ArticlePDF Available

Efeitos de um salgante isento de sódio sobre marcadores sanguíneos bioquímicos hepáticos, renais e cardíacos de ratos normo e hipertensos

Authors:
  • Universidade Federal de São Paulo-Escola Paulista de Medicina, São Paulo, Brazil

Abstract and Figures

Introdução: A hipertensão arterial é um dos fatores de risco para doenças cardiovasculares, estando diretamente associada ao elevado consumo de sódio. Objetivo: Avaliar os níveis de marcadores de lesão hepática, renal e cardíaca em ratos hipertensos comparados aos seus controles normotensos, tratados com um salgante isento de sódio, água ou NaCl. Métodos: Ratos hipertensos (SHR) e seus controles normotensos (NWR) foram divididos em 3 grupos (n=7): G1 (água); G2 (solução aquosa contendo NaCl 70 mg/kg/dia); G3 (solução aquosa contendo salgante sem sódio 70 mg/kg/dia). Após 30 dias, o sangue dos animais foi processado. Resultados: Não houve diferença entre os níveis séricos de creatina quinase total, creatina quinase-MB, lactato desidrogenase, ácido úrico, aspartato aminotransferase e fosfatase alcalina tanto nos NWR como nos SHR tratados com NaCl ou Salgante. Houve diminuição da creatinina nos NWR e SHR tratados com NaCl e Salgante em relação aos controles (p<0,005). Conclusões: A suplementação diária com o Salgante e NaCl diminuiu os níveis séricos de creatinina nos grupos NWR e SHR. Contudo, não houve modificação nos níveis séricos de marcadores de lesão cardíaca e hepática.
Content may be subject to copyright.
ConSc ientiae Saúde, 2017;16(2):217-223. 217
Artigos Estudo
de caso Revisões
de literatura
Recebido em 1º fev. 2017 / aprovado em 19 jun. 2017
Efeitos de um salgante isento
de sódio sobre marcadores
sanguíneos bioquímicos
hepáticos, renais e cardíacos de
ratos normo e hipertensos
Effects of a sodium-free salting agent on blood hepatic, renal and
cardiac biochemical markers of normal and hypertensive rats
Francisco Sandro Menezes-Rodrigues1; Renato Ribeiro Nogueira Ferraz2; Alex Sandro Felisberto
Oliveira3; Marcos José da Silva4; Leandro Bueno Bergantin5; Ricardo Thiago Paniza Ambrósio6;
Alessandra de Oliveira Fantoni7; Luciana de Paula8; Paolo Ruggero Errante9; Mario Ivo Serinolli10;
Afonso Caricati-Neto11
1 Farma cêutico-Bi oquímico, Especial ista, Mest re,
Doutor e m Farmacolo gia, Univers idade Federal de
São Paulo – UNIFESP. São Paul o, SP - Br asil.
2 Doutor e m Ciências pela Univers idade Federal
de São Pau lo – UNIFESP. Prof essor do Mes trado
Profi ssional e m Admini stração – Ge stão em
Siste mas de Saúde - P MPA-GSS. P rofessor do
Progr ama de Pós- Graduação em Ad minist ração -
PPGA– Uni versidade Nove de Julh o – UNINOVE.
São Paulo, SP - Brasil.
3 Farma cêutico, Técn ico de Laborat ório na
Univer sidade Federa l de São Paulo – U NIFESP. São
Paulo, SP - B rasil.
4 Farma cêutico, Mest re em Biomat eriais em
Odontolo gia pela Un iversidade A nhangue ra de
São Paulo - UNIAN. São Paulo, SP - Brasi l.
5 Bioméd ico, Mestre, D outor em Farm acologia pe la
Univer sidade Federa l de São Paulo - U NIFESP. São
Paulo, SP - B rasil.
6 Fisiot erapeuta, Es peciali sta em Recu rsos
Terapêuti cos Manuai s pela Unive rsidade Cidade
de São Pau lo - UNICID. São Paulo, SP - Brasi l.
7 Gradua nda em Enfer magem na Un iversidade
Cidade de São Paulo - UN ICID, Laborvi sa -
Labora tório de Aná lises Cl ínicas. S ão Paulo, SP
- Brasi l.
8 Farmacêutica, Gradua nda em Medi cina na
Univer sidade Cidade de São Paulo - UNIC ID,
Labor visa - Lab oratório de A nálises Clínica s. São
Paulo, SP - B rasil.
9 Médic o Veter inário, Mes tre e Doutor em
Imuno logia, Univer sidade Federa l de São Paulo -
UNIF ESP. São Paulo, SP - Brasil.
10 Médico, Doutor em Med icina pel a Faculdade
de Medi cina da Un iversidade de S ão Paulo -
USP. Profess or do Mestrado Profissio nal em
Admi nistraçã o – Gestão em Sistemas de Saúde
- PMPA-GSS – Un iversidade No ve de Julho –
UNINOV E. São Paulo, SP - Br asil.
11 Bacha rel em Ciênc ias Biológ icas-Modal idade
Médic a, Mestre, Dou tor em Farma cologia pel a
Univer sidade Federa l de São Paulo - U NIFESP.
Profe ssor Assoc iado Nível IV do Programa de
Pós-Gr aduação em Far macologia na Universida de
Federa l de São Paulo U NIFESP. São Paulo, SP -
Brasil.
