três termos para identificar: a) contextos antecedentes; b) práticas culturais; e c) consequências culturais. Posteriormente, foram descritas as possíveis consequências no curto e longo prazo advindas do agronegócio. Esperamos que as discussões derivadas do presente estudo possam contribuir para o debate da Análise do Comportamento sobre desenvolvimento sustentável, especificamente na área de produção alimentar.
... Ao longo da história, a Análise do Comportamento se constituiu enquanto uma disciplina que apresenta um objeto de estudo bem estabelecido, compreende um conjunto de princípios, técnicas e métodos de pesquisa próprios e apresenta uma grande quantidade de dados empíricos embasando seus princípios (Lamal, 1991;Michael, 1984). Ao longo dessa história, que envolveu tanto a pesquisa quanto a prática, começou a surgir uma necessidade de discutir princípios e técnicas que levem em conta a transformação social (Andery, 2011;Lamal, 1991). ...
... Ao longo do desenvolvimento da Análise do Comportamento, enquanto uma disciplina teórica e prática, a cultura e sociedade passaram a serem compreendidas como unidades que se transformam e seria necessária a busca das variáveis responsáveis por essas transformações (Andery, 2011). Então, as questões levantadas por Lane (1981; acerca da necessidade de compreensão da construção do ambiente social aparecem como uma preocupação dos analistas do comportamento, tendo em vista que a compreensão de processos de transformação de sistemas sociais traria respostas tanto teóricas quanto práticas (Andery, 2011). ...
... Ao longo do desenvolvimento da Análise do Comportamento, enquanto uma disciplina teórica e prática, a cultura e sociedade passaram a serem compreendidas como unidades que se transformam e seria necessária a busca das variáveis responsáveis por essas transformações (Andery, 2011). Então, as questões levantadas por Lane (1981; acerca da necessidade de compreensão da construção do ambiente social aparecem como uma preocupação dos analistas do comportamento, tendo em vista que a compreensão de processos de transformação de sistemas sociais traria respostas tanto teóricas quanto práticas (Andery, 2011). ...
Esse ensaio discute possibilidades de diálogo entre a Psicologia Social de Silvia Lane e a Análise do Comportamento. O diálogo terá três eixos centrais: a delimitação de um objeto de estudo, a noção de transformação social e o método de estudo. A partir desses eixos serão abordados pressupostos da Psicologia Social de Lane, bem como a influência do pensamento skinneriano sobre o pensamento de Lane, além disso, serão apontadas e debatidas algumas críticas da autora sobre a Análise do Comportamento de Skinner. Duas propostas de transformação social encontradas na Análise do Comportamento foram discutidas ao lado das propostas de Lane. O método de estudo também é discutido e a pesquisa-ação proposta por Lane é apresentada ao lado de métodos que a Análise do Comportamento tem utilizado para estudar fenenômenos sociais.
... As bases lançadas por Skinner (1953Skinner ( , 1974Skinner ( , 1981Skinner ( , 1986 permitiram que a cultura fosse tomada como objeto de estudo operante e que fossem empreendidos esforços teóricos e experimentais para investigá-la (Guerin, 1994;Sampaio & Andery, 2010;Todorov, Martone, & Moreira, 2005). Os estudos analítico-comportamentais abordaram a cultura em, pelo menos, dois aspectos (Andery, 2011): como variável independente, ou seja, como um conjunto de variáveis ou componentes que determinam o comportamento individual; e como variável dependente, sendo a cultura tomada um fenômeno a ser esclarecido em si, para depois ser analisado como determinante do comportamento dos indivíduos; essa discussão pode ser aprofundada em Andery (2011). ...
... As bases lançadas por Skinner (1953Skinner ( , 1974Skinner ( , 1981Skinner ( , 1986 permitiram que a cultura fosse tomada como objeto de estudo operante e que fossem empreendidos esforços teóricos e experimentais para investigá-la (Guerin, 1994;Sampaio & Andery, 2010;Todorov, Martone, & Moreira, 2005). Os estudos analítico-comportamentais abordaram a cultura em, pelo menos, dois aspectos (Andery, 2011): como variável independente, ou seja, como um conjunto de variáveis ou componentes que determinam o comportamento individual; e como variável dependente, sendo a cultura tomada um fenômeno a ser esclarecido em si, para depois ser analisado como determinante do comportamento dos indivíduos; essa discussão pode ser aprofundada em Andery (2011). ...
... Para além das questões teóricas, o atual desafio dessa área têm sido planejar condições empíricas e sistemáticas para se investigar a cultura (Andery, 2011). Nesse contexto, alguns estudos brasileiros têm protagonizado métodos e condições experimentais para estudar os processos culturais (Vichi, 2004;Todorov, Martone, & Moreira, 2005). ...
The june festivals are popular celebrations that were historically related to the soil fertility, the agricultural practices and the cult to St. John. One of the most distinctive elements of these festivities is the bonfire of St. John. Researches in Sociology, Anthropology and Folklore has clarified the origins of the bonfire on the night of St. John and the relations this with the practices of the same civilizations. The present article proposes that the june bonfire can be treated historically as a cultural practice and a symbol (or symbolic relational network) and, thereby, be subject to a behavioral analysis. Through of the selection of studies on the thematic, a historical survey was made and was identified and analyzed some contingencies and symbolic relations that permeated the June fire. The analysis of the same historic events allow speculate that, from pagan flame in fertility rituals to christian fire of St. John, the functions and symbolic relational networks of bonfire changed and configured helpful resources for controlling the behavior of individuals. This study explores same possibilities of the interpretation analytic-behavioral of the june bonfire and suggests a interface between Behavior Analysis with the human sciences to study popular practices.
... 3) O conjunto formado pelo entrelaçamento de contingências operantes e o produto agregado é denominado de "culturante" (Glenn et al., 2016). 4) Para que o leitor tenha uma noção precisa da evolução dos conceitos de efeito cumulativo, produto agregado, macrocontingência e metacontingência, sugere-se a leitura de Glenn (1996), Glenn (1988), Glenn (1989), Glenn e Malagodi (1991), Glenn (2004), Glenn e Malott (2004) Convém esclarecer neste momento que a referência feita a contingências entrelaçadas, a efeito cumulativo, a macrocontingências, a produto agregado e a metacontingências designa processos distintos e peculiares que caracterizam diferentes práticas culturais, conforme nos afirma Andery (2011). Duas práticas distintas podem ser tidas como culturais apresentando relações de macrocontingências ou de metacontingências. ...
... E, nesse sentido, o presente artigo compartilha da mesma defesa feita pelas autoras a respeito de como a existência de mais investigações sobre as experiências adolescentes ajudaria a melhorar esse debate. E, buscando adaptar as ponderações de Andery (2011), afirma-se aqui a possibilidade de estudar o sexting como um fenômeno cultural complexo que se estende no tempo entre vários indivíduos e que parece estar sendo transmitido entre gerações. Assim, é preciso pensar, também, se seria possível a realização de experimentos naturais e/ou experimentos reais que pudessem auxiliar na questão do controle de suas variáveis para que um raciocínio metodológico pertinente proporcionasse análises construídas para além da pesquisa reflexiva ou interpretativa. ...
Este artigo discute a prática do sexting entre adolescentes e se propõe a construir uma análise baseada na definição de prática cultural presente na perspectiva behaviorista radical. O sexting é definido como a produção e o compartilhamento, por meio eletrônico, de conteúdos, imagens ou textos que explicitem claramente áreas genitais ou outras partes do corpo (em forte alusão sexual), ou, em sendo conteúdo escrito, mensagens que expressem experiências e/ou insinuações sexuais do próprio adoles-cente que produz estes materiais e, também, de seus amigos, colegas ou demais pessoas que estejam a ele ligados em uma rede social específica. São apresentadas análises considerando as possibilidades do sexting ser uma prática social caracterizada ou por uma metacontingência ou por uma macrocon-tingência. É ressaltada a necessidade de se investir em pesquisas que forneçam dados úteis tanto para a caracterização apropriada do fenômeno quanto para o planejamento de intervenções adequadas e que considerem o sexting parte de um repertório mais amplo da vivência da sexualidade em tempos de interação social mediada pela tecnologia de informação e comunicação.
... Ademais, a escolha dos Estados Unidos para ser comparado com o Brasil foi motivada pelo fato de ele ser amplamente considerado um país modelo de economia capitalista e de trabalho. Nesse sentido, os resultados do presente estudo foram discutidos à luz das diferenças culturais entre o Brasil e os Estados Unidos, haja vista que se tem respaldo teóricoempírico para considerar que a cultura pode influenciar atitudes e comportamentos individuais (e.g., Motta & Gomes, 2019;Gomes et al., 2016;Oliveira & Alves, 2015;Andery, 2011). ...
... Borges (1998) A referida autora reconhece que o trabalho, também, é construído coletiva e culturalmente, já que os indivíduos interagem com os demais membros da sociedade, bem como com acontecimentos históricos. Nesse sentido, pode-se considerar que a cultura pode influenciar a forma como o indivíduo lida com o trabalho, haja vista que pesquisas têm demonstrado que a cultura pode influenciar atitudes e comportamentos individuais (e.g., Athayde & Torres, 2022;Motta & Gomes, 2019;Gomes et al., 2016;Oliveira & Alves, 2015;Andery, 2011). ...
A importância dada ao trabalho tem sido explorada na área de Gestão de Pessoas, todavia ainda são escassas pesquisas sobre tal temática sob uma abordagem transcultural. Este estudo analisou diferenças entre brasileiros e americanos quanto à importância dada ao trabalho à luz da cultura nacional dos países comparados. Dados de 2.596 americanos e de 1.762 brasileiros foram analisados por meio de testes estatísticos de comparação de médias. Os resultados apontaram que, das cinco variáveis tomadas no estudo para representar a importância dada ao trabalho, quatro apresentaram diferenças estatisticamente significantes, compatíveis com as características da cultura nacional dos países comparados.
... Concluímos que a terminologia básica tradicionalmente utilizada na área ainda é suficiente para tratar da seleção por metacontingências, mas que estudos envolvendo humanos precisam destacar a atuação de eventos verbais nas dinâmicas culturais. Palavras-chave: metacontingência, seleção cultural, eventos verbais, comportamento verbal, comportamento governado por regras Na Análise do Comportamento, a cultura é frequentemente estudada como uma variável independente, com o foco em investigar como eventos culturais influenciam comportamentos individuais (Andery, 2011). Nas últimas décadas, entretanto, analistas do comportamento têm tratado a cultura como um objeto de estudo em si mesmo-como uma variável dependente-sendo estudadas a instalação, manutenção e alteração de contingências sociais (Andery, 2011;Sampaio & Leite, 2015;Todorov et al., 2021). ...
... Palavras-chave: metacontingência, seleção cultural, eventos verbais, comportamento verbal, comportamento governado por regras Na Análise do Comportamento, a cultura é frequentemente estudada como uma variável independente, com o foco em investigar como eventos culturais influenciam comportamentos individuais (Andery, 2011). Nas últimas décadas, entretanto, analistas do comportamento têm tratado a cultura como um objeto de estudo em si mesmo-como uma variável dependente-sendo estudadas a instalação, manutenção e alteração de contingências sociais (Andery, 2011;Sampaio & Leite, 2015;Todorov et al., 2021). Essa mudança foi influenciada pelo esforço de aplicar o modelo explicativo de seleção pelas consequências ao nível cultural a partir da proposta do conceito de metacontingência (Glenn, 1986). ...
Para explicitar as funções dos eventos verbais (i.e., interações, respostas ou estímulos verbais) em metacontingências, este trabalho descreve e discute experimentos sobre o tema que manipularam ou controlaram eventos verbais. Indicamos que a seleção de culturantes por consequências culturais pode ocorrer sem a presença de qualquer tipo de evento verbal, mas que esses eventos facilitam a coordenação das respostas componentes do culturante, permitindo um contato mais rápido com e uma maior produção de consequências culturais. Os eventos verbais também contribuem para determinar a distribuição de culturantes e operantes em situações de concorrência entre diferentes metacontingências ou entre metacontingência e contingência operante. As interações verbais entre os participantes parecem ainda serem essenciais para a emergência de coordenação entre respostas em experimentos sobre macrocontingências com humanos. Para além das interações entre os participantes, os eventos verbais funcionam como antecedentes ou consequentes em metacontingências, quando afetam a variabilidade e contribuem para a seleção de determinados culturantes, respectivamente. Concluímos que a terminologia básica tradicionalmente utilizada na área ainda é suficiente para tratar da seleção por metacontingências, mas que estudos envolvendo humanos precisam destacar a atuação de eventos verbais nas dinâmicas culturais.
... Para além das definições com base nas produções de Skinner, outras propostas de estudo do fenômeno cultural sob uma ótica comportamental foram apresentadas na Análise do Comportamento. As compreensões do que seria cultura variam, com ênfase em aspectos distintos (Andery, 2011;Baum, 1994Baum, /1999De Rose, 2016;Fernandes et al., 2017;Leugi, 2012;Melo & De Rose, 2013;Pierce, 1991). Essas distinções corroboram com os argumentos de Andery (2011) quando discute que a cultura pode ser compreendida tanto como variável independente (V.I.), atuando na seleção de comportamentos, quanto variável dependente (V.D.) como práticas culturais mantidas em função de alterações ambientais. ...
... As compreensões do que seria cultura variam, com ênfase em aspectos distintos (Andery, 2011;Baum, 1994Baum, /1999De Rose, 2016;Fernandes et al., 2017;Leugi, 2012;Melo & De Rose, 2013;Pierce, 1991). Essas distinções corroboram com os argumentos de Andery (2011) quando discute que a cultura pode ser compreendida tanto como variável independente (V.I.), atuando na seleção de comportamentos, quanto variável dependente (V.D.) como práticas culturais mantidas em função de alterações ambientais. ...
