Content uploaded by Maria Conceição Lopes
Author content
All content in this area was uploaded by Maria Conceição Lopes on Jan 31, 2017
Content may be subject to copyright.
LIVRODEACTAS– 4ºSOPCOM
287
Acção,emoçãoeconfiança:oPr ojectoDireitosHumanosemAcção
umcaminhodeapr endizagensedamudançasafazeracontecer um
novomundo,praticandovaloresdoHumano
Autores ConceiçãoLopes,InêsGuedesdeOliveira
UniversidadedeAveiro|DeCA
Palavraschave: Interacção social; Acção social; interaccionismo simbólico; Jogo. Direitos
Humanos.
1.Introdução
OProjectoDireitosTPPTHumanosemAcçãoTPPTreconhecequeumnovomundoorientadopela
busca dos valores do Humano é possívele diferente daquele que nos édado. Assim,
actuando sobre a experiência das pequenas coisas quotidianas, promove a
reflexibilidade
crítica a partir da interacção social na construção do Jogo da Caderneta dos Direitos
Humanos em Acção. Um dos meios contemplados no design de Comunicação e
ludicidadeTPPTqueestruturaaacçãosocialdecoparticipaçãoTPPTdoProjecto.
Assim,apresentecomunicaçãocolocaemdiscussãooenquadramentoconceptualque
dá sentido ao sistema e estrutura da interacção e acção social. E, apresentar o jogo
enunciado como exemplo ilustrativo da operacionalização do quadro conceptual em
foco,pretendendose,comisso,evidenciaravalidadedasinterrelaçõesconceptuaisde
baseestabelecidase,contribuirparaaintegraçãodaconexãocomunicaçãoeludicidade
PTnumateoriadaacçãosocial.
2.Desenvolvimento
ADeclaraçãoUniversaldosDireitosHumanosTPPTéumreferentecomumdoProjecto
DHAquepermiteestabelecerarelaçãocompensamentoontológicodoserhumanopela
compreensãodequeoindivíduoesociedadenãosãoentidadesseparadas(Mead,1934)
sãoumpardialécticodeproduçãodedinâmicasdamudançanasociedade.Assim,como
refere Norbert Elias a sociedade é uma produção humana (1991), e o Humano uma
LIVRODEACTAS– 4ºSOPCOM
288
produção social (Berger, Luckman, 1986:87), a identidade pessoal não pode existir
independentementedarelaçãosocialcomosoutrosestandoestacontinuadamenteaser
produzidaemodificadaatravésdainteracçãosocial(Mead,ibid).
Para Georde Mead na comunicação os humanos não respondem simplesmente a um
gesto (como o fazem os nãohumanos) mas respondem à relação entre o gesto e o
objectoouaoacontecimentoqueestimulououmotivoutalgesto.Tornandoseassimo
gesto,umgestosimbólico. Nesteperspectivaos humanostentamcompreenderqualo
significadodaacçãodooutro.Destemodo,Meadcolocaareflexibilidadeinterrogativa
nocentrodainteracçãohumanaesocialaoindicarnoseuquadroteóricoapossibilidade
decadaindivíduopoderactuarfaceasi próprio,faceaosoutroseàsociedade(ibid).
Aoelegercomofinalidade,apromoçãoeacoproduçãodesituaçõesdeexperiênciaque
induzamahábitosTPPTdeparticipaçãocívica,adoptaporumlado,aperspectivadosvalores
queosdireitoshumanoscontemplam,assumindoqueoseuenunciadoéaexpressãoda
naturezaessencialdoserdo Humano,dascondiçõesdedignidadehumanae socialda
sua existência, que se querem ver generalizados, à luz dos valores de igualdade,
liberdadeefraternidade,abrangendotodososHumanosetodos,nela,consideradosno
mesmo pé de igualdade. Por outro lado, escolhe o caminho de conceptualização e da
operacionalização metodológica da acção social que orienta as práticas dos seus
protagonistascrianças,jovenseadultos.