Ender eço para C orrespo ndência
Franc isco Sand ro Menezes R odrigue s
Préd io de Pesquis a II - Laborat ório de Autonôm ica e
Card iovascula r
Rua Pedr o de Toledo, 669, 7˚ anda r
04039- 032 – São Paulo – SP [Brasil]
sandromro drig ues@hotma il.com
DOI:10.5585/ConsSaude.v16n2.7118
Resumo
Intr odução: A hipertensão arterial é um dos fatores de risco para doenças
cardiovasculares, estando diretamente associada ao elevado consumo de sódio.
Objetivo: Avaliar os níveis de marcadores de lesão hepática, renal e cardíaca em
ratos hipertensos comparados aos seus controles normotensos, tratados com um
salgante isento de sódio, água ou NaCl. Métodos: Ratos hipertensos (SHR) e seus
controles normotensos (NWR) foram divididos em 3 grupos (n=7): G1 (água);
G2 (solução aquosa contendo NaCl 70 mg/kg/dia); G3 (solução aquosa conten-
do salgante sem sódio 70 mg/kg/dia). Após 30 dias, o sangue dos animais foi
processado. Result ados: Não houve diferença entre os níveis séricos de creatina
quinase total, creatina quinase-MB, lactato desidrogenase, ácido úrico, aspartato
aminotransferase e fosfatase alcalina tanto nos NWR como nos SHR tratados com
NaCl ou Salgante. Houve diminuição da creatinina nos NWR e SHR tratados com
NaCl e Salgante em relação aos controles (p<0,005). Conclusões: A suplementação
diária com o Salgante e NaCl diminuiu os níveis séricos de creatinina nos grupos
NWR e SHR. Contudo, não houve modificação nos níveis séricos de marcadores
de lesão cardíaca e hepática.
Descritor es: Hipertensão; Frequência cardíaca; Nutracêuticos; NaCl.
Abstract
Introduction: Hypertension is one of the risk factors for cardiovascular diseases,
being directly associated with high consumption of sodium. Objective: To as-
sess the levels of hepatic, renal and cardiac injury markers in hypertensive rats
compared to their normotensive controls, treated with a salt free saline solution,
water or NaCl. Methods: Hypertensive rats (SHR) and their normotensive controls
(NWR) were divided into 3 groups (n = 7): G1 (water); G2 (aqueous solution con-
taining NaCl 70 mg / kg / day); G3 (sodium salt-free aqueous solution 70 mg / kg
/ day). After 30 days, the animals’ blood was processed. Results: There was no dif-
ference between serum levels of total creatine kinase, creatine kinase-MB, lactate
dehydrogenase, uric acid, aspartate aminotransferase and alkaline phosphatase in
both NWR and SHR1 treated NaCl or Salgante. There was a decrease in creatinine
in NWR and SHR treated with NaCl and Salgante comparing to controls (p <0.005).
Conclusions: Daily supplementation with sodium salt-free aqueous solution and
NaCl decreases serum creatinine levels in NWR and SHR groups. However, there
was no change in serum levels of cardiac and hepatic injury markers.
Key words: Hypertension; Cardiac frequency; Nutraceutical; NaCl.
ConSc ientiae Saúde, 2017;16(2):217-223.
218
Efeitos de um sa lgante isento de sódio sobre marcador es sangu íneos bioquím icos hepá ticos, renais e car díacos de ratos normo e hiperten sos
Introdução
Existe uma grande preocupação no con-
trole dos valores pressóricos em pacientes hi-
pertensos para a redução da morbimortalidade,
fato relacionado de maneira significativa à ele-
vada prevalência de hipertensão arterial (HA)1.
Diversos fatores contribuem para o desenvolvi-
mento de HA como histórico familiar, tabagis-
mo, estresse, sedentarismo, envelhecimento, et-
nia, obesidade e os fatores nutricionais2. A HA
é um dos maiores fatores de risco para a ateros-
clerose, doença cardíaca coronariana, hipertro-
fia e insuficiência cardíaca, dissecção da aorta,
insuficiência renal e acidente vascular cerebral
hemorrágico3– 5, gerando um grande número de
óbito e imensos custos ao sistema público de
saúde. Dentre os fatores nutricionais associados
ao aumento da prevalência de HA estão a inges-
tão elevada de sódio6, com importante relação
causa-efeito entre o alto consumo de dio, HA
e nível de industrialização.
O aumento da ingestão de NaCl ativa pro-
cessos fisiológicos compensatórios, os quais
promovem uma redução na atividade do sistema
renina-angiotensina-aldosterona e aumento na
liberação do peptídio natriurético atrial, acarre-
tando redução da reabsorção de sódio pelos tú-
bulos renais e diminuição da atividade simpáti-
ca direcionada para os rins7,8. Reduzir a ingestão
de NaCl traduz-se numa interferência positiva
sob o ponto de vista cardiovascular, pois pro-
move manutenção ou redução dos níveis pres-
sóricos de indivíduos normo e/ou hipertensos9.
Nesse sentido, a utilização de nutracêuticos hi-
possódicos ou isentos de sódio contribuem para
a redução do consumo de sódio e para o controle
dos valores pressóricos de pacientes portadores
de HA10,11. Dessa forma, o objetivo deste trabalho
foi avaliar os efeitos causados pela suplementa-
ção na dieta de NaCl e KCl, a partir da utilização
de um novo nutracêutico isento de sódio recen-
temente lançado no mercado alimentício nacio-
nal, sobre os parâmetros bioquímicos hepáticos,
renal e cardíaco de animais normotensos (NWR)
e espontaneamente hipertensos (SHR).
