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Efeito de ultradiluições homeopáticas em plantas: revisão da literatura [Effects of homeopathic high dilutions on plants: literature review] (Dossiê Especial: “Evidências Científicas em Homeopatia” – Revista de Homeopatia da APH - Edição Impressa)

Authors:

Abstract

Resumo Introdução: Dentre as premissas não convencionais do modelo homeopático, o emprego de doses ultradiluídas de medicamentos desperta questionamentos e ceticismo na classe científica, acostumada ao paradigma dose-dependente da farmacologia clássica. Para evidenciar o efeito das ultradiluições homeopáticas em seres vivos, pesquisas são realizadas em diversos modelos experimentais (in vitro, em plantas e em animais). Objetivo: Descrever os estudos de melhor qualidade metodológica que confirmaram o efeito positivo das ultradiluições homeopáticas em plantas. Métodos: Utilizando como fontes de referência as revisões sobre o tema publicadas até 2015, atualizamos os dados adicionando estudos recentes citados na base de dados PubMed. Resultados: Dentre 167 estudos experimentais analisados nas principais revisões, 48 atingiram os critérios mínimos de qualidade metodológica e 29 identificaram os efeitos específicos das ultradiluições homeopáticas em plantas, empregando controles adequados. Conclusões: Apesar da qualidade metodológica insatisfatória da maioria dos experimentos, estudos com controle negativo sistemático e reprodutibilidade reportaram efeitos significativos e incontestáveis das ultradiluições homeopáticas em plantas. Abstract Introduction: Among the non-conventional grounds of homeopathy, the use of medicines in high dilutions is a cause for objections and skepticism among the scientific community, trained within the dose-dependency paradigm of classic pharmacology. Research aiming at evidencing the effects of homeopathic high dilutions has resource to several experimental models (in vitro, in plants and in animals). Aim: To describe the results of studies with high methodological quality that demonstrated positive effects of homeopathic high dilutions on plants. Methods: Taking reviews published until 2015 as reference source, we updated the information through the addition of data in recent studies included in database PubMed. Results: From 167 experimental studies analyzed in the main reviews, 48 met the minimum criteria of methodological quality, from which 29 detected specific effects of homeopathic high dilutions on plants through comparison with adequate controls. Conclusions: Despite the substandard methodological quality of most experiments, studies with systematic use of negative controls and reproducibility demonstrated significant undeniable effects of homeopathic high dilutions on plants. //
Revista de Homeopatia APH
66
INTRODUÇÃO
Em vista do modelo homeopático de tratamento das
doenças estar fundamentado em pressupostos não
convencionais (princípio da similitude terapêutica,
experimentação patogenética dos medicamentos em
indivíduos sadios e emprego de doses ultradiluídas
de medicamentos escolhidos segundo a totalidade de
sinais e sintomas característicos do binômio doente-
-doença), encontra resistência em ser aceito pela clas-
se médica e científica, desconhecedora de suas parti-
cularidades e das evidências que as respaldam [1,2].
Acostumados ao uso de doses massivas e crescentes
de medicamentos que agem de forma contrária e pa-
liativa às manifestações das doenças, médicos e pes-
quisadores desconsideram a aplicação de um trata-
mento que se utiliza de doses infinitesimais e míni-
mas de medicamentos que causam distúrbios seme-
lhantes aos que se desejam curar, apesar de conside-
rarem os avanços das pesquisas nos campos da imu-
noterapia e da nanoterapia, que se apoiam em funda-
mentos semelhantes aos da episteme homeopática.
Dentre as premissas homeopáticas, o uso de medica-
mentos dinamizados, potencializados ou ultradiluí-
dos, com concentrações inferiores a 1 molécula-gra-
ma da substância (níveis de diluição além do número
ou constante de Avogadro: 6,02 x 10-23), é o que des-
perta as maiores críticas dos céticos ao tratamento
homeopático, por estarem afeitos ao modelo dose-
-dependente da farmacologia moderna. Negando a
plausibilidade do efeito das ultradiluições homeopá-
ticas em seres vivos [3,4], atribuem as evidentes me-
lhoras que se seguem ao tratamento homeopático à
relação médico-paciente (efeito consulta) e ao efeito
placebo.
Com o intuito de evidenciar a eficácia dos medica-
mentos homeopáticos no tratamento das doenças e
a efetividade da ação das ultradiluições em sistemas
biológicos, ensaios clínicos e experimentais são
realizados em seres humanos, animais, plantas, cul-
turas de células, etc. Nessa revisão, iremos descre-
ver as evidências científicas do efeito de ultradilui-
ções homeopáticas em plantas realizadas nas últi-
mas décadas.
Comparativamente a outros modelos de estudo, pes-
quisas homeopáticas em plantas apresentam inúme-
ras vantagens, tais como: experimentos com grande
número amostral e conjuntos de dados; curto pe-
ríodo de execução e baixo custo; ausência de efeito
placebo (consulta) e dos problemas éticos existentes
nas pesquisas com animais e seres humanos, dentre
outras. Por outro lado, também existem desvanta-
gens: ausência da experimentação patogenética sis-
temática dos medicamentos em plantas, que possibi-
litaria a confecção de matéria médica homeopática
específica para plantas e permitiria a seleção do me-
dicamento individualizado para cada espécie vegetal
e tipo de doença, como vimos sugerindo e realizan-
do na última década [5-8]; parâmetros relevantes ou
EFEITO DE ULTRADILUIÇÕES
HOMEOPÁTICAS EM PLANTAS:
REVISÃO DA LITERATURA
EFFECTS OF HOMEOPATHIC
HIGH DILUTIONS ON PLANTS:
LITERATURE REVIEW
MARCUS ZULIAN TEIXEIRA(1);
SOLANGE M.T.P.G. CARNEIRO(2)
Palavras-chave
Homeopatia; Ultradiluições; Agricultura; Plantas; Modelos
fitopatológicos; Revisão
Keywords
Homeopathy; High dilutions; Agriculture; Plants;
Phytopathological models; Review
(1) Engenheiro agrônomo (ESALQ-USP). Médico homeopata,
PhD, coordenador e pesquisador da disciplina optativa
Fundamentos da Homeopatia (MCM0773) da Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Integrante
da Câmara Técnica de Homeopatia do Conselho Regional de
Medicina do Estado de São Paulo (CREMESP).
(2) Engenheira agrônoma (ESALQ-USP), PhD, pesquisadora
da Área de Proteção de Plantas do Instituto Agronômico do
Paraná (IAPAR).
Correspondência
e-mail: solange_carneiro@iapar.br
Volume 80 nº 1/2 suplemento 2017
67
artefatos que não podem ser controlados e interfe-
rem no desenvolvimento e na saúde das plantas, di-
ficultando a reprodutibilidade dos experimentos,
dentre outras.
Estudos para avaliar o efeito de ultradiluições homeo-
páticas em plantas são descritos desde 1926 [9], com
a primeira revisão geral da literatura publicada em
1984 [10]. Na última década, diversas revisões descre-
veram os efeitos das preparações homeopáticas em
plantas [11-16], analisando os fatores que se relacio-
nam à melhoria da qualidade metodológica dos ex-
perimentos e das respectivas publicações (descrição
detalhada do experimento, randomização, cegamen-
to, grupo controle, análise estatística dos resultados,
controle negativo sistemático e reprodutibilidade,
dentre outros).
