ArticlePDF Available

Football scout analysis models (based in the 2013/2014 Champions League)

Authors:

Abstract

Conquistar as primeiras posições em competições de futebol é apenas para alguns times. Assim, um melhor entendimento do jogo se torna crucial mediante essa competitividade. O objetivo do presente estudo foi determinar variáveis de scout que melhor descrevem as características técnicas e táticas dos times que participaram de Liga dos Campeões na temporada 2013/2014. Todos os jogos acessíveis das fases de classifi cação e das fi nais da Liga dos Campeões da UEFA (32 times e 126 partidas) foram analisados usando o scout dos dados disponíveis para domínio publico. As variáveis analisadas foram gols marcados, saldo de gols, fi nalizações totais, fi nalizações a gol, desarmes, escanteios, tiros de meta, passes certos, passes errados, número de faltas cometidas e posse de bola. As variáveis mais relevantes para descrever uma partida, apontadas pela analise de regressão múltipla foram as fi nalizações totais (r²=0.815), posse de bola (r²=0.748), passes certos (r²=0.742) e gols marcados (r²=0.699). O presente estudo foi capaz de mostrar como as informações obtidas pelo scout podem ser agrupadas para fácil aplicação pelos treinadores.
Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2017 Jan-Mar;31(1):33-39 • 33
Modelos de análise de scout no futebol
Introdução
Modelos de análise de scout no futebol
(baseado na temporada 2013/2014 da Liga dos Campeões)
Rafael SONCIN*
Juliana PENNONE*
João Pedro PINHO*
Maraiza Campos DINIZ**
João Gustavo CLAUDINO*
Alberto Carlos AMADIO*
Júlio Cerca SERRÃO*
Bruno MEZÊNCIO*
*Escola de Educação
Física e Esporte,
Universidade de São
Paulo, São Paulo. SP,
Brasil.
**Faculdade Pitágoras,
Betim, MG, Brasil.
O futebol é uma das modalidades esportivas mais
praticada e mais assistida no mundo1. O investimento
nanceiro feito pelos times de futebol atingem quantias
impressionantes fazendo das competições nacionais
e internacionais a maior fonte de recursos. Tais
condições fazem com que a elegância do espetáculo e
o desempenho dos atletas atinjam enorme visibilidade,
criando a expectativa de que cada evento seja perfeito2.
A demanda pelo elevado desempenho dos atletas,
imposta pelos investidores e  nanciadores, faz da
preparação técnica e tática do time algo indispensável2.
As primeiras posições em competições nacionais
e internacionais de futebol são apenas para alguns
times. Essa alta competitividade determina a notável
supremacia desse esporte.
Uma das preparações mais usadas para as partidas
contra os adversários é a observação de jogos desses
oponentes. Esse método permite analisar as ações
mais comuns do oponente, bem como suas próprias
ações, produzindo informações para ajudar na
programação do processo de treino3.
A análise de scout é um dos principais instrumentos
utilizados para entender essa modalidade. Usada
também em outros esportes, essa é uma ferramenta que
permite avanços tecnológicos devido sua importância
e aplicabilidade em inúmeros esportes4. O scout
fornece inúmeras informações como o número total
de  nalizações ao gol, saldo de gols, faltas sofridas
e cometidas, passes certos e errados, entre outros
elementos técnicos que são acessados mediante a
http://dx.doi.org/10.11606/1807-5509201700010033
Resumo
Conquistar as primeiras posições em competições de futebol é apenas para alguns times. Assim, um
melhor entendimento do jogo se torna crucial mediante essa competitividade. O objetivo do presente
estudo foi determinar variáveis de scout que melhor descrevem as características técnicas e táticas
dos times que participaram de Liga dos Campeões na temporada 2013/2014. Todos os jogos acessíveis
das fases de classi cação e das nais da Liga dos Campeões da UEFA (32 times e 126 partidas) foram
analisados usando o scout dos dados disponíveis para domínio publico. As variáveis analisadas foram
gols marcados, saldo de gols, nalizações totais, nalizações a gol, desarmes, escanteios, tiros de meta,
passes certos, passes errados, número de faltas cometidas e posse de bola. As variáveis mais relevantes
para descrever uma partida, apontadas pela analise de regressão múltipla foram as nalizações totais
(r²=0.815), posse de bola (r²=0.748), passes certos (r²=0.742) e gols marcados (r²=0.699). O presente
estudo foi capaz de mostrar como as informações obtidas pelo scout podem ser agrupadas para fácil
aplicação pelos treinadores.
PALAVRAS-CHAVE: Estatística; Futebol; UEFA; Competições.
34 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2017 Jan-Mar;31(1):33-39
Soncin R, et al.
necessidade da comissão técnica. R F
e O J5 destacam que mesmo com
uma grande complexidade de ações e inúmeras
variáveis aleatórias o futebol pode apresentar alguma
regularidade. Essa regularidade, em termos, permite o
treinador escolher um padrão de jogo.
