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Sexual violence and pregnancy: perceptions and feelings of the victims

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The study aimed to investigate perceptions and feelings of women who became pregnant as a result of rape on sexual violence and pregnancy. Multiple cases design was adopted, with semi-structured interviews. Three participants aged between 20 and 31 years were interviewed, recruited from a maternity hospital in the city of Fortaleza. The perceptions and feelings of women about violence and pregnancy proved lively and intense, blending representations of guilt and fear with feelings of shame, anger, despair and disgust. Among many thoughts and feelings, the multidisciplinary team stood out as key support, influencing new meanings of life for women who were marked by the experience, but were able to move on.

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Este artigo deriva da tese de doutorado da primeira autora, Menina, mulher, filha, mãe? A gravidez decorrente de violência sexual (Santos, 2013). Resumo. A gravidez decorrente de violência sexual traz uma série de com-plexos impactos sobre a maternidade. Neste estudo, investigou-se uma mulher vítima de violência sexual com um fi lho recém-nascido, com o objetivo de identificar os principais impactos psicológicos no desenvolvimento da re-lação mãe/bebê nessa situação adversa. A participante, de 25 anos, era atendida em um programa voltado às vítimas de violência em hospital público de centro urbano. A pesquisa de natureza qualitativa teve como instrumento a entrevista com roteiro semiestruturado e a análise das informações foi realizada adotando-se como referencial teórico o modelo bioecológico de Urie Bronfenbrenner. Os resultados revelaram um sistema familiar com aspectos disfuncionais e a presença de atos de violência na dinâmica transgeracional. Embora tenha sido constatado esforço pessoal no estabelecimento da relação mãe e fi lho, a rede de apoio permaneceu frágil. Foram identificados sentimentos ambivalentes com relação ao agressor e uma necessidade de investir na redução de sintomas sugestivos do Transtorno do Estresse Pós-Traumático, representados por sentimentos persecutórios enfrentados pela vítima. Há, entretanto, projetos definidos de maternidade e atitudes da mãe que tornam clara sua trajetória de resiliência, ainda que embrionária. São reconhecidas as limitações do estudo e indicados estudos futuros que possam aprofundar o tema e abordar estratégias de intervenção psicológica junto a esse público.
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A violência sexual é um dos mais ultrajantes tipos de violação dos direitos humanos, e além de suas conseqüências psicológicas, expõe a vítima ao risco de traumatismos genitais, extragenitais, doenças sexualmente transmissíveis e gravidez. Esta última traz um fardo ainda maior à mulher vitimada, que se depara com a difícil decisão sobre a manutenção ou não da gestação. A literatura tem demonstrado que na maioria dos casos que evoluem para o parto, a via mais recorrente tem sido a cesárea, o que nos motiva a discutir as razões envolvidas nesta prática. RELATO DE CASO: M.C.F.L., 32 anos, natural de Pernambuco, procedente de São Bernardo do Campo, quatro gestações anteriores (três partos vaginais e um cesárea). Vítima de agressões físicas e sexuais pelo pai de seus filhos, fugiu para morar com parentes em Pernambuco, onde foi estuprada por homem desconhecido. Retornou então para São Bernardo, descobrindo estar grávida do agressor, e passou a ser perseguida pelo ex-marido. Neste cenário a paciente, na 37ª semana de gestação, é atendida pelo Programa de Atenção à Violência e Abuso Sexual da Faculdade de Medicina do ABC (PAVAS-SBC), manifestando o desejo de não enfrentar o processo de parto por via vaginal, visto tratar-se de um filho que não consegue aceitar como seu. COMENTÁRIOS: a maioria dos casos de gestação decorrente de abuso sexual ocorre em adolescentes, sendo indicada a cesárea pela desproporção cefalopélvica e imaturidade para compreensão do trabalho de parto. A evolução de uma gestação, incluindo o momento do parto, exigem grande estabilidade emocional da mulher, condição esta minimizada ou ausente naquela agredida sexualmente, o que explica o grande sofrimento trazido pela paciente em questão, fator determinante na indicação de cesárea. É preciso valorizar o contexto social e psicológico em que essa paciente está inserida, a fim de compreender suas angústias e frustrações.
