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Meriania (Melastomataceae) in Rio de Janeiro, Brazil

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Abstract and Figures

The taxonomic study of the genus Meriania in the flora of Rio de Janeiro state is presented. An identification key, morphological descriptions, affinities, geographical distribution and illustrations are presented, as well as new synonymous. The eight species occur in altitudinal Atlantic forest: M. claussenii, M. excelsa, M. glabra, M. glazioviana, M. longipes, M. paniculata, M. robusta and Meriania sp., a new species recently collected in the south of the state. Except for M. claussenii, M. glabra and M. paniculata, all of them are endemic of Rio de Janeiro. Characters related to the leaves, indumentums and inflorescences have shown as diagnostics for the recognition of the species.
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Artigo recebido em 04/2008. Aceito para publicação em 10/2008.
1Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, R. Pacheco Leão 915, 22460-030, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
2Doutoranda ENBT-JBRJ; Bolsista CAPES.
3Pesquisador Titular; Bolsista de Produtividade CNPq.
Autor para correspondência: berechiavegatto@jbrj.gov.br
RESUMO
(Meriania (Melastomataceae; Merianieae) no Rio de Janeiro, Brasil) Apresenta-se o estudo taxonômico do
gênero Meriania no Rio de Janeiro, com chave para identificação das espécies, descrições, ilustrações e
comentários sobre distribuição geográfica e afinidades, bem como novos sinônimos. O gênero está representado
por oito espécies, todas encontradas em formações de mata atlântica de altitude: M. claussenii, M. excelsa,
M. glabra, M. glazioviana, M. longipes, M. paniculata, M. robusta e Meriania sp., uma nova espécie
recentemente coletada no sul do estado. Excetuando-se M. claussenii, M. glabra e M. paniculata, as demais
são endêmicas do Rio de Janeiro. Características do indumento, das folhas e das inflorescências se mostram
como as mais diagnósticas para o reconhecimento das espécies.
Palavras-chave: endemismo, flora, Mata Atlântica, novos sinônimos, taxonomia.
MERIANIA (MELASTOMATACEAE; MERIANIEAE) NO RIO DE J ANEIRO,
BRASIL
Berenice Chiavegatto1,2 & José Fernando A. Baumgratz1,3
INTRODUÇÃO
Na flora brasileira as Melastomataceae
são muito diversificadas com cerca de 67
gêneros e 1.500 espécies, amplamente
distribuídas em várias formações vegetacionais,
onde constituem grupos significativos em
diferentes ecossistemas, exceto na caatinga
s.s. (Baumgratz et al. 2006, 2007). No estado
do Rio de Janeiro estima-se 27 gêneros e mais
de 300 espécies, que ocorrem desde restingas
e matas de baixada até florestas pluviais alto-
montanas e campos de altitude (Baumgratz et
al. 2006, 2007; Santos Filho & Baumgratz
2008). Pouco ainda se conhece sobre a riqueza
das Melastomataceae nesse estado, não se
dispondo de informações taxonômicas
atualizadas sobre vários gêneros, pois os
últimos trabalhos monográficos foram
realizados há mais de um século (Cogniaux
1883-1888; 1891), com delimitações taxonômicas
imprecisas ou sobreposições de circunscrições,
evidenciando lacunas no conhecimento do
grupo para os dias atuais. Baumgratz et al.
2006, 2007 e Silva & Baumgratz (2008) ainda
assinalam os trabalhos sobre novas espécies
e outros que fazem uma abordagem florístico-
taxonômica, restritos a um município ou a um
grupo taxonômico, além de outros que
apresentam listas de espécies publicadas para
o estado, incluindo a ocorrência em Unidades
de Conservação.
No Rio de Janeiro, a tribo Merianieae
está representada, até o momento, por quatro
gêneros e 27 espécies (Baumgratz et al. 2007;
Santos Filho & Baumgratz 2008). Entre os
gêneros dessa tribo ocorrentes na flora
fluminense, apenas Meriania ainda não foi
revisado recentemente, nem abordado no
ABSTRACT
(Meriania (Melastomataceae) in Rio de Janeiro, Brazil) The taxonomic study of the genus Meriania in the
flora of Rio de Janeiro state is presented. An identification key, morphological descriptions, affinities,
geographical distribution and illustrations are presented, as well as new synonymous. The eight species
occur in altitudinal Atlantic forest: M. claussenii, M. excelsa, M. glabra, M. glazioviana, M. longipes, M.
paniculata, M. robusta and Meriania sp., a new species recently collected in the south of the state. Except
for M. claussenii, M. glabra and M. paniculata, all of them are endemic of Rio de Janeiro. Characters related
to the leaves, indumentums and inflorescences have shown as diagnostics for the recognition of the species.
Key words: endemism, flora, Atlantic forest, new synonymous, taxonomy.
900 Chiavegatto, B. & Baumgratz, J. F. A.
Rodriguésia 59 (4): 899-913. 2008
contexto florístico, pois a referência mais
recente é o trabalho de Pereira (1966), que
aborda somente duas espécies para o antigo
estado da Guanabara. Desse modo, objetivando
prosseguir no estudo das Melastomataceae
nesse estado, apresenta o tratamento
taxonômico de Meriania, reavaliando a
circunscrição das espécies, elaborando
descrições, uma chave para identificação das
espécies e ilustrações e comentando sobre o
estado de conservação dos táxons. Além disso,
apresenta-se uma chave para a identificação
dos gêneros que integram a tribo Merianieae.
MATERIAL E MÉTODOS
Realizou-se o levantamento das espécies
em literatura, nos herbários BR, C, F, FLOR,
GUA, HB, HBR, LZ, K, MBM, MO, NY, P,
R, RB, RBR. RFA, RFFP, SP, US e RUSU
(acrônimos segundo Holmgren et al. 1990), com
análise também de exemplares-tipo e imagens
digitalizadas de tipos e em coletas recentes.
As descrições dos táxons foram restritas
à área de estudo e a terminologia morfológica
está baseada em Radford et al. (1974),
Baumgratz (1985) e Weberling (1988). A
análise e o reconhecimento do estado de
conservação das espécies foram baseados nos
critérios da IUCN (2007). As características
fisiográficas do estado do Rio de Janeiro foram
obtidas em Veloso (1991) e IBGE (2007).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A tribo Merianieae pode ser distinta pelos
estames dimórficos, desiguais em tamanho ou
de dois tamanhos, com conectivo geralmente
não prolongado abaixo das tecas, às vezes
inconspícuo-prolongado, apêndice dorsal, raro
inapendiculado, frutos capsulares, nunca
obtriquetras, e sementes achatadas lateralmente
ou dorso-ventralmente, obtriangulares,
cuneadas, lineares, oblongas, elípticas ou
obovadas, aladas ou não, raro rostradas, com
testa áspera a granulada. Os gêneros e
respectivo número de espécies representados
no estado do Rio de Janeiro são Behuria (10
spp.), Bisglaziovia (1 sp.), Huberia (7 spp.)
e Meriania (8 spp.).
Chave para identificação dos gêneros da tribo Merianieae
1. Plantas arbóreas.
2. Flores pentâmeras; lacínias do cálice inconspícuas, irregularmente endenteadas, formando
uma bainha sinuosa; estames com apêndice ascendente; sementes não aladas ..............
.......................................................................................................................... Meriania
2’. Flores tetrâmeras, lacínias do cálice distintamente desenvolvidas, estames com apêndice
basal-descendente; sementes aladas .................................................................. Huberia
1’. Plantas arbustivas.
3. Flores pentâmeras; estames inapendiculados; ovário 5-locular ....................Bisglaziovia
3’. Flores hexâmeras, raro também pentâmeras; estames apendiculados; ovário 3–4-locular
.............................................................................................................................Behuria
Meriania Sw.
Árvores a arvoretas; indumento
glanduloso-pontuado e esparso-pubérulo,
furfuráceo-dendrítico e/ou tomentoso,
tricomas caducos ou persistentes. Folhas com
3-5 nervuras acródromas, as mais internas
suprabasais. Inflorescências terminais e/ou
pseudo-axilares; brácteas e profilos
geralmente cedo caducos. Flores 5-meras,
pediceladas; hipanto campanulado, crasso;
zona do disco glabra; cálice inconspícuo-
bilobado, com prefloração irregularmente
valvar e lacínias irregularmente denteadas, ou
cálice unilobado, truncado, com prefloração
inconspícuo-valvar, aparentemente circuncisa,
lacínias formando uma bainha sinuosa pós-
antese; corola cupuliforme, pétalas alvas,
eretas, oblongas a obovadas, ápice
Meriania no Rio de Janeiro
Rodriguésia 59 (4): 899-913. 2008
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arredondado-assimétrico; estames 10,
dimórficos ou subisomórficos, desiguais em
tamanho, glabros, anteras curvas a
falciformes, uniporadas, ante-sépalas
menores, oblongas, antepétalas maiores, linear-
subuladas, conectivo inconspicuamente
prolongado abaixo das tecas, apêndice dorsal,
porção ascendente paralela à antera, porção
basal inconspícua; ovário praticamente livre
no interior do hipanto, 5-locular, 5-lobado;
estilete glabro. Velatídios cartilaginoso-
esponjosos, 10-costados, 5-valvares,
polispérmicos; sementes achatadas
lateralmente, obtriangulares, curto-rostradas ou
não, testa lisa ou áspera a granulada.