Material e Métodos
Foram utilizados ratos Wistar EPM-1 (ma-
chos, 3-4 meses) normotensos (NWR) (cada gru-
po n=6) e espontaneamente hipertensos (SHR)
(cada grupo n=7) com peso médio de 290±20g,
provenientes do Centro de Desenvolvimento de
Modelos Experimentais para Medicina e Biologia
(CEDEME) da UNIFESP. Os animais foram man-
tidos em gaiolas de polipropileno (50 cmx40 cm)
padronizadas, com cama de maravalha esterili-
zada e sob condições ambientais estáveis (tempe-
ratura ambiental de 22 ± 2ºC, umidade relativa do
ar 45% a 75% e duração do fotoperíodo no regime
de 12 horas claro/12 horas escuro). Os animais
utilizados foram pesados em balança (Ramuza,
Ind. Com. Balanças Ltda) antes do início dos ex-
perimentos. Para manter as condições de estabili-
dade necessárias para a espécie, os seguintes cui-
dados foram tomados: o número de animais por
gaiolas não foi superior a cinco e a troca e limpe-
za das gaiolas foram realizadas sempre pela mes-
ma pessoa numa frequência de três vezes por se-
mana em dias alternados. Água e ração comercial
peletizada (Nuvilab® CR-1) foram fornecidas em
regime ad libitum. Todos os experimentos realiza-
dos foram devidamente aprovados pelo Comitê
de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de
São Paulo - UNIFESP (número 0065/12).
Tratamento com Salgante
O tratamento dos ratos foi realizado atra-
vés de gavagem com soluções de NaCl ou com
o alimento funcional isento de dio à base de
cloreto de potássio - Salgante (Farmácia Livia
Yasuda Ltda), sob a responsabilidade técnica de
dois farmacêuticos, ambas com doses de 70 mg/
kg/dia peso vivo por 30 dias consecutivos.
Avaliação dos parâmetros
bioquímicos
Após a realização do tratamento dos ani-
mais, a coleta do sangue foi realizada a partir
da artéria aorta abdominal através de incisão
transversal abdominal seguida de incisão bila-
ConSc ientiae Saúde, 2017;16(2):217-223. 219
Menezes -Rodr igues F S, Ferraz R R, Oliveira AS, Silva M J, Berga ntin LB, Ambr ósio RT P, Fantoni AO, de Paula L,
Errante PR, Ser inolli MI, C arica ti-Neto A
Artigos Estudo
de caso Revisões
de literatura
teral com utilização de scalp. Após ser retirada,
a amostra coletada foi centrifugada a 2500 rpm,
5°C por 40 minutos (centfuga Heal force®-
modelo Neofuge 15R). O soro foi devidamente
identificado, e armazenado a -20°C. A determi-
nação quantitativa da atividade enzimática da
creatina quinase (CK), foi realizada através de
teste cinético-UV, medido em 340 nm (kit VIDA
Biotecnologia - Belo Horizonte, Brasil). A deter-
minação quantitativa de ácido úrico (AU) foi re-
alizada através de método enzimático/colorimé-
trico, medido em 545 nm (kit Katal Biotecnológica
Ind. Com. Ltda), e a lactato desidrogenase
(LDH), através de método cinético UV, medido
em 340 nm (kit Katal Biotecnológica Ind. Com.
Ltda). A determinação quantitativa da atividade
da aspartato aminotransferase ou transaminase
glutâmico-oxalacética (AST/TGO), alanina ami-
notransferase ou transaminase glutâmico-pirú-
vica (ALT/TGP) e fosfatase alcalina (FA), foi re-
alizada através de teste cinético-UV, medido em
340 nm (kit VIDA Biotecnologia, Belo Horizonte,
Brasil). A determinação quantitativa cinética de
creatinina foi realizada através de método ciné-
tico colorimétrico, medido em 510 nm (kit VIDA
Biotecnologia, Belo Horizonte, Brasil).
Análise estatística
Para a comparação entre os grupos, fo-
ram utilizados testes de diferença de propor-
ção, seguido de análise de variância (ANOVA)
e Kruskal-Wallis teste e de comparação múltipla
de Dunn’s. Adotou-se como nível de significân-
cia 0,05 (a=5%), onde os valores descritivos (p)
abaixo desse valor foram considerados signifi-
cantes. Todas as análises foram realizadas no
Software Prism 5.00 (GraphPad Software Inc).
Resultados
Verificamos que o houve modificação
dos níveis séricos de creatina quinase total e
creatina quinase-MB nos animais NWR e SHR
tratados com NaCl e Salgante (Figura 1).
Fato semelhante ocorreu em relação às do-
sagens de lactato desidrogenase e ácido úrico,
ou seja, não foi observada diferença estatísti-
ca entre os animais NWR e SHR tratados com
NaCl ou Salgante em relação ao grupo controle
(Figura 2).
Não foram observadas alterações nos ní-
veis séricos de AST/TGO, ALT/TGP e FA nos
animais NWR e SHR e relação ao grupo controle
(Figura 3).
Foi verificada diminuição dos níveis séri-
cos de creatinina nos animais NWR e SHR tra-
tados com NaCl e Salgante em relação ao grupo
controle (p<0,005) (Figura 4).