A diversidade de estratégias e o elevado número
de ações imprevisíveis no futebol fazem com que as
variáveis mais importantes a serem analisadas ainda
sejam desconhecidas. Ser capaz de reconhecer essas
variáveis permitiria os técnicos entender as ações
que podem levar ao sucesso ou ao insucesso em uma
partida6. Estudos prévios buscaram modelar o jogo
de futebol com o objetivo de predizer variáveis menos
complexas para explicar o jogo usando diferentes
técnicas de redução de dimensionalidade como a análise
de componente principal7, regressão logística8-9, analise
discriminante10-12 e teste de comparações de médias13.
Método
Uma hipótese para o uso dessas técnicas é que as
variáveis do scout podem determinar o vencedor ou o
perdedor. Considerando a complexidade do jogo, essa
hipótese parece muito otimista, uma vez que a mesma
desconsidera a in uencia das variáveis do scout uma
sobre a outra.
Outra forma de diminuir a dimensão dos dados
do scout no futebol é realizar uma análise de regressão
múltipla. Esse método possibilita estabelecer relações
quantitativas entre variáveis. Nesse sentido, é possível
descrever características técnicas e táticas com um
número reduzido de variáveis do scout podendo
determinar como essas variáveis interagem entre si sem
a necessidade de associa-las com a vitória ou a derrota.
Assim, o objetivo do presente estudo é determinar
as variáveis do scout no futebol que melhor descrevem
as características dos times que participaram da Liga
dos Campeões da UEFA na temporada 2013/2014.
O presente estudo faz uma análise descritiva
dos dados quantitativos do scout de toda
temporada 2013/2014 da Liga dos Campeões
TABELA 1 - Descrição das variáveis do scout.
Gols Marcados (GM) Total de gols marcados;
Saldo de gols (SG) Diferença entre gols marcados e sofridos;
Finalizacões Totais (FT) Total de  nalizações; no gol e fora;
Finalizações a Gol (FG) Total de  nalizações no gol;
Desarmes (DE) Número de ações de recuperação da posse de bola do oponente que tinha a posse
da mesma;
Escanteios (ES) Número de escanteios cobrados;
Tiro de Meta (TM) Número de vezes que o time realizou o tiro de metas;
Passes certos (PC) Número de passes intencionais certos entre dois companheiros de time;
Passes Errados (PE) Número de passes intencionais, mas errados, entre dois companheiros de time;
Faltas cometidas (FC) Número de infrações cometidas apontadas pelo juiz;
Posse de bola (PB) Tempo em que um time  cou com a posse da bola sem clara interrupção do adversá-
rio; expresso em função do tempo total que a bola  cou em jogo.
Dados de domínio público foram obtidos no
site o cial da Liga dos Campeões da UEFA14 e no
FootStats15. A análise de regressão múltipla de melhor
subconjunto foi empregada para veri car a relação entre
todas as variáveis. Na sequência todas as variáveis, uma a
uma, foram usadas como variável dependente enquanto
as demais como variáveis independentes, cada variável
independente n associada a variável dependente foram
calculadas pelo modelo parcial n*(n-1)! com ordem
de 1 até n. O melhor modelo parcial para cada ordem
entre as variáveis foi usado para compor a analise dos
resultados com o modelo parcial n, e foi aceito o
da Europa. Onze variáveis de 32 times em 126
partidas (quantificando a fase de classificação e
as finais) foram analisadas (TABELA 1).
Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2017 Jan-Mar;31(1):33-39 • 35
Modelos de análise de scout no futebol
A equação de regressão para  nalizações totais
(Eq. 1) foi signi cantemente in uenciada pelos
Resultados
gols marcados,  nalizações a gol, escanteios, faltas
cometidas, passes certos e posse de bola; apresentando
Coeficiente: valor do
coe ciente das variáveis;
Erro: 95% de erro
associado ao coe ciente
das variáveis;
T: valor de T do teste t
de student;
p: valor de probabilidade.
Resultados da análise de regressão múltipla de melhor subconjunto.TABELA 2 -
Variável Coe ciente Erro padrão t p
Finalizações
totais(r²=0.815)
Constante 1.087 1.043 1.043 0.298
Gols marcados -0.344 0.136 -2.529 0.012
Finalizações no gol 1.214 0.060 20.205 < 0.001
Escanteios 0.265 0.062 4.267 < 0.001
Faltas cometidas -0.090 0.037 -2.420 0.016
Passes certos -0.006 0.002 -2.844 0.005
Posse de bola 0.108 0.030 3.586 < 0.001
Posse de bola
(r²=0.748)
Constante 14.297 2.900 4.931 < 0.001
Gols marcados -0.772 0.375 -2.056 0.041
Saldo de gols 0.644 0.227 2.834 0.005
Finalizações totais 0.380 0.063 5.993 < 0.001
Desarmes -0.113 0.054 -2.102 0.037
Faltas cometidas 0.216 0.074 2.931 0.004
Passes certos 0.052 0.003 19.946 < 0.001
Passes errados 0.057 0.014 4.036 < 0.001
Passes corretos
(r²=0.742)
Constante 78.513 40.588 1.934 0.054
Finalizações corretas -5.291 1.763 -3.002 0.003
Finalizações a gol 7.239 2.616 2.768 0.006
Faltas cometidas -5.720 1.061 -5.393 < 0.001
Passes errados -0.930 0.205 -4.540 < 0.001
Posse de bola 11.689 0.575 20.326 < 0.001
Gols marcados
(r²=0.699)
Constante 2.182 0.367 5.949 < 0.001
Saldo de gols 0.413 0.025 16.605 < 0.001
Finalizações totais -0.053 0.020 -2.658 0.008
Finalizações a gol 0.158 0.030 5.341 < 0.001
Escanteios -0.052 0.020 -2.596 0.010
Faltas cometidas -0.023 0.011 -1.987 0.048
Passes errados -0.005 0.002 -2.092 0.037
Finalizações totais (FT), posse de bola
(PB), passes certos (PC) e os gols marcados
(GM) se apresentaram significantes pelo
modelo de regressão (p < 0.05). Os resultados
da análise de regressão são apresentados na
TABELA 2.
