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70 Rev. Cienc. Agrar., v. 60, n. 1, p. 70-76, jan./mar. 2017
http://dx.doi.org/10.4322/rca.2424
ARTIGO ORIGINAL
Recebido: 02 ago. 2016
Aceito: 17 abr. 2017
1 Universidade Federal de Uberlândia – UFU,
Campus Monte Carmelo, Rodovia LMG-746,
km 01, 38500-000, Monte Carmelo, MG, Brasil
2 Programa de Pós-graduação em Agronomia,
Universidade Federal de Uberlândia – UFU,
Campus Monte Carmelo, Rodovia LMG-746,
km 01, 38500-000, Monte Carmelo, MG, Brasil
*Autor Correspondente:
E-mail: cleytonalvarenga@ufu.br
PALAVRAS-CHAVE
Lactuca sativa L.
Cultivo orgânico
Plantas de cobertura
KEYWORDS
Lactuca sativa L.
Organic cultivation
Cover crops
RESUMO: O cultivo de alface no sistema orgânico é crescente no Brasil. No entanto, para
ser cultivada no sistema orgânico, faz-se necessário utilizar sementes provenientes de sistema
orgânico conforme exigências da legislação brasileira. Atualmente, são escassas pesquisas
referentes ao desempenho agronômico e à qualidade siológica de sementes de alface no
sistema orgânico. Diante do exposto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a produção e a
qualidade siológica de sementes de alface no sistema orgânico e mineral. Foram realizados
dois experimentos distintos no campo [experimento I, cujos tratamentos foram plantas
de cobertura na ausência de cama de frango e experimento II, cujos tratamentos foram
plantas de cobertura na presença de cama de frango], utilizando o delineamento em blocos
casualizados (DBC) e quatro repetições em ambos os experimentos. Para avaliar o efeito
do mineral em ambos os experimentos, foram previamente reservadas quatro parcelas em
cada experimento, também casualizadas em DBC, para que posteriormente fosse realizado
o transplantio da alface na condição convencional (mineral) sem a presença de plantas
de cobertura e cama de frango. Pode-se vericar que a adubação orgânica com cama de
frango associada a diferentes adubos verdes como planta de cobertura é uma alternativa
viável tanto para a produção de alface quanto para a produção e a qualidade siológica de
sementes. A substituição da adubação mineral pela orgânica é benéca ao desenvolvimento
da alface e de suas sementes.
ABSTRACT: Lettuce cultivation in the organic system is increasing in Brazil. However,
the cultivation in the organic system requires the use of seeds from the organic system as
per the Brazilian legislation. There is little research on the agronomic performance and
the physiological quality of lettuce seeds in the organic system. Thus, this work aimed to
evaluate the production and physiological quality of lettuce seeds in the organic and mineral
system. Two experiments were carried out in the Experiment I [Experiment I (Cover Plants
in Absence of poultry litter) and Experiment II (Cover Plants in the Presence of poultry
litter) using the randomized block design (DBC) and four replications in both experiments.
To evaluate the effect of the mineral, in the two experiments, four plots were reserved in
each experiment, also randomized in DBC, so that the transplanting of the lettuce was
carried out in the conventional (mineral) condition without the presence of cover plants
and poultry litter. It was veried that the organic fertilization with poultry litter associated
with different green fertilization as cover plant is a viable alternative to the production of
lettuce and seeds in organic system. The replacement of mineral fertilization by organic is
benecial to the development of lettuce and its seeds.
Produção e qualidade fisiológica de sementes
de alface cultivada com adubação orgânica e
mineral
Production and physiological quality of lettuce seeds
grown with organic and mineral fertilization
Jéssica Beatriz de Carvalho1
Júlia Mundim Nascimento Mota1
Cleyton Batista de Alvarenga1*
Gabriel Mascarenhas Maciel1
Adriane de Andrade Silva1
Monique Ellis Aguilar Borba2
Produção e qualidade siológica de sementes de alface cultivada com adubação orgânica e mineral
71
Rev. Cienc. Agrar., v. 60, n. 1, p. 70-76, jan./mar. 2017
2 Material e Métodos
Os experimentos foram conduzidos no campo, na Estação
Experimental de Hortaliças (altitude 873 m, 18º 42’ 43,19” S
e 47º 29’ 55,8”) e no Laboratório de Análise de Sementes
e Recursos Genéticos (Lagen), da Universidade Federal de
Uberlândia (UFU), em Monte Carmelo (MG), entre fevereiro
de 2015 e janeiro de 2016.