Vale ressaltar que o controle negativo sistemático
(grupo placebo, sem qualquer tipo de intervenção)
é o método ideal para controlar a estabilidade do
sistema, excluir resultados falso-positivos e avaliar o
efeito específico das ultradiluições [16]. Reprodutibi-
lidade também é um quesito que exclui os resulta-
dos falso-positivos, atestando a qualidade científica
do experimento [14-17]. Como resultado do esforço
na melhora da qualidade metodológica dos estudos,
a publicação de artigos sobre pesquisa básica em
homeopatia em revistas ‘revisadas por pares’ au-
mentou consideravelmente nas duas últimas déca-
das [18], sugerindo, indiretamente, melhoria dos
experimentos.
Nas 3 principais revisões que analisaram o uso de
preparações homeopáticas em plantas [11-13], os es-
tudos experimentais foram agrupados em 3 campos,
divididos segundo a investigação de diferentes ques-
tões: (a) modelos em plantas sadias [11], úteis para
investigar questões relacionadas às potências ou di-
namizações homeopáticas, assim como para a realiza-
ção das experimentações patogenéticas dos medica-
mentos; (b) modelos fitopatológicos [12], ideais para
investigar a aplicação da homeopatia no manejo de
doenças e pragas das plantas, prática permitida e uti-
lizada na agroecologia ou agricultura orgânica (agro-
homeopatia) [19]; e (c) modelos com plantas subme-
tidas a fatores de estresse abiótico (toxidez mineral,
salinidade, pH, etc.) [13], empregando ultradiluições
desses agentes estressores para restabelecer o estado
saudável das mesmas.
Como citado anteriormente, a inexistência de uma
matéria médica homeopática específica para plantas
que abarque grande número de sinais e sintomas em
diferentes espécies vegetais impede a aplicação do
princípio da similitude terapêutica entre sinais e sin-
tomas dos medicamentos e dos espécimes afetados,
dificultando o tratamento homeopático individualiza-
do das doenças e outros distúrbios que acometem as
plantas. Além da aplicação empírica de medicamen-
tos homeopáticos em diversos distúrbios das plantas,
experimentos evidenciam a eficácia do tratamento
bioterápico ou isoterápico (princípio da identidade
terapêutica) no manejo de doenças e desequilíbrios
minerais e químicos, administrando-se ultradiluições
homeopáticas dos agentes estressores bióticos (vírus,
fungos, bactérias, insetos, pragas, etc.) e abióticos
(substâncias tóxicas, NaCl, etc.) causadores dos refe-
ridos transtornos e desequilíbrios, com o objetivo de
neutralizá-los. [16,20]
Nessa revisão, como objetivo principal, iremos des-
crever os estudos que atestaram o efeito de ultradilui-
ções homeopáticas em plantas, agrupando-os em ta-
belas e em conformidade com a tríplice classificação
anteriormente citada. Num segundo momento, em-
pregando os pré-requisitos para análise da qualidade
metodológica, iremos descrever os experimentos e
linhas de pesquisa mais significativos, assim como al-
gumas linhas de pesquisa desenvolvidas no cenário
brasileiro.
MATERIAIS E MÉTODOS
Como fontes de informação dos estudos incluídos
nesta revisão foram utilizadas as revisões anterior-
mente citadas [11-16], selecionando os experimentos
de melhor qualidade metodológica (Manuscript Infor-
mation Score ou MIS 5) e publicados a partir de
1979. Como as referidas revisões analisaram as publi-
cações no período 1920-2015, acrescentamos estudos
publicados após este período (2015-2017) através de
pesquisa na base de dados PubMed utilizando as pa-
lavras-chave “homeopathy” AND “plant” e “homeo-
pathy” AND “agriculture”. Descrevemos também al-
gumas iniciativas brasileiras na área da pesquisa ho-
meopática em plantas.
RESULTADOS
Os principais estudos que satisfizeram os critérios de
inclusão (MIS 5) foram agrupados segundo os 3
principais campos de pesquisa (plantas sadias, mode-
los fitopatopatológicos e de estresse abiótico), tendo
seus dados sintetizados e esquematizados em tabelas
específicas (Tabelas 1, 2 e 3).
DISCUSSÃO
As revisões recentes que estudaram o efeito das ultra-
diluições homeopáticas em plantas [11-13] agrupa-
ram, até 2011, um total de 167 estudos experimentais
descritos em 157 publicações. Elaboradas por um
mesmo grupo de pesquisadores, aplicaram um proto-
colo específico (Manuscript Information Score ou
MIS) para avaliar a qualidade metodológica dos estu-
dos, atribuindo pontuações (0-2 pontos) à descrição
de 5 quesitos fundamentais: desenho do experimen-
to, materiais utilizados, instrumentos de medida, téc-
nicas de dinamização e tipos de controle.
Revista de Homeopatia APH
68
Tabela 1. Principais estudos sobre o efeito de ultradiluições (dinamizações)
homeopáticas em plantas sadias
Autor e ano Espécie Objetivo
Parâmetro
avaliado
Tratamento
(substância e
dinamização) Controle
Frequência e
forma de
aplicação do
tratamento Efeitos
Endler et al.,
2015 [21]
Trigo Avaliar efeito do
ácido giberélico
dinamizado no
crescimento das
plântulas no
outono versus
inverno-
primavera
Comprimento
da plântula
Ácido giberélico
dinamizado na
30d
Água; água
dinamizada
Aplicação dos
tratamentos na
placa de Petri
com as sementes
Em todos os
experimentos
conduzidos no
outono, ácido
giberélico 30d
reduziu** o
crescimento das
plântulas. Nos
experimentos
conduzidos no
inverno-
primavera os
resultados foram
inconsistentes
Majewsky et
al., 2014
[22]
Lentilha
d’água
(Lemna
gibba)
Investigar o
efeito do ácido
giberélico
dinamizado no
crescimento das
plântulas
Taxa de
crescimento
Ácido giberélico
nas dinamizações
14d a 30d
Água; água
dinamizada
As plântulas
foram mantidas
em copo Becker
com solução
nutritiva e um
dos tratamentos
Houve
aumento** na
taxa de
crescimento em
algumas
dinamizações,
mas a fase de
desenvolvimento
da plântula
parece afetar a
resposta ao
tratamento
Hribar-
Marko et al.,
2013
[23]
Trigo Verificar se pré-
tratamento das
sementes com
ácido giberélico
em dose
molecular
aumenta o efeito
do ácido
giberélico
dinamizado no
desenvolvimento
das plântulas
Comprimento
da plântula
Pré-tratamento
das sementes
com ácido gibe-
rélico em dose
molecular (10-5,
10-4, 10-3); trata-
mento com ácido
giberélico dina-
mizado na 30d
Água; água
dinamizada
Aplicação de 2
ml do pré-trata-
mento na placa
de Petri com as
sementes. Após
4 horas, aplica-
ção de 3 ml dos
tratamentos
No grupo pré-
tratado com
água, o ácido
giberélico 30d
reduziu** o
crescimento das
plântulas. Nos
grupos que
receberam o
ácido em dose
molecular,
quanto menor a
concentração
maior o efeito
do ácido
dinamizado na
redução do
crescimento das
plântulas
Kiefer et al.,
2012
[24]
Trigo Avaliar o efeito
do ácido
giberélico
dinamizado na
germinação de
sementes
Sementes