Discussão
Verificamos que o houve modificação
dos níveis séricos de creatina quinase total, cre-
atina quinase-MB, lactato desidrogenase e áci-
do úrico nos animais NWR e SHR tratados com
NaCl e Salgante. De maneira semelhante, não
foram observadas alterações nos níveis séricos
de AST/TGO, ALT/TGP e FA nos animais NWR
e SHR e relação ao grupo controle. Contudo, foi
verificada diminuição dos níveis séricos de cre-
atinina nos animais NWR e SHR tratados com
NaCl e Salgante em relação ao grupo controle.
A doença cardíaca permanece como a
principal causa de morbidade e mortalidade nos
países industrializados12. A insuficiência cardí-
aca congestiva (ICC) é o desfecho frequente de
muitas condições patológicas, como cardiopatia
isquêmica (CI) ou hipertensão arterial. O siste-
ma cardiovascular para se adaptar a contratili-
dade miocárdica reduzida ou a carga hemodi-
nâmica aumentada, faz com que ocorra ativação
de sistemas neuro-humorais, com liberação de
norepinefrina; renina-angiotensina-aldosterona
e peptídeo natriurético atrial, levando ao au-
mento da pressão arterial7.
A implementação de nutracêuticos hipos-
sódicos ou isentos de sódio no mercado alimen-
tício, favorece a redução da ingestão diária de
sódio e diminuição dos valores pressóricos,
ConSc ientiae Saúde, 2017;16(2):217-223.
220
Efeitos de um sa lgante isento de sódio sobre marcador es sangu íneos bioquím icos hepá ticos, renais e car díacos de ratos normo e hiperten sos
Figura 1: Concentrações séricas dos marcadores bioquímicos cardíacos creatina quinase total
(CKT) e creatina quinase-fração MB (CK-MB)
Figura 2: Concentrações séricas dos marcadores bioquímicos cardíacos ácido úrico e lactato
desidrogenase (LDH)
ConSc ientiae Saúde, 2017;16(2):217-223. 221
Menezes -Rodr igues F S, Ferraz R R, Oliveira AS, Silva M J, Berga ntin LB, Ambr ósio RT P, Fantoni AO, de Paula L,
Errante PR, Ser inolli MI, C arica ti-Neto A
Artigos Estudo
de caso Revisões
de literatura
principalmente pacientes hipertensos12. O alto
consumo de NaCl é utilizado como preditor de
doenças cardiovasculares em países ocidentais,
onde o consumo de sal é elevado13, não somente
pela preparação de alimentos, mas também na
conservação dos mesmos como o glutamato mo-
nossódico14. A redução da ingestão dedio por
um período igual ou maior que um mês promo-
ve efeito significativo na redução da PA em indi-
víduos normotensos ou hipertensos6, sobretudo
em indivíduos idosos e com HA15.
Em nosso estudo os níveis séricos de CKT,
CK-MB, LDH, AU, AST/TGO, ALT/TGP e FA
não apresentaram diferea entre os animais
NWR e SHR tratados com NaCl ou Salgante.
Apenas 41 a 56% dos pacientes que chegam à
emergência com infarto agudo do miocárdio
(IAM) apresentam supra-desnivelamento do
segmento ST do ECG, sendo possível estabe-
lecer diagstico imediato16, portanto, é fun-
damental a avaliação laboratorial de IAM pela
dosagem sérica de macromoléculas liberadas
Figura 3: Concentrações séricas dos marcadores bioquímicos hepáticos Transaminase
glutâmico-oxalacética (TGO), transaminase glutâmico-pirúvica (TGP) e fosfatase alcalina (FA)
ConSc ientiae Saúde, 2017;16(2):217-223.
222
Efeitos de um sa lgante isento de sódio sobre marcador es sangu íneos bioquím icos hepá ticos, renais e car díacos de ratos normo e hiperten sos
pela lulas mortas, como creatina quinase to-
tal (CKT), sua isoforma específica do miócito
(CK-MB), a (AST/TGO), lactato desidrogenase
(LDH) e ácido úrico (AU)17. A CK é uma enzi-
ma presente no cérebro, miordio e sculo
esquelético. A isoforma CK-MB é predomi-
nante no miocárdio; seus veis aumentam 3-6
horas após o início do IAM, com valores má-
ximos dentro de 12-24 horas, e sensibilidade
e especificidade superior a 97% nas primeiras
48 horas18. A aspartato-aminotransferase (AST)
ou transaminase glutâmico-oxalacética (TGO)
eleva-se após 12-48 horas no soro em 90-95%
dos pacientes com IAM, e retorna aos níveis
normais em 3-8 dias. A alanina aminotransfe-
rase (ALT) ou transaminase glutâmico-pirúvi-
ca (TGP) está presente no tecido hepático, rins,
músculos esqueléticos e coração, ao passo que
fosfatase alcalina (FA) está presente nos intes-
tinos, rins, fígado e ossos. Portanto, as enzimas
AST, ALT e FA não são específicas para o IAM19,
mas são utilizadas como marcadores de lesão
hepática, o que não foi observado em nosso es-
tudo. No IAM, os níveis de LDH encontram-se
elevados em 92-95% dos pacientes, e excede a
faixa de normalidade após 24 a 48 horas, com
pico de atividade de 3 a 6 dias, retomando os
valores normais após 8 a 14 dias. A LDH total é
sensível, porém não é específica20. Já os níveis
séricos de ácido úrico estão correlacionados à
maior frequência de eventos cardiovasculares
em pacientes hipertensos21, o que não observa-
mos nos animais SHR.