Foram realizados dois experimentos distintos em condições
de campo [experimento I (plantas de cobertura na ausência
de cama de frango) e experimento II (plantas de cobertura na
presença de cama de frango] utilizando o delineamento em
blocos casualizados (DBC) com quatro repetições. Para avaliar
o efeito da adubação mineral, em ambos os experimentos, foram
previamente reservadas quatro parcelas em cada experimento
(experimento I e experimento II), para que posteriormente fosse
realizado o transplantio da alface na condição convencional
(mineral) sem a presença de plantas de cobertura e cama de
frango. As parcelas foram representadas por canteiros de
0,25 metro de altura, 1,2 metro de largura por 3 metros de
comprimento, totalizando 3,6 m2 por parcela constituída por
cinco linhas de plantio, sendo as três centrais consideradas úteis.
Com o auxílio de uma enxada rotativa, para ambos os
experimentos, foram construídos os canteiros para a semeadura
das plantas de cobertura, individualmente em cada canteiro.
As plantas utilizadas para adubação de cobertura foram as
leguminosas crotalária (Crotalaria juncea L.) e girassol
(Helianthus annuus), semeadas no espaçamento de 0,5 metro
entre linhas, e as gramíneas braquiária (Brachiaria ruziziensis)
e milheto (Pennisetum americanum), semeadas a lanço na
quantidade de 15 kg ha-1. A semeadura das quatro espécies
de plantas de cobertura ocorreu em 13 de fevereiro de 2015.
Após 40 dias da semeadura, as plantas de cobertura
(crotalária, girassol, braquiária e milheto) atingiram a fase de
orescimento. Em seguida, foram trituradas com o auxílio de
um triturador do tipo trincha fabricado pela Vicon, modelo 1.60,
e decorridos quinze dias, foi utilizada enxada rotativa para
incorporação dos restos vegetais e reestruturação dos canteiros
com o intuito de realizar o transplantio das mudas de alface
sobre os canteiros com as plantas de cobertura e nas parcelas
do tratamento convencional (Mineral), utilizando a cultivar
UFU MC BIOFORT que pertence ao banco de germoplasma
de Alfaces Bioforticadas da UFU. A cultivar UFU MC
BIOFORT1 é do tipo crespa, rica em carotenoides, com boa
aceitação pelos produtores familiares da região e está presente
em parte da merenda escolar do Triângulo Mineiro e Alto
Paranaíba em Minas Gerais.
As mudas de alface do sistema orgânico foram obtidas
em bandejas de poliestireno de 200 células, preenchidas com
substrato comercial à base de bra de coco e cama de frango na
proporção de 1:1. Às mudas do sistema convencional, a cama
de frango foi substituída por adubação mineral. O transplantio
foi realizado no espaçamento de 0,25 × 0,25, cerca de 35 dias
após a semeadura.
O experimento I não recebeu adição de cama de frango nos
canteiros, sendo constituído apenas pelas plantas de cobertura
e pelo tratamento com adubação convencional mineral.
Ao experimento II, além dos efeitos das plantas de
cobertura, foram adicionados 3,13 kg de cama de frango por
1 Introdução
A alface (Lactuca sativa L.) é cultivada em todas as regiões
brasileiras, sendo consumida principalmente na forma de salada.
É apreciada pelo sabor, qualidade nutricional e preço atrativo
para o consumidor (Resende et al., 2007). No Brasil, existe
uma grande diversidade de cultivares de alface disponíveis
(Suinaga et al., 2013) e os principais tipos de alface cultivados
em ordem de importância econômica são a crespa, a americana,
a lisa e a romana (Sala & Costa, 2012).
A produção de hortaliças em sistema orgânico é uma
atividade em crescimento no mundo. Diante dos relatos sobre
a contaminação de hortaliças com produtos tossanitários, os
produtos orgânicos têm sido considerados mais conáveis para o
consumo (Sediyama et al., 2014). Em 2015, a área de produção
orgânica no Brasil abrangeu aproximadamente 950 mil hectares,
com 11.084 produtores registrados no cadastro nacional de
produtores orgânicos. Ademais, vale ressaltar que são produtos
que possuem maior valor agregado e, em média, superam em
30% os valores das hortaliças convencionais (Brasil, 2015).