germinadas
Ácido giberélico
dinamizado na
30d
Água; água
dinamizada
Aplicação dos
tratamentos na
placa de Petri
com as sementes
O ácido giberéli-
co 30d reduziu**
a taxa de germi-
nação nos expe-
rimentos de
2009-2010; em
2011, não houve
diferença. Cau-
sas para esta
diferença podem
ser a menor
viabilidade das
sementes e a
estação do ano
Volume 80 nº 1/2 suplemento 2017
69
Autor e ano Espécie Objetivo
Parâmetro
avaliado
Tratamento
(substância e
dinamização) Controle
Frequência e
forma de
aplicação do
tratamento Efeitos
Endler et al.,
2011
[25]
Trigo Avaliar o efeito
do ácido
giberélico
dinamizado no
crescimento das
plântulas em
diferentes
estações do ano
Comprimento
da plântula
Ácido giberélico
dinamizado na
30d
Água; água
dinamizada
Aplicação dos
tratamentos na
placa de Petri
com as sementes
O ácido giberéli-
co 30d reduziu**
o crescimento
das plântulas. O
melhor efeito foi
obtido no outo-
no. Causas para
esta diferença
podem ser a
menor viabilida-
de das sementes,
a estação do ano
e temperatura
Pfleger et
al., 2011
[26]
Trigo Avaliar efeito do
ácido giberélico
dinamizado no
crescimento das
plântulas
Comprimento
da plântula
Ácido giberélico
dinamizado na
30d
Água; água
dinamizada
Aplicação dos
tratamentos na
placa de Petri
com as sementes
O ácido giberéli-
co 30d reduziu**
o crescimento
das plântulas
Santos et al.,
2011 [27]
Verbena
gratissima
Estudar o efeito
de Phosphorus
no crescimento e
na concentração
de óleo essencial
da planta
Parâmetros
de crescimen-
to da planta e
conteúdo de
óleo essencial
Phosphorus nas
dinamizações
5cH, 6cH, 9cH,
12cH, 15cH,
18cH, 21cH,
24cH, 27cH e
30cH
Água; solução
hidroalcolica
Os tratamentos
foram aplicados
3 vezes na
semana, 100 ml
por vaso,
durante 3 meses
Algumas dinami-
zações, em es-
pecial a 9cH,
aumentaram** a
altura das plan-
tas e a massa
seca de ramos e
folhas, além da
produção de
óleo essencial
Scherr et al.,
2009 [28] Lentilha
d’água
(Lemna
gibba)
Analisar a
influência de
altas diluições
em lentilha
d’água
Taxa de
crescimento
Ácido giberélico,
Argentum
nitricum,
cinetina e Lemna
minor
Água; água
dinamizada
As plantas foram
selecionadas de
acordo com o
número de fo-
lhas e tamanho
similares, e man-
tidas em copo
Becker com os
tratamentos
O ácido
giberélico nas
dinamizações
15d, 17d, 18d,
23d e 24d
reduziu** a taxa
de crescimento
da planta
Sukul et al.,
2009 [29]
Quiabo Verificar a
influência de
retardadores do
crescimento
vegetal (CCC,
cloreto de cloro-
etil-trimetil-
amônio; MH,
hidrazida
maleica) sobre o
desenvolvimento
da planta
Variáveis de
crescimento e
fisiológicas
CCC 30c, CCC
200c, CCC (com
nano-partículas
de cobre) 30c e
MH 30
Solução hidro-
alcoólica dina-
mizada
Pulverização
foliar do
tratamento
diluído 1:500 por
dois dias, duas
vezes ao dia
Todos os trata-
mentos aumen-
taram** o cresci-
mento da planta,
o conteúdo de
clorofila, a quan-
tidade de proteí-
na e de água nas
folhas. CCC 30c
com nano-partí-
culas de cobre
foi mais efetivo
do que CCC 30c
Baumgartner
et al., 2008
[30]
Ervilha-
anã
Avaliar os efeitos
do ácido
giberélico
dinamizado no
crescimento das
plântulas
Crescimento
da parte
aérea
Ácido giberélico
nas dinamizações
17d e 18d
Água; água
dinamizada
As sementes
foram imersas
nos tratamentos
por 24hrs
O ácido
giberélico 17d
estimulou** o
crescimento das
plântulas das
sementes
colhidas em
1997
Tabela 1. Principais estudos sobre o efeito de ultradiluições (dinamizações)
homeopáticas em plantas sadias (continuação)
Revista de Homeopatia APH
70
Autor e ano Espécie Objetivo
Parâmetro
avaliado
Tratamento
(substância e
dinamização) Controle
Frequência e
forma de
aplicação do
tratamento Efeitos
Sukul et al.,
2008 [31]
Feijão-
guandu
Verificar o efeito
de substâncias
no crescimento
da planta
Variáveis de
crescimento e
fisiológicas
CCC 30c, CCC
200c, CCC (com
nano-partículas
de cobre) 30c e
MH 30
Solução hidro-
alcoólica dina-
mizada
Pulverização
foliar do
tratamento
diluído 1:500 por
oito dias
Todos os
tratamentos
aumentaram** o
crescimento das
plantas, teor de
clorofila, açúcar
e proteína
Scherr et al.,
2007 [32] Lentilha
d’água
(Lemna
gibba)
Estudar os
efeitos de
substâncias
dinamizadas na
taxa de
crescimento da
lentilha d’água
Taxa de
crescimento Dinamizações
14d-30d de
Argentum
nitricum, sulfato
de cobre, ácido
giberélico, ácido
3-indol-acético,
cinetina, lactose,
Lemma gibba,
metil jasmonato,
metoxuron,
Phosphorus,
nitrato de
potássio e
Sulphur
Água; água
dinamizada
Plantas
uniformes (em
relação ao
número de
folhas e
tamanho) foram
colocadas em
um copo Becker
com solução
nutritiva e depois
adicionados 46,2
ml dos
tratamentos
Argentum
nitricum nas
dinamizações
24d, 28d e 29d;
cinetina nas 14d,
16d, 20d, 23d,
26d, 27d e 30d;
e Phosphorus na
21d, 25d e 29d
afetaram** a taxa
de crescimento
da planta
durante todo o
período de
avaliação
Baumgartner
et al., 2004
[33]
Ervilha-
anã
Avaliar o efeito
de hormônios
vegetais
dinamizados no
crescimento das
plântulas
Comprimento
das plântulas
Ácido giberélico,
cinetina, auxina,
ácido absísico
nas dinamizações
12d a 30d
Água, água
dinamizada
As sementes
foram imersas
por 24 horas no
tratamento e
colocadas para
germinar
Ácido giberélico
13d, 15d,17d e
23d; e cinetina
19d
aumentaram** o
tamanho das
plântulas
Chapman
2004 [34]
Alface Avaliar o efeito
de medicamentos
homeopáticos no
crescimento de
plantas
Tamanho e
peso das
plantas
Sulphur e Silicea
dinamizados
Água
dinamizada
As plantas
receberam os
tratamentos no
solo
Silicea e Sulphur
1LM afetaram** o
desenvolvimento
das plantas
Andrade et
al., 2001 [35] Chambá Avaliar o efeito
de substâncias
dinamizadas no
crescimento, na
produção de
cumarina e no
campo
eletromagnético
de chambá
(Justicia
pectoralis)
Variáveis de
crescimento,
rendimento
de cumarina
e campo
eletromagné-
tico
Dinamizações
(3cH) de Justicia,
Acanthaceae,
cumarina, guaco,
Phosphorus,
Sulphur, Arnica
montana e ácido
húmico
Controles:
etanol 70% e
etanol 70% na
3cH
Pulverizações (9)
semanais de 2,65
ml por planta de
uma solução
com 10 gotas/l
de água
Os tratamentos
Justicia, ácido
húmico, Arnica
montana,
Phosphorus e
Sulphur na 3cH
aumentaram** o
rendimento de
cumarina
Brizzi et al.,
2000 [36]
Trigo Avaliar o efeito
de Arsenicum
album sobre a
germinação de
sementes
Número de
sementes não
germinadas
Arsenicum
album (As2O3)
23d a 45d
Água; água
dinamizada
Aplicação dos
tratamentos na
placa de Petri
com as sementes
As dinamizações
30d, 35d, 40d,
42d e 45d de
As2O3
estimularam** a
germinação das
sementes
Tabela 1. Principais estudos sobre o efeito de ultradiluições (dinamizações)
homeopáticas em plantas sadias (continuação)
Volume 80 nº 1/2 suplemento 2017
