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REMark – Revista Brasileira de Marketing
e-ISSN: 2177-5184
DOI: 10.5585/remark.v17i1.3773
Data de recebimento: 22/08/2017
Data de Aceite: 29/11/2017
Editor Científico: Otávio Bandeira De Lamônica Freire
Avaliação: Double Blind Review pelo SEER/OJS
Revisão: Gramatical, normativa e de formatação
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Revista Brasileira de Marketing – ReMark
São Paulo, Vol. 17, N. 1. Janeiro/Março. 2018
REIS/ BRUGNEROTTO/ SEVILHA/
CREMONEZI/ OSWALDO
ENDOMARKETING, LIDERANÇA E COMUNICAÇÃO: REFLEXOS NA ORGANIZAÇÃO
RESUMO
O artigo descreve sobre a importância do endomarketing na liderança de uma organização, foca o desenvolvimento
profissional em relação à liderança com uma boa comunicação, sendo importante enxergar que o crescimento da
organização envolve a liderança dos gestores em refletir um endomarketing assertivo para gestar todos os
colaboradores nos desafios e metas a serem atingidas, o trabalho, leva à transformação de ideias trazendo soluções
inovadoras, portanto o objetivo primordial é classificar o trabalho dos líderes com as estratégias de atrair resultados
positivo com uma boa comunicação de endomarketing diante da empresa Serviço Nacional de Aprendizagem
Comercial (SENAC SP), por meio da aplicação de questionário, como resultado constatou-se que, entre os trinta e um
líderes pesquisados, têm a base da do endomarketing focado, o resultado indica compatibilidade com a empresa que
tem sua atenção voltada para a pessoa, que para a organização são entendidos como colaboradores.
Palavras-chave: Endomarketing; Estratégias; Comunicação; Liderança; Liderança Sustentável.
ENDOMARKETING, LEADERSHIP AND COMMUNICATION: REFLECTIONS IN THE
ORGANIZATION
ABSTRACT
The article describes the importance of the endomarketing of the leaders of an organization, focuses on professional
development in relation to leadership with good communication, and it is important to see that the growth of the
organization involves the leadership of the managers in reflecting an assertive endomarketing to manage all the
collaborators In the challenges and goals to be achieved, the work, leads to the transformation of ideas bringing
innovative solutions, therefore the primary objective is to classify the work of the leaders with the strategies to
attract positive results with a good communication of endomarketing before the company National Service of
Learning (SENAC SP), through the application of a questionnaire, as a result, it was found that, among the thirty-
one leaders surveyed, the basis of endomarketing focused, the result indicates compatibility with the company that
has its attention focused on the Person, who for the organization are As collaborators.
Keywords: Endomarketing; Strategies; Communication; Leadership; Sustainable Leadership.
Thompson Augusto Reis
1
Tiago dos Reis Brugnerotto
2
Isabel Cristina Sevilha
3
Graziela Oste Graziano Cremonezi
4
Yeda Cirera Oswaldo
5
1
Mestre em Administração pela Universidade Metodista de Piracicaba - UNIMEP. Professor do Curso de Administração
do Centro Universitário Adventista de São Paulo - UNASP. São Paulo, Brasil. E-mail: thompson.reis@ucb.org.br
2
Mestrando em Administração pela Universidade Metodista de Piracicaba - UNIMEP. São Paulo, Brasil. E-mail:
tiagoreisb@gmail.com
3
Mestranda em Administração pela Universidade Metodista de Piracicaba - UNIMEP. São Paulo, Brasil. E-mail:
isabel.csandreasi@sp.senac.br
4
Doutora em Administração pela Universidade Nove de Julho - UNINOVE. Professora Pós-Graduação em
Administração da Universidade Metodista de Piracicaba - UNIMEP. São Paulo, Brasil. E-mail:
graziela.graziano@gmail.com
5
Doutora em Psicologia pela Universidade São Francisco - USF. Professora da Universidade Metodista de Piracicaba -
UNIMEP. São Paulo, Brasil. E-mail: Yoswaldo@unimep.br
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1 INTRODUÇÃO
O presente estudo tem como objetivo verificar
os reflexos da comunicação interna dos líderes dentro de
uma organização, o ápice é entender como o líder usa a
comunicação para desenvolver com seus colaboradores
as tarefas para despertar a vocação para construção de
novas ideias.
Khouey (2009, p. 15) reconhece que “liderar
exercer influência sobre o que se passa ao seu redor,
seja construindo a vida que você deseja para si mesmo,
seja inspirando diferentes pessoas a caminhar na mesma
direção. A habilidade de liderança pode ser
desenvolvida e depende de ações práticas e objetivas”.
