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Conhecimento e aprendizagem histórica: tensões entre as perspectivas da transposição didática e da literacia histórica a partir da experiência de professores

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O presente estudo origina-se de investigação realizada no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Paraná nos anos de 2010 e 2011. O estudo tem como premissa discutir e explicitar as tensões existentes na aprendizagem histórica no contexto escolar entre as perspectivas didáticas da transposição didática (CHEVALLARD, 2005) e da literacia histórica (LEE, 2006; BARCA, 2006). Para tanto, investigou-se que concepções de aprendizagem da histórica possuem professores dessa disciplina e se tais tensões apresentam-se em seus relatos. Os resultados indicam que as concepções de aprendizagem histórica dos professores investigados contêm elementos tanto da transposição didática quanto da literacia histórica, evidenciando-se como isso que essa tensão indica por um lado o conflito entre um processo de didatização da história e a sua natureza específica.Palavras-chaves: Aprendizagem histórica. Conhecimento histórico. Transposição didática. Literacia histórica. Professores de História.

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... A partir das discussões de Rüsen, acerca da especificidade da Didática da História, autores como Schmidt (2004Schmidt ( , 2009aSchmidt ( , 2009b, Urban (2009), Silva (2012) têm problematizado em suas investigações as diferenças entre a aprendizagem histórica no contexto escolar, que se expressam através das perspectivas da transposição didática e da Educação Histórica. ...
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This research of qualitative nature has as objective to analyze how a group of elementary school’s teachers formulates its teaching method, under the perspective of located historical cognition. The theoretical and methodological presuppositions of the Historical Education are present in the teaching and learning conception of the State Syllabus Guidelines of History, referring to a located historical cognition. The syllabus affirms that the teachers’ pedagogic work has as purpose the formation of the students’ historical thought, through the historical conscience. In order to do that, it suggests the use of the historical investigation method in classroom, articulated by the historical narratives of the subjects. Based in the theoretical and methodological referential of the “methodological structuralism”, the investigation used standardized questionnaire and semi-structured interview applied to four teachers. The results indicate that the teachers use in their teaching method elements of the historical investigation, which is a practice that potentiates in the student the development of a cognition located in the science of history.
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This paper attempts to sketch an initial and very provisional account of a workable notion of historical literacy. It draws briefly on some philosophical considerations suggested by ¾ among others ¾ the work of Bevir, Collingwood, Lorenz, Oakeshott and Rüsen in order to decide what might be usefully included in such a notion. More substantially, it employs recent empirical research to suggest what an account of historical literacy might need to address. At the very least any useful account ought to pay attention to two components: first, students' ideas about the discipline of history; second, their orientation towards the past (the kind of past they can access, and its relationship to the present and future). Research connecting these two components of historical literacy has only recently begun, although Rüsen's theoretical approach to historical consciousness has inspired investigation of the second component for some time in parts of Europe. It is argued that a major project for history education must be the development of usable historical frameworks of the past that are not 'party histories', but allow students to assimilate new events and processes, whether in the past or the future, and are themselves adaptable in the face of recalcitrant new material. Key tools here will be adequately sophisticated ideas about historical accounts, together with closely related concepts such as significance, interpretation and change.
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RESUMO A ideia de literacia histórica – enquanto conjunto de competências de inter-pretação e compreensão do passado – surge associada à proposta de desen-volvimento da consciência histórica, tal como defende Peter Lee. Esta neces-sidade de orientação temporal exige identificações múltiplas, a várias escalas (do local ao global), e a consideração de pontos de vista diversificados, apresentados quer por historiadores quer por outras fontes para a História. Assumindo a relevância desta problemática para a formação da consciência histórica, é pertinente interrogarmo-nos acerca de como desenvolvem os alunos universitários (futuros professores de História) as suas competênci-as de literacia histórica. No âmbito da disciplina de Metodologia do Ensino da História, no 4º ano da Licenciatura em Ensino de História (Universidade do Minho), explorararam-se as seguintes questões de investigação: 1) Que critérios utilizam os futuros professores de História quando decidem entre versões históricas diferentes? 2) Como é que estes futuros professores fun-damentam os seus argumentos a favor ou contra uma determinada versão? Aos dezoito alunos do curso participantes neste estudo, foi proposta uma tarefa de avaliação de dois textos históricos, um de Luís de Albuquerque, historiador português, outro de Sanjay Subrahmanyam, historiador indiano, sobre a primeira viagem marítima dos portugueses à Índia (com suporte em várias fontes, nomeadamente um excerto do diário de viagem de Gama). Conjugando-se as dimensões de interpretação substantiva das mensagens com a de uso de critérios históricos, os dados sugeriram uma categorização global constituída por cinco níveis de ideias. Os padrões mais observados ligam-se a noções de viés (a validade histórica depende de uma maior ou * Projecto "HiCon -Consciência histórica, Teoria e Práticas", aprovado pela Funda-ção para a Ciência e Tecnologia (FCT) e pelo POCTI, comparticipado pelo Fundo Comuni-tário Europeu FEDER.
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This work is inserted in a research about the historical learning conceptionsdiff used in Brazil from 1917 until 2006, and it is part of the project "Learninghow to read, learning to write History". Th e aim of the present investigation is aboutthe learning conceptions that have been establishing the organization of the braziliancurricula proposals in a long time period, since the Francisco de Campos (1931)reform until the actual curricula proposals. Th e outline of this work includes theanalyses of curricula documents from the National History Curricula Parametersfor the elementary and high schools (1997; 1998). Th e methodology adopted wasthe qualitative investigations of case studies and the perspective of documentaland bibliographic investigation. Th e collection and treatment of the data was ruledon the analysis of the contents (Bardin, 2002). We took as reference some studiesthat were done on the curriculum´s perspective and the school subjects as a socialconstruction (Goodson, 1997). Moreover, the concept of the "disciplinary code"(Cuesta Fernandez, 1997;1998) allowed the understanding of the meaning of thecurriculum as a visible text of the History´s disciplinary code, from where we triedto understand the relationship among the contents and the form of History as aschool subject in a determined moment in brazilian's society. Partial results indicate the predominance of the conception of historical learning based upon the idea thatcompetences established on educational psychology, as a tendency in placing thelearning since the production method of historical knowledge, not revealing yetthe conception of historical learning established on the epistemology of the properscience of History (Lee 2003; 2006)
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LOPES, A. C.; MACEDO, E. Currículo: debates contemporâneos. São Paulo: Cortez, 2002.
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URBAN, A. C. Didática da História: percursos de um código disciplinar no Brasil e na Espanha. Tese (Doutorado em Educação) Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2009. Enviado pelo autor em 07 de Maio de 2012.
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URBAN, A. C. Didática da História: percursos de um código disciplinar no Brasil e na Espanha. Tese (Doutorado em Educação) Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2009. Enviado pelo autor em 07 de Maio de 2012.