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Revista Brasileira de Agricultura Irrigada v.11, nº.7, p. 1945 - 1955, 2017
ISSN 1982-7679 (On-line)
Fortaleza, CE, INOVAGRI – http://www.inovagri.org.br
DOI: 10.7127/rbai.v11n700660
Protocolo 660.17 – 10/04/2017 Aprovado em 18/10/2017
CRESCIMENTO DO ALGODOEIRO ‘BRS RUBI’ EM FUNÇÃO DA IRRIGAÇÃO
COM ÁGUAS SALINAS E ADUBAÇÃO NITROGENADA
Adaan Sudário Dias1, Geovani Soares de Lima2*, Hans Raj Gheyi3, Lauriane Almeida dos
Anjos Soares4, Leandro de Pádua Souza1, Idelfonso Leandro Bezerra1
RESUMO
A agricultura, em várias partes do mundo, está enfrentando problemas devido à diminuição
quantitativa e qualitativa dos recursos hídricos, sendo necessário a utilização de águas com
concentração de sais relativamente alta para a irrigação das culturas. Desta forma, torna-se
necessário a adoção de práticas que viabilizem o uso de tais recursos. Neste contexto, objetivou-
se no presente trabalho avaliar os efeitos da irrigação com águas salinas e da adubação
nitrogenada sobre o crescimento da cultivar de algodoeiro BRS Rubi de fibra colorida em
experimento conduzido sob condições de casa de vegetação, em um Neossolo Regolítico
Eutrófico de textura franco-arenosa, no município de Campina Grande-PB. Os tratamentos
foram distribuídos em blocos ao acaso e consistiram da combinação de cinco níveis de
salinidade da água de irrigação (5,1; 6,1; 7,1; 8,1 e 9,1 dS m-1) com cinco doses de adubação
nitrogenada (65, 100, 135, 170 e 205 mg N kg-1 de solo) com três repetições. Não houve
interação entre os fatores (CEa x DN) para nenhuma das variáveis avaliadas. O aumento da
salinidade da água de irrigação a partir de 5,1 dS m-1comprometeu o crescimento do algodoeiro
cv BRS Rubi, sendo a área foliar a variável mais sensível ao incremento da salinidade da água.
O fornecimento de nitrogênio não mitigou os efeitos deletérios ocasionados pelo estresse salino
sobre o cultivo algodoeiro cv. BRS Rubi.
Palavras-chave: Gossypium hirsutum L., estresse salino, nitrogênio.
GROWTH OF 'BRS RUBI' COTTON IN THE FUNCTION OF IRRIGATION WITH
SALT WATERS AND NITROGEN FERTILIZATION
1Doutorando em Engenharia Agrícola, Centro de Tecnologia e Recursos Naturais, Universidade Federal de Campina Grande -
CTRN/UFCG, Campina Grande, PB, Brasil. E-mail: sudario_dias@hotmail.com; engenheiropadua@hotmail.com;
idelfonsobezerra@gmail.com.
2Pós-Doutorando em Engenharia Agrícola, PNPD/CAPES, Universidade Federal de Campina Grande-CTRN/UFCG, Campina
Grande, PB, Brasil. E-mail: geovanisoareslima@gmail.com.
3Professor Visitante Sênior Nacional/CAPES, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Cruz das Almas, BA, Brasil. E-
mail: hans@pq.cnpq.br.
4 Pós-Doutoranda em Engenharia Agrícola, PDJ/CNPq Universidade Federal de Campina Grande-CTRN/UFCG, Campina
Grande, PB, Brasil. E-mail: laurispo.agronomia@gmail.com.
1946
Dias et al.