Com base na Lei no 10.831⁄2011, considera-se produto
orgânico aquele obtido em sistema orgânico de produção
agropecuário ou oriundo de processo extrativista sustentável
e não prejudicial ao ecossistema local (Brasil, 2003). A IN 46,
de 6 de outubro de 2011, concretiza a proibição da utilização
de sementes e mudas não obtidas em sistemas orgânicos de
produção a partir de 19 de dezembro de 2013, exceto nos
casos em que ocorra indisponibilidade ou inadequação dessas
sementes e mudas. Em tais situações, será permitida a utilização
de sementes produzidas no sistema convencional ausente de
tratamento de sementes (Brasil, 2011).
A utilização de sementes de alta qualidade é a base para
o aumento da produtividade agrícola (Freitas & Nascimento,
2006). Com a nova lei de sementes orgânicas, tal atributo
passou a apresentar mais relevância, com uma nova vertente
– sementes orgânicas de alta qualidade. Diante desse contexto,
faz-se necessário validar a combinação de sistemas orgânicos
já existentes e os seus efeitos na produção e qualidade
siológica das sementes de alface. Há relatos de que o uso de
adubação orgânica em diversas espécies tem proporcionado
resultados benécos na produção (Fontanétti et al., 2006;
Santi et al., 2010; Cavalcante et al., 2015; Oliveira et al., 2010;
Silva et al., 2010; Cavallaro Júnior et al., 2009) e na qualidade
siológica das sementes (Diniz et al., 2009; Villela et al.,
2010; Nascimento et al., 2012). A adubação orgânica da alface
com cama de frango tem como principal função o suprimento
de nutrientes às plantas, além da ação benéca da matéria
orgânica no solo. Outra alternativa viável para se adicionar
matéria orgânica ao solo é a adubação verde. São escassas
as pesquisas que relacionam os efeitos da adubação orgânica
com cama de frango, associadas ou não ao uso de plantas de
cobertura na produção e qualidade siológica de sementes
orgânicas de alface.
Diante do exposto, este trabalho foi conduzido com o objetivo
de avaliar a produção e a qualidade siológica de sementes
de alface na presença ou ausência da adubação orgânica com
cama de frango associadas a diferentes plantas de cobertura
em comparação à adubação mineral.
Carvalhoetal.
72 Rev. Cienc. Agrar., v. 60, n. 1, p. 70-76, jan./mar. 2017
A primeira contagem da germinação (PC) foi realizada
em conjunto com o teste de germinação, mediante o registro
das porcentagens de plântulas normais no quarto dia após a
semeadura (Brasil, 2009).
O índice de velocidade de germinação (IVG) foi realizado
em conjunto com o teste de geminação, computando-se o
número de sementes germinadas a cada dia:
O teste de condutividade elétrica (CE) foi realizado
utilizando-se quatro subamostras de 25 sementes previamente
pesadas em balança de precisão (0,0001 g). Em seguida, as
sementes foram colocadas em copos plásticos descartáveis
contendo 50 mL de água destilada, com condutividade elétrica
entre 1 e 3 µS cm-1, e permaneceram em incubadora BOD a
25 °C. A leitura da condutividade elétrica ocorreu após 24 horas
de embebição das sementes. Os resultados foram expressos
em µS cm-1 g-1 de sementes.
O delineamento estatístico utilizado foi em blocos casualizados
com cinco tratamentos (crotalária, girassol, milheto, braquiária
e mineral) e quatro repetições.
Os resultados foram submetidos aos testes de Levene
e Shapiro-Wilk, com o objetivo de avaliar a variância e a
normalidade dos erros. Na análise dos dados, empregou-se
análise de variância e as médias foram comparadas pelo
teste de Tukey a 5% de probabilidade por meio do programa
computacional GENES (Cruz, 2013).
3 Resultados e Discussão
A palhada de braquiária na presença de cama de frango
proporcionou incremento signicativo no diâmetro da haste em
relação aos demais tratamentos e aumento de 26,8% em relação
à adubação mineral. Na qualidade siológica de sementes, a
germinação (91,25%) e o índice de velocidade de germinação
(90,83%) na palhada com braquiária apresentaram resultados
acima de 90%, semelhantes aos da adubação mineral (Tabela 1).