Os valores de creatinina estiveram dimi-
nuídos nos grupos NWR e SHR tratados com
NaCl ou Salgante, indicando ausência de lesão
renal. A redução da ingestão de dio diminui
a proteinúria/albuminúria nos estágios avança-
dos de insuficiência renal crônica12, nefropatia
não diabética22, pacientes hipertensos ou adultos
normotensos23,24, além de minorizar a deteriora-
ção da função renal de pacientes em fase termi-
nal de insuficiência renal crônica24, destacando a
importância da redução de sódio em diferentes
patologias.
Portanto, verificamos em nosso estudo
que a utilização do Salgante acarreta diminui-
ção dos níveis séricos de LDL nos animais NWR
e SHR, VLDL no grupo NWR, triglicéridos no
grupo NWR, e creatinina nos animais NWR e
SHR, ressaltando seu potencial como nutracêu-
tico isento de sódio.
Referências
1. Kawano Y, Ando K, Matsuura H, Tsuchihashi T,
Fujita T, Ueshima H, et al. Report of the Working
Group for Dietary Salt Reduction of the Japanese
Society of Hypertension:(1) Rationale for salt
restriction and salt-restriction target level for the
management of hypertension. Hypertens Res.
2007;30(10):879.
Figura 4: Concentração sérica do marcador bioquímico de função renal creatinina.
ConSc ientiae Saúde, 2017;16(2):217-223. 223
Menezes -Rodr igues F S, Ferraz R R, Oliveira AS, Silva M J, Berga ntin LB, Ambr ósio RT P, Fantoni AO, de Paula L,
Errante PR, Ser inolli MI, C arica ti-Neto A
Artigos Estudo
de caso Revisões
de literatura
2. Sacks FM, Svetkey LP, Vollmer WM, Appel LJ, Bray
GA, Harsha D, et al. Effects on blood pressure of
reduced dietary sodium and the Dietary Approaches
to Stop Hypertension (DASH) diet. N Engl J Med.
2001;344(1):3–10.
3. Victor RG, Kaplan NM. Systemic hypertension:
Mechanisms and diagnosis. 7o ed. Philadelphia:
Elsevier Saunders; 2005.
4. Libby P, Theroux P. Pathophysiology of coronary
artery disease. Circulation. 2005;111(25):3481–3488.
5. Sakalihasan N, Limet R, Defawe OD. Abdominal
aortic aneurysm. The Lancet. 2005;365(9470):1577–
1589.
6. He FJ, Li J, MacGregor GA. Effect of longer term
modest salt reduction on blood pressure: Cochrane
systematic review and meta-analysis of randomised
trials. Bmj. 2013;346:f1325.
7. Laragh JH. Lewis K. Dahl Memorial Lecture.
The renin system and four lines fo hypertension
research. Nephron heterogeneity, the calcium
connection, the prorenin vasodilator limb, and
plasma renin and heart attack. Hypertension.
1992;20(3):267–279.
8. Cowley AW. Genetic and nongenetic determinants of
salt sensitivity and blood pressure. Am J Clin Nutr.
1997;65(2):587S–593S.
9. WHO (World Health Organization). Guideline.
Sodium intake for adults and children. Geneve. 2012.
10. Appel LJ, Frohlich ED, Hall JE, Pearson TA, Sacco
RL, Seals DR, et al. The importance of population-
wide sodium reduction as a means to prevent
cardiovascular disease and stroke. Circulation.
2011;123(10):1138–1143.
11. Rodrigues FSM, Yasuda MA, de Paula L, Musial
DC, Bomfim GHS, Tavares JGP, et al. Benefício da
Utilização do Novo Alimento Funcional Salgante
sem Sódio sobre os Níveis de Pressão Arterial em
Animais Hipertensos. Rev Pesqui E Inov Farm
[Internet]. 2015 [citado 31 de janeiro de 2017];5(1).
Disponível em: http://www.pgsskroton.com.br/
seer/index.php/RPInF/article/view/32
12. Ando K, Kawarazaki H, Miura K, Matsuura H,
Watanabe Y, Yoshita K, et al. [Scientific statement]
Report of the Salt Reduction Committee of the
Japanese Society of Hypertension (1) Role of salt
in hypertension and cardiovascular diseases.
Hypertens Res. 2013;36(12):1009–1019.
13. Newson RS, Elmadfa I, Biro G, Cheng Y, Prakash V,
Rust P, et al. Barriers for progress in salt reduction
in the general population. An international study.
Appetite. 2013;71:22–31.
14. Alderman MH. Salt, blood pressure, and human
health. Hypertension. 2000;36(5):890893.
15. Chobanian AV, Hill M. National heart, lung, and
blood Institute Workshop on sodium and blood
pressure. Hypertension. 2000;35(4):858–863.
16. Rude RE, Poole WK, Muller JE, Turi Z, Rutherford
J, Parker C, et al. Electrocardiographic and clinical
criteria for recognition of acute myocardial
infarction based on analysis of 3,697 patients. Am J
Cardiol. 1983;52(8):936–941.
17. LEE TH, Goldman LEE. Serum enzyme assays
in the diagnosis of acute myocardial infarction
recommendations based on a quantitative analysis.
Ann Intern Med. 1986;105(2):221–233.
18. Wallach J. Interpretação de Exames Laboratoriais. 7o
ed. Rio de Janeiro: Editora Médica Científica; 2003.
1068 p.
19. Ravel R. Laboratório Clínico-Aplicações Clínicas
de Dados Laboratoriais. 6o ed. Rio de janeiro:
Guanabara Koogan; 1997. 616 p.