Meriania é neotropical, com cerca de
50 espécies distribuídas na América Central,
Antilhas, Colômbia, Venezuela, Guiana,
Equador, Peru, Brasil e Bolívia, principalmente
em formações florestais. Cogniaux (1891)
estabeleceu cinco seções, das quais apenas
Adelbertia e Davya têm representantes no
Brasil, abrangendo cerca de 14 espécies. Na
flora do Rio de Janeiro ocorrem oito espécies,
correspondendo a mais de 50% do total
encontrado no país, todas da seção Davya e
restritas a mata atlântica (Floresta Ombrófila
Densa Submontana e Montana). De acordo
com o presente estudo, esta seção se
caracteriza, por apresentar o cálice ou
inconspícuo-bilobado, com prefloração
irregularmente valvar e lacínias irregularmente
denteadas, ou cálice unilobado, truncado, com
prefloração inconspícuo-valvar, aparentemente
circuncisa, e lacínias formando uma bainha
sinuosa pós-antese.
Chave para identificação das espécies de Meriania no Rio de Janeiro
1. Folhas com margem nitidamente serreada na maior parte de seu comprimento.
2. Folhas com 5 nervuras acródromas; pétalas 14–19 mm compr.; velatídios 8–16,5 × 7–
8 mm........................................................................................................... M. claussenii
2’. Folhas com 3 nervuras acródromas; pétalas 26–30 mm compr.; velatídios 5–6 × 4–5 mm
........................................................................................................................ M. excelsa
1’. Folhas com margem inteira, sinuosa e/ou denticulada.
3. Inflorescências pêndulas, pedúnculo 11–15 cm compr.
4. Folhas membranáceas, base aguda a atenuada, margem denticulada .......................
......................................................................................................... M. glazioviana
4’. Folhas cartáceas, base arredondada, margem inteira a sinuosa ............M. longipes
3’. Inflorescências eretas, pedúnculo 1–3,5 mm compr.
5. Plantas aparentemente glabras (indumento glanduloso-pontuado)............M. glabra
5’. Plantas nitidamente pilosas (indumento furfuráceo-dendrítico ou tomentoso).
6. Folhas com 7 nervuras acródromas; brácteas espatuladas....Meriania sp. nov.
6’. Folhas com 5 nervuras acródromas; brácteas filiformes ou elípticas.
7. Folhas membranáceas; hipanto 3–5 mm larg.; pétalas 5–6 mm larg.; velatídios
4–6 × 3-5 mm ...................................................................... M. paniculata
7’. Folhas cartáceas; hipanto 7–9 mm larg.; pétalas 9–22 mm larg.; velatídios
9–12 × 8–10 mm ....................................................................... M. robusta
1. Meriania claussenii (Naudin) Triana,
Trans. Linn. Soc. Bot. 28(1): 66, tab. 5, fig. 55i.
1871. Tipo: Brasil, Rio de Janeiro, loco dicto
Nova Friburgo, Claussen 40 (holótipo P!-2ex).
Fig. 1
Meriania dentata Cogn. in A. & C. De
Candolle, Monogr. Phan. 7: 434. 1891. Tipo:
Brasil, Rio de Janeiro, ad Serra dos Órgãos,
16.VII.1888, fl., A.F.M. Glaziou 17531 (holótipo
BR!; isótipos B, destruído, foto em F!; C!-2ex;
G!-3ex; K!; P!-3ex; R!; RB!). Syn. nov.
Arvoretas a árvores 5–25 m alt.;
indumento dos ramos e folhas jovens também
furfuráceo-dendrítico, tricomas cedo caducos.
902 Chiavegatto, B. & Baumgratz, J. F. A.
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muito jovens, se observa a presença de
inconspícuos tricomas e, nos mais adultos,
resquícios do indumento em nós dos ramos,
nas inflorescências e face abaxial das folhas.
Cogniaux (1891) distingue M. dentata de
M. claussenii principalmente pelas folhas com
cinco nervuras acródromas basais. As demais
características vegetativas e florais são muito
semelhantes e se sobrepõem, incluindo os
dados quantitativos, como já mencionado por
Baumgratz et al. (2007). Dessa forma, como
nas coleções-tipo dessas duas espécies, as
folhas são sempre 5-plinervadas, concorda-se
com estes autores de que ambas correspondem
a um único táxon, razão pela qual sinonimiza-
se M. dentata a M. claussenii.
2. Meriania excelsa (Gardner) Cogn. in
Mart. & Eichl., Fl. bras. 15(4): 28. 1886. Tipo:
In Brasiliae prov. Rio de Janeiro ad Serra
dos Órgãos’, G. Gardner 5709 (holótipo K!;
isótipos B, destruído, foto em F!; BM!; G!; P!-
2ex). Fig. 2
Arvoretas a árvores ca. 30 m alt.;
indumento dos ramos, pecíolos e face abaxial
das folhas também furfuráceo-dendrítico,
tricomas caducos. Folhas com pecíolo 1–3,5
cm; lâmina 5,5–11,5 × 2–4 cm, membranácea,
oblonga a obovada, base aguda, ápice agudo-
acuminado, margem 1/2–2/3-serreados para o
ápice, 1/2–1/3-inteiro para a base; 3 nervuras
acródromas, 3–7mm suprabasais. Cimóides ou
tríades, 2–5 cm, terminais, sésseis a 1cm
compr., pedunculadas; brácteas e profilos não
vistos. Flores com hipanto 5–7 × 3-4 mm; cálice
2–2,5mm, unilobado, truncado; pétalas 26–30
× 13–15 mm; estames ante-sépalos com
anteras ca. 6 mm, antepétalos com anteras
4–5 mm, ambos com filetes 5–6 mm, alvos,
anteras púrpuras, porção ascendente do
apêndice ca. 3 mm, espatulada, porção basal
calcarada; ovário 3–4 × 3–4 mm, 3/4 a
totalmente livres no interior do hipanto; estilete
10–12 mm, lilás. Velatídios 5–6 × 4–5 mm;
sementes 0,8–1 mm, testa granulada.
Material selecionado: Teresópolis: 17.III.1949, fl.,
fr., C. T. Rizzini 461 (RB, RBR).
Folhas com pecíolo 1,5–5,5 cm; lâmina 9–20 ×
3–9 cm, cartácea, estreito-elíptica, elíptica ou
ovada, base cuneada, atenuada ou aguda, ápice
agudo-acuminado, margem 3/4–4/5-serreados
para o ápice, 1/4–1/5-inteiro para a base; 5
nervuras acródromas, 0,5–2 mm suprabasais.
Tirsóides, cimóides e/ou tríades, 5,5–17,5 cm,
terminais e pseudo-axilares, sésseis a 1–5 cm
compr., pedunculadas; brácteas foliáceas a
crassas, estreito-elípticas a triangular-lineares;
profilos oblongos a triangular-lineares. Flores
com hipanto 3–5 × 4–6 mm; cálice 1–1,5 mm,
unilobado, truncado; pétalas 14-19 × 7–15 mm;
estames ante-sépalos com filetes 10,5–11,5
mm, anteras 4,5–5,5 mm, alvas, conectivo com
porção ascendente do apêndice 2,8–4 mm,
capitado-bilobada, antepétalos com filetes 7–
10 mm, anteras 6,5–8 mm, roxas, conectivo
com porção ascendente do apêndice 2–2,4 mm,
ambos com filetes alvos, conectivo alaranjado,
porção basal do apêndice calcarada; ovário 2–
4 × 2,4–3,5 mm; estilete 10–13 mm, lilás a
violeta. Velatídios 8–16,5 × 7–8 mm; sementes
0,7–1,2 mm, testa áspera a granulada.
Material selecionado: Itatiaia: 6.II.2007, fr., J. F. A.
Baumgratz 915 (FLOR, RB); Nova Friburgo:
9.VIII.1989, fl., L. C. Fogaça et al. 45 (RB). Macaé
de Cima: 16.VIII.1990, fl. e fr., J. F. A. Baumgratz et
al. 459 (RB). Teresópolis: 27.IX.2006, B.
Chiavegatto et al. 138 (RB).
Restrita à Região Sudeste, ocorrendo nos
estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São
Paulo, em encostas de florestas montanas e
alto-montanas, entre 800 e 1.100 m de altitude.
Na flora fluminense é encontrada na serra
da Mantiqueira, em áreas do Parque Nacional
do Itatiaia, e na serra do Mar, no Parque
Nacional da Serra dos Órgãos e na Reserva
Ecológica de Macaé de Cima. Pode ser
classificada como Vulnerável, considerando-
se o endemismo regional associado ao
pequeno número de indivíduos por população
(V–A1; B2a). Encontrada com flores e frutos
durante todo o ano.