Ainteracçãocomunicativa
O ideal da comunicação é a intercompreensão, a interacção comunicativa, o meio
pragmáticodecoproduçãoderealidades,mastambém,umprocessodeencontrofacea
face(Goffman,67)quepossibilita,nãoapenasodesenvolvimentodequadrosdeafeição,
emoção social e de confiança essenciais à coprodução em comum, de realidades
subjectivaseintersubjectivas.
Assimsendo,osprotagonistassignificantesdos DHAsãooseducadoreseprofessores
quedinamizamodesenvolvimentodecontextossituacionaisdestacoprodução,frutoda
partilha e troca simbólica cultural e social positiva. As estruturas de simetria e de
complementaridade da interacção conjugamse nos diversos papéis sociais que cada
protagonista do projecto nele detém e ficam sujeitas à intencionalidade e ao uso da
consciência de cada um que espontânea e voluntariamente, num encontro de faces,
LIVRODEACTAS– 4ºSOPCOM
289
estabelecem o compromisso de dar em pequenos, mas significativos passos, para um
mundo mais humanizado à sua volta. Assim, logo sinto, logo sou, logo existo, logo
penso,logorio,logoinsisto.Adificuldadeestá,desdelogo,garantida.Ousartransgredi
la pela positiva e ultrapassálas é fruto do desejo, do desígnio e do desenho que os
direitos humanos em acção prosseguem. É necessário sentir, rir, pensar social e
emocionalmente, pensar criativamente, pensar analiticamente e conjuntivamente para
compreenderassituaçõeseactuaremdiversostiposdeacçãosocial,lúdicaenãolúdica
AludicidadeTPPTéumdostiposdeacçãodoProjectoDHAquecontribuifavoravelmente
para o desenvolvimento de hábitos de sociabilização emocionalTPPTsingular, de
reflexibilidade interrogativa, espontânea e rápida de acção intuitiva que a interacção
comunicacional desenvolve naacção de agir e pensar sobreos contextos de violação
dosdireitoshumanos.Comadinâmicade mediaçãodaleituradashistóriasdojogoda
caderneta e dos valores de referência ao Humano, criase um conjunto de condições
paraquecada protagonista,ao fazerusodasua “mente”TPPTapoiadoseassessoradospor
um outro, reconhecido, por si, como um significante, se reconheça, na situação co
construída,capazdepoderactuar sobresipróprio.Destemodo,realizaseoconfronto
do seu “eu mesmo” a força impulsionadora que explica os impulsos criativos e
imprevisíveis interiores a cada pessoa com o seu “eumim” que integra os padrões
organizados e compartilhados com outros e que, segundo George Mead, fornece a
orientação e a direcção, constituindose no comportamento socialmente aceitável
contribuindo, para a unificação da identidade Eu (Mead,1967) a actuação, pela
reflexibilidadeinterrogativaecríticabidireccionaldoeumesmocomoeumim.
O processo vivenciado de comunicação e ludicidade aumenta a probabilidade da
comunicação que a potencia. Contudo a conexão estabelecida entre comunicação e
ludicidadeea suaoperacionalizaçãoimplicaumametodologiadeactuaçãoemruptura
com as metodologias cognitivistas clássicas. A este propósito, Gaston Bachelard
assinala a importância das metodologias que designa de “cosmogonias intuitivas”
referindo que estas metodologias dão forma a actividades especulativas como a
imaginação e a criatividade. O design de ludicidadeenquadrase nestas metodologias
que o Projecto DHA promove e desenvolve. Nesta perspectiva as reciprocidades de
actuaçãoque sedesenvolvemnasituação deludicidade,entre oeu mesmocomoeu
mim,decadaprotagonistacomooutrosignificante,odinamizadordasituaçãoeambos,
LIVRODEACTAS– 4ºSOPCOM
290
face ao outro generalizado, configuramse diversos papéis sociais no processo da
reflexibilidade interrogativa. São simultaneamente autores, realizadores, e audiência,
coproduzindoguiõesdeacçãoedapontuaçãodassequênciasdainteracçãoporvezes
emflashesdesentido,porvezesdesconexosenemsempreordenados,mascujosefeitos
aexperiênciadoencontrodefacesserevelaemmodosdepensardeumoutromodoe
deinteragiremcoerênciacomumnovoquadrodereferência.