qual apresentou a maior quantidade de variáveis as
quais todas apresentaram signi cância estatística. De
acordo com esses critérios, apenas as variáveis que
foram in uenciadas por mais de três outras variáveis
foram reportadas. Um nível de signi cância de 5%
foi adotado. Todos os procedimentos estatísticos
foram realizados no SigmaStat (versão 3.5)
36 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2017 Jan-Mar;31(1):33-39
Soncin R, et al.
O objetivo do presente estudo foi identi car
variáveis de scout que melhor descrevem as
características técnicas e táticas dos times da Liga
dos Campeões da Europa na temporada 2013/2014.
Finalizações totais, posse de bola, passes certos e gols
marcados foram apontados como as variáveis chave.
As  nalizações totais, soma das  nalizações a gol
e fora do gol, apresentou uma relação direta com
nalizações a gol, posse de bola e escanteios; e uma
relação inversa com passes certos, faltas cometidas e
gols marcados. Maior posse de bola possibilita mais
ações ofensivas e maior número de  nalizações. A
relação diretamente proporcional entre escanteios
e  nalizações totais parece ser devido ao fato de
que em situações de escanteio há maior número de
atletas próximos ao gol, aumentando a possibilidade
de  nalizações.
H e F16 encontraram que a maior
quantidade de finalizações acontece depois de
pouca troca de passes, já que uma relação inversa foi
encontrada entre essas variáveis no modelo utilizado.
No presente trabalho, quando o número de passes
trocados antes da  nalização foi normalizado pela
quantidade de passes, quanto mais passes dados,
mais  nalizações ocorriam, assim, manter a posse de
bola produz mais  nalizações a gol, de acordo com a
relação que essas variáveis apresentaram no modelo.
P17 demonstrou que o time com maior
quantidade de  nalizações ganhou 51,61% dos jogos.
Da mesma forma, times que tiveram maior número de
nalizações a gol venceram 45.16% dos jogos. Segundo
T e S18, baseado na Copa do Mundo da
Discussão
FIFA de 2010, os times vitoriosos foram aqueles com
maior número de  nalizações. A et al.19 também
encontraram que na primeira liga de futebol da Grécia
os times que  caram nos primeiros lugares tinham
maior numero de  nalizações que os últimos colocados,
e S20, depois de examinar a copa do mundo de
2002, mostrou resultados similares e concluíram que
times  nalistas tiveram mais  nalizações do eu os times
que não chegaram as  nas.
L-P et al.12 analisaram as temporadas 2007-
2008, 2008-2009, 2009-2010 da Liga dos Campeões
da Europa e os resultados mostram que os times
vencedores tinham signi cantemente maiores medias
de  nalizações totais,  nalizações a gol, efetividade,
passes totais, passes certos e posse de bola. Os times que
menos venceram jogos tinham signi cantemente maior
quantidade de cartões amarelos e vermelhos.
A temporada 2008-2009 da liga profissional
masculina de futebol da Espanha mostrou que os times
vencedores tinham maiores medias de  nalizações
totais, finalizações a gol, efetividade, assistências,
impedimentos cometidos e escanteios sofridos,
enquanto que os times que menos venceram jogos
tinham maiores médias de escanteio, impedimentos
recebidos e cartões amarelos11.
C et al.10 identificaram que o total
de chutes, os chutes a gol e a posse de bola
são as variáveis que mais diferenciam os times
vencedores dos perdedores.
A posse de bola foi identi cada como tendo uma
relação positiva com o saldo de gols,  nalizações totais,
faltas cometidas, passes certos e passes errados; e uma
um alto coe ciente de determinação (r2=0.815).
FT = 1.087 - 0.344GM + 1.214FG + 0.265ES – 0.090FC
– 0.006PC + 0.108PB Eq.1
A equação de regressão para posse de bola (Eq. 2) foi
signi cantemente in uenciada pelos gols totais, saldo
de gols,  nalizações totais, desarmes, faltas cometidas,
passes certos e passes errados; apresentando um alto
coe ciente de determinação (r2=0.748).