20. Piegas L, Alvaro A. Enzimas. In: Métodos
Diagnósticos em Cardiologia. São Paulo: Atheneu;
1997. p. 261–72.
21. Fang J, Alderman MH. Serum uric acid and
cardiovascular mortality: the NHANES I
epidemiologic follow-up study, 1971-1992. Jama.
2000;283(18):2404–2410.
22. Vogt L, Waanders F, Boomsma F, de Zeeuw
D, Navis G. Effects of dietary sodium and
hydrochlorothiazide on the antiproteinuric efficacy
of losartan. J Am Soc Nephrol. 2008;19(5):999–1007.
23. Swift PA, Markandu ND, Sagnella GA, He FJ,
MacGregor GA. Modest salt reduction reduces
blood pressure and urine protein excretion in black
hypertensives. Hypertension. 2005;46(2):308–312.
24. Lin J, Hu FB, Curhan GC. Associations of diet with
albuminuria and kidney function decline. Clin J Am
Soc Nephrol. 2010;5(5):836–843.
ResearchGate has not been able to resolve any citations for this publication.
Article
Full-text available
Salt reduction is important for reducing hypertension and the risk of cardiovascular events, nevertheless worldwide salt intakes are above recommendations. Consequently strategies to reduce intake are required, however these require an understanding of salt intake behaviours to be effective. As limited information is available on this, an international study was conducted to derive knowledge on salt intake and associated behaviours in the general population. An online cohort was recruited consisting of a representative sample from Germany, Austria, United States of America, Hungary, India, China, South Africa, and Brazil (n=6,987; aged 18-65years; age and gender stratified). Participants completed a comprehensive web-based questionnaire on salt intake and associated behaviours. While salt reduction was seen to be healthy and important, over one third of participants were not interested in salt reduction and the majority were unaware of recommendations. Salt intake was largely underestimated and people were unaware of the main dietary sources of salt. Participants saw themselves as mainly responsible for their salt intake, but also acknowledged the roles of others. Additionally, they wanted to learn more about why salt was bad for health and what the main sources in the diet were. As such, strategies to reduce salt intake must raise interest in engaging in salt reduction through improving understanding of intake levels and dietary sources of salt. Moreover, while some aspects of salt reduction can be globally implemented, local tailoring is required to match level of interest in salt reduction. These findings provide unique insights into issues surrounding salt reduction and should be used to develop effective salt reduction strategies and/or policies.
Article
Blood pressure (BP)-related diseases, specifically, stroke , coronary heart disease , heart failure, and kidney disease , are leading causes of morbidity and mortality in the United States and throughout the world. In the United States, coronary heart disease and stroke ...
Article
Context Although many epidemiological studies have suggested that increased serum uric acid levels are a risk factor for cardiovascular mortality, this relationship remains uncertain.Objective To determine the association of serum uric acid levels with cardiovascular mortality.Design and Setting Cross-sectional population-based study of epidemiological follow-up data from the First National Health and Nutrition Examination Survey (NHANES I) from 1971-1975 (baseline) and data from NHANES I Epidemiologic Follow-up Study (NHEFS).Participants A total of 5926 subjects who were aged 25 to 74 years and had serum uric acid level measurements at baseline.Main Outcome Measures Ischemic heart disease mortality, total cardiovascular mortality, and all-cause mortality, compared by quartiles of serum uric acid level.Results In an average of 16.4 years of follow-up, 1593 deaths occurred, of which 731 (45.9%) were ascribed to cardiovascular disease. Increased serum uric acid levels had a positive relationship to cardiovascular mortality in men and women and in black and white persons. Deaths due to ischemic heart disease in both men and women increased when serum uric acid levels were in the highest quartile compared with the lowest quartile (men, >416 vs <321 µmol/L; risk ratio, 1.77 [95% confidence interval {CI}, 1.08-3.98]; women, >333 vs <238 µmol/L; risk ratio, 3.00 [95% CI, 1.45-6.28]). Cox regression analysis showed that for each 59.48-µmol/L increase in uric acid level, cardiovascular mortality and ischemic heart disease mortality increased. Hazard ratios for men were 1.09 (95% CI, 1.02-1.18) and 1.17 (95% CI, 1.06-1.28), and for women were 1.26 (95% CI, 1.16-1.36) and 1.30 (95% CI, 1.17-1.45), respectively, after adjustment for age, race, body mass index, smoking status, alcohol consumption, cholesterol level, history of hypertension and diabetes, and diuretic use. Further analysis, stratifying by cardiovascular risk status, diuretic use, and menopausal status, confirmed a significant association of uric acid and cardiovascular mortality in all subgroups except among men using diuretics (n=79) and men with 1 or more cardiovascular risk factors (n=1140).Conclusion Our data suggest that increased serum uric acid levels are independently and significantly associated with risk of cardiovascular mortality. Figures in this Article Many, but not all, epidemiological studies have suggested that serum uric acid is a risk factor for cardiovascular disease.1- 9 Increased serum uric acid levels are linked to obesity, dyslipidemia, and hypertension (insulin resistance or syndrome X), all of which are also associated with increased risk for cardiovascular disease.3 However, the specific role of serum uric acid in this constellation remains uncertain.10 An earlier report, based on the First National Health and Nutrition Examination Survey (NHANES I) Epidemiologic Follow-up Study (NHEFS), 1971-1987,8 indicated that baseline serum uric acid level was an independent predictor of mortality and, particularly, of ischemic heart disease death but only for women. Recently, a study generated from Framingham Heart Study data reported that by controlling for other risk factors, the apparent relationship of uric acid to cardiovascular or all-cause mortality was not sustained.9 The authors concluded that use of diuretics was the covariate most responsible for reducing the statistical significance of serum uric acid to cardiovascular outcome.9 To further explore the now unresolved relationship of serum uric acid to cardiovascular disease, we report on an extension of the NHEFS from 1987 to 1992. The additional 5 years of follow-up has nearly doubled the number of deaths (892 to 1593) available for analysis.8 This updated report extends the earlier study of the association of serum uric acid levels with cardiovascular mortality and ischemic heart disease mortality in men and women and, for the first time, examines this relationship separately for blacks and whites, accounting for diuretic use, cardiovascular risk profile, and menopausal status among women.