71
Autor e ano Espécie Objetivo
Parâmetro
avaliado
Tratamento
(substância e
dinamização) Controle
Frequência e
forma de
aplicação do
tratamento Efeitos
Betti et al.,
1994 [37]
Trigo Avaliar o efeito
de Arsenicum
album sobre a
germinação
Taxa de
germinação
Arsenicum
album (As2O3)
23d, 25d, 30d,
35d, 40d e 45d
Água; água
30d
Aplicação dos
tratamentos na
placa de Petri
com as sementes
As2O3 40d e
45d
aumentaram** a
germinação das
sementes
Pongratz &
Endler, 1994
[38]
Trigo Estudar o efeito
de nitrato de
prata dinamizado
sobre a germina-
ção e desenvol-
vimento das
plântulas
Tamanho da
plântula e
taxa de
germinação
Nitrato de prata
24d
Água; água
dinamizada
As sementes
foram imersas
nos tratamentos
Nitrato de prata
24d estimulou o
desenvolvimento
das plântulas
Endler &
Pongratz,
1991 [39]
Violeta
africana
Avaliar o efeito
do ácido
indolbutírico no
desenvolvimento
de plantas
Enraizamento
e desenvolvi-
mento de
novas folhas
Ácido
indolbutírico 33d
Água
dinamizada
Imersão da
planta
A dinamização
33d aumentou o
enraizamento
Pongratz,
1990 [40]
Trigo Avaliar o efeito
de nitrato de
prata sobre a
germinação e
desenvolvimento
das plântulas
Comprimento
da plântula,
taxa de ger-
minação
Nitrato de prata
24d
Água
dinamizada
Imersão das
sementes
O tratamento
24d aumentou**
o desenvolvi-
mento das plân-
tulas
Noiret &
Claude,
1979 [41]
Trigo Avaliar o efeito
de sulfato de
cobre dinamiza-
do sobre a ger-
minação e de-
senvolvimento
das plântulas
Peso seco e
fresco
CuSO4
dinamizado na
5c, 7c e 9c
Água; água
dinamizada
Imersão das
sementes
Houve redução**
nas variáveis
analisadas
** diferença estatisticamente significativa
Tabela 2. Principais estudos sobre o efeito de ultradiluições (dinamizações)
homeopáticas em modelos fitopatológicos
Autor e ano Espécie Objetivo
Parâmetro
avaliado
Tratamento
(substância e
dinamização) Controle
Frequência e
forma de
aplicação do
tratamento Efeitos
Shah-Rossi
et al., 2009
[42]
Arabidopsis
thaliana
Verificar o efeito
de diferentes
substâncias dina-
mizadas em
plantas infecta-
das pela bactéria
Pseudomonas
syringae
Taxa de
infecção nas
folhas
30 substâncias
dinamizadas na
30d
Água; água
dinamizada Mergulhando as
plantas nos
tratamentos,
depositando 1,5
ml no centro da
roseta da planta
e irrigando a
planta com os
tratamentos
Redução da
infecção** pelo
complexo
homeopático
Biplantol
Tabela 1. Principais estudos sobre o efeito de ultradiluições (dinamizações)
homeopáticas em plantas sadias (continuação)
Revista de Homeopatia APH
72
Autor e ano Espécie Objetivo
Parâmetro
avaliado
Tratamento
(substância e
dinamização) Controle
Frequência e
forma de
aplicação do
tratamento Efeitos
Datta, 2006
[43]
Amoreira Verificar o efeito
de Cina maritma
sobre
Meloidogyne
incognita em
amoreiras
Variáveis de
crescimento
da planta e
de infecção
Cina 200c e
Cina T.M. em
tratamento antes
e após a
inoculação
Solução
hidroalcoólica
90%
As plantas foram
pulverizadas 4
vezes, com
intervalo de 3
dias, com 10 ml
do tratamento
por planta; Cina
T.M. foi diluída
1:40 e Cina 200c
a 1:20 para
pulverização
Os tratamentos
aumentaram,
significativamen-
te**, o compri-
mento, o peso
fresco de ramos
e raízes, o nº de
folhas por planta
e a área foliar; e
reduziu** o nº
de galhas por
planta; a aplica-
ção antes da
inoculação foi
mais eficaz
Sukul et al.,
2006 [44]
Quiabo Verificar a
influência de
medicamentos
homeopáticos
em plantas de
quiabo
infectadas com o
nematoide
Meloidogyne
incognita
Número de
galhas e
população do
nematoide
nas raízes
Cina 30c,
Santonin 30c
Água; solução
hidroalcoólica
30c
Pulverização
durante 10 dias,
iniciando 7 dias
após a
inoculação. Cada
planta recebeu
de 5 a 10 ml do
tratamento
diluído em água
na proporção
1:1000
O medicamento
Cina 30c e o
Santonin 30c
reduziu** o nº
de galhas e a
população do
nematoide nas
raízes; e
aumentou** a
população no
solo
Betti et al.,
2003 [45]
Tabaco
(Fumo)
Estimar os efeitos
do trióxido de
arsênico em
plantas de fumo
inoculadas com
o vírus do
mosaico do fumo
Lesões de
hipersensibi-
lidade
Dinamizações de
As2O3 (5d, 45d,
5cH e 45cH)
Água; água
dinamizada Foram retirados
10 discos da 3ª
ou 4ª folha
inoculadas de
cada planta e
colocados em
uma placa de
Petri com 15 ml
de tratamento
As dinamizações
decimais de
As2O3, especial-
mente a 45d,
diminuiu** o nº
de lesões de
hipersensibili-
dade
Sukul et al.,
2001 [46]
Tomate Estudar os
efeitos de Cina
maritma
dinamizada em
Meloidogyne
incognita
Número de
galhas e
população do
nematoide
nas raízes
Cina 200c e
1000c
Glóbulos com
solução
hidroalcoólica
90%
Pulverização
foliar com 10 ml/
planta do
tratamento
diluído a 7,2 mg
de glóbulos/ml
de água
destilada. As
plantas foram
pulverizadas por
10 dias, 1 vez ao
dia
Cina 200c
reduziu** o nº
de galhas/
planta; as 2
dinamizações de
Cina reduziram**
a população do
nematoide nas
raízes
Sukul &
Sukul 1999
[47]
Caupi Avaliar o efeito
de Cina maritma
1000c sobre
Meloidogyne
incognita
Número de
galhas;
população do
nematoide
Cina 1000c Glóbulos com
solução
hidroalcoólica
90%
Pulverização
foliar
O tratamento
reduziu o
número de
galhas e a
população do
nematoide na
raiz e no solo
** diferença estatisticamente significativa
Tabela 2. Principais estudos sobre o efeito de ultradiluições (dinamizações)
homeopáticas em modelos fitopatológicos (continuação)
Volume 80 nº 1/2 suplemento 2017
73
Tabela 3. Principais estudos sobre o efeito de ultradiluições (dinamizações)
homeopáticas em plantas submetidas a estresse abiótico
Autor e ano Espécie Objetivo
Parâmetro
avaliado
Tratamento
(substância e
dinamização) Controle
Frequência e
forma de
aplicação do
tratamento Efeitos
Brizzi et al.,
2011 [48]
Trigo Avaliar o efeito
de Arsenicum
album 45d na
germinação de
sementes
estressadas
previamente com
As2O3
Taxa de
germinação
Arsenicum
album 45d
Água
destilada;
água destilada
45d
As sementes
foram estressadas
com As2O3 por
30 minutos e
enxaguadas (60
minutos) em
água antes dos
tratamentos, que
foram aquecidos
por 30 minutos a
20, 40, 70 e
100C (por 5
minutos)
Arsenicum
album 45d
estimulou** a
germinação das
sementes; a
eficácia de As2O3
45d não foi
alterada pelo
aquecimento até
40C, mas a
100C ocorreu
redução na
eficácia
Jager et al.,
2011 [49]
Lemna
gibba
Avaliar o efeito
de 11 substâncias
dinamizadas
sobre o
crescimento da
planta após
estresse com
As2O3
Número e
área foliar;
coloração da
folha
Arsenicum
album, nosódio
(preparado por
maceração de
plantas
cultivadas por
48hs em meio
com As2O3),
ácido giberélico,
solução de
arsênico e outras
substâncias em
diferentes
dinamizações
Água; água
sucussionada
As plantas
permaneceram
por 48hs em
meio com As2O3
para intoxicação.