A palhada de crotalária na presença de cama de frango
incrementou o teor de clorola A no dossel inferior (12,1%)
em relação ao milheto e não se diferenciou estatisticamente
do mineral. Para a variável peso de mil sementes, não houve
diferença estatística na adubação com crotalária (0,98g) em
relação à adubação com milheto, a qual se destacou nesse
parâmetro. A crotalária obteve valores signicativos para
germinação (93%) e índice de velocidade de germinação
(91,54%), apresentando-se estatisticamente diferente de girassol
e milheto. Para a variável produtividade de semente, esse
tratamento cou entre os mais produtivos (10,10 g planta-1) e
foi diferente de girassol e mineral.
Os resultados nos parâmetros da qualidade das sementes
mostram que a adubação com crotalária sobressai na avaliação
das sementes em relação às demais adubações verdes e pode
proporcionar resultados melhores do que a adubação mineral.
Na literatura, poucos trabalhos relacionam as adubações verdes
com a qualidade siológica das sementes de alface. Bruno et al.
(2007), ao avaliarem a germinação de sementes de cenoura
cultivadas com adubação orgânica e convencional, vericaram
que o desenvolvimento vegetativo das cenouras adubadas com
composto orgânico mais biofertilizante via planta resultou em
sementes com maior potencial germinativo e vigor. Isso mostra
parcela, fornecida no momento do transplantio das mudas de
alface, exceto nas parcelas que foram adubadas pelo sistema
convencional (Mineral).
A quantidade de cama de frango foi recomendada com
base na análise de solo e da cama de frango conforme descrito
a seguir: o solo apresentou as seguintes características:
pH (H
2
O) = 5,9; P disponível = 30,1 mg dm
-3
; K = 0,22 cmolc dm
-3
;
Ca+2 = 2,8 cmolc dm-3; Mg = 1,0 cmolc dm-3; H + Al trocável = 3,40 cmolc dm-3;
matéria orgânica (MO) = 4,2 dag kg-1; índice SMP = 3,40;
Alumínio = 0,0 cmolc dm-3; CTC pH 7,0 = 7,42 cmolc dm-3;
Sat CTC pH 7,0 por bases = 54%; Sat CTC efetiva por alumínio = 0;
cobre; 2,3 mg dm
-3
; zinco = 6,6 mg dm
-3
e manganês = 6,6 mg dm
-3
.
A cama de frango apresentou as seguintes características:
umidade = 8,75%; pH CaCl
2
0,01M (ref. 1:5) = 9,20. Teores calculados
na base seca: N = 2,28%; MO = 82,29%; carbono = 45,72%;
resíduo mineral = 18,31%; relação C/N total (C total e N total) = 20/1;
relação C/N total (C orgânico e N total) = 18/1; P
2
O
5
= 0,60%;
K
2
O = 6,26%; Ca = 0,73%; Mg = 0,30%; S = 0,25%; B = 51 mg kg
-1
;
Cu = 47 mg kg-1; Fe = 668 mg kg-1; Mn = 83 mg kg-1;
Zn = 64 mg kg-1; Na = 517 mg kg-1.
Foram avaliados os teores de clorola a e b no dossel inferior,
mediano e superior: medido com o auxílio de um clorolômetro
do tipo Clorolog – CFL 1030 Falker onde foram avaliadas seis
folhas em cada terço a 0,02 m de sua borda na posição central
da folha e a 0,05 m em ambos os lados da nervura central; o
diâmetro da haste (cm): medido com paquímetro digital em
centímetros; o diâmetro de copa (cm): obtido com o auxílio
de uma régua graduada em centímetros; o número de folhas:
determinado considerando folhas até o tamanho mínimo de
0,07 m e desprezando-se as folhas amarelas ou secas que
apresentavam avançado estado de senescência.
A massa fresca e seca da raiz e da parte aérea: as folhas
e raízes foram acondicionadas separadamente, em sacos de
papel, levadas para a estufa (SOLAB SL-102), na temperatura
de 70 °C, até se obter massa constante e, posteriormente,
foram pesadas em balança de precisão (Shimadzu UX6 200H).
Essas avaliações foram realizadas em 16 de maio de 2015,
medindo-se essas variáveis em seis plantas por parcela.
A colheita das sementes e a produtividade de sementes
por planta foram obtidas apenas das plantas da parcela útil.