A palavra cultura possuiu diversas definições até se tornar objeto de estudo da Antropologia no final do século XIX. Nos anos 1950, a Análise do Comportamento também se dedica ao estudo desse conceito, desenvolvendo-se em paralelo com as ciências sociais ou propondo aproximações com teorias divergentes. Nesse sentido,
o objetivo deste estudo foi realizar uma revisão conceitual sobre cultura e questões correlatas para o antropólogo Clifford Geertz, com a aplicação do Procedimento de Interpretação Conceitual de Texto (PICT) na principal obra do autor “A Interpretação das Culturas”, para elencar categorias com aproximações com a Análise do Comportamento. Foram elas: conceito de cultura, símbolos e significados, método interpretativo, e papel da ciência. A concepção de cultura interpretativista aproxima-se das noções comportamentalistas de cultura como variável ambiental. A
caracterização de símbolos mostrou-se semelhante à concepção de equivalência de estímulos. O método interpretativo revela-se complementar ao uso de análises funcionais para estudar cultura. Finalmente, a concepção de ciência teve destaque nas duas vertentes como um método possível para ser aplicado no estudo da cultura. Como pontos de diálogo constatou-se que a vertente comportamentalista pode contribuir com refinamentos metodológicos para o estudo de comportamentos dos indivíduos em grupo, e a Antropologia contribui com concepções teóricas mais
refinadas sobre conceitos fundamentais para estudar os fenômenos sociais e culturo-comportamentais.
... Human behavior is complex, and several variables influence it. Culture is one of those variables and expresses the behaviors of a particular group or people (Andery, 2011). The interpretation of the environment influences how a person behaves, and the same environmental event can present different meanings to different observers (Brandalise et al., 2009). ...
... There is no culture without human interaction and no human being without culture (Gomes et al., 2016). Andery (2011) argues that human behavior is the smallest part of the cultural phenomenon and, therefore, there is no way to disassociate culture and human behavior. One must understand the other. ...
Environmental management and sustainable development have been significantly discussed in the literature. However, studies on this topic with a cross-cultural approach are still scarce. The objective of the present study was to analyze statistically significant differences between Brazil and the United States regarding their citizens' environmental values, discussing such differences in light of the national cultural characteristics of the two countries compared. To this end, we analyzed data from 1,486 Brazilians and 2,223 Americans with correlation and mean comparison tests. Five variables represented individuals' environmental values. In turn, we characterized American and Brazilian national cultures by five cultural dimensions. Among the five variables, three indicated that Brazilians are more environmentally engaged than Americans: importance given to protecting the environment, prioritizing the environment over economic growth, and participation in environmental movements. Americans, in turn, were more environmentally engaged than Brazilians in terms of participation in environmental organizations and financial donations.
... O terceiro desses níveis descreve a origem e a manutenção de ambientes culturais, os quais são selecionadas a partir de sua capacidade de solucionar os problemas que influenciam o grupo como um todo (Skinner, 1981;Todorov & Moreira, 2004). A cultura é um objeto de estudo legítimo da Análise do Comportamento (AC) e os fenômenos sociais protagonizam a maior parte do controle ambiental sobre o comportamento humano (Andery, 2011;Andery et al., 2005;Sampaio & Andery, 2010;Skinner, 1948Skinner, /1972Skinner, , 1981Skinner, , 1953Skinner, /2003Skinner, , 1974Skinner, /2011. Nessa área, os conceitos de macrocontingência e, sobretudo, metacontingência representam possíveis conceitos utilizados no estudo dos fenômenos sociais (Albuquerque et al., 2021;Cihon et al., 2020;Glenn, 1986;Glenn et al., 2016;Martins & Leite, 2016;Sampaio & Andery, 2010;Sampaio & Leite, 2015;Todorov et al., 2021;Zilio, 2019). ...
... Além disso, todos os 21 estudos analisados que utilizaram o CV como VI empregaram como VD a seleção e/ou transmissão de culturantes e de macrocomportamentos (e.g., respostas de autocontrole ético, consumo de recursos no CDG). Esse predomínio ratifica a importância do estudo de fenômenos sociais também como VDs (Andery, 2011). experimentais como a matriz com linhas e colunas e o IPDG. ...
No modelo causal de seleção por consequências, o nível cultural descreve a origem e a manutenção de ambientes culturais, em que os efeitos produzidos afetam coletivamente o grupo como um todo. Na análise do comportamento, destacam-se as produções com os conceitos de metacontingência e macrocontingência, sobretudo o estudo da função do comportamento verbal na seleção cultural. Este trabalho realizou uma revisão de escopo da literatura analítico-comportamental sobre a relação entre metacontingência, macrocontingência e comportamento verbal. Seguindo o Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses extension for Scoping Reviews (PRISMA-ScR), foi realizado o levantamento sistemático de artigos publicados em revistas especializada da área em português, inglês e espanhol, bem como dissertações e teses brasileiras. Foram incluídos 28 trabalhos. Em geral, houve o predomínio de estudos sobre metacontingência, tendo como variável independente o comportamento verbal e como tarefa experimental a da matriz e o dilema do prisioneiro repetido. Os estudos discutiram seus resultados sobre a influência do comportamento verbal na seleção, transmissão e manutenção de comportamentos sociais e culturantes sobretudo a partir das propostas de Sigrid Glenn sobre o tema.
... (SKINNER, 1981(SKINNER, , 1953(SKINNER, /2003(SKINNER, , 1974(SKINNER, /2011ANDERY;MICHELETTO;SÉRIO, 2005;ANDERY, 2010;ANDERY, 2011).O comportamento social representa as respostas recíprocas de duas ou mais pessoas entre si ou em conjunto na interação com o ambiente (SKINNER, 1953(SKINNER, /2003 , 1994;LEDYARD, 1995;SALLY, 1995;BALLIET, 2010). Dessa forma, o objetivo desse trabalho é identificar as possíveis funções e aplicações do comportamento verbal no estudo de práticas culturais. ...
... (SKINNER, 1981(SKINNER, , 1953(SKINNER, /2003(SKINNER, , 1974(SKINNER, /2011ANDERY;MICHELETTO;SÉRIO, 2005;ANDERY, 2010;ANDERY, 2011).O comportamento social representa as respostas recíprocas de duas ou mais pessoas entre si ou em conjunto na interação com o ambiente (SKINNER, 1953(SKINNER, /2003 , 1994;LEDYARD, 1995;SALLY, 1995;BALLIET, 2010). Dessa forma, o objetivo desse trabalho é identificar as possíveis funções e aplicações do comportamento verbal no estudo de práticas culturais. ...
A cultura é um objetivo de estudo legítimo da Análise do Comportamento. O modelo causal de seleção por consequências indica que o terceiro nível de variação e seleção descreve a origem e manutenção de ambientes sociais. O comportamento social representa as respostas recíprocas de duas ou mais pessoas entre si ou em conjunto na interação com o ambiente, de forma antecedente ou consequente. Atualmente, as noções de metacontingência e macrocontingência protagonizam o estudo conceitual e empírico de práticas culturais, sobretudo pela utilização de dilemas sociais característicos da Teoria dos Jogos. Nessas investigações, o comportamento
verbal (e.g., comunicação, regras, interação verbais) é uma variável importante no aumento da cooperação e na coordenação de respostas. Dessa forma, este trabalho apresenta algumas propostas conceituais da área que descrevem
possíveis funções do comportamento verbal nas práticas culturais. Somado a isso, são discutidas potenciais aplicações desse conjunto teórico em fenômenos sociais, como a corrupção, as relações organizacionais e o enfrentamento brasileiro da pandemia de COVID-19.
... Para Skinner (19531957), o comportamento social é qualquer contingência de três termos cujas consequências são mediadas pelo comportamento operante de outro(s) indivíduo(s) (Sampaio & Andery, 2010). Matos (1989) (Andery, 2011;Skinner 1953Skinner , 1957Skinner , 1974Skinner /1982Skinner /1987a. A partir de Ciência e Comportamento Humano (Skinner 1953, a cultura é definida pelo entrelaçamento de contingências de reforçamento com seus respectivos produtos, e torna-se objeto de estudo (Andery, 2011). ...
... Matos (1989) (Andery, 2011;Skinner 1953Skinner , 1957Skinner , 1974Skinner /1982Skinner /1987a. A partir de Ciência e Comportamento Humano (Skinner 1953, a cultura é definida pelo entrelaçamento de contingências de reforçamento com seus respectivos produtos, e torna-se objeto de estudo (Andery, 2011). ...
A multideterminação do comportamento humano via três fontes de controle – filogenética, ontogenética e cultural – integra os princípios da ciência comportamental iniciada por B. F. Skinner nos anos 1930, tendo posteriormente, o artigo seminal Selection by Consequences (Skinner, 1981/1987a). A unidade de análise, a contingência de três termos, envolve a descrição de relações entre eventos ambientais antecedentes e subsequentes e a alteração da probabilidade futura de uma resposta alvo. A replicação fortalece análises funcionais em condições experimentais, assim como interpretações de eventos ocorridos no ambiente natural (i.e., análise funcional descritiva). Esse movimento é identificado também no terceiro nível de seleção, o nível cultural. Uma das possibilidades analíticas é oferecida pela descrição de macrocomportamentos em macrocontingências à seleção de linhagens culturo-comportamentais e produções agregadas em metacontingências. Nestas, há recorrência de contingências comportamentais entrelaçadas e seus respectivos produtos agregados [CCEsàPAs], as quais podem envolver diferentes sistemas como a família, igreja e Estado. O objetivo deste trabalho é apresentar uma revisão mostrando a evolução de estudos de práticas culturais, com a criação de novas unidades de análise, a partir do modelo de seleção por consequências. Destaca-se que o desenvolvimento desta área conjuga observação, experimentação, com interpretações de variáveis presentes em análogos experimentais, e no ambiente natural.Palavras-chave: análise do comportamento, análise experimental do comportamento, contingência, metacontingência, macrocontingência.
... Há décadas analistas do comportamento se esforçam na busca por melhores formas de compreender e intervir sobre problemas sociais. Como aponta (Andery, 2011), discussões sobre aspectos teóricos, metodológicos e práticos que constituem tal esforço podem ser encontradas na literatura analítico-comportamental pelo menos desde a década de 1960. Apesar disso, são recorrentes na literatura contemporânea afirmações de que tais esforços estariam ainda num estágio inicial -"infantil", como recentemente caracterizaram Carvalho, Sandaker e Ree (2017, p. 71) ou "em fase embrionária", como caracterizaram Moreira, Ramos e Todorov (2013, p. 12). ...
... Apesar disso, são recorrentes na literatura contemporânea afirmações de que tais esforços estariam ainda num estágio inicial -"infantil", como recentemente caracterizaram Carvalho, Sandaker e Ree (2017, p. 71) ou "em fase embrionária", como caracterizaram Moreira, Ramos e Todorov (2013, p. 12). Não obstante, afirmações como essas são frequentemente acompanhadas de certo otimismo -uma espécie de promessa de que, uma vez adequadamente desenvolvida, a análise do comportamento será decisiva na resolução dos mais diversos e complexos problemas humanos (e.g., Andery, 2011;Glenn, 1986;Malagodi & Jackson, 1989;Skinner, 1971). Ao ponderar sobre alguns dos obstáculos que uma ciência do comportamento enfrenta e pode vir a enfrentar para se consolidar como ferramenta de transformação social, pesquisadores como Carrara (2015) preferem moderar tal promessa, exercitando um "otimismo contido" (p. ...
Há décadas analistas do comportamento se esforçam para tornar suas ferramentas conceituais e metodológicas mais adequadas para lidar com problemas sociais. Uma das várias dificuldades que problemas sociais impõem a analistas do comportamento é o fato deles serem constituídos por agrupamentos complexos de contingências concorrentes. Isso significa que, para melhor compreendermos padrões de comportamento social e práticas culturais em geral, um maior número de pesquisas sobre os efeitos dessas múltiplas contingências concorrentes se faz necessário. Nesse contexto, o presente trabalho apresenta a proposta de análise comportamental não-linear, de Israel Goldiamond, como uma alternativa para compreender e intervir em problemas sociais. Uma análise comportamental não-linear compreende a ocorrência de um comportamento-alvo como função da resolução de uma matriz contingencial, composta pelo comportamento-alvo e por padrões comportamentais alternativos. Desse modo, há necessidade de se levar em conta, de saída, o efeito de múltiplas contingências concorrentes sobre os comportamentos e práticas de interesse. Apresentamos, portanto, a proposta de Goldiamond e alguns de seus desdobramentos conceituais, como os conceitos de grau de liberdade, grau de coerção, escolha genuína, coerção instigada e coerção oportuna. Em seguida, apresentamos também a abordagem construcional e as intervenções tópicas e sistêmicas - como estratégias de intervenção derivadas da análise comportamental não-linear. Uma vez concluída a apresentação da análise não-linear do comportamento, de seus desdobramentos conceituais e de suas estratégias de intervenção, examinamos algumas das possibilidades de aplicação desse quadro conceitual especificamente ao entendimento de problemas sociais. Tais possibilidades foram analisadas através de uma interpretação dos dados de um experimento social de renda básica - uma modalidade de transferência incondicional de renda. O experimento em questão investigou o potencial de uma renda básica para a resolução de graves problemas sociais no estado indiano de Madhya Pradesh. Após a implementação da renda básica, práticas de trabalho consideradas problemáticas, como o naukar (forma de trabalho escravo) e o trabalho infantil, tiveram sua frequência reduzida. Práticas de trabalho autônomo também se tornaram mais frequentes entre a população, em detrimento de práticas de trabalho assalariado. Essas alterações nas práticas culturais e nos comportamentos relacionados ao campo do trabalho da população foram interpretadas em termos de não-lineares. Com base em nossa apresentação da análise comportamental não-linear e em seu uso para interpretar os efeitos da renda básica sobre o comportamento dos indivíduos, concluímos esse trabalho com uma discussão sobre as possibilidades de estender o quadro conceitual de Goldiamond para compreensão de problemas sociais - avaliando suas contribuições e eventuais limitações.
... Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v.18, n.2, p. 2025 Ao aproximar ao contexto do Brasil, o Laboratório de Análise do Comportamento então, tornou-se práxis tradicional no âmbito do ensino da Psicologia, ocorrido sobretudo pela influência da padronização do uso do "rato branco albino" nos estudos psicológicos como também do impacto do behaviorismo skinneriano na Psicologia experimental brasileira. (Miranda, Cirino;2010) Sendo assim, a análise do comportamento, oriunda desta prática laboratorial, refere-se a uma ciência que apresenta o comportamento como o "objeto de estudo", na qual opera uma intervenção, chamada de variável, e assume o estudo da influência desta, bem como as respostas obtidas, o fenômeno (Andery, 2011). ...
As inúmeras transformações no campo da história da ciência e do cientificismo da psicologia, contribuem para novas abordagens no que se refere ao uso dos laboratórios como ferramental e para a práxis pedagógica. O Laboratório de Análise do Comportamento então, tornou-se práxis tradicional no âmbito do ensino da Psicologia, ocorrido sobretudo pela influência da padronização do uso do “rato branco albino” nos estudos psicológicos como também do impacto do behaviorismo skinneriano na Psicologia experimental brasileira. O objetivo do trabalho é evidenciar a importância do uso de ferramentas para simulação de situações de análise no contexto experimental, com o uso do animal virtual. O método de pesquisa é de abordagem quantitativa e qualitativa descritiva, com observação de um animal virtual de um software denominado “Sniffy, The Virtual Rat”®. As aplicações e testes em laboratório puderam apresentar e ratificar a eficiência no que se refere ao uso e aplicação da teoria em relação a prática e simulação, bem como, os resultados e os efeitos do condicionamento operante em um animal virtual.
... Quanto a um contexto de investigação das práticas coletivas concernentes ao racismo, um caminho de investigação poderia ser dentro de uma perspectiva cultural. Delineamentos culturais 10 (alguns exemplos Carrara et al., 2013;Ghezzi et al., 2022;Orlandi & Reis, 2022) são uma ferramenta importante de investigação de fenômenos sociais na Análise Experimental do Comportamento (ver Andery, 2011;Sampaio & Andery, 2010;Todorov & Moreira, 2004). ...
Resumo O racismo se trata de práticas coletivas que se baseiam na ideologia da existência de superioridade de uma raça em detrimento à outra. A Análise do Comportamento trouxe contribuições para a compreensão do racismo, contudo, a produção sobre a temática é baixa. A escassez de trabalhos, principalmente no campo experimental, pode ser explicada pela dificuldade de definir o racismo em termos comportamentais e identificar quais são as variáveis de intervenção. Este trabalho conceitual-teórico expõe definições de raça e racismo presentes na literatura analítico-comportamental. Além disso, apresentamos as definições de racismo em três níveis: Estrutural, Institucional e Individual. Para cada nível, foram identificadas propostas de intervenção presentes na literatura. Este artigo também discute as direções para pesquisa experimental no campo do racismo, considerando os níveis de complexidade desse fenômeno. Palavras-chave: Raça, Racismo Estrutural, Racismo Institucional, Racismo Individual, Análise do Comportamento. Abstract Racism is about collective practices based on the ideology of the existence of superiority of one race to the detriment of another. Behavior analysis has contributed to the understanding of racism. However, production on the subject of racism is scarce. The absence of studies, mainly in the experimental field, can be explained by the difficulty of defining racism in behavioral terms and identifying the intervention variables. This conceptual-theoretical work exposes definitions of race and racism present in the behavioral-analytic literature. In addition, we introduce the definitions of racism in three levels: Structural, Institutional, and Individual. For each level, we indicated intervention proposals found in the literature. This paper also discusses directions for experimental research in the field of racism, considering the levels of complexity of this phenomenon.
... 053-058 nômeno comportamental (Glenn, 2004;Tourinho, 2013). Nas últimas décadas, em especial no Brasil (mas não apenas), tem-se avançado na busca de discussões conceituais, experimentais e aplicadas tanto de avaliar práticas culturais, quanto de incluir essas análises mesmo na prática do analista do comportamento que está envolvido com atividades individuais (Andery, 2011;Biglan, 1995Biglan, , 2015Cihon & Mattaini, 2019;Glenn, 2004;Guerin, 2001Guerin, , 2005Todorov et al., 2021). ...
Neste manifesto defendemos que é dever essencial de cada profissional analista do comportamento e cientista comportamental contextual a elaboração de análises e intervenções que sejam comprometidas com a realidade material e sócio-político-cultural nas quais seus clientes estão inseridos. Embasamos essa defesa no argumento de que considerar o comportamento individual descolado do contexto cultural pode incorrer em análises que invisibilizam certas práticas opressivas e que abrem margem para a perpetuação de violências estruturais e iatrogenia clínica. Neste sentido, afirmamos que, apesar das diversas as iniciativas no cenário nacional e internacional que compreendem a importância de estudos das variáveis culturais no contexto em que terapeuta e cliente se encontram, ainda existe uma lacuna na sistematização da conceituação de casos clínicos, e na operacionalização da inclusão dessas variáveis culturais na análise funcional de cada caso. Portanto, propomos aqui dar início a uma colaboração ampla para desenvolver metodologias de análises e intervenções que incorporem e sistematizem aspectos comportamentais e culturais para uma prática clínica socialmente comprometida. Em seguida, elencamos sugestões de diretrizes gerais paraa pesquisa, a formação profissional e a prática clínica socialmente comprometida no campo da atuação profissional, produção científica e treinamento.
... Como um dos níveis de seleção dos comportamentos, a cultura consolida-se como uma variável independente que controla comportamentos operantes, afirmando-se como as contingências sociais de um grupo ou ambiente social (Skinner 1953(Skinner /2002. Assim, as interações comportamentais entre os sujeitos de uma cultura se entrelaçam e originam um produto, ou produto agregado, que dificilmente seria alcançado de forma individual (Andery, 2011). ...
... The main objective of the present research, therefore, was to analyze differences in innovation characteristics between individuals in Brazil and in the United States, discussing these differences in light of national cultural characteristics. Strong literature evidence has shown that culture can influence individual's values, attitudes, and behaviors (e.g., Motta & Gomes, 2019;Gomes et al., 2016;Oliveira & Alves, 2015;Andery, 2011), and this study explores how compatible national cultural characteristics can be with innovation characteristics of individuals in these two countries. The purpose of this study was to explore individual innovation differences in further detail instead of emphasizing differences between organizations (e.g., Rauta, 2020;Silva, Leite, & Oliveira, 2016) or between countries in a macro level as most public data commonly announced in the media do (e.g., Galvão et al., 2017). ...
A inovação tem sido discutida substancialmente na literatura, no entanto, tem sido pouco explorada por meio de estudos transculturais que comparam indivíduos de países desenvolvidos e em desenvolvimento e a possível influência das características culturais nacionais nas características individuais de inovação. O objetivo deste estudo foi analisar as diferenças nas características de inovação entre indivíduos no Brasil e nos Estados Unidos e discutir essas diferenças à luz das características culturais nacionais. Analisamos dados de 2.223 americanos e de 1.486 brasileiros por meio de testes estatísticos de comparação de médias, destacando as especificidades das características de inovação de brasileiros e americanos. Entre outros achados, os resultados desta pesquisa apontam que os respondentes brasileiros valorizam novas ideias e criatividade mais do que os respondentes americanos e concordam mais fortemente do que os americanos que mais ênfase na tecnologia em um futuro próximo seria benéfico. Esses resultados podem ser associados ao perfil coletivista brasileiro que estimula a inovação por meio da socialização e de ideias colaborativas. Por outro lado, os entrevistados americanos demonstraram valorizar a aventura e assumir riscos mais do que os brasileiros, o que pode estar associado às pontuações mais baixas dos Estados Unidos na dimensão cultural Aversão à Incerteza. Este estudo estimula outras investigações sobre o tema com uma abordagem transcultural, lançando luz sobre diferenças importantes entre indivíduos de diferentes nacionalidades, especialmente em tempos de crescente globalização e internacionalização.
... Posteriormente, princípios comportamentais passam a ser utilizados na compreensão de processos sociais e culturais (Todorov et al., 2004a(Todorov et al., , 2004b. Especialmente a partir da definição do conceito de metacontingência, a cultura e fenômenos culturais passam a ser abordados como variáveis dependentes e, nesse sentido, como objeto de estudo da Análise do Comportamento (Andery, 2011). ...
O presente artigo tem como objetivo apresentar as contribuições de João Claudio Todorov para o campo da análise de práticas sociais e culturais a partir da análise de leis e documentos. Leis são instrumentos de controle que descrevem contingências na medida em que especificam comportamentos individuais e suas consequências. Adicionalmente, leis descrevem inter-relações entre comportamentos de diferentes indivíduos e consequências selecionadoras deste conjunto de comportamentos. Desse modo, leis também descrevem metacontingências. O primeiro artigo interpretativo de leis publicado por Todorov, com base no conceito de metacontingência, analisou a Assembleia Constituinte. Posteriormente, ao analisar o Estatuto da Criança e do Adolescente, Todorov propôs um método sistemático de análise de leis, o qual foi posteriormente ampliado para analisar o processo de elaboração de uma lei. A identificação das contingências e metacontingências descritas em leis e normas infralegais foi também o ponto de partida para analisar a aplicabilidade e efetividade de leis, bem como para a implementação de uma ação intersetorial. O método proposto por Todorov foi utilizado por outros pesquisadores brasileiros para análise de diferentes instrumentos legais. Por fim, aponta-se para possibilidade de uso de sua proposta por agentes legais no âmbito dos três poderes.Palavras-chave: Leis, contingência, metacontingência, práticas culturais.
... A resposta para essa pergunta tem variado. Para alguns, a noção se justifica por permitir uma agenda de pesquisa a respeito de fenômenos que não podem ser explicados pelas unidades de análise já disponíveis, que contribuem para uma explicação/descrição de comportamentos de indivíduos (Andery, 2011;Tourinho, 2009). Para outros, fenômenos de grupo e fenômenos culturais podem ser compreendidos pelos princípios já consolidados na Análise do Comportamento: a seleção recairia sempre sobre o comportamento individual, mesmo quando se trata de analisar comportamentos de pessoas em grupos, microculturas ou culturas (Carrara & Zilio, 2015;Krispin, 2016;Zilio, 2019). ...
Resumo Considerando-se as recentes discussões sobre a definição de comportamento e do modelo de seleção por consequências conduzidas por pesquisadores brasileiros, discutimos a necessidade de maior participação das contribuições da análise experimental do comportamento no debate de conceitos da área e mais interação da área com outros sistemas em Psicologia. Criticamos o isolamento em relação à produção de conhecimento de outras áreas e a adoção de figuras de autoridade a partir da qual se possa fazer a avaliação das novidades da área. Para tanto, a análise do contexto no qual Skinner propôs seu modelo de seleção por consequências precisa ser feita para clara compreensão das contribuições mais importantes dessa proposta. Mostramos que a discussão sobre a distinção operante-respondente e a pertinência da noção de metacontingências são exemplos de revisão conceitual feita com base em dados e articulação entre áreas de pesquisa com epistemologias e metodologias diferentes, mas possíveis de serem articuladas.
... Transformações nas sociedades europeias, ocorridas principalmente a partir do século XV Contribuições da análise experimental de práticas culturais para o desenvolvimento sustentável João Aristides Tomaz de Almeida, Felipe Lustosa Leite, Miguel Abdala, Yan Valderlon & Thais Maria Monteiro Guimarães destino atrelado à terra e com poucas possibilidades de escolhas relativas aos seus cursos de vida, apresentavam baixa separação entre as esferas pública e privada (Sennet, 1998) Andery, 2011;Carrara, 2016;Dittrich, 2008;Glenn et al. 2016;Kunkel, 1983;Lamal, 1991;Malagodi & Jackson, 1989;Mattaini & Thyer, 2002;de Rose, 2016;Todorov, 2014). ...
O laboratório didático de Análise Experimental do Comportamento (AEC) tem papel importante para a formação do psicólogo, pois constitui-se em oportunidade para o estudante vivenciar os princípios básicos do comportamento e desenvolver habilidades relacionadas a prática profissional e experimental em psicologia. Neste contexto, o uso de animais não humanos, em geral ratos, se mostra pertinente por favorecer o controle de variáveis. Entretanto, o custo de manutenção do laboratório com ratos e o maior rigor na legislação sobre o tema têm levado muitos cursos à adoção de procedimentos alternativos diversos, não necessariamente norteados pelos mesmos princípios didático-pedagógicos. Este capítulo discute a situação atual do laboratório didático de AEC no Brasil, buscando apontar estratégias tanto para a manutenção do laboratório tradicional quanto para o desenvolvimento de práticas alternativas. Discute-se ainda a necessidade de se estabelecer um currículo alternativo válido para nortear as práticas de laboratório que fogem ao modelo tradicional com ratos.
... Esse esforço analítico tem sido sistematizado na expressão "Análise Comportamental da Cultura", que "busca esclarecer, de modo direto e econômico, o arranjo, a configuração, a complexidade do design das práticas [culturais] e as consequências que as mantêm" (Carrara & Zilio, 2015, p. 145). Nesse domínio, pesquisadores e pesquisadoras têm dado maior destaque às investigações sobre seleção cultural (Andery, 2011;Carrara, 2016;de Rose, 2016;Dittrich et al., 2013;Melo & de Rose, 2012, 2013. ...