Liderança, tal como motivação é tema
fundamental, importante destacar, que é a capacidade
de exercer influência sobre indivíduos e grupos, nos
remete às questões mais subjetivas dos seres humanos,
está associada a estímulos, incentivos que possam
provocar a motivação nas pessoas para a realização da
missão, da visão e dos objetivos empresariais
(VERGARA, 2014).
Segundo os autores Corral e Link (2012) o
primeiro passo para ser um líder é saber liderar os
movimentos de sua própria energia, apontar-se numa
direção nova e mostrar a realidade de uma maneira
diferente, onde as pessoas ainda não enxergaram, desta
maneira poderá exercer uma função de liderança.
Os autores ressaltam que fazer aquilo que
acredita saber liderar seus movimentos internos em uma
determinada direção desprendida e autentica, transmitir
ideias e conhecimento aos seus liderados é saber liderar
com sabedoria e inteligência.
De acordo com Furini (1994) liderança é uma
arte e ciência ao mesmo tempo. Júlio Cesar e Napoleão,
demostraram ao longo do tempo gigantesca capacidade
de liderança.
Como arte necessita de estudo, inspiração e
originalidade e como ciência requer além do estudo
observação e pesquisa. Liderança é uma tarefa que
exige um esforço inteligente e concentração, pode
parecer uma responsabilidade prazerosa, mas também
pode tornar-se uma carga difícil de suportar, agrega um
pouco de psicologia, filosofia e politica, mas os
requisitos primordiais é ter carisma, inteligência e
objetividade FURINI (1994).
Liderança não é uma tarefa fácil,
especialmente em um mundo em constantes mudanças
e cheio de inovações. Denota-se que não se pode
prender-se a velhos hábitos e modelos ultrapassados
face a globalização. Percebe-se que a liderança global
possui um denominador comum que é o foco em um
mundo interdependente, bem como nas formas com as
quais podemos efetivamente trabalhar juntos para
superar nossos conflitos, uma boa liderança está
naquele que a exerce em sua própria vida,
independentemente de sua profissão ou nacionalidade.
A liderança global exige um despertar para uma nova e
integral dimensão da realidade, são diálogos
necessários para encontrar soluções que emanem de
nossa humanidade comum e que apoiem nossa
sustentabilidade coletiva, essas soluções devem nos
unir além das divisões potenciais não só de
nacionalidade e cultura, religião e crenças politicas,
mas também de setores da sociedade e classes sociais,
profissões e tipos de organizações. Porém, para criar
um mundo mais humano e sustentável precisamos de
lideranças que se identifiquem com essa visão e a
incorporem para, então, materializá-la (CORRAL e
LINK, 2012).
Segundo Reddin (1989, p 23) “A teoria
eficácia do líder é alguém que os outros consideram
como principal responsável pela realização dos
objetivos do grupo. Sua eficácia é avaliada pelo grau,
segundo o qual ele influencia seus seguidores na
realização dos objetivos do grupo”.
O líder eficaz depende da equipe. O líder deve:
construir sua própria equipe, treinar e desenvolver as
pessoas, analisar e planejar o trabalho de sua equipe e
gerenciar as mudanças necessárias, liderar pessoas e
grupos de trabalho, motivar pessoas e grupos de
trabalho por meio da própria tarefa, monitorar e avaliar
o desempenho das pessoas e do grupo para verificar seu
progresso e recompensar para assegurar reforços
positivos do desempenho (CHIAVENATO, 2003)
Em vez de negar os problemas existentes nas
organizações, é necessário obter resultados positivos e
o poder de ação, aceitar todas as situações ser proativo
para solucionar os problemas. O líder para alcançar os
resultados desejados, precisa ser realista, reconhecer
seus limites, avaliar sua vida pessoal e profissional,
adequar seu comportamento para achar o ponto de
equilíbrio (KHOUEY, 2009).
Desta forma o presente estudo será permeado
pela identificação da comunicação interna de cada líder
questionado, onde busca analisar e entender como a
comunicação assertiva com seus colaboradores trás
resultados positivos.