A colheita foi realizada entre 119 e 130 dias após a semeadura
(DAS). As sementes foram colhidas separadamente e colocadas
em sacos de papel devidamente identicados e armazenados
em câmara fria.
O grau de umidade foi determinado pelo método em estufa
aos 105 ± 3 °C, por 24 horas, utilizando-se duas subamostras por
lote, pesando aproximadamente 5,0 g de sementes por amostra.
O peso de 1.000 sementes (PMS) foi efetuado de acordo
com as regras para análise de sementes (RAS) (Brasil, 2009).
O teste de germinação (%G) foi conduzido em quatro
repetições de 100 sementes obtidas de amostras coletadas de
cada lote de sementes referente a cada tratamento, distribuídas
uniformemente sobre papel-toalha umedecido com quantidade
de água destilada equivalente a 2,5 vezes o peso do substrato,
em caixas plásticas transparentes (gerbox) mantidas em
incubadora BOD a 25 °C. Foram realizadas contagens diárias
para determinação do índice de velocidade de germinação (IVG),
sendo no 28o dia após a semeadura computada a porcentagem
de plântulas normais (Brasil, 2009).
Produção e qualidade siológica de sementes de alface cultivada com adubação orgânica e mineral
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Rev. Cienc. Agrar., v. 60, n. 1, p. 70-76, jan./mar. 2017
de mil sementes, valor inferior ao observado nesse trabalho
quando a adubação verde foi realizada com milheto na presença
de cama de frango.
Para a condutividade elétrica de sementes, a adubação com
milheto proporcionou maior valor, sendo aproximadamente
o triplo em relação a outros tratamentos (25,10 µS.cm-1.g-1).
Sugere-se que o uso de palhada de milheto potencializou o
processo de deterioração das sementes de alface, pois alta
condutividade é indicativo de baixo vigor (Gonzales et al.,
2009). Para os demais tratamentos (braquiária, crotalária,
girassol e mineral), não houve diferença estatística ao avaliar
esse parâmetro, que se apresentou com menor valor, reetindo
em maior vigor em relação ao milheto. Marini et al. (2009)
ressaltam que no teste de condutividade elétrica a avaliação
da qualidade da semente é feita mediante quanticação de
lixiviados na solução de embebição. Os baixos valores de
condutividade elétrica correspondem à menor liberação de
exsudatos lixiviados e indicam maior vigor. Isso demonstra
uma maior organização dos sistemas de membranas das células.
Para produtividade de semente, a palhada de milheto cou
entre os tratamentos que proporcionaram maior rendimento
(9,95 g planta-1).
As diferentes adubações não proporcionaram diferenças
estatísticas para as variáveis clorola B, na posição mediana
do dossel e diâmetro de planta.
A alface é uma folhosa muito presente na mesa dos brasileiros,
sendo as folhas a parte da planta a ser consumida. Assim, o
que a substituição da adubação mineral pela adubação orgânica
pode ser ecaz na produção de sementes.
A palhada de girassol proporcionou, na avaliação do
dossel inferior, incremento no teor de clorola A em relação
ao milheto (13,9%) e B em relação ao milheto (27,7%) e à
braquiária (17,7%). A massa fresca de raiz foi 5,7 vezes maior
em relação à adubação mineral. O incremento de massa fresca
e massa seca de parte aérea (29,0 e 41,4%, respectivamente)
proporcionado pela palhada do girassol mais cama de frango
também foi evidenciado em relação ao uso do adubo mineral.
Na avaliação de semente, essa planta de cobertura adubo não
proporcionou os melhores resultados para nenhuma variável
analisada.
A palhada de milheto proporcionou incremento no número
de folhas de alface (21,54) em relação à adubação mineral.
Ao avaliar massa fresca de raiz, a adubação com milheto e cama
de frango proporcionou peso (6,2 vezes) maior em relação à
adubação mineral e para massa seca de raiz apresentou o dobro
de peso em relação ao mineral. Na variável massa fresca de
parte aérea, obteve-se 29,0% de incremento, e para massa seca
de parte aérea, 33,7% em relação ao mineral. O peso de mil
sementes se destacou quando a alface foi adubada com milheto
(1,09 g), e não diferiu do mineral. Cardoso et al. (2011), ao
avaliarem a inuência das propriedades do solo adubado com
composto orgânico sobre a qualidade siológica de sementes
de alface crespa, obtiveram uma média de 0,93 g para peso
Tabela 1. Teores de clorola (a e b), avaliações agronômicas de interesse comercial e qualidade siológica das sementes de alface cultivadas com
diferentes adubos verdes na presença de cama de frango (experimento I).
