Num mundo onde tudo parece cada vez mais efémero, onde as incertezas invadem os quotidianos, os riscos se multiplicam e onde tudo parece igual, urge valorizar o único, o autêntico, o identitário, aquilo que nos define enquanto Pessoa. Num mundo de separações, diferenças e desigualdades, importa pugnar por um caminho e compromissos comuns, onde a diferença seja respeitada e até valorizada. A
... [Show full abstract] História, a nossa história, que deveria ser um ponto de apoio para encontrarmos caminhos seguros, é tantas vezes ignorada, esquecida, e até, consciente ou inconscientemente, desprezada; tende até a ser construída não a pensar na verdade, mas na ideologia que se defende. Ora, a História não pode ser manietada e muitos menos distorcida. Conscientes da necessidade de olhar para o passado e sua subjetividade, pela interpretação a que está sujeito, devemos procurar a objetividade dos factos, dos acontecimentos, e as nossas raízes. A construção da nossa identidade não se faz apenas no hoje, mas implica a comunhão de um olhar que volta, com o hoje, e a construção de um amanhã, que não desconsidere a herança transmitida. Se no passado as sociedades se construíam na destruição ou reconversão do património recebido dos ancestrais, pelos caminhos da História aprenderam a valorizar esse património como símbolo da sua evolução. E depois, aprenderam a conservá-lo quando se aperceberam que, em nome de um suposto progresso, estavam a destruir os seus marcos identitários. Não nos referimos apenas a um património material, mas igualmente a um património intangível, que deveria ser inalienável.