Diante do exposto, o estudo propõe
diagnosticar a comunicação interna dos líderes na
Instituição Educacional. SENAC - SP.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Liderança Sustentável
É importante destacar que as mudanças com a
globalização têm permitido transformar os
trabalhadores antes passivos, cumpridores de tarefas
rotineiras, hoje ativos em seu desenvolvimento
profissional. Diante destes fatos novos líderes são os
protagonistas das mudanças e sabem lidar e resolver
problemas com sua equipe de trabalho, pois catalisam
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as mudanças para a sustentabilidade. Com base na
análise do modelo proposto pelo Pacto Global da ONU,
(VOLTOLINI, 2011, p. 68), extraiu vinte principais
atribuições para o líder em sustentabilidade:
1. Comandar a elaboração de uma estratégia
consistente de sustentabilidade, buscando a
cooperação entre as diferentes áreas e as
questões mais relevantes para o negócio e o seu
setor de atuação; fazer com que o conceito
permeie a cultura organizacional,
transformando-o em um valor corporativo
relevante para a definição da identidade da
companhia;
2. Garantir a coordenação entre os diversos
departamentos da empresa, com o objetivo de
maximizar o desempenho em sustentabilidade;
3. Avaliar riscos e oportunidades relacionados a
questões de sustentabilidade para a empresa e o
setor;
4. Identificar todos os impactos socioambientais
causados pelas operações da empresa; cuidar
para minimizá-los ou eliminá-los;
5. Definir políticas e cenários para o futuro,
estabelecendo metas mensuráveis;
6. Envolver e educar funcionários e
colaboradores, adotando programas de
desenvolvimento, e também sistemas de
incentivo;
7. Monitorar e mensurar desempenho com base
em métricas para, por exemplo, gestão de água,
energia, emissões de gases de efeito estufa,
poluição, efluentes e biodiversidade;
8. Responsabilizar, pela execução da estratégia,
áreas corporativas essenciais como Compras,
Marketing, Recursos Humanos, Jurídico e
Relações Institucionais, assegurando que
nenhuma delas atue em conflito com os
compromissos e objetivos de sustentabilidade:
9. Alinhar estratégias, metas e estruturas de
incentivo de todos os departamentos e unidades
com os objetivos e compromissos de
sustentabilidade da empresa;
10. Analisar cada elo da cadeia de valor, mapeando
impactos, riscos e oportunidades;
11. Envolver fornecedores na estratégia de
sustentabilidade; sensibilizar, treinar e
capacitar parceiros de negócio; monitorar o
quanto estão alinhados com os compromissos e
práticas da empresa;
12. Desenvolver produtos e serviços ou conceber
modelos de negócio que contribuam para
promover a sustentabilidade;
13. Realizar investimento social alinhado com as
competências da empresa e o contexto
operacional de seu negócio;
14. Integrar campanhas e iniciativas públicas,
assumindo, em suas comunicações,
compromissos com as questões mais relevantes
de sustentabilidade;
15. Coordenar esforços com outras organizações
para potencializar investimentos, e não se
sobrepor a iniciativas de desenvolvimento
sustentável;
16. Cooperar com organizações do mesmo setor em
ações que ajudem a encontrar respostas para
desafios comuns;
17. Fazer o papel de mentor para empresas do
mesmo ou de outro setor que ainda se
encontrem em estágio inicial de implantação de
práticas sustentáveis; na condição de referência
em liderança em sustentabilidade, facilitar o
acesso a informações por parte daqueles que
desejam conhecer a política da empresa;
18. Comunicar os resultados e a evolução de suas
práticas de sustentabilidade, visando prestar
contas às partes interessadas e à sociedade;
19. Envolver e educar os stakeholders para que eles
conheçam as políticas da empresa e participem
delas;
20. Capitanear o processo de mudança, inserir as
dimensões social e ambiental na noção de
sucesso empresarial, estabelecer uma visão e
uma missão de sustentabilidade.
Voltolini (2011) compreende que os lideres
sustentáveis têm: valores, habilidades, atitudes e
conhecimento, pois saber lidar com pessoas traz muito
mais vantagens para as organizações, onde os lideres
que buscam mudanças na organização valorizando e
motivando o potencial humano tendem a um
crescimento de um clima comprometido despertando a
criatividade para criação de novos negócios de sucesso.
Um bom líder sabe argumentar sempre os
valores, objetivos, posições éticas e politicas, associada
ao conceito de sustentabilidade, pois estimular seus
colaboradores impulsionam para novos desafios e novas
descobertas (ARRUDA e QUELHAS, 2011).
Para a escritora Vergara (2014) nas
organizações espera-se que o líder seja hábil na busca
de clarificação de problemas, compartilhar visão,
missão, objetivos, metas, contribuir na formação de
valores e crenças dignificantes, visualizar o sucesso,
construir formas de auto aprendizado, ouvir e ser
ouvido, é liberar a intuição, presente na tomada de
decisão.
Corral, Link e Gerson (2012) diz que o papel do
líder na organização é ter uma visão onde se veem nela,
não é necessariamente sobre o futuro, mas é sobre o
viver agora, transformando um pouco a cada dia, são
líderes inspiradores com finalidade de visão
transparente que as pessoas querem seguir e abraçar.