Table 1. Chlorophyll content (a and b), agronomic evaluations of commercial interest and physiological quality of lettuce seeds cultivated with
different cover plants in the presence of poultry litter (experiment I).
Tratamentos Braquiária Crotalária Girassol Milheto Mineral CV (%)
Clorofila
CAS 20,60b 20,30b 20,80b 22,00b 25,60a 7,15
CAM 21,30b 22,50ab 22,60ab 22,70ab 24,50a 4,45
CAI 22,70ab 23,90a 24,40a 21,00b 24,70a 4,15
CBS 2,67b 3,31b 3,09b 3,34b 4,71a 9,50
CBM 3,90a 4,00a 4,12a 3,80a 4,10a 4,27
CBI 3,71bc 3,84abc 4,51a 3,26c 4,23ab 8,37
Avaliações agronômicas de interesse
DH (cm) 1,90a 1,51b 1,48b 1,55b 1,39b 5,79
NF 17,62bc 17,66bc 19,83ab 21,54a 16,25c 5,97
DP (cm) 32,62a 33,37a 33,29a 31,75a 32,16a 3,30
MFR (g) 67,00b 42,00bc 131,00a 143,00a 23,00c 13,72
MSR (g) 1,50ab 1,20ab 1,50ab 2,00a 1,00b 29,53
MFPA (g) 280,00ab 250,00bc 310,00a 310,00a 220,00c 5,95
MSPA (g) 8,63b 9,31b 13,18a 11,64a 7,72b 8,49
Qualidade das sementes
PMS (g) 0,88bc 0,98ab 0,68c 1,09a 0,89ab 9,91
G (%) 91,25a 93,00a 71,50b 76,00b 95,00a 5,80
IVG 90,83a 91,54a 58,98b 58,25b 90,58a 6,60
CE 7,17a 6,95a 7,26a 25,10b 8,16a 13,44
PS 8,37ab 10,10a 6,52bc 9,95a 4,99c 12,78
CAS: clorola A no dossel superior; CAM: clorola A no dossel mediano; CAI: clorola A no dossel inferior; CBS: clorola B no dossel superior; CBM: clorola
B no dossel mediano; CBI: clorola B no dossel inferior; DH: diâmetro da haste; NF: número de folhas; DP: diâmetro da planta; MFR: massa fresca da
raiz; MSR: massa seca da raiz; MFPA: Massa Fresca de Parte Aérea; MSPA: Massa Seca de Parte Aérea; PMS: peso de mil sementes; G: porcentagem de
germinação; IVG: índice de velocidade de germinação; CE: condutividade elétrica; PS: produtividade de sementes. Letras iguais não diferem entre si na
mesma linha a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey.
Carvalhoetal.
74 Rev. Cienc. Agrar., v. 60, n. 1, p. 70-76, jan./mar. 2017
concentração de carotenoides. Assim, a adubação com mineral
seguida de girassol e de crotalária proporcionou maior teor de
carotenoides às alfaces. Essa informação é fundamental, pois
fornece subsídios importantes referentes à melhor forma de
produzir esta cultivar, permitindo, assim, a produção de um
alimento rico em carotenoides na merenda escolar.
Tais autores corroboram Oliveira et al. (2010), ao armarem
que as hortaliças folhosas apresentam bom desenvolvimento
com o uso de adubação orgânica. Além disso, a adubação
orgânica não só incrementa a produtividade, mas também
pode produzir plantas com qualidades superiores em relação
às que são cultivadas com adubos minerais, inuenciando as
características nutritivas dessa hortaliça (Silva et al., 2011).
Oliveira et al. (2006) observaram que a adubação orgânica
com cama de aviário aplicada parceladamente sobre cobertura
viva de grama batatais e amendoim forrageiro proporciona
incremento no diâmetro de cabeça, massa fresca, massa seca
da alface e produtividade semelhante à obtida em sistema
convencional. Peixoto Filho et al. (2013) observaram que a
alface apresentou melhores resultados em termos de produção
de matéria fresca e seca de plantas, produtividade e número
de folhas, quando adubada com a cama de frango.