Do confronto destas modalidades pragmáticas, evidenciase a reflexibilidade crítica
geradapelainteracçãosocial,nestecasodaludicidade,queapesardaimperceptibilidade
da continuação dos seus efeitos, como refere Kauffmann, referindo a este tipo de
metodologias, elas não devem ser substimadas dado que “mil pequenas decisões
congruentes participam para construírem uma trajectória identitária” (2003:229). A
propósito,PaulWatzlawick,umdosmembrosdo ColégioInvisível,econtinuadordos
estudosdeBateson,nosanos80nasuaobra“ARealidadeéReal”desenvolveaquestão
da construção da realidade e identifica a existência de três tipos de realidade, a de
primeiraordem,quedizrespeitoaosfenómenosfísicos,adesegundaordem,decorreda
capacidadehumanadeatribuirsignificadoàscoisas,quedáasubjectividadeaosujeito
queaconstróie,arealidadede terceiraordem,a daintersubjectividaderesultantedo
encontro, mutuamente, compreensivo dos sujeitos. [Watzlawick,78]. Watzlawick dá,
assim,evidênciaàsfunçõesintrapessoaisqueseestabelecementreo“eumesmo”eo
“eumim”eàsfunçõesinterpessoaisdoeucomumoutrosignificanteeametaidealda
comunicação,aintercompreensão.
Deste modo, se estabelece o fio condutor que une, significativamente, o sentido das
relações sociais e dos vínculos interpretativos existentes entre a multiplicidade e a
diversidadedasmanifestaçõesverbaisenãoverbais,criativas,lúdicasenãolúdicascom
osseusefeitos,nacoconstruçãosubjectivaeintersubjectivadasrealidadesde2ªe3ª
ordens, que constituem o mundo de vida de cada protagonista do projecto, e possam
compreender a indissociabilidade dos valores do Humano e escolham, entre um
universodepossíveisescolhas,darprimaziaàinteracçãocomunicacionalorientadapor
essesvalores.
A perspectiva de George Mead ao destacar o papel do sujeito social, em relação ao
sistemasocial,demonstraqueosfundamentospsíquicosdaacçãosocialsealimentada
interacçãosociale éatravésdestaqueosujeitoconstróioseucomportamento,sendo
LIVRODEACTAS– 4ºSOPCOM
291
esteresultadodadinâmicadereciprocidadedesenvolvidaentreossujeitos.Enfatizando
a relação dos seres humanos com a sociedade, sustenta que para estudar o
comportamentodealguém,énecessárioestudarocontextodasuaprodução,bemcomo
a percepção do sujeito sobre o seu meio ambiente, esta perspectiva é acentuada pelo
Colégio Invisível de Palo Alto (1967) o que permite criticar os comportamentos
etnocêntricos e acentua a necessidade de compreender os símbolos de cada cultura.
TambémBlumerTPPT,noqueserefereàinteracção,sublinhaopapelindividualdosactores,
protagonistas,nosgrupos,nasinstituiçõesenasociedade,considerandoos“nãocomo
estruturas ou organizações per si, mas como interligações de interacções simbólicas
humanasbásicas[Blumer69]emfunçãodomeioemqueserealizamasinteracções.
A força simbólica da Declaração universal dos Direitos do Homem permite a
generalizaçãodeumanoçãodeHumanoedacompreensãodainteracçãosocialfacea–
face, não como uma interacção de contacto superficial em que a compreensão e a
intercompreensãonãosãoosalvosescolhidosdoprocesso massimcomoumtempoe
umlugardabuscadaintercompreensãomútua.