ABSTRACT
Agriculture in various parts of the world is facing problems due to the quantitative and
qualitative reduction of water resources, and the use of relatively high salt water for crop
irrigation is necessary. Thus, it is necessary to adopt practices that make feasible the use of such
resources. In this context, the objective of this work was to evaluate the effects of irrigation
with saline waters and nitrogen fertilization on the growth of the BRS Rubi cotton cultivar of
colored fiber in an experiment conducted under greenhouse conditions, in a textured Eutrophic
Neolithic in the municipality of Campina Grande-PB. The treatments were distributed in
randomized blocks and consisted of five irrigation water salinity levels -ECw (5.1, 6.1, 7.1, 8.1
and 9.1 dS m-1) with five doses of nitrogen fertilization (65, 100, 135, 170 and 205 mg N kg-1
soil) with three replicates. There was no interaction between the factors (ECw x DN) for any of
the evaluated variables. The increase in salinity of irrigation water from 5.1 dS m-1
compromised the growth of the cotton plant BRS Rubi, with the leaf area being the most
sensitive variable to increase the salinity of the water. The nitrogen supply did not mitigate the
deleterious effects caused by saline stress on the cotton crop cv. BRS Rubi.
Keywords: Gossypium hirsutum L., saline stress, nitrogen.
INTRODUÇÃO
A agricultura em várias partes do mundo
está enfrentando problemas com a diminuição
qualitativa e quantitativa dos recursos hídricos,
forçando muitos agricultores a utilizarem água
com qualidade inferior (concentração de sais
relativamente alta) para a irrigação das
culturas, sendo necessário à avaliação de sua
qualidade e um manejo rigoroso da irrigação
(OLIVEIRA et al., 2014) associados à
tolerância das culturas para que o uso dessas
águas possa ser viabilizada. Conforme Ayers e
Westcot (1999) o algodoeiro (Gossypium
hirsutum L.) é classificado como cultura
tolerante a salinidade, no entanto níveis salinos
acima daquele estabelecidos como limiar (5,1
dS m-1 na água e 7,7 dS m-1 no extrato de
saturação do solo) promovem efeitos negativos
no crescimento e desenvolvimento com
consequente redução da produção desta
cultura. Contudo, algumas cultivares
recentemente lançadas, como o algodoeiro
colorido BRS Rubi, pouco se sabe sobre a sua
tolerância ao estresse salino durante a fase
inicial de crescimento.
De maneira geral, as plantas quando
cultivadas sob condições de salinidade de solo
ou da água de irrigação tem o seu crescimento
comprometido devido ao efeito osmótico, que
reduz aabsorção de água pela planta e/ou em
função do efeito específico dos íons que
causam distúrbios funcionais e injúrias
principalmente nas folhas, afetando assim, o
metabolismo das plantas (NOBRE et al.,
2013). Assim, a salinidade constitui-se como
um dos estresses abióticos que mais limita o
crescimento das plantas e a produtividade
agrícola. Este fato é mais expressivo nas
regiões semiáridas onde o processo de
salinização é típico e geralmente resultantes da
associação da formação geológica
predominante na paisagem, má distribuição
das chuvas, drenagem deficiente e exploração
agrícola inadequada (PEDROTTI et al., 2015).
Desse modo para que o uso de águas
salinas na irrigação das culturas seja
viabilizado em regiões semiáridas algumas
estratégias devem ser empregadas para
minimizar os impactos negativos desta pratica,
como a escolha de cultivares mais tolerantes,
mistura de águas de diferentes qualidades, uso
cíclico de fontes de água com diferentes
concentrações salinas (LIMA et al., 2015),
bem como a adubação mineral, em especial o
fornecimento de nitrogênio, uma vez que este
é o macronutriente exigido em maior
quantidade pelas culturas agrícolas.
Esta alta dependência ocorre devido às
funções do N no metabolismo das plantas pois,
este nutriente desempenha função estrutural e
faz parte de diversos compostos orgânicos
vitais para o vegetal, como aminoácidos,
proteínas, clorofila e prolina, entre outros,
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CRESCIMENTO DO ALGODOEIRO ‘BRS RUBI’ EM FUNÇÃO DA IRRIGAÇÃO COM ÁGUAS SALINAS
E ADUBAÇÃO NITROGENADA
elevando a capacidade de ajustamento
osmótico das plantas à salinidade e aumenta a
resistência das culturas ao estresse hídrico e
salino. Desta forma, o manejo adequado da
adubação nitrogenada constitui-se uma
ferramenta para atenuar o efeito da salinidade
sobre as plantas (OLIVEIRA et al., 2014),
sendo que sua eficiência está condicionada ao
nível de salinidade da água de irrigação. Neste
sentido, diversas pesquisas foram
desenvolvidas: Nobre et al. (2010) em girassol
e Soares et al. (2012); Alves et al. (2012);
Nobre et al. (2014); Lima et al. (2015) em
mamoneira, os referidos autores destacam que
ofornecimento deste elemento não somente
promove o crescimento vegetal como também
pode reduzir o estresse provocado pela
salinidade da água usada na irrigação.