Depois foram
transferidas para
outro recipiente
com os
tratamentos
Arsenicum
album e o
nosódio
dinamizado
aumentou** a
taxa de
crescimento das
plantas
Jager et al.,
2010 [50]
Lemna
gibba
Avaliar o efeito
de 3 substâncias
dinamizadas
sobre o
crescimento da
planta após o
estresse com
As2O3
Área foliar Arsenicum
album, nosódio
e ácido
giberélico em
diferentes
dinamizações
Água; água
dinamizada
As plantas
permaneceram
por 48hs em
meio com As2O3
para intoxicação.
Depois foram
transferidas para
outro recipiente
com os
tratamentos
Arsenicum
album e o
nosódio
dinamizados
aumentaram** a
taxa de
crescimento das
plantas
Lahnste in et
al., 2009 [51]
Trigo Avaliar o efeito
de Arsenicum
album
dinamizado
sobre a
germinação de
sementes
estressadas com
As2O3 e
crescimento da
plântula
Crescimento
da parte
aérea
Arsenicum
album 45d
Água
destilada;
água destilada
45d
As sementes
foram estressadas
com As2O3 por
30 minutos e, a
seguir, foram
enxaguadas por
60 minutos em
água; depois
receberam 3,3 ml
do tratamento
Arsenicum
album 45d
reduziu** o
crescimento de
plântulas de
trigo
Binder et
al., 2005 [52]
Trigo Efeito de
Arsenicum
album em
sementes
estressadas com
As2O3
Crescimento
da plântula
Arsenicum
album 45d
Água
destilada;
água 45d
As sementes
foram estressadas
com 0,1% de
As2O3 por 30
minutos e
enxaguadas em
água por 60
minutos; os
tratamentos
foram colocados
na placa de Petri
com as sementes
Arsenicum
album 45d
reduziu** o
crescimento da
plântula quando
comparado com
água e água 45d
Revista de Homeopatia APH
74
Autor e ano Espécie Objetivo
Parâmetro
avaliado
Tratamento
(substância e
dinamização) Controle
Frequência e
forma de
aplicação do
tratamento Efeitos
Brizzi et al.,
2005 [53]
Trigo Avaliar o efeito
de As2O3
dinamizado
sobre o
crescimento de
plântulas
estressadas com
doses subletais
de As2O3
Comprimento
das plântulas
As2O3
dinamizado em
5d, 15d, 25d, 35d
e 45d
Água
destilada;
água destilada
dinamizada;
As2O33 diluído
e sem
sucussão
As sementes
foram estressadas
com 0,1% de
As2O3 por 30
minutos e
enxaguadas por
60 minutos em
água; após,
receberam 3,2 ml
de cada
tratamento
As2O3 45d
aumentou ** o
comprimento
das plântulas
Brizzi et al.,
2000 [54]
Trigo Verificar o efeito
de Arsenicum
album
dinamizado
sobre a
germinação de
sementes de
trigo estressadas
com As2O3
Taxa de
germinação
As2O3
dinamizado na
30d, 40d, 42d,
45d
Água
destilada;
água destilada
dinamizada;
As2O3 diluído
e sem
sucussão
As sementes
foram estressadas
com 0,1% de
As2O3 por 30
minutos e
enxaguadas por
60 minutos em
água; os
tratamentos
foram colocados
na placa de Petri
com as sementes
As dinamizações
40d, 42d e 45d
estimularam** a
germinação das
sementes
previamente ou
não estressadas
com As2O3; o
As2O3 apenas
diluído não teve
qualquer efeito
sobre a
germinação
Betti et al.,
1997 [55]
Trigo Avaliar o efeito
de Arsenicum
album 45d sobre
sementes de
trigo intoxicadas
com As2O3
Crescimento
da parte
aérea e da
raiz
Arsenicum
album 45d
Água destilada Aplicação única
de 3,2 ml de
água ou
Arsenicum
album em cada
recipiente
O Arsenicum
album
dinamizado
aumentou** em
24% o
comprimento da
parte aérea
** diferença estatisticamente significativa
Tabela 3. Principais estudos sobre o efeito de ultradiluições (dinamizações)
homeopáticas em plantas submetidas a estresse abiótico (continuação)
Na análise global dessas revisões [16], dentre os 167
estudos experimentais analisados, 84 (50%) incluíram
análise estatística e 48 (29%) alcançaram uma pontu-
ação mínima (MIS 5) que permitisse uma interpre-
tação adequada dos resultados. 29 estudos (17%) uti-
lizaram controles adequados para identificar os efei-
tos específicos das ultradiluições homeopáticas, re-
portando efeitos significativos das preparações em
níveis de diluição além da constante de Avogadro.
Dez estudos (6%) empregaram controle negativo sis-
temático (grupo placebo).
Dentre os 48 estudos experimentais com MIS 5, a
principal planta usada foi o trigo (23 estudos), segui-
do por ervilha-anã e lentilha d’água (3 estudos cada).
Os preparados homeopáticos mais usados foram: ni-
trato de prata (9 estudos), arsênico (8 estudos), ácido
giberélico (6 estudos) e Cina maritma (4 estudos). O
estressor abiótico mais aplicado foi o arsênico (6 es-
tudos). Diferentes dinamizações ou potências foram
utilizadas, sem identificar qualquer relação linear en-
tre o nível da potência e o tamanho do efeito. Em
uma série de potências usada num mesmo modelo de
experimento, algumas se mostraram ativas e outras
inativas. Em plantas sadias, algumas potências esti-
mularam a germinação e outras inibiram, evidencian-
do o efeito bifásico das diversas concentrações [16,36].