O indumento diminuto e muito cedo
caduco tem levado, algumas vezes, a ser
descrita equivocadamente como glabra.
Entretanto, em estruturas vegetativas e florais
Meriania no Rio de Janeiro
Rodriguésia 59 (4): 899-913. 2008
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Figura 1 – a-n. Meriania claussenii (Naudin) Triana – a. ramo florífero; b. botão floral; c. flor; d-f. estame ante-sépalo (d),
apêndice do conectivo (e), poro terminal-ventral(f); g-i. estame antepétalo (g), apêndice do conectivo (h), poro dorsal (i);
j. ápice do estilete e estigma; k. ovário, evidenciando os lobos inflados; l. secção transversal do ovário, evidenciando os
lóculos; m. velatídio; n. sementes (Fontoura 185).
2 mm
d
2 cm
4 mm
2 mm
0,5 mm
1 mm
2 mm
2 mm
2 mm
0,5 mm
4 mm
0,5 mm
1 mm
2 mm
a
e
fj
b
c
h
nlm
k
i
g
904 Chiavegatto, B. & Baumgratz, J. F. A.
Rodriguésia 59 (4): 899-913. 2008
Figura 2 – a-i. Meriania excelsa (Gardner) Cogn. – a. ramo florífero; b. botão floral; c. flor; d. estame ante-sépalo,
evidenciando o apêndice do conectivo; e. estame antepétalo, evidenciando o apêndice do conectivo; f. estilete e estigma;
g. secção longitudinal do hipanto e do ovário; h-i. sementes (Rizzini 461).
2 mm
a
2 mm
2 mm
0,5 mm
2 cm
2 cm
2 mm
b
g
fde
hi
c
Meriania no Rio de Janeiro
Rodriguésia 59 (4): 899-913. 2008
905
Endêmica do Parque Nacional da Serra
dos Órgãos, em formações florestais entre
1.100 e 1.500 m. de altitude. Devido ao
microendemismo e às coletas escassas, pode
ser considerada como Criticamente Ameaçada
(CR–B2a; D). Coletada com flores e frutos
em março.
Muito afim de M. claussenii, mas se
diferenciando, principalmente, pelas folhas com
três nervuras acródromas e maiores dimensões
das peças florais. O indumento muito cedo
caduco tem levado a uma interpretação
equivocada de ser uma planta glabra.
Resquícios do indumento podem ser observados
em ramos, inflorescências, base das nervuras
acródromas foliares e na região de inserção
do pedicelo floral. Devido a essa grande
afinidade, Triana (1871) sinonimiza-a com
M. claussenii, porém, Cogniaux (1886) a
restabelece, sobretudo pelas folhas 3-
plinervadas.
3. Meriania glabra (DC.) Triana, Trans. Linn.
Soc. Bot. 28(1): 66. 1871. Tipo: Brasil, v. s. in
h. mus. Par. (tipo não localizado). Fig. 3a-f
Meriania glabra var. parvifolia Cogn.
in Mart. & Eichler, Fl. bras. 14(4): 27. 1886.
Tipo: In sylvis ad Corcovado Luschanth 13 (B,
destruído), Martius Herb. Fl. Bras. 8 part. (G!),
L. Riedel 1250 (BR!), síntipos. Syn. nov.
Arvoretas a árvores 1,5–10 m alt.,
aparentemente glabras; indumento muito
esparso e tricomas muito cedo caducos. Folhas
com pecíolo 0,8–4 cm; lâmina 7–16,5 × 4–7,5
cm, cartácea, lanceolada, obovada ou elíptico-
oblonga, base agudo-atenuada, ápice
acuminado a agudo-acuminado, margem
sinuosa; 3–5 nervuras acródromas, basais a
2-6 mm suprabasais. Cimóides, corimbiformes
ou umbeliformes, ou tríades, 2–7 cm, terminais,
sésseis a 3cm compr. pedunculadas; brácteas
triangulares, cedo caducas; profilos filiformes.
Flores com hipanto 3–5 × 4–5 mm; cálice 2–
2,5 mm, unilobado, truncado; pétalas 15–17 ×
7-9 mm; estames ante-sépalos com filetes 7–
9 mm, anteras 6–9 mm, porção ascendente do
apêndice 2,5–3 mm, bilobada, antepétalos com
filetes 8–10 mm, anteras 4–5 mm, porção
ascendente do apêndice 2–2,5 mm, ligulada,
ambos porção basal do apêndice calcarada;
ovário 2–3,5 × 2–3 mm, 2/3-livres, estilete 7–
10 mm. Velatídios 5–7 × 4–7 mm, sementes
ca. 0,5 mm, testa rugosa.
Material selecionado: Rio de Janeiro: 10.III.2004, fl.,
C. A. L. Oliveira 2252 (GUA). Macaé: 22.X.1985, fr.,
M Leitman et al. 39 (RB). Piraí: 22.VIII.1989, E.
Fzerkrohn s.n. (RBR 8629). Parati: 27.VI.1995, fr., M.
G. Bovini et al. 821 (RB). Petrópolis: 6.III.1972, fl., P.
I. Braga et al. 2410 (RB).
Restrita à Região Sudeste, ocorrendo nos
estados do Rio de Janeiro e São Paulo, desde
florestas submontanas a alto-montanas, em
encostas acima de 300 m de altitude. É
encontrada em quatro Unidades de Conservação
– Parques Nacionais da Floresta da Tijuca, da
Serra dos Órgãos e da Serra da Bocaina e
Parque Estadual da Pedra Branca. Pode ser
classificada como Ameaçada de Extinção,
considerando-se o endemismo regional
associado ao pequeno número de indivíduos
por população (EN–B1a; C2ai; D2). Coletada
com flores e frutos durante o ano todo.
Meriania glabra var. parvifolia foi
estabelecida pelas menores dimensões dos
ramos, folhas e flores, além dos ramos
levemente nodosos e geralmente áfilos para a
base e pelas folhas patentes, às vezes reflexas,
e oblongo-elípticas (Cogniaux 1886).
Considerando-se a descrição original da
variedade típica (Cogniaux 1886), espécimes-
tipo (Martius 8 p.p., Riedel 1250) e várias
outras coleções, observa-se nítida
sobreposição dessas características, às vezes
em um mesmo espécime. Apesar de não ter
sido localizado o tipo de M. glabra, vários
espécimes (Glaziou 1089, 8351 13859,
Guillemin 721, Martius 8 p.p., Vauthier 59,
112) analisados por Cogniaux (1886) foram
também examinados no presente estudo e
corroboram a inconsistência de Meriania
glabra var. parvifolia. Além disso, parte da
coleção Martius 8 foi utilizada por este autor
para estabelecer esta mesma variedade. Desse
modo, sinonimiza-se Meriania glabra var.
parvifolia com M. glabra.
906 Chiavegatto, B. & Baumgratz, J. F. A.
Rodriguésia 59 (4): 899-913. 2008
Figura 3 – a-f. Meriania glabra (DC.) Triana – a. ramo florífero; b. profilo; c. estame antepétalo; d. estame ante-sépalo;
e. velatídio; f. semente (Marquete 322). g-o. Meriania paniculata (DC.) Triana – g. ramo frutífero; h. ramo: detalhe do
indumento; i. profilo; j. flor; k. estame antepétalo; l. estame ante-sépalo; m. hipanto, estilete e estigma; n. velatídio;
o. semente (Pereira 225).
2 mm
b
2 mm
2 mm
1 mm
0,5 mm
2 mm
2 cm
2 mm
1 mm
0,5 mm
2 cm
4 mm
ef
cd
h
no
a
g
m
i
j
kl
Meriania no Rio de Janeiro
Rodriguésia 59 (4): 899-913. 2008
907
4. Meriania glazioviana Cogn. in Mart. &
Eichl., Fl. bras. 15(4): 30. 1886. Tipo: Brasil,
Rio de Janeiro, Habitat ad Serra do Ariro,
A.F.M. Glaziou 2571 (holótipo BR!; isótipos
BR!-2ex; C!; K!; P!-2ex). Fig. 4a-f
Arvoretas a árvores 3–12 m alt.;
indumento dos ramos, pecíolos, inflorescências,
face abaxial das folhas, brácteas e profilos
também tomentoso, tricomas dendrítico-
papilosos. Folhas com pecíolo 0,5–1,5 cm;
lâmina 8,5–16 × 2,5–5,5 cm, membranácea,
elíptica ou oblonga a ovada, base aguda a
atenuada, ápice agudo-acuminado, margem
denticulada; 5 nervuras acródromas, 3–5 mm
suprabasais. Tirsóides, 17–29 cm, terminais,
pêndulos, 15–16,5 cm compr. pedunculados;
brácteas triangulares; profilos estreito-
triangulares. Flores com hipanto 3–4 × 2–4 mm,
10-costado; cálice 1–1,2 mm, unilobado,
truncado; pétalas 13–15 × 11–13 mm; estames
ante-sépalos com filetes 5–7 mm, anteras 6–9
mm, porção ascendente do apêndice ca. 2 mm,
bilobada, antepétalos com filetes 4,5–6,5 mm,
anteras 3,5–5 mm, porção ascendente do
apêndice ca. 1,5 mm, clavada, ambos com
porção basal do apêndice bi-tuberculada;
ovário 2–2,5 × 1,5–2 mm, 2/3-livres, estilete
9–12 mm. Velatídios, 3–4,5 × 2–4 mm,
sementes ca. 0,1 mm, testa rugosa.
