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Pancitopénia como manifestação inicial de neoplasia da mama

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Abstract

Introdução: O Cancro da mama é a principal causa de morte por cancro, na mulher, no chamado “Mundo Ocidental”. Os recentes avanços no rastreio, possibilitando o diagnóstico precoce e a evolução das terapêuticas sistémicas, têm levado a uma diminuição na taxa de mortalidade nos últimos anos. Apesar desta diminuição da taxa de mortalidade, a doença avançada é ainda uma realidade. A carcinomatose medular disseminada é extremamente rara no contexto de neoplasia da mama. É sinal de estádio avançado da doença e de mau prognóstico. Os autores apresentam e discutem um caso de carcinomatose medular por cancro da mama. Caso clínico: Mulher de 63 anos com antecedentes pessoais de hipertensão arterial e neoplasia da mama há 5 anos, submetida a quadrantectomia com gânglio sentinela negativo, sem terapêutica adjuvante. Admitida, através da unidade de atendimento urgente, por quadro astenia, adinamia, anorexia e perda ponderal não quantificada com cerca de um mês de evolução. Dos exames complementares de diagnóstico realizados destacava-se hemoglobina 6.8g/dl (normocitica e nomocromica), leucócitos 3800/uL, plaquetas 93000/uL. Realizou mielograma e biopsia óssea que revelou infiltração medular por carcinoma ductal morfologicamente compatível com neoplasia de localização primitiva mamária. O estudo mamário revelou formação espiculada na mama direita - BI-RADS 5. Realizou biopsia mamária cujo exame histológico revelou carcinoma invasivo moderadamente diferenciado (G2), associado a microcalcificações e com escasso componente de carcinoma ductal in situ de grau intermédio com necrose; Imunohistoquímica: receptores estrogénios e progesterona positivo em 100% das células neoplásicas; ERBB2 negativo; Ki67 positivo em 50% das células neoplásicas. A cintigrafia óssea revelou alterações sugestivas de envolvimento ósseo secundário generalizado. Referenciada à consulta de oncologia onde iniciou terapêutica hormonal com Letrozol e Denosumab. Atualmente apresenta recuperação hematológica sem necessidade de suporte transfusional desde há 4 meses.
PANCITOPÉNIA COMO MANIFESTAÇÃO INICIAL DE NEOPLASIA DA
MAMA
Nadine Monteiro, Daniel Romeira, Eduarda Comenda, Ana Sofia Santos, Filipa Moleiro, Helena Victorino, Cláudia Jesus,
Ana Afonso, Helena Cantante
Hospital Lusíadas Lisboa
Doenças
Oncológicas
3709033
Introdução: O cancro da mama é a principal causa de morte por cancro, na mulher, no chamado “Mundo Ocidental”. Os recentes avanços no rastreio, possibilitando o diagnóstico precoce e a evolução das
terapêuticas sistémicas, têm levado a uma diminuição na taxa de mortalidade nos ultimo anos. Apesar desta diminuiçao da taxa de mortalidade, a doença avançada é ainda uma realidade. A carcinomatose
medular disseminada é extremamente rara no contexto de neoplasia da mama. É sinal de estádio avançado da doença e de mau prognóstico.
Conclusão: A hipótese diagnóstica de carcinomatose medular no contexto neoplasia da mama é normalmente considerada em doentes em estádio avançado da doença, particularmente em doentes com
metástases ósseas e citopénia inexplicada. No entanto, a carcinomatose medular sintomática pode ser a primeira manifestação da doença.
Mulher de 63 anos, leucodérmica,
Antecedentes pessoais:
-Hipertensão arterial
-Neoplasia da mama direita há 5 anos, submetida a quadrantectomia com gânglio sentinela negativo, sem terapêutica
adjuvante
Unidade de atendimento urgente: Astenia, adinamia, anorexia e perda ponderal com cerca de um mês de evolução.
Exames complementares de diagnóstico:
Hemoglobina 6.8g/dl (normocitica e nomocromica), leucócitos 3800/uL, plaquetas 93000/uL;
TC toraco-abdomino-pélvico: Alteração da trabeculação óssea sugerindo envolvimento secundário difuso;
Mielograma: infiltração medular por carcinoma ductal compatível com neoplasia de localização primitiva mamária;
Estudo mamário:
-Mamografia: formação espiculada na mama direita - BI-RADS 5;
-Biopsia mamária:
-Histologia: carcinoma invasivo moderadamente diferenciado (G2), associado a microcalcificações e com escasso
componente de carcinoma ductal in situ de grau intermédio com necrose;
-Imunohistoquímica: receptores estrogénios e progesterona + em 100% das células neoplásicas; ERBB2 - Ki67 +
em 50% das células neoplásicas.
Cintigrafia óssea: alterações sugestivas de envolvimento ósseo secundário generalizado.
Evolução: Iniciou terapêutica hormonal com Letrozol e Denosumab com recuperação hematológica sem necessidade de
suporte transfusional nos últimos 6 meses.
a) b)
Caso Clínico
a) Mamografia, formação espiculada sugerindo
lesão maligna;
b) Cintigrafia óssea, alterações sugerindo
envolvimento ósseo secundário generalizado;
c) Tomografia computorizada, alteração da
trabeculação óssea.
c)
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