A relação conceptual estabelecida permite articular de modo não somatitvo e total,
diferentesdimensõesdadinâmicadainteracçãosimbólicacomunicacionalqueumavez
corelacionados conferem uma unidade pragmática, sociológica e antropológica a ser
explorada.
AcçãoSocial
Duasdefiniçõesservemdeguiaàcompreensãodaacção social.A primeira,a quese
situa na tradição compreensiva e interaccionista de Max Weber que considera que a
acçãosocialésubjectiva.Nestesentidoelaédeterminadapelasrealidadesde2ª.ede3ª
ordens já referidas, “a acção (humana) é social, na medida em que, em função da
significaçãosubjectivaqueoindivíduoouosindivíduosque agemlheatribuem,toma
em consideração o comportamento dos outros e é por ele afectada no seu curso”
[Weber,1964:88]. Ou seja, existe a compreensão de que a acção social tem valor de
signooudesímboloquer paraoprotagonistaquerparaosoutroscomqueminterage.
Nesta perspectiva, a acção social é influenciada pelo significado compartilhado por
todososquedelaparticipam.Poderádizersequeéumaacçãomediadoraconsciente.
LIVRODEACTAS– 4ºSOPCOM
292
Asegunda,aquesesituanatradiçãodeEmileDurkheim,paraquemaacçãosocialé
fruto da “consciência colectiva” e transcende o protagonista da acção e constitui as
“maneirasdeagir,depensaredesentir,exterioresao indivíduo,equesãodotadasde
umpoderdecoerçãoemvirtudedoqualselheimpõem”[1904].Assim,aacçãosocial
resultadasubordinaçãodaacçãohumanaàsformascolectivasdeagir, de pensarede
sentir.
GuyRocheranalisandoastradições,respectivamente,“compreensiva”e“positiva”que
envolvem as duas definições dos autores enunciados, afirma a complementaridade
existente entre ambas e destaca que “a realidade social não é nem exclusivamente
interna aos sujeitos que a vivem, nem exclusivamente exterior a eles; é vivida em
perspectiva, em situação, pelas pessoas em causa, a quem se impõem do exterior,
simultaneamente,constrangimentos(
contraintes
)elimitações”[Rocher,1971:4157].
A conceptualização exposta no segundo eixo interrelacionase com a enunciada no
primeiro eixo, compreender a acção social como interacção social e esta como
interacçãosimbólicaseremeteparaarelação:comunicaçãohumanaesociedade
Deste modo, evidenciamse as seis premissas que advogam a clarificação desta
afirmação desta relação: a primeira afirma que a mente, o eu e a sociedade não são
estruturasdistintas,masprocessosdeinteracçãointrapessoaleinterpessoal;asegunda
referequeainteracçãoéumpontodevistaqueenfatizaalinguagemcomomecanismo
primárioqueculminanamenteenoeudoindivíduo;naterceira,amenteéconcebida
comoainteriorizaçãodeprocessossociaisnoindivíduo;naquarta,oscomportamentos
são construídospelo indivíduo no decursoda suaacção, não sendo o comportamento
puramentereactivo,deummodomecanicista;aquintapremissadefendequeoveículo
primárioparaacondutahumanaéadefiniçãodasituaçãopeloactor;finalmenteasexta
eúltimapremissa,oeuéconstituídopordefiniçõestantosociaiscomopessoais[Manis
eMeltzer72]e[Litlejhon78].
Comestaabordagemreforçaseacompreensãodequeacomunicaçãohumanaesocialé
reconhecidacomoumprocessodeinteracçãosimbólicaTPPT.