Neste contexto, objetivou-se com este
estudo avaliar os efeitos da irrigação com
águas salinas e da adubação nitrogenada sobre
os índices morfofisiológicos do algodoeiro de
fibra colorida cultivar BRS Rubi.
MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi realizado em
lisímetros de drenagem sob condições de casa-
de-vegetação, entre março e julho de 2016, no
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais da
Universidade Federal de Campina Grande
(CTRN/UFCG), localizada no município de
Campina Grande, Paraíba, situado pelas
coordenadas geográficas locais 7°15’18’’
Latitude S, 35°52’28’’ de Longitude W e
altitude média de 550 m.
O delineamento experimental utilizado
foi o de blocos casualizados, em arranjo
fatorial 5 x 5, com três repetições, sendo os
tratamentos obtidos da combinação de cinco
níveis de condutividade elétrica da água de
irrigação – CEa (5,1; 6,1; 7,1; 8,1 e 9,1 dS m-
1) e cinco doses de nitrogênio – DN (65; 100;
135; 170; 205 mg N kg-1 de solo). O menor
nível de CEa utilizado nesta pesquisa refere-se
a salinidade limiar (água) da cultura.
Utilizaram-se, no experimento,
lisímetros de drenagem de 20 L de capacidade.
A metodologia referente à instalação do
experimento (enchimento dos lisímetros,
preparo de águas utilizadas na irrigação e
manejo da irrigação) foram semelhantes aos
descritos por Lima et al. (2014). O material de
solo foi proveniente de um Neossolo
Regolítico Eutrófico de textura franco-arenosa,
devidamente destorroado e proveniente da
zona rural do município de Esperança, PB,
cujas características químicas e físico-hídricas
foram obtidas conforme as metodologias
descritas por Donagema (2011): Ca2+=3,49
cmolc kg-1; Mg2+=2,99 cmolc kg-1; Na+=
0,17cmolc kg-1; K+=0,21cmolc kg-1;
H+=5,81cmolckg-1; Al3+=0 cmolc kg-1; matéria
orgânica=1,83 dag kg-1; P=18,2 mg kg-1; pH
em água (1:2,5)= 5,63; Condutividade elétrica
do extrato de saturação (dS m-1) = 0,61; RAS
(mmol L-1)½=1,46; areia, silte e
argila=572,3,100,8 e 326,9 g kg-1; umidade a
33,42 e 1519,5 kPa=12,68 e 4,98 dag kg-1,
respectivamente.
Nesta pesquisa, avaliaram-se a cultivar
de algodoeiro BRS Rubi, por ser um material
genético indicado para o cultivo em região
semiárida do nordeste do Brasil. Trata-se de
uma cultivar de fibra marrom-escuro ou
marrom-avermelhado; a planta possui altura
média de 1,10 m e o ciclo de cultivo de 120 a
140 dias (EMBRAPA, 2011).
Em cada lisímetro, foram semeadas oito
sementes do algodoeiro cv. BRS Rubi, a 3,0
cm de profundidade, sendo distribuídas de
forma equidistante. Decorridos 15 e 25 dias
após a semeadura (DAS) procedeu-se os
desbastes de plantas, como intuito de se obter
apenas uma planta por lisímetro.
Realizaram-se a adubação com fósforo e
potássio, baseando-se em recomendação de
Novais et al. (1991), sendo aplicado o
equivalente a 300 mg P2O5 e 150 mg K2O kg-1
de solo, utilizando o superfosfato simples e o
cloreto de potássio. Utilizou-se como
fonte de nitrogênio, a ureia. O fósforo
foi aplicado todo em fundação. As adubações
com potássio e as doses de N foram parceladas
equitativamente, sendo as doses de K+
aplicadas aos 12, 28 e 42 DAS e as de N foram
fornecidas aos 15, 30, 45 e 60 DAS.