Para liderar é necessário a mudança de
comportamento, é necessário encontrar uma base para a
credibilidade e confiança, precisa ter coragem para
mudar a si próprio (SMITH, 1997).
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O autor enfatiza que os líderes só terão sucesso
se contarem com a equipe da organização, pois o
desempenho de uma empresa depende de que as pessoas
aprendam novas habilidades, novos comportamentos e
novos relacionamentos de trabalho.
2.2 Comunicação
A palavra comunicação é difícil definir, tem
mudado ao longo dos anos com a evolução
tecnológica, é possível defini-la como troca de
mensagem, deliberadas ou não, entre sujeitos:
pessoas x pessoas, onde a pessoa consegue fazer que
sua ideia seja assimilada por outra pessoa, assim
ocorre nesse momento o fenômeno da comunicação
(PIMENTA, 2006, p. 19).
A autora ressalta que como todos almejam
estabelecer uma comunicação efetiva, sem dúvida é
um grande desafio.
Segundo França (2014) é pela comunicação
que as informações e ideias podem ser trocadas e
compreendidas e que nenhum grupo existe sem se
comunicar.
A comunicação cinge duas vias que contêm
elementos relacionados em duas sequências, que é a
troca de informações entre um emissor e um receptor
relacionados por parte dos indivíduos envolvidos
(FRANÇA, 2014, p. 142).
Para Lacombe (2011), a comunicação
envolve um fluxo de mão dupla, com um emissor e
um receptor, e quem recebe sempre responde de
alguma forma, de imediato ou depois de certo tempo,
envolve também a transmissão de conteúdos
emocionais ou intelectuais, pois ambos estão
presentes na mensagem. O autor salienta que para
uma boa comunicação tem que saber escutar e não
só traduzir os pensamentos nas palavras corretas,
tem sempre que se colocar no ponto de vista do
emissor, descodificar a mensagem corretamente,
assim o receptor terá a capacidade para se
comunicar.
O objetivo da comunicação é o
entendimento do receptor, pois seu conteúdo
informado é geralmente por uma mensagem, sinal,
ideia, telefone, televisão, sempre por uma
informação, sendo que, se a mensagem não chegar
até seu destino, não será efetiva a comunicação
(CHIAVENATO, 2003, p. 119).
2.3 Comunicação Intra-Organizacional
A comunicação organizacional facilita os
esforços de individuos e grupos, contribui para as
metas e realizaçoes organizacionais, giram em torno
das funções dos gerentes enquanto planejam,
organizam, dirigem, motivam e controlam os
subordinados (PATRICK e BRUCE, 2010).
De acordo com Vieira (2007) a
comunicação empresarial segue normas e
procedimentos específicos e claros, desde a forma de
usar a marca, os cartões de visita, a papelaria, os
brindes, pois os colaboradores vestem a marca da
empresa para representá-la nas mais diversas
situações.
Lacombe (2011) afirma:
Existem muitos tipos de comunicação na
empresa, como ordens para subordinados,
prestação de contas para superiores,
informações para coordenação de
atividades, sugestões espontâneas,
comunicações oficiais da empresa para
todos os funcionários, comunicação gerais
para o pessoal, sugestões estimuladas por
meio de programas da empresa, queixas
dos subordinados, relações com
sindicatos, além de uma infinidade de tipos
de comunicações informais com diversas
finalidades, inclusive as já inumeradas.
Todos esses tipos de comunicação
compõem o ambiente interno em que
opera a empresa, o qual é caracterizado
principalmente por sua cultura, que
proporciona o quadro de referencias para a
forma como são efetuadas as
comunicações. (LACOMBE, 2011, p.
295).
Os autores Patrick e Bruce (2010), diz que
a comunicação eficaz é primordial para atingir o
sucesso da empresa, pois se um gestor não se
comunicar com eficaz com seus subordinados, terão
pouco sucesso gerenciais, sendo que, a comunicação
unifica a meta e a formação de padrões de
desempenho dos colaboradores.
Assim para França (2014) as organizações
possuem hierarquias de autoridades, focando o
controle no comportamento, nos quais os
empregados têm que obedecer.
Neves (2000) aponta três conjuntos de
esforços que segmentou durante muitos anos na
comunicação empresarial clássica:
a) Comunicação de marketing, basicamente
voltada para clientes e consumidores, para
cuidar da marca dos produtos e serviços;
b) Comunicação Institucional, focada para
formadores de opinião e à opinião pública
em geral, tudo que diz respeito à empresa;
c) Comunicação Interna, (funcionários e
familiares) público interno.
Desta forma o autor diz que uma
comunicação segmentada está mais do que provado
as perdas de energia, resultando em prejuízos para a
própria imagem organizacional, ressalta que é
necessária outra abordagem de comunicação para
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um ambiente moderno, inclusive fala que o mercado
deixou de ser soberano.