PB = 14,297 – 0,772GM + 0,644SG + 0,380FT –
0,113DE + 0,216FC + 0,052PC + 0,057PE Eq.2
A equação de regressão para passes certos (Eq. 3)
foi signi cantemente in uenciada pelas  nalizações
totais,  nalizações a gol, faltas cometidas, passes errados
e posse de bola; apresentando um alto coe ciente de
determinação (r2=0.742).
PC = 78,513 – 5,291FT + 7,239FG – 5,720FC –
0,930PE + 11,689PB Eq.3
A equação de regressão para gols marcados (Eq. 4)
foi signi cantemente in uenciada pelo saldo de gols,
nalizações totais,  nalizações a gol, escanteios, faltas
cometidas e passes errados; apresentando um alto
coe ciente de determinação (r2=0.699).
GM = 2,182 + 0,413SG – 0,053FT + 0,158FG –
0,052ES – 0,023FC – 0,005PE Eq.4
Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2017 Jan-Mar;31(1):33-39 • 37
Modelos de análise de scout no futebol
relação negativa com o número de desarmes e gols
marcados. Quando um time está à frente no placar,
buscar mais gols é mais cuidadosamente planejado, o
que aumenta a posse de bola. Além disso, mais passes
realizados corretamente aumentam a posse de bola.
H e F16 notaram que com ações ofensivas
mais rápidas (i.e. quando a posse de bola não é o objetivo
principal) resultavam em maior número de  nalizações
a gol. L et al.21 identi caram que existia um efeito
positivo dos chutes resultantes de contra-ataques na
probabilidade de vitória. Esses resultados concordam
com achados prévios da liga de futebol norueguesa8-9
e da liga de futebol pro ssional da Espanha22, o que
sugere que contra-ataques são mais efetivos em resultar
em gols. Esses dados podem explicar a relação inversa
entre a posse de bola e o número de gols marcados
no presente estudo. J et al.23 encontraram que
as primeiras colocações na temporada 2001-2002 da
primeira liga inglesa foram alcançados por times com
maior posse de bola.
Passes certos apresentou relação positiva com
nalizações a gol e posse de bola; e uma relação
negativa com  nalizações totais, faltas cometidas
e passes errados. Times com maior número de
vitórias apresentaram maior número de passes certos,
nalizações a gol e posse de bola quando comparado
com times que menos venceram11,19,21.
Os passes certos são afetados pelo número de
nalizações totais, provavelmente, devido à elevada
precisão dos times. Da mesma forma, uma menor
precisão poderia resultar em um aumento no número
de  nalizações totais, explicando sua relação inversa
com essa variável. Segundo L24, os passes
representam 80% das ações em uma partida e a
qualidade no passe garante a posse de bola. No mesmo
sentido, S J3 sugere que os passes são essências
na obtenção de resultados positivos em uma partida
uma vez que bons passes podem favorecer mais ações
ofensivas e opções táticas. Em times com menor nível
técnico o número de passes errados é maior, e como
esperado, afeta negativamente o número de passes
certos. Assim, S J3 apontam que a de ciência
nessas técnicas afeta as ações ofensivas devido a uma
menor posse de bola.
O número de gols marcados apresentou uma relação
positiva com o saldo de gols e com o número de
nalizações a gol; e uma relação negativa com o número
de  nalizações totais, escanteios, passes errados e faltas
cometidas. O número de  nalizações totais mostrou
uma relação inversa com o saldo de gols enquanto que
o numero de  nalizações a gol mostrou uma relação
positiva. Em outras palavras,  nalizações precisas são
mais importantes que o total de  nalizações, uma vez
que esta relacionado com maior saldo de gols, como
descrito por Y et al.13.
A equação 3 mostrou que menos passes errados
resulta em mais passes certos. Assim, uma maior
e ciência no passe aumenta a possibilidade de um
maior número de  nalizações no gol, o que pode
aumentar os gols marcados. Corroborando com esses
resultados, S J3 mostraram que passes certos
que resultaram em gols são cruciais para aumentar o
saldo de gols; e que o numero de  nalizações totais não
é determinante para a quantidade de gols marcados.
A equação 1 mostrou que jogadas que iniciam
de escanteios favorecem um aumento no número
de finalizações totais, entretanto, a equação 4
mostrou uma relação inversa entre escanteios e gols
marcados. Assim, o numero elevado de  nalizações
originadas de escanteio não resultaram em gol.
Essa ine ciência pode ser explicada pelo tempo
que a bola  ca parada na cobrança, permitindo
que a defesa se posicione, reduzindo a chance de
gol. Assim, R F e O J5
mostraram que 31% dos gols marcados em 2004
na Eurocopa foram resultados de bolas paradas (e
apenas 10% desses gols resultaram de escanteios).
O presente estudo apresentou uma relação negativa
entre faltas cometidas e gols marcados. H e
F25 encontraram que na Copa do Mundo de
1990 41% dos gols foram marcados a partir de jogadas
de bola parada. Assim, cometer faltas parece ser uma
estratégia negativa que não se relaciona com marcar gols,
aumentando a vulnerabilidade para levar gols.
Uma limitação do presente estudo poderia ser a
fonte dos dados (i.e domínio público), contudo isso é
uma fonte importante de informações para os técnicos.