Os micronutrientes foram aplicados via
foliar, aos 25, 40 e 55 DAS, utilizando-se 3L
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Dias et al.
de solução contendo 2,5 g L-1 de ubyfol [(N
(15%); P2O5(15%); K2O (15%); Ca (1%); Mg
(1,4%); S (2,7%); Zn (0,5%); B (0,05%); Fe
(0,5%); Mn (0,05%); Cu (0,5%); Mo (0,02%)].
O controle fitossanitário foi realizado de
forma preventiva sendo aplicados
inseticidas do grupo químico Neonicotinoide,
fungicida do grupo químico triazol e acaricida
pertencente ao grupo químico abamectina.
Determinaram-se os efeitos dos
diferentes níveis de CEa e das doses de
nitrogênio sobre o algodoeiro cv. BRS Rubi
através da altura de plantas (AP), diâmetro do
caule (DC) e área foliar (AF) aos 10, 25 e 40
dias após o semeio; a razão de área foliar
(RAF), a área foliar específica (AFE) e as
fitomassas seca de caule (FSC), folhas (FSF) e
da parte aérea (FSPA) foram mensuradas
apenas aos 40 DAS. A altura de plantas foi
determinada utilizando-se uma trena graduada,
adotando-se a distância entre o colo e a
inserção do meristema apical. O diâmetro
caulinar foi determinado no colo das plantas a
3 cm do solo usando paquímetro digital, em
mm. Para a área foliar das plantas foram
tomadas medidas do comprimento da nervura
principal de cada folha (cm), considerando
apenas as folhas com comprimento mínimo de
2 cm e com no mínimo 50% de sua área
fotossinteticamente ativa. A AF foi obtida a
partir da equação proposta por Grimes e Carter
(1969) Y= 0,4322x2,3002, em que Y é a área
foliar por folha e X é o comprimento da
nervura principal do algodoeiro; a área foliar
por planta foi determinada pelo somatório da
área foliar de cada folha.
Aos 40 DAS, uma planta de cada parcela
foi cortada rente ao solo, destacadas folhas e
caules, identificadas e acondicionadas em
estufas de circulação de ar e mantidas sob
temperatura de 65 °C por 48 horas para então
serem pesadas em balança semi analítica
determinando assim as fitomassas secas do
caule (FSC), das folhas (FSF) e através do
somatório a da parte aérea (FSPA).
A razão de área foliar (RAF) e a área
foliar especifica (AFE) foram determinadas a
partir dos valores de área foliar (AF) expressos
em cm², fitomassa seca da parte aérea das
plantas (FSPA) e a fitomassa seca das folhas
(FSF), ambos expressos em g, empregando-se
as seguintes eq. 1 e 2, de acordo com Castro et
al. (2003):
RAF = AF
FSPA (1)
Em que:
RAF - Razão de área foliar (cm2 g-1);
AF – Área foliar (cm2);
FSPA (g ).
AFE = AF
FSF (2)
Em que:
AFE - Área foliar especifica (cm2 g-1);
AF – Área foliar (cm2);
FSPA (g).
Os dados obtidos foram avaliados
mediante análise de variância pelo teste F em
nível de 0,05 e 0,01 de probabilidade e nos
casos de significância, realizou-se análise de
regressão polinomial linear e quadrática,
utilizando-se do software estatístico SISVAR-
ESAL 5.1 (FERREIRA, 2011).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Com base nos resultados da análise de
variância dos dados (Tabela 1) constata-se
influência significativa dos níveis de
salinidade da água de irrigação sobre altura de
planta (AP), diâmetro caulinar (DC) e área
foliar (AF) aos 10, 25 e 45 DAS. Todavia, o
fator doses de adubação nitrogenada assim
como a interação dos fatores estudados (NS x
DN) não promoveu efeito significativo sobre
nenhuma das variáveis analisadas.
Tabela 1. Resumo da análise de variância referente altura de plantas (AP), diâmetro do caule (DC) e
área foliar (AF) do algodoeiro cv. BRS Rubi, irrigado com água salinas e adubado com nitrogênio,
aos 10, 25 e 40 dias após a semeadura.