Para Chiavenato (2003) um ambiente
moderno entra o líder renovador, que proporciona
condições de mudanças para sua equipe, como:
encoraja a criatividade, compartilha a visão comum,
cria talentos, desempenha o papel de mudança,
incentiva para a inovação, assim, o líder passa a ser
o agente de mudança e melhoria continua.
2.4 O Endomarketing e o Marketing Interno
Devido a alta concorrência presente no
mundo corporativo, as organizações tem buscado
alternativas competitivas que as possam diferenciar
dentro de um mercado cada vez mais acirrado.
Muitas organizações já perceberam que
para alcançar o cliente externo, primeiro é
imprescindível que se alcance o cliente interno, e é
neste contexto que surge o desenvolvimento do que
conhecemos por endomarketing.
O marketing visa à satisfação das
necessidades e desejos dos clientes, por
entender que é dessa satisfação que vem o
sustento da empresa. Assim, preza o bom
relacionamento entre a empresa e seus
clientes, caracterizado pela troca de bens e
serviços por recursos financeiros. O
endomarketing, por sua vez, cuida do
relacionamento entre a empresa e seus
empregados. Isso significa que os
empregados passam a ser tratados como
clientes internos, cujas necessidades e
desejos precisam ser satisfeitos
(FRANÇA, 2014, p. 149).
Para Bekin (1995) a finalidade do
Endomarketing é designar um processo efetivo de
motivação do funcionário, “tratar o funcionário
como cliente”, concedendo-lhe dignidade,
responsabilidade e liberdade de iniciativa, mas para
os funcionários comprometerem-se com processo de
planejamento do Endomarketing é necessário saber
para onde estão indo, assim fica mais fácil sentir-se
parte integrante da organização, esse processo de
engajamento e cooperação precisa ser abrasado
diretamente pelas lideranças.
O envolvimento dos líderes com o processo
de Endomarketing tende a transforma-los em agentes
de mudanças, capas de envolver os funcionários
dando-lhes o entendimento de que todos são
“pessoas de marketing” (BEKIN, 2015, p. 42).
Para Fernandes, Lebarcky e Ferreira
(2011), o endomarketing tem como objetivo a
valorização e o desenvolvimento dos clientes
internos de uma organização – os seus
colaboradores. Essa prática enfatiza e desenvolve
aspectos como o comprometimento, empoderamento
e a satisfação, além de aumentar o envolvimento
destes com a empresa.
Para Brum (1998) o Endomarketing deve
ser visto como estratégia de gerenciamento, a qual
propicia ao indivíduo - colaborador, uma melhor
compreensão a respeito da cultura da empresa bem
como das suas práticas em relação aos clientes.
Ainda nesta linha de raciocínio, Cerqueira
(2005), cita que o Endomarketing tem como
objetivo propagar a cultura da empresa de maneira
homogênea; fazendo com que todos os
colaboradores, independentemente do nível que se
encontrem, compartilhem dos mesmos valores. Ele
entende que este é um processo holístico e interativo,
onde os reflexos desta prática irão se estender ao
nível familiar e social do colaborador e que as
consequências serão refletidas em motivação,
comprometimento e aumento da produtividade e
qualidade de serviços e bens.
Uma vez que definimos e entendemos a
necessidade do Endomarketing, se faz necessário
então perceber como o mesmo pode ser
desenvolvido. Bekin (1995), aponta três premissas
que devem reger o processo do Endomarketing; são
elas: 1) Só com um serviço excelente o cliente pode
ser conquistado e retido; 2) Funcionários devem ser
tratados e valorizados como pessoas e; 3) Os
colaboradores devem estar comprometidos com os
objetivos e o processo decisório da empresa; ele
ainda enfatiza que estas ações devem ser priorizadas
frente ao marketing externo.
O bom desenvolvimento da prática do
endomarketing pode favorecer tanto a organização
quanto ao indivíduo. A organização será favorecida
pois a cultura organizacional será reforçada e o senso
comum voltado para a convergência dos objetivos da
organização estará bem enfatizado. Do lado do
indivíduo, como já citado, será percebido um grau
maior de empoderamento, motivação, valorização e
satisfação (FERNANDES, LEBARCKY e
FERREIRA, 2011).
Para mensurar o comprometimento do
público interno com os objetivos de marketing da
empresa é necessário criar um planejamento de
Endomarketing, que exige um diagnóstico com a
pesquisa de clima: realizada junto com os
colaboradores, para verificar seus valores, suas
expectativas, seus objetivos pessoais e suas
convecções de marketing (PIZZINATTO e FARAH,
2012, p. 8).