O interesse pelo estudo da interface entre a ontogênese e a cultura, e mais especificamente pelos aspectos culturais, ensejou a constituição de uma área de pesquisa que tem sido denominada Análise Comportamental da Cultura. A despeito desse esforço analítico, ainda não há uma explicação consensual de cultura de acordo com os pressupostos do comportamentalismo radical. Com base na análise de textos de Skinner sobre o nível cultural, o objetivo do artigo consistiu em mostrar que a explicação skinneriana da cultura pode ser acomodada na estrutura de uma contingência cultural de três termos. A cultura, então, passa a ser entendida a partir da inter-relação probabilística entre práticas culturais, condições do ambiente físico e social e as consequências culturais que operam a partir do valor de sobrevivência da cultura. Essa explicação possibilita não só uma compreensão da cultura, mas também de como acontece a evolução cultural. Assim, a cultura apresenta-se como um nível de variação e seleção com características próprias, tendo temporalidade e complexidade diferentes do nível ontogenético e filogenético e, portanto, necessitando de um nível específico de análise.
... Transformações nas sociedades europeias, ocorridas principalmente a partir do século XV Contribuições da análise experimental de práticas culturais para o desenvolvimento sustentável João Aristides Tomaz de Almeida, Felipe Lustosa Leite, Miguel Abdala, Yan Valderlon & Thais Maria Monteiro Guimarães destino atrelado à terra e com poucas possibilidades de escolhas relativas aos seus cursos de vida, apresentavam baixa separação entre as esferas pública e privada (Sennet, 1998) Andery, 2011;Carrara, 2016;Dittrich, 2008;Glenn et al. 2016;Kunkel, 1983;Lamal, 1991;Malagodi & Jackson, 1989;Mattaini & Thyer, 2002;de Rose, 2016;Todorov, 2014). ...
Práticas culturais de desenvolvimento sustentável são aquelas que atendem às necessidades de uma população atual sem comprometer a sobrevivência ou qualidade de vida de gerações futuras. Culturas contemporâneas são fortemente caracterizadas por arranjos de contingências sociais que resultam em alta concorrência entre produção de consequências que favorecem indivíduos e aquelas que beneficiam o grupo. Tais concorrências sociais vêm sendo estudados na análise comportamental da cultura a partir de arranjos experimentais como (1) dilema dos comuns; (2) autocontrole ético; e (3) autocontrole cultural. O presente trabalho discute as possibilidades de transposição do conhecimento advindo da análise experimental de práticas culturais para o delineamento de culturas voltadas ao desenvolvimento sustentável. Discute-se interlocuções e contribuições entre as áreas mencionadas e possíveis implicações para o planejamento cultural. Espera-se que as discussões apresentadas apontem caminhos de pesquisas aplicadas e, posteriormente, tecnologia comportamental para o delineamento de culturais sustentáveis.
... Transformações nas sociedades europeias, ocorridas principalmente a partir do século XV Contribuições da análise experimental de práticas culturais para o desenvolvimento sustentável João Aristides Tomaz de Almeida, Felipe Lustosa Leite, Miguel Abdala, Yan Valderlon & Thais Maria Monteiro Guimarães destino atrelado à terra e com poucas possibilidades de escolhas relativas aos seus cursos de vida, apresentavam baixa separação entre as esferas pública e privada (Sennet, 1998) Andery, 2011;Carrara, 2016;Dittrich, 2008;Glenn et al. 2016;Kunkel, 1983;Lamal, 1991;Malagodi & Jackson, 1989;Mattaini & Thyer, 2002;de Rose, 2016;Todorov, 2014). ...
“Arte” é uma designação geral para um amplo conjunto de classes de comportamentos pre- sentes em todas as culturas humanas, desde o início de sua história. Não obstante, a análise do comportamento pouco tem se dedicado à compreensão das funções da arte. Neste ensaio interpretativo, busco identificar al- gumas das possíveis funções da arte musical para seus ouvintes, utilizando como fontes estudos sobre vários aspectos da música e, em alguns momentos, minha própria experiência como ouvinte e observador de ouvintes de música. Concluo que a música desempenha diversas funções socialmente e pessoalmente relevantes para seus ouvintes, envolvendo um amplo espectro de relações comportamentais, desde movimentos culturais e políticos até processos via de regra tidos como íntimos e individuais, como emoção, memória e fanta- sia. Uma compreensão mais refinada de tais relações comportamentais pode auxiliar ana- listas do comportamento a identificar a rele- vância dos estímulos musicais e a utilizá-los como parte de suas intervenções.
... Besides the focus of Behavior Analysis is on the ontogenetic level, in the last years, it is perceived an increasing interest by behavior analysts in the third level of variation and selection. Several studies have been developed as theoretical (Fernandes, 2015;Almeida Filho, 2015;Andery, 2011) and experimental studies (Vichi, Andery, & Glenn, 2009;Amorim, 2010). ...
Evolutive Biology has been influenced Behavior Analysis through the construction of its
knowledge. It can be observed through Skinner’s theory of selection by consequences in
comparison to the theory of natural selection and his parallel between the functioning of species and cultures. Extending biology influences, this study discussed how the Darwinist paradigm could be used for a behavioral culture analysis and apply it into a practical example. Three studies were done following Mayr’s division of the Darwinist paradigm into five theories. In Study 1, the Darwinism paradigm was related to Skinner’s culture approach. The Conceptual Text Interpretation Procedure (PICT) was used to analyzed and interpret conceptual categories from selected Skinner’s and Darwin’s texts. Skinner’s thesis was divided among the five theories from the Darwinist paradigm according to affinity criteria. Each theory was analyzed applying its principles to culture through Skinner’s approach to culture and Darwin’s thesis about evolution. A cultural analysis through the Darwinist paradigm could be demonstrated, however, Skinner lacks in present a clear and unanimous vision about culture. In Study 2, the Darwinist paradigm was related to Glenn’s cultural system through the concept of metacontingency. PICT also were used to find to analyze Glenn’s text. The thesis found were distributed by affinity among the theories of the Darwinist paradigm and discussed one by one. A Darwinist and behavioral cultural analysis also could be demonstrated, however, Glenn’s cultural system faced critics about parsimony and conceptual issues. In Study 3, the results from both studies were used to analyze the purificatory cultural practices of inter-Nuer slaying. The
Nuer are an ethnical group from South Sudan in Africa. Hutchinson’s fieldwork in the 1980s and ’90s compiled into an ethnographical description were used as a source. Excerpts from her text were organized in chronological order, and the relevant cultural practices for this analysis were behaviorally described. A demonstration of how each theory from the Darwinist paradigm was presented through Nuer purificatory practices. A model for a Darwinist and behavioral cultural analysis also was systematized. The model is presented as a clearer and more parsimoniously approach to culture than Skinner’s and Glenn’s cultural system. Future studies could verify the model presented here and applied it to other groups. Further discussions could extend Biology knowledge to Behavior Analysis, mostly in relation to their cultural approach through Memetics.
... Levando em consideração os efeitos negativos do preconceito racial para grande parcela da população e a escassez de estudos da análise do comportamento que foquem nos processos culturais relacionados a esse tipo de comportamento, o objetivo desse trabalho é apresentar algumas interpretações do racismo institucional a partir de uma análise comportamental da cultura (e.g., Andery, 2011;Tourinho, 2009). ...
One can analyze racial prejudice by focusing in individual behavioral processes as well as in the cultural processes involved in it. In this latter sense, researchers have been discussing institutional racism (IR): an organization’s failure to provide a professional and adequate service to individuals because of their skin color, culture, race or ethnicity. Taking into account the negative effects of racial prejudice and the lack of behavior-analytic studies focusing on the cultural processes related to this topic, the aim of this study was to present some interpretations of IR based on a behavioral analysis of culture. Initially, conceptions of IR and some of its indicators (e.g., health, public security, hiring and educational disparities between Black and White individuals) were summarized. Then, behavioral conceptions on organizations were presented. As an example, we proposed an interpretation of some aspects of IR on the Brazilian Military Police approach. We suggested that, for its modification, changes on its
selecting environment (the Department of Public Safety agencies) are necessary. These agencies are responsible for establishing and changing the military police guidelines, directing their actions (e.g., defining resource investments priorities) and designating some of military police members to higher positions – all of these are potential cultural consequences for the military police. The direct learning of racial prejudice that can occur from the high number of occurrences with Black people, the macrobehavior of approaching mainly Black and poor individuals, generating a disproportionate number of occurrences with these populations as a cumulative effect, and the pretext for the differential approach in the “war on drugs” were also
highlighted as cultural aspects involved in the IR. Events that contribute to IR maintenance were pointed out (e.g., impunity) and suggestions for interventions in each of the aforementioned
factors were also provided.
Keywords: racial prejudice, institutional racism, behavioral analysis of culture, metacontingency,
police approach, Organizational Behavior Management.
*
É possível analisar o preconceito racial focando tanto nos processos comportamentais indi-viduais, como nos processos culturais envolvidos. Nessa direção, tem-se discutido o racismo institucional (RI): o fracasso das organizações em prover um serviço profissional e adequado às pessoas em virtude de sua cor, cultura, origem racial ou étnica. Levando em consideração os efeitos negativos do preconceito racial e a escassez de estudos da análise do comportamento que foquem nos processos culturais relacionados a esse tema, o objetivo desse trabalho foi apresentar algumas interpretações do RI a partir de uma análise comportamental da cultura. Inicialmente, conceituações do RI e seus indicadores foram apontados. Em seguida, foram expostas concepções comportamentais sobre as organizações e uma interpretação sobre o RI nas abordagens da Polícia Militar, sugerindo que, para sua modificação, alterações no seu ambiente selecionador seriam necessárias. A aprendizagem direta do preconceito racial que pode ocorrer a partir do alto número de ocorrências com pessoas negras, a justificativa à abordagem diferenciada a partir da "guerra às drogas" e o macrocomportamento de abordar majoritariamente pessoas negras e pobres, gerando como efeito cumulativo um número desproporcional de ocorrências com essa população também foram destacados como aspectos culturais envolvidos no RI. Por fim, eventos que contribuem para a manutenção do RI e sugestões de onde intervir em cada um dos fatores supracitados também foram propostos.
Palavras-Chave: preconceito racial, racismo institucional, análise comportamental da cultura, metacontingência, abordagem policial, análise do comportamento nas organizações.
Brazil recorded 1,467 cases of women's deaths due to feminicide in 2023. According to Law No. 13,104 of 2015, feminicide is defined as the murder of women due to their female status or domestic violence. Despite the legislation aimed at protecting women, they continue to be killed for gender reasons. Brazilian and international data suggest that the most common feminicide is intimate partner feminicide, that is, the death of women by men with whom they have or have had a relationship. Behavior Analysis has given more visibility to social issues, including violence against women, but has not delved into the analysis of situations that led to the death of these victims. Therefore, this research proposes the analysis of the behaviors of aggressors, identifying antecedent, consequential, and cultural variables present in situations of feminicide and in the relationships between aggressor and victim, based on the behaviors of the perpetrators, in order to increase our understanding of the topic. These behaviors were tracked through the discourse presented by feminicide offenders, witnesses and other data presented during their trials by the Jury Court to analyze the variables present in these cases of feminicide. Data analysis was done using triple contingency, identifying antecedent and consequent variables, both at the ontogenetic and cultural levels. It was possible to understand that behaviors of insubordination and female liberation are the antecedents in cases of feminicide, and their domination is the main consequence found in these cases. It was also identified that variables present in the aggressor's life history and in the history of the relationship facilitated the occurrence of feminicide. Cultural practices of male domination were also discussed as maintaining the culture of patriarchy that strengthens the practices of violence against women and feminicide. Knowing the factors present in the contexts that led to the death of a woman is important so that more research can be developed on the subject, so that more effective prevention and protection policies for women can be created.
Family relationships are often configured as people's first social space, being permeated by their own characteristics and also by cultural elements of the society in which they are inserted. However, it is understood that the study of the family, as a social institution, is still carried out by psychology, often in an isolated and segregated way from the broader cultural aspects that permeate our society. Possible paths for health promotion in the family context lose space for notes about “flaws” in relationship formats, disregarding the dialogue between family and culture. In a different direction, the objective of this theoretical article is to discuss aspects relating to the relationships between culture, family and art, exploring the potential of aesthetic experiences as one of the promising ways of promoting health from and in family relationships. To achieve this objective, this article begins the discussion by presenting the relevance of the concept of culture as a social construction. Subsequently, it discusses the importance of studying psychological phenomena in a culturally contextualized way and, finally, it presents suggestions of possible ways for families to promote a respectful culture, using art and aesthetic experiences as resources to encourage dialogue and closer emotional ties between family members. It is concluded that family relationships transcend the home, highlighting the importance of the family within the scope of socialization processes that, in fact, are committed to building bridges and promoting collective well-being, based on a culture characterized by care, affection and respect.
A construção de nicho é o segundo conceito mais importante para compreensão do processo evolutivo, após a seleção natural. Costumeiramente é usado para estudos na linha de cultura por pesquisadores da biologia evolutiva. outra área que se interessa pelo estudo de questões culturais é a Análise do Comportamento, mais especificamente na linha de pesquisa que ficou conhecida como Análise Comportamental da Cultura. Com o intuito de proporcionar uma análise interdisciplinar sobre a cultura e produzir diálogos entre essas áreas, o presente capítulo discute as possibilidades de integração do conceito de construção de nicho na concepção comportamental de enômenos culturais. Para cumprir esse desiderato, serão apresentados como o conceito cultura é costumeiramente denido na Análise do Comportamento e como o conceito construção de nicho é estudado na Biologia Evolutiva. Deende-se que os trabalhos sobre construção de nicho apresentam uma alternativa para estudo de grandes grupos de organismos que pode ser interessante para a ciência behaviorista. Ao mesmo tempo, a Análise do Comportamento pode contribuir apresentando com mais detalhes a orma pela qual processos comportamentais se estabelecem a nível cultural. As contribuições são mútuas para ambas as áreas e uma síntese biocomportamental da cultura pode guiar novas discussões e experimentos.