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CRESCIMENTO DO ALGODOEIRO ‘BRS RUBI’ EM FUNÇÃO DA IRRIGAÇÃO COM ÁGUAS SALINAS
E ADUBAÇÃO NITROGENADA
Fonte de Variação
Quadrados médios
AP
DC
AF
Dias após a semeadura
10
25
40
10
25
40
10
25
40
Níveis salinos (NS)
27,82*
45,51**
642,67**
0,05*
1,86**
4,97**
57534,11**
57534,11**
4218041,9
7
**
Reg. Linear
101,24**
169,69**
2428,67**
0,18**
5,40**
18,99**
203868,67**
203868,67**
14241279,
87
**
Reg. Quadrática
0,27ns
5,36ns
50,49ns
0,00ns
0,94ns
0,00ns
3068,99ns
3068,99ns
1699095,5
9
**
Doses de N (DN)
3,78ns
0,33ns
4,42ns
0,02ns
0,46ns
0,34ns
1145,51ns
1145,51ns
40808,99ns
Reg. Linear
2,41ns
0,02ns
0,73ns
0,03ns
0,07ns
0,12ns
36,12ns
36,12ns
143814,15
ns
Reg. Quadrática
5,89ns
0,10ns
0,14ns
0,02ns
0,01ns
0,35ns
596,84ns
596,84ns
13890,75ns
Interação (NS x DN)
7,45ns
5,86ns
15,55ns
0,02ns
0,20ns
0,32ns
5179,84ns
5179,84ns
63198,11ns
Blocos
5,52ns
2,43ns
43,96ns
0,05ns
0,54ns
0,40
ns
5652,76ns
5652,76ns
79459,06ns
CV (%)
15,30
12,83
13,73
4,63
17,43
11,96
40,73
40,73
25,38
ns, **, * respectivamente não significativo, significativo a p < 0,01 e p < 0,05.
Observa-se na Figura 1A que o aumento
da salinidade da água de irrigação afetou
negativamente a altura das plantas de
algodoeiro em todas as épocas avaliadas e,
conforme equações de regressão (Figura 1A)
constata-se reduções de 4,16% aos 10 DAS;
4,68%aos 25 DAS e 6,82% aos 40 DAS por
aumento unitário de CEa o que representam
diminuição de 3,31; 4,29 e 16,22 cm na altura
das plantas irrigadas com água de 9,1 dS m-1
em relação aquelas submetidas a irrigação com
água de 5,1 dS m-1 aos 10, 25 e 40 DAS
respectivamente. Vê-se ainda (Figura 1A) que
as reduções na AP foram mais intensas nas
avaliações realizadas aos 25 e 40 DAS em
relação àquela efetivada aos 10 DAS, ou seja,
conforme se transcorreu o tempo de exposição
da cultura à irrigação intensificaram-se os
efeitos negativos da salinidade da água usada
na irrigação sendo observada a maior redução
aos 40 dias após o semeio. Vale ressaltar que
aos 40 DAS às plantas estavam iniciando a fase
de floração, desta forma, a redução acentuada
observada nas variáveis de crescimento fato
que pode promover diminuição na
emissão do botão floral e
consequentemente inibir a produção do
algodoeiro.
Figura 1. Altura de plantas (A) e diâmetro de caule (B) do algodoeiro cv. BRS Rubi, em função da
condutividade elétrica da água – CEa, aos 10, 25 e 40 dias após a semeadura.
A diminuição na AP pode ser atribuída
ao excesso de sais no solo, provocando
alteração no potencial hídrico externo e ao
efeito iônico, causado pelo acúmulo de íons
nos tecidos vegetais (MUNNS; TESTER,
2008; LIMA et al., 2015). Estes autores
afirmam ainda que o estresse salino acarreta
prejuízos a vários processos fisiológicos e
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Dias et al.
bioquímicos como fotossíntese, síntese de
proteínas e metabolismo de lipídeos, podendo
também causar a sérios prejuízos ao
crescimento.