França (2014) considera uns dos principais
objetivos do Endomarketing é manter talentos para a
organização, o seu papel é desempenhar o processo
de motivar, desenvolver, e comunicar-se com os
colaboradores, foca que o programa de
Endomarketing pode ser desenvolvido pelo setor de
RH ou pela área de marketing, ou pelas duas áreas e
também por um setor independente, diretamente
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ligado à direção da organização, tem que ter um
processo de recrutamento de seleção, treinamento e
desenvolvimento, avaliação de desempenho
remuneração e planejamento de carreira.
Através da revisão teórica, percebe-se que
não existe um consenso a respeito da correlação que
existe entre o Endomarketing e o Marketing Interno.
Para alguns autores, como Hemais e Cassotti (2009),
o Marketing Interno está relacionado diretamente
com a satisfação do colaborador. Percebe-se que este
mesmo termo já foi defendido por outros autores em
relação ao Endomarketing, e este é apenas um
exemplo que demonstra o quão próximos o conceito
de Marketing Interno e Endomarketing estão.
Partiremos da ideia de que o
Endomarketing é mais amplo do que o Marketing
Interno, dessa maneira encararemos o Marketing
Interno como uma ferramenta do Endomarketing,
que está centrado na comunicação interna de uma
organização.
Dentro desta ideia do Marketing Interno se
concentrar na comunicação interna da empresa,
(SILVA, ZALTZMAN, et al., 2001) afirmam que as
necessidades dos colaboradores precisam ser
comunicadas, suas percepções sobre produtos e
clientes também precisam receber atenção, e a
maneira como isso poder ser viabilizado se dá
através do gerenciamento de comunicações,
processo este administrado pelo marketing interno.
Essa comunicação com o cliente interno manterá
vivo os objetivos da empresa e contribuirá para que
todos trabalhem na mesma direção.
Outra conceito importante é a área de
Maketing Interno deve estar preocupada em
desenvolver colaboradores e funcionários que não
estejam diretamento lidando com o departamento de
Marketing. Ações como essa, fortalecem os
relacionamentos dentro das organizações e reforçam
a necessidade de todos se envolverem com a
comunicação que da “porta para dentro”. (DIAS,
PEDRON e HENRIQUES, 2013).
Percebe-se que embora a literatura faça uso
de duas nomeclaturas (Endomarketing e Marketing
Interno), fica muito claro que os autores citados
usam os mesmos conceitos e ideias ora para definir
as características do Marketing Interno, ora para
definir as características do Endomarketing.
Dessa maneira, fica evidente que a relação
entre estes dois conceitos está muito próximo e que
ambas as práticas tem como objetivo, valorizar o
indivíduo que está dentro da organização, dando
ouvidos a ele e pretendendo que a voz deste esteja
em consonância com a cultura e objetivos da
organização. (XAVIER, CAMACHO e FERREIRA,
2010).
3 METODOLOGIA DA PESQUISA
A metodologia é tentar entender com um
olhar diferenciado o mundo em que vivemos, é
almejar um resultado diante de um caminho a ser
percorrido fazendo com que a pesquisa seja seu
processo (GOLDENBEG, 2009). Desta forma, o
método é a junção de atividades sistemáticas e
racionais, que nos da condição de traçar o caminho e
alcançar o objetivo, diante de conhecimentos válidos
e verdadeiros, oferecendo maior confiança durante
esse trajeto (MARCONI e LAKATOS, 2010). As
pesquisadoras salientam também, que hoje em dia as
pessoas não têm a ganancia pelas verdades absolutas,
ao contrario, busca-se entender as relações entre elas
(MARCONI e LAKATOS, 2010), e é em virtude
disto que neste presente estudo iremos analisar a
relação entre a comunicação dos lideres com seus
colaboradores.
Vimos que a utilização de questionário para
o desenvolvimento da pesquisa seria de grande valia,
questionário utilizado, que foi adaptado de
(SEGANTIM e SANTOS, 2008), pelos autores do
artigo. Uma vez que os questionários têm a
vantagem de garantir a não influência nas opiniões
das pessoas pesquisadas, deixando à vontade os
indivíduos para responder no melhor momento e
com total liberdade (GOLDENBEG, 2009).
1. A pesquisa foi diagnóstica, pois buscamos
descrever as características de determinada
população e estabelecer a relação entre as
variáveis propostas. E assim compreender
como são as comunicações dos lideres que
estão inseridos em uma organização.
Quanto ao procedimento foi aplicado um
questionário com 16 perguntas relacionadas com o
tema proposto. Através das respostas serão
analisadas a comunicação de cada líder.
Participaram da pesquisa 31 líderes.