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No Brasil, a realização de interrupção legal de gestação consequente à violência sexual é permitida por lei. O objetivo deste estudo foi relatar vivências de mulheres após a violência sexual, no diagnóstico de gravidez, na busca pelo serviço de interrupção legal da gestação e durante a internação em um hospital universitário. Foi realizada pesquisa qualitativa com entrevistas semiestruturadas em dez mulheres de 18-38 anos e escolaridade ≥ 8 anos, após 1-5 anos da interrupção legal da gestação. As mulheres desconheciam o direito à interrupção legal da gestação, sentiram a violência sexual como experiência vergonhosa, mantiveram segredo e não procuraram qualquer atendimento imediato. O diagnóstico de gravidez provocou sentimentos de angústia e desejo de abortar. Para as mulheres que procuraram o setor de saúde suplementar as orientações foram precárias ou não aconteceram. O atendimento dos profissionais mostrou-se relevante para assimilação da experiência do aborto. É necessário divulgar o direito à interrupção legal da gestação e a existência de serviços que a realizam, e capacitar profissionais de saúde e segurança pública para atender esses casos.
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Introdução os fatores de risco para gravidez indesejada e doenças sexualmente transmissíveis após sexo forçado e desprotegido são bem conhecidos. Objetivo identificar fatores diretos e indiretos associados ao aborto tardio após estupro. Método foi realizada busca nas bases Medline, SciELO, LILACS e The Cochrane Library com os descritores “rape or sex offences”, “pregnancy”, “abortion”, incluindo artigos indexados publicados entre 2009 e 2014. Resultados foram selecionados sete estudos, os quais apresentam somente aspectos indiretos, ainda que atendam os critérios de inclusão. Conclusão evidências indiretas mostraram como diferentes políticas e procedimentos podem contribuir para evitar aborto tardio e inseguro: educação em saúde reprodutiva e sexualidade, término da impunidade do estupro e descriminalização do aborto, melhora no acesso ao aborto precoce seguro removendo-se restrições regulatórias e legais desnecessárias, maior troca de informações para otimizar processos e procedimentos, priorizando os interesses da vítima, além de melhor capacitação das equipes nos serviços de saúde e a prevenção da gravidez e doenças sexualmente transmissíveis, incluindo a infecção por HIV.
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OBJETIVO: Avaliar o funcionamento de serviços públicos de atendimento a mulheres vítimas de violência sexual. MÉTODOS: Estudo de natureza qualitativa realizado em dois serviços públicos de atendimento às mulheres vítimas da violência sexual. Foram realizadas entrevistas com 42 mulheres, sendo 13 que buscaram os serviços e 29 profissionais que trabalhavam nas equipes. A avaliação teve por referência as categorias: acolhimento, acesso, resolutividade e responsabilidade sanitária. RESULTADOS: A análise das entrevistas por categorias revelou haver acolhimento em ambos os serviços, dificuldade de acesso por falta de informação da existência desses serviços, resolutividade de qualidade com equipe multiprofissional. Quanto à responsabilidade sanitária, ela existe nesses serviços especializados, mas é deficiente nos pronto-socorros e unidades básicas de saúde. Muitas mulheres desconhecem os direitos que lhes garantem serviço especializado. Muitas vezes chegam tardiamente aos serviços comprometendo sua eficácia. Há deficiência na referência e contra-referência. CONCLUSÕES: As conclusões permitem ratificar a importância desses serviços de atendimento, a necessidade de sua ampliação descentralizada e a inserção da temática da violência sexual nas graduações dos cursos de saúde.