Material selecionado: Angra dos Reis: 4.III.2002,
fl., A. A. M. Barros et al. 1428 (RB); Mangaratiba:
12.VII.1997, J. M. A. Braga et al. 4203 (USU).
Endêmica do município de Angra dos
Reis, na RPPN Rio das Pedras, litoral sul da
Serra do Mar, entre 400 e 500 m de altitude,
em florestas submontanas a alto-montanas de
encostas. Devido ao microendemismo e às
coletas escassas, pode ser considerada como
Criticamente Ameaçada (CR–A1; B2a).
Coletada com flores e frutos de março a julho.
Facilmente reconhecida pelas inflorescências
pêndulas, tomentosas e longamente pedunculadas,
características estas que muito a aproximam
de M. longipes. Entretanto, esta se distingue,
principalmente, pelas folhas cartáceas, com
base arredondada e margem inteira a sinuosa.
O indumento se destaca pela coloração creme,
com tricomas de textura aparentemente
esponjosa, aspecto espesso e translúcido, além
de apresentar diminutas projeções papilosas.
5. Meriania longipes Triana, Trans. Linn. Soc.
Bot. 28(1): 66. 1871. Tipo: Brasil, Rio de
Janeiro, in Engenho da Varge ad Agua do Serra
Mar, J.E.B. Pohl 5263. (holótipo W!; isótipo
W!). Fig. 4g-k
Árvores ca. 12 m alt.; indumento dos
ramos, pecíolos, inflorescências, face abaxial
das folhas, brácteas, profilos, hipanto e cálice
também tomentoso, tricomas dendrítico-
papilosos. Folhas com pecíolo 2–2,5 cm; lâmina
12–17 × 8–10 cm, cartácea, ovada, base
arredondada, ápice agudo, margem sinuosa; 5–
7 nervuras acródromas, 1–7 mm suprabasais.
Tirsóides compostos, ca. 38 cm, terminais,
pêndulas, ca. 11 cm compr., pedunculados;
brácteas e profilos oblongos. Flores com
hipanto 2-4 × 2–3 mm; cálice 0,8–1 mm,
unilobado, truncado; pétalas 9–11 × 3–5 mm;
estames, ante-sépalos com filetes 5,5–6 mm,
anteras 3,5–4 mm, porção ascendente do apêndice
1,5–2 mm, antepétalos com filetes 4,5–5mm,
anteras 4,5–5 mm, porção ascendente do
apêndice 2–2,5 mm, ambos com porção
ascendente do apêndice bilobada, porção basal
calcarada; ovário 1,3–1,5 × 1,1–1,2 mm, 2/3-
livres, estilete ca. 6,5 mm. Velatídios 2–4 × 2,5–
3 mm; sementes 0,5–1 mm, testa rugosa.
Material selecionado: Angra dos Reis: 16.IV.1925,
fl. e fr., F. C. Hoehne & A. Gehrt (SP 17359, RB).
Endêmica do sul do estado do Rio de
Janeiro, em Angra dos Reis, foi recentemente
coletada no Parque Estadual da Ilha Grande,
em florestas montanas de encostas. Devido
ao microendemismo e às coletas escassas,
pode ser considerada como Criticamente
Ameaçada (CR–A1; B2a). Coletada com
flores e frutos de abril a agosto.
À semelhança do observado em M.
glazioviana, à qual muito se aproxima, pode
ser facilmente reconhecida pelas inflorescências
pêndulas, longamente pedunculadas. Porém, se
diferencia pelas folhas cartáceas, com base
arredondada e margem sinuosa.
908 Chiavegatto, B. & Baumgratz, J. F. A.
Rodriguésia 59 (4): 899-913. 2008
Figura 4 – a-f. Meriania glazioviana Cogn. – a. ramo florífero; b. Ramo: detalhe do indumento; c. tricoma; d. folha,
evidenciando a margem denticulada; e. velatídio; f. sementes (Capanema s.n. RB 5191). g-k. Meriania longipes Triana –
g. ramo florífero; h. flor; i. estame ante-sépalo; j. estame antepétalo; k. sementes (Hoehne & Gehrt s.n. SP 17359).
k
1 mm
2 mm
2 mm
h
j
i
g
2 mm
0,5 mm
0,5 mm 2 mm
2 mm
f
d
e
c
b
1 cm
a
Meriania no Rio de Janeiro
Rodriguésia 59 (4): 899-913. 2008
909
6. Meriania paniculata (DC.) Triana, Trans.
Linn. Soc. Bot. 28(1): 66. 1871. Tipo: ‘In
provincia Brasiliae Rio de Janeiro, Martius
s.n.’ (holótipo M, não encontrado; isótipo G!).
Fig. 3g-o
Meriania paniculata var. parvifolia
Cogn. in Mart. & Eichl., Fl. bras. 14(4): 29.
1886. Tipo: In sylvis montosis ad Novo Friburgo,
prov. Rio de Janeiro, L. Riedel 425. (holótipo
LE; isótipos K!; P!-3ex). Syn. nov.
Arvoretas a árvores 3-6 m alt.; indumento
dos ramos, folhas, brácetas, profilos, hipanto e
cálice também tomentoso, tricomas brilhantes,
rugosos, persistentes. Folhas com pecíolo 0,3–
3,5 cm; lâmina 7,5–18 × 2,4–10 cm, membranácea,
ovada, elíptica ou lanceolada, base aguda a
arredondada, ápice acuminado, margem
sinuosa a 1/2-crenulado em direção ao ápice;
5 nervuras acródromas, 2–5 mm suprabasais.
Cimóides corimbiformes ou umbeliformes ou
tríades, 3–6 cm, terminais, eretos, 1–1,5 cm
compr. pedunculados; brácteas filiformes;
profilos filiformes. Flores com hipanto 3–5 ×
3–5 mm; cálice 2–3 mm, unilobado, truncado;
pétalas 12–15 × 5–6 mm; estames ante-sépalos
com filetes 6–7 mm, anteras 5–6 mm, porção
ascendente do apêndice 1,5–2 mm,
bituberculada, antepétalos com filetes 8–9 mm,
anteras 3–3,5 mm, porção ascendente do
apêndice 1,2–1,5 mm, ligulada, ambos com
filetes lilases, anteras amarelas, porção basal
calcarada; ovário 2–2,5 × 2-2,5 mm, 1/2-livre,
estilete 14–15 mm, alvo. Velatídios 4–6 × 3–
5 mm; sementes 0,8–1 mm, testa rugosa.
Material selecionado: Duque de Caxias: 4.IV.1993, fr.,
M. G. Bovini & J. M. Braga 42 (RB, RUSU).
Guapimirim: 7.VI.1995, fl., M. G. Bovini et al. 794
(RUSU). Petrópolis: 5.IX.1977, fr., L. Mautone et al.
385 (RB). Rio de Janeiro: 29.X.2002, fr., D. Fernandes
et al. 708 (RB); Rio Claro: 16.III.1978, fl. e fr., H. C.
Lima 263 (RB). Teresópolis: 27.IX.2006, fl. e fr., B.
Chiavegatto et al. 136 (RB).
Endêmica do estado do Rio de Janeiro,
ocorrendo em florestas atlânticas montanas e
alto-montanas de encostas da Serra do Mar,
entre 800 e 1.385 m de altitude. Tem sido
coletada em três Unidades Conservação – os
Parques Nacionais da Floresta da Tijuca e da
Serra dos Órgãos e o Parque Estadual da Ilha
Grande. Pode ser classificada como Vulnerável,
considerando-se o endemismo regional
associado ao pequeno número de indivíduos
por população (V–A1; B2a). Coletada com
flores e frutos durante o ano todo.
Meriania paniculata var. parvifolia foi
estabelecida pelos ramos geralmente áfilos em
direção à base, folhas patentes, às vezes
subreflexas, e pelas menores dimensões das
folhas e flores. Considerando-se a descrição
original da variedade típica (Cogniaux 1886),
o espécime-tipo Riedel 425 e várias outras
coleções recentes, observa-se nítida
sobreposição dessas características, às vezes
em um mesmo espécime, razão pela qual
sinonimiza-se M. paniculata var. parvifolia
sob M. paniculata.
7. Meriania robusta Cogn. in Mart. & Eichl.,
Fl. bras. 15(4): 605. 1888. Tipo: Brasil, Rio de
Janeiro, habitat in sylvis primareis ad Macahé,
L. Riedel 424 in herb. Hort. Petropol. (holótipo
LE; isótipos B, destruído, foto em F!; K!; P!-
4ex). Fig. 5
Meriania pergamentacea Cogn. in
Candolle A. de & Candolle C. de, Monog. Phan.