Assim, a possibilidade de vieses do presente estudo se
assemelha com os vieses encontrados pelos técnicos que
usam essas plataformas de dados.
A partir do presente estudo se conclui que o número
de  nalizações totais, a posse de bola e os gols marcados
são as variáveis que melhor descrevem a relação entre
a diferença das variáveis de scout da temporada 2013-
2014 da Liga dos Campeões da Europa. Além disso,
nalizações a gol parecem ser ainda mais determinantes
para o sucesso em uma partida do que o número de
nalizações totais. Também é possível a rmar que
jogadas iniciadas de escanteio não são boas estratégias
de gol. Ainda é possível concluir que a precisão nos
passe diminui a posse de bola dos adversários. Por  m
o presente estudo mostrou que informações de scout
podem ser agrupadas para facilitar a utilização das
mesmas pelos técnicos.
38 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2017 Jan-Mar;31(1):33-39
Soncin R, et al.
Referências
1. Vendite C, Vendite LL, Moraes AC. Scout no futebol: uma ferramenta para a imprensa esportiva. XXVIII Congresso
Brasileiro de Ciências da Comunicação. Rio de Janeiro: UERJ; 2005. p.1.
2. Bottaro LEV. Análise de scout em partidas de futebol:  nalizações da equipe do Cruzeiro Esporte Clube nos jogos da
fase de grupos da Taça Libertadores da América do ano de 2009 [monogra a]. Belo Horizonte (MG): Universidade
Federal de Minas Gerais, Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional; 2009.
3. Silva Júnior MSL. Estudo descritivo sobre o desempenho do passe da Seleção Brasileira de futebol na Copa das Con-
federações de futebol 2009 [monogra a]. Belo Horizonte (MG): Universidade Federal de Minas Gerais, Escola de
Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional; 2009.
4. França Neto CP. Análise do scout em partidas de futebol: fundamentos técnicos individuais da equipe pro ssional de
futebol do Cruzeiro esporte clube no primeiro turno do campeonato brasileiro de 2010 [monogra a]. Belo Horizonte
(MG): Universidade Federal de Minas Gerais, Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional; 2009.
5. Ramos Filho LAO, Oliveira Junior MH. Futebol: classi cação e análise dos gols da Eurocopa 2004. Rev Bras Futebol.
2008;1:42-8.
6. Marques AT. Bases para a estruturação de um modelo de detecção de talentos desportivos em Portugal. Rev Espaço.
1993;1:47-55.
7. Moura FA, Martins LEB, Cunha AS. Analysis of football game-related statistics using multivariate techniques. J Sports
Sci. 2014;32:1881-7.
8. Tenga A, Holme I, Ronglan, L, Bahr, R. E ect of playing tactics on achieving score-box possessions in a random series
of team possessions from Norwegian professional soccer matches. J Sports Sci. 2010;28:245-55.
9. Tenga A, Ronglan L, Bahr R. Measuring the e ectiveness of o ensive match-play in professional soccer. Euro J Sport
Sci. 2010;10:269-77.
10. Castellano J, Casamichana D, Lago C.  e use of match statistics that discriminate between successful and unsuccessful
soccer teams. J Hum Kinet. 2012;31:139-47.
11. Lago-Peñas C, Lago-Ballesteros J, Dellal A, Gómez M. Game-related statistics that discriminated winning, drawing
and losing teams from the Spanish soccer league. J Sports Sci Med. 2010:9:288-93.
12. Lago-Peñas C, Lago-Ballesteros J, Rey E. Di erences in performance indicators between winning and losing teams in
the UEFA Champions League. J Hum Kinet. 2011;27:135-46.
13. Yue Z, Broich H, Mester J. Statistical analysis for the soccer matches of the  rst Bundesliga. Int J Sports Sci Coach.
2014;9:553-60.
14. UEFA Champions League [internet homepage]. Season 2014 [cited 2015 Sept. 28]. Available from: http://www.uefa.
com/uefachampionsleague/season=2014.
Abstract
Football scout analysis models (based in the 2013/2014 Champions League)
First places in major football competitions are no longer a few teams’ achievement. A better understanding
of the game becomes crucial with this highly competitive background. Our purpose was to determine
scout variables that best describe the technical and tactical characteristics of the 2013/2014 Champions
League’s participating teams. All UEFA Champions League’s qualifying phases and play-offs matches (32
teams in 126 matches) were analyzed using scout public domain data. The analyzed variables were goals
scored, goals difference, total attempts, attempts on target, disarms, corners, offside, passes completed,
passes uncompleted, fouls committed and ball possession. A best subsets multiple regression analysis reveal
that total attempts (r²=0.815), ball possession (r²=0.748), passes completed (r²=0.742) and scored goals
(r²=0.699) are the most relevant variables to describe the match. The present study was able to show how
scout information can be reduced to the coach easily application. Statistics, Soccer, UEFA, Competitions
KEYWORDS: Statistics; Soccer; UEFA; Competitions.
Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2017 Jan-Mar;31(1):33-39 • 39
Modelos de análise de scout no futebol
ENDEREÇO
Juliana Pennone
Laboratório de Biomecânica
Escola de Educação Física e Esporte - USP
Av. Prof. Mello Moraes, 65
05508-030 - São Paulo - SP - BRASIL
e-mail: juliana.pennone@usp.br
Recebido para publicação: 15/04/2015
1a. Revisão: 18/06/2015
2a. Revisão: 30/09/2015
Aceito: 09/10/2015
15. Footstat [internet homepage]. UEFA Champions League 2014 [cited 2015 Sept. 28]. Available from: www.footstats.net.
16. Hughes M, Franks IM. Analysis of passing sequences, shots and goals in soccer. J Sports Sci. 2005;23:509-14.
17. Perin DEB. Análises das  nalizações e posse de bola em relação ao resultado do jogo de futebol [monogra a]. Porto
Alegre (RS): Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Escola de Educação Física; 2012.
18. Tempone GMT, Silva CD. Análise de indicadores quantitativos de vitórias e derrotas na Copa do Mundo FIFA 2010.
Rev Bras Futebol. 2012;5:42-6.
19. Armatas V, Yannakos A, Zaggelidis G, Skoufas D, Papadopoulou S, Fragkos N. Di erences in o ensive actions between
top and last teams in Greek  rst soccer division. J Phys Educ Sport. 2009;23:1-5.
20. Szwarc A. E ectiveness of Brazilian and German teams and the teams defeated by them during the 17th Fifa World
Cup. Kinesiology, 2004;36:83-9.
21. Liu H, Gomez MA, Lago-Peñas C, Sampaio J. Match statistics related to winning in the group stage of 2014 Brazil
FIFA World Cup. J Sports Sci . 2015;33:1205-13.
22. Lago-Ballesteros J, Lago-Peñas C, Rey E.  e e ect of playing tactics and situational variables on achieving scorebox
possessions in a professional soccer team. J Sports Sci. 2012;30:1455-61.
23. Jones PD, James N, Mellalieu SD. Possesion as a performance indicator in soccer. Int J Perf Anal Sport. 2004;4:98-102.
24. Leitão RAA. Futebol: análise qualitativas e quantitativas para veri cação e modulação de padrões e sistemas complexos
de jogo [dissertação]. Universidade Estadual de Campinas, Escola de Educação Física; 2004.
25. Hughes M, Franks IM. Notational analysis of sport. 2nd edition. New York: Routledge; 2004.
ResearchGate has not been able to resolve any citations for this publication.
Article
Full-text available
The present study aimed to verify if there is a correlation between the ball possession, the finishes and the final result of the game, as well as to verify if there are significant differences between the result of the game in relation to the average of finishes and the average of finishes a goal. Descriptive study with a correlational approach. The sample consisted of data from tables published on UEFA's official website (www.uefa.com), containing information on the variables studied, being presented in percentage and absolute values. Corresponding to 31 official matches of Euro 2012 held in Poland and Ukraine, with 24 matches corresponding to the qualifying phase and 7 games corresponding to the elimination phase. The submissions (all offensive kicks that aim at the opposing goal), the goal finishes (only the kicks that result in the goal, in defense or at the post) and the percentage of ball possession of the teams during the competition were analyzed. Data analysis: to check the correlation between the ball possession, the finalizations and the final result of the game we use Pearson's product-moment coefficient and for comparisons between the different results of the game in relation to the finalizations and goal finishes we resorted the One-Way ANOVA with Post-hoc treatment using the Scheffé test. The analyzes were performed in the statistical package SPSS V18 and the alpha adopted was 5%. Results: Regarding the completion variable, we found that in most games the teams that finished more won (51.61%), teams that finished more and tied their games (22.58%), who finished less and won (19.35%) and those who finished the same amount as the opponent and won the game (6.45%). Analyzing the finishes on goal, it was found that in 45.16% of the games the teams that finished more on goal won. Regarding the possession of the ball, we found that in 48.38% of the games the teams that obtained more possession of the ball won, 29.03% lost and 22.58% tied. The teams that obtain the winning result have an average of goal finishes (8.81 ± 4.7) higher than the teams that are defeated (5.7 ± 3.0). Conclusions: possession of the ball and finishing on goal showed significant correlations with the result of the game; teams that finish more on goal and have a higher percentage of possession have a higher probability of winning the game; the teams that obtain the result of victory present an average of shots in the goal greater than the teams that are defeated.
Article
Full-text available
Identifying match statistics that strongly contribute to winning in football matches is a very important step towards a more predictive and prescriptive performance analysis. The current study aimed to determine relationships between 24 match statistics and the match outcome (win, loss and draw) in all games and close games of the group stage of FIFA World Cup (2014, Brazil) by employing the generalised linear model. The cumulative logistic regression was run in the model taking the value of each match statistic as independent variable to predict the logarithm of the odds of winning. Relationships were assessed as effects of a two-standard-deviation increase in the value of each variable on the change in the probability of a team winning a match. Non-clinical magnitude-based inferences were employed and were evaluated by using the smallest worthwhile change. Results showed that for all the games, nine match statistics had clearly positive effects on the probability of winning (Shot, Shot on Target, Shot from Counter Attack, Shot from Inside Area, Ball Possession, Short Pass, Average Pass Streak, Aerial Advantage and Tackle), four had clearly negative effects (Shot Blocked, Cross, Dribble and Red Card), other 12 statistics had either trivial or unclear effects. While for the close games, the effects of Aerial Advantage and Yellow Card turned to trivial and clearly negative, respectively. Information from the tactical modelling can provide a more thorough and objective match understanding to coaches and performance analysts for evaluating post-match performances and for scouting upcoming oppositions.