2. Levantamento de dados por meio de
questionários com os líderes da empresa
Serviço Nacional de Aprendizagem
Comercial (SENAC SP), a coleta foi sobre
a comunicação onde executam com
liderança as práticas na organização.
4 RESULTADO/ANÁLISE DOS DADOS
A seguir serão apresentados os resultados
da pesquisa, demonstrando o número de líderes e a
relação com a comunicação interna
(Endomarketing).
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Tabela de perguntas com respostas sem variação muito expressivas
PERGUNTAS DO QUESTIONÁRIO
RESPOSTAS
Você ao estabelecer um serviço a seu colaborador sente total
empenho da parte dele para executar a tarefa?
Sim =94%
Não = 6%
As Informações passadas para os colaboradores são claras de forma
que todos compreendam sem duplas interpretações?
Sim = 97%
Não = 3%
Você como líder, oferece condições de trabalho para todos da sua
equipe?
Sim = 97%
Na sua ausência existe alguém dentre os seus colaboradores que
possa resolver um problema inesperado ou até mesmo responder
como líder?
Sim = 97%
Não = 3%
Você está satisfeito com os serviços prestados pelos seus
colaboradores?
Sim = 100%
Você sabe o que é Endomarketing?
Sim = 97%
Não = 3%
Como a empresa atende as expectativas de seus colaboradores?
Satisfatória = 97%
Médio = 3%
Existe um dialogo entre liderança e liderados sobre o que precisa
mudar para melhorar o seu desempenho profissional e pessoal?
Sim = 87%
Não 13%
Como líder, avalie o desempenho profissional de seus colaboradores
levando em consideração as atribuições que são colocadas para
serem executadas?
Alto desempenho = 77%
Médio Desempenho = 23%
Para liderar com sucesso a comunicação é um fator primordial nos
estilos de liderança?
Sim = 100%
Você acredita que nenhuma diretoria será capaz de criar líderes?
Não = 100%
A seguir serão apresentadas 04 análises em
que as opiniões dos pesquisados não foram unanimes
ou apresentam variação considerável. Através destas
percebe-se a existência situações em que a percepção
dos indivíduos é diferenciada e as análises exploram
estas percepções.
Figura 1 - Pontos fortes
Elaborado pelos autores
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A figura 01 identifica como os líderes
pesquisados, refletem algumas de suas
características profissionais e que são positivas. Para
39% dos pesquisados a determinação é a
característica que mais os identifica; seguidas pela
busca da perfeição, coerência e pontualidade.
De acordo com Foroni, Bianchi e Quishida
(2015), no passado os conceitos ligados a liderança
se concentravam mais na figura do líder e como este
exercia a sua liderança frente aos lidererados. Ao se
identificarem como “determinados”, a maioria dos
líderes pesquisados está realizando uma leitura a
partir de suas características e entende-se que este
fator pode chegar aos seus liderados.
Vale também destacar a relação que existe
entre a intenção e a percepção, sendo que aquilo que
o individuo intenta ou percebe nem sempre é aquilo
que de fato se constata na realidade. (FORONI,
BIANCHI e QUISHIDA, 2015).
O aspecto da Corporeidade também pode
aqui ser abordado, pois entende-se por corporeidade
a possibilidade de se criar, de forma consciente um
ambinte de influências mútuas, onde através do seu
comportamento o líder espera servir de modelo e
exemplo para o seu liderado; em nosso caso, ao se
identificar como determinado, o líder espera que o
seu liderado também desenvolva um comportamento
de determinação. (BOAS e DAVEL, 2015).
Figura 2 - Classificação dos Colaboradores
Elaborado pelos autores
De acordo com a figura 02, percebe-se que
os líderes pesquisados, em sua maioria - 48%,
enxergam os seus liderados com uma grande
disposição em relação às mudanças. Seguindo,
temos empatados em 26% a percepção dos líderes
em relação aos funcionários comprometidos e
participativos.
Há quem conceitue a liderança como um ato
ou comportamento que visa promover mudanças em
um grupo. Dessa maneira os líderes assumem o
papel de agentes de mudanças e suas ações afetam
diretamente o comportamento e o desenvolvimento
dos seus liderados. (ARAUJO, NETO e
FERREIRA, 2016).
O que se visualiza é que ao identificar os
funcionários como “abertos a mudança”, o líder está,
mesmo que indiretamente, aprovando a sua própria
liderança, pois essa abertura às mudanças, é um dos
principais objetivos de um líder em relação aos seus
seguidores; visto que constantemente, se faz
necessário uma adequação de processos ou
comportamentos frente às realidades que surgem
diariamente e que impõem um comportamento
adaptativo.
