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INTRODUÇÃO
O Centro de Referência em Formação e em Educação a Distância (Cefor) do Instituto
Federal do Espírito Santo (Ifes) em 2016, ofertou uma oficina piloto intitulada “Oficina
de Aprendizagem Ativa: a experiência finlandesa de educação centrada no aluno” que
teve como temas norteadores: a aprendizagem centrada no aluno; aprendizagem
colaborativa e a avaliação formativa e, o seu desenvolvimento baseou-se nos conceitos
norteadores da aprendizagem ativa. E, para apoiar a execução e a demonstrações de
saberes adquiridos pelos participantes durante a oficina foram utilizadas diversas
Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC).
Nesse contexto, este artigo analisou o uso das tecnologias digitais que apoiaram a
realização dessa oficina piloto, bem como a percepção dos participantes sobre sua
experiência.
FORMAÇÃO CONTINUADA DOCENTE E O USO DE TECNOLOGIAS
A Formação Continuada Docente é o processo no qual os profissionais da educação
procuram aprimorar-se, o que lhes permite se manter atualizados sobre as novas
tendências educacionais. Mais do que isso, favorece ao professor o engajamento em
pesquisas, estudos, reflexões críticas e, que então, se aproxime das novas concepções
de linguagens e tecnologias. Isso o torna capaz de construir e se adaptar às rápidas e
diversas mudanças do contexto educacional, sendo possível contornar as dificuldades
encontradas no dia a dia na sala de aula.
APRENDIZAGEM ATIVA
Aprendizagem ativa é geralmente definida como qualquer método pedagógico que
envolve alunos, ou que dá aos alunos controle sobre sua própria aprendizagem. Dessa
forma, exige que os alunos façam atividades de aprendizagem significativas, nas quais
reflitam sobre suas ideias e suas potencialidades bem como avaliem regularmente seu
próprio grau de compreensão e habilidade de lidar com conceitos ou problemas [13] e
[14].
METODOLOGIA
Pesquisa qualitativa, cujo objetivo consiste em uma pesquisa exploratória que visa
gerar novas ideias ou hipóteses e estimular o pensamento do pesquisador,
proporcionando uma maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais
explícito [18]. Foi utilizada a observação participante e aplicação de questionários.
Como contexto para a pesquisa, temos a “Oficina de Aprendizagem Ativa: a
experiência finlandesa de educação centrada no aluno”, realizada no período de 21 a
23 de novembro de 2016. Das 12 (doze) pessoas, sujeitos da pesquisa, 9 (nove)
responderam ao questionário aplicado.
ANÁLISE E DISCUSSÕES
As atividades da oficina envolveram trabalhos realizados por grupos formados no início
da oficina e que permaneceram juntos até o final. As atividades foram desenvolvidas e
registradas com o apoio de tecnologias digitais e de comunicação.
Em relação ao uso do Moodle, no questionário “Uso de Tecnologias na Oficina
Aprendizagem Ativa”, pudemos observar que os cursistas, na sua maioria já conheciam
o ambiente Moodle, mas apenas 33.3% usam em sua prática docente.
Os participantes também se inscreveram em um grupo fechado no Facebook intitulado
“Aprendizagem Ativa – Cefor”, criado com o objetivo de agregar os participantes das
diversas turmas que participaram e/ou participarão das Oficinas de Aprendizagem
Ativa.
Gráfico 1 - Uso de Grupos do Facebook na prática docente
Figura 02 – Linha do tempo do Modelo Preditivo
Aprendizagem Ativa e o Uso de Tecnologias Digitais:
Reflexões em uma Formação Continuada Docente
Um modelo preditivo no diagnóstico de aprendizagem de programação
Marize Lyra Silva Passos
Instituto Federal do Espírito Santo
Marize@ifes.edu.br
Isaura Alcina Martins Nobre
Instituto Federal do Espírito Santo
isaura@ifes.edu.br
Jaqueline Maissiat
Instituto Federal do Espírito Santo
Jaqueline.maissiat@ifes.edu.br
Danielli V. Carneiro Sondermann
Instituto Federal do Espírito Santo
danielli@ifes.edu.br
A partir do Gráfico temos que a maioria já conhecia o recurso de grupos no Facebook,
mas apenas 1 dos 9 respondentes, 11.1% fazia uso desse recurso com seus alunos.
Os participantes também foram convidados a publicarem no Blog “Oficina de
Aprendizagem Ativa”. Foi questionado aos participantes: “Você já conhecia a proposta
de um diário virtual, um Blog, antes de participar da oficina?”. Podemos concluir que a
maioria já conhecia e que um percentual considerável 44.4% afirmou não saber como
fazer uso de tal recurso em sala de aula e 22.2% diz não saber nada sobre blog.
Foi criado também um grupo no Whatsapp para troca de informações durante e após a
oficina. Foi questionado: “Você já conhecia o aplicativo Whatsapp, ambiente de
comunicação em grupo, antes de participar da oficina?” (Gráfico 2).
Gráfico 2 - Uso do Whatsapp na prática docente.
A partir das respostas podemos concluir que a maioria já conhecia e que um percentual
considerável 44.4% já utilizava esse recurso em sua prática docente.
Outro aplicativo utilizado durante a oficina foi o Kahoot!, com o objetivo de realizar um
jogo, entre os grupos, para avaliar o grau de conhecimento sobre um determinado
tema, no caso o tema escolhido foi “aprendizagem colaborativa e cooperativa”.
Interessante observar que 88.8% dos participantes não conheciam nada sobre o
aplicativo. Vale destacar o engajamento obtido por meio do jogo, um dos pilares da
aprendizagem ativa.
Outra ferramenta utilizada foi o Padlet, que é uma aplicação Web que permite a criação
de um mural ou quadro virtual dinâmico e interativo para registrar, guardar e partilhar
conteúdos multimídia.
Podemos observar que dentre as tecnologias utilizadas (Moodle, Blog, Facebook,
Kahoot, Padlet e Whatsapp) a considerada de maior complexidade em sua utilização é o
ambiente virtual Moodle, pois apresenta uma grande quantidade de recursos a partir
de seu uso. Os demais foram considerados de uso fácil ou muito fácil.
Para concluir, os participantes foram questionados sobre o uso das ferramentas e/ou
técnicas de ensino apresentadas durante a Oficina em suas aulas. Dos respondentes
77.8% afirmaram que “Sim, praticamente tudo” e 11.1% disseram “Não sei, ainda
preciso amadurecer a ideia”. Nesse sentido, tais dados, apontam a importância da
realização de Oficinas para renovação das práticas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Portanto, podemos afirmar que a utilização das ferramentas digitais com base na
metodologia de aprendizagem ativa mostra-se efetiva e promissora, trazendo bons
resultados nos levantamentos realizados e favorecendo trabalhos futuros com a mesma
temática
REFERÊNCIAS
1. BRASIL. “Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional”. 1996. Disponível em:
<portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/ldb.pdf>. Acesso em 01 jun. 2012.
2. NOBRE, I. A. M. “Docência coletiva: saberes e fazeres na Educação a Distância”. Tese
apresentada ao Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal
do Espírito Santo, 2013.
3. FREIRE, P. “Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa”. 25.
ed. São Paulo: Paz e Terra (Coleção Leitura), 1996. p.18.
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