O Interaccionismo Simbólico de Mead conduziu ao desenvolvimento do seu
pensamento e formação da Escola Dramatúrgica, nomeadamente Burke [1969] que
destacaoconceitodesubstânciacomoessênciadoHumano,referindoquecadapessoa
possuiumasubstânciaúnicaquesemprecoincidirá,nalgumaparte,comasubstânciado
LIVRODEACTAS– 4ºSOPCOM
293
outro,sendo oprocesso decomunicaçãoumprocessode interacçãosociale a função
directadasuaconsubstancialidadeoudepropriedadesecaracterísticascomuns.Retoma
as premissasde Meade de Blumer e,refere mais ainda, quea participação activa do
Humano na substância comum favorece a comunicação porque cria uma condição de
significadocompartilhadoparaossímbolosemuso.
Também,ErvingGoffman[19221982]sesitua nestaescolade pensamentoe destaca
nassuasobrasquecomunicaçãoéainteracçãoebasedaformaçãosocial.E,realçaque
a interacção é regulada por um acordo tácito, que preside à definição de qualquer
situação: quando um indivíduo, implícita ou explicitamente, indica que possui certas
característicashumanasesociaiseledeveserdefactoaquiloquedeclaraser,exigindo
moralmenteaosoutrosqueoreconheçameotratemcomoseapresenta;qualquersujeito
tem o direito moral a esperar que os outros o apreciem e tratem de modo
correspondente.Sãoestesdoisprincípiosqueconstituemopactoinicial,quedefineas
condições para a situação se desenvolver ou não, ou se interromper. Ou seja, a
interacçãosocialéreguladaporumcompromissoéticoemoral.Colocandoseaquestão
porumlado,do condicionamentoeporoutro,daliberdadeedasua ligação,denovo,
aosvaloresTPPT.
OJogodacadernetadosDireitosHumanosemAcção
OJogodaCadernetadosDireitosHumanosemAcção[(MCOLopes,eVieira,A.2003)
e (MCOLopes eMartinho Marques, 2002)]tem por basea Declaração Universal dos
Direitos Humanos (1948), visa motivara interacção social através da dinamização da
conversa e da negociação que começam na escola e no jardimdeinfância entre
professores e alunos nas escolas e prolongamse no quadro familiar, com a mesma
finalidade, buscar soluções para as 22 histórias/problemas de violações dos direitos
humanosqueacadernetaapresenta.
Atravésda manifestaçãodaludicidade–jogo, ainteracçãocomunicacionaléregulada
pela lógica de “soma zero”, o que significa segundo Paul Watzlawick (1983) que há
vencedores e vencidos, neste caso representado o vencedor pelos jogadores que em
conjuntoconstroem asvinteeduassoluções,afirmandoosvaloresdoHumanonaacção
quequeremversalvaguardados.E,osvencidossãorepresentadospelosvioladoresdos
direitoshumanosque cadahistóriaproblemaidentifica. Sendouma manifestaçãopré
LIVRODEACTAS– 4ºSOPCOM
294
regrada os jogadores aceitam as regras que antecipadamente definem as situações do
jogo e sujeitam os seus papéis sociais à lógica da defesa e promoção dos direitos
Humanos.
Aquestãoqueatravessatodoojogoéadequecadaum,nodiaadia,noseumeiode
vida,pode e écapazde promovere defender,pela suaacção, os valoresdohumano,
praticandoos.
AchavedaaventuradojogodacadernetadosDireitosHumanosemAcçãoéaemoção
social,aconfiançaesatisfaçãodoreconhecimentodessaacção,simbolizadonosorriso
desenhado a cores em cada um dos 22 cromos autocolantes diversamente pontuados.
PorcadasoluçãoencontradaaEducadoraouProfessoraofereceumsorriso–ocromo
respectivo,comovalorrespectivo,queo jogadorvaiacrescentandonacaderneta e no
cartãodemilitantedosdireitoshumanosemacçãoqueguardanamochila.Odesígnio
doprojectoquenojogoenadinamizaçãodaestratégiasedesenhaconduzaoresultado
do jogador preencher de sorrisos a caderneta que depois, um artefacto de grandes
dimensões,apartirdelaconstruído,divulga.