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Figura 3 - Nível de Investimentos
Elaborado pelos autores
Foi constatado nos resultados, segundo a
figura 03, que 81% dos líderes da empresa afirmam
que os investimentos disponibilizados para
treinamentos e aperfeiçoamento de seus
colaboradores são satisfatórios. Seguindo temos
13% dos líderes que mensuram o aperfeiçoamento e
treinamento como médio e 6% identificam como
fraco. A maioria dos líderes seguem o que a
empresa prega, sendo assim estão abertos para
mudanças de comportamento.
Para Chiavenato (2002) o treinamento pode
envolver quatro tipos de mudanças de
comportamento, sendo elas: transmissão de
informação; desenvolvimento de habilidades;
desenvolvimento ou modificações de atitudes e
desenvolvimento de conceitos.
Percebe-se que os líderes estão focados em
desenvolver seus colaboradores para transformações
de ideias, assim atingir o objetivo em equipe.
Figura 4 - Estilo de Liderança
Elaborado pelos autores
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Conforme a figura 04, 61% dos líderes
reconhecem que a empresa tem estilo em liderança
em servir. Já 32% afirmam que o estilo de liderança
é situacional, avaliação individua. Seguindo temos
empatados em 3% com estilo de liderança
democrático e persuasivo.
Pode-se concluir que o estilo em liderança
em servir domina o desempenho da organização
Para trocar flexivelmente de um estilo os
líderes precisam ter fluidez, pois quanto mais estilo
um líder adotar, melhora a maneira para liderar com
mais eficiência (KHOURY, 2009, p. 109).
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho tem como objetivo
entender e analisar o reflexo da comunicação interna
dos líderes da empresa estudada em questão, e como
usam a comunicação para desenvolver com seus
colaboradores com assertividade. O trabalho teve
retorno de 31 líderes da instituição SENAC SP, no
qual todos responderam um questionário com 15
questões utilizado de (SEGANTIM e SANTOS,
2008), que foi adaptado pelas autoras do artigo, com
a intenção de identificar como os líderes enxergam a
comunicação com seus liderados.
Foram encontradas evidências no estudo
que demonstram diferenças significativas referentes
a comunicação, motivos e valores que norteiam
grande disposição em relação a mudanças,
comprometimento, desenvolvimento, estilo de
liderança para o crescimento profissional de uma
pessoa. No estudo em questão são os líderes que
compõem o quadro de colaboradores de diversas
unidades do SENAC SP. Estudar a comunicação nos
possibilitou uma reflexão sobre a interação do
comportamento dos líderes nas questões que
influenciam na organização. A comunicação
assertiva torna mais claro o porquê de alguns
comportamentos nas tomadas de decisão para com
seus liderados e para com a organização.
O Planejamento Estratégico do SENAC
São Paulo 2016-2020 tem como visão a busca pelo
reconhecimento por parte das empresas, em função
da eficiência nas soluções para a educação
profissional, sendo assim, para atingir este objetivo
é necessário que a comunicação interna seja o foco
para o resultado desejado. O SENAC São Paulo
desenvolve desde a sua existência, consolidar um
modelo dinâmico, flexível e empreendedor de
gestão, onde esse modelo oferece suporte de grande
valia para o êxito das estratégias e para uma operação
eficaz na instituição (SENAC, 2016). Assim um dos
resultados da pesquisa, que ressalta 81% dos líderes
estarem satisfeitos com treinamento e
aperfeiçoamento de seus colaboradores, pois a
empresa também tem sua atenção voltada para a
pessoa, que para a organização são entendidos como
colaboradores. O SENAC SP entende que o
desenvolvimento saudável e produtivo da instituição
está pautado na qualidade das pessoas que ali
trabalham. Um dos objetivos dessa organização é
promover pessoas para o mercado de trabalho com
algumas diretrizes de valores, que são: senso crítico,
autonomia de pensamento, análise e soluções de
problemas, tomada de decisão, aprendizagem com
autonomia entre outros (SENAC, 2005).
Devido aos dados a cima, entende-se que a
porcentagem de 48% dos líderes enxergam seus
liderados com uma grande disposição em relação a
mudanças.
Com porcentagem significativa de 32%,
que demonstra o estilo de liderança desempenhado a
empresa é em servir, pois os valores do SENAC é a
Transparência, Inovação, Atitude Empreendedora,
Educação para Autonomia, Inovação, Excelência,
Inclusão Social e Desenvolvimento Sustentável.
Identificou-se nas perguntas com respostas
sem variação muito expressivas que os líderes
procuram um ponto de equilíbrio para desenvolver
com seus colaboradores uma comunicação interna
que gere resultados positivos tanto para a
organização como para a pessoa.
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