O fator níveis salinos da água de
irrigação afetou significativamente o diâmetro
de caule nas três épocas estudadas. Através da
Figura 1B, constata-se que as plantas de
algodão cv. BRS Rubi apresentaram
comportamento linear e decrescente a medida
em que se aumentou os níveis salinos das
águas usadas na irrigação de 5,1 para 9,1 dS m-
1 e conforme as equações de regressão (Figura
1B) nota-se que as plantas apresentaram
reduções de 19,83; 19,21 e 5,95%,
respectivamente aos 40, 25 e 10 DAS, nas
plantas submetidas a maior CEa em
comparação ao menor nível de salinidade da
água (5,1 dS m-1).
Assim como observado para a altura de
plantas (Figura 1A), o efeito do estresse salino
sobre as plantas de algodoeiro foi de maior
intensidade aos 40 DAS, possivelmente como
resultado do acúmulo progressivo de sais no
solo ao longo do período de cultivo desta
cultura pois, Porto Filho et al., (2011)
estudando a evolução da salinidade do solo sob
cultivo de melão irrigado com águas salinas
constataram, aos 50 dias após o semeio, que a
CEes aumentou de 0,15 para 15 dS m-1 sob
irrigação com água de condutividade igual a
4,5 dS m-1. Estes ainda afirmam que o acúmulo
de sais no solo é diretamente proporcional à
salinidade da água utilizada. Analisando as
Figuras 1A e 1B em conjunto percebe-se que o
efeito da salinidade sobre o algodoeiro cv.
BRS Rubi foi mais intenso na AP do que no
diâmetro do caule, estando de acordo com
outros resultados encontrados por Nobre et al.
(2010) em Helianthus annuus; Moura e
Carvalho (2014) em Solanum melogena; Dias
et al. (2017) em Sesamum indicum.
Seguindo a mesma tendência que a altura
de plantas (Figura 1A) e o diâmetro do caule
(Figura 1B) a área foliar foi influenciada
negativamente pelo incremento da CEa, sendo
essa resposta dependente, da época de
avaliação (Figura 2). Nas avaliações realizadas
aos 10 e 25 DAS verificou-se resposta linear
decrescente, com reduções percentuais de 8,69
e 9,74%, respectivamente, por aumento
unitário de CEa, correspondente a um
diminuição de 34,76% aos 10 DAS e 38,97%
aos 25 DAS da AF das plantas irrigadas com
água de 9,1 dS m-1 em comparação com as
plantas submetidas a irrigação com águas de
CEa igual a 5,1 dS m-1. Já ao analisar a área
foliar do algodão aos 40 DAS constata-se
(Figura 2) comportamento quadrático dos
dados, sendo observado o menor valor para AF
nas plantas submetidas à irrigação com água de
maior condutividade elétrica (9,1 dS m-1).
Figura 2. Área foliar do algodoeiro cv. BRS Rubi,
em função da condutividade elétrica da água –
CEa, aos 10, 25 e 40 dias após a semeadura.
Esses resultados demonstram que as
folhas são órgãos sensíveis e, reduzem em
tamanho e número na presença de
concentrações elevadas de sais como
mecanismo de defesa do vegetal afim de
reduzir a perda de água via transpiração. Lima
et al. (2015) afirmam que a redução da área
foliar se dá pelo fato das plantas restringirem a
emissão de novas folhas bem como em
decorrência da aceleração da senescência das
folhas que ocasiona a morte celular. Prisco e
Gomes Filho (2010) afirmam que essas
alterações morfológicas na AP, DC e AF
ocorrem em razão do desbalanço hídrico,
nutricional e hormonal. Assim, como resultado
dessas alterações, promove o fechamento dos
estômatos foliares e a redução na
transpiração, e, consequentemente, diminuição
na absorção de água e nutrientes pelas
plantas, resultando em menor crescimento.
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CRESCIMENTO DO ALGODOEIRO ‘BRS RUBI’ EM FUNÇÃO DA IRRIGAÇÃO COM ÁGUAS SALINAS
E ADUBAÇÃO NITROGENADA
Mediante a análise de variância dos
dados (Tabela 2) vê-se que todos os
parâmetros avaliados foram influenciados
significativamente pelo os níveis
salinos da água (NS). Contudo, as
doses de N (DN) assim como a
interação entre os fatores (NS x DN) em
estudo não promoveram influência
significativa (p>0,05) sobre as variáveis
avaliadas.