7: 432. 1891. Tipos: in Brasiliae prov. Rio de Janeiro
A.F.M. Glaziou 13859 (G!; K!; P!-3ex; R!),
A.F.M. Glaziou 16822 (B, destruído, foto em
F!; C!; G!-2x; K!; L!; P!-3ex; RB!), sintipos.
Syn. nov.
Arvoretas a árvores 5–15 m alt.;
indumento dos ramos, folhas, inflorescências
e cálice furfuráceo-estrelado, tricomas
persistentes. Folhas com pecíolo 1,1–5,5 cm;
lâmina 7,5–19 × 3,5–12 cm, cartácea, obovada,
elíptica ou oblonga, base agudo-atenuada a
arredondada, ápice agudo-acuminado, margem
inteira a sinuosa; 5 nervuras acródromas, 1–3
mm suprabasais. Cimóides corimbiformes ou
umbeliformes, 5–10,5 cm, terminais, eretos,
sésseis ou ca. 3,5 cm compr. pedunculados;
brácteas estreito-ovadas ou elípticas; profilos
filiformes. Flores com hipanto 5–7 × 7–9 mm;
cálice 1,5–3 mm, inconspícuo-bilobado; pétalas
13–24 × 9–22 mm, estames ante-sépalos com
910 Chiavegatto, B. & Baumgratz, J. F. A.
Rodriguésia 59 (4): 899-913. 2008
Figura 5 – a-o. Meriania robusta Cogn. – a. ramo florífero; b. flor; c. lacínia do cálice; d. pétala; e-g. estame antepétalo (e),
apêndice do conectivo (f), poro dorsal (g); h-j. estame ante-sépalo (h), apêndice do conectivo (i), poro terminal-ventral (j);
k. ovário, evidenciando os lobos inflados; l. ápice do estilete e estigma; m. secção transversal do ovário, evidenciando os
lóculos; n. velatídio; o. sementes (Baumgratz 634).
k
2 mm
1 mm
1 mm
4 mm
0,5 mm
4 mm
2 mm
0,5 mm
4 mm
2 mm
0,5 mm
4 mm
2 mm
4 mm
3 cm
l
m
no
e
fg
h
j
i
d
a
b
c
Meriania no Rio de Janeiro
Rodriguésia 59 (4): 899-913. 2008
911
filetes 14–15 mm, anteras 6–7 mm, poro dorsal,
porção ascendente do apêndice 2,5–3 mm,
ligulada, antepétalos com filetes 10,5–12 mm,
anteras 9,5–11,5 mm, porção ascendente do
apêndice 2,6–3,5 mm, bilobada, ambos com
porção basal do apêndice calosa; ovário 2,5–3
× 2,5–3,4 mm, 2/3 a totalmente livre no interior
do hipanto, estilete 13–18,5 mm, alvo. Velatídios
7–13 × 8–10 mm, sementes 0,6–0,8 × 0,2–0,5
mm, testa granulada.
Material selecionado: Casimiro de Abreu:
23.IX.2005, fr., P. V. Prieto 880 (RB). Nova Friburgo:
21.III.2007, fl. e fr., J. F. A. Baumgratz et al. 959,
960 (FLOR, RB). Santa Maria Madalena: 22.VI.2001,
fr., F. C. Pinheiro 847 (RB, RFFP). Santo Antonio
do Imbé: IV.1932, fl., A. C. Brade & Santos Lima
11736 (RB).
Endêmica do estado do Rio de Janeiro,
ocorrendo ao norte da Serra do Mar, em
florestas montanas e alto-montanas, entre
1.050-1.200 m de altitude, preferencialmente
em encostas sombreadas, às vezes também
em locais parcialmente ensolarados.
Encontrada em três Unidades de Conservação
– Parque Estadual do Desengano, Reserva
Ecológica de Macaé de Cima e Reserva
Estadual da União. Pode ser classificada como
Vulnerável, considerando-se o endemismo
regional associado ao pequeno número de
indivíduos por população (V–A1; B2a).
Coletada com flores de dezembro a abril e
frutos de fevereiro a dezembro.
Cogniaux (1891) distingue M.
pergamentacea de M. robusta por
características com delimitações muito frágeis,
caracterizando a primeira como uma planta
glabra, com folhas pergamentáceas, estreito-
ovadas, ápice curtamente acuminado e base
arredondada, às vezes subaguda, e flores com
pedicelo articulado. Essas mesmas
características são observadas nos espécimes
das coleções-tipo de M. robusta. Demais
características vegetativas e florais, com
base nesse autor, também são muito
semelhantes e se sobrepõem, incluindo dados
quantitativos. Desse modo, sinonimiza-se
M. pergamentacea com M. robusta.
8. Meriania sp. nov.
Árvores ca. 8 m alt.; indumento dos
ramos, pecíolos, inflorescências, brácteas,
profilos e face abaxial das folhas também
furfuráceo-dendrítico, tricomas persistentes.
Folhas com pecíolo 1,5–6,5 cm; lâmina 8,5–19
× 4,5–10 cm, cartácea, ovada a elíptica, base
aguda a atenuada, ápice acuminado, margem
inteira a sinuosa; 7 nervuras acródromas, 1–
1,5 cm suprabasais; domácias marsupiformes
presentes. Cimóides corimbiformes, 4–7 cm,
terminais e pseudo-axilares, eretos, sésseis a
1,5–3 cm compr. pedunculados; brácteas
espatuladas e profilos largo-ovados. Flores com
hipanto 4-5 x 5–7 mm; cálice ca. 1 mm,
inconspícuo-bilobado; pétalas 22–27 × 18–20
mm; estames ante-sépalos com filetes 12–14
mm, anteras 12–14 mm, porção ascendente
do apêndice 3–4 mm, antepétalos com filetes
16–19 mm, anteras 5–8 mm, porção
ascendente do apêndice 2,5–3,5 mm, ambos
com filetes alvos, anteras alvas, conectivo
amarelo, porção ascendente do apêndice
bituberculada, porção basal calcarada; ovário
3–4 × 3–4 mm, 2/3-livres, estilete 15–18 mm.
Velatídios 6–7 × 6–7 mm; sementes 0,8–1 mm,
testa rugosa.
Material selecionado: Parati: 15.III.2006, fl. e fr., J.
F. Baumgratz et al. 891 (RB).
Endêmica do estado do Rio de Janeiro, onde
ocorre na extremidade sul da Serra do Mar, no
Parque Nacional da Bocaina, em floresta atlântica
de encosta adjacente ao litoral, em torno de
650 m de altitude. Devido ao microendemismo
e à única coleta, pode ser considerada como
Criticamente Ameaçada (CR–B2a). Coletada
com flores e frutos em março.
AGRADECIMENTOS
A CAPES e ao CNPq, pelas bolsas
concedidas ao primeiro e segundo autores,
respectivamente. À FAPERJ, pelo apoio
concedido à pesquisa. Ao IBAMA, pelo apoio
e autorização de coleta em Unidades de
Conservação. Aos diretores dos Parques
Nacionais e Reservas, pela disponibilidade da
infraestrutura. À ilustradora botânica Maria Alice
de Rezende, pela confecção das ilustrações. Aos
912 Chiavegatto, B. & Baumgratz, J. F. A.
Rodriguésia 59 (4): 899-913. 2008
Curadores dos herbários, pelo empréstimo de
material e envio de fotografias e imagens
digitalizadas.
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frutos e sementes de Melastomataceae
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Melastomataceae na Reserva Biológica
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Lista de Coleções:
Ab, A.: 87 (6); 2274 (6). Adamek, D.M.: 212 (6), 213 (6), 214 (6), 215 (6), 216 (6), 217 (6), 218 (6), 219 (6), 220 (6),
221 (6), 222 (6), 223 (6), 224 (6), 225 (6), 226 (6). Aldenbit, W.: 311 (6). Almeida, A.L.: 26 (1), 29 (7). Anderson,
W.R.: 11695 (3). Andrade, A.J.: R 165941 (6). Araújo, D.: 1010 (3), Araújo, I.A.: 108 (1). Barbosa, A.: 215 (6).
Barros, A.A.M.: 1428 (4). Barros, D.: 1020 (1). Baumgratz, J.F.A.: 455 (1), 459 (1), 470 (7), 543 (7), 634 (7), 891
(8), 915 (1), 959 (7), 960 (7). Botelho, M.: GUA 38369 (3). Bovini, M.G.: 42 (6), 794 (6), 821 (3). Brade, A.C.: 9213
(6), 10672 (3), 11736 (7), 11952 (3), 16301 (6). Braga, J.M.A.: 4203 (4). Braga, P.I.: 2410 (3). Campos Porto, P.:
615 (3), 667(1), 1549 (1). Capanema: RB 5191 (4). Chiavegatto, B.: 133 (6), 136 (6), 137 (2), 138 (1). Claussen : 40
(1). Dionísio : RB 311 (7). Dreseni, P.: 782 (1). Duarte, A.P.: 133 (3), 297 (3), 4116 (3). Duarte, W.: RB 46860 (6).