Article
To determine the effects of longer term modest salt reduction on blood pressure, hormones, and lipids. Systematic review and meta-analysis. Medline, Embase, Cochrane Hypertension Group Specialised Register, Cochrane Central Register of Controlled Trials, and reference list of relevant articles. Randomised trials with a modest reduction in salt intake and duration of at least four weeks. Data were extracted independently by two reviewers. Random effects meta-analyses, subgroup analyses, and meta-regression were performed. Thirty four trials (3230 participants) were included. Meta-analysis showed that the mean change in urinary sodium (reduced salt v usual salt) was -75 mmol/24 h (equivalent to a reduction of 4.4 g/day salt), and with this reduction in salt intake, the mean change in blood pressure was -4.18 mm Hg (95% confidence interval -5.18 to -3.18, I(2)=75%) for systolic blood pressure and -2.06 mm Hg (-2.67 to -1.45, I(2)=68%) for diastolic blood pressure. Meta-regression showed that age, ethnic group, blood pressure status (hypertensive or normotensive), and the change in 24 hour urinary sodium were all significantly associated with the fall in systolic blood pressure, explaining 68% of the variance between studies. A 100 mmol reduction in 24 hour urinary sodium (6 g/day salt) was associated with a fall in systolic blood pressure of 5.8 mm Hg (2.5 to 9.2, P=0.001) after adjustment for age, ethnic group, and blood pressure status. For diastolic blood pressure, age, ethnic group, blood pressure status, and the change in 24 hour urinary sodium explained 41% of the variance between studies. Meta-analysis by subgroup showed that in people with hypertension the mean effect was -5.39 mm Hg (-6.62 to -4.15, I(2)=61%) for systolic blood pressure and -2.82 mm Hg (-3.54 to -2.11, I(2)=52%) for diastolic blood pressure. In normotensive people, the figures were -2.42 mm Hg (-3.56 to -1.29, I(2)=66%) and -1.00 mm Hg (-1.85 to -0.15, I(2)=66%), respectively. Further subgroup analysis showed that the decrease in systolic blood pressure was significant in both white and black people and in men and women. Meta-analysis of data on hormones and lipids showed that the mean change was 0.26 ng/mL/h (0.17 to 0.36, I(2)=70%) for plasma renin activity, 73.20 pmol/L (44.92 to 101.48, I(2)=62%) for aldosterone, 187 pmol/L (39 to 336, I(2)=5%) for noradrenaline (norepinephrine), 37 pmol/L (-1 to 74, I(2)=12%) for adrenaline (epinephrine), 0.05 mmol/L (-0.02 to 0.11, I(2)=0%) for total cholesterol, 0.05 mmol/L (-0.01 to 0.12, I(2)=0%) for low density lipoprotein cholesterol, -0.02 mmol/L (-0.06 to 0.01, I(2)=16%) for high density lipoprotein cholesterol, and 0.04 mmol/L (-0.02 to 0.09, I(2)=0%) for triglycerides. A modest reduction in salt intake for four or more weeks causes significant and, from a population viewpoint, important falls in blood pressure in both hypertensive and normotensive individuals, irrespective of sex and ethnic group. Salt reduction is associated with a small physiological increase in plasma renin activity, aldosterone, and noradrenaline and no significant change in lipid concentrations. These results support a reduction in population salt intake, which will lower population blood pressure and thereby reduce cardiovascular disease. The observed significant association between the reduction in 24 hour urinary sodium and the fall in systolic blood pressure, indicates that larger reductions in salt intake will lead to larger falls in systolic blood pressure. The current recommendations to reduce salt intake from 9-12 to 5-6 g/day will have a major effect on blood pressure, but a further reduction to 3 g/day will have a greater effect and should become the long term target for population salt intake.
Article
Sparse longitudinal data exist on how diet influences microalbuminuria and estimated GFR (eGFR) decline in people with well-preserved kidney function. Of the 3348 women participating in the Nurses' Health Study who had data on urinary albumin to creatinine ratio in 2000, 3296 also had data on eGFR change between 1989 and 2000. Cumulative average intake of nutrients over 14 years was derived from semiquantitative food frequency questionnaires answered in 1984, 1986, 1990, 1994, and 1998. Microalbuminuria presence and eGFR decline > or = 30% were the outcomes of interest. Compared with the lowest quartile, the highest quartile of animal fat (odds ratio (OR): 1.72; 95% confidence interval (CI): 1.12 to 2.64) and two or more servings of red meat per week (OR: 1.51; 95% CI: 1.01 to 2.26) were directly associated with microalbuminuria. After adjustment for other nutrients individually associated with eGFR decline > or = 30%, only the highest quartile of sodium intake remained directly associated (OR: 1.52; 95% CI: 1.10 to 2.09), whereas beta-carotene appeared protective (OR: 0.62, 95% CI: 0.43 to 0.89). Results did not vary by diabetes status for microalbuminuria and eGFR outcomes or in those without hypertension at baseline for eGFR decline. No significant associations were seen for other types of protein, fat, vitamins, folate, fructose, or potassium. Higher dietary intake of animal fat and two or more servings per week of red meat may increase risk for microalbuminuria. Lower sodium and higher beta-carotene intake may reduce risk for eGFR decline.