Na análise das revisões específicas [16], dentre os 86
estudos com plantas sadias [11], 43 (50%) incluíram
análise estatística, 29 (34%) apresentaram MIS 5, 15
(17%) utilizaram controle adequado e 5 (6%) empre-
garam controle negativo sistemático [28,30,32,33].
Dentre os 44 estudos com modelos fitopatológicos
[12], 19 (43%) incluíram análise estatística, 6 (7%)
apresentaram MIS 5, 6 (7%) utilizaram controle
Volume 80 nº 1/2 suplemento 2017
75
adequado e 1 (2%) empregou controle negativo siste-
mático [42]. Dentre os 37 estudos com plantas
submetidas a estresse abiótico [13], 22 (68%) incluí-
ram análise estatística, 13 (35%) apresentaram MIS
5, 8 (22%) utilizaram controle adequado e 4 (11%)
empregaram controle negativo sistemático [48,50-52].
Avaliando a reprodutibilidade dos experimentos ho-
meopáticos em plantas, que reiteram a validade de
resultados isolados, revisões recentes [14,15] agrupa-
ram estudos semelhantes de uma mesma linha de
pesquisa, evidenciando a repetição de efeitos positi-
vos comparáveis. Nos modelos com plantas sadias,
destacaram os experimentos das linhas de pesquisa
‘mudas de trigo & nitrato de prata’ [9,38,40,56,57],
‘ervilha-anã & ácido giberélico’ [30,33], ‘mudas de tri-
go/ crescimento do talo & ácido giberélico’ [21-
23,25,26] e ‘mudas de trigo/ germinação & ácido gi-
berélico’ [24,58]. Nos modelos com plantas submeti-
das a estresse abiótico e posterior tratamento, desta-
caram os experimentos da linha de pesquisa ‘envene-
namento de mudas de trigo com arsênico & Arseni-
cum album’ [48,53-55,59].
Desde 1984, na primeira revisão de estudos com ul-
tradiluições em plantas, Scofield [10] alertava para as
falhas metodológicas nos desenhos e na condução
dos experimentos analisados: tamanho inadequado
da amostra; ausência de análise estatística; ausência
de descrição detalhada do método (técnica de sele-
ção e de preparação dos medicamentos, doses utili-
zadas, formas de aplicação, etc.) e dos tipos de con-
trole; ausência de método duplo-cego, controle ade-
quado e reprodutibilidade dos experimentos; tipos e
medidas de desfechos inadequados, dentre outras.
Além dessas deficiências na elaboração dos experi-
mentos, facilmente corrigidas com a observância das
premissas do método científico, outros aspectos in-
trínsecos ao modelo homeopático dificultam a siste-
matização e o aprimoramento dos experimentos, tais
como a complexidade que envolve a seleção do me-
dicamento homeopático individualizado e a aplica-
ção das ultradiluições. No entanto, como pudemos
observar na descrição dos estudos publicados nas úl-
timas décadas, tem ocorrido um salto qualitativo nas
pesquisas com ultradiluições homeopáticas em plan-
tas, com diversas sugestões para o aprimoramento do
desenho, da condução e da descrição desse tipo de
experimentos. (17,60-64)
Embora o controle negativo sistemático e a reprodu-
tibilidade dos experimentos devam ser implantados
de forma rotineira nos futuros estudos com ultradi-
luições homeopáticas em plantas, com o objetivo de
controlar a estabilidade do sistema, excluir resulta-
dos falso-positivos e confirmar a validade dos resul-
tados, alguns aspectos podem impedir a reprodutibi-
lidade interna ou externa, tais como: parâmetros re-
levantes que não podem ser controlados, medidas de
desfecho inadequadas e irreprodutibilidade inerente
ao sistema, dentre outros. Por outro lado, muitos re-
sultados falso-positivos podem estar relacionados a
artefatos, fruto de contaminação, desvios sistemáti-
cos ou ruído randômico do desenho experimental,
que são erroneamente interpretados como efeitos do
tratamento. [14,15]
Segundo Baumgartner [17,60,65], a questão da repro-
dutibilidade em experimentos com homeopatia é
uma situação complexa, em vista dos diversos fatores
envolvidos, tornando-se necessária uma abordagem
interativa.
Como citado inicialmente, vale reiterar a importância
da união dos pesquisadores em torno do projeto de
elaboração de uma matéria médica homeopática es-
pecífica para plantas, iniciado no Brasil em 2003 [5-
8,20,66,67], pressuposto indispensável à seleção do
medicamento individualizado para o tratamento dos
diversos transtornos e doenças. Reiterada por outros
pesquisadores recentemente [13,16,22], possibilitaria
a aplicação da similitude terapêutica clássica entre os
sinais e sintomas despertados pelo medicamento ho-
meopático na experimentação patogenética em plan-
tas e os sinais e sintomas observados na espécie ve-
getal a ser tratada. Excetuando a especificidade na
seleção do tratamento isoterápico, que utiliza ultradi-
luições de agentes patogênicos para prevenir e/ou
tratar os efeitos deletérios desses mesmos agentes em
plantas (analogamente à imunização e à imunotera-
pia em humanos, respectivamente), a grande maioria
dos medicamentos utilizados no tratamento homeo-
pático dos distúrbios de plantas é escolhida de forma
empírica e inespecífica (sem descrever o método de
seleção empregado), aplicando-se analogias interpre-
tativas entre os sinais e sintomas descritos nas maté-
rias médicas homeopáticas tradicionais (fruto da ex-
perimentação patogenética das substâncias medici-
nais em seres humanos) e os sinais e sintomas obser-
vados nas plantas.
Como proposta complementar, reproduzindo o que
vimos realizando com os fármacos modernos na últi-
ma década, sugerindo seu emprego homeopático em
conformidade com a aplicação da similitude entre
seus eventos adversos e os sinais e sintomas dos in-
divíduos doentes (Novos medicamentos homeopáti-
cos: uso dos fármacos modernos segundo o princípio
da similitude; http://www.newhomeopathicmedici-
nes.com) [68-73], poderíamos iniciar a elaboração
dessa matéria médica homeopática para plantas com
o levantamento, a sistematização e a formatação dos
sinais e sintomas despertados nas espécies vegetais
pela toxidez de diversas substâncias utilizadas con-
vencionalmente nas práticas agrícolas (minerais,
agrotóxicos, fertilizantes, etc.), incrementando esse
compêndio inicial com experimentações patogenéti-
cas homeopáticas clássicas.
Exemplificando a validade do método anteriormen-
te proposto, ressaltamos o experimento de Betti et
al. [45], que utilizou o trióxido de arsênico (As2O3)
para reduzir a severidade do mosaico do fumo (ta-
baco), provocado pelo vírus TMV. O medicamento
foi selecionado segundo o princípio da similitude
Revista de Homeopatia APH
76
terapêutica clássica, baseada em sinais e sintomas
semelhantes, em vista dos pesquisadores terem ob-
servado que a aplicação de concentrações fitotóxi-
cas do As2O3 em folhas de fumo causava lesões
semelhantes às observadas na reação de hipersen-
sibilidade induzida pelo TMV. Nos resultados, os
autores constataram que o tratamento homeopático
das plantas com ultradiluições do As2O3 aumentou
significativamente a resistência do fumo ao TMV,
avaliada pela contagem do número de lesões de
hipersensibilidade.