Emygdio, L.: R 38563 (1), R 41557 (6). Farney, C.: 567 (3). Fernandes, D.: 631 (3), 708 (6). Fogaça, L.C.: 45 (1).
Meriania no Rio de Janeiro
Rodriguésia 59 (4): 899-913. 2008
913
Fontoura, T.: 185 (1). Forzza, R.C.: 2421 (6). Fromm, E.: 1124 (3). Fzerkrohn, E.: RBR 8629 (3). Gardner, G.: 5709
(2); Giordano, L.C.: 956 (3), 1721 (3). Glaziou, A.F.M.: 616 (6), 1089 (3), 2991 (3), 10759 (6), 11964 (6), 13859 (7),
16033 (6), 16814 (1), 16822 (7), 17531 (1), 17930 (6), 2571 (4). Gomes, V.L.: 01 (3). Guapiassú, M.: 11 (3). Guedes,
R.: 2115 (7), 2136 (7), 2358 (7). Hatschbach, G.: 11466 (6). Hoehne, W.: 410 (3), 5616 (3), SP 17359 (5). Kuhlman,
J.G.: 578 (3), RB 69115 (3), RB 102664 (3). Lanstyack, L.: 109 (1). Leitman, P.: 45 (7). Lima, H.C.: 263 (6), 1037
(7), 1060 (7), 3380 (7). Lobão, A.: 457 (3). Luschanth, : 13 (3). Marquete, R.: 89 (3), 131 (3), 322 (3). Martinelli, G.:
12378 (7). Martins, H.F.: 298 (3), Mautone, L.: 385 (6). Moura, J.T.: R 149601 (6). Nadruz, M.: 492 (3), 1890 (6),
1902 (6), 1913 (6). Occhioni, P.: 233 (3), 224 (3), 1026 (6), 4544 (3), 5995 (6), RB 51056 (3), 132034 (3), RFA 5307
(6). Oliveira, C.A.L.: 499 (3), 534 (3), 991 (3), 2252 (3). Pabst, G.: 4700 (6), 5653 (6), 6924 (3), 9137 (6). Paleria, M.:
8455 (6). Paula, C.H.R.: 633 (6). Pereira, E.: 225 (6), 403 (6), 3776 (3), 4479 (3), 4545 (3), RB 111524, (3), 1311 (7).
Pereira, T.S.: RB 296460 (1). Perón, M. : 789 (7), 801 (7). Pessoa, S.V.A.: 34 (6), 63 (3). Pinheiro, F.C.: 847 (7).
Pinto, R.: 01 (3). Pohl, J.E.B.: 5263 (5); Prieto, P.V.: 880 (7). Quinet, A.: 69 (7).Ramos, W.D.: 05, R 857 (1).
Ribeiro, R.: 66 (5), 946 (3), 1035 (3), 1130 (3), GUA 42357 (3). Riedel, L.: 424 (7); 425 (6); 1250 (3). Rivello, N.: 07
(3). Rizzini: 461 (2). Rocha, E.S.F.: 1085 (3). Rose, L.: 40 (6). Sampaio, A.J.: 2706 (6). Santos Lima, J.: 13231 (7).
Santos, M.: 19 (3). Schott: 4169 (3). Schwacke, C.A.W.: 4868 (6), 5963 (6). Silva, F.: 62 (3). Silva, S.A.S.: 10 (3).
Sodré, S.R.: 155 (3). Sucre, D.: 6453 (3). Sylvestre, L.S.: RB 293940 (1). Ule, E.: R 149602 (6), R 149606 (6), R
149570 (3), R 167064 (6). Vaz, A.F.: 557 (3), 642 (6). Velloso, H. : R 643 (7). Wesenberg, J.: 122 (6), 487 (6), 488 (6),
747 (6), 748 (6), 793 (6). Wildgren, J.F.: 1257 (3), 5692 (3).
... Meriania Sw. (Swartz, 1798) es un género neotropical de árboles y arbustos (rara vez lianas arbustivas), con aproximadamente 120 especies distribuidas desde el sur de México hasta Brasil, Bolivia y las Antillas y desde el nivel del mar hasta 3500 m de altitud (Wurdack, 1973;Chiavegatto y Baumgratz, 2008;Mendoza-Cifuentes y Fernández-Alonso, 2012;Mendoza-Cifuentes, 2021. Colombia es el país con la mayor diversidad de este género, con 37 especies, seguido de Perú (36), Ecuador (28), Brasil (14) y Venezuela (12) (Mendoza-Cifuentes, 2021;Fernandez-Hilario et al., 2022, 2023. ...
... Colombia es el país con la mayor diversidad de este género, con 37 especies, seguido de Perú (36), Ecuador (28), Brasil (14) y Venezuela (12) (Mendoza-Cifuentes, 2021;Fernandez-Hilario et al., 2022, 2023. Triana (1871) y Cogniaux (1891) realizaron estudios que incluyen todas las especies de Meriania que se conocían hasta ese momento (28 y 39 especies, respectivamente), pero actualmente solo se han abordado estudios regionales en tratamientos florísticos como la flora de Mesoamérica (Almeda, 2009), Costa Rica (Almeda, 2007, las Guayanas (Wurdack et al., 1993), la Guayana Venezolana (Berry et al., 2001), Brasil (Chiavegatto y Baumgratz, 2008;Goldenberg, 2009;Fagundes y Santos, 2016), Ecuador (Wurdack, 1980), Perú (Macbride, 1941;Fernandez-Hilario et al., 2023), Venezuela (Wurdack, 1973), las Antillas Mayores (Michelangeli et al., 2015) y Colombia (Mendoza-Cifuentes, 2021). ...
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Antecedentes y Objetivos: Meriania es un género neotropical de árboles y arbustos, con aproximadamente 120 especies distribuidas desde el sur de México hasta Brasil, Bolivia y las Antillas. En Colombia, asociado a las cordilleras Occidental y Central, se encuentra un complejo de especies de Meriania con caracteres únicos que permite diferenciarlo de otros grupos andinos; aquí se denomina complejo Selvaflorensis. El objetivo de este artículo es describir una nueva especie de Meriania asociada a este, además de documentar las especies de este grupo y sus distribuciones. Métodos: Basados en una recolección reciente, la revisión de ejemplares depositados en herbarios de Colombia, imágenes de ejemplares en JSTOR Global Plants y la consulta de bibliografía del género en Colombia, se describe e ilustra una nueva especie de Meriania y se categoriza siguiendo los criterios de la IUCN. Se establece el complejo Selvaflorensis dentro del género, se discuten sus relaciones, se documentan sus rasgos distintivos, y se presentan una sinopsis de las especies, una clave de identificación y un cuadro de caracteres para su reconocimiento. Resultados clave: Meriania alexandrae sp. nov. se reconoce por el hábito arbustivo, hojas subpeltadas con tricomas glandulares, flores con caliptras apiculadas y circuncísiles, los estambres dimorfos y semillas filiformes. Es endémica de Colombia y se sugiere su categoría de amenaza En Peligro (EN). Junto con otras cuatro especies, constituye el nuevo complejo aquí llamado Selvaflorensis que se caracteriza por la presencia de tricomas glandulares en hojas, flores caliptradas y semillas filiformes. Este complejo es restricto a la región biogeográfica llamada Cordillera Occidental de Colombia. Adicionalmente, dos paratipos antes asociados a Meriania silverstonei se resignan a esta nueva especie. Conclusiones: El complejo Selvaflorensis es un grupo natural dentro de Meriania restricto al norte de los Andes, conformado hasta el momento por cinco especies, y no está cercanamente emparentado con el grupo Brachycera.
... Nevertheless, the appendages in Merianthera are unique in the ascending portion with a bilobed apical expansion with backwardcurved lobes in the antepetalous stamens (Goldenberg et al. 2012). The ascending appendages in Adelobotrys are either entire or bifid (Mendoza-Cifuentes and Fernández-Alonso 2010), whereas in Meriania they may be bilobed but with rounded, straight lobes (Chiavegatto and Baumgratz 2008). ...
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Pyramieae contains 68 species belonging to three genera: Cambessedesia, Huberia, and Merianthera. We review the systematics and evolution of Pyramieae, including the history of tribal placement of the genera, phylogenetic relationships, taxonomy with emphasis on morphological characters that define the tribe and its genera, and general ecology and evolution. The Brazilian members of Pyramieae are mostly microendemic to the eastern mountains of Brazil, predominantly found in the Atlantic Forest and Cerrado. Cambessedesia has 25 species that occur almost entirely in the Brazilian campos rupestres. Huberia has 37 species, most of which are endemic to campos de altitude of the Atlantic Forest, with four of them endemic to the Andes of Ecuador and Peru. Merianthera comprises seven species largely endemic to granitic/gneissic inselbergs on rocky outcrops in the Atlantic Forest and two species to campos rupestres.
... We selected ten very small-seeded species with occurrence restricted to only one of the three microhabitats evaluated (Table 1), according to our personal observations in the study area and previous studies (Brade 1959;Baumgratz et al. 2006;Lima et al. 2006;Ferreira et al. 2007;Chiavegatto & Baumgratz 2008). Seeds were collected from mature fruits of two to 12 different individuals, depending on the species. ...