Metacontingências são relações de contingência entre (1) um culturante, que é composto por contingências comportamentais entrelaçadas e produto agregado, e (2) uma consequência cultural, que aumenta ou diminui a probabilidade futura do culturante. Sabendo-se que a seleção de culturantes poderia explicar padrões de interação entre indivíduos em um grupo, pode-se afirmar que metacontingências é uma ferramenta conceitual que pode ser utilizada para lidar com fenômenos sociais e culturais. O presente artigo tem como objetivo ser um texto introdutório ao conceito de metacontingência para estudantes e analistas do comportamento interessados em conduzir análises de tais fenômenos, além de apresentar algumas das discussões que constam na literatura sobre o tema. Para isso, é introduzido o modelo de seleção por consequências, é apresentado o conceito de metacontingências e termos a ele associados, são exploradas discussões terminológicas e conceituais, são debatidas suas aplicações e implicações e, por fim, são traçadas considerações finais. A partir do exposto ao longo do artigo, entende-se que, ainda que alguns autores defendam que não seja necessário um novo conceito, além da contingência de três termos, é inegável que o conceito de metacontingências tem fomentado o interesse de analistas do comportamento por fenômenos culturais.Palavras-chave: Metacontingência, Contingências Comportamentais Entrelaçadas, Produto Agregado, Grupos Sociais, Cultura.
Este estudo objetivou refletir sobre a possível influência das culturas nacionais nas características inovadoras de seus cidadãos, a partir de uma comparação entre as culturas brasileira e chinesa. Para tanto, almejou-se verificar quais as diferenças estatisticamente significantes entre brasileiros e chineses quanto às suas características individuais de inovação, discutindo-se possíveis diferenças à luz das características culturais dos dois países. A amostra da pesquisa foi composta de 3.306 chineses e de 1.762 brasileiros, a qual foi submetida a testes estatísticos de correlação e de comparação de médias. Cinco variáveis representaram a inovação: (1) Importância dada pelos respondentes ao ensino da criatividade às crianças; (2) Opinião dos respondentes acerca de mudanças futuras que deem mais importância ao desenvolvimento da tecnologia; (3) Concordância dos respondentes acerca da afirmação: "Ciência e tecnologia estão tornando nossa vida mais saudável, fácil e confortável"; (4) Concordância dos respondentes acerca da afirmação: "Devido à ciência e à tecnologia, a próxima geração terá mais oportunidades"; e (5) Opinião dos respondentes acerca da ciência e da tecnologia: "O mundo está melhor ou pior por causa delas?". Para os dois países, o sexo masculino correlacionou-se à maior inovação, o que pode estar associado às características culturais do patriarcalismo no Brasil e do feudalismo e confucionismo na China. Ademais, os achados apontaram que os chineses apresentam um perfil mais inovador que os brasileiros. Os resultados mostraram-se compatíveis com características da cultura nacional dos dois países contrastados, o que reforça a relevância de estudos que tratem desta temática sob uma abordagem transcultural.
Tem como objetivo apontar uma estrutura teórica de um Programa de Desenvolvimento da Competência em Informação voltado para a população LGBTI+, além de trazer conceitos das características desta metacompetência. Refere-se a uma revisão de literatura, apontando os conceitos de atitudes, comportamentos, habilidades, valores e conhecimentos. A presente pesquisa se caracteriza como bibliográfica, documental e descritiva, de abordagem qualitativa. Além disso, considera os temas abordados na pesquisa, dentre os quais se destacam como principais Competência em Informação e seus componentes, Programa de Desenvolvimento da Competência em Informação e população LGBTI+. Neste sentido, a concretização deste artigo em estruturar um programa de desenvolvimento da Competência em Informação para a população LGBTI+ com foco em atitudes, comportamentos, habilidades, valores e conhecimentos ocorrerá de forma teórica. Compreende-se a importância e necessidade de trabalhar em prol do combate as vulnerabilidades sociais de grupos minoritários, como a população LGBTI+, pelo viés da Competência em Informação.
Resumo: Apesar de a graduação ter como foco a promoção de desenvolvimento do estudan-te, estes enfrentam desafios que podem se desdobrar em vivência de dificuldades, sofrimento e até mesmo adoecimento. Por isso, é necessário que o estudante seja compreendido como pessoa em um período contextualizado, tanto para seu futuro como para a sociedade, o que exige a construção de um valor ético do cuidado pela comunidade acadêmica. Tal valor pode dirigir e amparar práticas culturais relacionadas às decisões no campo da política pública vol-tada a este público. Há mudanças importantes na democratização da universidade brasileira que embasam políticas de saúde e permanência estudantil, mas ainda há desafios quanto à busca por efetivas mudanças e o aspecto do cuidado com as diferentes pessoas que adentram a universidade ainda está sendo construído. Considerando as intervenções voltadas para a promoção de habilidades e repertórios que contribuem para mudanças interpessoais e aca-dêmicas, foi realizada uma revisão integrativa de literatura, por meio de análises de materiais já publicados sobre o programa Promove-Universitários, identificados no Google Scholar. Foram identificados 14 estudos, com publicações desde 2005 a 2022, na modalidade individual e grupal, virtual e presencial, com quantidade de sessões que variaram de 12 a 48. Os resul-tados identificaram a intervenção como instrumento que promove mudanças em habilidades sociais e saúde mental dos universitários, indicando a necessidade de práticas interventivas voltadas ao desenvolvimento de habilidades e promoção de saúde nessa população. Palavras-chave:
Este artigo representa uma tentativa de buscar consenso a respeito de termos frequentemente utilizados pelos autores do artigo, pesquisadores que compartilham o interesse de estender a visão de mundo behaviorista para fenômenos culturais. Definições de metacontingência, macrocomportamento, macrocontingência, linhagem cultural-comportamental e cúspide cultural foram acordadas e são relatadas neste artigo. Além disso, o artigo apresenta pontos adicionais discutidos pelos seus autores a respeito das discussões que levaram às definições. Espera-se que esta terminologia continue a ser refinada a partir de mais estudos e aplicações.Palavras-chave: metacontingência; macrocomportamento; macrocontingência; cúspide cultural; linhagem culturo-comportamental; transmissão cultural
A prática de registrar informações das sessões dentro da área de atuação da Psicologia é assunto fundamentado tanto legalmente quanto eticamente. Este livro aborda diversos aspectos dessa atividade, trazendo algumas definições, salientando sua importância legal e profissional, além de reforçar e demonstrar as boas práticas para a elaboração do registro das sessões com base em resoluções do CFP e o Código de Ética em articulação com diretrizes firmadas pela APA e demais associações internacionais. Em um primeiro momento, é discutido sobre a importância e motivos para realizar os registros, como surge essa atividade, os aspectos legais e éticos, as formas de elaboração e a importância de manter essa atividade como parte fundamental do trabalho. Apresenta-se também os benefícios que os registros trazem para a profissão, além de utilizar como base alguns estudos para discutir sobre alguns outros aspectos, tais como: o conteúdo dos registros, a responsabilidade pelos documentos — como sigilo das informações — segurança, manutenção, cuidados e características de registros eletrônicos e digitais, barreiras para a implementação de registros, dentre outros. Permeando essas colocações, as diretrizes da APA sobre elaboração de registro foram amplamente apresentadas durante os capítulos no intuito de trazer mais direcionamentos para o estabelecimento de boas práticas de registro. Por fim, foi disposto ao final do livro um experimento cujo objetivo foi comparar o custo da resposta entre o registro cursivo e o registro digitado. Para isso, foram contabilizados os tempos das tarefas experimentais realizadas por duas Psicólogas e um Psicólogo de uma clínica de Psicologia, dividindo as sessões entre as duas modalidades em questão. Os resultados mostraram diferenças nos tempos obtidos entre os participantes e entre as condições, e constatou-se que o custo da resposta do registro cursivo é mais elevado do que o registro digitado. Com isso, finaliza-se com uma discussão acerca do tema e de algumas implicações para o cotidiano da pessoa profissional de Psicologia.
Law no. 14,017 of 2020 (Aldir Blanc Act), providing for emergency actions aimed at the
cultural sector to be adopted during the state of public calamity recognized due to the SARS-CoV-2 coronavirus pandemic, established that the Federal Government would transfer three billion reais to the States, the Federal District and the Municipalities, preferably through the cultural funds of these peripheral federative entities. Considering that the institution of these funds is not mandatory, it arises as a research problem if this preference by the federal legislator will become the prevalent form of decentralized execution of these financial resources. In this sense, the present article has three objectives: to identify how many and which peripheral entities validly exercised the option of instituting cultural funds; compare state, district and municipal culture funds by identifying seven characteristics among them; and to identify how many and which peripheral entities with cultural funds made effective the preference of the federal legislator when regulating Law no. 14,017 of 2020 (Aldir Blanc Act). A sample of 53 Brazilian peripheral federative entities was adopted, formed by the 26 States, the Federal District and the 26 Capital Cities. As for the methodology, the research is classified as descriptive in terms of objectives and quantitative-qualitative in terms of approach and is based on the collection of legislative data over the Internet and on literature review. The results show that all 53 federative entities surveyed have an established culture fund, but only 20 of the 46 regulations of Law no. 14,017 of 2020 (Aldir Blanc Act) found expressly mention the culture fund as an instrument for financing emergency aid. Thus, it is concluded that the preference of the federal law for cultural funds can be compromised in up to 62.26% of the peripheral federal entities surveyed.
Behavior analysis has a long and strong tradition in Brazil. Following the introduction of the concepts of metacontingencies and macrocontingencies, Brazilian researchers and universities developed prominent areas of research and training in the behavior analysis of culture. This article aims to review and characterize the Brazilian literature (in the form of articles, dissertations, and theses) related to the behavior analysis of sociocultural phenomena in general and the experimental studies with meta- and macrocontingencies as units of analysis (between 2015 and 2020) in particular. The choice of different descriptors and the inclusion of dissertations and theses extend previous reviews and help demonstrate the contribution of the country’s graduate programs in training young scientists in the field. The results showed an increasing number of studies since 2002; the predominance of basic studies, mainly experimental; and a greater number of studies based on the concept of metacontingency. This analysis demonstrates the need for international and interinstitutional collaborations. We conclude that Brazilian graduate programs in psychology had a pivotal role in the development of interpretative and experimental research on metacontingencies. Furthermore, the growing impact of conceptual and experimental studies by these academic groups suggests their strong commitment to expanding the behavior analysis of culture by training a new generation of researchers and practitioners.
O presente estudo aborda a contextualização das marcas da Alienação Parental na sociedade contemporânea. Por conseguinte, dentre tais marcas, evidencia-se, dentro dos processos de alienação parental, uma preocupação primeira com a criança. Por esse motivo, a discussão decorrerá sobre os perigos de “patologizar” ou criminalizar a alienação parental e, por conseguinte, investigar a função do psicólogo jurídico em situações de judicialização das relações nesses processos. Somado a isso, realizou-se uma revisão bibliográfica e após a revisão por pares, foram selecionados 13 artigos, cujos os critérios de inclusão foram: possuir o conceito de Alienação Parental nos dias atuais, falar sobre a Síndrome de Alienação Parental (SAP), criminalização e atuação do Psicólogo
Jurídico. O propósito deste trabalho é possibilitar que haja melhor compreensão do que é Alienação parental e a importância da preocupação do psicólogo atuante na área jurídica em estender seus estudos para além da formação acadêmica, de modo que isso se apresenta como um dos fatores que corroboram para uma percepção de criticidade da atuação do Psicólogo no referido campo.
PALAVRAS-CHAVE: Alienação Parental; Psicologia; Criminalização; Judicialização.
The SARS-CoV-2 pandemic has significantly impacted people’s health. The PET-Health and Interprofessionality Programat the Federal University of Catalao (UFCAT) has developed remote strategies using the Integrative and Complementary Practices in Health (ICP) to confront the pandemic. The aim of this study was to describe the actions of the PET-Health Program through the use of ICP towards promoting mental health during the confrontation of SARS-CoV-2.The method used the Descriptive Experience Report of the PET-Health Program and the ICP. The actions were structured by remote meetings and subdivided into three working groups (WG). The first WG was responsible for creating the Instagram site PICS/UFCAT to disseminate information about health promotion to the community. We published 32 posts with an outreach of 79% female followers and 21% male followers. The second WG produced leaflets addressing the ICPs topics in addition to myths and truths related to the pandemic for patients of the public health system. We distributed 2,000leafletsto patients, which were written using accessible, objective and clear language. The third WG developed the “Solidary Therapists Project”, which was in charge of making therapists available for remote application of ICPs using Reiki, meditation, aromatherapy and self-massage therapies. We counted 16 remote calls, that were registered in Google Forms and disseminated through social networks. We conclude that the results were satisfactory and that the three remotely actions by the working groups during pandemic served to reach the local population, and contributed to the publication of scientific information about health promotion through the use of ICPs. We demonstrate that technology was and will be a great ally of universities to overcome the pandemic and that social networks have helped teachers, students and preceptors to bring information to the population about self-care of mental health.
This is a study undertaken at the interface between behavior analysis, history, and social sciences. The aim was to present a historical interpretation of schooling as a cultural practice to produce certain types of aggregate products as schooled subjects in Western civilization’s modern and contemporary ages. We used concepts of the social sciences, history, and behavior analysis to interpret three canonical works in the field of history of education here assumed to be cultural cusps. We propose that schooling in the modern and contemporary ages shaped different ideal types of aggregate products as a result of successive alterations to the cultural system metacomponents: (a) the Catholic and erudite courtier of the upwardly mobile mercantile society of the sixteenth century; (b) the literate and citizen of the world of the emerging machine manufacturing society of the eighteenth century; (c) the ethical and pragmatic individual of the technological society in place in the twentieth century. Changes in shapes of ideal types of aggregate products along these centuries may be used as important variables to understand educational challenges now faced in the twenty-first century.