O mesmo grupo de pesquisa também conseguiu a
redução dos sintomas causados pelo fungo Alterna-
ria brassicicola em couve-flor utilizando As2O3 na di-
namização 35d, substância escolhida com base em
experimentação patogenética do As2O3 a 1mM em
couve-flor, que produziu sintomas semelhantes aos
causados pelo fungo. [74]
Trabalhos semelhantes conduzidos no Brasil detecta-
ram a similaridade entre os sinais e sintomas patoge-
néticos do óleo de eucalipto no feijoeiro com os si-
nais e sintomas provocados pelo fungo Pseudocer-
cospora griseola, causador da mancha angular nesta
cultura [66,75]. Os estudos visando redução da infec-
ção por P. griseola em feijão ainda são incipientes,
mas apontam para o possível controle da mancha
angular com o óleo de eucalipto dinamizado [76],
com a ativação de mecanismos bioquímicos de defe-
sa das plantas [77].
CONCLUSÕES
Cumprindo o objetivo dessa revisão, o efeito das ul-
tradiluições homeopáticas em plantas foi demonstra-
do em distintos modelos experimentais e de satisfató-
ria qualidade metodológica, os quais empregaram
controle negativo sistemático e apresentaram repro-
dutibilidade, dirimindo a probabilidade de resultados
falso-positivos e confirmando a validade dos efeitos
observados.
Além da confirmação do efeito dos medicamentos di-
namizados em sistemas biológicos diversos, os resul-
tados positivos dos experimentos homeopáticos em
plantas endossam a plausibilidade do tratamento ho-
meopático em doenças humanas, em vista da ausên-
cia da relação médico-paciente (efeito consulta) e do
efeito placebo na interação pesquisador-planta, utili-
zados pelos céticos como justificativas das melhoras
observadas no transcurso da clínica homeopática.
Apesar das falhas metodológicas observadas em estu-
dos no passado, o progresso da pesquisa homeopá-
tica em plantas das últimas décadas, em vista das van-
tagens desse modelo experimental e do interesse
crescente de sua aplicação na agroecologia, indica
um campo promissor de pesquisas para desvendar as
particularidades que envolvem o mecanismo de ação
das ultradiluições homeopáticas e para ampliar sua
aplicação terapêutica.
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RESUMO
Introdução: Dentre as premissas não convencionais do modelo ho-
meopático, o emprego de doses ultradiluídas de medicamentos des-
perta questionamentos e ceticismo na classe científica, acostumada ao
paradigma dose-dependente da farmacologia clássica. Para evidenciar
o efeito das ultradiluições homeopáticas em seres vivos, pesquisas são
realizadas em diversos modelos experimentais (in vitro, em plantas e
em animais). Objetivo: Descrever os estudos de melhor qualidade me-
todológica que confirmaram o efeito positivo das ultradiluições ho-
meopáticas em plantas. Métodos: Utilizando como fontes de referência
as revisões sobre o tema publicadas até 2015, atualizamos os dados
adicionando estudos recentes citados na base de dados PubMed. Re-
sultados: Dentre 167 estudos experimentais analisados nas principais
revisões, 48 atingiram os critérios mínimos de qualidade metodológica
e 29 identificaram os efeitos específicos das ultradiluições homeopáti-
cas em plantas, empregando controles adequados. Conclusões: Apesar
da qualidade metodológica insatisfatória da maioria dos experimentos,
estudos com controle negativo sistemático e reprodutibilidade repor-
taram efeitos significativos e incontestáveis das ultradiluições homeo-
páticas em plantas.
ABSTRACT
Introduction: Among the non-conventional grounds of homeopathy,
the use of medicines in high dilutions is a cause for objections and
skepticism among the scientific community, trained within the dose-
-dependency paradigm of classic pharmacology. Research aiming at
evidencing the effects of homeopathic high dilutions has resource to
several experimental models (in vitro, in plants and in animals). Aim:
To describe the results of studies with high methodological quality that
demonstrated positive effects of homeopathic high dilutions on plants.
Methods: Taking reviews published until 2015 as reference source, we
updated the information through the addition of data in recent studies
included in database PubMed. Results: From 167 experimental studies
analyzed in the main reviews, 48 m et the minimum criteria of metho-
dological quality, from which 29 detected specific effects of homeopa-
thic high dilutions on plants through comparison with adequate con-
trols. Conclusions: Despite the substandard methodological quality of
most experiments, studies with systematic use of negative controls and
reproducibility demonstrated significant undeniable effects of homeo-
pathic high dilutions on plants.
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Article
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The homeopathic treatment is based on the principle of therapeutic similitude, employing medicines that cause certain disorders to treat similar manifestations, stimulating a reaction of the organism against its own ailments. The occurrence of this secondary reaction of the organism, opposite in nature to the primary action of the medicines, is evidenced in the study of the rebound (paradoxical) effect of several classes of modern drugs. In this work, in addition to substantiate the principle of similitude before the experimental and clinical pharmacology, we suggest a proposal to employ hundreds of conventional drugs according to homeopathic method, applying the therapeutic similitude between the adverse events of medicines and the clinical manifestations of patients. Describing existing lines of research and a specific method for the therapeutic use of the rebound effect of modern drugs (http://www.newhomeopathicmedicines.com), we hope to minimize prejudices related to the homeopathy and contribute to a broadening of the healing art.
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Um grande entrave no cultivo da couve-flor é a incidência do fungo Alternaria brassicicola, causador da mancha foliar escura em plantas da família Brassicaceae. A utilização de sais de cobre na agricultura é questionada. De fato, estes produtos apresentam desvantagens, principalmente relacionadas com os seus depósitos no solo e a sua fitotoxicidade. Neste trabalho investigou-se os efeitos do uso de arsenico na forma ultra diluída (UHD), preparado por um processo de diluição repetida e agitação, por meio de: 1) germinação in vitro de esporos em suspenção de A. brassicicola; 2) experimento in planta e 3) ensaio em campo onde plantas de couve-flor, infectadas pelo fungo, foram pulverizadas. Diluições ultra altas de arsenico (em que não há mais presença dessas moléculas) foram eficazes em todos os experimentos, inibindo a germinação de esporos em 60,0%, controlando a doença fúngica nos experimentos in planta (eficácia relativa de 42,1%) e, no teste de campo, diminuindo o nível de infecção médio em cabeças de couve flor em 45,7% e 41,6% respectivamente, em plantas inoculadas artificialmente e infectadas naturalmente. Este é o primeiro estudo para demonstrar que as soluções ultra diluídas de arsenico efetivamente reduzem a germinação de esporos in vitro e reduzem a infecção de A. brassicicola em plantas de couve-flor, tanto em condições controladas como em campo. Nossa pesquisa ainda é muito experimental; no entanto, à luz dos resultados significativos obtidos com arsênico ultra-diluído e, dado que o elevado nível de diluição impede qualquer toxicidade ou acumulo no ambiente, o uso de UHDs poderia ser considerado uma abordagem potencial e confiável para a agricultura sustentável.