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The coexistence of plant species in tropical rainforests is related to specific abiotic resources, varying according to the occurrence microhabitat of each species. Light quality is the main abiotic factor influencing the germination of small seeds, however studies often do not discriminate its effect from light irradiance. This study compared specific requirements for seed germination of ten small-seeded species, with restricted occurrence in only one of three contrasting microhabitats: forest understory, edge of clearings and open area. Laboratory experiments were carried out to test temperature regimes (constant and fluctuating), light quality (ratio of red to far-red wavelengths – R:FR) and light irradiance (photosynthetically active radiation – PAR), reproducing high and low conditions commonly found at the microhabitats. Seed germination of all species occurred between 20°C and 30°C, only the seeds of open area species were able to germinate at 35°C and no species needed alternating temperature to germinate. Irrespective of species and microhabitat, a decrease in the R:FR reduced the germination percentage; however, differences were observed considering the capacity to germinate at low R:FR. The values of R:FR50% were greater for the open area and edge species (from 0.441 to 0.345) than for the understory species (from 0.181 to 0.109), with few exceptions. For all species and most of the tests, germination was not influenced by PAR. Light quality is the most important light signal for germination of small seeds; irradiance has little effect. Our results allow us to glimpse the existence of two distinct patterns of germination for small-seeded species: open area and edge species are light-demanding and require high R:FR to germinate, while understory species are shade-tolerant and germinate at low R:FR. These differences are responsible for the distinct microhabitat occurrence and help to explain the coexistence of species in tropical forests.
... Nevertheless, the appendages in Merianthera are unique due to the ascending portion with a bilobed apical expansion with backward-curved lobes in the antepetalous stamens (Goldenberg et al., 2012). The ascending appendages in Adelobotrys are either entire or bifid (Mendoza-Cifuentes & Fernández-Alonso, 2010), while in Meriania they may be bilobed, but with rounded, straight lobes (Chiavegatto & Baumgratz, 2008). The anthers of Merianthera have been regarded as 'not-geniculate', i.e. straightening up after anthesis (Mendoza-Cifuentes & Fernández-Alonso, 2010), but this does not seem to be the case in Merianthera because its anthers remain inflexed after anthesis (Goldenberg et al., 2012). ...
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Systematic studies based on DNA sequences have shown that some traditional tribal delimitations in Melastomataceae remain unresolved, such as the ‘Merianthera and allies’ clade, an informal group which has not been formally assigned to a tribe. This clade includes Behuria, Cambessedesia, Dolichoura, Huberia and Merianthera and occurs mainly at high elevations in the Atlantic Forest and cerrado biomes of Brazil. Behuria, Dolichoura, Huberia and Merianthera were tradionally placed in Merianieae based on overall similar morphology. The assignment of Cambessedesia to Microlicieae has been challenged and its tribal placement needs re-evaluation. To infer the monophyly of the genera and revise generic limits we analysed DNA markers of three plastid (atpF-atpH, psbK-psbL and trnS-trnG), two ribosomal (nrETS and nrITS) and a segment of a low-copy nuclear gene (waxy), using maximum likelihood and Bayesian inference. We also selected 12 morphological characters to reconstruct an ancestral character estimation analysis. Our results recovered Cambessedesia and Merianthera as monophyletic lineages together with monophyletic Huberia and Dolichoura nested in a paraphyletic Behuria. We propose and describe for the first time the tribe Cambessedesieae based on molecular, morphological and geographical data. As recognized here, Cambessedesieae consist of Cambessedesia, Merianthera and an expanded Huberia (including Behuria and Dolichoura).
... Nevertheless, the appendages in Merianthera are unique due to the ascending portion with a bilobed apical expansion with backward-curved lobes in the antepetalous stamens (Goldenberg et al., 2012). The ascending appendages in Adelobotrys are either entire or bifid (Mendoza-Cifuentes & Fernández-Alonso, 2010), while in Meriania they may be bilobed, but with rounded, straight lobes (Chiavegatto & Baumgratz, 2008). The anthers of Merianthera have been regarded as 'not-geniculate', i.e. straightening up after anthesis (Mendoza-Cifuentes & Fernández-Alonso, 2010), but this does not seem to be the case in Merianthera because its anthers remain inflexed after anthesis (Goldenberg et al., 2012). ...
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Systematic studies based on DNA sequences have shown that some traditional tribal delimitations in Melastomataceae remain unresolved, such as the 'Merianthera and allies' clade, an informal group which has not been formally assigned to a tribe. This clade includes Behuria, Cambessedesia, Dolichoura, Huberia and Merianthera and occurs mainly at high elevations in the Atlantic Forest and cerrado biomes of Brazil. Behuria, Dolichoura, Huberia and Merianthera were tradionally placed in Merianieae based on overall similar morphology. The assignment of Cambessedesia to Microlicieae has been challenged and its tribal placement needs re-evaluation. To infer the monophyly of the genera and revise generic limits we analysed DNA markers of three plastid (atpF-atpH, psbK-psbL and trnS-trnG), two ribosomal (nrETS and nrITS) and a segment of a low-copy nuclear gene (waxy), using maximum likelihood and Bayesian inference. We also selected 12 morphological characters to reconstruct an ancestral character estimation analysis. Our results recovered Cambessedesia and Merianthera as monophyletic lineages together with monophyletic Huberia and Dolichoura nested in a paraphyletic Behuria. We propose and describe for the first time the tribe Cambessedesieae based on molecular, morphological and geographical data. As recognized here, Cambessedesieae consist of Cambessedesia, Merianthera and an expanded Huberia (including Behuria and Dolichoura).
... Remarks. Among the Eastern Brazilian species of Meriania, the indument and anther morphology of M. inflata are very similar to those of M. tetramera (Chiavegatto, 2009;Chiavegatto & Baumgratz, 2008;Chiavegatto & Baumgratz, 2015). This anther morphology with paired sacs at the base of the thecae is not known in any other species in the genus apart from M. inflata and M. tetramera. ...
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Three new species of Angiosperms have been found in four short collection trips to the same protected reserve—“Estação Ecológica Estadual de Wenceslau Guimarães”—and neighboring areas in the Atlantic Forest in the south of the Brazilian state of Bahia. These new species belong to three genera from three distinct lineages in the family Melastomataceae: Huberia , Meriania and Physeterostemon . The description of these species represent a good example of a Linnean shortfall, i.e., the absence of basic knowledge about the biodiversity in the area, as well as in tropical forests as a whole. The description of these probably endemic species per se is a signal that this area deserves more attention regarding research and policies, but its consequences go farther: this area has a relevant role as a phylogenetic (both genetic and morphological) stock, and thus is also valuable as a phylogenetic conservation priority.
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Melastomataceae species successfully colonize, and in many cases dominate, ecosystems ranging from forest to open vegetation, from sea level to mountain summits, and isolated islands. This wide distribution is likely related to species dispersal ability. The dispersal mechanisms are diverse, with various fruit types. Dry and fleshy fruits evolved several times during the radiation of melastomes, and these shifts were accompanied by transitions between forests and grasslands. In this chapter, we provide an overview of the dispersal ecology of Neotropical Melastomataceae. First, we revisit the biology of dry-fruited species and their main dispersal mechanisms. Second, we explore the dispersal ecology of berries, which are keystone resources for a wide diversity of animals. We discuss the traits that contribute to their widespread consumption, provide an assessment of the consumer assemblage, and link frugivory to seed dispersal by evaluating the animal effects on germination outcomes. We argue that Melastomataceae species are excellent models to advance our knowledge of seed dispersal ecology.
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This study aimed to describe the origin, position, development and typology of inflorescences in Miconieae through ontogenetic and morphological analyses using light microscopy. We observed three morphological character states: terminal, pseudo-axillary and axillary; and two ontogenetic states: terminal and axillary. The terminal and pseudoaxillary inflorescences originate from terminal reproductive meristems. Pseudoaxillary inflorescences result from unequal development of vegetative meristems which flank the terminal flowering unit, whereas in terminal inflorescences, both vegetative meristems develop equally. In axillary inflorescences, the terminal reproductive meristem is not involved, while axillary inflorescences originate from reproductive axillary meristems. The inflorescences range from heterocladic and thyrsoid to simpler types, such as botryoid and triad. Such characteristics can also be seen in paracladia, particularly those most distal. The terminal inflorescence is observed in all clades of Miconieae, and pseudoaxillary and axillary inflorescences should be apomorphic states in the tribe and derived from the terminal condition.
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A taxonomic study of the clade Merianthera and the tribes Merianieae and Microliceae (Melastomataceae) of Serra Negra, located in the southern region of Zona da Mata of Minas Gerais, Brazil, is presented. The clade Merianthera is represented by Behuria parvifolia, Huberia nettoana and Cambessedesia hilariana, Merianieae is represented by Meriania claussenii, while Microlicieae is represented by Lavoisiera imbricata, Microlicia serpyllifolia, Rhynchanthera dichotoma, Trembleya elegans, Trembleya parviflora and Trembleya phlogiformis. The region is suffering environmental impacts due to Pinus and Eucalyptus planting, real-state speculation, disorganized visitation, illegal collection of plants, as well as the use of forest remnants and field areas for grazing. Regarding conservation, it should be highlighted the species B. parvifolia, H. nettoana and M. claussenii, probably threatened with extinction at regional or national levels. Identification keys, descriptions, illustrations, information on the geographical distribution and morphological comments for taxa of these groups in Serra Negra are presented.