Com base nos resultados, é possível observar que a
substituição da adubação mineral pela orgânica é benéca ao
desenvolvimento da alface e de suas sementes e a associação de
diferentes adubos verdes à cama de frango é uma boa alternativa
à produção de alface e sementes em sistema orgânico.
maior número de folhas proporcionado pelas plantas de cobertura
com milheto na presença de cama de frango é importante ao se
analisar a comercialização dessa folhosa. Os dados de DH, NF,
MFR, MSR, MFPA e MSPA, relacionados ao desenvolvimento
morfológico da planta, foram menores na utilização de adubação
mineral. Dessa forma, pode-se sugerir adubação orgânica como
uma alternativa válida à adubação mineral.
Ao comparar o teor de clorola e o desenvolvimento
morfológico da alface, esperava-se que um maior teor de clorola
inuenciasse positivamente no desenvolvimento da planta.
No entanto, observou-se que na presença do milheto como
planta de cobertura a alface apresentou baixa concentração de
clorola e um melhor desenvolvimento da planta, exceto para
diâmetro de haste. Na adubação mineral, obteve-se resultado
inverso, com alto teor de clorola e menor desenvolvimento
da planta.
Analisando os dados de clorola da Tabela 1, pode-se
observar que os valores de clorola A (média de 22,64) em
ambos os dosséis foram superiores em relação aos da clorola B
(média de 3,77). Isso pode ser explicado pelo fato de a clorola
A ser o principal pigmento associado à fotossíntese, enquanto
a clorola B é apenas um pigmento acessório que auxilia
na absorção de luz e transferência de energia aos centros
de reação (Taiz & Zeiger, 2006). A cultivar utilizada para a
avaliação foi a UFU MC BIOFORT1, que possui alto teor de
carotenoides. Cassetari et al. (2015) relataram que em alface
existe correlação de até 80% entre a medida de clorola e a
Tabela 2. Teores de clorola (a e b), avaliações agronômicas de interesse comercial e qualidade siológica de sementes de alface cultivadas com
diferentes adubos verdes na ausência de cama de frango (experimento II).
Table 2. Chlorophyll content (a and b), agronomic evaluations of commercial interest and physiological quality of lettuce seeds cultivated with
different cover plants in the absence of poultry litter (experiment II).
Tratamentos Braquiária Crotalária Girassol Milheto Mineral CV (%)
Clorofila
CAS 23,23b 21,06b 22,22b 23,04b 26,43a 4,39
CAM 22,17c 23,26b 20,45d 22,77bc 24,50a 1,89
CAI 24,67ab 23,77b 26,72a 24,03b 24,76ab 3,89
CBS 3,63ab 3,48ab 3,63ab 3,44b 4,44a 11,72
CBM 3,78a 3,71a 3,55a 3,76a 4,30a 14,51
CBI 4,15a 3,90a 4,19a 3,81a 4,22a 7,64
Avaliações agronômicas de interesse
DH (cm) 1,48a 1,51a 1,41a 1,44a 1,43a 4,14
NF 15,95a 16,37a 17,12a 16,12a 16,75a 6,43
DP (cm) 28,12bc 29,50abc 26,87c 30,29ab 31,33a 4,67
MFR (g) 33,00a 36,00a 149,00a 410,00a 31,00a 140,70
MSR (g) 1,00a 1,00a 1,00a 1,00a 1,00a 29,92
MFPA (g) 180,00b 160,00b 180,00b 270,00a 200,00ab 18,33
MSPA (g) 7,99a 7,74a 7,17a 7,91a 8,32a 20,43
Qualidade das sementes
PMS (g) 0,96a 0,78a 1,01a 0,95a 0,89a 13,28
G (%) 86,75ab 71,50c 76,00bc 79,25bc 95,00a 7,55
IVG 71,48bc 55,53c 76,80ab 73,89b 90,58a 9,64
CE 8,48bc 6,94c 10,05ab 12,05a 8,91bc 13,36
PS 6,35ab 7,64a 6,84ab 5,30b 4,99b 16,20
CAS: clorola A no dossel superior; CAM: clorola A no dossel mediano; CAI: clorola A no dossel inferior; CBS: clorola B no dossel superior; CBM: clorola B
no dossel mediano; CBI: clorola B no dossel inferior; DH: diâmetro da haste; NF: número de folhas; DP: diâmetro da planta; MFR: massa fresca de raiz;
MSR: massa seca de raiz; MFPA: Massa Fresca de Parte Aérea; MSPA: Massa Seca de Parte Aérea; PMS: peso de mil sementes; G: percentagem de
germinação; IVG: índice de velocidade de germinação; CE: condutividade elétrica; PS: produtividade de sementes. Letras iguais não diferem entre si nos
diferentes tratamentos a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey.