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Este trabalho é o relato de experiência vivenciada no Grupo de Assistência à Vítima de Violência Sexual (GAVVIS). A violência sexual, fenômeno universal que atinge todas as classes sociais, etnias, religiões e culturas, ocorre em populações de diferentes níveis de desenvolvimento econômico e social. O impacto da violência sexual para a saúde sexual e reprodutiva vem das conseqüências dos traumas físicos, das DST, da gravidez indesejada, agregando danos psicológicos os quais produzem efeitos severos e devastadores, muitas vezes irreparáveis para a saúde mental e até mesmo para a re-inserção social da vítima. O GAVVIS, criado em 2003, é composto por uma equipe multiprofissional com docentes dos Departamentos de Medicina, Enfermagem e Ciências Jurídicas, psicóloga do ambulatório de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Universitário e profissional voluntário do Departamento de Serviço Social. O GAVVIS atende no Hospital Universitário de Taubaté, e os atendimentos de urgência são realizados por profissionais do Pronto-socorro de Ginecologia e Obstetrícia. O objetivo do GAVVIS é minimizar os traumas enfrentados pelas vítimas de VS. Acredita-se que o GAVVIS sirva como modelo num processo de transformação de profissionais cidadãos, críticos e conscientes da importância de participar ativamente de ações de promoção à saúde e prevenção de agravos.
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Avaliou-se o processo e os resultados do tratamento a mulheres vítimas de violência sexual em Hospital Universitário. Estudo prospectivo para avaliar o atendimento de emergência e o seguimento ambulatorial por seis meses de 166 mulheres, pós-púberes, atendidas no Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher da Universidade Estadual de Campinas, entre outubro de 1999 e fevereiro de 2002. Metade era menor de vinte anos, duas não eram alfabetizadas, 70,0% eram solteiras, 20,0% usavam anticoncepcionais, 80,1% foram atendidas até 24 horas pós-agressão. Os agressores eram desconhecidos em 80,0% dos casos e 95,0% tiveram relação vaginal. Anticoncepção de emergência foi administrada a 76,0% das mulheres, antibióticos a 98,0%, imunoglobulina para hepatite B a 95,0% e anti-retrovirais a 90,0%. Retornaram aos 14 dias 137 mulheres, 37,0% não retornaram aos 45 dias e 29,0% completaram seis meses de seguimento. Foi diagnosticado hepatite B e HPV em 2,6%, doença inflamatória pélvica e tricomoníase em 2,1%, sífilis 1,3%, além de três gestações entre 127 que receberam anticoncepção de emergência (2,6%). Não houve infecção pelo HIV. O atendimento de emergência a vítimas de violência sexual é eficiente em reduzir o número de gestações indesejadas e das DST.
Atendimento integral às mulheres vítimas de violência sexual: Centro de Assistência Integral à Saúde da Mulher, Universidade Estadual de Campina
  • A. J. Bedone
  • A. Faúndes
Motivos para interromper legalmente a gravidez decorrente de estupro e efeitos do abortamento nos relacionamentos cotidianos das mulheres
  • J. Drezett
  • D. Pedroso
  • L. H. Gebrim
  • M. L. Matias
  • H. Macedo Júnior
  • L. C. Abreu
A menina mãe: incesto e maternidade
  • C. Cantelmo
  • T. Cavalcante
  • L. Costa
Violência sexual: procedimentos indicados e seus resultados no atendimento de urgência de mulheres vítimas de estupro
  • A. Faúndes
  • C. F. Rosas
  • A. J. Bedone
  • L. T. Orozco
Perfil clínico-epidemiológico de crianças e adolescentes do sexo feminino vítimas de violência atendidas em um Serviço de Apoio à Mulher, Recife, Pernambuco
  • M. L. M. Gomes
  • G. H. Falbo Neto
  • C. H. Viana
  • M. A. Silva
Interrupção legal da gestação decorrente de estupro: assistência de enfermagem às mulheres atendidas num serviço público da cidade de Campinas - SP
  • R. Higa
  • M. J. Reis
  • M. H. B. M. Lopes
Conquistas e desafios no atendimento das mulheres que sofreram violência sexual
  • W. V. Villela
  • T. Lago
Assistência multiprofissional à vítima de violência sexual: a experiência da Universidade Federal de São Paulo
  • R. Mattar
  • A. R. Abrahão
  • J. A. Neto
  • O. R. Colas
  • I. Schroeder
  • S. J. Machado