Tabela 2. Resumo da análise de variância referente à fitomassa seca do caule (FSC), das folhas (FSF)
e da parte aérea (FSPA), razão de área foliar (RAF) e área foliar específica (AFE) do algodoeiro cv.
BRS Rubi, irrigado com água salinas e adubado com nitrogênio, aos 40 dias após a semeadura (DAS).
Fonte de Variação
Quadrados médios
FSC
FSF
FSPA
RAF
AFE
Níveis salinos (NS)
0,84*
6,39**
11,86**
104762,94*
215414,50*
Reg. Linear
2,85**
21,15**
39,56**
333465,82*
609736,90*
Reg. Quadrática
0,13ns
1,27ns
2,23ns
3128,96ns
633483,83*
Doses de N (DN)
0,10ns
0,46ns
0,97ns
25534,24ns
11426,46ns
Reg. Linear
0,14ns
0,64ns
1,39ns
6693,36ns
14466,21ns
Reg. Quadrática
0,09ns
0,69ns
1,29ns
57934,01ns
152703,01n
s
Interação (NS x DN)
0,13ns
0,89ns
1,69ns
37430,74ns
210712,66n
s
Blocos
0,09ns
0,42ns
0,50ns
31341,93ns
69608,67ns
CV (%)
17,29
18,85
19,98
19,53
12,35
ns, **, * respectivamente não significativo, significativo a p < 0,01 e p < 0,05.
Conforme resultados da análise de
variância constata-se (Tabela 2) que as
fitomassas secas do caule, das folhas e da parte
aérea aos 40 DAS foram significativamente
afetadas em função do aumento da salinidade
da água de irrigação e a partir dos modelos de
regressão (Figura 3) verifica-se que os dados
de FSC, FSF e FSPA apresentaram efeito
linear e decrescente indicando declínio de
7,92; 8,23 e 8,14, respectivamente, por
aumento unitário da condutividade elétrica da
água de irrigação. Ao comparar as plantas de
algodoeiro cv. BRS Rubi submetidas às águas
de maior nível salino (9,1 dS m-1) em relação
as plantas cultivadas sob irrigação com águas
de nível salino iguais a 5,1 dS m-1, verifica-se
que houve redução de 31,70% da
FSC; 32,94% da FSF e 32,59% da FSPA. Vale
ressaltar que todas as fitomassas tiveram
redução a partir da menor salinidade
(5,1 dS m-1) e que dentre estas, a fitomassa seca
de folhas foi a variável que
apresentou maior sensibilidade ao
estresse salino.
Rev. Bras. Agric. Irr. v. 11, nº 7, Fortaleza, p. 1945 - 1955, Nov - Dez, 2017
1952
Dias et al.
Figura 3. Fitomassa seca de caule–FSC (A), de folhas – FSF (B) e da parte aérea – FSPA (C) do algodoeiro
cv. BRS Rubi, em função da condutividade elétrica da água – CEa, aos 40 dias após a semeadura.
A redução da FSF é consequência da
redução da taxa fotossintética e do desvio de
energia destinados ao crescimento para a
ativação e manutenção de atividade metabólica
associada à adaptação a salinidade como a
manutenção da integridade das membranas,
síntese de solutos orgânicos para a
osmorregulação e/ou proteção de
macromoléculas e a regulação do transporte e
distribuição iônica em vários órgãos e dentro
das células (MUNNS et al., 2002; LIMA et al.,
2014). Assim como Lima et al. (2014) explica
que a redução na formação de fitomassa seca
de caule e parte aérea estão associadas aos
efeitos osmóticos, tóxicos e nutricionais
decorrentes do acúmulo de sais na zona
radicular da planta. Colaborando com os
resultados obtidos neste ensaio Nobre et al.
(2013) e Lima et al. (2014) também
constataram reduções nas fitomassas secas de
caules e folhas em mamoneira irrigada com
águas salinas, já Nobre et al. (2010),
trabalhando com girassol; Soares et al. (2013)
e Nobre et al. (2013), estudando a cultura da
mamoneira também verificaram diminuição
linear na FSPA com o incremento da CEa.