Article
Full-text available
Abstract The purpose of this study was to explore football game-related statistics during a competition, using principal component and cluster analyses to determine if it is possible to distinguish the winning teams from the drawing and losing ones. We collected the game-related statistics of the group phase matches of the 2006 World Cup and organised them into a matrix. The principal components of the covariance matrix were calculated. The scores of the first and second components were used to represent the new data, and cluster analysis was applied to separate the elements in two groups (G1 and G2). To analyse the degree of separation between the groups, we calculated the Silhouette Coefficient for each group. Finally, we checked if the winning teams were classified into the same group. The Silhouette Coefficients found for G1 and G2 were 0.54 and 0.55, respectively. Results showed that 70.3% of the winning teams were classified into the same group (G1). Similarly, 67.8% of the drawing and losing teams were classified in G2. This study presented a different way to analyse game-related statistics that allowed the multivariate differences to be shown between successful and unsuccessful teams.
Article
Full-text available
The aim of the present study was to analyze men's football competitions, trying to identify which game-related statistics allow to discriminate winning, drawing and losing teams. The sample used corresponded to 380 games from the 2008-2009 season of the Spanish Men's Professional League. The game-related statistics gathered were: total shots, shots on goal, effectiveness, assists, crosses, offsides commited and received, corners, ball possession, crosses against, fouls committed and received, corners against, yellow and red cards, and venue. An univariate (t-test) and multivariate (discriminant) analysis of data was done. The results showed that winning teams had averages that were significantly higher for the following game statistics: total shots (p < 0.001), shots on goal (p < 0.01), effectiveness (p < 0.01), assists (p < 0.01), offsides committed (p < 0.01) and crosses against (p < 0.01). Losing teams had significantly higher averages in the variable crosses (p < 0.01), offsides received (p < 0. 01) and red cards (p < 0.01). Discriminant analysis allowed to conclude the following: the variables that discriminate between winning, drawing and losing teams were the total shots, shots on goal, crosses, crosses against, ball possession and venue. Coaches and players should be aware for these different profiles in order to increase knowledge about game cognitive and motor solicitation and, therefore, to evaluate specificity at the time of practice and game planning. Key pointsThis paper increases the knowledge about soccer match analysis.Give normative values to establish practice and match objectives.Give applications ideas to connect research with coaches' practice.
Article
Full-text available
Three soccer World Cups were analysed with the aim of identifying the match statistics which best discriminated between winning, drawing and losing teams. The analysis was based on 177 matches played during the three most recent World Cup tournaments: Korea/Japan 2002 (59), Germany 2006 (59) and South Africa 2010 (59). Two categories of variables were studied: 1) those related to attacking play: goals scored, total shots, shots on target, shots off target, ball possession, number of off-sides committed, fouls received and corners; and 2) those related to defence: total shots received, shots on target received, shots off target received, off-sides received, fouls committed, corners against, yellow cards and red cards. Discriminant analysis of these matches revealed the following: (a) the variables related to attacking play that best differentiated between winning, drawing and losing teams were total shots, shots on target and ball possession; and (b) the most discriminating variables related to defence were total shots received and shots on target received. These results suggest that winning, drawing and losing national teams may be discriminated from one another on the basis of variables such as ball possession and the effectiveness of their attacking play. This information may be of benefit to both coaches and players, adding to their knowledge about soccer performance indicators and helping to guide the training process. Acces paper: http://www.degruyter.com/view/j/hukin.2012.31.issue--1/v10078-012-0015-7/v10078-012-0015-7.xml
Article
Full-text available
In soccer, the ability to retain possession of the ball for prolonged periods of time has been linked to success (Hook and Hughes, 2001). The accuracy of this assertion was investigated by comparing 24 matches involving successful and unsuccessful English premier league teams within the 2001-2002 season. Specifically the teams' possessions were analysed depending on evolving match status i.e.whether the team was winning, losing or drawing. All possessions less than 3 seconds in duration were removed from the data as they were not deemed to include significant events pertaining to a teams' strategy. Successful teams were found to have significantly longer possessions than unsuccessful teams irrespective of match status i.e.winning (p<0.01), losing (p<0.05) and drawing (p<0.01). However both successful and unsuccessful teams had longer durations of possession when they were losing matches compared to when winning. It was concluded that within elite English football possession is related to successful performance but it is likely this is down to differences in individual player's skill levels rather than specific team strategy.