This chapter represents an attempt to reach consensus on terms frequently used by its authors, who share an interest in extending a behaviorist worldview to cultural phenomena. Definitions of metacontingency, macrobehavior, macrocontingency, culturo-behavioral lineage, and cultural cusp were agreed on and are reported in this chapter. In addition, the chapter presents additional points its authors discussed in arriving at the definitions provided. It is expected that this terminology will continue to be refined with further study and applications.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, em 2017, o Brasil foi considerado o país mais ansioso do mundo, com 9,3% da população diagnosticada com o transtorno. Explicar e tratar a ansiedade torna-se, então, um desafio para diferentes teorias psicológicas, dentre elas a Análise do Comportamento. O objetivo deste artigo é sistematizar como a literatura analítico-comportamental nacional tem discutido o comportamento ansioso. Para isso, foi realizada uma pesquisa bibliográfico-exploratória, cujas fontes foram artigos publicados em revistas nacionais especializadas em Análise do Comportamento, e que apresentaram algum dos subtipos de ansiedade tipificados pelo DSM-V. Foram selecionados e documentados 15 artigos, cujas informações foram agrupadas em categorias de análise que compilaram as principais temáticas associadas à discussão da ansiedade. A literatura analítico-comportamental critica concepções teleológicas e internalistas de ansiedade, e a entende como um fenômeno comportamental complexo, uma vez que sua explicação pode envolver aspectos filogenéticos, ontogenéticos e culturais. A despeito de sua complexidade, as discussões analítico-comportamentais se concentraram no nível ontogenético. Nesse domínio, o comportamento ansioso exibe interações de respostas reflexas e operantes, com topografias abertas e encobertas, que ocorrem com a função de evitar o contato com estímulos aversivos condicionados. Embora possa também ser entendido como “normal”, foram citados diferentes modelos e técnicas psicoterápicas analítico-comportamentais (FAP, SiMCCIT) para lidar com o comportamento ansioso como queixa clínica. Destaca-se a importância de a Análise do Comportamento expandir os estudos sobre a ansiedade ao nível cultural, buscando estratégias de prevenção e enfrentamento do fenômeno com potencial de alcance mais amplo.
Seleção de textos usados no ensino de Análise do Comportamento.
How effective has the concept of metacontingency been in providing explanations about cultural practices during the 30 years (1986–2016) since Glenn’s first publication on the subject? One of the main characteristics of behavior analysis epistemology is in the role attributed to science itself: to promote effective action. Effectiveness, in this case, is evaluated by the increase in probability of contacting reinforcing consequences in our interactions with the world (bio-, psycho- or social-) as a function of the knowledge produced by scientific practices. In other words, scientific effectiveness is related to the use of science in solving human problems. Guided by this premise, the aim of this article is to discuss the effectiveness of the metacontingency in explaining social processes (cultural practices) and in promoting effective action (i.e., solving human problems). An analysis of 148 articles on the metacontingency published between January 1986 and April 2017 in 16 peer-reviewed journals and 3 databases was conducted. Articles were categorized into four domains - theoretical, interpretative, experimental, and applied. The frequency with which the articles were distributed among domains, journals, and research centers is presented; as well as considerations regarding conceptual, experimental, and applied issues found in the reviewed literature. The results suggest that the very definition of the metacontingency is still an open question, that the experimental data do not necessarily support the major conceptual claim related to the metacontingency (i.e., that we are dealing with a new selective process that requires a proper unit of analysis), and that no applied work in which the metacontingency was necessary has been conducted to date. These results question the utility of metacontingency as well as the necessity of a new unit of analysis (beyond the contingency) to study cultural practices.
A formação e a avaliação do professor universitário para ensinar ainda carecem de aprofundamento em aspectos relevantes, como a instrumentalização desse professor para que seja capaz de aperfeiçoar-se na sua atuação. Uma proposta viável para contribuir com a melhora da prática docente é utilizar o Teacher Behavior Checklist (TBC), adaptado para ser respondido pelo discente, como instrumento auxiliar no processo de avaliação formativa do professor. Pesquisas em diversos países demonstraram que professores e alunos consideram que o TBC representa o que um professor eficaz faz para ensinar e evidências psicométricas sustentam o seu uso nessa modalidade de avaliação docente. O objetivo geral desta pesquisa foi investigar evidências de validade e de fidedignidade do TBC para a cultura universitária brasileira e identificar possibilidades de contribuição desse instrumento para a formação de professores. Este trabalho foi organizado em cinco estudos. O Estudo 1 descreveu o processo de adaptação linguístico-cultural do TBC e apresentou evidências favoráveis ao uso dessa versão adaptada. O Estudo 2 apresentou evidências de validade de conteúdo dessa versão do TBC por meio de dois estudos com professores universitários e graduandos brasileiros. O objetivo do primeiro foi avaliar o grau de relevância dos itens do TBC e demonstrou que todos eles foram considerados muito relevantes. O segundo estudo investigou quais são as 10 qualidades mais importantes do TBC e os resultados indicaram possibilidades de aproximação entre os padrões de seleção apresentados por estudantes e professores brasileiros e de outros países, sugerindo a viabilidade de se pensar em práticas de ensino úteis para diferentes culturas universitárias. O Estudo 3 teve por objetivo investigar evidências de validade e de fidedignidade da presente versão do TBC. Os resultados forneceram suporte para um modelo bifatorial do TBC, similar àquele proposto pelos autores da versão original do instrumento. Isso possibilita a comparação entre dados coletados no Brasil e nos EUA. Além disso, foram documentadas evidências de fidedignidade, por exemplo, por meio do Teste-Reteste. No Estudo 4 o objetivo foi investigar se as evidências de validade e de fidedignidade identificadas no Estudo 3 poderiam ser verificadas com amostras de diferentes regiões do país, bem como avaliar se a presente versão do TBC permitiria identificar professores com repertórios de ensino com diferentes graus de qualidade. Os resultados forneceram suporte para as interpretações formuladas no Estudo 3 e evidências foram documentadas de que o TBC permite distinguir entre diferentes níveis de qualidade docente. No Estudo 5 foi apresentada uma interpretação dos itens do TBC como classes de comportamento e foi realizada uma descrição das partes funcionais de três itens do instrumento. Foram identificadas informações que não estavam evidenciadas no instrumento e que são necessárias para planejar a formação docente. Ficou claro que o TBC pode ser usado como fonte para derivar objetivos de ensino para a formação de professores. As evidências acumuladas sugeriram que o TBC pode ser utilizado em estudos futuros que investiguem a formação e avaliação de professores, bem como pode ser testado em contexto aplicado enquanto ferramenta auxiliar da avaliação formativa de professores universitários.
Organization of chapters on clinical behavior analysis, domestic violence, aggression, cultural analysis, behavior theory and research.
Behavioral analysis of social and cultural processes are not new in our field, since those were an important aspect of Skinner early interests, and a substantial part of his later works. However, the last three decades gave rise to new approaches to social and cultural processes, and this body of knowledge has been growing through theoretical, experimental and quasi-experimental research over the years. Although the field produced important innovations, one question remains particularly difficult to answer: the very definition of culture. Skinner made some observations on this subject, and more recently other researchers tried to discuss the matter and provide solutions, but different uses for the same word or the use of different words meaning the same thing poses a challenge to conceptual clarity. By means of a conceptual analysis of the works of Skinner, we aim to give a systematic position of Skinner's uses of the term "culture". We found two main possibilities: 1) the use of the term culture as another way to say "a set of contingencies"; 2) the use of the term culture as another way to say "a set of cultural practices". We discuss the theoretical implications of these possibilities, and ultimately argue, with further clarifications, for the definition of culture as "a set of social contingencies". In doing so, we hope to provide a possible and coherent radical behaviorist definition of culture, which might serve as a guiding concept for further research in Behavioral Analysis of Culture.
Behavioral analysis of social and cultural processes are not new in our eld, since those were an important aspect of Skinner early interests, and a substantial part of his later works. However, the last three decades gave rise to new approaches to social and cultural processes, and this body of knowledge has been growing through theoretical, experimental and quasi-experimental research over the years. Although the eld produced important innovations, one question remains particularly di cult to answer: the very de nition of culture. Skinner made some observations on this subject, and more recently other researchers tried to discuss the matter and provide solutions, but di erent uses for the same word or the use of di erent words meaning the same thing poses a challenge to conceptual cla- rity. By means of a conceptual analysis of the works of Skinner, we aim to give a systematic position of Skinner’s uses of the term “culture”. We found two main possibilities: 1) the use of the term culture as another way to say “a set of contingencies”; 2) the use of the term culture as another way to say “a set of cultural practices”. We discuss the theoretical implications of these possibilities, and ultimately argue, with further clari cations, for the de nition of culture as “a set of social contingencies”. In doing so, we hope to provide a possible and coherent radical behaviorist de nition of culture, which might serve as a guiding concept for further research in Behavioral Analysis of Culture.
Keywords: culture; radical behaviorism; behavior analysis of culture; conceptual research.
Translated and published article
The selection of cultural practices has been a subject matter of increasing object of interest in Behavior Analysis, majorly after the formulation of the concept of metacontingency by S. S. Glenn. One of the themes approached has been the relation between rule-governed behavior and the transmission of cultural practices. The present study had the objective of evaluating the effects of verbal instructions on the transmission of a choice practice in small groups. Forty-three undergraduate students participated in the study, divided into four groups. The participants, in groups of three, had to collectively solve a problem in a condition which could lead to two possible gains: one more advantageous in the long term (choice of black lines) and another one less advantageous (choice of white lines). At each 12 minutes one participant would leave the group and a new one would be introduced in it, being the responsibility of the older participants to teach the new one on how to proceed in the task. In some groups, participants called confederates were instructed to teach the task wrongly, inducing the group to choose white lines, leading to less a advantageous result. The confederates instructed the participants with two categories of instructions: false descriptive and prescriptive. With the participant change cycle, the confederates gave place to naïve or experienced participants. The results indicate that when confederates took part in groups constituted by naïve participants, the choices less advantageous for the group were predominant, in which Group 2 maintained the choice pattern instructed by the confederates for one additional generation and Group 4 maintained it for two additional generations. When the confederates took part in groups with participants previously exposed to the task (Groups 1 and 3), both groups returned to choices according to the pattern established in a baseline session (approximately 80% of black choices for Group 1 and 60% for Group 3). As for the type of instruction employed by the confederates, when participants were instructed with false descriptive instructions the choice pattern instructed by the confederates was maintained for fewer generations than when they were instructed with prescriptive instructions. It is concluded that a previous experience to a task can enable the group to suffer less effects of verbal manipulation which lead to a less advantageous choice practice and that instructions which do not describe contingency relations between events are less effective to verbally control choice practices.
The phenomena to be explained in terms of scientific principles may be termed the “content� of a science. Behavioral content is organized at the level of individual organisms. Human behavioral repertoires are unique and complex organizations of activity/environment relations. The content of human behavior is accounted for in terms of evolutionary processes occurring at the behavioral level of analysis, during the lifetime of individual organisms. Cultural content originates when behavioral repertoires of two or more individuals form an enduring unit that has the possibility of lasting beyond the lifetime of those individuals. Evolutionary processes occurring at the cultural level of analysis account for cultural practices that extend across generations. The units that come into existence as a result of behavioral and cultural evolutionary processes are the content of behavioral and cultural sciences. Science-based solutions to human problems involve making use of knowledge of behavioral and cultural processes to bring about change in behavioral and cultural content.
Jared Diamond’s Pulitzer Prize-winning book, Guns, Germs, and Steel: The Fates of Human Societies, contains two important messages for behavior analysts, one a statement of theoretical (and perhaps social-political) kinship and the other a suggestion about scientific methodology and subject matter. First, Guns, Germs, and Steel presents an environmental ist explanation of the dramatically different fates of the world’s cultures that is compatible with the views of many behavior analysts, past and present. Second, Diamond’s discussion of the book’s methodology suggests useful new ways for behavior analysts to investigate important but currently neglected forms of individual behavior. NATURE, NURTURE, AND HUMAN ACHIEVEMENT Among psychological theorists, behavior analysts tend to emphasize environmental causes. There is no inherent reason why behavior analysts should be found on the nurture end of the traditional nature-nurture continuum (nor, for that matter, on the liberal end of the liberal-conservative continuum). One might toil in the behavioral laboratory articulating the laws of learning, while granting those laws relatively little influence on the achievements of the species. Indeed, Richard Herrnstein’s behavior analytic research contributed enormously to our understanding of the law of effect while his more widely read works emphasized the role of heredity in social problems and in the differing accomplishments of social groups (Herrnstein & Murray, 1994; Wilson & Herrnstein, 1985). Nonetheless, behavior analytic research highlights the power of environmental variables in the control of behavior. Genetic endowment is acknowledged as an important source of behavior in human and non-human species (Skinner, 1966), but relative to most other behavioral scientists, behavior analysts are more likely to attribute behavior to environmental contingencies than to lasting behavioral tendencies internal to the organism. Watsonian omnipotentiality is no longer widely endorsed; however, behavior analysts continue to reject theories of behavior that rely on traits and temperaments, arguing that these are circular constructs—explanatory fictions that have no reality beyond the behavior they seek
College students were assigned to 2 groups of 4 participants each in a reversal design. On each trial participants chose individually how many tokens to bet, and then collectively chose a row on an 8x8 matrix with a plus or minus sign in each cell. After that the experimenter announced a column that determined whether the group won or lost the bets. Before the trial ended, participants had to distribute their earnings. In experimental condition A the group won in trials after distributing proceeds equally on the previous trial, and in condition B they won only after unequal distribution in the previous trial. Results show that the external contingency on distribution (or, as we suggest, metacontingency) selected the groups’ distribution of their earnings.
