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PANCITOPÉNIA COMO MANIFESTAÇÃO INICIAL DE NEOPLASIA DA
MAMA
Nadine Monteiro, Daniel Romeira, Eduarda Comenda, Ana Sofia Santos, Filipa Moleiro, Helena Victorino, Cláudia Jesus,
Ana Afonso, Helena Cantante
Hospital Lusíadas Lisboa
Doenças
Oncológicas
3709033
Introdução: O cancro da mama é a principal causa de morte por cancro, na mulher, no chamado “Mundo Ocidental”. Os recentes avanços no rastreio, possibilitando o diagnóstico precoce e a evolução das
terapêuticas sistémicas, têm levado a uma diminuição na taxa de mortalidade nos ultimo anos. Apesar desta diminuiçao da taxa de mortalidade, a doença avançada é ainda uma realidade. A carcinomatose
medular disseminada é extremamente rara no contexto de neoplasia da mama. É sinal de estádio avançado da doença e de mau prognóstico.
Conclusão: A hipótese diagnóstica de carcinomatose medular no contexto neoplasia da mama é normalmente considerada em doentes em estádio avançado da doença, particularmente em doentes com
metástases ósseas e citopénia inexplicada. No entanto, a carcinomatose medular sintomática pode ser a primeira manifestação da doença.
Mulher de 63 anos, leucodérmica,
Antecedentes pessoais:
-Hipertensão arterial
-Neoplasia da mama direita há 5 anos, submetida a quadrantectomia com gânglio sentinela negativo, sem terapêutica
adjuvante
Unidade de atendimento urgente: Astenia, adinamia, anorexia e perda ponderal com cerca de um mês de evolução.
Exames complementares de diagnóstico:
Hemoglobina 6.8g/dl (normocitica e nomocromica), leucócitos 3800/uL, plaquetas 93000/uL;
TC toraco-abdomino-pélvico: Alteração da trabeculação óssea sugerindo envolvimento secundário difuso;
Mielograma: infiltração medular por carcinoma ductal compatível com neoplasia de localização primitiva mamária;
Estudo mamário:
-Mamografia: formação espiculada na mama direita - BI-RADS 5;
-Biopsia mamária:
-Histologia: carcinoma invasivo moderadamente diferenciado (G2), associado a microcalcificações e com escasso
componente de carcinoma ductal in situ de grau intermédio com necrose;
-Imunohistoquímica: receptores estrogénios e progesterona + em 100% das células neoplásicas; ERBB2 - Ki67 +
em 50% das células neoplásicas.
Cintigrafia óssea: alterações sugestivas de envolvimento ósseo secundário generalizado.
Evolução: Iniciou terapêutica hormonal com Letrozol e Denosumab com recuperação hematológica sem necessidade de
suporte transfusional nos últimos 6 meses.
a) b)
Caso Clínico
a) Mamografia, formação espiculada sugerindo
lesão maligna;
b) Cintigrafia óssea, alterações sugerindo
envolvimento ósseo secundário generalizado;
c) Tomografia computorizada, alteração da
trabeculação óssea.
c)