Article
As the major regulator of arterial blood pressure and sodium balance, the renin axis supports normotension or hypertension via angiotensin-mediated vasoconstriction and angiotensin plus aldosterone-induced renal sodium retention. In this endocrine servo control, renal renin is released by hypotension or salt depletion; conversely, with hypertension or volume excess, plasma renin activity falls to zero. Accordingly, any renal renin secretion is abnormal in the face of arterial hypertension. Human hypertensive disorders comprise a spectrum of abnormal vasoconstriction-volume products (renin-sodium profiles). Excess plasma renin activity for the sodium balance is created by nephron heterogeneity in which a subpopulation of ischemic nephrons hypersecretes renin and retains sodium. This excess renin impairs adaptive natriuresis of neighboring normal nephrons. Research defining the pivotal role of vascular cytosolic calcium for transducing sodium or renin-mediated vasoconstriction explains the selective value of calcium antagonists for correcting the sodium-volume-mediated, and beta-blockers or angiotensin converting enzyme inhibitors for correcting renin-mediated, arteriolar vasoconstriction. The renin precursor prorenin appears to be physiologically active, causing selective vasodilation that offsets renin-mediated vasoconstriction. Overactivity of prorenin may be involved in the hyperperfusion vascular injuries of diabetes mellitus and toxemias. Prorenin underactivity may facilitate renin-mediated ischemic vascular injury. In essential hypertension, undue plasma renin activity is powerfully and independently associated with heart attack risk. Conversely, patients with low renin activity are protected from heart attack despite higher blood pressures and greater age. Also, renin or angiotensin administration consistently causes vascular injury in the heart, brain, and kidneys of animals. These data suggest new potentials for the prevention of cardiovascular sequelae (heart attack and stroke) by using explicit strategies to curtail plasma renin activity.
Article
In the last 20 years, serum enzyme and isoenzyme levels have become the final arbiters by which acute myocardial infarction is diagnosed or excluded. We review the characteristics of these enzymes, the methods and limitations of commonly used assays, and data on diagnostic accuracy and clinical implications of enzyme levels in various settings and offer recommendations on their optimal use. Because of the poor sensitivity of single measurements of cardiac enzyme levels, these assays should not be used in the emergency room to exclude myocardial infarction. If myocardial infarction is suspected, levels of creatine kinase and its MB fraction should be measured at admission and about 12 and 24 hours later. If a myocardial infarction may have occurred more than 24 hours before evaluation, then lactate dehydrogenase isoenzyme measurements may increase diagnostic accuracy. Used properly, these assays are remarkably sensitive, but like all tests, optimal interpretation requires insight into technical pitfalls and other causes of misleading results.
Article
Over a 34.5-month period, all admissions to 5 university hospital coronary care units were screened for eligibility for the Multicenter Investigation of the Limitation of Infarct Size (MILIS), an ongoing study of the effects of hyaluronidase, propranolol and placebo on myocardial infarct (MI) size. Of 3,697 patients with greater than or equal to 30 minutes of discomfort that was thought to reflect myocardial ischemia who were assessed for the presence or absence of certain electrocardiographic abnormalities at the time of hospital admission, the electrocardiogram was considered predictive of acute MI if greater than or equal to 1 of the following abnormalities was present: new or presumably new Q waves (greater than or equal to 30 ms wide and 0.20 mV deep) in at least 2 of the 3 diaphragmatic leads (II, III, aVF), or in at least 2 of the 6 precordial leads (V1 to V6), or in I and aVL; new or presumably new ST-segment elevation or depression of greater than or equal to 0.10 mV in 1 of the same lead combinations; or complete left bundle branch block. In the screened population, the diagnostic sensitivity of the electrocardiographic criteria was 81%, whereas the overall infarct rate in the total population screened was 49%. The diagnostic specificity of these entry criteria was 69% and the predictive value 72%.(ABSTRACT TRUNCATED AT 250 WORDS)
Article
Salt sensitivity is characterized by an alteration of kidney function that necessitates higher arterial pressure to excrete a given amount of sodium and is expressed as a reduction in the slope of the pressure-natriuresis relation. Excess renal exposure to catecholamines, angiotensin II, aldosterone, and other mineralocorticoids all reduce the sensitivity of the pressure-natriuretic relation and lead to salt sensitivity. Inhibition of these pathways has opposite effects, as do excess circulating atrial natriuretic peptide and overactivity of various intrarenal paracrine systems, including vasodilator and natriuretic products of arachidonic acid metabolism, such as prostaglandin E2 and kinins. Salt sensitivity can also be inherited and ongoing studies are attempting to identify the genes that contribute to this trait. Abnormalities of renal function of Dahl salt-sensitive rats appear to precede the hypertension resulting from high salt intake. Although polymorphic differences have been identified between the Dahl salt-sensitive rat and normotensive rats, the specific genes contributing to the salt sensitivity have not yet been determined.