Behavior Analysis ought to deal with and has effectively dealt with social phenomena: facts or events involving actions of more than one person. Based on the published literature, this paper seeks to distinguish three events labeled as social phenomena: social behavior - three-term contingencies whose consequences are mediated by the operant behavior of another organism(s); aggregated production - sets of behaviors of more than one individual that result in an aggregated product; and cultural practice - similar learned behaviors propagated by successive individuals. Characteristics and complexities of these three phenomena are discussed. Dialogue possibilities with Social Sciences are highlighted.
A Análise do Comportamento deve e tem lidado com os fenômenos sociais: fatos ou eventos envolvendo as ações de mais de uma pessoa. A partir da literatura, buscou-se distinguir três eventos rotulados como fenômenos sociais: comportamento social - contingência tríplice cujas consequências são mediadas pelo comportamento operante de outro(s) indivíduo(s); produção agregada - conjunto de comportamentos de mais de um indivíduo que geram um produto agregado; e prática cultural - comportamentos aprendidos similares propagados por sucessivos indivíduos. Características e complexidades destes três fenômenos são discutidas. Possibilidades de diálogo com as Ciências Sociais são ressaltadas.
Writers from a variety of disciplines recognize that culture is composed of or depends on behavior, but is also somehow more than an unorganized collection of behavioral events. Biologist Bonner (1980) defined culture as "behavior transmitted from one individual to another by teaching and learning" (p. 17). Cultural anthropologist Harris (1964) stated, "human behavior constitutes the cultural field of inquiry" (p. 20). However, hu man responses "are definitely not cultural things," (Harris, p. 22) but rather are the empirical events to which scientific operations must be applied to arrive at cultural classifications. Behavior analyst Baum (2000) stated, "culture consists of behavior and ... cultural change constitutes an evolu tionary process" (p. 182). In this paper I take as a starting point that cultures are nothing more than learned behavior and its physical products, in the same sense as liv ing organisms are nothing more than chemical elements. But the origins and evolution of biological phenomena cannot be explained without re course to principles in addition to the laws describing physical and chem ical processes. Nor can learned behavior be explained without recourse to principles in addition to those of biological evolution. In the same vein, an explanation of the origin and evolution of cultures requires going be yond the evolutionary and behavioral principles that account for species characteristics and the learned behavior of individual organisms. Analysis at another level is required, but where to begin? Skinner (1981) provided a clue when he pointed out that, in addition to natural selection and operant selection, human behavior was also due to "the special contingencies maintained by an evolved social environ ment" (p. 502). One interpretation of Skinner's statement is that the con tingencies of an evolved social environment function differently than the contingencies maintained by the nonsocial environment. In responding to commentary on his article, however, Skinner (1988) made clear that he was proposing "no new behavioral process," (p. 38) but rather "a different kind of selection" (p. 38). In short, the behavior acquired by each individual dur ing his or her lifetime is explained by behavioral level processes, whether the concrete particulars of the behavior-environment contingencies are ma terial or social, and whether they are human-made or the products of other natural processes. The particulars, of the behavior-environment relations that come to exist in cultures (i.e., the particulars of an evolved social en vironment), however, require "a third kind of selection" (Skinner, 1981, p. 502) to explain their existence. Skinner's suggestion that three different kinds of selection bear di rectly or indirectly on human behavior has led to behavior-analytic examinations of selectionist perspectives as they pertain to learned behav ior and to cultural evolution (e.g., Baum, 2000; Catania, 1995; Donahoe, 1984, this volume; Glenn, 1991; Glenn, Ellis, & Greenspoon, 1992). From the present perspective, the ultimate value of selectionist theories is their success in accounting for complexity without appealing to prior design.
A distinction is made between contingencies of reinforcement (contingent relations between a class of responses and a common consequence) and metacontingencies (contingent relations between a class of operants and a long-term cultural outcome). The fictional utopia portrayed in Walden Two is examined in terms of the kinds of metacontingencies characteristic ofthat culture. It is suggested that if a culture is to approximate utopia, attention must be paid to the metacontingencies and to their supporting contingencies of reinforcement.
In this paper, we argue that numerous dynamic entities make up organizations and that their complexity can be described systematically. We identify three types of organizational complexity: environmental, component and hierarchical. We define the elements of the contingencies of cultural selection as they apply to organizations and propose that organizational change can be understood in terms of selection processes that are analogous to those of behavioral and natural selection. Organizations are complex things and they always change. What are organizations? What does organizational change mean? What are the causes of change? In this paper, we examine the nature of organizations as cultural entities that change as a result of two different kinds of selection: behavioral and cultural. We suggest that all organizations are cultural entities but not all cultural things are organizations. This is similar to saying that while we believe all verbal behavior is operant behavior, not all operant behavior is verbal. Further, although verbal behavior is operant and organizations are cultural, there is no reason to assume that verbal behavior and organizations cannot (or must) have characteristics peculiar to themselves over and above their inclusion in the general categories of operant behavior and cultural things. In this paper we address two fundamental aspects of organizational change: complexity and selection. In the first section we review the nature of organizational systems and organizational boundaries and suggest a taxonomy of some types of complexity characteristic of many organizations. In the second section we attempt to explain organizational change as a function of cultural and behavioral selection
of this article may copy it without the copyright owner's permission, if the author and publisher are acknowledged in the copy and the copy is used for educational, not-for-profit purposes. ABSTRACT: Behavior analysts implement different type of interventions in their efforts to bring about cultural change. In this article, we identify basic elements of interventions having such goals: the number of people whose behavior contributes to the product of interest, the variety of response topographies that help to generate the product, the intervention locus of change, and the selection contingencies involved in bringing about that change. Based on these elements, we distinguish interventions that target selection contingencies from those that do not; and we distinguish those selection contingencies where the locus of change is individual repertoires (operant contingencies and macrocontingencies) from those where the locus of change is cohesive cultural entities (metacontingencies). We illustrate each type of intervention with examples from the behavior analytic literature and discuss some conceptual, practical and methodological implications. In August, 2005 in Campinas, Brazil, we participated with 16 behavior analysts from Brazil, Norway, Scotland, and the U.S. in a Think Tank on Metacontingencies and Cultural Analysis (Todorov & Malott, 2005). The think tank helped us appreciate that "culture" is a very large and complex domain. It brought home to us the many things behavior analysts are interested in when they attempt analysis of, or intervention in, cultural phenomena. We had the opportunity to review each others' writings ahead of time and exchange our thoughts through five days of intensive discussions. We are most appreciative of the participants' contributions as well as their reactions to ideas upon which we developed this paper. We came away with renewed commitment to look for common denominators in behavior analytic interventions that went beyond "the
This study evaluates the effectiveness of an incentive procedure designed to induce litter collection in a large forest campground. Children in the campground were offered their choice of a variety of reinforcers for picking up and properly disposing of litter. The procedure resulted in a sharp decline in four types of litter planted in the campground.
This study evaluates the differential effectiveness of six different anti-litter procedures in two neighborhood theaters. The procedures used to encourage individuals in attendance to pick up litter and deposit it properly included: providing litterbags, providing litterbags with instructions to use them, providing extra trash cans, showing a special anti-litter film before the feature film, and providing incentives for the appropriate deposit of litter. In both theaters, the incentive procedures resulted in the removal of over 90% of all litter by the children in attendance, a figure far above that achieved by the other procedures investigated.
A field application of behavior modification studied the relative effectiveness of different prompting procedures for increasing the probability that customers entering a grocery store would select their soft drinks in returnable rather than nonreturnable containers. Six different 2-hr experimental conditions during which bottle purchases were recorded were (1) No Prompt (i.e., control), (2) one student gave incoming customers a handbill urging the purchase of soft drinks in returnable bottles, (3) distribution of the handbill by one student and public charting of each customer's bottle purchases by another student, (4) handbill distribution and charting by a five-member group, (5) handbills distributed and purchases charted by three females. The variant prompting techniques were equally effective, and in general increased the percentage of returnable-bottle customers by an average of 25%.
Tendo em vista a melhora de condições de saúde em uma favela da cidade de São Paulo, Brasil, foram realizados dois estudos sobre a alteração de comportamento relacionados à coleta e triagem do lixo, com participação ativa da população. Utilizando técnicas da aprendizagem, foram conseguidas modificações no comportamento coletivo de modo a melhorar as condições de salubridade no local. Os resultados, que mostram a adequação dos procedimentos empreendidos, sugerem possíveis contribuições da psicologia à saúde pública.
A study was conducted concerning the frequency of litter deposits in a single experimental trash receptacle located in a high-use, urban park setting. There were four two-week periods of alternating no-contingency, contingency conditions during which reinforcement and incentive were evaluated. It was found that reinforcement resulted in the highest rates of behavior and improvements in the aesthetic appearance of the area.
Starting with a critical analysis of Skinners ethical system, this paper points to some consequences out of this system for the practice of behavior analysis. Skinners writings and its conceptual categories are the main source of the arguments presented. Initially, the paper draws an outline of the relation between Skinners ethical system and selection by consequences as a causal model, proceeding, then, to the analysis of both the descriptive and prescriptive aspects of that system. The paper finishes discussing the implications of these precedent considerations for the professional exercise of behavior analysis. This last part of the paper gives special attention to the role of the behavior analyst as a political agent, and to the need to develop collaborative practices in order to deal with possible tensions between the radical behaviorist ethical system and the values of the people with which the analyst works.
A society's cultural practices can be conceptualized in terms of the incidence or prevalence of behaviors or the actions of groups and organizations. The solution of any societal problem can be conceived in terms of the modification of those practices.
Our ability to change such cultural practices depends on the development of a science of cultural practices. Such a science would focus on identifying the variables that influence those practices. Until now, the behavioral sciences have concentrated on individual behavior and paid relatively little attention to the larger social systems within which individuals behave. (PsycINFO Database Record (c) 2012 APA, all rights reserved)
Skinner suggested that it is punishment that people find objectionable and against which they rebel, rather than simply the fact that our behavior is under external control. Positive reinforcement leads to voluntary cooperation. Hostile reactions to Skinner's message may reflect confusion of his opposition to autonomous action as a scientific concept with opposition to behavior described as autonomous. Negative reactions toward science, psychology, and the use of "lower" animals to understand human behavior may also have played a role. Properly understood, Skinner was much closer to the libertarian than to the totalitarian end of the political spectrum. (PsycINFO Database Record (c) 2012 APA, all rights reserved)
Examines 5 Western cultural practices that have eroded the contingencies of reinforcement under which humans have evolved by promoting pleasing effects of behavior consequences at the expense of strengthening effects. The cultural practices described are as follows: (a) alienating workers from the consequences of their work, (b) helping those who are capable of helping themselves, (c) guiding behavior with rules rather than supplying reinforcing consequences, (d) maintaining aversive sanctions of governments and religions with long-deferred benefits for the individual, and (e) reinforcing pleasures that are not contingent on the survival of the culture or species. It is suggested that these cultural practices have resulted in apathy and stagnation in Western culture. It is proposed that these effects can be reversed by restoring more strengthening contingencies of behavior through the application of principles derived from an experimental analysis of behavior. (PsycINFO Database Record (c) 2012 APA, all rights reserved)
Language use as a social strategy is reviewed and a new interdisciplinary taxonomy developed. Four categories are suggested for using language: to get people to do things, to get people to say things, to keep people's attention, and to maintain social relationships. Within these categories, all of the discourse and conversational analysis literatures are reviewed, allowing a common framework within which to make more systematic analyses. Reinterpretations of psychological theories are suggested, and fresh avenues for interdisciplinary research are created. A major imperative from the review is that some form of ethnographic data collection is needed for all analyses of conversations and texts to incorporate more of the social, economic, historical, and cultural contexts into both our observations and theorizing. (PsycINFO Database Record (c) 2012 APA, all rights reserved)
"Analyzing Social Behavior" . . . provides the first full coverage of the social sciences from the perspective of modern behavior analysis. The book provides an up-to-date introduction to behavior analysis and an analysis of a broad range of human social behaviors, using research from psychology, anthropology, sociolinguistics, and sociology. The book demonstrates why most individualistic concepts of psychology, such as self, thinking, and grammar, are inherently social events. While the special properties of the verbal communities that maintain such behaviors are unique and delineate the social sciences, this book shows that these properties can be understood from a natural sciences perspective. (PsycINFO Database Record (c) 2012 APA, all rights reserved)
De 1930 a 1953 Skinner publicou cinquenta artigos e três livros, Ao final deste período, estavam dadas as bases conceituais de seu sistema e a ciência do comportamento existia com certa força como urna corrente da psicologia. Pretende-se, aqui, seguir o desenvolvimento do trabalho de Skinner neste período, enfatizando que: 1- Desde o início de seu trabalho como pesquisador Skinner pretendeu construir urna ciência do comportarnento humano. 2- Este processo pode ser dividido em três períodos principais, deste ponto de vista: de 1930 a 1938, de 1938 a 1947 e de 1947 a 1953. 3- O primeiro período, caracteriza-se pela proposíção de um sistema conceitual que se pretende capaz de descrever o comportarnento de todos os organismos, o segundo como um período de transtção e o terceiro como o momento em que se propõe explicitamente urna explicação de todo o comportamento humano. 4- A partir de então a ciência do eomportamento é vista como única ferramenta capaz de garantir a sobrevivência da espécie humana, através da intervenção na cultura, que se torna locus privilegiado de intervenção da ciência do comportamento. 5- Esta intervenção, entretanto, não deveria garantir apenas a sobrcvivência do grupo, mas tarnbérn alguns "valores" fundamentais como a igualdade, felicidade e scnsação de liberdade, além de um impulso para o futuro para um e todos os individuos. 6- Assirn, o compromisso da ciência do comportamento com a transformação da cultura, torna-se urna necessidade pratíca, teórica e metodológica.