Article
Full-text available
Differences in performance indicators between winning and losing teams in the UEFA Champions League The aim of the present study was to identify performance indicators that discriminate winning teams from drawing and losing teams in the UEFA Champions League. All 288 matches played at the group stage in the 2007-2008, 2008-2009, and 2009-2010 seasons were analyzed. The game-related statistics gathered were: total shots, shots on goal, effectiveness, passes, successful passes, crosses, offsides committed and received, corners, ball possession, crosses against, fouls committed and received, corners against, yellow and red cards, venue, and quality of opposition. Data were analyzed performing a one-way ANOVA and a discriminant analysis. The results showed that winning teams had significantly higher average values that were for the following game statistics: total shots (p<0.01), shots on goal (p<0.01), effectiveness (p<0.01), passes (p<0.05), successful passes (p<0.05), and ball possession (p<0.05). Losing teams had significantly higher values in the variable yellow cards (p<0.01), and red cards (p<0.01). Discriminant analysis allowed to conclude the following: the variables that discriminate between winning, drawing and losing teams were the shots on goal, crosses, ball possession, venue and quality of opposition. Coaches and players should be aware of these different profiles in order to increase knowledge about game cognitive and motor solicitation and, therefore, to design and evaluate practices and competitions for soccer peak performance teams in a collective way.
Article
Statistical analysis for the soccer matches of the First Bundesliga; i.e., the first national soccer league of Germany, during the period Aug. 5 to Nov. 27, 2011 is made in order to see which parameters are more important for the result of a match. It is found that the goal efficiency, defined by the number of goals divided by the number of shots, is by far the most important parameter. The parameters of the second to the fourth importance are the number of shots, the number of passes and the number of ball contacts respectively. The present analysis shows that the quality of shots, represented by the goal efficiency, is more important than the quantity of shots for winning a soccer game. Regarding the long time dispute over the issue whether "direct play" or "possession play" is more effective, the present result favours "direct play" because it has higher goal efficiency compared to "possession play" according to the literature. Nevertheless, the length of passing sequence may not be the major factor related to the goal efficiency. Effective use of team possessions to create favourable shooting conditions may be more important for raising the goal efficiency. Much further analysis remains to be carried out in this direction.
Article
The broader measures of offensive effectiveness, such as scoring opportunities and shots at goal, are commonly used as an alternative to goals scored due to the naturally low probability of scoring (about 1%) in soccer match-play. These measures may enable soccer practitioners to objectively see behind single match results, which are often influenced by chance. The purpose of this study was to examine the relationship between broader measures (scoring opportunities and score box possessions) and the ultimate measure (goals scored) of offensive effectiveness. We analysed data from videotapes of 163 of 182 (90%) matches played in the Norwegian men's professional league during the 2004 season. Multiple logistic regression analyses showed very similar results when comparing the effectiveness of different offensive tactics, regardless of which outcome was used. For example, counterattacks were more effective than elaborate attacks in producing goals (odds ratio OR=2.07, 95% confidence interval: 1.40 to 3.05), scoring opportunities (OR=2.30, 95% confidence interval: 1.28 to 4.15), and score box possessions (OR=2.12, 95% confidence interval: 1.39 to 3.25). The receiver-operating characteristic function statistical procedure was used to examine the association between each of the three measures of offensive effectiveness: scoring opportunities, score box possessions, and goals scored. No significant difference was observed between the area under the curve (AUC) for the broader measures (scoring opportunities and score box possessions) and the ultimate measure (goals scored) of offensive effectiveness. The 95% confidence interval of the AUC for both scoring opportunities (0.74–0.84) and score box possessions (0.68–0.76) includes the AUC for goals scored (0.74). Thus, the results are very similar regardless of which outcome measure for offensive effectiveness is used. This indicates that scoring opportunities and score box possessions (shooting opportunities) can be used as a proxy for goals scored when comparing the effectiveness of different playing tactics in soccer. Compared with goals scored, using scoring opportunities or score box possessions requires smaller match samples for meaningful analyses, and may therefore be more feasible alternatives.
Article
Abstract The aim of this study was to analyse the influence of playing tactics, opponent interaction and situational variables on achieving score-box possessions in professional soccer. The sample was constituted by 908 possessions obtained by a team from the Spanish soccer league in 12 matches played during the 2009-2010 season. Multidimensional qualitative data obtained from 12 ordered categorical variables were used. Sampled matches were registered by the AMISCO PRO(®) system. Data were analysed using chi-square analysis and multiple logistic regression analysis. Of 908 possessions, 303 (33.4%) produced score-box possessions, 477 (52.5%) achieved progression and 128 (14.1%) failed to reach any sort of progression. Multiple logistic regression showed that, for the main variable "team possession type", direct attacks and counterattacks were three times more effective than elaborate attacks for producing a score-box possession (P < 0.05). Team possession originating from the middle zones and playing against less than six defending players (P < 0.001) registered a higher success than those started in the defensive zone with a balanced defence. When the team was drawing or winning, the probability of reaching the score-box decreased by 43 and 53 percent, respectively, compared with the losing situation (P < 0.05). Accounting for opponent interactions and situational variables is critical to evaluate the effectiveness of offensive playing tactics on producing score-box possessions.