Article
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In previous multicentre studies, the influence of a homeopathic ultra-high dilution of gibberellic acid on wheat growth was scrutinized. Data showed that this test dilution slowed down stalk growth when experiments were performed in the autumn season. The aim of this work was to test the hypothesis that pretreatment of grains with high concentrations of gibberellic acid would enhance the growth-inhibiting effect of the ultra-high dilution of the plant hormone. Grains of winter wheat (Triticum aestivum, 500 or 1000 per group) were pretreated with (non-agitated) gibberellic acid 10-5, 10-4 and 10-3 parts by weight (Ge-5, Ge-4, Ge-3) or with water ("W0") for control prior to further treatment. Grains were then observed under the influence of extremely diluted gibberellic acid (10-30 parts by weigth) prepared by stepwise dilution and agitation according to a protocol derived from homeopathy ("G30x"). Analogously prepared water was used for control ("W30x"). Seedlings were allowed to develop under standardized conditions for 7 days; plants were harvested and stalk lengths were measured. Of the four pretreatment variants under study, Ge-3 yielded most growth, followed by Ge-4 , Ge-5 and finally W. This outcome was modulated by the application of G30x in that the inhibition obtained with G30x as compared to W30x was the greater the lower the pretreatment concentration of G had been. The hypothesis that pretreatment of grains with high concentrations of gibberellic acid would enhance the growth inhibiting effect of G30x had to be rejected. Rather, G30x slowed down stalk growth most in the W0 group with p < 0.001, only moderately in the Ge-5 and Ge-4 group and not at all in the Ge-3 group.
Article
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Introduction: This paper focuses exclusively on experimental models with ultra high dilutions (i.e. beyond 10e-23) that have been submitted to replication scrutiny. It updates previous surveys, considers suggestions made by the research community and compares the state of replication in 1994 with that in 2015. Methods: Following literature research, biochemical, immunological, botanical, cell biological and zoological studies on ultra high dilutions (potencies) were included. Reports were grouped into initial studies, laboratory-internal, multicentre and external replications. Repetition could yield either comparable, or zero, or opposite results. The null-hypothesis was that test and control groups would not be distinguishable (zero effect). Results: A total of 126 studies were found. From these, 28 were initial studies. When all 98 replicative studies were considered, 70.4% (i.e. 69) reported a result comparable to that of the initial study, 20.4% (20) zero effect and 9.2% (9) an opposite result. Both for the studies until 1994 and the studies 1995-2015 the null-hypothesis (dominance of zero results), should be rejected. Furthermore, the odds of finding a comparable result are generally higher than of finding an opposite result. Although this is true for all three types of replication studies, the fraction of comparable studies diminishes from laboratory-internal (total 82.9%) to multicentre (total 75%) to external (total 48.3%), while the fraction of opposite results was 4.9%, 10.7% and 13.8%. Furthermore, it became obvious that the probability of an external replication producing comparable results is bigger for models that had already been further scrutinized by the initial researchers. Conclusions: We found 28 experimental models which underwent replication. In total, 24 models were replicated with comparable results, 12 models with zero effect, and 6 models with opposite results. Five models were externally reproduced with comparable results. We encourage further replications of studies in order to learn more about the model systems used.
Article
Objective: To evaluate the efficacy and safety of potentized estrogen compared to placebo in homeopathic treatment of endometriosis-associated pelvic pain (EAPP). Study design: The present was a 24-week, randomized, double-blind, placebo-controlled trial that included 50 women aged 18-45 years old with diagnosis of deeply infiltrating endometriosis based on magnetic resonance imaging or transvaginal ultrasound after bowel preparation, and score ≥ 5 on a visual analogue scale (VAS: range 0 to 10) for endometriosis-associated pelvic pain. Potentized estrogen (12cH, 18cH and 24cH) or placebo was administered twice daily per oral route. The primary outcome measure was change in the severity of EAPP global and partial scores (VAS) from baseline to week 24, determined as the difference in the mean score of five modalities of chronic pelvic pain (dysmenorrhea, deep dyspareunia, non-cyclic pelvic pain, cyclic bowel pain and/or cyclic urinary pain). The secondary outcome measures were mean score difference for quality of life assessed with SF-36 Health Survey Questionnaire, depression symptoms on Beck Depression Inventory (BDI), and anxiety symptoms on Beck Anxiety Inventory (BAI). Results: The EAPP global score (VAS: range 0 to 50) decreased by 12.82 (P < 0.001) in the group treated with potentized estrogen from baseline to week 24. Group that used potentized estrogen also exhibited partial score (VAS: range 0 to 10) reduction in three EAPP modalities: dysmenorrhea (3.28; P < 0.001), non-cyclic pelvic pain (2.71; P = 0.009), and cyclic bowel pain (3.40; P < 0.001). Placebo group did not show any significant changes in EAPP global or partial scores. In addition, the potentized estrogen group showed significant improvement in three of eight SF-36 domains (bodily pain, vitality and mental health) and depression symptoms (BDI). Placebo group showed no significant improvement in this regard. These results demonstrate superiority of potentized estrogen over placebo. Few adverse events were associated with potentized estrogen. Conclusions: Potentized estrogen (12cH, 18cH and 24cH) at a dose of 3 drops twice daily for 24 weeks was significantly more effective than placebo for reducing endometriosis-associated pelvic pain. Trial registration: ClinicalTrials.gov Identifier: NCT02427386.
Article
Background: Endometriosis is a chronic inflammatory disease that causes difficult-to-treat pelvic pain. Thus being, many patients seek help in complementary and alternative medicine, including homeopathy. The effectiveness of homeopathic treatment for endometriosis is controversial due to the lack of evidences in the literature. The aim of the present randomized controlled trial is to assess the efficacy of potentized estrogen compared to placebo in the treatment of chronic pelvic pain associated with endometriosis. Methods/design: The present is a randomized, double-blind, placebo-controlled trial of a homeopathic medicine individualized according to program 'New Homeopathic Medicines: use of modern drugs according to the principle of similitude' (http://newhomeopathicmedicines.com). Women with endometriosis, chronic pelvic pain and a set of signs and symptoms similar to the adverse events caused by estrogen were recruited at the Endometriosis Unit of Division of Clinical Gynecology, Clinical Hospital, School of Medicine, University of São Paulo (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - HCFMUSP). The participants were selected based on the analysis of their medical records and the application of self-report structured questionnaires. A total of 50 women meeting the eligibility criteria will be randomly allocated to receive potentized estrogen or placebo. The primary clinical outcome measure will be severity of chronic pelvic pain. Statistical analysis will be performed on the intention-to-treat and per-protocol approaches comparing the effect of the homeopathic medicine versus placebo after 24 weeks of intervention. Discussion: The present study was approved by the research ethics committee of HCFMUSP and the results are expected in 2016. Trial registration: ClinicalTrials.gov Identifier: https://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT02427386.
Article
Ethanol extracts from the funicles of Acacia auriculiformis and the flowering meristems of Artemisia nilagirica were tested in vivo on the root-knot nematodes, Meloidogyne incognita. The active principles of A. auriculiformis and A. nilagirica are acaciasides and santonin, respectively. The extract from A. auriculiformis reduced the root-knot disease of mulberry, (Morus alba L.) and increased the protein content of its leaves. A. nilagirica extract at ultra high dilutions, called Cina 200 and Cina 1000, reduced the root-knot disease and improved the growth of tomato plants. Electronic spectra of Cina 1000 and the crude extract, called Cina Q showed some similarity in absorbance intensity and spectral pattern Molecular complexation and charge transfer interaction between the drug and the diluent medium (90% ethanol) are thought to be responsible for the spectral pattern and absorbance of Cina 1000. The spin lattice relaxation time (T1) of 2H of OH, CH2 and CH3 of ethanol in Cina 1000 showed significant difference from that of 90% ethanol. This change in T1 in Cina 1000 might be due to a change in the rate of tumbling in the relevant parts of the molecule. These physical parameters are thought to be responsible for the biological effect of Cina 1000.