Este trabalho teve como objetivo o estudo das publicações a respeito de questões sociais abordadas pelos analistas do comportamento. Uma breve revisão da literatura buscou esclarecer as relações entreumaciência do comportamento e as questões envolvidas na determinação de práticas sociais. A noção de seleção por conseqüências em três níveis proposta por Skinner é entendida como um aspecto fundamental para a compreensão da sociedade por parte dos analistas do comportamento. Foram lidos resumos e/ou títulos de 122 artigos publicados no periódico americano “Behavior and Social Issues” entre os anos de 1991 e 2000.Aanálise dos resultados indica direções em relação aos temas, problemas, objetos, natureza e resultados publicados pelos analistas do comportamento neste período. O estudo sugere o aprofundamento da investigação do tema em pesquisas futuras dada sua relevância paraumaciência do comportamento humano.
Algumas considerações sobre o artigo “Complexidade e seleção: implicações para mudança organizacional” de Sigrid Glenn e Maria Malott são realizadas. Ressalta-se a importância de estabelecer os limites de uma organização, assim como de descrever e classificar contingências complexas envolvidas numa organização. A importância de um enfoque selecionista é ressaltada afirmando a utilidade do conceito de metacontingências. Discute-se também o papel da propaganda na sobrevivência de organizações.
In order to meet certain recurring criticisms of behavior theory it is necessary to assess the cross-cultural validity of behavioral propositions. The required tests should be as free as possible of time constraints, laboratory limitations, and cultural artifacts. Long-term natural experiments in nonurban, nonindustrial settings would be best. Anthropological studies, especially of community development programs, provide excellent information, as long as the data can be structured into the experimental paradigm. The Vicos Project is a successful natural experiment that lasted for a decade and produced significant changes in complex, arduous, and vital behavior patterns in scores of Peruvian villagers. The efficacy of procedures involving differential reinforcement demonstrates the cross-cultural validity of behavioral propositions.
Skinner's cultural analyses persistently have been misunderstood, yet he has offered social activists a powerful tool for promoting progressive social change. His advocacy of nonpolitical empiricism, in terms of the isolated Walden Two style communities as well as of the general society, is discussed. It is suggested that Skinner's analyses are limited by the information-driven nature of the postmodern world and that utilization of the concept of the metacontingency (S. S. Glenn, 1991) will be necessary to achieve economic justice. Nevertheless, Skinner's work provides the basic conceptual approach and fundamental tools for cultural analysis and intervention.
The 1980s witnessed an increased interest among behavior analysts regarding a paradigm in cultural anthropology known as cultural materialism. This perspective suggests that all behavior ultimately rests on the relationship between the natural environment and the methods used to obtain resources needed to maintain survival and a high standard of living, known as the mode of production. While useful, scientists in this area have overlooked one valuable resource—the laboratory. We manipulated the amount of resources dyads could harvest within blocks of five trials and across six conditions. Behavior consisted of harvesting and allocating resources. Token retention and a survival analogue were made contingent on resource sharing. Five of the seven dyads shared resources and no sharing occurred when participants could harvest sufficient resources to survive independently. Opportunities to integrate this research with optimal foraging research are discussed along with potential applications to real-world social issues.
Human behavior is the joint product of (i) contingencies of survival responsible for natural selection, and (ii) contingencies of reinforcement responsible for the repertoires of individuals, including (iii) the special contingencies maintained by an evolved social environment. Selection by consequences is a causal mode found only in living things, or in machines made by living things. It was first recognized in natural selection: Reproduction, a first consequence, led to the evolution of cells, organs, and organisms reproducing themselves under increasingly diverse conditions. The behavior functioned well, however, only under conditions similar to those under which it was selected. Reproduction under a wider range of consequences became possible with the evolution of processes through which organisms acquired behavior appropriate to novel environments. One of these, operant conditioning, is a second kind of selection by consequences: New responses could be strengthened by events which followed them. When the selecting consequences are the same, operant conditioning and natural selection work together redundantly. But because a species which quickly acquires behavior appropriate to an environment has less need for an innate repertoire, operant conditioning could replace as well as supplement the natural selection of behavior. Social behavior is within easy range of natural selection, because other members are one of the most stable features of the environment of a species. The human species presumably became more social when its vocal musculature came under operant control. Verbal behavior greatly increased the importance of a third kind of selection by consequences, the evolution of social environments or cultures. The effect on the group, and not the reinforcing consequences for individual members, is responsible for the evolution of culture.
Macrocontingency is defined as the conjoint actions of two or more individuals under common contingency control. This unit of analysis addresses the effects of contingency relations controlling the actions of any number of individuals, concurrently or sequentially. A macrocontingency analysis at the institutional level begins by identifying the motivating condition and functional components of an institution. The components are occasional but interrelated behavioral situations (e.g., meetings) incorporating the physical settings, conjoint actions of the participants, and macrocontingencies controlling those actions. What is denoted or inferred in a macrocontingency analysis must be capable of being directly observable. An institutional macrocontingency analysis is illustrated with a report of a protest march issuing from the struggle in Brazil to reverse an unequal distribution of land.
This article presents a content analysis of the Bush Administration’s public statements reported in the New York Times in the aftermath of Iraq’s invasion of Kuwait in August 1990. The content is categorized into several types of stimulus control operations, including establishing operations, stimulus equivalence, rules, and discriminative stimuli. A heuristic model is developed to help explain how these stimulus control operations produced public consensus for war despite the public’s continuing reluctance to endorse military action. Several implications of the behavioral perspective are briefly entertained.
In their paper, Glenn and Malott (2004), both of whom have made important contributions to the science of behavior and its applications, have taken on a very complex and critically important subject, dealing with organizational change from a cultural analytic perspective. The article raises a great many interesting and important questions, which clearly need to be examined if behavior and cultural analysis is to move toward practical application at the cultural level. Only three of those questions will be touched on in this commentary, specifically: 1) Why is there so far no substantial empirical work that emerges directly from metacontingent theory? 2) Is the integrated systems/cultural analytic approach as presented by Glenn and Malott adequately parsimonious? 3) What units of analysis and selective mechanisms are of most use in understanding cultural level selection? Why No Empirical Work? Cultural analytic theorizing focused on metacontingencies became quite active by the late 1980s. Sigrid Glenn's seminal paper on the subject was published in 1991, and had a very significant effect on the field. From that point forward for a number of years, practically all discussions of cultural analysis cited that work. To the best of my knowledge, however, no basic experimental research has ever been published in this area, and applied experimental work involving cultural entities (organizations, communities) has generally relied on much simpler analyses. The approaches taken have typically consisted of either intentional shifts in a small number of postcedents of instances of desirable and undesirable cultural practices, or the use of simple feedback mechanisms (e.g., Biglan, 1995; Mattaini & Thyer, 1996; Metzler, Biglan, Rusby, & Spague, 2001). The experimental organizational behavior management and cultural intervention literature, and most of the conceptual work in those areas as well, seems to focus on very simple interventions. Why are there no detailed metacontingent analyses leading to specific experimental manipulations? There appear to be several possibilities. Perhaps the conceptual work that has been done is not yet advanced enough to provide actual, on-the-ground guidance for designing and conducting experiments. Perhaps it is just too soon, and investigators have 1 The author can be reached at mattaini@uic.edu.
Interrupted time-series design and quasi-experimental logic were employed to assess the behavioral effects of a prison disciplinary intervention on a population of approximately 2000 adult male inmates. The uncontrolled nature of the prison environment prevented experimental analysis of intervention effects. The quasi-experimental methodology applied in this study exemplifies how data, otherwise lost, can be retrieved. In addition, the process by which qualified conclusions can be drawn from the retrieved data is demonstrated.
Litter is an especially large and costly problem in unsupervised high-use recreational areas. This study investigated procedures to induce visitors to remove litter from an unsupervised U.S. Forest Service area in which signs attached to two litter stations instructed people to pick up and deposit litter. A small sum of money or chances on a larger sum given for participation usually resulted in more bags of litter being picked up per week. Although only a small proportion of the area's users participated in the project, ground surveys indicated the areas sampled were somewhat freer of litter during the payment condition. The results suggest that small monetary rewards may be a promising approach to litter control in unsupervised as well as supervised areas.
This paper considers two different meanings of the word behavior and the implications of these meanings for how we talk about behavior. The paper argues that discussions about social justice issues would be more effective if these implications were fully grasped. The paper begins by discussing the etymologically-original meaning of behavior, which equates the word with conduct. A second meaning of behavior, introduced when early psychologists attempted to make usage of behavior in psychology consistent with its usage in other sciences, is then discussed. The paper shows that behavior analysts tacitly accept this second meaning when they theorize about operant data. Acceptance is illustrated by discussing the traditional emphasis on body movements ahead of effects and the concept of operant behavior. The paper then reiterates Skinner's emphasis on the central place of data in developing a conceptual framework. It argues that operant data represent changes in the state of various objects that depend on an object and on a participant, among other constituents, which is consistent with the implications of the etymologically-original meaning of behavior. The paper concludes that reformulating behavior analysis to make its theoretical claims consistent with the etymologically-original meaning of behavior would make discussions about social justice issues considerably more widely accessible.
Two pairs of high-school students matched-to-sample for money. On each trial, a subject could either respond on one lever to take the matching-to-sample problem himself (taking response) or respond on a second lever to give the problem to his coactor (giving response). The first subject to complete the response requirement determined the distribution of the problem. Competition maximizes the amount of responding over trials, i.e., both subjects make taking responses on each trial. Sharing and cooperation minimize responding: only one subject makes a taking response (sharing) or a giving response (cooperation) on each trial, and the subjects alternate responding such that there is an equitable distribution of responses and reinforcers over trials. Large increases in the fixed-ratio response requirement to distribute problems produced: (1) a switch from competition to sharing or cooperation, (2) the expected concomitant change from inequitable to equitable distributions of reinforcers, and (3) a reduction in the amount of responding for three of the four subjects. Previous animal research has shown that large response requirements may have aversive properties. Switching from competition to sharing or cooperation at large response requirements allows a reduction in responding and, at the same time, a moderate number of reinforcers for each subject.
Subjects could either cooperate or respond on a lower-paying individual task. In Exp. I and II, either subject could make a response that took $1.00 of the other's earnings whenever subjects chose to cooperate. The two experiments differed as to whether taking responses were effective continuously or intermittently. Both experiments showed that the opportunity to take disrupted cooperative behavior. Experiment III indicated that if taking was possible regardless of whether the subjects cooperated or responded on the individual task, subjects either cooperated or terminated the experiment.
The ruined cities, temples, and statues of history's great, vanished societies (Easter Island, Anasazi, the Lowland Maya, Angkor Wat, Great Zimbabwe and many more) are the birthplace of endless romantic mysteries. But these disappearances offer more than idle conjecture: the social collapses were due in part to the types of environmental problems that beset us today.
Yet many societies facing similar problems do not collapse. What makes certain societies especially vulnerable? Why didn't their leaders perceive and solve their environmental problems? What can we learn from their fates, and what can we do differently today to help us avoid their fates?
Over the past 25 years, Boyd and Richerson have become well-known across a wide range of disciplines for their path-breaking work on evolution and culture. This work collects twenty of the influential but relatively inaccessible published articels that form the backbone of this research. It could not be more timely given the growing influence of evolutionary psychology. The papers – which were published in a diverse set of journals and which are not easily available – a conceptually linked and form a cohesive, unified evolutionary account of human culture. Their interdisciplinary research is based on two notions. First, that culture is crucial for understanding human behavior: unlike other organism, socially transmitted beliefs, attitudes and values heavily influence our behavior. Secondly, culture is part of biology: the capacity to acquire and transmit culture is a derived component of human psychology, and the contents of culture are deeply intertwined with our biology. Taking off from these two assumptions, Boyd and Richerson’s novel idea is that culture is a pool of information, stored in the brains of a population, that gets transmitted from one brain to another by social learning processes. Among their conclusions: culture can account for both our astounding ecological success as well as the maladaptations that characterize much of human behavior. Interest in Boyd and Richerson’s work spans anthropology, psychology, economics, philosophy, and political science, and has influenced work on animal behavior, economics and game theory, memes, and even archaeology.
Skinner outlines a science of behavior which generates its own laws through an analysis of its own data rather than securing them by reference to a conceptual neural process. "It is toward the reduction of seemingly diverse processes to simple laws that a science of behavior naturally directs itself. At the present time I know of no simplification of behavior that can be claimed for a neurological fact. Increasingly greater simplicity is being achieved, but through a systematic treatment of behavior at its own level." The results of behavior studies set problems for neurology, and in some cases constitute the sole factual basis for neurological constructs. The system developed in the present book is objective and descriptive. Behavior is regarded as either respondent or operant. Respondent behavior is elicited by observable stimuli, and classical conditioning has utilized this type of response. In the case of operant behavior no correlated stimulus can be detected when the behavior occurs. The factual part of the book deals largely with this behavior as studied by the author in extensive researches on the feeding responses of rats. The conditioning of such responses is compared with the stimulus conditioning of Pavlov. Particular emphasis is placed on the concept of "reflex reserve," a process which is built up during conditioning and exhausted during extinction, and on the concept of reflex strength. The chapter headings are as follows: a system of behavior; scope and method; conditioning and extinction; discrimination of a stimulus; some functions of stimuli; temporal discrimination of the stimulus; the differentiation of a response; drive; drive and conditioning; other variables affecting reflex strength; behavior and the nervous system; and conclusion. (PsycINFO Database Record (c) 2012 APA, all rights reserved)