Produção e qualidade siológica de sementes de alface cultivada com adubação orgânica e mineral
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Para a comercialização da alface, a adubação de cama de frango
associada ao milheto proporcionou melhores características,
apresentando maior valor para DP, NF, MFR, MSR, MFPA e
MSPA. Todos os tipos de adubação verde, exceto o girassol,
proporcionaram maior produtividade de sementes em relação
à adubação mineral.
Com relação à produção de sementes, a adubação com crotalária
e braquiária associada à cama de frango apresentou resultados
qualitativos e quantitativos relevantes. Esses resultados servem
de base para a produção de sementes destinadas ao sistema
de produção orgânico, visto que a regulamentação estabelece
que as sementes e mudas utilizadas nesse sistema deverão ser
oriundas de cultivos orgânicos (IN46/2011).
Observaram-se resultados da qualidade da semente e
agronômicos melhores na adubação mineral em comparação aos
demais tratamentos (adubos verdes) para diversos parâmetros
(CAS, CAM, CBS, DP, G, IVG). Além disso, os parâmetros
CBM, CBI, DH, NF, MFR, MSR, MSPA e PMS foram similares
aos das demais adubações. Portanto, verica-se que sem a
adição da cama de frango a adubação mineral mostrou-se
mais eciente e os adubos verdes não se destacaram no geral
(Tabela 2).
A adubação com crotalária proporcionou maior produtividade
de sementes (7,64 g planta
-1
) em relação à adubação com
milheto e mineral.
A palhada de girassol proporcionou maior incremento
no teor de clorola A no dossel inferior (11% em relação
à crotalária), contrapondo-se ao resultado obtido no dossel
superior e mediano em que o valor de clorola A cou entre
os mais baixos para esse adubo verde.
A adubação com milheto incrementou, em média, 97 g no
peso da massa fresca da parte aérea da alface em relação aos
tratamentos braquiária, crotalária e girassol. No entanto, essa
palhada proporcionou às sementes de alface maior condutividade
elétrica (12,05 µS.cm-1.g-1), sendo aproximadamente o dobro
em relação à adubação com crotalária. O teor de condutividade
está ligado ao vigor de sementes e essa relação se apresenta de
forma inversa: quanto maior a taxa de condutividade elétrica
da semente, menor a taxa de vigor. Assim, a alface adubada
com milheto apresentou sementes com menor vigor.
Não houve diferença estatística entre os tratamentos para as
variáveis clorola B no dossel mediano e no dossel inferior,
diâmetro de haste, massa seca de parte aérea, massa fresca de
raiz, massa seca de raiz e peso de mil sementes.
4 Conclusões
A adubação orgânica com cama de frango associada a
diferentes adubos verdes como planta de cobertura é uma
alternativa viável tanto para a produção de alface quanto para
a produção e a qualidade siológica de sementes.
A substituição da adubação mineral pela orgânica é benéca
ao desenvolvimento da alface e de suas sementes.
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Contribuição dos autores: Jéssica Beatriz de Carvalho e Júlia Mundim Nascimento Mota são alunas do curso de Agronomia e
este artigo é parte de seu trabalho de conclusão de curso; Cleyton Batista de Alvarenga é o orientador do trabalho de conclusão
de curso das discentes já citadas; Gabriel Mascarenhas Maciel é pesquisador em melhoramento de hortalíças e atua em
olericultura, e foi coorientador no trabalho; Adriane de Andrade Silva atua na área de produto orgânicos e agroecologia, também
foi coorientadora do trabalho e; Monique Ellis Aguilar Borba é mestranda do programa de pós - graduação em Agronomia da
UFU e acompanhou orientando as discentes na instalação do experimento, marcação da área e também na orientação das alunas,
pois muitas vezes já tinha conhecimento prévia para resolver questões diárias da condução do trabalho.
Fonte de nanciamento: Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Minas Gerais e CNPq.
Conito de interesse: Os autores declaram não haver conito de interesse.