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Merianthera is a genus endemic to rocky outcrops in eastern Brazil, with seven species, four of which are new and described here (M. bullata, M. eburnea, M. parvifolia, M. verrucosa). The genus can be recognized by its caducous leaves, inferior ovaries and dry, rupturing fruits, as well as by the stamens with complex dorsal appendages. Merianthera is monophyletic, and sister to a clade consisting of Dolichoura, Behuria and Huberia (all from tribe Merianieae); together these four genera are sister to Cambessedesia, but not closely related to other genera in tribe Merianieae, such as Meriania and Graffenrieda. Within the genus, there are two distinct clades, the first with two species with thite to pink petals and leaves abaxially covered with a dense indument, both growing on sandstone and endemic to Minas Gerais (M. eburnea, M. sipolisii). The other clade comprises the remaining five species, all with glabrous or glabrescent leaves and purple petals, growing on granitic/gneissic outcrops and endemic to Espírito Santo (M. bullata, M. burlemarxii, M. parvifolia) or occurring in this state and also Minas Gerais (M. verrucosa) or in both plus Bahia (M. pulchra).
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A taxonomic study of the genera Henriettea and Henriettella in the flora of Rio de Janeiro State is presented. Each genera is represented by only one species - Henriettea saldanhaei and Henriettella glabra, that are found in the Atlantic forest. A key to identify the genera of the tribe Miconieae and the species studied is presented, as well as descriptions, illustrations, geographical distribution data and comments about nomenclatural and morphological particularities are provided. Three lectotypes are proposed and Henriettea glazioviana, H. glazioviana var. verruculosa and Henriettella glazioviana are accepted as synonyms. The occurrence of Henriettea saladanhaei and Henriettella glabra to the Espírito Santo State is pointed out for the first time.
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RESUMO Apresenta-se um estudo florístico para as Melastomataceae na Reserva Biológica de Poço das Antas, com enfoque na diversidade taxonômica e esta nas diferentes unidades vegetacionais que compõem a paisagem. Foram encontradas 34 espécies e uma variedade pertencentes a oito gêneros: Aciotis (1 sp.), Clidemia (5 spp.), Henriettea (1 sp.), Leandra (2 spp.), Miconia (15 spp. e 1 var.), Ossaea (2 spp.), Rhynchanthera (1 sp.) e Tibouchina (7 spp.). Esse trabalho representa o primeiro registro de ocorrência de 15 das espécies para a Reserva e para o município de Silva Jardim e o registro inédito de Clidemia dentata para o estado do Rio de Janeiro, além de identificar uma nova espécie de Clidemia. Apresenta-se uma chave analítica para a identificação das espécies, bem como descrições, ilustrações, dados de distribuição geográfica e comentários sobre particularidades morfológicas e nomenclaturais.
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RESUMO Apresenta-se um estudo sobre a diversidade taxonômica das Melastomataceae na Reserva Ecológica de Macaé de Cima, com enfoque nos táxons das tribos Bertolonieae, Merianieae e Microlicieae. Foram abordados 11 espécies e uma variedade pertencentes a seis gêneros: Behuria (2 spp.), Bertolonia (1 sp. e 1 var.), Bisglaziovia (1 sp.), Huberia (4 spp.), Meriania (2 spp.) e Trembleya (1 sp.). Apresentam-se chaves para a identificação dos 13 gêneros ocorrentes na Reserva e dos táxons pertencentes aos gêneros estudados, além de descrições, ilustrações, dados de distribuição geográfica e comentários sobre particularidades morfológicas. Behuria glazioviana, Huberia parvifolia e H. triplinervis são endêmicas de Macaé de Cima e, juntamente com Bertolonia grazielae, Behuria corymbosa, Bisglaziovia behurioides e H. minor, são endêmicas do estado fluminense. Meriania claussenii e Trembleya parviflora representam novas ocorrências para a Reserva.
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It carries out a floristic study about Melastomataceae family in Poço das Antas Biological Reserve focusing on the taxonomic diversity and ecological aspects of the group in the different vegetation units that forming the landscape. Eight genus, 34 species and one variety were found: Aciotis (1 sp.), Clidemia (5 spp.), Henriettea (1 sp.), Leandra (2 spp.), Miconia (15 spp. and 1 var.), Ossaea (2 spp.), Rhynchanthera (1 sp.) and Tibouchina (7 spp.). This is the first record of 15 species to the municipality of Silva Jardim and Clidemia dentata to the Southeastern region of Brazil, besides to identify a new species of Clidemia. It also presents an analytical key for the identification of the species, as well as descriptions, illustrations, geographical distribution and comments about the specimens in the environment and some morphological and nomenclatural particularities. © Instituto de Pesquisas Jardim Botanico do Rio de Janeiro. All rights reserved.
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In the Myrtales a great variety of inflorescences are found. In some families such as Oliniaceae or Alzateaceae (formerly included into Lythraceae) the inflorescences are exclusively of the more primitive monotelic type. In others gradual transitions from the monotelic to the polytelic type can be observed. Within the Lythraceae the genera Lawsonia, Lagerstroemia, and Galpinia and-if included as subfamilies-the Punicoideae and Sonneratioideae still represent the monotelic type, whereas in the majority of the genera polytelic inflorescences are found. These often show a botrytic ramification, although the basic type of ramification is a thyrse. Among the great diversity of forms the gradual specialization of a short shoot-long shoot system can be observed, especially in the genus Ginorea. The same can be seen within the Combretaceae, which are polytelic throughout. As in most Myrtales families, phylloscopic accessory buds or branches are frequently occurring and sometimes form a determinating factor for the shape of a flowering plant. In Onagraceae polytelic structure of inflorescences is also manifested throughout the family and florescences as botrya or spikes are known. On this basis an impressive diversity exists, especially in the variations of the proportions between the terminal main florescence and the extension of the enrichment zone, the number and size of paracladia, the length of the internodes, and the possibility of a reversion of the inflorescence apex to vegetative growth, commonly called proliferation. The latter often occurs in the inflorescences of Myrtaceae in which the "central type" and perhaps the phylogenetically primitive form is a monotelic thyrsoid or a panicle. Even in proliferating or in truncate synflorescences the monotelic character is evident by the fact that all paracladia, including those with more than one pair of flower-bearing branches, are provided with a terminal flower. The effloration of the proliferating inflorescence can be delayed for such a long time that the proliferating shoot may even form branches above the flower-bearing zone. Thus inflorescences of this shape sometimes were regarded as "intercalary inflorescences." In some cases (some species of Eugenia) the transition to the polytelic type seems to be complete. In the majority of the Penaeaceae the inflorescences forming thyrsoids or stachyoids follow the monotelic type. Some facultatively or constantly truncate synflorescences form a transition to taxa with polytelic synflorescences. In Psiloxylaceae the flower-bearing systems are brachyblasts reduced to their botrytic florescence and inserted on older axes. Variety of inflorescences in Melastomataceae corresponds to the size of the family but shows less diversity than Myrtaceae. The inflorescences are monotelic. Cases of complete transitions to polytelic structures were not found. Even truncation seems to be rare and only a single case is reported for Medinilla magnifica. On the other hand, proliferation is not rare.
7: 434. 1891. Tipo: Brasil, Rio de Janeiro
  • Meriania Dentata Cogn
Meriania dentata Cogn. in A. & C. De Candolle, Monogr. Phan. 7: 434. 1891. Tipo: Brasil, Rio de Janeiro, ad Serra dos Órgãos, 16.VII.1888, fl., A.F.M. Glaziou 17531 (holótipo BR!; isótipos B, destruído, foto em F!; C!-2ex;
Morfologia dos frutos e sementes de Melastomataceae brasileiras
  • J. F. A. Baumgratz
Baumgratz, J. F. A. 1985. Morfologia dos frutos e sementes de Melastomataceae brasileiras. Arch. Jard. Bot. Rio de Janeiro 27: 113-155.
  • J F A Baumgratz
  • M L D R Souza
  • R A M Tavares
Baumgratz, J. F. A.; Souza, M. L. D. R. & Tavares, R. A. M. 2007. Melastomataceae na Reserva Ecológica de Macaé de Cima, Nova Friburgo, Rio de Janeiro, Brasil. I -Tribos Bertolonieae, Merianieae e Micolicieae. Rodriguésia 58(4): 797-822.
Tribos: Miconieae, Merianieae, Bertolonieae e Microlicieae
  • E Pereira
Pereira, E. 1966. Flora da Guanabara -V. Melastomataceae III (Final). Tribos: Miconieae, Merianieae, Bertolonieae e Microlicieae. Rodriguésia 25(37): 181-202.