O incremento dos níveis salinos afetou
significativamente a razão de área foliar do
algodoeiro cv. BRS Rubi de maneira que,
assim como observado para a área foliar
(Figura 2), os dados obtidos para esta variável
melhor se ajustaram ao modelo linear e
decrescente apresentando reduções de 6,93%
por aumento unitário da CEa correspondendo
assim a um declínio de 27,75% na RAF, o que
representa, uma redução de 198,52 cm2 g-1 da
RAF nas plantas irrigadas com água de CE
igual a 9,1 dS m-1 em comparação com aquelas
plantas submetidas à águas de salinidade igual
a 5,1dS m-1 (Figura 4A).
Figura 4. Razão de área foliar -RAF (A) e área foliar específica - AFE(B) do algodoeiro cv. BRS Rubi, em
função da condutividade elétrica da água de irrigação– CEa, aos 40 dias após a semeadura (DAS)
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1953
CRESCIMENTO DO ALGODOEIRO ‘BRS RUBI’ EM FUNÇÃO DA IRRIGAÇÃO COM ÁGUAS SALINAS
E ADUBAÇÃO NITROGENADA
A RAF é um componente de crescimento
que expressa à razão entre a área foliar (área
responsável pela absorção de luz e CO2) e a
fitomassa seca total (resultado da fotossíntese
líquida). Dessa maneira, era esperado, que
assim como constatado no presente estudo, que
este parâmetro apresentasse comportamento
semelhante ao observado para área foliar
(Figura 2). Contudo, os efeitos negativos da
salinidade sobre a área foliar se refletem
diretamente sobre este parâmetro, além disso,
Freitas et al., (2014) afirmam que o decréscimo
na razão de área foliar pode indicar maior
eficiência fotossintética, pois nesta situação há
o maior aproveitamento da área foliar
fotossintetizante para a produção de matéria
seca. A área foliar especifica do algodoeiro cv.
BRS Rubi também foi afetada pelo aumento da
salinidade da água de irrigação sendo
observada aumento na AFE em resposta à
salinidade, até determinado nível salino,
decrescendo a partir daí, de forma que os dados
melhor se ajustaram ao modelo de equação de
regressão quadrática (Figura 4B), com o valor
máximo obtido sob irrigação com água de CE
igual a 7,3 dS m-1, com 558,9 cm2 g-1 MSF,
correspondendo a um aumento de 22,98% em
relação ao menor nível salino (5,1 dS m-1).
Após atingir esse valor (7,3 dS m-1) houve
decréscimo na AFE, onde foi obtido nas
plantas irrigadas com água de 9,1 dS m-1 cerca
de 469,91cm2 g-1 MSF.O aumento da área
foliar especifica até determinado ponto indica
que neste intervalo a redução da área foliar foi
mais pronunciado que a produção de matéria
seca. Oliveira et al. (2016) afirmam que ao
relacionar a superfície da folha com a massa
seca da folha a AFE estima a composição
interna da folha (número ou tamanho de
células do mesófilo foliar), indicando assim a
espessura do limbo foliar. Segundo Bezerra et
al. (2016) a salinidade promove decréscimo no
conteúdo de água da planta, assim suas células
contraem-se e diminui a pressão de turgor
contra as paredes celulares, tornando a
membrana plasmática mais espessa e
comprimida, porque ela cobre uma área menor
que a anterior.
CONCLUSÕES
1. O aumento da salinidade da água de
irrigação a partir de 5,1 dS m-1compromete
os índices morfofisiológicos do algodoeiro
cv BRS Rubi.
2. A área foliar é a variável mais sensível ao
incremento da salinidade da água, sendo o
efeito intensificado com as épocas de
avaliação.
3. O fornecimento de nitrogênio não mitiga os
efeitos deletérios ocasionados pelo estresse
salino sobre o cultivo algodoeiro cv. BRS
Rubi.
4. Não houve interação entre os fatores níveis
de condutividade elétrica da água e doses de
nitrogênio para nenhuma das variáveis
avaliadas.
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