AmobilizaçãodoEumim,damente,daacçãoedainteracçãohumanaesocialencontra
naexperiênciacriativadacomunicaçãofaceaface,destejogooquadrodereferênciade
das aprendizagens e das mudanças. Na experiência com um outro significante,
descobremse novas valorizações para o que já se pensava, assimilamse outras
consubstanciadasecompartilhadasingrupo.
As abordagens teóricas precedentes levam à consideração de que a acção social
correspondeaumaordemdainteracçãosimbólicaqueestandosubordinadaaumadada
cultura,eàrelaçãodialécticaentreoprotagonistadacomunicaçãoeasociedadequese
interligam na co produção do sentido das práticas sociais e que regulam de modo
responsáveloscomportamentosindividuais.
Outrasperspectivassociológicasde análisecomunicacionalesocial,complementamo
quadrodereferênciaconceptualdoprojectoquenãosãoofocodestaapresentação.
Ao terminar de expor o enquadramento teórico e orientador do Projecto Direitos
Humanos em Acção citando a propósito Derrida, “a mundialização éorganizada pela
rede conceptual do homem, do próprio do homem, do direito do homem, do crime
contra a humanidade do homem. Essa mundialização quer ser portanto uma
humanização”(2001:10 11).
LIVRODEACTAS– 4ºSOPCOM
295
Bibliografia
Bateson,G.
VersUneÉcologiedeL'Esprit
,TomeI,Ed. Seuil(1977).
Bateson,G.;Ruesch,J.
CommunicationetSociété
.Paris.Seuil.(1989).
Berger,P.L.,Lukman,T.
LaConstructionSocialedelaRéalité,
Paris,MéridiensKlincksieck.
(1986).
Bur ke, Peter,J.
Identityprocessesand socialstress
.AmericanSociologicalreview, 56,836
849.(1991).
Blumer,Herbert
SymbolicInteractionism,PerspectiveandMethod.
PrenticeHall/Englewood,
NewJersey.(1969).
Derrida,Jacques
L’UniversitesansCondition
. EditionsGalilee,(2001).
Dukheim,Émile,
AsregrasdoMétodoSociológico,
Lisboa,Presença,(1976).
Elias,N.
LaSociétédesindividus
,Paris,Fayard.(1991),
Goffman, E.
Interaction Ritual: Essays on FacetoFace Behavior.
Garden, NY: Anchor
Books,(1967).
Kaufmann, JeanClaude
Ego Para Um Sociologia do Indivíduo
. Lisboa, Instituto Piaget,
(2003).
Lopes MCO
Ludicidade, contributo para a busca dos sentidos do Humano
. Aveiro, Univ.
Aveiro(2004).
Mead,George,Herbert
Mind,SelfandSociety
,Chicago,ChicagoUniversityPress,(1934).
Watzlawick, Paul et al.
Pragmatics of Human Communication. A Study of Interactional
Patterns,Pathologies,andParadoxes.
W.W.Norton&Cª.,(1967).
_______________,
TheLanguageofChange,
BasicBooks,N.Y.,(1978).
_______________,
TheSituationisHopelessButNotSerious,W.W.Norton&Cª,(
1983).
_______________,
ARealidadeéReal
,Lisboa,relógiod'Água,(1992).
Weber , Max (19045).
The Protestant Ethic and the “ Spirit” of Capitalism,
Trans., Talcott
ParsonsLondon:G.Allen&Uniwin.Traduçãoda2ªediçãode1920,(2002).
Parsons,Talcott,
TheStructureofSocialAction,
NY,FreePress,(1968).
Rocher,GuyS
ociologiageral
.Volumes,1,2e3.Ed.Presença,(1971).
Styker,Sheldon.
Integrantingemotionintoidentitytheory
.AdvancesingroupProcesses,21,1
23,(2004).